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O rio Parnaíba serviu, durante muitos anos, para o escoamento de mercadorias e o tráfego de embarcações comerciais. Atualmente, ainda serve de fonte de renda para pescadores e ribeirinhos da região como é o caso de Zefinha Ferreira, que chega a ficar 12h seguidas dentro do rio pescando.

"O rio representa muita coisa. A gente se diverte demais, sempre pegamos um peixe ou outro. Às vezes é pouco, mas a gente sempre pega. O rio sempre dá. Nós pescadores, gostamos de passar o tempo aqui na beira do rio", fala rindo dona Zefinha.

O prédio centenário considerado o marco zero da cidade de Floriano foi construído na frente do cais do município. A estrutura tem cerca de 150 anos e foi erguida neste ponto devido a uma estratégia comercial e geográfica.

"Se trata de uma escola agrícola destinada aos filhos dos escravos, na Lei do Ventre Livre e foi criada a partir de uma ideia do primeiro agrônomo do Piauí, Francisco Parentes. E ele acertou em cheio porque posteriormente a cidade veio a crescer e se desenvolver justamente pela sua localização geográfica, com relação ao Sul do Piauí, ao Maranhão e até ao Norte do estado de Goiás da época, que hoje é o estado de Tocantins", explica Djalma Nunes, geógrafo e pesquisador.

As fotos históricas são do empresário e historiador Teodoro Sobral, 71 anos. Ele é colecionador desde a adolescência e possui um museu em Floriano chamado Laboratório Sobral que abre todo sábado das 8h às 12h.

"Na época da grande movimentação no transporte fluvial aqui não tinha ainda o Cais de concreto, que foi construído em 57, as embarcações e os aviões encostavam na beira rio que era de areia. Algumas fotos são de antes de 1950", afirma Teodoro.

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