25/08/2016 08h00 - Atualizado em 25/08/2016 14h35

Ribeirão Vermelho é a única cidade de MG a ter apenas mulheres candidatas

Município do Sul do estado tem duas candidatas à prefeitura.
Segundo TRE, porcentagem de mulheres concorrendo caiu na região.

Do G1 Sul de Minas

O número de mulheres candidatas as prefeituras do Sul de Minas diminuiu em comparação com as eleições de 2012. De acordo com Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de Minas Gerais, antes 10,36% dos nomes eram de mulheres, agora são 9,30%. Mas em Ribeirão Vermelho (MG), a disputa é apenas feminina.

A situação é tão incomum que o pequeno município, que tem pouco mais de 4 mil habitantes, é o único do estado em que as eleições para prefeito estão sendo disputadas só por mulheres.

Ana Rosa Lasmar (PSD) já foi prefeita por dois mandatos, mas é a primeira vez que concorre com outra mulher.  “Acho que as duas candidatas são muito corajosas, porque estão encarando a população, encarando trabalhar o terceiro turno, porque são mães, donas de casa. Então eu acho que isso vai fazer a diferença na campanha e na política para quem o povo escolher e eleger”, diz ela.

Delma Batista de Souza (PT) já foi vereadora por dois mandatos e é a atual vice-prefeita. “Isso demonstra que a nossa cidade está evoluindo na política feminina. E um diferencial na nossa cidade é que não existe preconceito, machismo aceito”, afirma ela.

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Ribeirão Vermelho é a única cidade de MG a ter apenas mulheres candidatas (Foto: Reprodução EPTV)Ribeirão Vermelho é a única cidade de MG a ter apenas mulheres candidatas (Foto: Reprodução EPTV)

Dos 161 municípios do Sul de Minas,  em apenas 40 existem candidatas ao cargo de prefeito, ou seja, quase 25% deles.

“A divisão social do trabalho em que as mulheres têm obrigação de cuidar do lar, dos filhos, da casa, e o marido trabalhar especialmente e manter a questão econômica do lar é muito forte aqui no Brasil. Então o que acontece? A mulher não se enxerga enquanto alguém ocupando cargos públicos, já que ela não tem o poder de mando na vida privada dela. Então quem manda normalmente é o homem, então ela não se enxerga candidata ou depois eleita já que ela vai ter que de fato comandar”, analisa a socióloga Terezinha Richartz.

Ainda conforme o TRE, o número total de candidatos a prefeito também diminuiu. Em 2012, 462 nomes disputaram as prefeituras da região. agora são 434. E o número de mulheres também diminuiu, de 10,36%, para 9,30%.

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