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Restaurando e Conservando Ecossistemas: Saiba mais sobre o Projeto de Plantio de Mudas Nativas na Bacia do rio Japaratuba

29/08/2023        

Agenda 2030, Conservação, Socioambiental

Restaurando e Conservando Ecossistemas: Saiba mais sobre o Projeto de Plantio de Mudas Nativas na Bacia do rio Japaratuba

A Bacia Hidrográfica do rio Japaratuba é uma joia natural localizada no estado de Sergipe, região nordeste do Brasil, que merece nossa atenção e cuidado. Ela abriga não apenas o rio que dá nome à região, mas também um complexo ecossistema que sustenta a vida de diversas espécies e comunidades locais. Vamos embarcar em uma jornada para conhecer mais sobre essa bacia e entender por que sua conservação é crucial para o equilíbrio ambiental e a qualidade de vida das pessoas que dela dependem.

Rio Japaratuba

 

A bacia hidrográfica do rio Japaratuba situa-se mais ao norte do Estado de Sergipe e possui uma área de 1.664,63 km². Foto: SOS Rio Japaratuba.

A Bacia Hidrográfica do rio Japaratuba: Um tesouro natural a ser protegido

A Bacia Hidrográfica do rio Japaratuba compreende uma vasta área que se estende por diferentes municípios. Seu curso d'água principal, o rio Japaratuba, nasce nas serras e planaltos da região, fluindo serpenteante até desaguar no Oceano Atlântico. Esse rio é o protagonista de um cenário natural impressionante, com seus afluentes, nascentes e áreas de recarga hídrica.

Os ecossistemas ao longo da Bacia Hidrográfica do rio Japaratuba são diversos e interconectados. Desde as matas ciliares que margeiam o rio até as áreas alagadas, cada componente desempenha um papel fundamental na manutenção da biodiversidade e no fornecimento de serviços ecossistêmicos.

As comunidades locais usam seus recursos hídricos para suprir suas necessidades há gerações, seja para agricultura, pesca e abastecimento de água potável.

Infelizmente, como muitos ecossistemas naturais, a Bacia Hidrográfica do rio Japaratuba enfrenta desafios significativos. A urbanização desordenada, a poluição, o desmatamento e as mudanças climáticas são ameaças que podem comprometer a saúde desse ambiente frágil.

À medida que a população cresce e as atividades humanas se expandem, a pressão sobre os recursos hídricos aumenta, exigindo uma ação coletiva para evitar danos irreparáveis.

Parcerias em prol de grandes causas

No ano de 2022, a Fundação Mamíferos Aquáticos (FMA) deu um passo importante rumo à conservação do meio ambiente em parceria com a empresa Mosaic Fertilizantes, através do Edital de Água. Juntos, demos início ao projeto "Conhecer para conservar: A Educação Ambiental como estratégia de conservação do rio Japaratuba", uma iniciativa que visa sensibilizar as comunidades locais sobre a importância da Bacia Hidrográfica e promover ações concretas para sua conservação.

O projeto, além de educativo, tem um papel fundamental na compreensão da saúde deste recurso hídrico. Para isso, foi adotada uma abordagem diagnóstica, usando análises físico-químicas e microbiológicas para avaliar a qualidade da água.

Análise microbiológica da água do rio Japaratuba.

Análise microbiológica da água do rio Japaratuba. Foto: Rodolfo Alves/Acervo FMA.

Além disso, o projeto se dedica à recuperação da nascente do rio, e para que essa missão aconteça, a FMA estabeleceu algumas parcerias estratégicas. A Companhia Hidroelétrica do São Francisco (CHESF) se uniu fornecendo mudas de plantas nativas, a Prefeitura de Feira Nova, o Comitê de Bacia Hidrográfica do rio Japaratuba (CBHJ), o Movimento ODS Sergipe e a Recigraxe contribuíram com a coleta de óleo usado, descartado pela comunidade, transformando-o em sabão sustentável.

Entrega de Ecopontos para coleta de óleo nas escolas.

Entrega de Ecopontos para coleta de óleo nas escolas. Foto: Acervo FMA.

O projeto já deu frutos significativos na recuperação do rio Japaratuba. Com um esforço coletivo, foram plantadas mais de 100 mudas de espécies nativas em uma área de cerca de 1.500 m². Regularmente, a equipe responsável visita o local para acompanhar o crescimento das plantas, fornecendo nutrientes essenciais e mantendo o ambiente saudável.

Plantio de mudas nativas na área da nascente do rio Japaratuba.

Plantio de mudas nativas na área da nascente do rio Japaratuba. Foto: Rodolfo Alves/Acervo FMA.

O compromisso com a transformação do rio não para por aí. A parceria entre a FMA e a Mosaic continua forte. No Edital da Água de 2023, a FMA conquistou aprovação para outro projeto, destacando-se em terceiro lugar entre 15 instituições contempladas. O novo projeto prevê mais plantios e avaliações da água do mesmo rio, garantindo que a jornada de conservação continue.

Para o período de 2023-2024, a FMA está preparando um projeto inovador alinhado ao Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 2 - Fome Zero. Trata-se da criação de um Canteiro Econômico Ecológico, uma solução que cultiva hortaliças com eficiência hídrica em comunidades quilombolas de Sergipe. Além de combater a fome, essa iniciativa traz a oportunidade de geração de renda para essas comunidades. Fala se proposta não é incrível?!

A FMA trabalha alinhada aos ODS da Agenda 2030. Temos um artigo de blog que explica quais os ODS implementados pela Instituição. Clique aqui para ler.

Plantio de mudas nativas na restauração de ecossistemas

A prática do plantio de mudas nativas tem se revelado uma estratégia promissora na restauração de ecossistemas degradados, como é o caso da Bacia Hidrográfica do rio Japaratuba. Essa abordagem é mais do que simplesmente colocar novas plantas na terra; trata-se de um processo cuidadoso e calculado que visa trazer de volta a vida e a vitalidade de áreas que foram impactadas pela ação humana, erosão, desmatamento e outros fatores adversos.

Ao optar por plantar espécies nativas, estamos fazendo uma escolha consciente em favor da biodiversidade local. Essas plantas evoluíram ao longo de séculos para se adaptar às condições específicas da região, tornando-se parte intrínseca do ecossistema.

Essa iniciativa é, portanto, uma tentativa de restabelecer o equilíbrio perdido, reintroduzindo elementos que desempenham papéis vitais na interação entre solo, água, fauna e flora.

As mudas são selecionadas com base nas características do ecossistema original, como o tipo de solo, a quantidade de luz solar e as condições climáticas. Isso garante que as plantas tenham maior probabilidade de prosperar e se integrar ao ambiente, auxiliando na regeneração natural. Além disso, o processo de plantio envolve a preparação do solo, a colocação estratégica das mudas e a manutenção contínua para garantir o crescimento saudável.

Na Bacia Hidrográfica do rio Japaratuba, o plantio de 113 mudas nativas em uma área de 1.500 m² é um exemplo concreto desse esforço. À medida que essas mudas crescem e se desenvolvem, elas não apenas contribuirão para a estabilidade do solo e a qualidade da água, mas também oferecerão habitats e fontes de alimento para a fauna local.

O acompanhamento constante, como visitas regulares e aplicação de nutrientes, assegura que o investimento na restauração seja bem-sucedido e sustentável. O plantio vai além da revitalização estética, sendo uma estratégia importante para restaurar e conservar a saúde dos ecossistemas.

A Bacia Hidrográfica do rio Japaratuba é um legado que merece ser protegido para as gerações presentes e futuras. Ao entendermos a interligação entre a saúde do ecossistema e o bem-estar humano, podemos trabalhar em conjunto para garantir que a água, as diferentes espécies de seres vivos e as comunidades que dependem dela prosperem.

A Fundação Mamíferos Aquáticos comprova na prática de que forma as parcerias podem ter um impacto real na conservação ambiental. A colaboração com a Mosaic Fertilizantes ilustra o poder de união em prol de causas importantes. Através destes projetos estamos comprovando que ações locais podem ter um impacto global na conservação da natureza.

Com projetos socioambientais, que envolvem educação ambiental, revitalização e até mesmo segurança alimentar, a FMA e seus parceiros estão construindo um futuro mais sustentável para todos.

Para continuar acompanhando essas e outras iniciativas de nossas parcerias, nos siga em nossas redes sociais: Instagram e LinkedIn.


Autores: Rodolfo Alves (Fundação Mamíferos Aquáticos); Juliana Cuoco Badari (Greenbond).

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