Economia

Levantamento mostra a cidade de Barueri, em São Paulo, como a mais competitiva do país

Ranking foi elaborado pelo Centro de Liderança Pública (CLP) e serve como mapeamento sobre oportunidades de investimento
Foto aérea de Barueri, cidade que atraiu empresas com redução de imposto Foto: Reprodução
Foto aérea de Barueri, cidade que atraiu empresas com redução de imposto Foto: Reprodução

SÃO PAULO—- Com avanços em inovação e inserção econômica, a cidade de Barueri, na região metropolitana da capital paulista, é a mais competitiva do país no desenvolvimento de políticas públicas e atração de investimentos.

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É o que mostra a segunda edição do Ranking de Competividade e Sustentabilidade dos Municípios, divulgado nesta segunda-feira e realizado pelo Centro de Liderança Pública (CLP). Foram analisados 411 municípios mais populosos do país.

— Trata-se de uma ferramenta para avaliação do setor público do país. É também um guia para gestores se debruçarem para entender a dinâmica de desenvolvimento e governança das cidades. Além disso, é um mapeamento das oportunidades de negócios para o investimento privado que a boa gestão pode gerar – disse Tadeu Barros, presidente do CLP, durante a apresentação dos dados na sede da B3, em São Paulo.

São Paulo fica em 4º lugar

Barueri alcançou a nota 68,26 nos indicadores considerados para a avaliação. No segundo lugar, ficou a cidade de São Caetano do Sul, também em São Paulo, com nota 66,46. Em terceiro, apareceu Florianópolis, capital de Santa Catarina, com 64,58 de pontuação.

São Paulo capital parece em quarto lugar com 64,48 pontos e Vitória, capital do Espírito Santo, ficou com a quinta colocação, com 64 pontos. Florianópolis ultrapassou São Paulo e Vitória superou Curitiba entre as cinco cidades mais competitivas do país.

Entre os 100 municípios mais bem colocados 65 estão regiões Sudeste e Sul, sendo 49 delas no estado de São Paulo,mostrando a disparidade que existe entre as regiões brasileiras.

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A primeira cidade do Nordeste a aparecer no levantamento é Recife, na posição de número 55. Na região Norte, Palmas, capital do Tocantins, é a primeira da região a aparecer no ranking ocupando a 61ª posição.

Goiânia, na região Centro Oeste, é a cidade mais bem colocada da região surgindo na posição 79. O Pará permanece como o único estado do país representado nas cinco últimas colocações do ranking e a cidade menos competitiva é Moju.

Rio aparece na 9ª posição

A cidade do Rio de Janeiro aparece na 9ª colocação entre as capitais mais competitivas e o munícipio de Macaé foi o que mais avançou no ranking subindo 131 posições este ano, aparecendo na 133ª colocação. Barra do Piraí foi a cidade do Rio de Janeiro foi a que mais perdeu posições (99), aparecendo na 369ª colocação no ranking.

O ranking mostrou que o estado do Rio de Janeiro tem 13 cidades entre as 100 piores da lista em competitividade, cenário que não se repete com nenhum outro estado da região Sudeste.

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Entre indicadores que avaliam cada cidade estão, por exemplo, estabilidade fiscal e controle das contas públicas, condições consideradas fundamentais pelo CLP para a retomada do investimento no país.

Do total de cidades avaliadas, 80% cumprem o limite de uso de 60% da receita corrente líquida para pagamento de pessoal. Em 2020, eram 77%, o que mostra maior comprometimento dos gestores com os recurso públicos.

Serviços de saúde e educação

São analisados aspectos como acesso aos serviços de saúde e educação, que juntos têm um peso importante de 23% no resultado de cada cidade.

Também é avaliada a situação de saneamento, preservação do meio ambiente, desmatamento, além de dados econômicos como capital humano, inserção econômica e serviços de telecomunicação. No total, são levantados 65 indicadores.

– O ranking é um prestação de contas à sociedade para mostrar o que está dando certo e o que precisa melhorar – afirmou Lucas Cepeda, coordenador de competividade do CLP.

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Na edição de 2021, foram incluídos 11 novos indicadores, especialmente sobre meio ambiente, como desmatamento. O levantamento também considera perdas na distribuição de água e destinação do lixo, por exemplo.

O ranking mostrou que cerca de 70% das cidades já possuem destinação do lixo adequada, sem lixões, e com aterros sanitários controlados.

Do ponto de vista econômico, a pesquisa revelou que em 85% das cidades o tempo de abertura de uma empresa é de 48 horas, dado que sinaliza que ainda é preciso avançar nesse indicador.

O ranking considerou bases de dados de 2018, 2019 e 2020, o que já inclui efeitos da pandemia na dinâmica das cidades. Com relaçao à situação fiscal das cidades, foram considerados os dados 2020.