REVISTA LIBERTADOR O'HIGGINS - Instituto Ohigginiano

Revista 

LibeRtadoR o’Higgins 

Órgano del Instituto O’Higginiano de Chile 

Edición conmemorativa del Bicentenario 

Santiago de Chile 

2010

REVISTA 

LIBERTADOR O’HIGGINS 

ÓRGANO DEL INSTITUTO O’HIGGINIANO DE CHILE 

Ed i c i ó n c o n m E m o r at i va d E l Bi cE n t E n a r i o 

SANTIAGO DE CHILE 

2010

REVISTA LIBERTADOR O’HIGGINS 

Fundada el 20 de agosto de 1953 

CONSEJO DE REDACCIÓN 

Washington Carrasco Fernández 

Pr e s i d e n t e 

Jorge Ibáñez Vergara 

di r e c t o r-ed i t o r 

di r e c t o r e s 

Jorge Iturriaga Moreira 

Juan Guillermo Toro Dávila 

Hosmán Pérez Sepúlveda 

Yerko Torrejón Koscina 

Omar Letelier Ramírez 

INSTITUTO O’HIGGINIANO DE CHILE 

Dirección : Londres 25 

Santiago - Chile 

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Registrada en el International Serial Standard Number bajo el código ISSN 0716-4211 

de la International Serials Data System. Programa Mundial de Información (UNISIST) 

de UNESCO, Paris, Francia. 

Información iconográfica: Sello utilizado por el Libertador Bernardo O’Higgins en 

documentos oficiales emanados de su autoridad directorial, Museo Histórico Nacional, 

Santiago de Chile, propiedad del Instituto O’Higginiano de Chile. 

Diagramación e impresión: 

EDITORIAL ATENAS LTDA. 

ventas@editorialatenas.cl

INSTITUTO O’HIGGINIANO DE CHILE 

FUNDADO EL 20 DE AGOSTO DE 1953 

PRESIDENTE HONORARIO 

ex c m o. Pr e s i d e n t e d e la re P ú b l i c a 

se ñ o r se b a s t i á n Pi ñ e r a ec h e n i q u e 

EX PRESIDENTES NACIONALES DEL INSTITUTO 

do n Wa s h i n g t o n ca r r a s c o Fe r n á n d e z 

do n gu i l l e r m o to r o dá v i l a 

do n ho s m á n Pé r e z se P ú lv e d a 

do n om a r le t e l i e r ra m í r e z 

do n Ye r k o to r r e J ó n ko s c i n a 

do n hu m b e rto ag u i r r e do o l a n 

do n Ju l i o he i s e go n z á l e z 

do n re n é ec h e v e r r í a ze r g a 

do n or l a n d o ur b i n a he r r e r a 

do n Wa s h i n g t o n ca r r a s c o Fe r n á n d e z 

CONSEJEROS HONORARIOS 

Pr E s i dE n t E d E l sE n a d o 

do n Jo r g e Pi z a r r o so t o 

Pr E s i dE n t E d E l a co r t E su P r E m a 

do n mi lt o n iv á n Ju i c a ar a n c i b i a 

Pr E s i dE n ta d E l a cá m a r a d E diP u ta d o s 

sr a. al e J a n d r a se P ú lv e d a or b e n e s 

CONSEJEROS EMÉRITOS 

do n Ju a n d e di o s ca r m o n a Pe r a lta (†) 

do n he r n á n ga r c í a va l e n z u e l a (†) 

CONSEJO DIRECTIVO NACIONAL 

Pr E s i dE n t E 

do n Pe d r o ag u i r r e ch a r l i n 

vi c E P r E s i d E n t E 

do n Jo r g e ib á ñ e z ve r g a r a 

vi c E P r E s i d E n t E 

do n Jo r g e it u r r i a g a mo r e i r a 

co n s E j E r o sE c r E ta r i o GE n E r a l 

do n Ju a n ca r l o s es c a l a ca s t r o 

tE s o r E r o na c i o n a l 

do n ro d o l F o Pe r e i r a al b o r n o z 

co n s E j E r o s 

Pr E s i dE n ta d E da m a s o’HiG G i n i a n a s 

sr ta. no r m a sa l a s ca r r a s c o 

do n Fe r n a n d o otaY z a ca r r a z o l a 

do n nata l i o sa u m a ha n a n í a s 

do n Jo r g e vi d a l st u a r d o 

do n mi g u e l lu i s al F o n s o do r e n 

do n ma r c e l o al b e r t o el i s s a l d e ma r t e l

INFORMACIÓN ICONOGRÁFICA 

Sello utilizado por el 

Libertador don Bernardo O’Higgins 

en documentos oficiales emanados 

de su autoridad directorial.

11 EDITORIAL 

Edición c o n m E m o r a t i v a dE l Bi c E n t E n a r i o 

ÍNDICE 

13 VISIÓN DE DON AMBROSIO O’HIGGINS 

Jo r g e ib á ñ e z ve r g a r a 

61 LOS ANTEPASADOS MATERNOS DEL LIBERTADOR O’HIGGINS 

Ju a n gu i l l e r m o mu ñ o z co r r e a 

87 TRAS LA HUELLA DE BERNARDO RIQUELME EN INGLATERRA (1795-1799) 

ro b e r t o ar a n c i b i a cl av e l 

119 O’HIGGINS Y MIRANDA 

mi g u e l ca s t i l l o didier 

129 INFLUENCIA DEL MAESTRO SOBRE EL DISCÍPULO: EL PAPEL DE MIRANDA 

Y O’HIGGINS EN LA SINGULARIDAD DEL CASO CHILENO Y DE SU 

GOBERNABILIDAD 

ch r i s t i a n gh Y m e r s 

165 MIRANDA Y O’HIGGINS 

se r g i o ma r t í n e z ba e z a 

171 LOS REVOLUCIONARIOS DE LONDRES Y CÁDIZ 

ge r m á n ar c i n i e g as 

175 DON BERNARDO O’HIGGINS: APELLIDO Y LEGITIMACIÓN 

Jo r g e ib á ñ e z ve r g a r a 

199 SAN MARTÍN SIN MITOS: BREVE BIOGRAFÍA DEL AMIGO DE O’HIGGINS, 

CRUCIAL EN LA LIBERACIÓN DE TRES PAÍSES 

Ye r k o to r r e J ó n ko s c i na 

237 LA VERDAD SOBRE LA BATALLA DE CHACABUCO 

lu i s va l e n c i a ava r ia 

251 VOCACIÓN AMERICANISTA DEL LIBERTADOR DON BERNARDO O’HIGGINS 

Ju l i o he i s e go n z á l e z 

263 O’HIGGINS Y EL IDEÓLOGO DE LA INDEPENDENCIA DE CHILE 

Fe r n a n d o otaY z a ca r r a z o l a 

7

Ev i s t a li B E r t a d o r o’higgins 

277 O’HIGGINS Y LA INDEPENDENCIA AMERICANA 

cr i s t i á n gu e r r e r o lira 

285 EL PARLAMENTARIO BERNARDO O’HIGGINS 

Ju a n d e di o s ca r m o n a Pe r a lta 

299 O’HIGGINS, EL PRIMER CIUDADANO DE CHILE 

mi g u e l cr u c h a g a to c o r n a l 

303 EL LIBERTADOR O’HIGGINS ORGANIZADOR DE LA REPÚBLICA 

Ju l i o he i s e go n z á l e z 

311 INFLUENCIAS DE LAS IDEAS FRANCESAS EN LA EMANCIPACIÓN 

HISPANO-AMERICANA 

om a r le t e l i e r ra m í r ez 

329 O’HIGGINS Y EL ORDENAMIENTO CONSTITUCIONAL CHILENO 

Ja i m e an t o n i o et c h e Pa r e Je n s e n 

345 JOSÉ IGNACIO ZENTENO DEL POZO. 

MINISTRO DE GUERRA Y MARINA DE BERNARDO O’HIGGINS 

ho s m á n Pé r e z se P ú lv e d a 

355 BERNARDO O’HIGGINS, LORD COCHRANE Y “EL MAR DE CHILE” 

Jo r g e it u r r i a g a mo r e i ra 

361 O’HIGGINS Y LA EXPEDICIÓN LIBERTADORA DEL PERÚ 

Wa s h i n g t o n ca r r a s c o Fe r n á n d e z 

369 O’HIGGINS Y EL PODER NAVAL 

Fr a n c i s c o le da n t e c ga l l a r d o 

373 EMPRESAS DE CORSO EN EL GOBIERNO DE O’HIGGINS 

ma r i o cá r d e n a s gu e u d i n ot 

381 LA EXPEDICIÓN LIBERTADORA DEL PERÚ 

an d r é s me d i n a ar av e n a 

391 LA VIDA MILITAR DE BERNARDO O’HIGGINS RIQUELME 

Ju a n ca r l o s es c a l a ca s t r o 

407 LORD COCHRANE Y LA ARMADA DE CHILE 

cd t e. gu s tav o Jo r d á n a. 

419 BERNARDO O’HIGGINS FORJADOR DEL PODERÍO MARÍTIMO DE CHILE 

en r i q u e la r r a ñ a g a ma r t ín 

8


427 EL PENSAMIENTO POLÍTICO DEL LIBERTADOR: PERSPECTIVA Y VIGENCIA 

Ja i m e an t o n i o et c h e Pa r e Je n s e n 

443 EL PENSAMIENTO GEOPOLÍTICO DEL LIBERTADOR O’HIGGINS 

ag u s t í n to r o dá v i l a 

455 PROYECCIÓN GEOPOLÍTICA Y ESTRATÉGICA DE BERNARDO O’HIGGINS 

Ju a n ca r l o s ve g a ma n r í q u ez 

473 LAS RELACIONES EXTERIORES DEL GOBIERNO DE DON BERNARDO 

O’HIGGINS 

ma r i o ba r r o s va n bu r e n 

479 O’HIGGINS Y EL CAMBIO DE ESTRUCTURA SOCIAL Y POLÍTICA DE CHILE 

Fe r n a n d o Fi g u e r o a villán 

493 EL SENTIDO CONTINENTAL DE LA ACCIÓN LIBERTADORA DE BERNARDO 

O’HIGGINS 

ge r m á n se P ú lv e d a du r á n 

513 PROYECCIÓN HISTÓRICA DE BERNARDO O’HIGGINSEN CHILE Y EL PERÚ 

Pe r c Y caY o có r d o va 

527 LA MUJER EN LA VIDA DEL LIBERTADOR DON BERNARDO O’HIGGINS 

RIQUELME 

gr a c i e l a to r o d e za ñ a r t u 

545 EL LIBERTADOR GENERAL BERNARDO O’HIGGINS A TRAVÉS 

DE LA HISTORIA 

hu m b e r t o ag u i r r e do o l a n 

569 EL ESTRECHO DE MAGALLANES, CONCEPCIÓN GEOPOLÍTICA 

DEL LIBERTADOR O’HIGGINS 

Ju a n gu i l l e r m o to r o dá v i l a 

573 LA FIGURA DE O’HIGGINS COMO SÍMBOLO DEL BICENTENARIO 

Wa l d o za u r i t z se P ú lv e d a 

9


EDITORIAL 

El Instituto O´Higginiano de Chile ha querido contribuir a las celebraciones del 

Bicentenario editando este volumen de la Revista Libertador O’Higgins, que reúne 

una selección de trabajos publicados en sus últimos 24 números. 

Esta selección procura un ordenamiento cronológico de los principales hechos 

considerados en los ensayos escritos en torno a la figura del Padre de la Patria. 

La Comisión designada para la realizar esta tarea, de acuerdo a un esquema 

previamente aprobado, ha debido sortear las dificultades propias de la preparación 

de una antología, seleccionando, entre numerosos y excelentes trabajos de 

colaboradores frecuentes de la revista, los que componen esta publicación. 

En esta labor se ha tenido presente la vigencia de los valores encarnados en 

la figura del Libertador y su valioso legado como ciudadano, militar, gobernante, 

estadista y prócer americano. 

Tanto la personalidad de O´Higgins como la de los demás próceres de la 

Independencia, que giran en torno a su figura, son estudiados en estos ensayos 

objetiva y desapasionadamente, como constructores de la Independencia 

o colaboradores de la gran empresa que nos llevó a la creación de un estado 

republicano, modelo en la emancipación de América. 

El celebrar, a través de este número conmemorativo de la Revista El Libertador 

O’Higgins, el segundo Bicentenario de nuestra independencia cumplimos, en 

pequeña parte, con el reconocimiento que señaló don Simon Bolívar, en carta a 

O’Higgins: 

“V.E., colocado al frente de Chile, está llamado por una suerte afortunada a 

sellar con su nombre la libertad eterna y la salud de América. Es V.E. el hombre 

a quien esa bella nación deberá en su más remota posteridad, no solamente su 

creación política, sino su estabilidad social y su reposo doméstico”. 

11 

co n s e J o d e re d a c c i ó n


VISIÓN DE DON AMBROSIO O’HIGGINS 

Jorge Ibáñez Vergara 

1. LOS ORÍGENES 

El origen y los primeros años de don Ambrosio son tan difícilmente, 

pesquisables como la etapa similar en la vida de su hijo. Don Ricardo Donoso, 

a quien se considera con legitimidad como el más competente investigador de la 

vida y obra del aventajado irlandés, hace una afirmación incontrovertible: 

“Hay una gran oscuridad sobre el origen, la fecha de nacimiento, la juventud de don 

Ambrosio O’Higgins, y lo poco que sabemos de su vida nos ha sido referido por él 

mismo” 1 . 

Lo “referido por él mismo” se reduce, sin duda, al Memorial que don Ambrosio 

presentó al Consejo de Indias, el año 1761, solicitando su naturalización española. 

Allí proporciona informaciones sobre el lugar de su nacimiento, sus padres, 

religión, año en que llegó a Cádiz y fecha de su primer viaje a América: 

“MEMORIAL. SEÑOR: Don Ambrosio Higgins, vecino de la ciudad de Cádiz, y natural 

de la Villa de Villenarry, Diócesis Elphininse, en el reino de Irlanda, puesto a los 

reales pies de Vuestra Majestad, dice: es hijo legítimo de don Carlos Higgins y doña 

Margarita Higgins, naturales de dicha Villa, y que así el suplicante como sus padres y 

demás descendientes, han sido y son cristianos católicos romanos, sin mezcla de raíz 

infecta,...” 2 . 

De acuerdo al estudio genealógico encargado a Chichester Fortescue, para la 

obtención del título de Barón, el año 1788, Villenary o Vallenary sería un lugar del 

Condado de Sligo. Pero Barros Arana agrega que “hay en el Condado de Sligo 

más de cuarenta lugares cuyos nombres comienzan por la radical Balli o Bally, 

que hemos hallado Ballingari, Ballinamore, pero no Ballinary” 3 . 

El General O’Connor, en una conversación sostenida en Potosí, el año 1825, 

con el General Miller, proporcionó a éste algunos antecedentes sobre el origen del 

Virrey. El General Miller, a su vez, vació estas informaciones en una declaración 

firmada que entregó a Vicuña Mackenna. En ella sostiene que don Ambrosio nació 

en la aldea de Summerhill, Condado de Meath. 

1 Ricardo Donoso: El Marqués de Osorno. Ed. Publicaciones de la U. de Chile, 1941, p. 146. 

2 Archivo General de Indias, Sevilla. Expedientes. Años 1761 a 1762. Estante 138, Cajón 3°, legajo Publicado 

por primera vez en la Revista Chilena de Historia y Geografía N° 31 de 1918, p. 81. 

3 Diego Barros Arana: Historia General de Chile. Rafael Jover, 1884-1902. Tomo VI, Parte quinta, Capítulo XVI, p. 6. 

13


Don Francisco Antonio Encina simplifica el problema: “Lo poco que conocemos 

a este respecto proviene de él mismo; y se reduce a saber que nació en la Villa 

de Ballenary (Irlanda) hacia 1720...” 4 . 

Nuestro historiador no intenta dilucidar si la Villa de Ballenary corresponde al 

Condado de Sligo o al Condado de Meath. 

Vicuña Mackenna no encontró datos suficientes sobre don Ambrosio en el 

Archivo de don Bernando “porque alguien los recibió para escribir la vida de 

éste” 5 . 

Este “alguien” fue, con toda certeza, John Thomas, quien efectivamente escribió 

una biografía del Virrey, hasta ahora inédita. En la biblioteca de don Luis Valencia 

Avaria, rematada el año 1991, se mantenía un ejemplar en copia fotográfica 6 . 

Veintitrés años después de la muerte del Virrey, en el inicio de su exilio limeño, 

don Bernardo pidió a John Thomas, amigo de intimidad de don Ambrosio, como 

lo sería después de nuestro prócer, informaciones sobre su “venerado padre”. 

Parte del legajo informativo de Thomas, incompleto y referido a los Proyectos del 

Virrey O’Higgins, se encontraba entre los antecedentes del Archivo que Vicuña 

Mackenna trajo a Chile desde Perú, mal clasificado y absurdamente titulado 

como “Apuntes de don José Tomas sobre navegación de los ríos en el Perú”. El 

documento fue redescubierto por don Carlos Vicuña Mackenna y publicado en la 

Revista Chilena de Historia y Geografía 7 . 

En general, los autores usan indistintamente la información del propio don 

Ambrosio, contenida en el Memorial aludido, en que declara ser natural de la Villa 

de Ballenary (Villenarry según el documento), Diócesis Elphininse; la versión de 

Chichester Fortescue que menciona la Villa de Ballenary, del Condado de Sligo y 

la de los Generales O’Connor y Miller, que indica como lugar de su nacimiento la 

Aldea de Summerhill, Condado (le Meath). 

2. EL LINAJE 

Las estimaciones sobre el linaje, la condición social y los orígenes de don 

Ambrosio son diversas, variadas y aún opuestas. Encina atribuye el origen de 

estas versiones controvertidas a la “prodigiosa ascensión”, de simple ingeniero 

delineador a Virrey, que “era por sí solo estímulo para forjar fantasías sobre su 

origen, su niñez y su mocedad” 8 . 

Vicuña Mackenna, según Donoso, seducido por la atrayente personalidad del 

Mandatario Colonial, “en dos páginas de aquella obra (El Ostracismo de O’Higgins) 

acumuló tal cantidad de inexactitudes, reunió tan desautorizadas consejas, 

4 Francisco A. Encina: Historia de Chile. Ed. Ercilla, 1983, Tomo 8, p. 52. 

5 Benjamín Vicuña Mackenna: Vida del Capitán General don Bernardo O’Higgins. Ed. del Pacífico, 1976, p. 51. 

6 Luis Valencia Avaria: Catálogo de remate de su biblioteca, 1991. 

7 John Thomas: Los Proyectos del Virrey O’Higgins. Revista Chilena de Historia y Geografía Nº15, 1914, 

pp. 128-149. 

8 Francisco A. Encina: Historia... Tomo 8, p. 51. 

14


que podemos considerarlo con razón como el más autorizado fomentador de la 

leyenda” 9 . Y cita al efecto un párrafo clave de la obra mencionada: 

“El año 1773 había llegado a Chile un militar ya entrado en años, de nación irlandés 

y que venía a servir en aquel país con el título “capitán delineador” de las fortalezas 

de Valdivia. Este ingeniero era don Ambrosio O’Higgins, o Higgins, como se firmaba 

entonces. Contaba en esa época con 53 años de edad y su vida anterior era tan 

desconocida, que hoy mismo pasa en cierto modo como un misterio. Pero sábese si, 

con evidencia, que había nacido en la Aldea de Summerhill, Condado de Meath, en 

Irlanda; que su niñez fue tan pobre y destituida hasta obligarle a servir de postillón a la 

vieja condesa de Bective, señora feudal, de Summerhill; que muy joven todavía pasó 

a España y bajo la protección de un pariente clérigo, que más tarde fue uno de los 

confesores de Carlos III, hizo algunos estudios en Cádiz y trabajó con mediana suerte 

en el comercio; que ya en una edad madura pasó al Perú, donde, según una tradición 

perfectamente autorizada, ejerció el oficio de buhonero, y pagó como extranjero, 

su tributo a la Inquisición, siendo encerrado en sus sótanos por sospecha de secta, 

aunque él siempre fue un católico acendrado; que después de algunos años se dirigió 

a Concepción con ciertas especulaciones que terminaron mal; y que por último tomó 

servicio en las armas reales como oficial científico, el año 1773, época de que data su 

primer despacho auténtico” 10 . 

Sin embargo, Vicuña Mackenna pareció tener, posteriormente, el año 1861, 

algunas dudas sobre estas afirmaciones hechas en el “Ostracismo de O’Higgins”. 

En una obra posterior plantea los mismos hechos en términos de inseguridad: 

“El origen, la familia, la infancia, la juventud de don Ambrosio O’Higgins es todavía 

una duda de la historia y la biografía porque en este hombre singular todo lo que no 

es extraordinario es un misterio calculado a dar mayor realce a su imponente figura. 

Algunos le suponen hijo de un aldeano, otros de la ilustre casa de Ballenary, otros 

aseguran que su primer ejercicio fue el de postillón de una antigua marquesa (en el 

Ostracismo era la Condesa de Bective), otros, alumno del Colegio de Cádiz, donde le 

puso en su niñez un tío eclesiásticos” 11 . 

Las dudas sobre el linaje de don Ambrosio se plantean, pues, entre dos 

extremos posibles: su familia estaba constituida por pobres aldeanos o 

pertenecía a la nobleza, al integrar una ilustre casa nobiliario, aun cuando sus 

padres estuvieran empobrecidos. El origen rústico toma forma con la relación 

del General O’Connor, escrita el año 1849, en Tarija y repetida después por el 

historiador peruano José Antonio Lavalle: Los padres de don Ambrosio habrían 

sido labradores en la heredad de la condesa de Bective; el joven Ambrosio tenía 

a su cargo el acarreo de leña para la cocina de su patrona, ascendiendo después 

a postillón, con la responsabilidad de llevar la correspondencia desde la Aldea de 

Summerhill al castillo de la condesa. 

Lavalle rectificó posteriormente esta versión pero la fuerza de la leyenda siguió 

su curso hasta nuestros días. 

Barros Arana concilia estas diferentes estimaciones: 

9 Ricardo Donoso: El Marqués... p. 3. 

10 Benjamín Vicuña Mackenna: Vida del.... pp. 51 y 52. 

11 Benjamín Vicuña Mackenna: Historia de Santiago. Imprenta de El Mercurio, Valparaíso, 1869, Tomo II, p. 271. 

15


“Don Ambrosio era el hijo menor de una familia de modesta fortuna, pero que creía 

descender de la más alta aristocracia del país y que se decía empobrecida y decaída 

en su antigua grandeza por las persecuciones políticas y religiosas”. 

Luego debilita la leyenda de la juventud ignara, que habría empleado en 

servicios de postillón: 

“En su niñez hizo buenos estudios i adquirió el hábito de la lectura. Por más que sus 

detractores se hayan empeñado en presentarlo como un aventurero oscuro i ordinario, 

elevado repentinamente casi sin méritos propios, es lo cierto que poseía buenos 

conocimientos clásicos, que traducía y entendía corrientemente el latín, i que si 

probablemente no era ingeniero perfecto, había adquirido la preparación para serlo” 12 . 

John Thomas, en carta que envió a don Bernardo O’Higgins el año 1824, 

proporcionándole informaciones sobre su padre, señalaba que era “el ingeniero 

práctico más hábil que hubiera llegado jamás a la América Española” y que “tenía 

vastos conocimientos científicos” 13 . 

Don Miguel Luis Amunátegui descarta, en cambio, el presunto origen noble: 

“No llevando un nombre ilustre se había impuesto a las familias aristocráticas 

cuya escrupulosidad en punto a nobleza ya se sabe cuan exagerada era” 14 . 

Carlos Vicuña Mackenna acentúa todavía más la contradicción entre la juventud 

pobre y desasistido que se le atribuye y la excelente preparación intelectual que 

poseía: 

“Además de las nociones concernientes a su profesión de ingeniero, de las excelentes 

dotes literarias que se revelan en los escritos hechos en su lengua natal, don 

Ambrosio sabía el griego y el latín. La amplitud de su mira y la forma que resolvía los 

problemas generales de buen gobierno, revelan que también había hecho bastante 

provisión de ideas por medio de la lectura, ya que sería necesario suponerle un genio 

de extraordinario poder para que, sin preparación alguna, hubiera llegado a tales 

resultados” 15 . 

Don Casimiro Albano, cuya “Memoria del Exemo. Señor don Bernando 

O’Higgins” fue descalificada por Vicuña Mackenna, nos ha dejado numerosas 

noticias interesantes tanto del Virrey como de su hijo. Refiriéndose a don 

Ambrosio señala “que es preciso no equivocarse y confesar que al noble irlandés 

le adornaban talentos y conocimientos nada comunes, debidos a su constante 

aplicación al estudio y experiencia. Poseía profundamente las matemáticas, varios 

idiomas, y entre ellos la lengua griega de un modo tan perfecto que asombró al 

doctor Unanue, tenido entonces como el primer literato de Sur América” 16 . 

12 Diego Barros Arana: Historia..., Tomo IV, Parte quinta, Capítulo XVI, pp. 6-7. 

13 John Thomas: Proyectos... pp. 135-136. 

14 Miguel Luis Amunátegui: La Dictadura de O’Higgins. 3 Ed. Rafael Jover, 1882, p. 27. 

15 Carlos Vicuña Mackenna: El origen de don Ambrosio O’Higgins y sus primeros años en América. Revista 

Chilena de Historia y Geografía Nº21, 1916, p. 128. 

16 Casimiro Albano: Memoria del Excmo. Señor don Bernando O’Higgins, Capitán General de la República de 

Chile, Brigadier en la de Buenos Aires, Gran Mariscal en la del Perú y Socio Protector de la Sociedad de 

Agricultura, Imprenta de la Opinión, 1884, p. 140. 

16


Don Vicente Carvallo y Goyeneche, a pesar de su enconada malquerencia con 

don Ambrosio, debió reconocer que era “hombre de instruida educación” 17 . 

El dominio de dos idiomas, como el latín y el griego, además del francés; 

disciplinas como las matemáticas y la geografía, en que también se le consideraba 

experto, pueden dominarse o conocerse aceptablemente sólo mediante estudios 

sistemáticos, que suponen una educación superior bien asentada. Y ella debió 

desarrollarse sólo en la mocedad, etapa de su vida en que se le ha dado el 

carácter subalterno de postillón. 

La relación hecha por don Ambrosio en el Memorial de 1761 no menciona 

ninguna posible conexión con la nobleza de su país de origen. En otra declaración 

hecha el año 1756, en Lima, por “Antonio Higgins”, citada por Luis Valencia Avaria, 

señalando que se trata de don Ambrosio, tampoco hay mención a sus ancestros 

nobiliarios 18 . 

El propio don Bernardo omito esa referencia al proporcionar una información 

del navegante La Perouse, donde se afirma que su padre “había nacido en el 

seno de una familia perseguida en Inglaterra a causa de su religión y de sus 

viejos lazos de fidelidad a la Casa de los Estuardos” 19 . 

El padre ni el hijo, en las oportunidades propicias, aluden a este origen noble. 

Ello puede ser comprensible en don Bernardo, quien, como gobernante, había 

suprimido los títulos nobiliarios; pero no lo es necesariamente en un hombre de la 

sagacidad política de su padre, que conocía de sobra la importancia y proyección 

de estos abolengos en la sociedad colonial. 

Sin embargo, ya en el año 1769 aparece el intento de una pequeña variación 

a la forma usual como escribía su nombre. Con motivo del levantamiento de 

los indios de la Frontera, solicitó que se le enviara a la zona del conflicto y en 

el petitorio se identifica como “Ambrosio de Higgins, comisario de guerra y del 

ejército de este Reino” 20 . 

El mismo año, anota Carlos Vicuña Mackenna, en un poder de Ambrosio 

Higgins, ingeniero delineador de los Ejércitos y plazas de su Magestad, “a pesar 

de aparecer en el encabezamiento el nombre Higgins, la firma tiene el apellido en 

su integridad: O’Higgins” 21 . 

Don Ernesto de la Cruz, en el “Epistolario de don Bernardo O’Higgins”, se 

refiere a este mismo asunto: 

“Hemos tenido a la vista más de trescientos autógrafos de don Ambrosio y en todos 

se lee Higgins. Últimamente el eruditísimo paleógrafo, don Tomás Thayer Ojeda, de 

la Biblioteca Nacional, nos ha señalado uno en que aparece la firma O’Higgins; pero 

17 Vicente Carvallo y Goyeneche: Descripción histórico-geográfica del Reino de Chile. Colección de historiadores 

de Chile y documentos relativos a la historia nacional, Imprenta de la Librería del Mercurio, Tomo 1, 1873, p. 434. 

18 Luis Valencia Avaria: Bernardo O’Higgins, buen genio de América. Ed. Universitaria, 1980, p. 18. 

19 Patricio Estellé Méndez: Epistolário de don Bernardo O’Higgins con autoridades y corresponsales ingleses 

(1871-1831). Revista Historia Nº11, 1972-73 del Instituto de Historia de la Universidad Católica de Chile, p. 445. 


21 Carlos Vicuña Mackenna: Origen de don Ambrosio..., p. 143. 

17


la O es pequeñísima, vergonzante. El documento a que nos referimos es un poder 

entregado ante el escribano Santibáñez, el 16 de agosto de 1769” 22 . 

Las inquietudes de don Ambrosio para acreditar su origen noble comienzan 

cuando parece afianzada su condición militar. El año 1784, en su Hoja de 

Servicios extendida en Concepción por el Sargento Mayor, don Domingo Álvarez 

y Ramírez, hay otra aproximación hacia el objetivo tan levemente insinuado varios 

años antes: 

“El Brigadier de Caballería don Ambrosio Higgins de Ballenary, Comandante del 

Cuerpo de Dragones de Chile, su edad de 52 años, su país Irlanda, su calidad noble, 

su salud mediana, sus servicios y circunstancias los que expresa” 23 . 

El Sargento Mayor, subalterno devoto e incondicional, elaboró la Hoja de 

Servicios según los términos que quiso don Ambrosio, restándole a lo menos diez 

años de su edad efectiva y atribuyéndole “calidad noble”. 

Progresiva y metódicamente siguen estos afanes, colocando cada vez mayor 

énfasis en el propósito previsto. El año 1788 pudo lograr un árbol genealógico 

elaborado por el Rey de Armas de Ulster, Sir Chichester Fortescue, que lo ligaba 

a la nobleza. Ese mismo año y después que recibió el trabajo de Fortescue, don 

Ambrosio comienza a agregar al apellido Higgins, en todas sus firmas, la fórmula 

“de Ballenary”, que ya había hecho emplear cuatro años antes en su Hoja de 

Servicios. 

Estaba, así, a medio camino de la nobleza. 

Después de asumir como Gobernador y Presidente de Chile, encargó a don 

Demetrio O’Higgins, residente en Madrid, miembro, entonces, de los Guardias de 

Corps, que gestionara la rehabilitación del título de Barón de Ballenary, que había 

pertenecido, según Fortescue, a uno de sus abuelos irlandeses. La gestión de 

don Demetrio resultó exitosa, ya que la merced fue concedida por Real Decreto. 

Este importante servicio de don Demetrio elevó el aprecio que en adelante le tuvo 

el ya poderoso Presidente de Chile, quien lo traería al Perú pocos años después 

nombrándolo, por resolución de la Corte, Intendente de Huamanga, luego de 

destinatario a algunas actividades militares y administrativas en Lima. 

En la solicitud de don Demetrio a las Cortes, el 17 de enero de 1795, “en 

virtud, de especial encargo de mi tío”, sólo acompañó el árbol genealógico, en 

copia, “firmado y sellado por Chichester Fortescue, Caballero de la ilustre Orden 

de San Patricio y Rey de Armas de Ultonia y toda Irlanda, autorizado por el Lord 

Teniente General, Gobernador y Virrey de dicho Reino, Hugo Buchingham y por 

Fray Juan Tomás Troy, Arzobispo Católico de Dublín, Primado y Metropolitano 

de Irlanda, y corroborado todo por vuestro Embajador en la Corte de Londres, 

Marqués del Campo, y por vuestro Secretario y de la interpretación de lenguas 

don Felipe Samaniego”. 

El solicitante se excusa de no acompañar otros documentos, “por faltar los 

libros parroquiales y los archivos de las Iglesias, por no permitirlos el Gobierno 

22 Ernesto de la Cruz: Epistolario de O’Higgins. Imprenta Universitaria, Santiago, 1916, Tomo I, p. 13 

23 Manuscritos de Medina, Vol. 326. 

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protestante, como es notorio, y en la consideración asimismo de los dilatados 

méritos que tiene contraídos el exponente en el real Servicio” 24 . 

Los árboles genealógicos confeccionados por los Reyes de Armas tenían 

una dudosa validez. Muchos de estos instrumentos sólo eran el resultado de un 

trabajo de imaginación, que se estimulaba por el pago de honorarios elevados. 

Como puede apreciarse en el caso de don Ambrosio, su expediente de nobleza 

no tiene más elementos probatorios que la certificación de Chichester Fortescue 

y la mediación de un poder no acreditado, haciéndose plena fe en el mérito de la 

solicitud de don Demetrio O’Higgins como representante de su “tío”. 

Un valioso estudio de don Luis Lira Montt nos aproxima al conocimiento de los 

mecanismos usados para la obtención de estos documentos y las exageraciones 

de los árboles genealógicos. La genealogía de las familias Cortés y Lastra enviada 

a Chile el año 1791 es un caso típico: 

“El desaprensivo Rey de Armas, de quien emanan (dichas genealogías), asegura 

allí que el origen y nobleza de los Cortés deriva del romano Silio Cortés, cuyos 

descendientes llegaron a Zaragoza veinticinco años antes de nuestro redentor; y que 

el origen del linaje De la Lastra viene de uno de, los tres Reyes Magos que pasaron a 

Belén a la adoración de Nuestro Señor” 25 . 

A pesar de este descrédito y de los pocos elementos probatorios en que se 

sustentaba la petición del reconocimiento nobiliario, ella fue acogida plenamente, 

regenerando el título nobiliario con la indiscutida aprobación de la Corona 

española: 

“Habiéndome hecho constar en debida forma el Teniente General de mis Reales 

Ejércitos, don Ambrosio O’Higgins, lo antiguo e ilustre de su familia, como descendiente 

que es legítimo de Juan Duff O’Higgins, Barón de Ballenary, en el Condado de Sligo, 

en el Reino de Irlanda, de la distinguida Casa de O’Neil en el mismo Reino, enlazada 

con la de O’Connor, de la real de Bailintober, en esa atención, y a la de sus dilatados 

méritos e importantes servicios que ha hecho en la carrera de las Armas, y continúa 

haciendo en los empleos de Gobernador y Capitán General del Reino de Chile, y 

Presidente de su real Audiencia, he venido en concederle la merced del propio título 

de Barón de Ballenary en estos mis reinos, para sí, sus hijos, herederos y sucesores 

legítimos” 26 . 

“Desde entonces, dice Ricardo Donoso, don Ambrosio y toda la familia 

antepuso la ‘O’ a su apellido” 27 . 

A pesar de que don Ambrosio después de los 60 años tuvo un efectivo interés 

por estos títulos nobiliarios, nos parece acertado el siguiente comentario de don 

Ricardo Donoso. 

“Tengo para mí que Higgins, como hombre inteligente, se reía para sus adentros 

de todas esas majaderías, pues ningún título más preclaro podía ostentar que sus 

dilatados servicios a la Corona, pero no dejaba sin duda de comprender la importancia 


25 Luis Lira Montt: El Fuero Nobiliario de Indias. Boletín de la Academia Chilena de Historia Nº89, pp. 49-50. 

26 Ricardo Donoso: El Marqués... pp. 278 y 279. 


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que tenía, ante los ojos del mundo ignaro y de unos señorones que reverenciaban 

mucho esas fruslerías, el decorar su personalidad con una placa de esa especie” 28 . 

3. LA EDAD 

Don Ambrosio nunca declaró su edad. En los documentos donde puede 

parecer necesaria la consignación de este dato, lo omite cuidadosamente. Y la 

única vez que alude a ella, recurre a una suerte de acertijo: “Hallarme en el último 

tercio de mi vida” 29 . 

Don Benjamín Vicuña Mackenna afirma que don Ambrosio nació en el año 

1720. “En el año 1773 había llegado a Chile un militar ya entrado en años... 

Contaba en aquella época cincuenta y tres años de edad” 30 . 

Barros Arana cree también que nació en el año 1720: “Nacido en 1720, en el 

lugar de Ballinary”. Y anota una importante información que no hace más que 

acentuar la sospecha de que el silencio sobre su edad es deliberado: 

“En el Archivo de Simancas, encontramos una Hoja de Servicios del Brigadier O’Higgins 

fechada en Concepción el 31 de diciembre de 1787; pero aunque es un documento 

útil para la biografía de este personaje, no contiene más que una reseña muy rápida 

y sumaria. En este documento se ha dejado en blanco la edad que entonces tenía 

O’Higgins, que era 67 años, probablemente para que en la Corte no se le creyera en 

cierto modo inútil por la ancianidad” 31 . 

Encina señala, en dos ocasiones, que nació en 1720: “Ingeniero Delineador 

al servicio de España en 1761 cuando ya contaba 41 años”. “Lo poco que 

conocemos a este respecto proviene de él mismo; y se reduce a saber que nació 

en la Villa de Ballenary (Irlanda) alrededor de 1720” 32 . 

Gustavo Opazo dice que “Había nacido en la Villa de Ballenary en 1722” 33 . 

Valencia Avaria utilizaba un mecanismo indirecto para fijar esta fecha: Al 

nacimiento de don Bernardo, año 1778, don Ambrosio “bordeaba los sesenta 

años”. Habría nacido, entonces, alrededor de 1718. En otro acápite señala que 

llegó a América el año 1756, a los 36 años, fijando, así, el nacimiento en el año 

1720 34 . 

John Thomas aporta una referencia valiosa por ser contemporáneo, amigo 

y confidente de don Ambrosio: “Cuando el Virrey hubo decidido este viaje 

(desde Lima al Cuzco el año 1800), ochenta inviernos habían pasado ya sobre 

su venerable cabeza”. Por consiguiente, si don Ambrosio tenía ochenta años 

cumplidos, el año 1800, debió haber nacido el año 1720 35 . 

28 Ricardo Donoso: El Marqués... pp. 277-278. 


30 Benjamín Vicuña Mackenna: Vida del..., p. 5. 

31 Diego Barros Arana: Historia..., Tomo IV, Parte quinta, Capítulo XVI, p. 10. 

32 Francisco A. Encina: Historia..., Tomo 8, pp. 51 y 52. 

33 Gustavo Opazo: Don Ambrosio O’Higgins Intimo. Boletín de la Academia Chilena de la Historia Nº23, 1942, p. 7. 

34 Luis Valencia Avaria: Bernardo O’Higgins..., pp. 12 y 17. 

35 John Thomas: Los Proyectos..., p. 136. 

20


Don Carlos Vicuña Mackenna puntualiza que: “Don Ambrosio O’Higgins, 

descendiente de una noble familia arruinada por las guerras religiosas, nació en 

Irlanda, en el Condado de Sligo el año 1722”. 

En una nota referida a esta afirmación y que sin duda le sirve de fundamento 

para la determinación del año de nacimiento indicado, dice: 

“Diferentes fechas se han fijado para el nacimiento de O’Higgins y hasta su Hoja de 

Servicios, en la cual hay probablemente un error de copia, le da diez años menos; 

tenemos sin embargo un testimonio fehaciente: John Thomas, en su biografía inédita 

del Virrey, que se refiere sólo a sus últimos años, dice que tenía ochenta años en 

1802” 36 . 

Carlos Vicuña cita mal a Thomas. De ningún modo don Ambrosio podía tener 

80 años en 1802, ya que había fallecido un año antes. Thomas sólo señaló que 

“ochenta inviernos habían pasado ya sobre su venerable cabeza” cuando decidió 

hacer el viaje de Lima al Cuzco, un año antes de su muerte, acaecida a principios 

de 1801. Si seguimos a Thomas, en su exacto testimonio, sólo podemos concluir 

que, según lo plantea, el nacimiento ocurrió el año 1720. 

Ricardo Donoso reconoce que “Hay una gran oscuridad sobre el origen, la 

fecha de nacimento...”; pero agrega que “Hay motivos para creer que nació: en 

Irlanda, en 1720” 37 . 

Don Ambrosio mantuvo celosamente el secreto de la fecha de su nacimiento. 

En el Memoria presentado al Consejo de Indias el año 1761, que proporciona los 

datos relativos a sus padres, lugar de nacimiento y religión, omite toda referencia 

a su edad. En una declaración hecha en Luna el año 1757, que Valencia Avaria 

atribuye a don Ambrosio, tampoco hay datos relativos a la fecha de su nacimiento. 

En cambio, en la Hoja de Servicios, extendida el 31 de diciembre de 1784, por el 

Sargento Mayor don Domingo Álvarez, se precisa, como hemos visto, un dato 

hasta entonces desconocido: “Su edad 52 años”. La fijación de esta edad lo hace 

nacer, entonces, en 1732. Don Ambrosio no podía caer en una inadvertencia 

o cometer un error en la data que contiene el documento, a menos que así lo 

deseara. Si fue un error del copista o del otorgante del documento, don Ambrosio 

no hizo el menor amago de rectificación. 

Opazo ofrece otra explicación, siguiendo a Barros Arana: 

“Se cree que se quitó diez años, para no aparecer con tanta edad ante el Consejo de 

Indias y ser considerado un militar sin energías” 38 . 

El 11 de noviembre de 1794, diez años después, al proponer a su sobrino 

Tomás O’Higgins y Welch para llenar una vacante en el empleo de Teniente en el 

Cuerpo de Dragones de la Frontera, expresa: 

“Me obliga a esta solicitud hallarme en el último tercio de mi vida”. 



38 Gustavo Opazo: Don Ambrosio O’Higgins Intimo, p. 7. 

21


Estas palabras, que han dado origen a numerosas especulaciones, son de una 

vaguedad extrema y por completo inútiles para la determinación de su edad. En 

cualquier caso no miente: se halla en el último tercio de su vida, entre los 60 y los 

90 años 39 . 

El médico limeño encargado de embalsamar su cadáver, ajustándose a los 

rituales funerarios establecidos para la muerte de los Virreyes, después de colgar 

el cuerpo, vaciar las vísceras y examinarlas, estampó en su informe el siguiente 

testimonio: “el corazón era de dilatadas proporciones y la edad del fallecido sería 

de unos ochenta y cinco años” 40 . 

4. LLEGADA A ESPAÑA 

Es éste otro de los tantos aspectos oscuros en la vida de don Ambrosio. 

En las dos páginas donde Vicuña Mackenna “acumuló inexactitudes y 

desautorizadas consejas”, según Donoso, se sostiene “que sábese, con evidencia, 

que muy joven todavía pasó a España y bajo la protección de un pariente clérigo, 

que más tarde fue uno de los confesores de Carlos III, hizo algunos estudios en 

Cádiz y trabajó con mediana suerte en el comercio…41 . 

En este párrafo sólo es advertible, a primera vista como inexactitud probada 

muchos años después que don Benjamín publicara el “Ostracismo de O’Higgins”, 

la referencia al pariente clérigo, que ha sido desvirtuada por las prolijas 

investigaciones de don Carlos Vicuña Mackenna. 

Don Aurelio González Santis sostiene que “Don Ambrosio, buscando una 

oportunidad llegó a Cádiz en 1749” 42 . 

Carlos Miró Quezada, sin citar su fuente de consulta, da a conocer una versión 

que contraría todos los juicios más o menos autorizados que conocemos sobre 

los orígenes del Virrey: “Al cumplir los diez años fue enviado a Cádiz, al lado de 

un tío suyo, sacerdote jesuita, que lo hizo educar en el Colegio de la Compañía 

de ese lugar” 43 . 

En el memorial ya citado, del año 1761, don Ambrosio inicia su estilo de decir, 

cuando quiere, las cosas a medias. En él declara estar, ”viviendo en dicha ciudad 

de Cádiz desde el año mil setecientos cincuenta y uno (1751)”, lo que no significa, 

necesariamente que haya vivido en España desde el año indicado. Su llegada a 

la Península, a Madrid por ejemplo, pudo ocurrir mucho antes. 

La declaración hecha en Lima el año 1756, ante el Tribunal del Consulado, 

por don Antonio O’Higgins, que sería el mismo don Ambrosio, mencionada por 

Valencia Avaria, contiene una versión diferente: “Ambrosio O’Higgins, que era el 

citado, declaró que residía en Cádiz más tiempo de veinte años” 44 . 

39 Ricardo Donoso: El Marqués...p. 413. 


41 Benjamín Vicuña Mackenna: Vida del..., p. 52. 

42 Aurelio González Santis: El Gobernador Ambrosio O’Higgins. Ed. Salesiana, 1980, p, 5. 

43 Carlos Miró Quezada: De Santa Rosa a la Perricholi. Talleres P.L. Villanueva S.A., Lima, Perú, 1958, p.154. 

44 Luis Valencia Avaria: Berizardo O’Higgins..., p. 18. 

22


Si la información dada en el Memorial del año 1761, en que declara haber 

llegado a Cádiz en 1751, es verdadera, tal hecho ocurrió cuando ya tenía 31 años 

de edad. 

De acuerdo con la declaración de Lima, el año 1756, habría residido en Cádiz 

“más tiempo de veinte años”. En este caso, su edad, a la época de su llegada allí, 

fue de 16 años. 

Naturalmente, y en el supuesto de que don “Ambrosio” y don “Antonio” sean 

una misma persona, se falsea una de las dos declaraciones. 

Las discrepancias entre los autores existen desde la primera época en 

que comenzó a estudiarse la juventud de don Ambrosio y no hay razón para 

suponer que ellas estén terminadas, a menos que aparezcan pruebas históricas 

irredargüibles que diriman las cuestiones relativas a esta etapa de su vida. 

La opinión mayoritaria y más autorizada, a la que nos sumamos, fija el año 

1720 como fecha en que el aventajado irlandés nació y 1751 como el año en que 

habría llegado a España. 

5. EL ITINERARIO AMERICANO DE DON AMBROSIO 

En el Memorial del año 1761 don Ambrosio declara que vivió en Cádíz desde 

1751 a 1756, “en cuyo año pasó a la América Española, en donde se mantuvo 

hasta junio de 1760”. 

Don Benjamín Vicuña Mackenna, que no conoció el Memorial citado, señala 

que “En el año 1773 había llegado a Chile un militar ya entrado en años, de nación 

irlandés, y que venía a servir en aquel país con el título de Capitán delineador de 

la fortaleza de Valdivia” 45 . 

Don Benjamín yerra en el año y en el grado militar con que se le contrató 

como ingeniero delineador. Ignora igualmente la primera residencia del irlandés 

en América, desde 1756 hasta el año 1760. 

A la fecha señalada por el autor citado, 1773, don Ambrosio ya era Teniente 

Coronel y Comandante de Caballería, después de haber iniciado la carrera 

administrativa y militar efectiva a fines de 1763, en el rango de Subteniente, el 

más bajo de la clase de Ingenieros, ingresando por primera vez al Continente 

americano el año 1756. 

Todo parece indicar que la declaración de don Ambrosio, en el Memorial, en 

cuanto al año 1756 “en que pasó a la América Española”, es verídica. 

Carlos Vicuña Mackenna, refiriéndose a una versión del navegante inglés 

Vancouver, da una fecha distinta para la llegada de don Ambrosio a nuestro 

Continente: 

“Otra información que da Vancouver es la época de la llegada a América de don 

Ambrosio, que sería el año de 1771. Tenemos entre tanto la comprobación de que ya 

estaba en Chile en noviembre de 1764” 46 . 

45 Benjamín Vicuña Mackenna: Vida del... p. 51. 


23


Sin embargo, como está suficientemente probado, llegó por segunda vez a 

América en agosto de 1763, por Buenos Aires, y el 13 de diciembre de ese mismo 

año a Santiago. 

Otorgamos categoría de verdad a la declaración del propio don Ambrosio 

respecto de su “paso a la América Española”, dando por confirmada la fecha que 

indica, 1756, porque es también una versión que aparece sostenida con mayores 

pruebas documentales. 

Donoso agrega “que en mayo de 1757 don Ambrosio se hallaba en Buenos 

Aires, pues el 8 de ese mes aparece recibiendo la suma de trescientos cincuenta 

pesos, de manos de don Domingo de Basabilbaso, para pagarlos a don Juan 

Albano Pereira en Santiago de Chile”. 

En carta de 26 de mayo, prosigue nuestro autor, escribía Basabilbaso a don 

Patricio Martín: “Don Ambrosio Higgins, dependiente de la Casa de don Jacinto 

Butler, que se conducía en Dho. Navío, se vino por tierra a ésta, en donde le di 

providencia para que pasase a Chile” 47 . 

Si encontramos vaguedades sobre la fecha de su llegada a América, mucho 

más imprecisas son las huellas de su itinerario entre Argentina, Chile y Perú, 

antes de 1763, época en que regresa con un destino definido a nuestro país, 

acompañando al ingeniero Juan Garland. 

Sólo a partir de ese año las investigaciones se facilitan, por la sujeción a la 

carrera militar y administrativa, que culminarará en el solio del Virreynato más 

importante de las colonias españolas. Utilizando las pruebas documentales 

existentes se logra, sin embargo, un trazado bastante aceptable de sus 

desplazamientos en América, antes de 1763. El 8 de mayo de 1757, como hemos 

visto, recibe $ 350 del Oidor Domingo Basabilbaso, para entregarlos a don Juan 

Albano, en Santiago de Chile. Es de toda evidencia que don Ambrosio ha debido 

ocupar un tiempo prudente en Buenos Aires para el establecimiento de relaciones 

de confianza, como la indicada. No podían escapar, tampoco, a la despierta 

inteligencia que unánimemente se le reconoce, las peligrosas consecuencias de 

la alteración de los datos proporcionados a las autoridades españolas, relativos a 

su llegada a Cádiz y su paso a América, lo que refuerza la afirmación de Barros 

Arana en el sentido de que don Ambrosio llegó efectivamente a América el año 

1756, fecha en la cual coinciden Encina, Donoso, Eyzaguirre y otros. 

Valencia Avaria sostiene que: 

“Llegó a América por primera vez en el año 1756 y con 36 años de edad: ‘Aventuraba 

independizarse en el comercio, pero en Lima, al año siguiente, le sorprendió una 

corrida a los comerciantes extranjeros’” 48 . 

El Oidor don José Tagle y Bracho resolvió que siete comerciantes extranjeros, 

incluido don Ambrosio, debían volver a Cádiz. Pero el Procurador, según lo 

consignado por Valencia Avaria, denunció después que “don Ambrosio Higgins, 


48 Luis Valencia Avaria: Bernardo O’Higgins..., p.17. 

24


inglés, que vino de Capitán de Gallinas (segundo repostero) ha pocos días se 

embarcó para Panamá en el Navío San josé... 49 . 

Indudablemente don Ambrosio había llegado a Lima por vía marítima después 

de hacer la travesía terrestre hasta Valparaíso desde Buenos Aires, pasando por 

Santiago como lo señala la carta de Basabilbaso a don Patricio Martín, en Cádiz: 

“le di providencia para que pasase a Chile, que tiene bastante duda que lo pueda 

lograr, por haber una Serranía que llaman Cordillera...” (26 de mayo de 1757 ) 50 . 

La versión recogida por Valencia Avaria sobre el embarque a Panamá, el año 

1757, es dudosa, ya que también existe prueba documental de que en mayo de 

1759 Higgins se encontraba recibiendo un poder de Juan Albailo en Valparaíso, 

antecedente que constituye otro hito de su primer andar americano. 

La publicación hecha por don Horacio Aránguiz en el Boletín de la Academia 

Chilena de la Historia, reproduciendo siete cartas inéditas del irlandés dirigidas 

al comerciante vasco, en Santiago, don Salvador Trucíos, permite conocer con 

precisión la fecha y recorrido de su regreso a España el año 1759 51 . 

La segunda de estas cartas, I’ecliada el 16 de julio de 1760, da término a 

muchas afirmaciones meramente conjeturales sobre esta etapa de la vida de don 

Ambrosio: 

“Querido amigo y muy señor mío, el día de embarcarme en el Callao, dejé ahí escrita 

una cartita para ud. fechada veintiocho de noviembre pasado, ( 1759) luego después 

de arribada a Paita, le escribí otra y mi última fue desde Portobello, el 20 de enero 

de este año (1760). Ahora particípale de mi feliz llegada a ésta mi deseada Cádiz, la 

semana pasada, desde La Habana” 52 . 

6. INGRESO AL SERVICIO IMPERIAL 

En mayo de 1763, de regreso a América, desembarca en Buenos Aires con 

quienes constituirá el círculo de amigos que le serían sorprendentemente fieles, 

leales y devotos hasta el fin de sus días. Don Juan Garland hace de cabeza de 

grupo como ingeniero designado. Don Tomás Delphin y don Lorenzo Arrau, que 

integran el grupo de viajeros, no traen designación oficial alguna. Higgins viene 

comprometido como ayudante de Garland, para ocupar el cargo de Ingeniero 

Delineador, asimilado al grado de Subteniente 53 . La nota enviada al Gobernador, 

el 26 de enero de 1762, es explícita en cuanto al origen de este cargo y constituye 

una novedad administrativa y advierte que ella no debe constituir precedente: 

“A instancia de don Juan Garland, ingeniero en Segundo destinado a servir en ese 

Reino, se ha dignado el Rey conceder por gracia particular, y sin que sirva de exemplar, 

quinientos pesos para un delineador mediante ser sólo en él, y se le ha librado la 

49 Luis Valencia Avaria: Bernardo O’Higgins..., p.18. 


51 Horacio Aránguiz: El Itinerario ignorado de don Ambrosio O’Higgins. Boletín de la Academia Chilena de la 

Historia Nº199, pp. 122 a 129. 

52 Horacio Aránguiz: Ob. cit., p. 122 y ss. 

53 Gustavo Opazo: Dopi Ambrosio O’Higgins Intimo, p. 12. 

25


cédula correspondiente que presentará a U.S. lo que de orden de S.M. le participo a 

fin de que, disponga se le satisfagan por esas Caxas, siempre que mantenga el dicho 

delineador” 54 . 

La contratación de un delineador dependía de Garland, que ejerció sus 

atribuciones convirtiendo a Higgins en funcionario de la Corona. 

Hay también otra versión recogida por Opazo, sin referencia bibliográfica, 

indicando que Higgins “el 21 de noviembre de 1761 obtuvo el nombramiento 

de ‘Ingeniero delineador’ con la destinación de pasar a Chile en la Comitiva del 

Coronel Garland” 55 . 

En la Hoja de Servicios de Higgins, extendida el año de 1784, se da como 

fecha inicial de su designación el 20 de noviembre de 1761. 

En la Relación de méritos y servicios que se encuentra en los Manuscritos 

de J.T. Medina, se menciona una fecha distinta para la Real Cédula, pero muy 

próxima a la ya citada: 

“Que aunque parece ser que se origina el nombramiento de Higgins en vista de Real 

Cédula de fecha 16 de enero de 1762, pasó a servir en el Reino de Chile en calidad de 

delineador, acompañando al Teniente Coronel de Ingenieros don Juan Garland” 56 . 

Las dudas que pudieran existir acerca del origen del nombramiento de Higgins 

desaparecen, en buena medida, como se verá, al conocer la comunicación del 

Gobernador de Chile, el 1º de julio de 1766, al bailío Fray Julián de Arriaga: 

“Habiendo venido a este Reino el año 1763 el Ingeniero en Segundo don Juan 

Garland, trajo en su compañía nombrado de delineador a don Ambrosio Higgins, 

en virtud de la facultad que S.M. le concedió y reconociendo su juiciosa conducta 

se le aprobó a dicho Garland, y para el goce del sueldo de quinientos pesos 

anuales que se le asignaron...” 57 . 

7. EL COMERCIANTE EXTRANJERO 

El experimentado dependiente de la Casa Butler Joyes y Cía., advirtió muy 

rápidamente que la fórmula ideal para hacer fortuna en América, era ejercer las 

actividades comerciales al amparo de influencias administrativas o militares. Los 

ejemplos exitosos de esta asociación, tolerada sin objeciones por la Corona, eran 

muy evidentes en toda la geografía colonial y en los distintos niveles jerárquicos 

de su administración. 

Su primer viaje a América, mirado con rigor mercantil, fue evidentemente 

provechoso. Llevó de regreso a España una cartera de clientes que cubría un 

amplio territorio comercial: Argentina, Chile y Perú quedaban unidos por una 

red de conexiones personales que representaban mercado y clientela segura. 

Bástenos señalar el compromiso de adquirir, por cuenta del vasco Salvador de 

54 Ricardo Donoso: El Marqués…, p. 55. Capitanía General, Vol. 724, Hoja 20. 


56 J.T. Medina: Biblioteca Hispano Americana, 11, p. 597. 

57 Manuscritos de Medina, Vol. 192, Capitanía General, Vol. 795, 

26


Trucíos, 15 mil pesos en mercaderías y otro contrato similar con Juan Albano 

Pereira, por $12.000. Es también probable que haya interesado en negocios 

parecidos a don Diego de Armida. 

En Perú, según la denuncia del Procurador, como consecuencia de la “corrida” 

de los comerciantes que no contaban con licencia, los resultados no podían ser 

más halagüeños para el irlandés: 

“Don Ambrosio Higgins, inglés, que vino de Capitán de Gallinas, ha pocos días se 

embarcó para Panamá en el navío San José, sin licencia de este superior Gobierno, 

acompañándole don Juan de Miramón, francés, que vino por Buenos Aires y recibió 

por endoso más de 100.000 pesos del mismo Navío San Martín, y entre estos dos 

embarcaron en él, a nombre de españoles, más de 200.000 pesos que produjo su 

comercio” 58 . 

El manejo de estas elevadas cantidades de dinero, ridiculiza en buena medida 

la historia del “falte” o buhonero desamparado que, supuestamente, recorría Lima 

y sus alrededores, en un comercio de menudeo. El crédito y la confianza que 

suponían estas importantes intermediaciones comerciales, hace descartable la 

imagen del comerciante fallido o del condenado a los calabozos de la Inquisición 

limeña. 

El cumplimiento de la generosa legislación de extranjería española, respecto 

de los irlandeses e ingleses católicos, era bastante irregular en América, 

por ignorancia funcionaria. Higgins ya lo había probado en Lima y, después, 

cuando ejercía las funciones de Gobernador de Chile, debió instruir a más de 

un empleado sobre la correcta aplicación de estas normas de excepción. Barros 

Arana recuerda que “tuvo que luchar en Chile y en el Perú con las dificultades 

que le creaba su nacionalidad. Siendo Presidente de Chile se vio en el caso de 

comunicar al Subdelegado de Coquimbo, el 10 de diciembre de 1795, las cédulas 

reales que amparaban a los irlandeses para favorecer a uno o varios individuos 

de esa nacionalidad que se hallaban en ese Distrito” 59 . 

Don Ambrosio siempre evitó referirse a su nacionalidad, como lo hizo con su 

edad, cuando debía individualizarse. 

“Si había un hombre, dice don Miguel Luis Amunátegui, llamado por sus antecedentes 

a manifestar simpatías a los extranjeros, era don Ambrosio O’Higgíns”. 

Sin embargo, como apunta el autor citado, “Era particularmente notable la 

excesiva desconfianza que el irlandés Presidente-Gobernador de Chile mostraba 

a todos los que no eran legítimos y añejos españoles” 60 . 

8. LOS ALTIBAJOS ADMINISTRATIVOS 

La destinación de un ingeniero, como don Juan Garland, a la Capitanía 

General de Chile correspondió a una de las tantas decisiones administrativas 

58 Luis Valencia Avaria: Bernardo O’Higgins..., p. 18. 

59 Diego Barros Arana: Historia..., Tomo VI, Parte quinta, p. 9. 

60 Miguel Luis Amunátegui: Los precursores de la Independencia de Chile. Ed. Imprenta la República, 1870, 

Tomo 1, pp. 295 y 296. 

27


programadas por la Corona, para reforzar las defensas de los puntos claves del 

litoral americano expuestos a las agresiones inglesas, en caso de guerra. 

Nada sabemos sobre el surgimiento de la amistad de Garland con Higgins. 

Opazo avanza una opinión harto discutible: 

“Seguramente fueron condiscípulos en más de un estudio, pues no se explica de otra 

manera esta amistad, que no pudo nacer de estos cortos años de estada en Cádiz. En 

la lejana y querida Irlanda estrecháronse estos vínculos de amistad, que se prolongaron 

larga y sólidamente por toda la vida” 61 . 

El interés de Garland en Higgins se entiende por ser connacional suyo y 

apreciar su experiencia sobre el lugar de su nueva destinación. Parece evidente 

que una vez instruido sobre las nuevas tareas que se le encomendaban, Garland 

señaló la necesidad de que se le designara un ayudante como delineador, con la 

explícita intención de contratar en ese cargo a don Ambrosio. 

Las actividades de Garland en España eran exclusivamente profesionales, 

pero las facultades de persuasión de Higgins lo hicieron invertir sus caudales 

“en un valioso cargamento de mercaderías, que transportó a Chile” 62 . Este 

antecedente abona la idea de una estrecha amistad y una más grande confianza 

entre ambos. 

Reunidos en Santiago, y habiéndose puesto a disposición del Gobernador, 

Garland e Higgins recibieron la orden de viajar sin dilación a Valdivia, creando a 

don Ambrosio un serio contratiempo. Las mercaderías enviadas al comerciante 

Trucíos no fueron aceptadas por éste, aduciendo que tenían un valor muy 

elevado. Sin saber la fecha de su retorno a Santiago, Higgins decide, sólo en 

la víspera de zarpar a Valdivia desde Valparaíso, el 6 de enero de 1764, en la 

fragata “La Begoña”, encomendar a don Diego de Armida la liquidación de estas 

mercaderías. Según Opazo, “Esta negociación le reportó a O’Higgins una fuerte 

utilidad que dejó perplejo al astuto Trucíos” 63 . 

En marzo, la comitiva de Garland, integrada por Higgins, Delfín y Arrau, regresó 

a Santiago. Higgins, con rango de Subteniente, como Ingeniero Delineador, 

procuraba manejar alternativamente las funciones administrativas a que estaba 

obligado y sus asuntos mercantiles pendientes. 

Ese mismo año, 1764, comenzó a elaborar el proyecto de construir las llamadas 

casetas, casillas, casuchas, casamatas o refugios, en los tramos estratégicamente 

elegidos y de más necesidad, en el camino cordillerano a Mendoza. Acompañando 

a Garland, integra el séquito de Guill y Gonzaga en su viaje a Concepción. Desde 

allí los ingenieros proyectan una nueva excursión a Valdivia para continuar los 

estudios sobre las fortificaciones. En abril del año siguiente están en Santiago, 

preparando el informe sobre el traslado de la ciudad de Concepción a un sitio 

más adecuado. Es entonces cuando se le encarga la ejecución de las obras en la 

ruta trasandina, que inicia a fines de ese año. 




28


La Corona había previsto, como una necesidad estratégica para el resguardo 

de las Colonias, el mejoramiento de su red de comunicaciones. Chile aparecía 

notoriamente vulnerable frente a un eventual conflicto bélico con Inglaterra, 

enemigo siempre potencial. La habilitación de los refugios cordilleranos, según el 

proyecto de Higgins, hacía viable en toda época el tránsito entre Chile y Argentina. 

Seis casamatas, distribuidas a lo largo de la ruta andina, podían superar las 

consecuencias de los bloqueos frecuentes producidos por las nevazones y los 

temporales, sirviendo de refugios abastecidos a los viajeros y correos. Y aun 

cuando Higgins no dio término al proyecto completo, en esta primera etapa, su 

pronóstico sobre la utilidad de estas construcciones resultó exacto. 

No olvidará, en el Memorial que prepara al efecto, la detallada referencia 

a estas obras, su importancia y, obviamente, al mérito personal de haberlas 

propuesto y ejecutado. 

El aislamiento, los rigores del clima, las penurias de las incomodidades, 

trabajando con presidiarios puestos al servicio de las obras, sólo daban tiempo, 

en las horas de descanso, a la reflexión sobre un futuro impredecible. Sus 

meditaciones, en las noches inclementes sobre los Andes, han podido llevarlo a 

examinar, una y otra vez, sus expectativas en el nuevo mundo. Ellas eran, desde 

luego, completamente nulas si las dejaba entregadas a la simple providencia. Las 

actividades comerciales sólo podían representar esperanzas de fortuna, ejercidas 

con regularidad. La alianza de las tareas mercantiles con un cargo público era 

buena; pero su empleo subalterno, sin una residencia estable, no permitía el 

desarrollo armónico de ambas funciones, una de las cuales, la mercantil, requería 

una atención preferente y continua. 

Solamente gracias a la diligencia, corrección y habilidad comercial de don 

Diego de Armida, tanto él como Garland habían logrado utilidades significativas 

que, en todo caso, no representaban un caudal garantizador del buen pasar 

futuro. 

Tenía ya cuarenta y cinco años y se encontraba en el escalón más bajo de la 

rama los Ingenieros, como Ingeniero Delineador, en el grado de Subteniente Los 

tramos jerárquicos que seguían eran los de Ingeniero Extraordinario, Teniente; 

Ingeniero Ordinario, Capitán; Ingeniero en Segundo, Teniente Coronel; Ingeniero 

en Jefe, Coronel 64 . 

Su amigo Garland, con todos sus talentos y méritos, había permanecido 16 

años en el grado de Capitán y después de 23 años de empleo se hallaba en 

el grado de Teniente Coronel. En el desempeño de una carrera administrativa 

destacada podría igualar, entonces, la jerarquía de su amigo a los 68 años de 

edad, si los vivía. Y no era esa, definitivamente, la suerte que anhelaba. 

Es posible que a estos oscuros cálculos, se sumara una enfermedad real, como 

consecuencia de la dureza climática, que contrajo en las alturas cordilleranas. 

El 1º de julio de 1766, el Gobernador informa al bailío Fray Julián de Arriaga: 

64 Capitanía General. Vol. 723, Nº 20. 

29


“que habiéndole sobrevenido (a Higgins) con este motivo un fuerte afecto de pecho, 

originado en la sequedad de aquel paraje, en que subsistió más de cuatro meses, fue 

de dictamen el protomédico del Reino, peligraba su vida en él y que convenía pasase 

su curación a España, con cuyo motivo me pidió licencia por término de dos años y 

para ejecutarlo con retención de su empleo y le negué esto porque se elija aquí otro, 

por la falta que hará a las obras, concediéndole que en caso de sanar y regresando le 

atendería en proporción a su mérito” 65 . 

Los viajes a Valdivia, su asistencia al Parlamento de Nacimiento y los estudios 

para el traslado de la devastada ciudad de Concepción, acompañando a Garland, 

enriquecieron notablemente los conocimientos de Higgins sobre Chile, su territorio 

y su gente, lo que demostraría en sus escritos elaborados en España, dos de los 

cuales son conocidos. Por otra parte, el trabajo junto a un ingeniero tan calificado 

como Garland, le permitió el aprendizaje, en la práctica, de conocimientos en 

tareas de ingeniería y construcción. 

En el mes de mayo inició su viaje a la Península llegando a Buenos Aires 

el 24 de julio de 1766, donde encuentra a su amigo don Juan Albano Pereyra, 

expulsado de Chile por su condición de extranjero. Cumple algunos encargos de 

Arillida y el 2 de noviembre se embarca rumbo a España. 

Como se recordará, el permiso que se le concedió por el Gobernador Guill 

y Gonzaga fue “sin goce de sueldo” y sin la conservación de la titularidad del 

cargo que desempeñaba. Así, los gastos de su viaje fueron costeados con sus 

ahorros y las utilidades de su comercio. Los márgenes de la ganancia han debido 

ser de algún valor significativo, en particular la negociación de las especies 

primitivamente destinadas a don Salvador Trucíos, para permitir el pago de su 

pasaje y su mantención durante dos años en España. Todo induce a pensar que 

consumió buena parte de los dineros ganados en sus afanes comerciales en 

América, aun cuando había sido “restituido con inexpresable amor” a su antiguo 

sitio en la casa de los señores Butler Joyes y Cía. No obstante, el trabajo en esta 

firma debió ser muy irregular por sus viajes o residencia frecuente en Madrid. 

Existe, además, una opinión generalizada para estimar que, más importante que 

el restablecimiento de su salud era, para Higgins, reubicarse administrativamente 

en la Península. Pero sus esfuerzos terminaban en repetidos fracasos. La 

confianza en los resultados de la mediación de su compatriota Ricardo Wall, 

irlandés, ex Ministro de Carlos III, debió desaparecer tan pronto como reparó en 

que la dedicación puesta en sus peticiones no tenía la intensidad necesaria o 

que la influencia del ex Ministro era nimia. Decidió, entonces, enfrentar directa y 

personalmente un pronunciamiento oficial acerca de sus pretensiones. En junio 

de 1767 y ante la imposibilidad de obtener una audiencia con el bailío Fray Julián 

de Arriaga, presentó un memorial solicitando se le otorgara un corregimiento, 

mencionado entre los posibles los de Guanta, Jauja, Tarma o Chucuito. 

Representó en el Memorial sus servicios a la Corona, en especial la construcción 

de las casillas, en los Andes; su experiencia y conocimiento sobre el territorio 

americano, señalando que había caminado en él más de 2.500 leguas, además 

de otros argumentos menores. 

65 Manuscritos de J. T Medina, Vol. 192, Capitanía General, Vol. 795. 

30


Esta gestión fue negativa, aunque se le sugiere el retorno a Chile, sin ascenso 

ni ayuda económica y sin otra posibilidad que la de recurrir al Presidente de este 

reino. Al mes siguiente insiste. Donoso transcribe esta segunda solicitud, en que 

requiere algunos de los cargos citados u otro cualquiera en la frontera del Perú. 

Como se ve, Higgins no advertía ni remotamente alguna posibilidad de mejorar 

su suerte sirviendo en Chile. La solicitud no hace más que impetrar, sin nuevos 

argumentos, una reconsideración de la petición primitiva, señalando la alternativa 

de un cargo en el Perú. 

“Yo, señor excelentísimo, siempre estuve y estoy pronto a sacrificar mi vida en Cualquier 

destino que se me dé, creyendo que los servicios hechos hasta aquí, tuviesen algún 

lugar en la real atención, tomé la determinación de venir a introducir mi instancia, 

que me ha constituido en el mayor conflicto, pues cuando esperaba algún alivio con 

que disimular sus costos, trabajos e intereses, después de los de un largo viaje y 

navegación, se me mande volver a mi destino sin otro ascenso, ayuda de costa ni 

esperanza de acomodo que la remota de la que se le proporcione a aquel Presidente. 

Este, señor Excelentísimo, no puede darme alguno que sufrague los empeños que 

tengo contraídos en servicio de S.M. mediante lo cual y que mi pretensión en nada 

es incompatible a la continuación de mi actual servicio, antes sí de mucha utilidad su 

logro, espero de la piedad de S.M. se me destine en uno de los empleos que señalo 

en el citado Memorial u otro cualesquiera de frontera del Reino del Perú, y la V.E. 

coadyuve a ello para que pueda seguir mi carrera en el real servicio sin apartarme de 

la en que hoy me hallo” 66 . 

La resolución del Consejo fue similar a la ya adoptada frente a las pretensiones 

iniciales del postulante. 

“NO HA LUGAR a los empleos que pide; en los que tocan a su profesión, se encargue 

al Presidente le atienda y proponga” 67 . 

Ambas resoluciones eran, en verdad, concordantes con el objeto confesado 

por Higgins para viajar a España y la notificación que en su oportunidad le hiciera 

Guill y Gonzaga, al concederle el permiso que había solicitado el año 1766. 

Higgins no se resignó a este fracaso y prosiguió, tenaz y esperanzadamente, 

sin dar muestras de desaliento, en las antesalas de algunos influyentes personajes 

madrileños, hasta que, por fin, recibió el encargo de evacuar un informe sobre 

Chile. Era la oportunidad esperada para dar una muestra de su real capacidad y 

conocimiento sobre esta parte de América. El encargo del trabajo indicado pudo 

ser, para las autoridades españolas, un simple pretexto destinado a terminar 

con las porfías del irlandés, y su majadera insistencia. Pocos hombres de la 

época, en Chile, podían tener la pretensión de abordar un trabajo de naturaleza 

semejante. Sin apuntes, con poquísima o ninguna bibliografía que consultar, el 

empeño requería una amplia cultura, sentido de observación sobresaliente, vasta 

experiencia y un acertado juicio político. En brevísimo tiempo probó que reunía 

tales condiciones con exceso. El 2 de septiembre presentó su informe bajo el 

título de “Descripción del Reyno de Chile, sus productos, comercio y habitantes; 

reflexiones sobre su estado actual con algunas proposiciones relativas a la 


67 J.T. Medina: Biblioteca Hispano-Americana, II, p. 599. 

31


reducción de los indios infieles y adelantamiento de aquellos Dominios de su 

Majestad” 68 . 

El desarrollo de esta “Descripción” es revelador de una indubitable y selecta 

formación educacional, que avala cuanto se ha dicho de la excelente preparación 

que pudo recibir en su juventud. Naturalmente no todo el contenido del informe 

es el resultado de sus personales observaciones. Don Ricardo Donoso cree que 

las referencias geográficas fueron tomadas de los cartógrafos y geógrafos de los 

siglos XVII y XVIII, lo que no disminuye su mérito. Es además una concluyente, 

objetiva y excepcional prueba de sus aptitudes funcionarias, muy superiores a la 

evidenciada por la mayor parte de los españoles destinados al servicio imperial 

en América. 

Este informe ha debido llamar la atención de sus primeros lectores, llegando 

probablemente a conocimiento de algunos jerarcas madrileños. 

Sin embargo, las resoluciones ya conocidas no variaron de manera sustancial, 

aun cuando la nota que, el 22 de noviembre de 1767, despachó el bailío Fray 

Julián de Arriaga al Presidente de Chile, contiene, como se apreciará, algunos 

beneficios no considerados anteriormente. Al concederle permiso, el Gobernador 

y Presidente de Chile se reservaba la facultad de recontratarlo o no, “según su 

mérito”. Junto con rechazarle “la retención del empleo” le había negado, también, 

el derecho a gozar de algún beneficio económico, mientras durara el permiso: 

“En carta del 1º de julio de 1766 hizo U.S. presente con testimonio haber concedido 

licencia a don Ambrosio Higgins, delineador del Ingeniero en Segundo, don Juan 

Garland, destinado a ese Reino para que pudiese regresar a éste a recuperarse de los 

accidentes que contrajo en la Comisión de dirigir la fábrica de las casas de la Cordillera 

para facilitar en todos tiempos su tránsito, y mediante a hallarse ya restablecido 

de su quebrantada salud ha resuelto el Rey que vuelva a ese paraje en primera 

proporcionada ocasión para servir a las órdenes de LJ.S. con su antigua asignación de 

quinientos pesos al año hasta que U.S. le dé otro destino, y proponga el sueldo que le 

parezca debido; y manda S.M. que al referido don Ambrosio Higgins se le abone por 

esas cajas su haber correspondiente a los expresados quinientos pesos anuales por 

todo el tiempo del intermedio desde que le cesó el goce de ellos para usar de la citada 

licencia, hasta el día en que sin culpable retardo se presente en esa ciudad a continuar 

su mérito en el real servicio” 69 . 

No ha sido mucho consuelo para don Ambrosio el conocimiento de esta 

comunicación oficial. Después de dos años debía volver a Chile, sin ninguna 

de las destinaciones apetecidas y sin ascenso en la clase de ingenieros. Pero, 

al menos, no llegaría a solicitar un cargo, ya que se disponía retornarlo a sus 

antiguas labores, recibiendo la gracia simultánea del derecho a percibir, a su 

llegada a Chile, a lo menos $ 1.000 por la asignación del cargo de delineador 

correspondiente a sus dos años de permanencia en España. Había ganado 

algo más. Su primer nombramiento se debía a la decisión de su amigo Juan 

68 Ambrosio O’Higgins: “Descripción del Reyno de Chile, sus productos, comercio y habitantes; reflexiones sobre 

su estado actual, con algunas proposiciones relativas a la reducción de los indios infieles y adelantamiento de 

aquellos Dominios de su majestad”, reproducido en El Marqués de Osorno, pp. 430 a 444. Copia fotográfica 

en el Archivo Nacional. 

69 Capitanía General. Vol. 694, Pieza 2ª. 

32


Garland. En cambio esta redesignación emanaba directamente de don Julián de 

Arriaga. Además, se sugería al Capitán General darle otro “destino y sueldo que 

le parezca debido”. Para la consideración de los funcionarios del Reyno, este 

cambio implicaba, como única explicación posible, que el irlandés había logrado 

asirse a buenas aldabas en la Corte, colocándose a la sombra protectora de un 

poderoso. 

Resignado forzadamente a seguir intentando suerte en su antiguo destino, 

prepara el regreso y elabora un complemento informativo de su “Descripción del 

Reyno de Chile”. Se trata de un trabajo cartográfico sobre el país y las tierras 

australes, con indicación de las propiedades y misiones de los jesuitas ya 

expulsados de España y sus Colonias, realizado con la pretensión de una mejor 

calificación de su competencia y aptitudes, incluso en materias especializadas 

como la Geografía y la Cartografía. 

A su regreso a Chile, en abril de 1769, ejercía la Presidencia, interinamente, el 

Oidor Juan de Balmaceda, por fallecimiento del Presidente Guill y Gonzaga, ante 

quien se le acreditaba por la Corona. Para satisfacer la orden recibida, Balmaceda 

procedió a nombrarlo Comisario de guerra. Pero el pago de las asignaciones 

atrasadas tardó bastante en hacerse efectivo. 

La idea, de proseguir la construcción de las casillas en la Cordillera adquirió 

para él un nuevo interés. 

Mientras desarrollaba un programa centrado en la continuación de estas obras, 

se mantuvo atento a los acontecimientos políticos. Con audacia y buenas razones, 

sin respetar ningún conducto regular, aludiendo a su informe sobre Chile, se dirige 

al Ministro Campomanes, abundando en sugerencias y recomendando al Mapa 

Geográfico de Mr. D’Auville, como el menos defectuoso para el conocimiento de 

la América Meridional 70 . Inicia de esta manera un sistema de comunicación directa 

con los jerarcas administrativos y políticos de España, colocando su nombre en el 

conocimiento de los niveles decisorios de la Corona, en relación a Chile. 

9. LA CARRERA MILITAR 

Mientras hacía los preparativos para reiniciar las construcciones en el camino a 

Mendoza se produjo un alzamiento de los indígenas en la Frontera. De inmediato, 

con intuición y habilidad política notables, vio la oportunidad del cambio propicio 

para su anhelante deseo de prosperidad militar. 

Los dos documentos, cuyo texto transcribimos, marcan definitivamente el 

comienzo de su carrera militar y administrativa, única en la historia colonial de 

América: 

“Don Ambrosio Higgins, Comisario de Guerra y del Ejército de este Reino, puesto 

a la obediencia de U.S. con mayor veneración, dice que por noticias que parece 

tiene V.S. de haberse sublevado los indios de las fronteras del Bío-Bío y cordilleras 

inmediatas, cometiendo hostilidades e invadiendo con atrevimiento aquellos Estados 

de S.M. se ha servido su notorio celo librar sin pérdida de tiempo las más acertadas 

70 Carlos Morla Vicuña: Estudio Histórico sobre el descubrimiento y conquista de la Patagonia y de la Tierra del 

Fuego. Leipzig, 1903, p. 32. 

33


providencias para su defensa, mandando como en el día lo ha ejecutado salgan luego 

de esta ciudad los oficiales que en ella se hallan de dotación de aquellas plazas a 

sus respectivos destinos, y aunque V.S. tenía determinado que el suplicante pasase a 

dirigir la construcción de las últimas casas que en este verano se debían levantar en 

la Sierra Nevada, le parece más propio de su obligación y amor al Soberano en estas 

circunstancias que si V.S. es servido le despache o señale puesto en dicho Ejército y 

expedición que al presente se ha resuelto para el socorro de dicha frontera, donde por 

el conocimiento anterior que le asiste con el motivo de haber acompañado al señor 

antecesor de V.S. y el haber transitado las tierras de los indios puede considerarse de 

más atención su persona y pronta voluntad la cual sin reparar en trabajos ni peligros 

ofrece muy rendidamente a la disposición de V.S. para que le ocupe en lo que juzgare 

útil al servicio de su Majestad, por tanto a V.S. pide y suplica rendidamente se sirva 

señalarle puesto y ocupación en que pueda acreditar su inclinación y aplicación al real 

servicio que es gracia que espera alcanzar de la poderosa mano de U.S. Ambrosio 

Higgins” 71 . 

La resolución favorable, recaída en esta solicitud, tiene como fecha el 11 de 

diciembre de 1769 y es del tenor siguiente: 

“Sin embargo, de tener destinado al suplicante, para la dirección de las casas que 

se restan construir en la Sierra Nevada, para facilitar en la estación de invierno la 

comunicación con las Provincias de la otra banda de dicha sierra: en las presentes 

circunstancias pasará en diligencia a la frontera de este Reino, donde continuará su 

mérito en el real servicio, en calidad de Capitán de Dragones, bajo las órdenes del 

Maestre de Campo General del Ejército de este Reino de que se le expedirá título, 

Balmaceda - Ugarte” 72 . 

Higgins era hombre de finezas y gratitudes. A mediados de 1769 se conoció 

en Santiago la designación del brigadier Francisco Javier de Morales como 

Presidente y Gobernador de Chile. Poco antes de la asunción del mando de su 

nuevo superior, envía a Balmaceda desde la frontera una carta de reconocimiento 

por las distinciones que le confiriera, solicitándole al mismo tiempo permiso para 

retornar a Santiago con el objeto de reponer su salud quebrantada. Previamente, 

había tenido la buena inteligencia de pedir a su amigo Basabilbaso que lo afianzara 

cuanto pudiera ante el nuevo Gobernador, que procedía de Buenos Aires. 

Sin embargo, más eficaz como padrino resultó ser don Juan José de Vértiz, 

Mariscal de Campo en Buenos Aires, a quien agradece, el 15 de marzo de 1770, 

las recomendaciones hechas al nuevo Capitán General por “cuya fineza le viviré 

a U.S. siempre reconocido...”. El Gobernador Francisco Javier de Morales había 

dado respuesta a una carta de Higgins, expresándole “tener encargo particular de 

Vértiz para atenderlo”. 

Su primer mando en la Frontera fue afortunado, encontrando, como era de 

esperar, un decidido respaldo del nuevo Capitán General. Su desempeño le valió 

una calurosa recomendación, fundada en sus merecimientos, para ascenderle a 

Teniente Coronel. 

71 Ricardo Donoso: El Marqués.... p. 94. 

72 Ricardo Donoso: El Marqués.... p. 94 

34


Tan pronto como conoció esta proposición, utilizando conexiones que no 

conocemos, pidió ayuda al Gobernador de las Provincias del Río de la Plata, para 

los apoyos necesarios ante la Corte con el fin de afianzar su ascenso. 

Autorizado para trasladarse a Santiago, después de la celebración del 

Parlamento de Negrete al cual asistió acompañando al Capitán General de 

Morales, reinicia los preparativos para concluir finalmente el proyecto de las seis 

casas de protección en la Sierra Nevada. Concluye esta tarea en el verano de 

1772 y, en agosto de ese mismo año, el Marqués de Grimaldi hacía llegar las 

congratulaciones del Rey al Gobernador de Morales y aprobada las sugerencias 

del “Capitán de Caballos, don Ambrosio Higgins”. 

La estrella del tenaz funcionario comenzaba a brillar. En el mes de marzo de 

1771 se instruye al Virrey del Perú “para que coloque a don Ambrosio Higgins 

con la graduación y sueldo que le parezca, puesto en el destino que crea más 

conveniente”. 

Preocupado de que la facultad conferida al Virrey para “colocarlo” en 

una graduación y sueldo justo, no se ejerciera debidamente en proporción 

a sus méritos, quiso viajar a Lima con la manifiesta intención de asegurar sus 

pretensiones. Probablemente aconsejado por el propio Capitán General, que 

alababa generosamente sus virtudes, aceleró la construcción de los tres refugios 

que aún faltaban para completar el proyecto, postergando la idea de este viaje y 

aportando un antecedente más para la favorable resolución del Virrey 73 . 

Luego, obtuvo una licencia de seis meses y una recomendación del Gobernador 

para el Virrey del Perú, reiterándole que sus antecedentes lo hacían “acreedor 

a que la justificación de V.E. le tenga presente en los referidos asuntos de su 

acomodo”. 

Morales, guiado por alguna sutil insinuación del propio Higgins, informa al 

Virrey que encomendó a don Ambrosio darle amplios detalles sobre la situación 

del Reino en la Frontera y el Parlamento recién celebrado, “cuyas particularidades 

y circunstancias de todo lo ocurrido en dicha Junta encargo a este Oficial exponga 

a V.E. muy por menor” 74 . 

Además, si le creemos a Carvallo y Goyeneche, habría conseguido muy 

buenas recomendaciones de don Baltasar Sematnat, poco después Maestre de 

Campo y Gobernador de Concepción, para el Virrey Amat y don Antonio Amat, 

parientes suyos 75 . 

Higgins conoció ahora las interioridades del palacio Virreinal en Lima. Gran 

impresión debió causarle el lujo y la solemnidad principesca de Amat. Como 

buscador de fortuna, por tantos años, mucho más ha golpeado su sensibilidad 

la comprobación fehaciente del éxito económico de los altos funcionarios. La 

riqueza del Virrey era impresionante y no menor la fortuna de su Asesor, don José 

Perfecto Salas. 


74 Manuscritos de J.T. Medina, Vol. 193, Capitanía General, Vol. 794. 


35


Sus entrevistas con el Virrey Amat produjeron un resultado parcialmente 

satisfactorio. Higgins siempre deseó servir primero en España y, con interés 

secundario, en Perú. Así lo expresó durante sus gestiones en la Península y lo 

reiteró a Besabilbaso, poco antes que asumiera Francisco Javier de Morales 

como Gobernador de Chile. 

Sin embargo, paradójicamente, la misma insistencia en poner de relevancia sus 

méritos legítimos, profundizaba su afincamiento en Chile. Cuanto más destacaba 

su labor o demostraba sus conocimientos, sugiriendo soluciones a los problemas 

del Reino o formulando notables y modernas apreciaciones políticas, más 

necesaria parecía a los jerarcas madrileños su permanencia en este territorio. 

Debió, pues, regresar directamente a Concepción, con un ascenso que estaba 

lejos de satisfacer sus pretensiones y que hace decir a Donoso: “Con atribulado 

corazón tomó el camino del obscuro y triste rincón que le había deparado el 

destino” 76 . 

El despacho correspondiente se le expidió el 18 de noviembre de 1773 y por 

él se le concede “el empleo de Capitán Comandante del Cuerpo de Caballería 

Reglada de la Frontera del Reino de Chile, con grado y sueldo de Teniente 

Coronel de Caballería”. 

Su primera misión importante, en el nuevo cargo, fue lograr el apaciguamiento 

de los naturales, que consintieron en nombrar “Embajadores” ante la Capitanía 

General. Realizó luego una inspección y evacuó el consiguiente informe sobre el 

estado de las Plazas Fuertes de la Frontera. 

El nuevo Capitán General de Chile, don Agustín de Jáuregui, había asumido 

el mando mientras Higgins permanecía en Lima. Del mismo modo que sus 

antecesores, apreció rápidamente las virtudes del Teniente Coronel y su 

competencia militar y funcionaria. En brevísimo tiempo destaca ante la Corona, 

en términos elogiosos, los trabajos de Higgins, llamando la atención sobre la 

conveniencia de concederle un ascenso. 

Para afianzar su crédito con el Gobernador Jáuregui viajó a Santiago, donde 

permaneció brevemente. Jáuregui, como ya era tradicional en todos los nuevos 

Gobernadores, preparaba el Parlamento con los indígenas. El lugar elegido fue 

Tapihue, cerca de Yumbel. Higgins colaboró con gran actividad y, eficacia en la 

celebración de esta reunión, dejando a Jáuregui “vivamente satisfecho”. Pero si 

Jáuregui estaba satisfecho no ocurría lo mismo con don Ambrosio, quien seguía 

abrigando la esperanza de otra destinación fuera de Chile. 

10. INICIO DE LAS RESPONSABILIDADES POLÍTICAS 

El 20 de marzo de 1776 don Ambrosio fue designado Gobernador Interino 

de Concepción, reemplazando a don Baltasar Sematnat, que viajó con permiso 

al Perú. Aunque transitoriamente, se había convertido, al cabo de 13 años de 

servicios, en el segundo hombre en el mando del Reino de Chile. No le causó, en 

apariencia, mayor entusiasmo asumir por primera vez una jefatura administrativa 


36


y política de tanta importancia. El reconocimiento de sus méritos no era, desde 

luego, concordante con su jerarquía efectiva en el ejército. El 21 de marzo de 

1776 solicitaba, con mayor razón que nunca, su ascenso merecido a Coronel. 

El Capitán General no mezquino los elogios, apoyando lealmente esta 

petición. Pero don Julián de Arriaga había muerto y era necesario actualizar sus 

méritos ante el nuevo Ministro, José de Gálvez. Preparó, entonces, un memorial, 

cuya última parte estaba destinada, como lo había hecho en otras ocasiones, a 

destacar sus trabajos y a legitimar sus protestas por mejores destinaciones. Este 

memorial está fechado el 20 de febrero de 1777, en Los Atigeles, y en él vuelve 

a aparecer, como una fijación irrenunciable de sus pensamientos, el anhelo de 

pasar a España. Ahora pedía que se le permitiera participar en la guerra contra los 

portugueses, bajo las órdenes de su admirado Comandante General, don Pedro 

Ceballos, y se le concediera luego el “real permiso de seguir desde Buenos Aires a 

España a continuar allá su mérito, favor que tendrá en la memoria perfectamente 

mi reconocimiento y si consigo el honor de presentarme a V.S., y siendo en esta 

vida lo que más deseo, expondré entonces algunas de las circunstancias de los 

motivos para desear salir de este país, sin embargo de las muchas satisfacciones 

que merezco a este Caballero Presidente, uno de los Jefes excelentes, que me 

favorece como V.S.I., por los mismos oficios, con la más distinguida confianza” 77 . 

En este memorial no menciona ninguna de las peticiones insatisfechas. Le 

pareció innecesario, ya que cambiaba de proposición y deseaba dejar el país. 

Era una manera de decir que, si no se consideraban suficientes los méritos y 

trabajos hechos en Chile en favor de la Corona, esperaba lograr esos títulos en 

otro campo de servicio en España. 

Al analizar esta última carta al Ministro Gálvez, la especulación salta de nuevo, 

si se quiere penetrar en el verdadero sentido de sus palabras. ¿Cuáles son “las 

circunstancias de los motivos” para desear salir de este país? ¿De qué naturaleza 

son ellas que no puedan señalarse en un documento oficial? Tiene enemigos, 

¿pero quién no los tiene cuando se llega a las alturas? 

Esos “motivos para salir del país”, que sólo podían ser dados a conocer 

personalmente “si consigo el honor de presentarme a V.S.I.”, no tienen las 

características de un problema político ni burocrático. 

¿Quería eludir, yéndose del país, un compromiso matrimonial inadecuado? 

La procedencia de un traslado por razones sentimentales era de muy difícil 

justificación; pero la habilidad del recurso utilizado por don Ambrosio consistía 

en que la revelación de los fundamentos sería hecha sólo “si consigo el honor 

de presentarme ante V.S.I.”, lo que únicamente podía ocurrir después de 

perfeccionada su destinación a España. 

Si en algunas de las “circunstancias de los motivos para desear salir del país” 

no estaba involucrado el matrimonio, es un hecho conocido y cierto que en esta 

época vivía la vecindad de este problema. 

Antes de conocer el pronunciamiento sobre su petición de ascenso militar, dos 

comunicaciones del Ministro Gálvez pusieron una nota amable a su impaciencia. 

77 Manuscritos de J.T. Medina, Diego Barros Arana. Historia.... Tomo TV, Parte quinta, Capítulo XV 1, pp. 12 y 13 

37


En mayo de ese año el Ministro había pedido al Capitán General que diera a 

Higgins, a nombre del Rey, los agradecimientos por sus sobresalientes servicios 

prestados a la Corona, aprobando, luego, en julio, su conducta militar y 

administrativa. 

Poco después de estos halagadores testimonios, viajó a Santiago, con 

permiso, para restablecer su salud y se reincorporó en sus funciones en el mes 

de diciembre. 

Pero en el intertanto, el 7 de septiembre de 1777, dos oficios importantísimos 

del Ministro Gálvez habían salido con rumbo a Chile. Uno para el Capitán General 

y otro para Higgins. Del primero se conoce el original, transcrito en la obra de 

Donoso, y del segundo sólo una traducción al inglés, de John Thomas, el notable 

personaje que fuera su colaborador en el Perú y que continuara esta amistad, 

posteriormente, en su hijo. 

La comunicación que conocemos, gracias a John Thomas, confirma la 

estrategia implícita en la petición de don Ambrosio para abandonar Chile, forzando 

un pronunciamiento sobre el ascenso solicitado: 

“S.M., dice el Ministro Gálvez, ha creído por muchos motivos que no era 

conveniente separamos del cargo de Comandante de Caballería de la Frontera 

de ese Reino, que servís al presente, en que habéis prestado útiles y valiosos 

servicios y en que podréis prestar en lo futuro otros más importantes. S.M., al 

mismo tiempo, deseando datos una prueba de la satisfacción que le merece 

vuestra conducta y de cuanto aprecia vuestros servicios, se ha dignado elevaros 

al rango de Coronel con sueldo entero” 78 . 

En el mes de marzo siguiente, 1778, el año del nacimiento de su único hijo, 

recibió el título de Coronel, mientras se hallaba en la Plaza de Los Ángeles. 

La nota enviada por el Ministro Gálvez al Capitán General venía acompañada 

por el real despacho de este importante nombramiento, “para que disponiendo 

el cumplimiento de lo que en él se manda dirija U.S. al interesado para su 

satisfacción”. 

11. EL GALÁN PONDERADO 

A la época de recibir esta halagüeña noticia de su ascenso a Coronel, don 

Ambrosio ya tenía 58 años. En septiembre de 1777 había obtenido permiso para 

trasladarse a Santiago con el pretexto de reponer su salud y con el reservado 

propósito de afianzar sus relaciones con el Presidente Jáuregui, de reciente 

nombramiento. Su exitosa actividad como reemplazante de Sematnat lo había 

obligado a un desplazamiento continuo entre Concepción, Los Ángeles y Chillán. 

Así, en sus primeras visitas a Chillán pudo conocer a la familia Riquelme, de 

ancestros nobiliarios, regularmente acomodada, con dos hijas casaderas, muy 

jóvenes, siendo una de ellas particularmente atractiva. 

Don Bernardo O’Higgins es quien deja constancia de estas ocurrencias, en 

los trámites que inició en Chillán para obtener la legitimación: “cuando este señor 

78 Diego Barros Arana: Historia..... Tomo VI, Parte quinta, Capítulo XVI, p. 13. 

38


era Maestre de Campo General de este reino y Comandante de las Plazas y 

Tropas de la Frontera, siempre que pasaba por esta ciudad a los asuntos del Real 

Servicio alojaba y posaba en casa de mis abuelos, como vecinos distinguidos y 

de los de mayor representación del lugar” 79 . 

Don Ambrosio, aunque interino, era la primera autoridad de la Provincia 

de Concepción, la mitad administrativa de Chile. Su paso, su llegada o su 

permanencia en Chillán, estaban revestidos por las formalidades ordinarias que 

se observaban con las autoridades, no exentas de regulaciones protocolares y 

amenizadas por reuniones sociales, que el maduro irlandés no despreciaba. Al 

conocer a la más joven de las hijas de don Simón Riquelme, se removieron en él, 

agitada y descontroladamente, sus antiguas y ahora desequilibradas pasiones de 

galán. 

Toda la vida del irlandés parece un modelo de juicioso equilibrio, de completo 

dominio y control sobre sus impulsos y sentimientos. En todas las direcciones 

posibles en que se quiera examinar su existencia, se hallará siempre su carácter 

calculador, de impecable ponderación en sus actos sociales. Según se aproximaba 

a la meta que se había fijado, con razón, para sus méritos indisputables, mayor 

era la vulnerabilidad que ofrecía a sus enemigos en constante vigilia, y mucho 

más cuidadosas, naturalmente, las precauciones que regían su conducta. Un 

desliz pequeño e insignificante podía ser manejado, como sospechaba, por el 

sinnúmero de sus desafectos, con malicia y felonía, perturbando su inigualada y 

rápida ascensión. 

A la edad de 58 años la soltería de don Ambrosio no significaba insensibilidad 

y mucho menos indiferencia ante los encantos de las bellezas coloniales. El 

pelambre institución colonial ejercitada con pocas sobre los lances amorosos del 

maduro irlandés menudeaban y habían colmado su imagen de hombre galante, 

cortesano, además de particularmente cuidadoso en el mantenimiento del secreto 

en sus episodios de alcoba. Los relatos picarescos sobre sus aventuras corrían, 

sin embargo, de boca en boca, incluyendo el comentario sobre las sanciones que 

aplicaba a los murmuradores. 

Estas informaciones, como otras semejantes, proceden, aunque levemente 

deformadas, de Vicente Carvallo y Goyeneche 80 . 

En esta materia no podía estar ajena la filosa pluma del enconado enemigo de 

don Ambrosio, afirmando que había obtenido los ascensos y distinciones “desde 

su Gabinete y sin dejar el dulce trato de las señoras que es más suave que el de 

los enemigos” 81 . 

La escasa iconografía de don Ambrosio nos muestra imágenes tan diversas 

que es imposible hallar una remota semejanza entre ellas. Donoso cree que 

el retrato que más se aproxima al modelo es el que se conserva en el Museo 

de Lima y que reproduce en las primeras páginas de “El marqués de Osorno”. 

79 Archivo Nacional de Chile. Fondos varios, Vol. 556. Archivo de don Bernardo O’Higgins. Ed. Nascimento, 

1946, Tomo 1, pp. 48-49. Hugo Rodolfo E. Ramírez Rivera: Algunas piezas fundamentales para el estudio de 

la vida del Libertador don Bernardo O’Higgins. “Revista Libertador O’Higgins”, Nº2, 1986, p. 215. 

80 Vicente Carvallo y Goyeneche: ob. cit., p. 405. 

81 Vicente Carvallo y Goyeneche: ob. cit., p. 435. 

39


Durante algunos años la imagen más difundida del Virrey fue una acuarela que 

poseyó don Demetrio O’Higgins y que Vicuña Mackenna hizo grabar en París, con 

un perfil consolar a todas luces idealizado. Se conoce un tercer retrato, también 

hecho en Lima, sin mérito artístico alguno. 

Existe, sin embargo, una prolija información sobre el físico del Virrey, debida 

a la pluma, muy desacreditada en otros aspectos, de don José Rodríguez 

Ballesteros. 

“Don Ambrosio O’Higgins y Ballenar, natural de Irlanda, cuerpo mediano, 

pero grueso, cara redonda, nariz regular, ojos pardos, pobladas de cejas, rostro 

colorado, por lo que en Chile lo nombraron el camarón, amable, político, cortesano, 

pero recto y justiciero, constante en sus amistades, de fibra, ánimo, disposición y 

grande emprendedor de obras en beneficio público, celoso realista y muy amante 

de los soberanos españoles” 82 . 

12. DOÑA MARÍA ISABEL, SEÑORA PRINCIPAL 

Al caminar sus relaciones con D. Ambrosio, María Isabel tenía 19 años, en 

el esplendor de la juventud, acentuado por la gracia de las bellezas criollas. 

Ella, sin quererlo, se transforma en la fascinación que abate todas las barreras 

y contenciones de don Ambrosio, llevándolo a descuidar los temores, y la 

sistemática elusión de los riesgos y peligros en sus aventuras galantes. 

Los hechos demuestran, también, que don Ambrosio olvidó por completo, 

aunque de modo transitorio, el real servicio, subyugado por la gracia de la joven 

Riquelme y desarticulado en su compostura, al extremo de jugar su destino 

funcionario, de tan celoso cultivo, en una incontrolada pasión amorosa. 

Doña María Isabel ha sido uniformemente elogiada en su belleza. El retrato 

que se conserva, hecho por el mulato Gil, no revela, en cambio, el menor 

asomo de tal hermosura, para los cánones estéticos actuales. La carencia de 

atributos que muestra doña Isabel en la figura de este retrato puede explicarse 

por los sufrimientos derivados de sus desilusiones amorosas y las desventuras 

económicas, además de la edad. Sus 61 años han debido borrar, por cierto, gran 

parte las bondades físicas que la adornaron en su Juventud. 

Sin embargo, el juicio de María Graham, siempre muy objetivo, adquiere un 

valor especial, por ser ella una observadora válida y reconocidamente acertada 

en su relato: 

“Doña Isabel, dice, representa mucho menos edad de la que tiene y aunque de 

baja estatura, es muy hermosa” 83 . 

Quien primero señala la edad de doña Isabel a la época en que pudo conocer 

a don Ambrosio, es el hijo que progenitaron. Don Bernardo, en la presentación 

que elevara al Alcalde de Vecinos del Ilustre Cabildo de San Bartolomé de Chillán, 

el año 1806, solicitando que se tomaran declaraciones sobre sus padres, como 

82 José Rodríguez Ballesteros: Historia de la Revolución y Guerra de la Independencia del Perú. Archivo 

Nacional, Fondo Antiguo, Vol, 104, pp. 191 a 195. 

83 María Grahm: Diario de mi residencia en Chile. Ed. Francisco de Aguirre, 1972, p. 119. 

40


trámite para impetrar de la Real piedad del Soberano la gracia de su legitimación, 

pide que los testigos declaren “si conocieron, vieron y trataron en aquel tiempo a 

doña Isabel Riquelme, niña de 13 a 14 años de edad” 84 . 

Probablemente, a partir de este documento, se han derivado después las 

fijaciones caprichosas sobre la edad que doña Isabel tenía al culminar sus 

relaciones con Higgins. 

Palma Zúñiga señala que, entonces, tenía 14 años 85 . Vicuña Mackenna fija su 

edad en 15 años 86 . 

En general, la edad de la joven chillaneja, al conocer a don Ambrosio, se 

aprecia en un tramo que va de los 14 años hasta los 19 años y seis meses. 

Sin embargo, en la solicitud presentada por don Bernardo ante el Cabildo de 

Chillán, que hemos transcrito parcialmente, se advierte un hecho que apreciamos 

como posible. Según don Bernardo, “cuando este señor era Maestre de Campo 

General de este Reyno y Comandante de las Plazas Y Tropas de la Frontera, 

siempre que pasaba por esta ciudad a los asuntos del Real Servicio, se alojaba 

y posaba en la casa de mis abuelos”. Es, entonces, de natural ocurrencia que 

don Ambrosio haya estado alojando repetidamente en la casa de la familia 

Riquelme, de tal modo que el asedio amoroso a doña Isabel pudo ser un proceso 

bastante más largo que el que se ha supuesto hasta ahora, como un encuentro 

circunstancial. 

Parece, así, más probable la existencia de un conocimiento y una relación de 

más lento y prolongado desarrollo. 

La edad de doña Isabel podrá seguir siendo motivo de controversia; pero 

tomando como base la fecha de bautizo de la joven y el nacimiento de don Bernardo, 

don Sergio Fernández Larraín ha determinado con bastante aproximación que la 

madre del Libertador tenía a lo menos 20 años al darlo a luz: 

“Si se considera que doña María Mercedes de Mesa y Ulloa (la madre de 

Isabel) falleció el 6 de marzo de 1758, cabe presumir que su hija tendría, al 

menos, algunos días de vida, digamos 15, ya que su madre murió poco después 

de darla a luz. Por lo demás, consta que Isabel fue bautizada en Chillán, el 19 de 

agosto de 1759, de más de un año de edad. Sin temor a equivocarnos podemos 

fijar la fecha del nacimiento de doña Isabel, en torno al 19 de febrero de 1758. 

Balbontín y Opazo la precisan el día 6 de marzo. En todo caso, la correlación 

de estas fechas da a doña Isabel diez y nueve años y seis meses de edad, a lo 

menos, cuando perdió su doncellez en la relación con don Ambrosio O’Higgins, y 

veinte años y tres meses el día del alumbramiento de don Bernardo” 87 . 

Si efectivamente el trato afectivo entre don Ambrosio y doña María Isabel 

comenzó el año 1776 o principios de 1777, se han ido acentuando en el alto 

84 Hugo Rodolfo E. Ramírez Rivera: ob. cit., pp. 214-215. Archivo Nacional, Fondos Varios, Vol. 556. Archivo de 

don Bernardo O’Higgins, Tomo 1, pp. 48-49. 

85 Luis Palma Zúñiga: O’Higgins, Ciudadano de América. Ed. Universitaria, 1956, p. 9. 

86 Benjamín Vicuña Mackenna: Vida del.... p. 54. 

87 Sergio Fernández Larraín: O’Higgins, Ed. Orbe, 1974, p. 17. 

41


funcionario las preocupaciones por las consecuencias que esta irregular 

vinculación podía traer a su promisorio ascenso castrense. 

La relación establecida con una jovencita y la permanente amenaza de un 

embarazo comprometedor, caen dentro de estas explicaciones que la prudencia y 

la caballerosidad no autorizaban confiar por escrito. 

Una manera de dar término, en forma impecable, por fuerza mayor, al romance 

iniciado, era su destinación a las acciones bélicas en el Atlántico, aunque su 

objetivo final confesado fuera servir en España. 

La edad de doña Isabel nos permite medir la responsabilidad de don Ambrosio, 

mirado como seductor. No es lo mismo el consentimiento de una niña de 14 

ó 15 años, que el de una joven de 19 ó 20, necesariamente más reflexiva y 

conocedora de los previsibles efectos de sus actos. Alivia, aunque no excusa 

de modo alguno la culpa del conquistador, el conocimiento de estas precisiones. 

También lo sustraen, en buena medida, de las áreas que lindan con la amoralidad 

y corrupción en que debería colocarse a don Ambrosio si doña Isabel, a la época 

en que perdió su doncellez, hubiera sido una niña de 13, 14 ó 15 años. 

En cada ciudad los vecinos de más rango siempre disponían en sus casas de 

“piezas de alojados”, con las acomodaciones y alhajamientos necesarios propios 

de su nivel social. No existiendo posadas o siendo éstas de mala muerte, las 

autoridades y principales vecinos solían disputarse la recepción de las autoridades 

en tránsito, para que se hospedaran en sus casas. Don Simón Riquelme, de 

un carácter más bien abúlico, no rivalizaba en estos privilegios lugareños; pero 

debía, cuando menos, poner su casa a disposición de la máxima autoridad 

provincial, para estos requerimientos sociales. Siguiendo esta costumbre, don 

Ambrosio Higgins posaba y alojaba en ella cada vez que el real servicio lo llevaba 

a Chillán. Y probablemente, como hombre sin malicia y buena fe, el honrado 

chillanejo no pudo imaginar que los intereses del militar apuntarían hacia una de 

sus hijas mayores. La diferencia de edad entre doña Isabel y don Ambrosio era 

objetivamente tan marcada, que todos los halagos y atenciones dirigidos a la joven 

sólo podían interpretarse por terceros, y aun por ella misma, como afectos tiernos 

y paternalmente admirativos. No eran esos, sin embargo, los secretos matices 

que dominaban las palabras y sentimientos del destacado militar. Doña Isabel 

descubriría muy luego que estas finezas tenían una intención que sobrepasaba 

los lindes de la mera cortesía. Junto a ella el duro, arisco y grave Comandante se 

transformaba en un hombre gentil y rejuvenecido, de fino galanteo y cortesanía. 

La joven Isabel fue advirtiendo, así, cada vez con mayor certeza, las intenciones 

que mortificaban con desenfreno al visitante. 

Sin embargo, un funcionario que había llegado a las altas cumbres del 

escalafón militar en la proximidad de los sesenta años, perdería gran parte de 

la credibilidad en su cordura y juicio para el mando, casándose con una mujer 

desproporcionadamente joven para su edad, como doña Isabel. El casamiento, 

concebido como posibilidad, habría ofrecido un espectáculo permanentemente 

desdoroso en el ejercicio de las relaciones sociales del jerarca militar. Una 

esposa de 19 años podía pasar por hija, por sobrina o nieta y muy difícilmente 

como consorte. La diferencia de edades a la luz de salones, sería siempre el 

42


comentario picaresco y regocijado de los chismes subidos de tono. El efecto 

negativo de tal matrimonio fluye de la soterrada animadversión que su carrera 

meteórica alimentaba en los funcionarios y militares del Obispado de Concepción. 

En su caso, el hecho se magnificaría por su condición siempre descalificada 

de extranjero, su calidad de hombre público y por el misterio, para muchos 

indescifrable, de sus poderes ante la Corte Española. 

Después de abandonar su tierra natal y su familia pasó a España y siguió luego 

la incierta aventura americana. Había renunciado, en las épocas propicias, a la 

constitución de un hogar. Y ahora, en los momentos del triunfo tan cuidadosamente 

preparado, enfrentaba el riesgo de volver a la oscuridad, a cambio de responder 

al compromiso derivado de un hecho que, siendo de honor, era también de 

tan ordinaria frecuencia que a nadie podía asombrar. No obstante, en su caso, 

ello equivalía a cortar las alas de su legítima ambición y volver a una mediana 

tenebrosa, de la cual se había desprendido gracias a sacrificios innumerables. 

Se acusa repetidamente a don Ambrosio por haber faltado a su palabra de 

matrimonio, si la dio, o por no haber cumplido su pleno rol de padre. Pudo, es cierto, 

renunciar a su condición funcionaria, dedicándose a administrar con éxito sus 

cuantiosos bienes ya acumulados, para contraer el matrimonio comprometido. 

Sin embargo, había probado el sabor de los halagos del poder y a estas alturas 

no erraba en la autocalificación de sus capacidades administrativas y militares, 

que le garantizaban una segura prosperidad al servicio del Rey. El matrimonio con 

doña Isabel era, como se mirara, una traba peligrosa en la proyección y planes 

para alcanzar los tramos superiores de las jerarquías coloniales previstas. 

13. EL HIJO 

Don Ambrosio abandonó Chillán en diciembre de 1777, después de permanecer 

algunos días en la casa de don Simon Riquelme, durante su viaje de retorno a 

Concepción, desde Santiago, en el seno de doña Isabel comenzaba a gestarse, 

entonces, una criatura marcada por la adversidad y que, no obstante, debía 

alcanzar, como pocas, gloria, gratitud y veneración en la historia de los pueblos 

que libertó. 

Las dos comunicaciones venidas de España sobre su ascenso a Coronel, 

fechadas el 7 de septiembre de 1777, una dirigida al Capitán General don Agustín 

de Jáuregui y otra a él, mas los despachos del grado, llegaron a Santiago sólo el 

30 de enero de 1778, por el lento proceso de las comunicaciones postales con 

España. Como se comprenderá, por los empeños que en esta promoción le cupo 

emplear, el Presidente envió rápidamente las noticias a Concepción. 

La alegría de su nombramiento como Coronel no pudo ser gozada en plenitud. 

Pero no demora en utilizar, otra vez, el experimentado sistema de manifestar su 

gratitud, aprovechando cada comunicación a España para fortalecer los conceptos 

que en la Corte habían logrado acentuar su valía y sobresaliente desempeño 

funcionario. 

Entretanto el éxito de Higgins en sus relaciones con los araucanos, su equilibrada 

política de fuerza y persuasión, ha debido impresionar satisfactoriamente a las 

43


autoridades españolas de Madrid. La imagen del pueblo araucano, belicoso, 

libertario, indomable, se había estampado como un símbolo en la mentalidad 

hispana, gracias a la obra de Ercilla. Mucho más que otros hechos meritorios y 

los doblones o las “rarezas”, este aspecto de su desempeño tiene una importancia 

definitiva en la valoración hecha en España sobre sus méritos. 

En Chillán, en cambio, la familia de don Simón vivía la oculta vergüenza de la 

deshonra de doña Isabel. 

El nacimiento del niño y las decisiones sobre su crianza y educación, en cuanto 

son acatados por doña Isabel y su padre, nos llevan a la conclusión de que se ha 

establecido entre don Ambrosio y don Simón, o entre éste y algún hombre de 

confianza del Coronel, como pudo serlo el Teniente Tirapegui, su ayudante, una 

suerte de pacto con alcances que están delimitados por soluciones advertibles en 

sucesos posteriores muy concretos. La existencia de un acuerdo de conciliación, 

que fue respetado celosa y secretamente por las partes, está sostenida por 

circunstancias que sólo pudieron ocurrir gracias a este consensual asentimiento. 

En las distintas posibilidades que ofrece el desarrollo de estos hechos hay a lo 

menos estos propósitos comunes que debieron estudiarse de consuno: evitar que 

en Chillán se conociera el embarazo de doña Isabel; asegurar el alumbramiento 

secreto de la criatura que estaba por nacer; separar al niño de la madre y definir, 

finalmente, las responsabilidades en los cuidados de su crecimiento, sustento y 

educación. 

Todos estos puntos de acuerdo tienen el primordial objetivo de salvaguardar el 

honor de la joven, preservando a la vez, para el futuro, su derecho a constituir un 

hogar, mediante el ocultamiento del baldón de una maternidad ilegítima. 

De este modo, con el sacrificio del niño a una definitiva orfandad y bastardía, 

quedaban protegidos el futuro de la joven madre y el prestigio de la familia. Como 

contrapartida, se amparaba también la estabilidad y proyección funcionaria del 

nuevo Coronel. 

14. EL PODER 

El Virrey, don Agustín Jáuregui, aplicando las resoluciones de la Corona, 

dispuso en 1786 dividir la Capitanía General de Chile en dos Intendencias: la de 

Santiago, a cargo del Brigadier Benavides, con la Superintendencia sobre todo el 

Reino, y la de Concepción, nombrando al Brigadier Higgins en el cargo titular de 

Gobernador Intendente de Concepción. 

El régimen de Intendencias y el nuevo nombramiento dio a Higgins mayor 

autonomía en las determinaciones administrativas y fijó geográficamente su área 

jurisdiccional desde el Maule de la Frontera. 

A principios de 1787, la debilitada salud del Capitán General Benavides hace 

sospechar su muerte cercana. No lo ignora, naturalmente, don Ambrosio. Y sabe, 

además, que ya se mueven las influencias en apoyo de distintos postulantes al 

reemplazo. 

44


Es, por cierto, muy difícil pedir el nombramiento en un cargo que aún no ha 

vacado y que está, además, servido por un hombre enfermo a quien se deben 

favores numerosos. 

Sin embargo, con la confianza asentada en tantos reconocimientos por su 

desempeño, escribe al Ministro Gálvez destacando, desde la primera línea de su 

carta, el significado del apoyo que solicita: “Excmo. Señor y mi venerado único 

protector”. 

Tenía méritos sobrados para ocupar la presidencia de chile y un “único venerado 

protector”, de quien dependía su suerte. Pero este protector era, también, el más 

poderoso jerarca imperial en el manejo de las Colonias. 

No es su ánimo, como lo dice, desplazar Benavides, “que excede con mucho 

a sus predecesores en todas las virtudes que deben concurrir a un Gobernador 

completo”. En su petitorio agregará, sin embargo, que: “aunque en su perjuicio 

no es regular que yo jamás desee ascenso alguno, sí provido alguno de los 

inmediatos Virreynatos según se merece y anuncian las noticias públicas en 

curso, de tantos pretendientes que se presentarán para la Presidencia, no debo 

omitir hacer presente a V.E. mis cortos servicios” 88 . 

La mención al Virreynato, como posible ascenso de Benavides, es un pretexto 

demasiado irreal; pero al menos permite, utilizando esa falsa presunción, hacer 

comprensible y legítimos los deseo de Higgins. 

La intervención del Ministro era tan indispensable como fundamental, ya que, 

según afirmaba Higgins, no tenía otro protector a quien recurrir en demanda de 

ayuda: “no tengo más apoyo para completar mi carrera que la protección de 

V.E.”. 

Reserva los términos más finamente estudiados y convincentes para el párrafo 

final: 

“Repito a V.E. infinitas gracias por las distinguidas expresiones que siempre he 

merecido en su superior aprecio, Vivo confiado que en esta crítica circunstancia de 

tener que proveer los puestos altos de estos dominios decidiendo precisamente un 

magnánimo rasgo de su favor toda la suerte de mi fortuna, no permitirá V.E. quede 

desairada mi esperanza única, que ciegamente deposito en la noble resolución 

de V.E. por cuya vida ruego constantemente a Nuestro Señor la prospere por 

muchos años. 

Besa las manos de V.E. su más obligado afectísimo, apasionado y rendido 

servidor” 89 . 

El 23 de marzo cuando la enfermedad de Benavides se agravó, envía una 

segunda carta al Ministro Gálvez, reiterándole su petición de apoyo en la sucesión 

de la Capitanía General. 

El 27 de abril muere Benavides y la noticia corre a Concepción con gran 

velocidad. El 2 de mayo, apenas cinco días después de la defunción, don 

Ambrosio insiste ante Gálvez: 

88 J.T. Medina: Manscritos, Vol. 200. 

89 J.T. Medina: Manuscritos, Vol. 200. 

45


“Con su muerte queda vacante el empleo de Presidente y Capitán General y 

si para este cargo tuviere V.E. a bien recomendar a S.M. mi corto mérito, le seré 

eternamente agradecido. 

Sobre todo confío en que mientras V.E. se halle (Dios lo guarde) a la parte del 

ejército y mando de los pueblos de América no quedarán desairados mis servicios 

y única esperanza que invariablemente he tenido siempre en el favor de V.E...” 90 . 

Los aspirantes al cargo eran otros tres militares y funcionarios de acreditado 

prestigio; pero ninguno alcanzaba a igualar los méritos sobresalientes de Higgins. 

Don Tomás Álvarez de Acevedo había sido designado por la Audiencia como 

reemplazante interino del Presidente fallecido. Y, de modo casi simultáneo, el 

Cabildo lo recomendó para su nombramiento en propiedad. Muy luego aparecieron 

otros dos pretendientes: don José Antonio Eslava, antiguo Teniente Coronel, y 

don Francisco de la Mata Linares, Coronel de talento reconocido. 

Si creyéramos a don Ambrosio que el único protector que le amparaba era el 

Ministro Gálvez, deberíamos aceptar también que sólo los destacables méritos 

personales, que indudablemente tenía, hicieron posible su nombramiento como 

Gobernador y Capitán General del Reino de Chile, Presidente de la Audiencia de 

Santiago, Superintendente Subdelegado de la Real Hacienda e Intendente de la 

Provincia de Santiago, designación acordada por el Rey el 10 de agosto de 1787, 

y luego consignado por decreto del 27 de octubre. 

El Ministro Gálvez había fallecido inesperadamente el 17 de julio, un mes y 

veintitrés días antes de aprobarse la nueva designación. Desaparecido su “único 

protector y apoyo” se habrían esfumado las posibilidades de culminar su carrera 

en Chile, ocupando la Capitanía General del Reino. Pero, como está señalado, su 

nombramiento prosperó con aparente facilidad. 

El nuevo Capitán General era diestro conocedor de los manejos administrativos 

practicados en España respecto de las Colonias. Desde sus primeras 

designaciones fue cultivando, además, pacientemente, amigos y protectores, 

tanto en la Península como en América. Algunos autores sospechan que utilizó 

parte de sus riquezas en el cultivo de estas simpatías gubernamentales. Don Luis 

Montt expresa, en efecto, lo siguiente: 

“Aparte de su indisputable mérito, ¿cuántos doblones costaría al extranjero 

don Ambrosio Higgins adormecer la suspicacia de la metrópoli, para elevarse de 

modesto Capitán de Dragones de la Frontera de Chile hasta Virrey del Perú?” 91 . 

Don Miguel Luis Amunátegui es todavía más incisivo y mordaz. Después de 

sostener que “don Ambrosio fue uno de los Presidentes más distinguidos que 

gobernaron este reino, i uno de los hombres más extraordinarios que aparecieron 

en los últimos tiempos de la dominación española”, agrega que “siendo pobre, 

había tenido que proporcionarse dinero para ganarse los favores de una corte 

venal”. 

El señor Amunátegui continúa acentuando progresivamente los, tonos 

negativos que lo aproximan a don Vicente Carvallo: 

90 J.T. Medina: Manuscritos, Vol. 20,0. 

91 Luis Montt: Revista Chilena, Tomo VII, p. 295. 

46


“Pero si don Ambrosio O’Higgins hubiera contado sólo con su mérito personal, 

con sus disposiciones para el mando, se habría quedado de sobrestante toda la 

vida. Necesitábanse en aquellos tiempos otros apoyos para medrar”. 

“O’Higgins, que conocía la época i la tierra, no lo ignoraba, i por eso se 

encumbró con tanta rapidez. Ese irlandés sabía como maestro la ciencia del 

cortesano; parecía que hubiera nacido de algún palaciego, i que se hubiera 

educado en las antecámaras. A fuerza de las insinuaciones y de obsequios, se 

proporcionó padrinos en Chile i en Madrid; y empujado por ellos, subió hasta 

donde quiso. Ese fue el secreto de su elevación”. 

“Ese fue el talismán que le dio la Presidencia de Chile, el Virreynato del Perú. 

El oro y la intriga del aspirante abrieron de par en par a su presencia las puertas 

del poder y los honores. Los manejos encubiertos, más que sus servicios, más 

que sus brillantes cualidades, le valieron el grado de General, el título de barón, el 

título de marqués” 92 . 

Es preciso reconocer, cuando menos en parte, que don Miguel Luis Amunátegui 

y don Luis Montt no están descaminados, ya que numerosas piezas históricas 

prueban que el Ministro Gálvez era uno, entre muchos otros, de los protectores 

que don Ambrosio mantenía en España. La noticia del fallecimiento del Ministro 

sólo pudo llegar a Chile al cabo de tres meses, a mediados de septiembre de 

1787. A esa fecha le habría sido imposible buscar nuevos apoyos, en reemplazo 

de su “único protector”. 

Estas opiniones no están basadas en elementos probatorios específicos; pero 

los autores citados no se equivocan en sus afirmaciones. Una carta de don Nicolás 

de la Cruz, dirigida a don Ambrosio el año 1795, revela uno de los mecanismos 

utilizados por el astuto irlandés para el cultivo de estas amistades protectoras y 

tutelares, en los más altos niveles de la Corte. 

Don Nicolás le acusa recibo de “una caja con rarezas” que don Ambrosio envía 

al señor Príncipe de la Paz y que le sería entregada en Madrid por “el guardián 

don Demetrio” (Don Demetrio O’Higgins) 93 . 

Su correspondencia revela lo que Amunátegui estima como los “manejos 

encubiertos” de los cuales se valió en esta ocasión, como en otras, para asegurar 

sus objetivos. Impresionan los nombres y el rango de las personas a quienes 

agradece su contribución a este nombramiento: Don Manuel de Néstares, 

Secretario del Consejo; Conde de Floridablanca; Conde de Campones; Duque 

de San Carlos; Marqués del Campo; Conde de Lacy; don Almérico Pini; a los 

Directores de Correos y Oficiales de las Secretarías de Estado, a los Ministros 

de Indias y de Marina, a los miembros del Consejo Supremo de Indias, Areche y 

Escobedo, a don Juan José de Vértiz y al Marqués de Guirior 94 . 

Don Horacio Arangua agrega otro nombre importante a los variados apoyos 

que don Ambrosio recibió para lograr el nombramiento de Presidente de Chile: 

92 Miguel Luis Amunátegui: La Dictadura... p.28 

93 Nicolás de la Cruz: 

94 Ricardo Donoso: El Marqués.... p.135. 

47


“La condesa de Balliincoult lo favoreció mucho ante la reina de España...” 95 . 

15. EL VIRREYNATO 

La labor de don Ambrosio como jerarca superior de la Capitanía General se 

manifiesta en el ordenamiento presupuestario y en reformas trascendentales de 

la hacienda pública; en la aplicación de nuevas normas administrativas y de buen 

gobierno; fiscalización personal de todo el territorio bajo su jurisdicción; medidas 

para el mejoramiento económico; el estímulo y la producción, el comercio de 

exportación y la introducción de cultivos de la caña de azúcar, algodón y arroz; 

obras de progreso como los tajamares del Mapocho, edificios importantes, caminos 

de Uspallata y Valparaíso, mejoramiento de obras urbanas; fortalecimiento de las 

defensas mililitares, afianzamientos de la pacificación de la Araucanía, atajo al 

contrabando y a la penetración de las ideas revolucionarias; creación del Tribunal 

del Consulado, el tercero en América, después del de Méjico y del Perú; fundación 

de nuevas ciudades y la apertura de comunicaciones por tierra entre Valdivia y 

Chiloé; repoblación de Osorno y supresión de las encomiendas. 

En un alarde de sorprendente vitalidad, para sus mortificados 68 años de 

edad, había iniciado el mandato superior del reino emprendiendo una fatigosa 

gira de seis meses y medio por el norte del país, hasta Copiapó. De esta manera 

podía decir, con autoridad, que conocía bien toda la jurisdicción territorial bajo 

su mando, mérito que sólo muy parcialmente pudieron señalar sus antecesores. 

El programa de visitas del nuevo Presidente a los distritos del norte del país se 

inició el 21 de octubre de 1788. Entre los miembros de la comitiva anotamos a 

personajes siempre vinculados a la intimidad de don Ambrosio: don Ramón 

Martínez de Rozas, asesor de visita; capitán don Domingo Tirapegui, amanuense 

del Presidente; don José María Botarro, ayudante mayor de órdenes y oficial de 

la Secretaría 96 . 

A partir de 1788 don Ambrosio desarrolla todo su talento político, aplicándose 

con extraordinario éxito funcionario al cuidado de los intereses de la Corona. 

Fue, sin la menor duda, el más competente de todos los Gobernadores que le 

precedieron. Esa era la imagen que había logrado conformar ante las autoridades, 

de la metrópoli. La continua y fluida correspondencia mantenida regularmente, a 

lo largo de su carrera administrativa, con los Ministros José de Gálvez, Conde de 

Aranda, Conde de Floridablanca o el Conde del Campo de Alange y otros, revela 

en términos indubitables la confianza que por sus méritos había ganado. 

Las inteligentes medidas administrativas, las obras públicas emprendidas, 

la pacificación lograda en la Frontera, las armónicas relaciones que estableció 

entre los distintos organismos coloniales vinculados a la marcha política del 

país, acentuaron su prestigioso desempeño. Estas iniciativas, pudieron ser 

diversamente juzgadas por el recelo colonial del reino; pero tenían el sostenido e 

invariable apoyo de Madrid, donde gozaba de las más óptimas consideraciones. 

95 Guillermo Feliú Cruz: Conservaciones históricas de Cláudio Gay Ed. Andrés Bello, 1965, p. 2. 

96 Diego Barros Arana: Obra citada, Parte quinta, Capítulo XVI, p. 20. 

48


Había llegado a Santiago premunido de una experiencia prolongada para 

asumir la gobernación. Ahora, sin mandos jerárquicos superiores en Chile que 

entrabaran sus expansiones renovadoras, proseguía la penúltima etapa de su 

brillante carrera, con una autoridad robustecida y amplia. Era el mejor conocedor 

de las situaciones difíciles que planteaba el cuidado de la Frontera. A ello se 

debe, probablemente por estimarlo innecesario, el retardo, por varios años, del 

Parlamento con los indígenas, institucionalizado como inicio de cada nuevo 

mando en la Capitanía General. Había salido desde la Frontera para asumir 

la Presidencia y Gobernación de Chile, después de un largo tiempo en que el 

manejo de las cuestiones indias constituyera una de sus preocupaciones diarias. 

Sólo el año 1792 estimó que debía satisfacer los deseos muy reiteradamente 

expresados por los naturales, disponiendo la realización del Parlamento de 

Negrete. 

Entretanto, la perspicacia del Capitán General miraba con inquietud el 

desarrollo de los acontecimientos internacionales. Sus corresponsales en España, 

entre ellos el padre Alejandro García, “su agente confidencial en Madrid”, como 

lo llama Gustavo Opazo, lo informaban con regularidad de los sucesos políticos 

de importancia, de tal modo que muchos de sus juicios se amparaban en el 

conocimiento fundado de las tendencias predominantes en la Península 97 . 

Las nuevas ideas se proyectaban principalmente desde Francia y Norteamérica 

hacia las colonias, intercaladas en el comercio de contrabando. Don Ambrosio fue 

uno de los primeros en advertir este potencial peligro para la Corona, más fuerte y 

de mayor penetración y poderío que las armas o el dinero. 

El problema creado por los barcos no españoles, que algunos autores han 

llamado los “navíos de la libertad”, dedicados al comercio ilegal en las costas de 

América y las continuas acechanzas enemigas que derivaban de los conflictos 

internacionales en que se involucraba la metrópoli, permitieron a don Ambrosio 

renovar la vigencia de sus opiniones ante la Corte, para el mejor resguardo de los 

intereses imperiales en América, mientras seguía cultivando, con igual sagacidad 

que en el pasado, sólidas relaciones de confianza y amistad con numerosos e 

importantes jerarcas españoles. 

Todo parecía indicar que la carrera de don Ambrosio concluiría como Capitán 

General; pero, durante los años que gobernó Chile, su personalidad “en vez de 

agotarse, no cesó de ascender” 98 . 

Encina cree que su nombramiento como Virrey fue un reconocimiento 

inesperado, al sostener que “No es, pues, extraña la profunda impresión que 

experimentó al imponerse en Valdivia de la real orden que lo ascendía al Virreynato 

de Lima en reemplazo de Francisco Gil y Lemos, con $ 65.000 de sueldo” 99 . 

Una de sus cartas de agradecimiento repite, sin embargo, el mismo estilo que 

conocimos en la correspondencia originada en la búsqueda de apoyos para su 

designación como Gobernador de Chile. La aparente inexistencia de acciones 


98 Francisco A. Encina: Historia..., Tomo 8, p. 84. 

99 Francisco A. Encina: Historia.... Tomo 8, p. 96. 

49


destinadas a promover su nombre para el cargo de Virrey y la creencia en una 

decisión superior fundada exclusivamente en el mérito, colocan a don Ambrosio 

en un nivel superlativo de calificación. Revelan, además, un notable e infrecuente 

sentido de justicia de la Corona que posponía otras pretensiones, amparadas por 

influencias palaciegas, para reconocer las virtudes de un servidor leal y designarlo 

Virrey, no obstante su edad avanzada y su condición de extranjero. 

Con todo, no es posible aceptar, sin beneficio de duda, la idea de que no 

mediaran, esta vez, los mecanismos utilizados con ocasión de su nombramiento 

de Gobernador. El conocía suficientemente la altísima consideración y estima 

que se le tenía en la Corte. No había en América otro funcionario que hubiera 

logrado tanto respeto por su capacidad y competencia de gobernante. Pero tales 

antecedentes no eran suficientes, por sí solos, para garantizar un nombramiento 

de esta categoría. Sus enemigos, la edad y su extranjería, eran elementos 

favorecedores de las crecientes fuerzas conspirativas en su contra. 

El paso de algunos Gobernadores de Chile a Virreyes del Perú se había 

repetido bajo los Borbones. Manso de Velasco, Amat y Jáuregui desempeñaron la 

Gobernación de Chile antes de asumir el Virreynato del Perú. Estos precedentes 

carecían, sin embargo, de valor frente a las influencias puestas en juego para 

designaciones de tan alta importancia y que determinaban la decisión final. 

Todo nombramiento en un cargo de relevancia en la jerarquía americana 

originaba una lucha sin cuartel en la Corte española. Don Ambrosio era un 

postulante con poderosos “favorecedores”, cultivados en la esplendidez de 

las rarezas que enviaba regularmente a los potentados del imperio. Pero otros 

candidatos tenían el recurso de la nobleza, el parentesco cortesano y también la 

influencia del dinero. 

Un hombre bien informado, como don Nicolás de la Cruz, que seguía con avidez 

el proceso para el nombramiento del Virrey, vio pocas expectativas favorables 

para su amigo y así lo dice sin rodeos: 

“Días pasados corrió que había dado al señor Alvárez el Virreynato de 

Lima…” 

“Si no fuera por sus respetos y conexiones seguramente Vuestra Excelencia 

ocuparía aquel lugar” 100 . 

El futuro Conde del Maule se ha llevado, poco después, una buena sorpresa 

con el resultado final. En carta que remite a su hermano Juan Esteban de la 

Cruz, dice: “Acaba de nombrar S..M Virrey de, Lima a nuestro don Ambrosio 

Higgins” 101 . 

Sin embargo, en febrero de ese mismo año 1795, al felicitarle por el 

otorgamiento del título de Barón de Ballenary y al destacar que éste fue logrado 

gracias a la influencia del Duque de Alcudia, afirma que éste “será el único que 

podrá obtener el Virreynato del Perú” 102 . 

100 Nicolás de la Cruz: EI Epistolário, p. 44. 

101 Nicolás de la Cruz: Epistolario, p. 72. 

102 Sergio Martínez Baeza: El Epistolario de don Nicolás de la Cruz (1794-1798). Boletín de la Academia Chilena 

de la Historia Nº100, 1989, p. 250. 

50


Algunos meses antes, don Ambrosio había enviado al Príncipe de la Paz y 

Duque de Alcudia, el favorito José Godoy, que concentraba en sus manos el 

poder de la Corona, “una caja con rarezas” 103 . Las “rarezas” probablemente fueron 

valiosas piezas de orfebrería. 

16. LOS TRABAJOS DEL VIRREY 

Don Ambrosio había asumido el Virreynato con el beneplácito de la Iglesia, el 

ejército y la jerarquía imperial. Pero no fue parecida la reacción de los sectores 

mayoritarios de la aristocracia limeña, que acumularon progresivamente 

resentimientos inmodificables en su contra. A la condición de extranjero, el 

antecedente supuesto de sus comienzos mercantiles subalternos en Lima, 

el desplazamiento de españoles de los cargos elevados que ocupaba, las 

designaciones recaídas en don Ramón de Rozas, como su Asesor, y en don 

Demetrio O’Higgins en cargos de confianza, fueron sumándose otros hechos 

derivados de sus medidas administrativas destinadas a la corrección de los vicios, 

irregularidades y delitos que caracterizaban a la capital del Virreynato. 

Este sostenido rechazo no logró minar, en los primeros años, el prestigio 

alcanzado por don Ambrosio ante la Corte que, además, le confirió el título de 

Marqués de Osorno, el 27 de enero de l796, después de su nombramiento como 

Virrey 104 . 

El título de Marqués lo nivelaba en el rango a los más encumbrados personajes 

limeños, blasonados con orgullosas jerarquías nobiliarias. Era notoriamente una 

medida estratégica de la Corona, que adornaba con un nuevo título su condición 

virreinal. 

“En atención a el mérito y servicios de don Ambrosio O’Higgins, Barón de Ballenary, 

Virrey y Capitán General del Reyno del Perú, contraídos en varios destinos que ha 

servido en América y especialmente en el tiempo que desempeñó la Capitanía 

General del Reyno de Chile y Presidencia de la Real Audiencia del mismo, ha venido 

en hacerle merced del título de Castilla, para sí, sus hijos, herederos y sucesores, con 

la denominación de Marqués de Osorno, libre de Lanzas y Medias Anatas durante su 

vida. Tendráse entendido en las Cámaras de Indias y se le expedirán los despachos 

correspondientes. En Badajoz, a 27 de enero de 1796. El Gobernador del Consejo de 

Castilla” 105 . 

El Virrey inicia, entonces, en los mejores términos y auspiciosamente su 

mandato. Sin perjuicio de la dictación de los primeros bandos para la aplicación de 

medidas correctivas, como la referida a las sanciones del delito de contrabando, 

estudia los variados problemas generales, de solución pendiente. El análisis 

es riguroso y concluye, a los seis meses, con el Bando de Buen Gobierno, que 

contiene 47 artículos con normas que van desde el respeto a Dios, la vestidura 

de las mujeres, regulaciones municipales para el alumbrado público, tránsito de 

carretas, mulas y caballos, juegos de azar, etc. 

103 Nicolás de la Cruz: Epistolario, p. 74. 

104 Ricardo Donoso: El Marqués.... pp. 341-342. 

105 Ricardo Donoso: El Marqués.... pp. 341-342. 

51


Una de sus primeras decisiones fue construir el camino entre el puerto de 

Callao y la capital. Así fundamenta el decreto con que inicia las medidas para 

llevar a cabo este proyecto: 

“Lima, 3 de agosto de 1796 

Por cuanto desde el día de mi ingreso a esta capital se me ha insinuado repetidamente 

por varios sujetos amantes del bien público la conveniencia y necesidad de construir 

un camino desde esta capital al Puerto de Callao, por donde se hace todo su tráfico y 

comercio, y aún casi todo el del Perú, que revelando a los traficantes de los daños que 

experimentan por la aspereza del actual suelo, pantanos y otras incomodidades que 

dificultan, atrasan y encarecen el acarreo diario de cargas, tercios y fardos con perjuicio 

del abasto y progreso del comercio, cuyo adelantamiento consiste esencialmente en el 

ahorro de gastos en el transporte y comunicación de efectos” 106 . 

Luego el decreto continúa estableciendo las normas para asegurar la 

construcción de dicha obra, la que no podía ser entorpecida por oposición de los 

dueños de tierras afectadas por su trazado, la distancia de los materiales precisos 

o el gasto en que se incurriera. 

John Thomas destaca, en un documento dirigido a don Bernardo O’Higgins, 

que se conoce con el título de “Los Proyectos del Virrey O’Higgins”, la preferencia 

que daba a las vías de comunicación. 

Así como en Chile la construcción del camino de Santiago a Valparaíso fue 

su obra vial más importante, el camino de Lima al Callao sería, en el Perú, una 

de sus realizaciones de adelanto más significativas. La ditirámbica elocuencia de 

don José Arriz da su testimonio elogioso: 

“El Virrey O’Higgins manda, y a su voz se rómpen las murallas, se levantan los planos. 

Ingenieros, arquitectos, albañiles, carpinteros, mil personas se ponen en movimiento. 

Resuenan los carros a la exploración de la pólvora y corte de las canteras. La atmósfera 

se ilumina, y purifica con el fuego de los hornos encendidos. Aquí se aprontan las 

primeras materias; acá se labran; por allá se acarrean, y cual las abejas se derraman y 

vuelan por los campos a recoger en las cálices hermosos de las flores el meloso licor, 

que después vacian en las colmenas para su alimento y el de sus compañeras; tal a 

la salida del astro del día se ve el camino sembrado de hombres, que en el duro cáliz 

de la tierra van regando el precioso sudor de sus rostros, y recogiendo la miel de sus 

trabajos para vaciarla después en el seno de sus pobres familias” 107 . 

Don Hipólito Unanue le dedica, también, un “Discurso Histórico sobre el nuevo 

camino del Callao, construido de orden del ilustrísimo señor Marqués de Osorno, 

Virrey Gobernador y Capitán General del Perú” 108 . 

John Thomas da cuenta, además, de otras obras viales consideradas por el 

Virrey. 

106 Manuel de Odriozola: Documentos literarios del Perú. Tomo 1, Imprenta del Estado, Lima, 1874, p. 362. 

107 Manuel de Odriozola: ob. cit. Tomo 1, pp. 361-362. 


52


“Proyectaba una carretera que habría ido por la Quebrada de Viñac a la ciudad del 

Cuzco y a Huánuco y Tarma por el Valle de Jauja, para volver de allí a Lima a través de 

la provincia de Canta” 109 . 

No todo debía ser elogio para la tarea del Virrey. El resentimiento afloraría en 

términos irónicos. La siguiente afirmación del historiador peruano José Antonio de 

Lavalle y Arias de Saavedra revela la mezquindad con que algunos sectores de la 

opinión limeña miraban la tarea del Virrey: 

“Puso gran cuidado el Marqués de Osorno en el arreglo de la policía y arreglo de 

la ciudad. Como había experimentado los inconvenientes del mal piso de las calles 

cuando las recorría como mercachifle, les hizo poner aceras” 110 . 

La guerra con Inglaterra, declarada en 1796, concentraría gran parte de sus 

preocupaciones en la adopción de medidas destinadas a evitar la penetración del 

enemigo en las extensas costas e islas del Sur. 

Dedica también su atención al repoblamiento de Osorno, contribuyendo con 

recursos personales para la creación de estímulos y nombrando, en diciembre de 

1796, a don Juan Mackenna como Superintendente de la ciudad. 

El desempeño del Virrey transcurre sin alteraciones. Hombres importantes y 

respetados en Lima son leales colaboradores suyos. La más destacada figura, 

intelectual y científica del Perú colonial, don Hipólito Unanue, que prolongaría su 

presencia de hombre público hasta los primeros años de la Independencia, es 

uno de sus amigos. 

Las obras públicas, el ordenamiento administrativo, sus medidas para 

resguardar las costas del Pacífico de las incursiones inglesas, el éxito de la 

Colonia de Osorno, no fueron, sin embargo, factores eficientes para contrarrestar 

los estragos de la edad que se ponían de relevancia ante la Corte, con otros 

aditamentos negativos que propagaban Avilés y los grupos Limeños adversos al 

Virrey. 

17. EL RELEVO 

A mediados de 1800 se había consumado sigilosamente en Madrid el relevo 

de don Ambrosio O’Higgins como Virrey del Perú. La sorda confabulación de 

la aristocracia Limeña en contra del “Virrey Inglés” y los empeños tenaces del 

Marqués de Avilés, Gobernador de Chile primero y luego Virrey de las Provincias 

del Río de la Plata, por desplazarlo, habían logrado vencer las astutas y eficaces 

defensas cultivadas por don Ambrosio en la Corte española. Es lo que sostiene 

casi uniformemente la literatura histórica sobre la destitución del Virrey y sus 

causas principales. 

La remoción se acordó por real decreto de 19 de junio de 1800. Don Ricardo 

Donoso dice lo siguiente sobre tal documento: 

109 John Thomas: Los Proyectos del Virrey O’Higgins, p. 136. 

110 Carlos Miró Quezada: ob. cit., p. 160. 

53


“Cuantos esfuerzos se han hecho en el Archivo de Indias de Sevilla para 

encontrar el texto del Decreto de 19 de junio, han resultado infructuosos” 111 . 

Sin embargo, en el mismo Archivo se halla la real Cédula de nombramiento, en 

su remplazo, del Marqués de Avilés, fechada el 14 de julio, que parece reiterar las 

razones en que se fundamentó aquella resolución. 

“Don Carlos, etc. Por cuanto en consideración a la quebrantada salud que 

experimenta el Teniente General, de mis reales ejércitos, Marqués de Osorno, 

a su avanzada edad y hallarse ya en el quinto año de servir los empleos de 

Virrey, Gobernador y Capitán General del Reino del Perú y Presidente de mi Real 

Audiencia de Lima, he tenido a bien, por mi real decreto de 19 de junio próximo 

pasado, relevarle de ellos” 112 . 

Para don Ricardo Donoso las justificaciones del relevo son “formalidades 

diplomáticas de estilo”, ya que, como otros historiadores, cree que la causa real 

del cambio fue la entrega hecha por el cubano Caro de los planes revolucionarios 

de Miranda, incluyendo los nombres de los conspiradores, entre los cuales habría 

estado el hijo bastardo de don Ambrosio. 

Sin embargo, “las formalidades diplomáticas” son, en este caso, auténticas, 

bien asentadas y precisas razones para el cambio. 

La quebrantada salud del Virrey era un hecho conocido en la Corte y 

corresponde a los achaques propios de sus largos años de mortificaciones en 

los trabajos en que empeñó su juventud y madurez. La avanzada edad, aunque 

nadie la conocía con certeza, era inocultable y estaba directamente asociada a los 

quebrantos de su salud. Y, finalmente, se hallaba en el quinto año de su empleo 

como Virrey y demás cargos anexos. 

El hecho de entrar al quinto año ejerciendo el más alto cargo de las Colonias, 

causa aparentemente injustificada para su relevo, tiene un importante antecedente 

justificatorio de la resolución de la Corona: desde 1776, los cuatro últimos Virreyes, 

anteriores a don Ambrosio O’Higgins habían permanecido en sus cargos entre 

cuatro y seis años, y, con la única excepción de don José Fernando de Abascal, 

Marqués de la Concordia, todos los Virreyes posteriores al Marqués de Osorno 

no sobrepasaron los cinco años en el ejercicio del mando 113 . 

A la par de su edad avanzada, el Virrey había disminuido sus habilidades en 

el halago palaciego. Además, nuevos jerarcas formaban sus propias y personales 

estructuras de poder administrativo en América. A sus cansancios físicos es 

posible que haya agregado la secreta frustración espiritual del hombre sin reales 

afectos y ternuras de familia, sólo fiado y confiado en la validez de la amistad, en 

el respeto y el temor reverencial que infundía su rango. 

La noticia del “relevo”, expresión que se ha entendido como destitución por 

la mayoría de los autores, circuló entre los pocos amigos que en España aún se 

interesaban en su suerte. Por intermedio de ellos, su sobrino don Tomás O’Higgins 

y Welch, y con mucha certeza el franciscano don Alejandro García, conocieron la 

111 Ricardo Donoso: El Marqués..., p. 411. 

112 Ricardo Donoso: El Marqués..., p. 408. 


54


resolución real que significaba la cesación de don Ambrosio en el ejercicio del 

cargo de Virrey. 

Veinticinco días después de la destitución, el 14 de julio, es nombrado el nuevo 

Virrey. Estas medidas constituían noticias de rápida difusión; pero por alguna 

razón que desconocemos, ambas resoluciones demoraron en cursarse, dando 

origen a rumores sobre un nuevo destino para el Virrey O’Higgins. 

Su destitución como Virrey era suavizada por otras expectativas, basadas en 

el cambio del Virreynato por la Presidencia del Consejo de Indias. Esa posibilidad 

había llegado a ser tan consistente que el propio don Bernardo sostiene que su 

padre alcanzó a conocer esta designación, ignorando, en cambio, la desgraciada 

variación de su suerte, que terminaría con el relevo. 

En carta que desde Lima envió a Sir John Doyle, don Bernardo O’Higgins 

afirma que su padre supo antes de fallecer que “se le llevaría a la Presidencia del 

Consejo de Indias”; “Mi padre vivió lo suficiente para recibir la noticia de su nuevo 

nombramiento”; “la Providencia Divina le libró de saber que su suerte nuevamente 

había variado, y que se le removía de esa designación y que debía trasladarse a 

España en calidad de prisionero” 114 . 

La noticia del cambio del Virrey sólo trascendió después de su muerte, al día 

siguiente del deceso, ocurrido el 18 de marzo de 1801. Don Manuel Arredondo, 

que estaba ejerciendo como Subrogante desde los primeros días de febrero, no 

se había percatado del cambio de Virrey hasta la “apertura” del primer pliego de 

providencia, como lo deja señalado de manera expresa en su informe al Tribunal 

del Consulado: 

“Ayer a las doce y cuarto falleció el Exmo. señor Virrey Marqués de Osorno, y abierto 

en el Real (acuerdo) el primer pliego de providencia se halló nombrado para Virrey 

interino de este Reino al Exmo. Marqués de Avilés” 115 . 

Por su parte, el más interesado personaje en la resolución real, el Marqués de 

Avilés, sólo tomó conocimiento oficial de su nombramiento a mediados de marzo 

de 1801, casi coincidentemente con la muerte de D. Ambrosio O’Higgins. 

A pesar de las muchas y precisas razones conocidas, que habrían determinado 

la caída del Virrey, repetidamente se menciona como su causa principal la relación 

del joven Riquelme con D. Francisco Miranda. 

Don Benjamín Vicuña Mackenna menciona esta circunstancia. entre otras, 

como motivadora de la medida, aunque no le dé un carácter decisorio: 

“El hecho fatal fue el de que sus relaciones con Miranda durante su residencia 

en Londres habían sido denunciadas al Gabinete de Madrid por los espías 

españoles que acechaban a aquel caudillo. 

El Ministerio de Indias, en su recelosa política, añadió luego tan extraño 

descubrimiento a las quejas y acusaciones que venían haciéndose a don Ambrosio 

O’Higgins, desde que se sentara bajo el dosel de los virreyes” 116 . 

114 Luis Valencia Avaria: Don Bernardo O’Higgins, p. 39. Patricio Estellé: ob. cit., p. 435. 

115 Ricardo Donoso: El Marqués.... p.410. 

116 Benjamín Vicuña Mackenna: Vida del.... p. 93. 

55


El origen de este argumento, que circula en numerosas obras, se encuentra en 

la carta que el Coronel Mackenna envió a D. Bernardo el 20 de febrero de 1811: 

“desde el momento en que se descubrieron sus relaciones con Miranda y 

fueron comunicadas al ministerio español por sus espías, Ud. sabe las atroces 

medidas que se tomaron por esto en contra de su venerado padre” 117 . 

El conocimiento de las autoridades españolas sobre los contactos de Miranda 

y su discípulo chileno, una de las supuestas causas ocultas de la destitución de 

su padre, se atribuye a la delación del cubano Caro que, por varios años, participó 

en las actividades revolucionarias hizo la dirección del Precursor. La inclusión del 

nombre de don Bernardo en el grupo de los conjurados por la liberación de las 

Colonias que el traidor Caro habría entregado a las autoridades españolas, no 

está probada documentalmente. El supuesto histórico atenúa su mérito discutible 

al revisar el itinerario seguido por Caro, hasta la consumición de su traición y luego 

se debilita, todavía más, perdiendo toda consistencia, frente a la comprobación 

indubitada de no existir hechos de hostigamiento, vigilancia policial, seguimiento 

de actividades, normas policiales diligentemente aplicadas a los sospechosos de 

herejía revolucionaria, que afectaran al joven amigo de Miranda. 

Don Bernardo pudo regresar a España, salir y retornar de nuevo a su territorio, 

después del desastre marítimo provocado por la escuadra inglesa en el convoy 

de barcos españoles que lo traía a América. La asociación de su nombre al del 

Virrey no era posible, ya que nunca usó, ni pretendió hacerlo, el apellido O’Higgins 

mientras estuvo en Europa. El vínculo de sangre, o la relación ilegítima podía 

ser sospechada, incluso divulgada, como uno de los muchos secretos del Virrey, 

por don Nicolás de la Cruz, u otros pocos conocedores de su filiación. El único 

documento probatorio de tal parentesco se hallaba en el libro de Bautizos de la 

Parroquia de Talca y, eventualmente, en copia mantenida en el Archivo de don 

Nicolás. Sin prueba alguna del vínculo familiar, sin haberse incoado ni la más 

pequeña investigación sumaria, inculpándole de conspiración contra la Corona, es 

descabellado suponer que tal hecho incomprobado sirviera de fundamento para 

remover de su cargo al más importante funcionario de la Corona en América. 

Una leve sospecha de los servicios policiales habría centrado su interés en 

la vigilancia del joven americano. En tal caso se habría investigado también a 

los visitantes criollos que frecuentaban la casa de don Nicolás, tales como don 

José Cortés Madariaga, don Juan Pablo Fretes, que oficiaba de Capellán en el 

Regimiento de Cádiz, o el Capitán Florencio Terrada. Para los servicios policiales 

y de inteligencia españoles la sospecha sobre la permanencia en Cádiz de un 

cómplice de Miranda, de tanta importancia como para aparecer en su listado de 

conspiradores, habría desatado medidas de investigación inmediatas, en que el 

apresamiento y el interrogatorio exhaustivo eran trámites indispensables. 

Sin embargo, nada, de esto ocurrió durante su residencia en España, por tres 

años, después de su regreso de Londres. 

Valencia Avaria hace, con acierto, el siguiente comentario: 

117 Carlos Vicuña Mackenna: O’Higgins y Mackena íntimos..., p. 15. Revista Chilena de Historia y Geografía 

Nº20, 1915. 

56


“No se adoptó medida alguna de orden policial contra Bernardo en Cádiz, pese a que 

se perseguía sañudamente a los prosélitos del venezolano” 118 . 

La clave para dilucidar el problema que plantea esta inseguridad histórica está 

en los pasos del cubano Pedro Caro. 

A principios de 1799 el cubano aún se encontraba en Trinidad, desde donde 

fue deportado a Inglaterra. Su llegada a Londres ocurrió en noviembre de 1799, 

cuando ya D. Bernardo había retornado a Cádiz, en abril de ese mismo año 119 . 

Caro no conoció, pues, al joven chileno y lo podía medir, para el caso de haber 

oído su nombre, la intensidad de sus relaciones con Miranda. Aun sabiendo de 

su existencia, carecía de antecedentes precisos que asociaran al joven Riquelme 

con el Virrey del Perú, hecho que pudo ignorar el propio Miranda. Don Bernardo 

conoció, en cambio, la condición de Caro como agente de Miranda. 

El protegido del Precursor, por tantos años, aparece en Hamburgo en mayo 

de 1800, pretendiendo comprar el perdón de la Corona española, mediante la 

abjuración de su vida revolucionaria. Es, dice Mariano Picón Salas, “uno de esos 

seres untuosos, resbaladizos” que va “a confiar sus secretos y a mendigar dinero 

a José de Ocáriz, Ministro residente de España en Hamburgo” 120 . 

El 31 de mayo de 1800 se consuma la traición de Caro, mediante el envío 

al Ministro de Estado español de “una relación completa de los planes de 

conspiración para la independencia de América, que preparaban en Londres 

Miranda y Vargas, y del estado en que se hallaban las negociaciones seguidas 

con el Gabinete británico” 121 . 

Encina precisa aún más estas fechas, que son claves para entender 

precisamente lo contrario de lo que afirma el autor: 

“Uno de los ad láteres de Miranda, el cubano Pedro José Caro, lo traicionó, y el 

31 de mayo de 1800 puso en manos del gobierno español una relación completa 

de los planes fraguados en Londres para provocar la insurrección de América... 

En la lista de los afiliados aparecía el nombre de Bernardo Riquelme, hijo bastardo 

del marqués de Osorno, Virrey del Perú. El 19 de junio de 1800, un real decreto 

exoneró de su puesto a Ambrosio O’Higgins” 122 . 

Barros Arana, sin embargo, refiriéndose a las razones que motivaron la orden 

que el Virrey dio al apoderado de don Bernardo para que lo echara de su casa, 

dice lo siguiente: 

“Se ha creído, además, ver en esa resolución del Virrey el resultado de una 

reconvención que le habría dirigido la Corte por las relaciones que su hijo habría 

mantenido en Londres con Miranda y con los otros hispanoamericanos que 

118 Luis Valencia Avaria: Bernardo O’Higgins, p, 39. 

119 Williain Spence Roberston: Miranda.... p. 169. 

120 Mariano Picón Salas: ob. cit., p. 82. 


122 Francisco A. Encina: Historia.... Tomo 8, p. 87. 

57


trataban de revolucionar las colonias; pero no hemos podido hallar nada que 

justifique esta suposición, que por lo demás nos parece inaceptable” 123 . 

La distancia temporal de los dos hechos torna inocua, y cuando menos 

discutible, la afirmación que convierte la delación de Caro en una de las causas 

determinantes del relevo del Virrey. La confección de un informe del Embajador; 

su despacho a Madrid en los lentos correos de la época; su tramitación interna 

en la burocracia imperial; el indispensable análisis de los servicios policiales; un 

informe final a la autoridad superior; el tiempo requerido para las consultas y la 

elección del reemplazante, para un cargo en que debían jugarse las más poderosas 

influencias, comprometen un tiempo muy superior a 19 días, transcurridos entre 

el 31 de mayo y el 19 de junio de 1800. 

La información adquirida por el Ministro Ocáriz, como en cualquier otro caso 

de espionaje, debió seguir un procesamiento de verificación indispensable, 

particularmente cuando provenía de un delator dudoso, prontuariado como traidor 

por la propia policía española. El cotejo de la fecha en que Caro dio a conocer 

los planes de Miranda y la fecha de la resolución real de la destitución de don 

Ambrosio, descartan por completo toda relación entre ambos hechos. 

Caro entregó documentación importante, pero incompleta, entre la cual 

no podía registrarse el nombre de Bernardo Riquelme, que conoció a Miranda 

probablemente en el mes de octubre de 1798, meses después que Caro abandonó 

Londres. Las informaciones entregadas por el cubano al Ministro español fueron 

hechas, además, con reserva y cautela, terminando por rechazar una entrevista 

con los agentes peninsulares. 

Don Bernardo ignoró absolutamente la traición de Caro, a quien debió conocer 

sólo por referencias de Miranda, ya que lo menciona junto a Bejarano en las 

“Memorias útiles para la historia de la Revolución Americana”. En cambio, no 

lo incluye entre las centellas lanzadas hacia América, para su liberación, por el 

Precursor 124 . 

18. MUERTE DEL VIRREY 

El “insulto” padecido en la salud de don Ambrosio fue “una hemorragia, causada 

por la rotura de una arteria inmediata a la úlcera que tenía en la cabeza...” 125 . 

El 2 de febrero permitió que lo sacramentaran, acto que fue repetido el 15 del 

mismo mes. El 14 de marzo, presintiendo la cercanía de su muerte, procedió a 

otorgar su testamento. 

Donoso transcribe el siguiente comentario de un testigo que no individualiza: 

“Su fatiga era fuerte y tan continua, que en treinta y ocho días de enfermedad 

apenas ha podido dormir. Sus piernas, muslos y manos hinchadas, la úlcera en la 

cabeza muy extendida y el esputo teñido” 126 . 

123 Diego Barros Arana: Historia.... Tomo VII, 2ª Ed., pp. 391 y 392. 

124 Archivo de don Bernardo O’Higgins. Tomo 1, p. 29. Ernesto de la Cruz: ob. cit., p. 30. 

125 Ricardo Donoso: El Marqués p. 411. 


58


Ramón de Rozas, su asesor en Lima, el mejor calificado en la confianza de 

don Ambrosio y por quien el Virrey revelaba una gran amistad, dice en una carta 

que dirige a sus hijas, en Santiago: 

“Escribí a ustedes la noche del día en que murió el señor Virrey. No se lo que diría 

entonces, porque la cabeza no podía estar en aquel momento para nada. Creía 

enfermar por resultas de CUARENTA DIAS DE AFLICCIÓN I MALAS NOCHES...” 127 . 

En los 40 días de aflicción y malas noches se fue acentuando el irreversible 

proceso de decadencia física del enfermo que, a pesar de su extremo 

debilitamiento, seguía “despachando por sí mismo y firmando cuanto era 

menester, hasta la noche del 17 de marzo, la víspera de su muerte” 128 . 

En Lima, la muerte de D. Ambrosio moviliza todo el aparato ceremonial 

establecido para el sepelio de un Virrey, sin apartarse del ritual macabro de colgar 

su cadáver, y hacerle una suerte de autopsia, incluido el levantamiento del acta 

por el tanatólogo, después de embalsamar el cuerpo, etc. 

La curiosidad de don José Rodríguez Ballesteros nos ha dejado una 

información, que coincide con el protocolo del vaciamiento de las vísceras del 

difunto. Rodríguez sostiene que “Su cuerpo fue embalsamado y a cuantos 

concurrieron a presenciar la operación les sorprendió la extraordinaria grandeza 

de su corazón”. Para don Ricardo Donoso esta es una observación que equivale 

a descubrir un acertado símbolo de la personalidad del Virrey” 129 . 

“Al día siguiente, dice Gustavo Opazo, fue colocado, revestido con todos los 

paramentos de Virrey en el solio del Palacio. En esta situación estuvo tres días, 

exhibiéndose al público de Lima. Al tercer día, reunidas todas las autoridades 

en la Sala del Trono, con sus uniformes de gala, en el más profundo silencio, 

recibieron al Escribano Real, que venía a constatar oficialmente su muerte. 

“Un gentil hombre abrió de par en par la puerta principal de la Sala y con paso 

ceremonioso entró por ella el señor escribano don José de Herrera y Sematnat. 

Dirigiéndose hacia el Trono y acercándose al oído del cadáver le grito por tres 

veces: ¡Excelentísimo señor Marqués de Osorno!” 

Después de un rato se volvió al público y dijo: 

“Señores, no responde. ¡Falleció! ¡Falleció! 

Así quedó constancia de su fallecimiento, según el ritual de las Cortes, que se 

aplicaba a los Virreyes” 130 . 

Una vez cumplidos estos actos ceremoniales y con la pompa y honores usados 

en los pocos casos de muerte de Virreyes, se procedió a su entierro a los pies del 

Altar Mayor de la Catedral de Lima131 . 

127 Domingo Amunátegui Solar: Don José María de Rozas. Anales de la U. de Chile, p. 91. 



130 Gustavo Opazo: Don Ambrosio O’Higgins Intimo, p 42. 

131 Idem. 

59


60


LOS ANTEPASADOS MATERNOS 


Juan Guillermo Muñoz Correa 

En el apacible hogar chillanejo, formado por el capitán don Simón Riquelme y 

doña María Mercedes Meza, nacieron dos hijas: Lucía y María Isabel. La última 

habría de ser madre del Libertador don Bernardo O’Higgins. 

Eran aún muy pequeñas cuando, en marzo de 1758, perdieron a su madre, 

contrayendo su padre segundas nupcias doce años después. 

¿Quiénes fueron sus abuelos y los abuelos de éstos? Es la pregunta que se ha 

tratado de responder en este trabajo, determinando en definitiva los antepasados 

del Libertador, viendo para cada uno de ellos algunos antecedentes de su vida en 

el contexto histórico en el que les correspondió vivir. 

Han sido agrupadas en once líneas agnaticias, fuera de la de O’Higgins, que 

partiendo del fundador de la familia señalan el miembro de cada generación hasta 

concluir en la dama que entronca con otra principal. Riquelme y Meza cuentan 

con seis generaciones, Bravo de Villalba con cuatro, Candia y Lagos con tres, Del 

Pino, Herrera, Toledo y Robles con dos, y Goycoechea y Opazo con una. 

La varonía del prócer corresponde a un alto funcionario público, nacido en 

Irlanda, y la de su madre a un conquistador, como también la de su abuela materna. 

Muchas son las ramas que se remontan a aquellos pobladores que construyeron 

el reino de Chile a lo largo del siglo XVI y a las mujeres que los acompañaron en 

la empresa, no estando ausentes algunas indígenas que vinculan al héroe con la 

ancestral sangre araucana. 

La revisión en diversos archivos ha permitido allegar nueva y valiosa información 

a la ya conocida, quedando siempre algunos vacíos o dudas por resolver, pues a 

lo largo de los siglos mucha documentación se ha perdido y otra mal clasificada 

dificulta su acceso. De tres damas no se pudieron establecer sus padres, como 

de algunos varones sus mujeres, españolas, criollas o indígenas que la historia 

no ha consignado y cuyos nombres tal vez ya sea imposible conocer o esperan 

en documentos dormidos su descubrimiento. 

Los descendientes se desenvolvieron en el ámbito provinciano, sirviendo en 

la guerra de Arauco y en las milicias, dedicados a las labores agroganaderas, 

encomenderos y estancieros que combinaban sus actividades económicas con el 

servicio público en los cargos de corregidores y en los del cabildo. A ellos se agrega 

uno solo venido a Chile en el siglo XVII, el capitán Bernardo Goycoechea. 

61

I. SHEAN DUFF O’HIGGINS 

rEv i s t a li B E r t a d o r o’higgins 

O’HIGGINS 1 

Nacido en Sligo, Irlanda, a fines del siglo XV. Fue barón de Ballenary y 

descendía de la Casa de O’Neil, y su esposa de la de O’Connor. 

Su hijo: 

II. ROGER O’HIGGINS 

Squirre de Balienary. Contrajo matrimonio con Margarel Breham (o Brehon). 

Sus hijos: 

1. Charles (sigue en III) 

2. Abuelo (cuyo nombre desconocemos) de Demetrio O’Higgins, alférez del 

regimiento de Irlanda en España, 1782, y su teniente dos años después. 

En 1789 pasó al Real Cuerpo de Guardias de Corps, donde permaneció 

hasta que en 1796 le llamó a su lado el virrey del Perú, tío suyo. Al año 

siguiente era comandante de la Guardia Virreinal y coronel comandante del 

regimiento Dragones de la Reina Luisa. Durante doce años, 1799-1811, 

ocupó el cargo de intendente de Huamanga. 

El año 1812 viajó a España y allí murió en 1816. Casó con doña Mariana de 

Echeverría y Santiago de Ulloa, sin descendencia. 

III. CHARLES O’HIGGINS 

Squirre de Balienary. Se trasladó con su familia a Summerhili, en el condado 

de Meath. 

Contrajo matrimonio con Margaret O’Higgins, hija de Williams O’Higgins de 

Lancarough Bardwe y de Winifred O’Fallon. 

Sus hijos: 

1. Ambrosio (sigue en IV). 

2. Michael, padre de: 

1) Thomas, pasó al Perú y más tarde a Cádiz. Falleció el 19 de septiembre 

de 1800. 

Se ha seguido en esta filiación el trabajo de don Rafael Reyes Reyes 

“Linajes del General Bemardo O’Higgins”, publicado en Revista 

de Estudios Históricos Nº23, quien realizó un exhaustivo estudio 

historiográfico, compulsando entre otras las obras de Vicuña Mackenna, 

Donoso, Espejo, Eyzaguirre y Opazo. 

2) Ambrose, pasó a América por 1824. En 1840 se le daba por muerto. 

1 Se ha seguido en esta filiación el trabajo de don Rafael Reyes Reyes “Linajes del General Bernardo O’Higgins”, 

publicado en Revista de Estudios Históricos Nº23, quien realizó un exhaustivo estudio historiográfico, 

compulsando entre otras las obras de Vicuña Mackenna, Donoso, Espejo, Eyzaguirre y Opazo. 

62


3) Charles, con descendencia muy empobrecida en Summerhill, que recibió 

algunos legados de su tío Ambrosio. 

4) Peter, cadete del regimiento de Irlanda, fallecido joven. 

3. Thomas, casó con Agnes Welch (o Walsh), padres de: 

1) William, militar. 

2) Charles, en Chile fue teniente de granaderos y capitán graduado en 

1803. 

3) Thomas, nació en Irlanda en 1773. Soldado del regimiento de Irlanda. 

En Chile fue capitán de Dragones de la Frontera en 1795. Luego de una 

estadía en Lima pasó a España en 1799, volviendo más tarde a Chile. 

En 1804 fue gobernador interino de las islas y presidió de Juan 

Fernández, se inclinó por la causa patriota de la Independencia y en 1811 

fue ascendido a sargento mayor del ejército y nombrado gobernador de 

La Serena y puerto de Coquimbo. 

En 1822, alcalde de Santiago. Por muerte de los demás herederos quedó 

único de los bienes del virrey, entre los que estaban una hacienda en 

Cauquenes, otra en Puchacay y la isla Quiriquina que vendió en 1826. 

Falleció en 1827. Casó en 1807 con doña Josefa de Aldunate Larraín, 

hija de don Juan Miguel y doña Ana María, sin descendencia. 

4) Patrick, subteniente del regimiento de Irlanda, murió en el asalto de 

Figueras. 

4. William, venido a América en 1753, comerciante en Asunción, Paraguay, 

falleció en 1772. Casó con doña Bernardina Franco Torres, padres de: 

1) María Joaquina, casó con Francisco de Avezada, con descendencia. 

2) Matías, sacerdote. 

3) Lorenzo, casó con doña Juana de Gamarra y Domínguez Yegros. 

4) Blas, casó con doña Juana Pabla del Portillo, con descendencia. 

IV. AMBROSIO O’HIGGINS 

Nació en la villa de Ballenary, condado de Sligo, diócesis de Elphininse, Irlanda, 

el año 1722. 

Pasó a España, donde en 1751 era empleado en una casa comercial de Cádiz. 

Pasó a América en 1756, estuvo en Asunción, Buenos Aires y Santiago y en 1760 

se encontraba en Cádiz, por asuntos comerciales. 

El 20 de noviembre de 1761 fue designado ingeniero delineador. Volvió a Chile 

en 1763, donde actuó con don Juan Garland en la fortificación de la plaza de 

Valdivia. Trabajó en la construcción de refugios cordilleranos y en 1766 volvió a 

viajar a España, para retornar luego a nuestro país. 

El año 1785 compró la hacienda Las Canteras, próxima a Los Ángeles, con 

16.689 cuadras, y la Isla Quiriquina; al año siguiente la estancia Tembladerillas 

63


o Pajonales en el corregimiento de Cauquenes, con 1.070 cuadras; y, en remate 

público, Quinel en el partido de Puchacay. 

Fue maestre de campo general y gobernador interino de Concepción en 

1776, brigadier general en 1783, gobernador intendente de Concepción en 1786, 

gobernador del reino de Chile de 1788 a 1795, año en que fundó Osorno, y virrey 

del Perú de 1796 a 1801. Falleció el 18 de marzo de 1801. Desde 1795 fue barón 

de Ballenary y desde 1796 Marqués de Osorno. 

Con doña Isabel Riquelme fue padre en 1778 de Bernardo, que sería el 

Libertador de Chile en el proceso de emancipación de los pueblos americanos de 

su metrópoli peninsular (ver familia Riquelme de la Barrera). 

RIQUELME DE LA BARRERA 2 

I. FRANCISCO RIQUELME DE LA BARRERA 

Nació en Sevilla en 1550, pasando al reino de Chile a los veinte años, sirviendo 

en la guerra por más de cuarenta años. Fue vecino fundador de Chillán en 1580, 

capitán en 1608, alcalde en 1620. 

Fue administrador de las Bulas de la Santa Cruzada en Chillán, razón por la 

que aparece efectuando un pago de 292 pesos y seis reales el 26 de marzo de 

1623. 

Falleció antes de 1627. 

Contrajo matrimonio en Chillán por 1593 con doña Leonor de Toledo, nacida 

en Angol por 1577, hija legítima de don Alonso de Toledo y de doña Isabel de 

Alfaro (ver familia Toledo). 

Sus hijos: 

1. Alonso (sigue en II). 

2. Francisco, licenciado, cura doctrinero de Malloa en 1661, de la catedral de 

Concepción y visitador general de ese obispado. Dueño de la estancia de 

San Antonio de Puchacay. Falleció en Concepción en 1686, bajo disposición 

testamentaria otorgada el 4 de abril de 1681. 

Varios tratadistas de esta familia señalan que era pariente del maestre de 

campo don Gaspar de la Barrera. 

II. ALONSO RIQUELME DE LA BARRERA TOLEDO 

Capitán, nacido en Chillán en 1595, heredó allí tierras, dedicadas principalmente 

a la ganadería. En 1657 Juan de Vilches le debía 350 ovejas y el padre Córdova 

2 Para esta familia se recopilaron antecedentes en las colecciones de Real Audiencia, Notarial de Chillán, 

Capitanía General y archivos parroquiales. En algunos trabajos genealógicos se señala que el fundador era 

pariente directo del conquistador Gaspar de la Barrera, de la Casa de los Duques de Arcos. En la tercera 

generación se da un primer entronque con la familia Meza, lo que la hace aparecer dos veces en la genealogía 

del Libertador. 

64


otras cuatrocientas. En esa fecha don Francisco de Pineda Bascuñán le debía 

816 pesos. 

Militó en la guerra de Arauco. Fue alcalde de primer voto en Chillán los años 

1640, 1644 y 1650. Después de la destrucción de esa ciudad en 1655 se trasladó 

a Santiago, donde testó el 30 de enero de 1657, ante Rodrigo Chacón. Dejó por 

sus albaceas a su hermano Francisco, a don Pedro Lillo, al maestre de campo don 

Gerónimo Chirinos y a su esposa. Dejó legados de indios al licenciado Francisco 

Riquelme y a sus hijas Javiera y Andrea y mulatillos a Sebastiana y a Melchora. 

Contrajo primer matrimonio con doña Melchora Robles, hija legítima de don 

Alonso de Candia y de doña Catalina de Robles (ver familia Candia), y segundo 

con doña María de Cabrera, hija de don Miguel Jerónimo Venegas de Toledo y de 

doña María de Cabrera. 

Doña María de Cabrera fue tenedora de bienes de su marido. Viuda puso parte 

de sus bienes a censo. Casó en segundas nupcias con el capitán don Ramón 

Toro Mazotte. 

De su primera mujer quedaron seis hijos y dos de la segunda, a los que en 

su testamento apellida Riquelme de la Barrera, Robles y Cabrera, pero que no 

aparecen en uso en otros documentos. 

Ellos fueron: 

1. Alonso. Natural de Chillán, 1639, sargento mayor, alcalde de Chillán en 

1670, fallecido después de 1680. Casó con doña Paula Gajardo Fernández 

de Soto, también llamada Paula de Sierra, hija de don Juan y doña Paula, 

con descendencia. 

2. Francisco. Nacido en 1640 y bautizado en 1643, Chillán, capitán agrimensor 

general 1685. Casó con doña Ana Zavala Camilo, hija de don Antonio y doña 

Magdalena, de la doctrina de Malloa en Colchagua, con descendencia. 

3. Catalina, casó con el capitán Juan de Humaña, con descendencia. 

4. Pedro (sigue en III). 

5. Melchora, compró unas casas en Santiago el 15 de enero de 1687 en 450 

pesos. Falleció antes de 1712. Casó con el capitán Victorino Gallegos de 

Rubias (hijo de Juan, agraciado con 600 cuadras en Palpal), vecino de 

Chillán, con descendencia en esa ciudad. 

6. Sebastiana, casó con don José Román Centeno, dueño de la estancia 

Pelequén, con descendencia en Malloa. 

7. Javiera, apellidada de Cabrera por su padre. 

8. Andrea, dotada el 22.6.1673 con 6.398 pesos en propiedades, esclavos, 

censos y muebles, casó con don Nicolás Donoso Alarcón, hijo de don 

Francisco y doña María, quien le dio otros mil pesos en arras. Se adjudicó la 

estancia de Santa Cruz de Unco con 3.700 cuadras y viñas en remate de los 

bienes de su marido por corridos de un censo, vendiendo para ello a algunos 

de sus esclavos. Testó en Santiago el 6.4.1715, con descendencia. 

65


III. PEDRO RIQUELME DE LA BARRERA ROBLES 

Nació en Chillán en 1654. Militar reformado toda su vida y capitán en 1724. 

Dueño de la estancia Palpal, junto al estero de su nombre, a seis leguas de 

Chillán. 

Contrajo matrimonio con doña Inés de Mesa Herrera, nacida en Chillán, hija 

legítima de don Juan de Mesa y de doña Juana de Herrera (ver familia Meza). 

Sus hijos: 

1. Pedro, nacido en Chillán en 1678, capitán en 1718, alcalde de Chillán en 

1729, testó dejando por albacea a don José Godoy y falleció el 22 de abril 

de 1744. Casó con doña Martina Oyarzún y Díaz de Moncada, fallecida en 

Chillán en 1771, con descendencia. 

2. Diego (sigue en IV). 

3. Juan, bautizado en Chillán en 1680, capitán en 1722, fallecido el 14 de 

octubre de 1745. Casó con doña Baltasara Canales de la Cerda Sepúlveda, 


4. Gabriel, nace por 1676, capitán en 1721, alcalde de Chillán en 1729, maestre 

de campo, fallece el 17.3.1757. Casó en primeras nupcias con doña María 

Rosa Hernández y en segundas con doña Narcisa Fonseca-Lobo Castro, y 

en terceras con Rafaela Rivas, con descendencia de las dos primeras. 

5. María, casó primero con Gaspar de los Reyes y segundo en febrero de 

1720 con don Gerónimo de Pietas Garcés, con descendencia. 

6. Pablo, capitán en 1725, alcalde de Chillán en 1738, maestre de campo en 

1742, es enterrado el 28 de septiembre de 1751. Casó primero con doña 

Josefa Goycoechea del Pino, nacida en 1703 y fallecida en noviembre de 

1743 y segundo con doña Jerónima Canales de la Cerda Fonseca-Lobo, 

que falleció en marzo de 1756, con descendencia. 

7. Francisco, alcalde de vecinos de Chillán en 1727, maestre de campo, casó 

primero con doña Baltasara Garrido y segundo con doña Margarita Venegas, 

con descendencia de ambas. 

8. Aldonza, casó con el capitán Juan de Elgueta Santa Cruz, hijo de don Juan 

y doña Juana, alcalde de Chillán en 1719, con descendencia. 

9. Pabla, nacida en Chillán en 1685, casó con don Nicolás de la Rosa. 

IV. DIEGO RIQUELME DE LA BARRERA MEZA 

Nació en Chillán en 1690, capitán, maestre de campo en 1742, trabajó su 

estancia de Palpal. Fue regidor de Chillán en 1726, alcalde de moradores en 

1740. Falleció el 8 de septiembre de 1750. 

Contrajo matrimonio con doña Juana Luisa Goycoechea del Pino, hija legítima 

de Bernardo de Goycoechea y de doña María del Pino (ver familia Goycoechea). 

Falleció doña Luisa el 4 de junio de 1738, siendo enterrada en la iglesia de la 

Compañía de Chillán, había nombrado a su marido por albacea. 

66


Sus hijos: 

1. Simón José (sigue en V). 

2. Fernando, bautizado en Chillán en 1725, fue capitán. Casó con doña 

Teresa Acuña Carrasco, hija legítima de don Carlos y de doña Catalina, con 

descendencia radicada en Nirivilo, Maute. 

3. Rosa, bautizada en 1738, casó el 26.7.1773 con don Pablo Sotomayor 

Molina. 

4. Josefa, bautizada en 1723, casó el 3.10.1742 con don Alejo Zapata 

Sanhueza. 

5. Pastora, bautizada en 1729, casó en Chillán en 1751 con don Gregorio de 

Acuña Sepúlveda, hijo de don Fernando y doña Narcisa. 

6. María Inés, bautizada en 1720, casó con don Lorenzo Rodríguez, fallecido 

en abril de 1758. 

7. Juan Antonio, bautizado en octubre de 1726, regidor de Chillán. 

8. Santiago, bautizado en enero de 1738. 

9. José María, nacido en 1735, capitán, alcalde de Perquilauquén en 1774, 

fallecido en Chillán 1.9.1808, casó en 1775 con doña Josefa de Acuña 

Ulloa. 

10. Loreto, nacida en 1737 y fallecida en mayo de 1798, casó con don 

Francisco Javier Riquelme Hernández, hijo de don Gabriel y doña Rosa. 

11. Ignacio Santiago, bautizado en 1733. 

Fue padre con María de la Jara de: 12) Mariano, que contrae matrimonio en 

Chillán en 1764 con Magdalena; y con otra dama de: 13) Pedro José, que casó 

en Chillán el 2 de septiembre de 1760 con Francisca Guzmán Chaves. 

V. SIMÓN JOSÉ RIQUELME DE LA BARRERA GOYCOECHEA 

Fue bautizado en Chillán el 7 de noviembre de 1729. Heredó trescientas 

cuadras en la estancia de Palpal, que deslindaban por el norte con las de don 

Manuel y por el sur con las de don Apolinario de Puga Figueroa. 

Remató la recaudación del diezmo de Arauco en 1758. 

Fue capitán de caballería, alférez real de Chillán en 1758, su regidor en 1771 y 

alcalde de vecinos en 1780. Falleció en 1801. 

Contrajo primer matrimonio con doña María Mercedes de Meza Ulloa, fallecida 

el 6 de marzo de 1758, hija de don José Fermín de Meza y de doña Agustina 

Ulloa (ver familia Meza). 

Contrajo segundo matrimonio el 24 de julio de 1770 con doña Manuela Vargas 

Machuca y del Bao, hija de don Julián y de doña María Rita. 

Hijos del primero: 

67


1. Lucía, casó en Chillán 27.11.1796 con don Gaspar Flores Vivanco, hijo de 

don Ignacio y doña Eugenia, fallecido 23.12.1807. Sus hijos: 1) Dolores, 

vecina de Santiago en 1823, 2) Juan, 3) Javiera, fallecida Parral 1848, casó 

con el capitán Domingo Urrutia Vivanco, ayudante del Libertador, en 1876 

general de división, con descendencia. 

2. María Isabel (sigue en VI). 

Del segundo matrimonio: 

3. Manuel, bautizado en Chillán en 1772, general de ejército, casó en Los 

Ángeles 19.4.1813 con doña María del Carmen del Río Mier, fallece en 

Concepción bajo disposición testamentaria 4.10.1857. Sus hijos: 1) Isabel, 

2) José, 3) Mercedes, 4) Ciorinda casó con don José María de la Maza 

Mier. 

4. Gregorio, nacido en 1773, casó con doña Luisa Sepúlveda, su hijo Pedro, 

nacido en 1796. 

5. Petronila, casó con don Tomás García. 

6. Estanislao, casó con doña Carmen Stuardo. 

7. Francisco Javier, bautizado en Chillán el 28.10.1780, con sucesión unida a 

Meza. 

8. Antonia, casó con don Luis Rodríguez Arriagada, con descendencia. 

9. Manuela, casó con don José Ruiz de Berecedo López del Alcázar, sus hijos: 

1) Gaspar, 2) Carmen, 3) Mercedes, 4) Ignacio, 5) Antonio y 6) Petronila. 

10. Simón, bautizado en Los Ángeles en 1786, se radicó en Curicó en 1818, 

testó en 1848 y falleció el 5 de julio de 1854. Casó con doña Fermina de 

Roa y Burgoa, con descendencia. 

Con doña Rosa de Acuña tuvieron por hijo a 

11. Pedro, casó en Chillán en 1797 con doña Juana García de Lamas y San 

Martín, con descendencia. 

VI. MARÍA ISABEL RIQUELME MEZA 

Fue bautizada en Chillán de un año de edad el 19 de agosto de 1759, habiendo 

ya fallecido su madre. Murió en Lima el 21 de abril de 1839. En 1778 tuvo su 

primer hijo, Bernardo, con don Ambrosio O’Higgins (ver familia O’Higgins). 

Contrajo matrimonio el primero de junio de 1780 con don Félix Rodríguez 

Rojas, viudo de doña María Pascuala Zenteno Zavala, nacido en 1740, hijo 

legítimo de don Marcos Rodríguez Arambie y de doña Agustina de Rojas Morales 

de Albornoz, había sido alguacil mayor de Mendoza y se dedicaba a actividades 

agrarias. Falleció en Chillán en 1782. 

Fueron padres de doña Rosa, quien acompañó a su hermano Bernardo hasta 

su muerte, siendo su albacea y tenedora de bienes. Falleció en Lima el 17 de 

diciembre de 1850. 

68


Con don Manuel de Puga y Figueroa fueron padres en 1793 de doña Nieves, 

casada en Concepción el 31 de mayo de 1808 con don Juan Agustín Borne 

Anderson, natural de Sterling, hijo de David y Margarita, con descendencia. 

MEZA 3 

I. ESTEBAN HERNANDEZ DE CONTRERAS 

Hay datos de, su presencia en Chile desde 1556, año en que vivía en Santiago. 

Hay referencias de que se desempeñaba como comerciante. En 1569 cobró 

veinte pesos en la Caja Real por cierta ropa que había vendido para proveer a 

los soldados que iban a la guerra de Arauco. En algunas libranzas de pago es 

anotado como Esteban de Contreras. Tenía solar en la traza de Santiago. Falleció 

entre 1589 y 1590. 

Casó con Magdalena Leonor de Mesa, hija del conquistador Juan de Mesa, 

quien vino a Chile en 1543; en 1565 vivía en Santiago en el solar otorgado por 

merced que había solicitado al cabildo en el año 1558. Era viuda del herrero 

Andrés Esteban, quien por 1568 había comprado elementos de fragua. 

Sus hijos: 

1. Andrés (sigue en 11). 

2. Bartolomé Esteban nació en 1576, casó con doña Baltasara de los Reyes, 

con descendencia en Santiago con los apellidos Meza y Contreras. 

3. Gerónima casó en 1618 con Pedro Ramiriáñez. 

4. Catalina casó en 1592 con Antonio de Guillonda. 

5. Leonor casó con Andrés Jiménez Mazuelas. 

6. Mariana casó con Lope de Castro. 

II. ANDRES DE CONTRERAS 

Fue bautizado en Santiago en 1568, militó en Arauco, capitán, pasó a radicarse 

a Chillán, donde tuvo solar y casa, ocupando el cargo de alcalde ordinario. 

Desarrolló actividades agrarias en su estancia de Queupín, de quinientas cuadras 

de tierra, con vacunos, ovejas y once mil plantas de viña, iglesia, molino y casa 

3 De Juan de Meza, Thayer en Fornoción de la Sociedad Chilena y censo de la Población de Chile en los años 

de 1540 a 1565, señala que pudo ser mestizo, nacido en Indias. Esto no sería raro dado que su llegada 

a Chile. 1543, es medio siglo posterior al descubrimiento de América. Con seguridad era rnestiza su hija 

Magdalena, como también Juana Gómez de Yévenes, suegra de II Andrés de Contreras Meza. 

En la generación VI, en el matrimonio de Fermín el 8.8.1738 se lo dice hijo de José Meza y de Ana Bravo. 

Puede ser que su padre se llamara Juan José, hermano de otro de nombre Juan, al que se le han atribuido 

dos matrimonios, uno con Josefa Opazo y otro con Juana Bravo y que éste sólo sea efectivamente esposo 

de la Opazo y el llamado José lo sea en otras Juan José y que Juana y Ana Bravo sean una sola persona. 

Llama la atención que entre los supuestos hijos de los dos hermanos casados con Bravo se repiten varios 

nombres. 

Sea cual sea la verdad, los abuelos son los mismos, y por lo tanto la filiación se puede continuar igual en 

ambos casos. 

Como doña Antonia menciona por padres a José Amador Ulloa Cabrera y a María Palma creemos que son los 

mismos de la primera esposa de don Fermín, que es la antepasado del Libertador. 

69


de adobes de cienpies. En 1624 impuso un censo con 286 pesos de principal, 

sobre sus bienes. Testó el 27 de agosto de 1635, en Chillán, donde falleció. 

Casó con doña María de Contreras, dueíla de Coipin, dedicada a la crianza de 

ganado y a la siembra de trigo y maíz. 

Sabía firmar, falleció en 1646, dejando a algunos de sus hijos aún menores de 

edad. Era hija legítima de Juan de Contreras. Este Conquistador había nacido en 

1529. Luego de una permanencia en Santiago pasó en el año 1561 a la conquista 

de Cuyo, circunstancia en la que puede haber conocido al que sería su suegro. 

Fundada la ciudad de Mendoza, fue su escribano público y de cabildo hasta 

1578. Llegó a ser regidor en los años 1574 y 1583. Ya había fallecido en 1591. 

Su venida a Chile puede haberse debido a que habría sido partidario de Pizarro 

en las revueltas del Perú, y como tal desterrado a España con pérdida de sus 

bienes. Muchos de ellos consiguieron que se les conmutara la pena a cambio de 

su venida a Chile, y otros, simplemente se fugaron, viniéndose a nuestro país. 

Su madre, la mestiza Juana Gómez de Yévenes, era hija de Juan Gómez de 

Yévenes, quien había nacido en 1508, y venido a Chile en 1540, siendo doce 

años más tarde vecino de Imperial. Luego de una corta estadía en Santiago se 

fue a la provincia de Cuyo en 1561, donde tuvo una encomienda de indios desde 

el año siguiente hasta el de su muerte. Fue regidor del cabildo de San Juan en 

1573 y falleció al año siguiente. 

Juan de Contreras y Juana Gómez también fueron padres de doña Leonor de 

Contreras que casó con Juan de Lagos Maldonado (ver familia Lagos), pues en 

un pleito en 1646 es llamado cuñado de doña María de Contreras. 

De sus hijos: 

1. Diego (sigue en 111). 

2. María casó con don Diego de Castro-Castilla Gutiérrez, hijo del sevillano 

don Luis y doña Beatriz, con descendencia. 

3. Andrés, en 1646 administraba los bienes de su madre, en 1673 ya había 

fallecido, con descendencia. 

4. Francisco, bautizado en 1621, vecino de Chillán, teniente en 1671 y capitán 

en 1719. Casó con doña Juana Henríquez, con descendencia. 

5. Esteban, tuvo sementeras en Queupín, difunto en 1673. Casó con doña 

Isabel Godoy-Figueroa Toledo, hija de don Juan Bautista y de doña Beatriz, 


III. DIEGO DE MESA Y CONTRERAS 

Nació en Chillán. Fue alférez real, dueño de un molino. Murió en el alzamiento 

general de los indios en 1655. 

Casó con doña Ana Ortiz de Valdivia, descendiente de Antonio Ortiz de Valdivia, 

regidor del cabildo de Chillán, firma como tal el 8 de abril de 1634 y 5 de enero de 

1650. 

70


Sus hijos: 

1. Diego, alférez real de Chillán. Casó con doña Leonor de Villalobos Donoso, 

hija legítima de don Domingo y doña Inés, con descendencia. 

2. Juan (sigue en IV). 

3. Bartolomé, capitán, tesorero de Cruzada en Maule. Casó con doña Constanza 

Opazo Amaya, hija legítima del gallego Domingo Lorenzo y de doña Leonor, 

dueños de la estancia San José de Lagunillas, con descendencia natural. 

4. María, en Chillán en 1663, madrina de Nicolás de Meza Opazo en 1703. 

IV. JUAN DE MESA VALDIVIA 

Nacio en Chillán, capitán en 1663. Casó con doña Juana de Herrera Opazo, 

hija legítima de don Marcos de Herrera Cetina y doña Isabel Opazo (ver familia 

Herrera). 

Sus hijos: 

1. Inés, casó con don Pedro Riquelme de la Barrera Robles (ver familia 

Riquelme de la Barrera). 

2. Juan (sigue en V). 

3. José nació en Chillán. alférez en 1673, capitán en 1693. Casó con doña 

Ana Bravo 

De Villalba, los que serían padres de José Fermin Meza Bravo, según su 

partida matrimonial de ocho de agosto de 1738. 

V. JUAN DE MESA HERRERA CETINA 

Fue vecino de San Bartolomé de Gamboa, Chillán, ciudad donde había 

nacido. 

Capitán, dueño de tierras en el valle de Perquilauquén. Casó primero con doña 

Josefa de Opazo Castro, hija legítima de Antonio Lorenzo de Opazo Fernández 

de Villalobos, bautizado en Name en 1665, corregidor de Maule en 1707, y Josefa 

de Castro Núfíez de Céspedes. 

Casó por segunda vez con doña Juana Bravo de Villalba Correa, hija legítima 

de don Juan Bravo de Villalba y doña Inés Correa (ver familia Bravo de Villalba). 

Fue enterrada en Chillán, habiendo testado, el 3 de septiembre de 1737. 

Sus hijos del primero: 

1. Josefa, nació en diciembre de 1701, fue bautizada el 3.5.1703 en Unihue. 

Dueña de tierras en Truquilemu, Name, casó con el capitán don Jacinto de 

la Vega Montero de Amaya, nacido en Concepción en 1694, hijo de don 

Alejo y de doña Josefa. Falleció el 6.3.1780, habiendo testado el 28.8.1777, 

dejando descendencia. 

2. Nicolás, bautizado en Unihue el 4.10.1703. Comisario de Maule. En 1740 

arrendó la estancia Nibue a los franciscanos, comprándola posteriomente. 

71


En estas tierras y en La Bodega, tuvo viñas, molino y curtiembre. Testó el 

9.4.1775. Casó con doña María Josefa Pinochet de la Vega, hija legítima 

de don Guillermo, fundador de su familia en Chile, y de doña Ursula, con 

descendencia. 

3. Antonio, bautizado en Unihue 3.5.1703. 

4. Tomás, en Chillán en 1787. 

Del segundo: 

5. Lucas, nombre que se repite también entre los hijos de don José y doña Ana 

Bravo. Nació en Perquilauquén en 1722. Dueño de la estancia Pullaully, 

en la costa de Maute. Falleció en Cauquenes el 1.6.1772. Casó en Name 

el 28.3.1751, con doña Manuela Pinochet de la Vega, nacida en Chanco 

en 1733, y fallecida el 13.8.1768, hija del francés don Guillermo y de doña 

Ursula, con descendencia. Contrajo segundo matrimonio en Cauquenes el 

15.8.1770, con doña Feliciana Navarrete Olmedo, hija de don José y doña 

Tomasa, sin descendencia. 

6. Fermín (sigue en VI). 

7. Juan José, nacido en Perquilauquén, casó el 3.12.1742 con doña Agustina 

de Guzmán Palma, hija de don Juan y de doña Juana, con descendencia. 

8. Rosa, casó con don Francisco Troncoso. 

VI. FERMIN DE MEZA BRAVO DE VILLALBA 

Nació en Chillán, ciudad de la que fue alcalde. Capitán y maestre de campo. 

Remató la recaudación de los diezmos del partido de Itata para los años de 

1755 en 3.440 pesos y 1756 en 3.550. El obispo de Concepción don José de Toro 

Zanbrano le fio en una oportunidad una partida de ponchos evaluados en 179 

pesos, cantidad que se suma a la parte correspondiente a la cuarta episcopal del 

diezmo, que por su fallecimiento no alcanzó a pagar don Fermín. Doña Antonia, 

su viuda, efectuó por esto varios pagos en dinero y en especie, sumados al que 

por ella hizo su yerno don Simón Riquelme, superaron en mucho lo adeudado, 

por lo que debió sostener un pleito en el año 1770 con don Mateo de Toro y 

Zambrano, en cuyo poder paraban los bienes del obispo. 

Don Fermín también había prestado más de 700 pesos a tres vecinos de 

Chillán, cuyos pagarés traspasó a don Juan Antonio Hernández, cuya viuda, 

doña Rosa del Pino, años más tarde exige a la de don Fermín que le pague, 

pidiendo que entretanto se embarguen unos cuartos que doña Antonia alquilaba 

en su casa. En este pleito fue representada por el doctor don Ramón Martínez de 

Rozas, quien consiguió para ella juicio favorable. 

Contrajo primer matrimonio con doña Agustina de Ulloa, y segundo en Chillán 

el ocho de agosto de 1738 con doña Antonia de Ulloa, falleciendo en 1756. Fue su 

padre don José Anwdor de Ulloa y Cabrera, fallecido antes de 1744 y doña María 

Palma, nacida en Chillán, donde falleció el primero de abril de 1744, habiendo 

testado dejando por albaceas a su yerno don Alejo Sepúlveda y a don Carlos 

Sepúlveda. 

72


Sus hijos del primero: 

1. María Mercedes, casó con don Simón José Riquelme Goycoechea (ver 

familia Riquelme). 

2. Fermina casó en Chillán el 16.12.1767 con don José María Soto Aguilar y 

Ayarza, hijo de don Fernando y de doña Mercedes. 

Del segundo: 

3. María Manuela, bautizada en Chillán, 12.10.1743, fallecida allí 21.11.1774, 

casó en Chillán, 8.6.1769, con el maestre de campo don Victorino Sotomayor 

Molina, hijo de don Carlos y de doña Teresa. 

4. Juliana, bautizada en Chillán, 26.6.1744. 

5. María Josefa, bautizada en Chillán, 8.9.1745. 

6. Juan Manuel, bautizado el 6.10.1747, fallecido antes de 1776. 

7. Fermín, bautizado en Chillán, 2.11.1750. 

8. María Dorotea, nació en 1.1.1750, bautizada 4.1.1752, fallecida 30.10.1774. 

I. BERNARDO DE GOYCOECHEA 

GOYCOECHEA 4 

Vasco, venido a Chile por 1670. Capitán. Fue regidor en el cabildo de 

Concepción, trasladando más tarde su vecindad a la ciudad de Chillán. 

En la elección efectuada en el cabildo de Chillán en enero de 1699, salió 

elegido de alcalde ordinario de moradores, cargo que debía servir por primera 

vez. Un grupo de electores objetó que no podía serlo por no haber sido nunca 

regidor, lo cual era cierto sólo en cuanto al cabildo chillanejo, pues lo había sido 

en otro cabildo. El pleito se complicó porque el corregidor tomó activo partido por 

el bando contrario, habiéndose incluso negado el derecho a voto a don Juan de 

Godoy Figueroa, alcalde anterior, y a don Agustín de Contreras, regidor, fervientes 

partidarios de Goycoechea. 

El caso terminó en los estrados de la Real Audiencia, declarando los oidores 

en junio de 1699 por nula la elección y restituyendo al capitán Bernardo de 

Goycoechea la vara de alcalde de moradores. 

Contrajo matrimonio con doña María del Pino Lagos, hija de don Martín del 

Pino y de doña María de Lagos Contreras (ver familia Del Pino). 

Sus hijos: 

1. Juana Luisa, casó con el capitán Diego Riquelme de la Barrera Meza (ver 

familia Riquelme de la Barrera). 

4 En los documentos que se han tenido a la vista el apellido aparece escrito de diferentes maneras, se ha 

optado por la forma en que él mismo lo pone en su firma que puede verse en el pleito de 1699 (Real Audiencia, 

vol. 551 pieza 3). No anteponía el don a su nombre, por lo que no debe haber sido hidalgo. 

73


2. Josefa, nació en 1703 y falleció en 1743, casó con el capitán Pa lo Riquelme 

de la Barrera Meza, hijo de don Pedro y doña Inés, con descendencia. 

3. María Josefa, casó con don Diego García Maldonado, que fallece en Chillán 

en 1734. 

BRAVO DE VILLALBA 5 

I. HERNANDO BRAVO DE VILLALBA 

Hijo del bachiller Alonso González de Villalba, graduado en leyes en la 

Universidad de Salamanca, y de Teresa Gutiérrez de Peñafiel, y nieto del 

licenciado Miguel de Villalba. Fue bautizado en Villanueva de La Serena el 11 de 

agosto de 1527. Pasó a Indias en 1553, Nao de Mondragón. 

Vino a Chile con la familia de Pedro de Valdivia en 1555 en el navío La 

Concepción. Fue uno de los primeros abogados que vinieron a este país. Asesor 

del cabildo de Santiago en 1557 y luego del gobernador don García de Mendoza, 

corregidor de Santiago en 1563, 1566 y 1567; fiscal de la Real Audiencia de 

Concepción desde el 5 de julio de 1574, por título dado por el gobernador Bravo 

de Saravia por fallecimiento del fiscal Navia, hasta el 28 de junio de 1575 en que 

se suspendió el Tribunal, tenía un sueldo de tres mil pesos anuales. En 1577 

fue corregidor de Valdivia; cayó prisionero y pereció a manos de los indios en 

la destrucción de esa ciudad en 1599. Dio poder para testar ante Peña el 12 de 

noviembre de 1565. 

Casó en España por 1550 con doña Leonor de Caravantes y Morales, hija de 

Cristóbal Ortiz y de doña Catalina de Caravantes, la que era natural de Villanueva 

de La Serena en Extremadura, que también lo fueron de doña Catalina Ortiz de 

Caravantes, que casó con el capitán Gaspar de Robles Calderón (ver familia 

Robles). 

Cristóbal Ortiz era hijo de Francisco Ortiz y de Leonor González de Gaete y 

hermano de doña Marina Ortiz de Gaete, la esposa de Pedro de Valdivia, con 

quien llegó a Chile en 1555. Militó en la conquista de México; en 1556 el cabildo 

de Santiago escribió a los de La Imperial y Valdivia una carta de recomendación 

a favor de Ortiz, lo que permite suponer que deseaba avecindarse en alguna de 

esas ciudades; sin embargo, un año más tarde solicitó un solar en la Cañada de 

Santiago, linde con el de doña Marina Ortiz de Gaete. Finalmente se radicó en 

Osorno, donde era alcalde ordinario en 1561 y regidor en 1567. 

El licenciado Bravo de Villalba contrajo segundo matrimonio con la heroína 

doña Mencía de los Nidos, viuda de Cristóbal Ruiz de la Rivera, nacida en 

5 La segunda generación se entronca con doiia Beatriz, la cual usó su apellido también como Redondo. La 

filiación la tomamos de Thayer. 

En la tercera generación no se ha podido establecer la de doña Polonia de la Torre Almonacid. La familia 

Almonacid la fundó Juan de Almonacid, madrileño, hijo de Juan de Almonacid y de Aldonza Ruiz. Fue uno de 

los primeros siete soldados que partieron con Valdivia desde el Cuzco, encomendero en Villablanca, regidor 

en 1565 y tesorero real. Pereció ahogado en 1592. Tuvo doce hijos, de los cuales sólo cinco son conocidos. 

Abuelo de los cónyuges Alonso Ortega Almonacid y Leonor de la Torre Almonacid. Es evidentemente 

antepasado del Libertador, pero faltan las pruebas documentales. 

74


Cáceres, hija de don Francisco y de doña Beatriz Álvarez Copete, venida a Chile 

en 1544, en la que no dejó descendencia. 

Sus hijos: 

1. Teresa, bautizada en Villanueva, casó con el capitán Mauricio de Naveda 

Vásquez, encomendero en Villarrica; hijo de don Juan y doña María, con 

descendencia. 

2. Hernando, bautizado en Villanueva 9.12.1550. Fallecido niño. 

3. Alonso, capitán, vecino de Santiago, casó con doña María de Arce, hija del 

capitán Toribio de Cuevas y de doña Catalina Redondo. Testó ante Toro 

Mazotte el 15 de marzo de 1600, con descendencia. 

4. Fernando (sigue en II). 

5. Diego. 

6. Juan casó con doña Fabiana de Rojas Pliego, hija del capitán Diego y doña 

Isabel. Viuda casó con el capitán Antonio Galleguillos Villegas. 

7. Manuel, dueño de tierras en Pelarco, Maule, con descendencia legítima. 

II. FERNANDO (HERNANDO) BRAVO DE VILLALBA 

Capitán, vecino encomendero de Valdivia, ciudad que abandonó luego de su 

destrucción. Se avecindó en Maule, donde recibió el 6 de diciembre de 1613 una 

merced de seiscientas cuadras de tierras en Ruñalón, Estero de los Puercos. En 

1622 era vecino de Concepción. 

Contrajo matrimonio con doña Beatriz Arredondo, hija de Francisco Hernández 

Redondo (o de la Puente Redondo), nacido en 1521 y venido a Chile con don 

García de Mendoza, vecino de Valdivia, donde vivía en 1565 y de doña Inés de 

Guzmán, dos de cuyos hijos murieron a manos de los indios, uno en 1578 y otro 

en 1581. 

Sus hijos: 

1. Fernando, nacido en Concepción, vecino de Rauquén en 1660, capitán en 

1674. Casó con doña Isabel de la Cámara, hija de Antonio Méndez Pinel y 

de doña Francisca Malo de Molina, con descendencia. 

2. Diego, vecino de Rauquén en 1660. casó con doña Magdalena de la 

Cámara, hermana de doña Isabel. 

3. Juan (sigue en III). 

III. JUAN BRAVO DE VILLALBA ARREDONDO 

Nació en Concepción, trabajó su estancia de Quequel en Chillán. Murió en la 

guerra con los indios. 

Contrajo matrimonio con doña Polonia de la Torre Almonacid, natural de 

Concepción. 

75


Sus hijos: 

1. Alonso, capitán, vecino de Chillán, dueño de diez mil cuadras en 

Huechuquito, Perquilauquén. Sirvió cincuenta años en la guerra, asistiendo 

a poblar los fuertes de Purén, Imperial y Lincopé. Falleció después de 1719. 

Casó con doña Juana de Contreras Salazar, hija de don Agustín y de doña 

Marcela, con descendencia. 

2. Juan (sigue en IV). 

3. Beatriz. 

4. Leonor. 

IV. JUAN BRAVO DE VILLALBA Y DE LA TORRE 

Nació en 1655, capitán, dueño de tierras en Huechuquito, vecino de Concepción 

en 1719. 

Contrajo matrimonio con doña Inés Correa. Sus hijos: 

1. Juana, casó con Juan de Mesa Herrera (ver familia Meza). 

2. Alvaro, nacido en Chillán, capitán, comisario, dueño de Hucchuquito, en 

Parral, falleció antes de 1745. Casó con doña Bernardina de Opazo Castro, 

hija del capitán don Juan y de doña Leonor, con descendencia. 

3. Josefa, nacida en 1700 y fallecida en Chillán el 7.8.1729, casó con don 

José Correa. 

4. Isabel, monja trinitaria. 

I. MARTÍN DEL PINO 

DEL PINO 6 

Nació en La Mancha, pasó a Chile donde participó en las guerras de Arauco, 

estando presente en las campañas de 1600. Capitán, se radicó en la ciudad de 

Chillán. Sus hijos: 

1. Sebastián, heredero de San José de Robles. 

2. Juan, con descendencia unida a Bascur. 

3. Pedro, con descendencia en Córdoba de Tucumán. 

4. Bartolina, casada con Martín de Lagos y Contreras. 

5. Martín (sigue en II). 

6 Roa en El Reyno de Chile, agrega entre los hijos a Benito, escribano de cabildo en Chillán en 1695. 

Opazo en Familias del antiguo Obispado de Concepción, no lo consigna, como tampoco a su yerno Martín de 

Lagos Contreras, cuya esposa falleció en Chillán 14.6.1740. Tampoco anota a Martín, aunque al poner a su 

hermana Bartolina agrega c.m.c. María de Lagos, por lo que debe tratarse de un error de imprenta. 

76

II. MARTÍN DEL PINO 


Fue vecino de Chillán. Obtuvo una encomienda de indios en 1698. Capitán, 

sirvió y peleó en el alzamiento indígena de 1655. Contrajo matrimonio con doña 

María de Lagos Contreras, hija de don Juan de Lagos y de doña Leonor de 

Contreras (ver familia Lagos). 

Su hija: 

1. María, casó con el capitán Bernardo de Goycoechea (ver familia 

Goycoechea). 

I. JUAN MARTÍN DE CANDIA 

CANDIA 7 

Nacido en la isla de Candia, en el Mediterráneo oriental, en 1497 o en 1516, 

según declara en dos ocasiones. Vino con Pedro de Valdivia en 1540 a la 

conquista de Chile. Vecino de Los Confines en 1548, fundador de La Imperial, 

encomendero en 1556, en Angol en 1565 y en Chillán desde su fundación en 

1580, ciudad de la que fue vecino encomendero y en la que aún residía en 1597. 

Fue casado, firmaba Martín de Candia. Testigo en La Imperial en 1558 en el 

proceso a Francisco de Villagra y en 1583 en la información de servicios de Pedro 

Gómez de las Montañas. 

Su hijo: 

II. MIGUEL DE CANDIA 

En Santiago en 1557, en Valdivia en 1565, encomendero de La Imperial en 

1591, sucesor de su padre. 

Sus hijos: 

1. Alonso, capitán, nació por 1572, vivo en 1669, casó con doña María de 

la Fuente Manrique de Lara, hija de don Alejo y de doña Petronila, con 

descendencia. 

2. Martín, nacido por 1579, puede ser el suegro de Alonso de Herrera Celina, 

pues su esposa era sobrina de Alonso (ver familia Herrera). 

3. Alejandro (sigue en III). 

III. ALEJANDRO DE CANDIA PROTAEDO 

Nacido por 1588, por lo que es poco probable que fuera hijo de Juan Martín, 

nacido por 1514 y por lo tanto hermano de Miguel, que lo era mucho antes de 

1557. Capitán, vecino de Concepción en 1619, encomendero de Hualqui en 1629, 

vivo en 1640. 

7 Alejandro de Candia es el que casado con doña Catalina de Robles, fueron padres de Melchora, y no Alonso 

de Candia, como se ha sostenido por diversos autores que han utilizado la obra de Opazo ya citada, en la que 

hay un error que es posiblemente de imprenta. Puede haber sido hijo del fundador cuando éste tenía ochenta 

años, como lo han filiado otros autores, pero es más probable que sea su nieto, según lo sugiere Thayer. 

77


Contrajo matrimonio con doña Catalina de Robles, natural de Angol, hija del 

capitán Alonso de Robles, con quien pasó a radicarse en Chillán en 1602, y de 

doña Catalina Cancino (ver familia Robles). 

Sus hijos se apellidaron Candia, Creta, Robles y Cancino: 

1. Melchora, casó con don Alonso Riquelme de la Barrera (ver familia 

Riquelme). 

2. Catalina, casó con don Martín de Arandia. 

3. Agustina, casó con don Gaspar López, con descendencia. 

4. Lorenza, casó con don Juan Rubio Veloso, con descendencia. 

5. Tomasa, casó con don Manuel Ochoa Gárnica. 

6. Francisco. 

7. Antonia, casó con don Laureano Vera. 

I. ALONSO DE HERRERA 

HERRERA 8 

Nació por 1584, militó en Chile en las campañas de 1600, capitán en 1640. 

Contrajo matrimonio con una sobrina del capitán Alonso de Candia (ver familia 

Candia). 

II. MARCOS DE HERRERA CETINA CANDIA 

Nació por 1619, militó en las campañas de 1655. Castellano de Catentoa en 

1665, capitán. Tuvo una encomienda de indios. En 1685 era vecino de Chillán. 

Contrajo matrimonio con doña Isabel de Tronao (u Opazo de Amaya), nacida 

en Maule, hija de don Domingo Lorenzo y de doña Leonor de Amaya (ver familia 

Opazo). 

Sus hijos: 

1. Luisa, nació en Chillán, casó con don Francisco Mardones Lagos, hijo de 

don Pedro y doña Juana, con descendencia. 

2. Juana, casó con don Juan de Meza Ortiz de Valdivia (ver familia Meza). 

3. Alonso, capitán, en Chillán en 1700. 

4. Luciana, casó con don Domingo Gutiérrez de Arce, español, con 

descendencia. 

8 A través de este linaje vuelve a entroncarse con los Candia Protaedo. Lo más probable es que el suegro de 

Alonso de Herrera sea Martín Candia. 

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I. GOME DE LAGOS 


LAGOS 9 

Nacido en Villafranca de Maestrazgo de Santiago por 1523, hijo legítimo del 

hidalgo Gonzalo de Lagos, vecino de ese lugar, y de Isabel Sánchez. Pasó a 

Indias en el año 1546, y estaba en Panamá en 1547. Más tarde sirvió en Perú 

contra Gonzalo Pizarro, hallándose presente en la batalla de Jaquijahuana en 

1548, participando también contra Hemández Girón en 1553. 

Desde Arica vino a Chile en compañía de don García Hurtado en 1557. 

Participó en la guerra de Arauco, actuó en Purén, Cañete, Lincoya y Mareguano 

y fue a Chiloé en la expedición de Ruiz de Gamboa. En Concepción fue alguacil 

mayor en 1558, corregidor en 1565, regidor en 1569 y 1571. Corregidor de Castro 

en 1568. Vecino de Caflete en 1563 y de La Imperial en 1576. 

Falleció en un naufragio, viajando a Valparaíso en el mes de julio de 1576. Su 

hijo: 

1. Esteban (sigue en II). 

II. ESTEBAN DE LAGOS 

Nacido antes de 1546, probablemente en Jerez de la Frontera. Vino a Chile 

llamado por su padre. Capitán, participó en la guerra de Arauco. Estante en 

Santiago en 1574 y en Concepción en 1577. Vecino encomendero y fundador de 

Chillán en 1580. Fue regidor de su primer cabildo y en otros períodos. El 23 de 

julio de 1583 recibió merced de tierras en Chillán. Falleció antes de 1608. 

Casó por 1580 con Ana Maldonado, la que vivía en Chillán en 1614. 

Se presume que era hija del conquistador Arias Pardo Maldonado, nacido en 

Ledesma, Salamanca, en 1535, hijo del doctor Buendía. Pasó a Indias en 1550; 

peleó bajo el estandarte real en la batalla de Pucará contra Hemández Girón. Vino 

a Chile con don García de Hurtado y después de militar en la guerra de Arauco 

regresó al Perú por 1559; se embarcó de nuevo para Chile con el gobernador 

Villagra, quien lo nombró alférez general suyo en 1561. A consecuencia de la 

guerra quedó herido y paralítico. En 1563 fue nombrado alguacil mayor de la 

gobernación, y en 1575, corregidor de Villarrica, donde en 1586 aún era vecino y 

vivía en 1590. Había casado con doña Ana de Sarría, hija natural de Francisco de 

Villagra, gobernador de Chile y de Bernardina Vásquez de Tobar. 

9 En esta familia se ha podido establecer la filiación de Leonor de Contreras c.c. III Juan de Lagos, gracias a 

que en un pleito sostenido por María de Contreras, c.c. 11 Andrés de Contreras Meza, señala que es cuñada 

de Lagos. Efectivamente entre los hijos de Juan Contreras y Juana Gómez se anota una Leonor en el libro de 

Thayer. 

El padre del fundador sería identificable con el que obtuvo ejecutoria de hidalguía en 1535. 

Este, a su vez, era hijo de Arias de Lagos, nacido en Medina de las Torres, 1460-90, casado en Villafranca 

de los Barros 1475-15 10. Pasó a Indias por 1530 y murió en el viaje de vuelta de 40 años, antes de 1535. 

Sus padres eran Gonzalo de Lagos y María González, nacido el primero en la Puebla de Sancho Pérez y 

avecindado en Medina de las Torres, donde fue mayordomo de la iglesia mayor, fallecido en la Puebla por 

1508. (Datos proporcionados por don Carlos Ruiz, de acuerdo a sus investigaciones realizadas en España). 

79


Francisco de Villagra nació en Santervas en 1511, hijo natural de Alvaro 

de Sarría, caballero de San Juan, hijo a su vez de un Villacreces y de Leonor 

Gómez de Sarría, y de Ana de Villagra, que lo era de Pedro de Villagra y de Isabel 

Mudarra. Vino a Indias en 1537 y a Chile en la expedición de Pedro de Valdivia en 

1540. Fue vecino fundador de la ciudad de Santiago y su regidor en 1541, 1546 

y 1547. Teniente General del reino de 1547 a 1549; descubridor de las provincias 

de Cuyo, 1551; mariscal de los reales ejércitos en 1554 y gobernador de Chile 

entre 1561 y 1563. Caballero de la Orden de Santiago. 

Sus hijos: 

1. Diego, fallecido antes de 1617. 

2. Gonzalo, nació en Chillán por 1586, capitán de Real Ejército. Regidor del 

cabildo de Chillán en 1621 y 1634, alcalde en 1623. Falleció por 1655. Casó 

con doña Juana de Marchán y Toledo, nacida en Chillán, hija legítima de 

don Francisco y de doña Isabel, con descendencia. 

3. Pedro. 

4. García, con descendencia. 

5. Juan (sigue en III). 

6. María, casó primero con don Alonso Guerrero Zambrano y segundo con 

don Agustín Hércules de la Bella. 

7. Constanza, nacida en 1594, casó con don Juan López de Aguirre, regidor 

de Chillán 1614, con descendencia. 

8. Inés casó con don Alonso de Herrera. 

III. JUAN DE LAGOS MALDONADO 

Bautizado en Chillán en 1585. Capitán soldado Arauco en 1602, recibió merced 

de tierras en Chillán en 1622, alcalde de Chillán en 1623. Falleció después de 

1646. 

Contrajo matrimonio con doña Leonor de Contreras, hija de Juan de Contreras 

y de Juana Gómez (tratados en la familia Meza, generación II). 

Sus hijos: 

1. Alejo, alférez en 1655, casado con doña Antonia Ramírez de León y 

Montaña, con descendencia. 

2. Leonor, casada con don Luis Godoy Figueroa y Toledo, hijo de don Juan 

Bautista y doña Beatriz, con descendencia. 

3. Juana, casada con don Pedro Mardones Valdivia, hijo de don Pedro y doña 

Francisca, con descendencia. 

4. Tomás, casado con doña María Escobar, con descendencia. 

5. Juan, alférez, con descendencia. 

6. Martín, alcalde de Chillán en 1678. 

7. María, casada con el capitán Martín del Pino (ver familia Del Pino). 

80

I. LUIS DE TOLEDO 


TOLEDO 10 

Su padre, Alonso de Toledo, pasó a Indias en 1539, desempeñándose como 

mercader en la ciudad de Los Reyes, Perú. Fue partidario de Gonzalo Pizarro 

en las contiendas de ese reino, siendo condenado a la pérdida de sus bienes y 

destierro, lo que no se llevó a efecto por su muerte. Era hijo de García de Toledo 

y de Inés de la Fuente. Su madre era doña Leonor de Toledo. 

Nació por 1517 en Sevilla, desde Perú vino a Chile en 1540 y asistió a las 

fundaciones de Santiago y La Serena. Fue vecino fundador y encomendero de 

Concepción, alférez real el año del repueble, 1555; regidor perpetuo del cabildo, 

que servía en 1569. Reemplazó durante seis meses al licenciado Bravo de Villalba 

en el cargo de corregidor de Valdivia. 

En 1561 se encontraba en España, y el 10 de octubre de ese año el rey le hizo 

merced de escudo de armas. Sostuvo juicio con Julián de Bastidas sobre mejor 

derecho a la encomienda de Guachumávida, que le había sido otorgada por don 

García de Mendoza en 1557 y retirada en 1559. Falleció entre 1579 y 1580. 

Contrajo matrimonio en 1554 con Isabel Mexta Navarrete, hija mestiza de un 

conquistador y viuda del piloto Francisco Rodríguez de Zamora, del que tuvo un 

hijo. 

Sus hijos: 

1. Luis, nació en 1555, sargento mayor 1605, alcalde de Chillán en 1613, 

recibió varias mercedes de tierra. 


3. Bernardina, casó con el capitán Gómez Bravo de Laguna, cautiva de los 

indios en 1599, con descendencia. 

4. Ana María, muerta en 1599 en el sitio de Chillán a manos de los indios. 

5. Aldonza, con igual muerte que la anterior. 

6. Catalina, casó en Chillán con Pedro de las Roelas y Sandoval. 

7. Agustín, clérigo de órdenes menores en 1598. 

8. Isabel, nació por 1572, casó con el capitán Diego Arias. 

9. Juan, nació en 1574, capitán, teniente de corregidor en Nancagua, casó con 

doña María de Sierra Ronquillo Cabrera, hija de don Juan y doña Isabel, 


10 Según Espejo en Nobiliario de la Capitanía General de Chile, Alonso de Toledo era hijo de García Álvarez 

de Toledo y de Inés de la Fuente, éste hijo de Alonso de Toledo y de Catalina de Salcedo, éste de Femando 

Álvares de Toledo, IV señor de Higares, hijo de García Álvarez de Toledo y de Leonor de Guzrnán, hijo de 

Femando Álvarez de Toledo y de Leonor de Toledo y Ayala, hijo de Hemando Álvarez de Toledo, I señor del 

castillo de Higares y de Teresa de Toledo, señora de Pinto. 

81


10. Leonor, nació en 1576, malherida durante el sitio de Chillán, celebrada por 

su actuación en el poema El Purén Indómito, junto con sus hermanas. Casó 

con el capitán José de Castro, sin descendencia. 

11. Luis, apellidado Toledo Navarrete, nació en 1578, vecino de Chillán en 

1580, corregidor de Maule en 1624, casó con doña Ana Gutiérrez de Miers 

y Rasura, hija de don Pedro y doña Mencía, con descendencia. 

12. Beatriz, casó primero con don Nicolás de Sierra Cabrera, hijo de don 

Juan y doña Isabel, y segundo en 1605 con don Juan Bautista de Godoy 

Figueroa, hijo del licenciado Rodrigo y de doña María, con descendencia. 

IL. ALONSO DE TOLEDO MEXIA 

Nació en Angol, donde fue encomendero, capitán de las guerras de Arauco, 

trasladó su vecindad a Chillán. Murió en la guerra antes de 1637. Contrajo 

matrimonio con doña Isabel de Alfaro, a la que se presume hija de Alonso de 

Avaro. 

El conquistador Alonso de Alfaro nació por 1530 y pasó a Chile en 1549 con 

Valdivia, asistió a las fundaciones de Concepción y La Imperial. Fue al repueble 

de la primera en 1555, en Concepción en 1571. 

Hijos del matrimonio Toledo Alfaro: 

1. Luis, nació en Concepción en 1577, casó en 1620 con doña Luisa de 

Castañeda Cabrera, hija de don Antonio y doña Inés, con descendencia. 

2. Juan, sacerdote. 

3. Leonor, casó con el capitán Francisco Riquelme de la Barrera (ver familia 

Riquelme). 

4. María, casó en Chillán con el capitán Bartolomé Bustos de Lara Florez de 

Valdés, asturiano, hijo de don Pedro y doña María, con descendencia. 

I. GASPAR DE ROBLES CALDERON 

ROBLES 

Nació en la villa de Priego en 1527. Vino a Chile con Jufré en 1549, vecino 

fundador de Valdivia, se estableció más tarde en Osorno, siendo regidor del 

cabildo en 1571. Capitán en 1588, vivía en 1591. 

Contrajo matrimonio con doña Catalina Ortiz de Caraventes, de Villanueva de 

La Serena, venida a Chile en 1555 con sus padres y su tía doña Marina Ortiz de 

Gaete, viuda a la fecha del gobernador Valdivia. En mayo llegó a Coquimbo en el 

navío La Concepción, era hija de Cristóbal Ortiz y doña Catalina de Caravantes 

(tratados en la familia Bravo de Villalba). 

Sus hijos: 

1. Catalina, casó con don Rodrigo de Rojas Priego, vecino de Osorno. 

82


2. Cristóbal, capitán, alcalde de Osorno en 1590. 


Posiblemente también lo fueron: 

4. Francisca, casó con el capitán Francisco de Castañeda. 

5. Mariana. 

6. Blas, vivió en Osorno antes de 1599. 

7. Miguel, capitán, encomendero de Angol, casó con doña Juana de la 

Cueva. 

II. ALONSO DE ROBLES 

Fue vecino de las ciudades de Angol en 1600 y de Chillán en 1602. Contrajo 

matrimonio con doña Catalina Cancino, hija de Hernando Alonso Cancino, 

encomendero de Villarrica en 1562, oficial real de esa ciudad en 1575, participó 

en la compañía organizada por el gobernador Rodrigo de Quiroga en 1576, en 

Angol al año siguiente. 

Su hija: 

1. Catalina, casó con don Alejandro de Candia (ver familia Candia). 

I. DOMINGO LORENZO 

OPAZO 

Nació en el puerto de Bayona por 1580, en el reino de Galicia, hijo legítimo de 

Pedro Lorenzo de Opazo, nacido también en Bayona, y de doña Margarita 

Fernández Chacón, nacida en Ibeas, de familia gallega. 

Entró al real servicio en 1595 y vino a Chile en el refuerzo de 1599. En Valdivia 

fue soldado arcabucero, como tal peleó bajo Francisco del Campo, entre treinta, 

en 1602 defensor del fuerte de la Trinidad de Valdivia. Militó Arauco y fuertes de 

Maule. 

En 1608 fue teniente de corregidor en Maule, en 1625 recibió merced de 

seiscientas cuadras de tierra en Mataquito y posteriormente otra por mil cuadras 

en Libún. 

En 1642 era terrateniente y encomendero en Maule. Una de sus estancias 

la había comprado a Diego Medel, la que tomó el nombre de Santo Domingo 

de Name, por su dueño y por el cerro del mismo nombre, tenía capilla. Testó 

el primero de enero de 1644, apellidando a sus hijos Opazo, Lira, Lorenzo, 

Fernández Chacón, Tronao, Fernández de Burgeira, y Amaya. Falleció en 1650, 

siendo enterrado en la capilla de su estancia de Name. 

Casó con doña Leonor de Amaya, cuya dote fue extendida el 28 de diciembre 

1622, la que falleció en Maule, habiendo testado en 1655, y fue enterrada en 

el convento de San Agustín de Talca. Era hija del capitán Cristóbal de Amaya y 

83


doña Isabel de Ródenas, la que era natural de Chillán, probablemente hija del 

escribano público y de cabildo, de esa ciudad, Francisco de Ródenas. 

Cristóbal de Amaya era natural de la ciudad de Ronda en Andalucía, hijo de 

Cosme de Platas y de doña Leonor Montero de Amaya. Pasó a Chile en el refuerzo 

de soldados venidos en los últimos años del siglo XVI. En 1602 era soldado en 

Concepción. En 1628 estaba en Chillán, trasladándose más tarde a Maule, de 

cuyo partido fue dos veces corregidor, en 1642 y 1646. Encomendero de indios, 

testó en 1657 en su estancia de San Cristóbal de Peuflo. 

De las mercedes de tierra que recibió, trescientas cuadras a orillas de los 

ríos Reloca y Loanco, en que tenía casa, capilla, y ocho mil plantas de viña; mil 

cuadras contiguas a las anteriores; doscientas cuadras en Curanipe, a las que 

agregó otras cuatrocientas compradas a un vecino, ochocientas en Las Cañas y 

seiscientas en Mingre y otras mercedes de seiscientas y de mil cuadras. Completó 

sus ricas propiedades agrícolas con la compra de dos títulos, uno de quinientas 

y otro de seiscientas cuadras, todas ubicadas al sur del río Maule, las que se 

dividieron entre sus dos hijos varones y siete hijas. 

Sus hijos, que finalmente optaron por apellidarse Opazo, fueron: 

1. Rafael, capitán en 1659, encomendero en 1641, casó con doña Inés de 

Castro Castilla, sin descendencia legítima. 

2. Juan, agustino, prior en Talca en 1650 y en Concepción en 1659. 

3. Pedro, religioso de San Juan de Dios, pintor. 

4. Antonio, bautizado en Maule en 1625, soldado en Catentoa en 1655, 

capitán 1663, encomendero en 1656, falleció en 1683. Casó en 1663 con 

doña Feliciana Fernández de Villalobos y de la Fuente Manrique de Lara, 

hija de don Pedro y doña Leonor, con descendencia. 

5. Domingo, bautizado en Concepción en 1708, corregidor de Hualqui en 

1685, dueño estancia Calquimávida, Puchacay. Casó con doña Juana de 

Lara Mimenza y Quero, hija de don Luis y doña Mariana, con descendencia 

en Concepción. 

fue soldado arcabucero, como tal peleó bajo Francisco del Campo, entre 

treinta, en 1602 defensor del fuerte de la Trinidad de Valdivia. Militó Arauco y 

fuertes de Maule. 

En 1608 fue teniente de corregidor en Maule, en 1625 recibió merced de 

seiscientas cuadras de tierra en Mataquito y posteriormente otra por mil cuadras 

en Libún. 

En 1642 era terrateniente y encomendero en Maule. Una de sus estancias 

la había comprado a Diego Medel, la que tomó el nombre de Santo Domingo 

de Name, por su dueño y por el cerro del mismo nombre, tenía capilla. Testó 

el primero de enero de 1644, apellidando a sus hijos Opazo, Lira, Lorenzo, 

Fernández Chacón, Tronao, Fernández de Burgeira, y Amaya. Falleció en 1650, 

siendo enterrado en la capilla de su estancia de Name. 

Casó con doña Leonor de Amaya, cuya dote fue extendida el 28 de diciembre 

1622, la que falleció en Maule, habiendo testado en 1655, y fue enterrada en 

84


el convento de San Agustín de Talca. Era hija del capitán Cristóbal de Amaya y 

doña Isabel de Ródenas, la que era natural de Chillán, probablemente hija del 

escribano público y de cabildo, de esa ciudad, Francisco de Ródenas. 

Cristóbal de Amaya era natural de la ciudad de Ronda en Andalucía, hijo de 

Cosme de Platas y de doña Leonor Montero de Ainaya. Pasó a Chile en el refuerzo 

de soldados venidos en los últimos años del siglo XVI. En 1602 era soldado en 

Concepción. En 1628 estaba en Chillán, trasladándose más tarde a Maule, de 

cuyo partido fue dos veces corregidor, en 1642 y 1646. Encomendero de indios, 

testó en 1657 en su estancia de San Cristóbal de Peuílo. 

De las mercedes de tierra que recibió, trescientas cuadras a orillas de los 

ríos Reloca y Loanco, en que tenía casa, capilla, y ocho mil plantas de viña; mil 

cuadras contiguas a las anteriores; doscientas cuadras en Curanipe, a las que 

agregó otras cuatrocientas compradas a un vecino, ochocientas en Las Cañas y 

seiscientas en Mingre y otras mercedes de seiscientas y de mil cuadras. Completó 

sus ricas propiedades agrícolas con la compra de dos títulos, uno de quinientas 

y otro de seiscientas cuadras, todas ubicadas al sur del río Maule, las que se 

dividieron entre sus dos hijos varones y siete hijas. 

Sus hijos, que finalmente optaron por apellidarse Opazo, fueron: 

1. Rafael, capitán en 1659, encomendero en 1641, casó con doña Inés de 

Castro Castilla, sin descendencia legítima. 

2. Juan, agustino, prior en Talca en 1650 y en Concepción en 1659. 

3. Pedro, religioso de San Juan de Dios, pintor. 

4. Antonio, bautizado en Maule en 1625, soldado en Catentoa en 1655, 

capitán 1663, encomendero en 1656, falleció en 1683. Casó en 1663 con 

doña Feliciana Fernández de Villalobos y de la Fuente Manrique de Lara, 

hija de don Pedro y doña Leonor, con descendencia. 

5. Domingo, bautizado en Concepción en 1708, corregidor de Hualqui en 

1685, dueño estancia Calquimávida, Puchacay. Casó con doña Juana de 

Lara Mimenza y Quero, hija de don Luis y doña Mariana, con descendencia 

en Concepción. 

6. Ana, casó con el alférez Andrés de Acuña Oliveira, hijo del portugués don 

Cristóbal, con descendencia. 

7. Isabel, casó con el capitán Marcos de Herrera Cetina (ver familia Herrera). 

8. Francisca. 

9. Ursula, casó con el capitán Juan de la Cueva, natural del Perú. 

10. Constanza, casó con el capitán Bartolomé de Mesa y Ortiz de Valdivia, hijo 

de don Diego y doña Ana, sin descendencia. 

11. Leonor, casó con el alférez Alejo Fernández de Villalobos y de la Fuente, 

hijo de don Pedro y doña Leonor, con descendencia. 

12. Gerónima, casó con el capitán Miguel Méndez de Aro, hijo de don Juan, 


13. Bartolina, casó con el capitán Antonio Méndez de Aro, hermano de don 

Miguel, con descendencia. 

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TRAS LA HUELLA DE BERNARDO RIQUELME 

EN INGLATERRA (1795-1799) 

Roberto Arancibia Clavel 

EL NACIMIENTO DE LA IDEA 

En enero de 1991, por disposición del mando del Ejército, asumí el puesto de 

Agregado Militar a la Embajada de Chile en el Reino Unido. 

Mis primeras experiencias en la capital del Reino no fueron muy gratas, un 

invierno muy duro un idioma diferente y muy difícil de entender al comienzo, una 

ciudad enorme donde era muy fácil perderse, gran cantidad de gente en todas 

partes, un ruidoso tráfico y una sensación de no pertenencia al lugar. 

Caminando por las calles de la histórica ciudad de Londres, entre antiguos y 

tradicionales edificios, me llamó la atención que en algunos de ellos, empotradas 

en sus murallas, aparecían de vez en cuando unas placas azules circulares, dentro 

de las cuales estaban grabados nombres de personas famosas que habían vivido 

en esos lugares. Entre ellas grandes escritores como Charles Dickens, eminentes 

políticos como Gladstone y Disraelí; conocidos científicos como Faraday y Newton, 

y también algunos precursores de la Independencia de los países de la América 

del Sur, como Francisco de Miranda, Simón Bolívar y José de San Martín. Al ver 

estos últimos, el recuerdo de don Bernardo O’Higgins vino a mi mente y nació una 

profunda inquietud de saber dónde había vivido éste en Londres y si existía en 

alguna parte una placa que lo recordara. 

Diariamente en mi camino al trabajo, y sintiendo las sensaciones descritas, me 

vino nuevamente a la mente el recuerdo de don Bernardo. Si en pleno siglo XX, 

con toda la información que se recibe en Chile a través de la TV y otros medios, 

con la experiencia de haber visitado Europa otras veces, uno se sentía tan 

extraño, cómo habría sido para Bernardo en el siglo XVIII. Pensé, qué fuerte tiene 

que haber sido el impacto para un joven de diecisiete años viniendo de nuestra 

América colonial, tan ajeno todavía a los adelantos de una Inglaterra pujante en 

plena Revolución Industrial, el llegar aquí e insertarse en una sociedad totalmente 

nueva y extraña. 

Estos dos aspectos creo han sido la motivación del trabajo de investigación 

histórica que he desarrollado durante mi estadía en Inglaterra y el que me permito 

entregar, ya que creo contiene algunos antecedentes inéditos y que permitirán 

completar la biografía de uno de los padres de nuestra querida patria y conseguir, 

87


por otro lado, la colocación de una placa recordatorio en los lugares en que vivió 

y estudió en el Reino Unido. 

LOS ANTECEDENTES CONOCIDOS 

Con la idea en la mente, inicié la búsqueda de los antecedentes conocidos a la 

fecha según la bibliografía tradicional. Para ello las obras de Luis Valencia Avaria, 

de Jaime Eyzaguirre y de Sergio Fernández Larraín fueron de mucha utilidad. 

En síntesis, estas obras señalan lo siguiente sobre el período de O’Higgins en 

Inglaterra: 

- Llegada a Londres desde Cádiz enviado por Nicolás de la Cruz en 1795. 

- Alojamiento y tutoría en Londres por los relojeros Spencer y Perkins. 

- Estudios de Historia, Música, Geografía, Francés, Pintura y Esgrima en 

Richmond, localidad cercana a Londres. 

- Recibía 1.500 pesos de renta anual, muy recortada por los relojeros. 

- Pagaba 60 libras de pensión en casa de un señor Eeles, en Richmond. 

- Recuerdos de un verano en el balneario de Margate y un posible romance 

con Miss Charlotte Eels, hija de Mr. Eeles. 

- Regreso a Londres en 1798 y conflicto con Mr. Perkins. 

- Refugio en casa de don Bernabé Murphy. 

- Refugio en casa de un señor Morini, capellán de la Legación de Nápoles, 

calle York 38, durante cinco meses. 

- Contacto con Francisco de Miranda en la casa de éste, en Great Pulteney 

Street. 

- 25 de abril de 1799, abandona Londres destino a Cádiz. 

Como se puede ver, los antecedentes eran muy insuficientes y me decidí 

a escribir a Chile a una serie de personas y organismos que podrían aportar 

algunas novedades sobre el tema. En las cartas enviadas se hace referencia a 

los aspectos ya citados y agregando que las palabras de Valencia Avaria en su 

libro “O’Higgins, el Buen Genio de América”, en cuanto a la vida de O’Higgins en 

Inglaterra, sobre que la investigación más tenaz se estrella aquí con lo irreparable: 

no hay datos, “las pistas se pierden casi al momento de hallarlas”, constituían un 

fuerte desafío que había que enfrentar (Carta inicial en Anexo l). 

Las respuestas a casi todas las cartas se demoraron, pero llegaron. Todas 

ellas conteniendo algún dato interesante, una pista, un nuevo contacto. Una de 

las cartas iba dirigida a don Luis Valencia Avaria; después supe que nunca tendría 

respuesta, porque lamentablemente había fallecido. 

Con los antecedentes recogidos y las pistas recibidas, comencé la tarea. 

Visitas a museos, bibliotecas, universidades, centros de estudios, organizaciones, 

embajadas, contactos con historiadores de la zona, estudio de textos, archivos y 

memorias, correspondencia activa con Chile y en el Reino Unido, para llegar a un 

resultado positivo. (Textos, organismos y personas consultadas en Anexo 2.) 

88


Sí, han aparecido huellas que permiten completar en parte este oscuro período 

de la vida de don Bernardo, y que creo son inéditas. Quedan muchos vacíos 

todavía, pero hay un poco más de luz ahora donde no había nada. 

Se hace necesario destacar que la búsqueda fue dirigida inicialmente a 

documentos originales, los que son muy escasos, ya que la mayoría se perdieron, 

ya sea en los tiempos del propio O’Higgins, por descuido de su secretario e 

incluso por pérdidas en los archivos posteriores. 

Don Benjamín Vicuña Mackenna, que tuvo la gran suerte de recibir el archivo de 

O’Higgins de manos de su hijo Demetrio en el Perú, cuenta lo sucedido con parte 

de la copiosa documentación. “El archivo del Jeneral conservado Por él y por su 

hijo. Sufrió serios menoscabos, primeramente por haber perdido en Rancagua la 

mayor parte de sus papeles relativos a los acontecimientos anteriores a 1814, de 

los que recobró unos pocos en Lima gracias a las dádivas que le hizo su hermana, 

mientras ella fué heredera, i particularmente por la confusión que introdujo en él 

un extranjero especie de secretario que tuvo el Jeneral O’Higgins, durante los 

veinte años de su destierro, llamado Juán Thomas, hombre notable en cierto 

sentido, pero excéntrico i versátil. Tuvo aquel caballero, respecto a la Historia 

de Chile, la, desgraciada manía de verter en inglés sus principales documentos, 

extraviando por descuido sus originales, así es que nos ha sido necesario traducir 

algunos de ellos...” 1 . 

Parte importante de la documentación, también nos cuenta don Benjamín, fue 

entregada por el señor Thomas a don Casimiro Albano, quien escribió en 1844 la 

conocida Memoria de don Bernardo por encargo de la Sociedad de Agricultura, y 

quien, además, era hijo de don Juan Albano, en casa del cual vivió O’Higgins sus 

primeros años de vida. 

También Vicuña Mackenna se refiere a un cuaderno copiador de 

correspondencia de don Bernardo, que tuvo a la vista y que luego se perdió. “Un 

cuaderno precioso en que el joven Bernardo acostumbraba a copiar sus cartas, 

i que da principio en Octubre de 1798, va a abrirnos el corazón i la inteligencia 

de nuestro joven compatriota i a contarnos en su propio lenguaje sus alegrías y 

sus cuitas de juventud i. colegio.”... “Esta interesantísima colección, que consta 

sólo de un par de docenas de cartas dirigidas por don Bernardo al virrei, a su 

madre i a sus apoderados de Cádiz i Londres, está contenida en un pequeño 

cuaderno de cién páginas en 4 con tapas de pergamino. Ellas abrazan un período 

de tres años, desde Octubre de 1798 a Junio de 1801, i están escritas con aquel 

descuido infantil del estilo i de la forma, propios de la edad, pero por lo mismo 

respiran todo el perfume del alnw desnuda i casi virginal. La mayor parte fueron 

escritas en español; pero las que dirijió a los judíos relojeros, en inglés, tienen 

mejor ortografía y quizás mejor lenguaje, pues en cuatro años i medio que residió 

en Inglaterra era natural que don Bernardo algo olvidara de su lengua nativa. 

En jeneral esta correspondencia se resiente con la dificultad con que el Jeneral 

O’Higgins vertió siempre su pensamiento de palabra o por escrito. Todas estas 

1 Vicuña Mackenna, Benjamín: Vida del Capitán General de Chile, don Bernardo O’Higgins Riquelme, Brigadier 

de la República Argentina y Gran Mariscal del Perú. Santiago de Chile, Rafael Jover Editor, Calle del Puente 

Núm. 17, 1882, p. 11. 

89


cartas llevan la firma de Bernardo Riquelme, i la primera que escribió a su padre, 

como más adelante veremos, tiene la fecha de 28 de Febrero de 1799.”... 2 

Este cuaderno está desaparecido pero su contenido ha llegado hasta nosotros 

gracias al propio don Benjamín, que lo usó para escribir sus obras de O’Higgins, 

y gracias a don Ernesto de la Cruz en su Epistolario de O’Higgins, y al paciente 

trabajo del archivo de O’Higgins efectuado por una comisión especial, dándole 

por lo tanto el valor de originales. 

Fácil se hace entender ahora lo difícil que es encontrar más detalles sobre este 

oscuro período de la vida de don Bernardo. Así, el camino recorrido ha seguido 

una serie de fuentes secundarias que han permitido conformar una idea más 

clara de lo que le sucedió a don Bernardo en esos años en Inglaterra. Fácil es 

inventar en historia, y es por ello que los hechos que se relatan a continuación, se 

ha buscado respaldarlos o en obras de destacados autores o en documentación 

histórica registrada en Londres. 

LLEGADA DE BERNARDO RIQUELME A LONDRES Y EL PAPEL DE LOS 

RELOJEROS SPENCER Y PERKINS EN SU INCORPORACIÓN AL COLEGIO 

No se conoce la fecha exacta de la llegada de Bernardo Riquelme a Londres, 

y de la firma de sus cartas de la época ya sabemos que durante su estadía en 

Europa usó el apellido de su madre. Vicuña Mackenna señala 1795 como el año 

de la llegada. 

Don Nicolás de la Cruz, como es sabido, fue el apoderado de don Bernardo 

durante su estadía en Londres, fue a su casa en Cádiz desde donde, partió a 

Inglaterra. Don Nicolás era yerno de don Juan Albano, casa en la cual, como 

sabemos, se educó O’Higgins en Chillán, y era un adinerado comerciante. El 

contacto en Londres de don Nicolás era un señor Romero, quien a su vez contactó 

a los relojeros judíos Spencer y Perkins para que actuaran de apoderados de 

don Bernardo durante su estadía en Inglaterra. Estos, o el propio señor Romero, 

fueron los que contactaron a Bernardo con su colegio y pensión en Richmond. 

La existencia de estos personajes ha llegado a nosotros a través de las propias 

cartas del joven a su apoderado en Cádiz. 

En carta fechada el primero de octubre de 1798 don Bernardo le cuenta a 

su apoderado en Cádiz los problemas que debe enfrentar en Londres con los 

relojeros. 

...“Le dije que agradecía su atención, pero que no podía absolutamente hacerlo 

(se refería a un cambio de pensión que le ofrecía Mr. Perkins), y ahí tiene usted 

que comenzó a maldecirme y a decirme mil indignidades, en una tienda en donde 

vende pedazos de fierro viejo, que éste es su oficio, y delante de todo el mundo 

me dijo que me fuese de su casa, que no quería tener más cuidado de mí, y en 

fin, que el señor Romero le debía una gran cantidad de dinero y que esto era lo 

bastante para que él no me avanzase dinero alguno...”. En otro trozo de la misma 

2 Vicuña Mackenna, Benjamín: El Ostracismo del Jeneral Bernardo O’Higgins. Escrito sobre documentos 

inéditos y noticias auténticas, Valparaíso, Imprenta y Librería del Mercurio de Santos Tomero, 1860, p. 31. 

90


carta decía: “Al día siguiente fui otra vez a casa de Mr. Perkins, y me dijo que 

escribiese a España, que no quería tener más cuidado de mí, que en primer lugar, 

no recibía ningún beneficio, y que el señor Romero le debía mucho dinero...” 3 . 

Los judíos relojeros Spencer y Perkins no eran cualquiera en el Londres de la 

época. Su tienda estaba ubicada en el corazón de Londres, en la City, en la calle 

Snow Hill 44, frente a la iglesia del Santo Sepulcro. Los registros de la época los 

califican como fabricantes de relojes y como vendedores de piezas y partes de 

relojes y otros 4 . 

Documentos originales que prueben la relación de los Spencer y Perkins con 

Bernardo, que aparezcan en la documentación de la biblioteca del Guildhall de 

Londres, no hay; sin embargo, existen grandes posibilidades que hayan sido los 

mismos, por las razones que se explican a continuación. 

La biblioteca del Guildhall de Londres es una institución que fue fundada en 

1420, y cuyo objetivo es mantener un completo archivo de referencias de todos los 

aspectos referidos a la City (barrio de Londres donde se desarrollaba la principal 

actividad comercial y financiera en la época de O’Higgins). En esta institución se 

han concentrado los estudios e investigaciones sobre todo tipo de actividades 

comerciales efectuadas por lo más selecto de los historiadores británicos en los 

diferentes campos. Vale decir, que puede establecerse como fuente confiable. 

En el campo de los relojes existe una gran cantidad de información, la que se 

encontró especialmente reunida en la enciclopedia de G.H. Baillie, publicada por 

primera vez en 1929, y en la Britten, publicada por primera vez en 1894. En estas 

enciclopedias figuran todos los fabricantes y comerciantes de relojes de Gran 

Bretaña y especialmente de Londres. Fue en éstas donde aparecen los nombres 

de Spencer y Perkins como conocidos relojeros justo en la época de O’Higgins en 

Londres. 

La información dice que mantuvieron una tienda entre 1765 y 1806, donde 

fabricaban y reparaban relojes. Los relojes eran de los que daban la hora cada 

cuarto de hora y cada media hora. Normalmente se trataba de relojes de oro. 

Además se agrega que vendían herramientas y diferentes materiales. En la misma 

enciclopedia se encontró un aviso de la tienda donde se ofrecen los materiales. La 

tienda estaba ubicada en Snow Hill 44, al frente de la iglesia del Santo Sepulcro, 

en la City de Londres. (En Anexo 3, aviso de la tienda de relojes de la época, de 

Spencer and Perkins.) 

Se agrega a lo anterior, según nuestras fuentes, que Spencer and Perkins 

fueron inventores de un Pedometer (medidor de distancias) que se encuentra en 

exposición en el museo del Guildhall de Londres. 

3 De la Cruz, Emesto: Epistolario de don Bernardo O’Higgins, Capitán General y Director Supremo de Chile, 

Gran Mariscal del Perú y Brigadier de las Provincias Unidas del Río de la Plata, Tomo I, 1798-1819, Ed. 

América, Madrid, 1920, pp. 13-14. 

4 Baillie, G.H.: Fellow of the Institute of Physics, Watchmakers and Ciockmakers of the Worid, Wag Press 

Ltd. Finnel House, 26 Finsbury Square, London, E.C.2, First Edition, 1929-1963, pp. 248, 299, Baillie, G.H., 

Britten’s Old Ciocks and Walches and their Makers, Courtnay Ilbert, Cecil Clutton, FirsL Edition, 1894-1982 

(9ª), Melhuen London Ltd., pp. 327, 565, 609. 

91


No existen otros relojeros Spencer and Perkins, sólo éstos; figura además el 

nombre de pila del señor Spencer como Emmanuel, nombre judío, lo que coincide 

con el origen de los apoderados de don Bernardo. 

Otro aspecto que permite una relación es el hecho que los relojeros se 

dedicaban al negocio de exportación, lo que aparece en el aviso de la tienda, 

por lo que seguramente este fue el nexo por el cual se hicieron conocidos de don 

Nicolás de la Cruz, el apoderado de Cádiz. 

La relación que hace el propio Bernardo con respecto a sus visitas al lugar, 

coincide con un sitio donde se vendían materiales y otros elementos. 

En consultas hechas al curador del museo del Guildhall, Sir George White, 

éste responde que no tiene mayores antecedentes sobre estos relojeros, ya que 

no eran miembros de la Compañía de Fabricantes de Relojes de Londres, la 

más antigua y de la cual se tienden todos sus registros desde el siglo XVIII. Sin 

embargo, Sir George considera que Spencer y Perkins fueron prolíficos fabricantes 

y quizás también revendedores. Agrega que ha encontrado información de una 

serie de relojes fabricados por ellos, especialmente de mesa. Gentilmente envía 

las instrucciones del Pedometer (medidor de distancias) inventado por ellos y 

que fue propiedad de la reina Charlotte, esposa de Jorge III, el cual reinaba en 

Inglaterra en los tiempos de Bernardo. (Carta e instrucciones en Anexo 4.) 

Las relaciones del joven Bernardo fueron muy malas con sus apoderados y 

esto se debió fundamentalmente a problemas referidos a la administración de los 

dineros que le enviaba su padre a través de don Nicolás de la Cruz. 

En sus cartas a don Nicolás, a su padre y a los propios apoderados de Londres, 

queda en evidencia la precaria situación que debe enfrentar a partir de octubre de 

1798, cuando sus apoderados se niegan a seguir pagando por sus estudios. 

La renta anual asignada a Bernardo era de 1.500 pesos fuertes, lo que 

equivalía en esa época a unas 300 libras esterlinas 5 . La pensión que debía pagar 

en el colegio era de sesenta libras, y se sabe por algunas notas al margen de su 

cuaderno copiador de correspondencia que por concepto sólo de calzado se le 

descontaban 12 libras, 7 chelines y 6 peniques. Por lo tanto, quedaban disponibles 

por lo menos 200 libras para otros gastos 6 . 

Los relojeros acusaron a Bernardo de haber vendido sus libros para pasarlo 

bien, cuenta Vicuña Mackenna, a lo que el joven replica en una carta en inglés, 

indignado: “Si no me encontrase en la situación que me hallo, yo os haría 

ofrecerme una explicación de esas acusaciones indignas de las palabras i del 

oído de un caballero” 7 . 

A su apoderado en Cádiz le pide auxilio: “Ud. me envió a Londres, Sr. Don 

Nicolás para que aprendiese i me educase i me hiciese hombre con la ayuda de 

5 Clissold, Stephen: Bernardo O’Higgins and the Independence of Chile, Rupen Hart-Davis London, 1968, p. 55; 

Vicuña Mackenna, Benjamín, La Corona del Héroe. Recopilación de datos y documentos para perpetuar la 

memoria del Gral. don Bemardo O’Higgins, mandaba a publicar por el ex Ministro de la Guerra Dn. Francisco 

Echaurren, Santiago, Chile. Imprenta Nacional Calle de La Moneda, Núm. 46, 1872, p. 229. 

6 Archivo de don Bernardo O’Higgins, Tomo I, Santiago de Chile, Editorial Nascimento, 1946, p.5 

7 Ibídem, p. 7. 

92


Ud., i no para pasar bochornos i miserias que con mucha facilidad se podían haber 

remediado, a lo que yo me veo ya casi acostumbrado, i de esto son testigos en 

Londres comerciantes de mucho respeto, quienes han sido bastante generosos 

para hacer una corta suscripción de dos guineas (2 libras y 10 peniques) al mes, 

al haber sido informados de mi vida ¡país i al verme a tantas leguas de mis padres 

i amigos, lo cual les es mui raro, pues aquí no creo que hayan conocido otro de 

Chile que yo…” 8 . 

A su padre le escribe desde Cádiz, refiriéndose a sus apoderados de Londres: 

“...Si en tiempos pasados, mal informado por los correspondientes de Londres, 

dos judíos relojeros, quienes corrían conmigo, había escrito (se refiere a don 

Nicolás) que me había exedido en dichos mis gastos, pero después de enterado 

quienes eran dichos correspondientes, ha variado pues todavía no han dado 

cuenta de como se ha gastado el dinero que han recibido y de los últimos 3000 

pesos no han dado aún recibido, ni se han dado por entendidos, pues ya va para 

dos años que estoy aquí (Cádiz) i no quieren responder a las cartas que se les 

escriben. Yo de mi parte no he recibido más que una guinea mensualmente para 

pagar mis gastos menudos, para lo cual tuve orden de Don Nicolás, i ha habido 

tiempos que no me han dado ni aún para comer…” 9 . 

Finalmente, con fecha 9 de julio de 1801, escribe una última carta a los 

relojeros, cobrándoles lo que debían y recriminándoles sobre sus iniquidades 

judaicas 10 . 

La calle Snow Hill y la iglesia del Santo Sepulcro existen; el panorama de hoy 

por supuesto es muy diferente a los tiempos de Bernardo. Una serie de placas 

en la calle recuerdan los edificios que allí hubo, la mayoría destruidos durante los 

bombardeos aéreos de la Segunda Guerra Mundial. (En mapa de la época, en 

Anexo 5, se identifica el lugar de la tienda.) 

BERNARDO RIQUELME ESTUDIANDO EN RICHMOND, SURREY 

RICHMOND, EN LA ÉPOCA DE BERNARDO 

Fue solamente a partir de 1690 que Richmond empezó a transformarse de 

un pequeño pueblo, en los alrededores del Palacio Real, a una pequeña pero 

próspera ciudad. El mayor ímpetu se lo entregó el dinero de Londres: ricos 

comerciantes buscando ya sea inversiones o casas de veraneo comenzaron 

arrendando casas, las que posteriormente compraron y mejoraron, dándole así 

otra cara a la naciente ciudad. Entre los dueños de estas casas se contaban 

comerciantes judíos a quienes se les hacía más fácil encontrar un adecuado 

lugar en la sociedad, en la relajada atmósfera de Richmond. Estas casas se 

construyeron a orillas del río Támesis que cruza la ciudad y también sobre una 

pequeña colina que domina el paisaje circundante. A fines del siglo XVIII el interés 

se hizo mayor, construyéndose grandes mansiones, muchas de las cuales han 

8 Ibídem, pp. 15-16. 

9 Ibídem, pp. 15-16. 

10 Ob. cit., Vicuña Mackenna, 1860, p. 80. 

93


sobrevivido hasta hoy. La belleza del paisaje, la cercanía de la capital y también 

la proximidad del Palacio Real de Kew ayudaron mucho en este proceso 11 . 

LA COMUNIDAD CATÓLICA DE RICHMOND 

Bernardo Riquelme fue a un colegio católico durante su estadía en la pequeña 

ciudad, y antes de entrar en detalles con respecto a su educación, es necesario 

detenerse un instante para recordar cómo era la situación de los católicos en 

Inglaterra y particularmente en Richmond, ya que ello permitirá constatar la 

reducida presencia de éstos, lo que limitará nuestra búsqueda. 

La expresión de la fe católica era prohibida en Inglaterra, y sólo a fines del 

siglo XVIII se tomaron algunas medidas para remediar esta situación. Recién en 

1791 se aprobó una ley a través de la cual fue aceptado que se dijera misa en 

una capilla, pero, para ello, ésta debía estar debidamente registrada y además 

no se podía tocar campana. Agregaba la autorización que durante el desarrollo 

de la misa las puertas debían estar sin seguros de ningún tipo 12 . Los católicos no 

estuvieron ajenos a sangrientas persecuciones, y la historia de Inglaterra recuerda 

vívidamente los incidentes ocurridos en Londres en 1780, en los llamados 

Gordon Riots, en los cuales entre muertos y heridos se contaron 438 personas, 

en su mayoría católicas. Los incidentes se iniciaron apoyando la negativa a 

que se diera cualquier tipo de facilidad a los católicos, y fueron incitados por el 

duque de Gordon. Un huella de muerte y destrucción quedó como prueba del 

odio a los papistas. Se quemaron varias capillas católicas que funcionaban en 

las embajadas y una gran cantidad de casas que habitaban católicos quedaron 

en ruinas 13 . La discriminación con éstos siguió por mucho tiempo en Inglaterra; 

solamente en 1829 pudo haber un miembro del parlamento católico y recién en 

1871 los católicos pudieron obtener un título universitario o conseguir un trabajo 

en la universidad 14 . 

La situación descrita hizo que la mantención de registros y archivos católicos 

fuera muy escasa. Se mantuvieron registros no oficiales de nacimientos, muertes, 

matrimonios y otros, pero la mayoría de ellos son solamente a partir de 1778 y 

muy incompletos. En 1837 parte de estos registros se incorporaron al Registro 

General, pero hay muchos todavía que están en poder de la Iglesia Católica, 

donde se han consultado 15 . 

Según antecedentes recogidos recientemente, se sabe que los católicos 

tuvieron presencia organizada en Richmond solamente a partir de 1791, vale decir, 

unos pocos años antes que Bernardo llegara. La historia de la Misión Católica de 

Richmond, 17911826, editada en 1991, escrita por Mr. Noel Hughes, abunda en 

detalles sobre la vida de los católicos en Richmond en esos años y ha sido de 

mucha utilidad para el desarrollo de esta investigación. Asimismo, la oportunidad 

11 Cioake, John: Richmond Pasi, A visual history of Richmond, Kew, Petersham and Ham. Historical Publications 

Ltd. Hong Kong, 1991, pp. 22-61. 

12 Hughes, Noel: The Richmond Catholic Mission, 1791-1826, Kingston Printers Limited, Richmond on Thames, 

1991, p. 9. 

13 Oxford History of Britain. 

14 Richardson, John: The Loca Historian’s Encyclopedia, London, 1986. 

15 Ibídem. 

94


de haber conocido al autor ha permitido saber, en forma directa, la gran cantidad 

de fuentes consultadas por éste, con las que se han logrado reencontrar algunas 

de las huellas de don Bernardo. 

DON BERNARDO RECORDANDO RICHMOND 

Que Bernardo vivió en Richmond, ya no cabe la menor duda. Existen 

testimonios de personas que estuvieron con él, y además cartas que escribió él 

mismo desde diferentes lugares, en las que recuerda su estadía. Este aspecto 

es muy importante, ya que permite asegurar su permanencia en el colegio en el 

mismo lugar. 

María Graham, por ejemplo, recuerda en su “Diario de mi Residencia en Chile”, 

una entrevista con don Bernardo el 26 de agosto de 1822, “...El recibimiento 

del Director, fue de lo más halagador para mí y mi joven amigo De Roos. Su 

Excelencia había residido varios años en Inglaterra, la mayor parte del tiempo en 

una academia, en Richmond. Luego inquirió si yo conocía Surrey (condado donde 

se encuentra Richmond); preguntó con mucho interés por mi tío Sir David Dundas 

y varios amigos y parientes míos, y muy especialmente por sus viejos maestros 

de música y otras artes...” 16 . 

En cartas de don Bernardo a Sir John Doyle, militar de sólida reputación en 

Inglaterra, le cuenta... “esperaré unos cuantos meses para tantear si es posible 

mi ayuda sin que se abandonen las medidas que a mi juicio son la única solución 

para la regeneración de mi desgraciado país, que es lo único que podrá inducirme 

a dejar el deleitoso retiro de la vida campestre, que aprendí a gozar en el paisaje 

de Richmond, y que se torna más precioso para mí a medida que pasan los 

años... Lima, 2 Octubre 1826” 17 . 

La carta que su amigo O’Brien le envía desde Londres, también aporta 

interesantes antecedentes con respecto a lo que nos preocupa... “I have been 

lo Richmond where you first recieved your education... Inquired particularly After 

the preprocter of the college Mr. Eells... London April 1823...” 18 . ... (“He estado en 

Richmond donde Usted primero recibió su educación. Pregunté particularmente 

por el antiguo inspector del colegio Mr. Eells...” ) (sic). También la carta de la 

señora Eeles, de 1823, recordando el tiempo en que Bernardo vivió bajo su techo 

y la amistad con su hija Charlotte, aseguran su estadía en el lugar 19 . 

DIFERENTES VERSIONES CON RESPECTO AL COLEGIO DONDE ESTUDIÓ BERNARDO 

Existen al menos tres diferentes versiones con respecto al lugar donde 

desarrolló sus estudios el joven Bernardo. La primera de ellas basada en un artículo 

escrito en la revista peruana “El Faro Militar”, escrito por el coronel Plascencia, y 

publicado bajo los auspicios del Supremo Gobierno por una Asociación de Jefes 

16 Graham, María: Diario de mi residencia en Chile en 1822, Ed. del Pacífico, Santiago de Chile, 1956, p.110. 

17 Estellé Méndez, Patricio: Epistolario de don Bernardo O’Higgins con autoridades y corresponsales ingleses, 

1817-1831, publicado por la revista Historia N°11, 1972-1973, de la Universidad Católica de Chile, p. 433. 

18 Carta de John O’Brien a don Bernardo O’Higgins, de fecha abril 1823 a la vista, gentileza Archivo Nacional. 

19 Balbontín, M.; Opazo, Gustavo: Cinco mujeres en la vida de O’Higgins, Ed. Arancibia Hnos. Santiago de Chile, 

pp. 104 y 105. 

95


del Ejército en Lima (1846). En ella se asegura que don Bernardo estudió algunos 

años en el colegio de los jesuitas en Stoneyhurst, en el condado de Lancaster. 

También Valencia Avaria nos cuenta que don Antonio José de Irisarri le habría 

oído contar a don Bernardo de sus estudios en ese lugar 20 . 

Gracias a los archivos que mantiene la Iglesia Católica en Londres, se pudo 

avanzar bastante para demostrar que don Bernardo definitivamente no estudió 

allí. El colegio de los jesuitas de Stoneyhurst efectivamente existía en los tiempos 

en que Bernardo estudió en Inglaterra. A partir de 1791 se empezó a publicar para 

la comunidad de Londres y alrededores una guía para los católicos, conocida 

por el nombre de Laity Directory (Guía para Laicos), en la cual se publicaban 

informaciones sobre el calendario de misas para las diferentes festividades de la 

Iglesia, los registros de fallecidos, ya sea sacerdotes o laicos, las capillas donde se 

desarrollaban las misas, las listas de colegios católicos para varones y señoritas 

y otras informaciones varias. Los originales de estas guías han sobrevivido hasta 

hoy, y en ellas figura el colegio de Stoneyhurst. El aviso que anunciaba el colegio 

es bastante extenso, incluyendo, entre otros detalles, los precios de matrícula, 

los niveles de estudios, las exigencias del régimen interno, las obligaciones en 

cuanto a moral y buenas costumbres 21 . (En Anexo 6, detalle del aviso que es muy 

interesante para conocer las exigencias escolares de la época). 

Conocida la existencia del colegio en tiempos de Bernardo, se consiguió el 

acceso a los archivos con los listados de alumnos. Este archivo se encontró en 

la Sociedad de Archivos Católicos en Londres, y su director, el padre Holt, muy 

atentamente accedió a mostrarlos. Y no solamente ello, sino también obsequió 

una copia de las páginas donde debió haber aparecido Bernardo Riquelme. El 

colegio fue fundado en 1794, y en su registro de alumnos, en la letra “R” de 

Riquelme o en la “O” de O’Higgins, definitivamente no figura don Bernardo. (En 

Anexo 7, listado original de alumnos de Stoneyhurst, letras “R” y “O”, publicado 

por el propio colegio en 1886.) 

Como es sabido, los jesuitas tuvieron una activa participación en el movimiento 

por la independencia de los países sudamericanos. Donoso nos recuerda al 

respecto... la expulsión de los jesuitas ejerció una influencia más directa en la 

revolución sudamericana. Los ocho a diez mil religiosos de la Compañía habían 

sido destinados al nuevo mundo, de los cuales muchos habían nacido en 

Sudamérica y se refugiaron en Inglaterra, Rusia, Alemania y Estados Pontificios. 

Echaban de menos su hogar y las comodidades... Fueron los más ardientes 

propagandistas de la revolución...” 22 . Quizás esta ha sido la razón para inferir 

la educación de Bernardo en Stoneyhurst, como asimismo los antecedentes 

religiosos de su educación anterior en Lima. 

Otra de las versiones recibidas con respecto a la educación de Bernardo 

se refiere a su supuesta estadía en Harrow. Esta información es de terceras 

20 Valencia Avaria, Luis: Bernardo O’Higgins: El buen genio de América, Ed. Universitaria, Santiago de Chile, 

1980, p. 25. 

21 The Laity Directoryfor the Church Service, Printed and Published by J. P. Coghlan, Nº37, Duke Sircet, 

Grosvenor Square, London 1799-1800, pp. 10-12. 

22 Donoso, Ricardo: El marqués de Osorno don Ambrosio O’Higgins. Publicaciones de la Universidad de Chile, 

1941, p. 389. 

96


personas y corresponde a lo escrito en su diario de viaje por el cirujano del 

Cambridge, buque que en 1824 trajo a Chile los primeros cónsules ingleses. John 

Cunningham, el cirujano, escribió...”El Sr. Houstour ha sido su amigo y le conoció 

cuando tomó refugio en la costa, después de persecuciones políticas... Me 

informó que el General fue educado en Harrow, donde seguramente adquirió las 

primeras nociones de libertad política... Habla el inglés muy bien, aunque tiene un 

marcado acento extranjero. Es muy afable, de modo muy cortés y muy liberal en 

sus puntos de vista...” 23 . Este diario se encuentra actualmente en el Museo Naval 

de Greenwich bajo el título de “Remarks during a voyage in the Pacific... surgeon 

R. N. in H. M. S. Cambridge, 1823-1825”. 

Por las investigaciones desarrolladas, se considera muy poco probable que 

Bernardo haya estudiado en Harrow. No existe ninguna mención a este lugar en 

sus cartas ni en sus escritos. En los Laity Directories que se han mencionado no 

aparece ningún colegio católico en Harrow durante los tiempos de don Bernardo, 

localidad aproximadamente a unos dieciséis kilómetros de Londres. Sólo en 1805 

empieza a aparecer un pequeño colegio que ofrece mezclar las ventajas de la 

educación pública con la privada en ese lugar 24 . Es posible, sin embargo, que 

el lugar se haya mencionado alguna vez, ya que es muy conocido en Inglaterra 

como asiento universitario, al nivel de Eton y de algunos colegios de Cambridge y 

Oxford. Pero, como hemos visto anteriormente, estos establecimientos eran sólo 

para protestantes y estaba vedado su ingreso a los católicos. 

Las huellas más claras conducen a Richmond, y es en esta ciudad donde 

hemos encontrado importantes evidencias sobre el colegio de Bernardo. 

Como hemos visto anteriormente, Richmond, en los tiempos de Bernardo, 

estaba en pleno desarrollo, transformándose cada vez más en una elegante 

localidad de vacaciones. En cuanto a los colegios que existían en esa época, 

sabemos que eran muy pocos y en su mayoría de la Iglesia de Inglaterra. El 

panorama con respecto a este tema que nos describe Mr. John Cloake en su libro 

sobre el pasado de Richmond, es muy interesante, el cual, este gentil caballero 

lo ha ampliado especialmente en la correspondencia y contactos que hemos 

mantenido durante mi estadía en Londres. 

En tiempos de Bernardo existían los siguientes colegios de la Iglesia 

Anglicana: 

- La Escuela Parroquial de St. Mary, fundada en 1713, ubicada en la calle 

George esquina con Brcwer’s Lane. 

- La Escuela de St. John en la calle Clarence. 

- La Escuela de la Reina en Kew. 

Había también colegios particulares en Richmond, el más antiguo era la 

Academia de Richmond, que funcionó a partir de 1764 dirigida por una sucesión 

de clérigos de la familia Delafosse en una mansión ubicada en la esquina de Little 

Green y Duke Street. El colegio era anglicano y conforme nos explica Mr. Cloake, 

Presidente de la Sociedad de Historia Local de Richmond, no sobrevivieron 

23 Ob. cit., Estellé, 1973, p. 402. 

24 Laity Directory, 1799 (Guía para Laicos). 

97


archivos del colegio que se terminó en 1838. Es interesante este antecedente, 

ya que hay autores que han sostenido que Bernardo estudió en la Academia de 

Richmond, la que no pudo ser ésta, ya que sabemos que sus estudios los realizó 

en un colegio católico 25 . El fragmento de una de sus cartas a su apoderado explica 

su disgusto cuando los relojeros quieren colocarlo en una escuela protestante, 

“... le dije que era una contradicción muy grande de lo que me ofrecía por ir a 

la escuela protestante. Me contestó que no le hablase y que me fuera en hora 

mala...” 26 . 

Otro aspecto que ayuda a desvirtuar el hecho que Bernardo haya ido a esta 

academia, es que en ese tiempo, fines del siglo XVIII, era de uso común la palabra 

“academia” para designar un colegio o una escuela, por lo que “el haber estudiado 

en una academia” puede haberse referido a cualquiera de los colegios existentes 

en Richmond 27 . 

Colegios católicos que se recuerden de esa época, son muy escasos, 

especialmente por las condiciones especiales que existían todavía en esos 

tiempos para la gente que profesaba la religión católica, aspecto que ya ha sido 

comentado. 

Los colegios católicos de Richmond que se han podido identificar corresponden 

al colegio para jóvenes, dirigido por el seílor Timothy Eeles, y un colegio para 

señoritas que era dirigido por las misses Havers y Nicols, el cual funcionaba en 

la calle Kew Foot. Esta información que nos entrega el seflor Noel Hughes en su 

libro sobre estos establecimientos en Richmond, justamente en la época de don 

Bernardo, está basada en documentos originales que corresponden a dos fuentes 

principales. La primera, es la correspondencia del obispo Douglass, quien fuera 

el Vicario Apostólico de Londres y sus alrededores, entre 1790 y 1812, y cuyos 

originales han sobrevivido y se encuentran guardados en los Archivos Diocesanos 

de Westminster, y tienen directa relación con los colegios católicos mencionados, 

los cuales no dejaron de tener problemas en esa época. La segunda fuente 

utilizada por Mr. Hughes corresponde a los Laity Directories, cuyo contenido ya 

se ha explicado, en el cual figuran los avisos que los colegios colocaban para 

atraer alumnos 28 . Esta información también ha sido confirmada por Mr. Cloake de 

la Sociedad de Historia Local en carta al autor de este trabajo 29 . 

EL COLEGIO CATÓLICO DEL SEñOR TIMOTHY EELES 

La fecha en que empezó a funcionar este colegio no la sabemos con certeza, 

sólo sabemos que el primer aviso publicado para atraer alumnos apareció en el 

Laity 

25 Ob. cit., Cloake, 1991, p. 82, con antecedentes ampliados en carta del autor del libro al autor del presente 

trabajo. 

26 Ob. cit., Archivo de O’Higgins. Carta dc don Bemardo a don Nicolás de la Cruz, de fecha 1º de octubre de 

1798, p. 3. 

27 Carta de Mr. John Cloake, Presidente de la Sociedad de Historia Local de Richmond, al autor de este trabajo, 

de fecha 8 de enero de 1992. 

28 Ob. cit., Hughes, 1991. Diario del obispo Dougíass y Laity Directory, ruentes principales utilizadas. 

29 Carta de Mr. Cloake confirmando la información de Mr. Hughes, de fecha 8 de enero de 1992. 

98


Directory, de 1794. El aviso decía lo siguiente: 

“Mr. Eeles y sus asistentes, en Tije Vineyard, Richmond, Surry, junto a la 

capilla, enseña a jóvenes los idiomas latín, griego, inglés y francés; y también 

a escribirlos, aritmética, contabilidad, geografía, historia, navegación, el uso 

de los mapa mundi, y cualquiera otra materia útil de matemáticas; por lo cual, 

incluyendo alimentación, lavado de ropa y alojamiento, no se cobrará más 

de treinta guineas por año. No se requiere dinero para el ingreso; pero se 

espera que cada alumno traiga una cuchara de plata y seis toallas, peinetas, 

escobillas, etc. Dibujo, danza, esgrima y música se pagarán separados. El 

mayor cuidado se tomará con la religión y la moral de los jóvenes caballeros, 

quienes, en las horas de recreo, estarán permanentemente controlados por 

uno de sus maestros. Los jóvenes caballeros comerán con sus maestros. No 

se permitirán otras mesas” 30 . (En Anexo 8, original del aviso aparecido en el 

Laity Directory, de 1794.) 

El levantamiento de las prohibiciones a los católicos de mantener colegios, lo 

que podía significar la prisión de por vida a los que fueran descubiertos, permitió 

que empezaran a abrirse colegios católicos en los alrededores de Londres. Mr. 

Eeles vio una gran oportunidad en este negocio, ya que existía un mercado 

inexplotado, especialmente debido a la gran cantidad de franceses que habían 

llegado huyendo de las persecuciones producto de la Revolución. Estos franceses 

especialmente eran clérigos y también nobles y comerciantes que huían del 

peligroso régimen de su país 31 . 

El colegio, como dice el aviso transcrito, estaba ubicado en la calle The 

Vineyard, al lado de la capilla católica que allí existía. La construcción todavía 

existe y se llama Clarence House. Esta casa fue construida en 1696, por el señor 

Nathaniel Rawlins, y se cuenta como una de las pocas casas sobrevivientes de 

ese período. Sabemos que la casa fue vendida por la señora Ross, que la había 

heredado de su marido en 1805, al reverendo Edward Patterson. Este, a su vez, 

se la vendió a Mrs. Doughty en 1821, muy conocida en la zona por ser quien 

hizo construir la iglesia católica más grande en Richmond. Actualmente la casa 

es ocupada por Mr. R. David Barnfather, y acaba de ser refaccionada. El nombre 

de Clarence House lo obtuvo después de la visita que, según se dice, hizo a ella 

el duque de Clarence (futuro rey de Inglaterra con el nombre de Guillermo IV), 

oportunidad que fue inmediatamente posterior al término del funcionamiento del 

colegio en el lugar, y así se llama hasta hoy. Se sabe también que el colegio tenía 

una entrada separada del resto de la casa, lo que permitía mayor independencia 

en las actividades 32 . 

Se sabe que en el colegio funcionaba una capilla, la que era atendida por un 

sacerdote. De la correspondencia que mantuvo Mr. Ecles con el obispo Dougiass, 

sabemos que mantener esta capilla produjo una serie de problemas y, como 

30 Laity Direciory, 1796, p. 12. 

31 Ob. cit., Hughes, 1991, p. 38. 

32 Archivos de Richmond. H.C.A./158/M89/6/1041/1042/1046/1047/. Biblioteca. 

99


veremos, la mayoría de los sacerdotes que trabajaron en ella, al parecer, tuvieron 

algún tipo de conflicto con Mr. Eeles y su familia. 

Gracias a la gentileza del padre lan Dickie, curador de los Archivos Diocesanos 

de Westminster –en los cuales existe una valiosa colección de documentos que 

permiten seguir muy de cerca la apasionante y a veces muy trágica vida de los 

católicos en Inglaterra– se tuvo acceso a la correspondencia del obispo Douglass. 

Esta correspondencia nos permite verificar de primera fuente lo que pasaba en el 

colegio en los tiempos de Bernardo. 

A comienzos de 1793 Eeles escribía al obispo solicitándole que retirara de su 

capilla al padre St. Yves, a quien, después de un juicio, se le habían descubierto 

irregularidades. Se solicitaba su reemplazo por un sacerdote inglés, al cual se 

le pagarían treinta libras por año y se le daría comida cuando no tuviera que 

comer afuera 33 . (En Anexo 9, originales de las cartas entre Mr. Eeles y el obispo 

Douglass). 

El obispo trató de mediar en esta situación y quiso convencer al padre St. Yves 

que se arreglara por la buena con Mr. Ecles y su familia, con la cual parece que 

había tenido problemas, según consta en una carta que le envía en la misma 

época 34 . A su vez, el obispo le escribe a Mr. Ecles diciéndole que es decisión 

suya solamente, si quiere deshacerse de St. Yves, y que él no tendría mayor 

inconveniente en enviarle un sacerdote inglés, siempre y cuando la comunidad 

católica de Richmond juntara el dinero necesario para cancelarle al sacerdote un 

salario anual lo más adecuado posible a sus necesidades 35 . (El obispo Douglass 

escribió los borradores de estas cartas, en el mismo papel de la carta que le 

había escrito Mr. Eeles, como puede verificarse en Anexo 9). 

Mr. Eeles, sintiéndose apoyado por el obispo, le escribió al padre St. Yves 

prohibiéndole que usara la capilla del colegio 36 . (Copia del original en Anexo 9a.) 

Los antecedentes hasta aquí permiten deducir la real existencia de una capilla 

en el colegio, la que seguramente debe haber sido una de las piezas de la casa 

que era bastante grande. Además, Mr. Hughes, a la luz de estos antecedentes 

y otros que agrega en su libro, determina un alejamiento del colegio con la 

Misión Católica en Richmond. Queda en evidencia que a Mr. Eeles lo que más le 

interesaba era tener un capellán para el colegio, para así mantener el prestigio de 

éste, junto con atraer más alumnos. Así es que la proposición del obispo de juntar 

un fondo para tener un sacerdote inglés en Richmond, no fructificó 37 . 

Dos años después, en 1795, Mr. Eeles nuevamente le escribe a su obispo, 

esta vez quejándose de la mala propaganda que malintencionados hacen sobre 

su colegio...”se dice que mi colegio debe acabarse, que mis alumnos se están 

yendo, que éstos son irregulares. Le puedo asegurar a Su Señoría, lo contrario... 

Pero si estos informes escandalosos se esparcen con impunidad no le puedo 

decir qué consecuencias pueden tener, pronto puedo ser privado de mi propia 

33 Diario del obispo W. A. Dougíass. Carta de Ecles, del 2 de febrero de 1793. 

34 Diario del obispo W. A. Dougíass. Carta de Douglass a St. Yves, del 8 de febrero de 1793. 

35 Diario del obispo W. A. Dougíass. Carta de Douglass a Mr. Eeles, del 8 de febrero de 1793. 

36 Ibídem. Carta de Eeles a St. Yves. 

37 Ob. cit., Hughes, 1991, p. 35. 

100


existencia y la de mi familia que puede ser obligada a tener que pedir por su 

pan. San Pablo le decía a Timoteo, si un hombre no se cuida a sí mismo, y 

especialmente a aquellos de su propia casa, significa que ha renegado de su fe y 

eso es peor que ser un infiel’. Puedo decirle que ningún hombre pasa más dolores 

para vivir que yo, y puedo, si es necesario, entregar pruebas para testificar que 

mi colegio es conducido con gran cuidado y atención. La religión de los niños es 

estricta y escrupulosamente atendida. Ellos van regularmente cada mes a sus 

deberes. El Reverendo Mr. Barnes puede testificar qué tipo de jóvenes ellos son. 

He escuchado de la intención de Su Señoría de cerrar la pequeña capilla que he 

construido. Si esto es cierto no estoy menos sorprendido de lo que estoy del resto 

después que Su Señoría me ha dado su última palabra, que si Mr. Busby y yo 

podemos llegar a un acuerdo, Su Señoría lo asignaría al colegio... Siento mucho 

que Su Señoría pueda ser influenciado por alguna persona o grupo de personas 

cuyas intenciones no son otras que distraer e imponer en su bien conocida buena 

disposición, el peor de los propósitos que es una respuesta a sus malvados 

fines...” 38 . (Copia del original en Anexo 10). 

De esta carta también pueden sacarse algunas conclusiones interesantes. 

Después de St. Yves hubo otros capellanes cuyos nombres aparecen en esta 

carta, como el caso del reverendo Barnes y el padre Busby. El hecho que se 

refiera a ambos en ésta pudo significar, como aventura Mr. Hughes, que Barnes 

estaba pronto a irse del colegio. De la capilla que Mr. Eeles asegura haber 

construido, no hay huella en Clarence House, por lo que puede mantenerse lo 

dicho anteriormente en el sentido que ella era una de las piezas de la casa. Del 

tenor de la carta, se deduce que Richmond no era ajeno en esos tiempos a los 

rumores y comidillas, tan típicos de los pueblos chicos. Puede deducirse también 

que Mr. Eeles no era un hombre muy popular, ni su señora parece que tampoco, 

como lo veremos a continuación. 

Una carta del reverendo Busby a su obispo, fechada en 1796, que se guarda 

en la correspondencia de este último, nos da más luces de lo que pasaba en 

el colegio... Su Señoría no podrá imaginarse, pese a todo lo que pueda haber 

escuchado... Yo he tenido suficiente experiencia en esto, lo que me permite 

contarle lo que sigue... El trabajo y los problemas que he tenido con los niños 

yo por ningún motivo los objeto: Yo prefiero la vida activa y soy particularmente 

aficionado al trabajo. El señor (refiriéndose a Eeles) comprometió su palabra 

en la última Navidad que todas las obligaciones con respecto a los niños se 

dejarían a cargo mío, sabiéndose él mismo incompetente ya que nunca recibió 

una educación liberal y consecuentemente debe ser totalmente ignorante en 

el método; así no es posible observar el orden y la regularidad (que son tan 

necesarios cuando hay niños) hasta tres días juntos. Algunas veces los estudios, 

otras veces las oraciones (a las cuales ni el señor ni la señora asistían ni en la 

mañana ni en la tarde) hasta las no menos importantes obligaciones de los niños 

como la comida, almuerzo y desayuno están totalmente descuidadas, de todo lo 

cual se responsabilizaba a la Sra. Eeles y a sus sirvientes... He prometido a mi 

conciencia de hacer justicia a los niños y a sus padres: pero entre esta gente esto 

no es en absoluto posible y como hombre honesto, ha cumplido con doblarme 

38 Diario del obispo Douglass. Carta de Mr. Eeles a Douglass, 1795. 

101


la pensión desde que me contrató, pero no puedo quedarme con ellos mientras 

actúen con tales principios... El hecho de abandonar a Mr. Eeles puede herirlo 

excesivamente.... y si le sigue dejando todo lo que hay que hacer a Mrs. Eeles no 

tiene que esperar otra cosa que sus asuntos irán de mal en peor...” 39 . (Copia del 

original de la carta en Anexo 11.) 

Sin embargo, el autor de esta carta, que tan mal deja a la familia Eeles, no 

había dejado de tener problemas en su destinación anterior como capellán 

en la localidad de Witham, desde donde fue trasladado a Ciarence House en 

Richmond. En el mismo archivo del obispo Douglass se encuentra una carta de 

su antecesor en Witham, que lo acusa...”un mentiroso infame, un borracho, un 

grosero, un molestoso, un peleador, un fornicador. Se sabe también que en 1797 

se le retiraron sus facultades para dar los sacramentos 40 . 

Estos testimonios de la época tienen, sin lugar a dudas, los sesgos de rencillas, 

lo que los hacen muy poco objetivos, pero que obviamente nos entregan algunas 

luces sobre el colegio que nos interesa y la personalidad de quienes lo tenían a 

cargo. Además nos permiten asomarnos a la secreta intimidad de las rutinas de 

éste. 

El colegio de Mr. Timothy Eeles desapareció en las sombras: la última vez que 

salió un aviso de éste en el Laity Directory fue en 1799, diciendo... “Mr. Eeles, 

Richmond, Surry. As usual (Sr. Eeles, Richmond, Surry. Como siempre.) 41 

BERNARDO EN EL COLEGIO DEL SEñOR TIMOTHY EELES 

De los antecedentes reunidos se puede concluir que Bernardo asistió a clases 

en este mismo colegio, lo que se puede asegurar por la suma de las siguientes 

evidencias: 

- Los únicos colegios católicos en Richmond, en la época de Bernardo, fueron 

el de las señoritas Havers and Nicols y el de Mr. Eeles, según consta en las 

Guías para Laicos citadas, y los antecedentes entregados por los Archivos 

Diocesanos de Westminster, la Sociedad de Archivos Católicos de Mount 

St. y la Sociedad de Historia Local de Richmond. 

- No existe ningún antecedente concreto que Bernardo haya estudiado en otro 

colegio católico, para lo cual se han entregado los antecedentes necesarios, 

que permiten afirmar que no estudió ni en Harrow ni en Stoneyhurst. 

- Existe evidencia escrita, en cartas del propio O’Higgins, de su permanencia 

en Richmond, junto con los testimonios escritos de otras personas, como 

María Graham y John O’Brien citadas en detalle anteriormente. Las 

memorias de Albano en este sentido, que datan de 1844, son una evidencia 

39 Ibídem. Carta del Rvdo. Busby al obispo Douglass. 

40 Ibídem. Carta del Rvdo. Richard Antrobus quejándose al obispo sobre comportamiento de Busby. Abril de 

1794. 

41 Laity Directory, 1799 (Guía para Laicos), p. 17. 

102


más cuando éste se refiere a la Academia de Richmond como el lugar donde 

estudió Bernardo 42 . 

- En carta de Bernardo a su padre, con fecha 28 de febrero de 1799, le 

cuenta...”le haré a V.E. una corta relación del mediano progreso de mis 

estudios en este país, cual es el inglés, francés, geografía, historia antigua 

y moderna, etc., música, dibujo, el manejo de las armas, cuyas dos últimas, 

sin lisonja las poseo con particularidad...” 43 . 

La especificación que hace Bernardo de los ramos que ha estudiado nos 

sirven para compararlos con los aparecidos en el aviso colocado por Mr. 

Eeles en el Laity Directory, ya transcrito, y concluir que son prácticamente 

los mismos. 

- La carta escrita por John O’Brien es uno de los testimonios más importantes 

para probar los estudios de Bernardo en el colegio de Mr. Eeles, en ella 

expresa textualmente... “I have been lo Richmond where you first recieved 

your education I inquiered particularly after the preprocter of the college 

Mr. Eells (sic) -he is long since died at the Island of Madeira...”. (En Anexo 

12 original de las cartas de O’Brien.) La traducción de este trozo es muy 

importante, ya que prueba la calidad de director-inspector del colegio de 

Mr. Eeles. “He estado en Richmond donde usted recibió su educación 

inicialmente, pregunté especialmente por el antiguo director-inspector Mr. 

Eeles.” El diccionario entrega el significado de la palabra “proctor” como 

persona encargada de la disciplina de los alumnos. El prefijo “pre” significa, 

en este caso, “el ex”. Como sabemos por la correspondencia encontrada, 

Mr. Eeles no solamente era el inspector sino también tenía a cargo el 

colegio. Podemos afirmar entonces que Mr. Eeles no solamente era el 

dueño de casa donde Bernardo recibía su pensión, sino también el director 

del colegio. 

- La relación más directa entre la familia Eeles y Bernardo, que se conoce, 

es una carta que envió la señora Eeles a don Bernardo O’Higgins en ese 

entonces en el Perú (1823). La carta es citada especialmente por Valencia 

Avaria y por Balbontín y Opazo, y debería encontrarse en el volumen 651, 

en el Archivo de O’Higgins. Lamentablemente., no ha sido posible encontrar 

el original. En esta carta la señora Eeles le comunica a don Bernardo el 

fallecimiento de su esposo y de su hija, lo que veremos más adelante, 

y recuerda en una parte de ella lo siguiente...”El coronel O’Brien tuvo la 

amabilidad de visitarme. Sentí una gran satisfacción por el honor que S.E. 

me confirió al recordarnos y manifestar que había estado alojado bajo mi 

techo...” 44 . Otro trozo de la carta de O’Brien a don Bernardo nos recuerda el 

traslado de la señora Eeles desde Richmond a Londres,... “sobre Mr. Eeles, 

éste ha muerto, hace tiempo en la Isla Madeira, su señora esta viviendo 

42 Albano, Casimiro: Memoria del Excmo. señor don Bernardo O’Higgins, Capitán General en la República de 

Chile, Brigadier en la de Buenos Aires, Gran Mariscal en la del Perú y Socio Protector en la Sociedad de 

Agricultura. Imprenta de la Opinión, Santiago de Chile, 1844, p. 5. 

43 Archivo de O’Higgins, pp. 6 y 7. 

44 Ob. cit., Balbontín y Opazo, p. 104. 

103


ahora en Londres, en la calle Crawford 100, está muy vieja, pero lo recuerda 

a usted muy bien…”. (Copia original de la carta en Anexo 12.) 

- Otra evidencia de la relación directa entre Bernardo y Mr. Eeles la recuerda 

Vicuña Mackenna en cartas que él dice haber visto y se refieren a una 

relación sentimental entre Bernardo y su hija Charlotte... “Habitaba al 

estudiante de Richtwnd por el año 1798, cuando ya había cumplido 18 de 

su edad, en la casa de un honrado vecino de aquel pueblo, llamado Mr. 

Eeles, que recibía huéspedes de distinción, proporcionándoles profesores, 

además de los que existían en la Academia de aquella ciudad, tan pequeña 

como culta i pintoresca. En medio de una alegre compañía de jóvenes 

franteses, alemanes i americanos del Norte, el alumno tenía, al juzgar 

por una carta del dueño de casa que tenemos a la vista, de fecha 11 de 

septiembre de 1798, un lugar de preferencia... Comprendido así al parecer 

el propio padre de la joven cuando en la primera ausencia de su alumno le 

reconviene porque no le escribía a él directamente, pues ya lo había hecho 

dos veces a alguien de su familia…” 45 . 

- Relaciones de alumnos del colegio u otros detalles de la estadía de Bernardo 

en él, lamentablemente no existen. El colegio tuvo una vida efímera, como 

hemos visto, entre 1792 y 1799. Después sabemos que Mr. Eeles falleció 

en 1810 en las Isla Madeira y que su señora se trasladó a Londres. 

De todos estos antecedentes podemos decir entonces que el colegio en 

que estudió Bernardo no estuvo ajeno a una serie de vicisitudes, de las que 

hemos sido testigos a través de los testimonios escritos de quienes fueron 

actores principales. Es interesante destacar que el edificio en que funcionó 

el colegio existe todavía, con el nombre de Clarence House, y actualmente es 

una casa particular habitada por el señor y la señora Bamfather. Esta casa, 

después de los tiempos de Mr. Eeles, siguió siendo usada como colegio en otras 

oportunidades, según nos cuenta el Presidente de la Sociedad de Historia Local 

de Richmond. Así debe haber sido cuando John O’Brien fue de visita por encargo 

de don Bernardo en 1823. Hoy, después de casi doscientos años, hemos tenido 

oportunidad de ingresar nuevamente a este edificio por la gentileza de su actual 

dueño. (En Anexo 13 se acompaña una serie de fotografías que ilustran en fonna 

más clara cómo era la casa y su distribución. También se agregan en este anexo 

interesantes aspectos de la historia de la casa hasta hoy, los sucesivos colegios 

que en ella hubo, su condición de bodega durante la Segunda Guerra Mundial 

de la famosa tienda Fortum and Mason, reclamos de la iglesia, avisos de venta 

y propaganda de corredores de propiedades y la copia del original del libro del 

pago de contribuciones de 1790, donde a un costado figura el nombre de Eeles, 

mal escrito. Esto último nos permite deducir que la casa la empezó a arrendar 

aproximadamente en ese año. 

En Anexo 14 se acompaña un mapa de Richmond de 1840 y un mapa actual 

del mismo sector con la ubicación del colegio y algunas vistas de los alrededores 

que nos permiten imaginar los paseos que don Bernardo tuvo que haber hecho 

durante sus años escolares). El famoso parque de Richmond está muy cerca, lo 


104


mismo el centro de la ciudad. La vista desde las cercanías del colegio permite 

dominar el río Támesis y gran parte parte de la ciudad, ya que el lugar está en el 

llamado Richmond Hill (colina de...). 

OTRAS EXPERIENCIAS DE BERNARDO EN RICHMOND 

Nuestra búsqueda de huellas de Bernardo Riquelme en Richmond no terminó 

aquí. Casimiro Albano, autor de la Memoria sobre Bernardo O’Higgins, su más 

temprana biografía, sostiene... La aristocracia inglesa tan singular en el mundo 

por la sencillez de sus maneras, le admitió en su círculo. En suma las amistades 

del joven a esa fecha eran ya en una extensión extraordinaria, cuando una 

oportunidad le hizo también participar de la benignidad y conocimiento de Jorje III 

y su real familia. Mister Builer, director distinguido del jardín botánico del Palacio 

Real de Keut (sic) (se refiere a Kew), cerca de Richmond, era a un mismo tiempo 

un respetuoso admirador y paisano del Marqués de Osorno. Este eminente 

profesor tuvo noticia que el joven O’Higgins, hijo de su noble paisano se hallaba de 

alumno en la Academia de Richmond y fue a visitarle, en cuya entrevista le invitó 

para que en los ratos libres de la Academia se fuese a pasear al jardín botánico 

donde añadiría placer de ver un establecimiento magnífico, adquirir nociones 

científicas sobre las plantas. El joven O’Higgins como era de esperar, aceptó con 

gratitud una invitación tan conforme a sus deseos de saber; y con este motivo iba 

a él con frecuencia... En una de las muchas veces que el Rey Jorge y real farrúlia 

visitaban aquel establecimiento tuvo lugar la introducción del joven Bernardo a 

presencia de sus Majestades, que no sólo lo trataron con dulzura sino que fueron 

complacidos de sus juiciosas y acertadas contestaciones en las cuestiones sobre 

Hispanoamérica...”. Albano agrega que a raíz de esta presentación, Bernardo 

siguió asistiendo con regularidad a reuniones sociales que se hacían con motivos 

piadosos donde asistía la familia real, recibiendo consideraciones especiales del 

rey Jorge IV y del duque de Sussex... 46 . 

No es mi intención decir como Vicuña Mackenna que este relato no es más 

que un “cuentecillo de canónigo”, por el contrario, en base a esta evidencia se 

hizo una serie de consultas para verificar lo afirmado por Casimiro Albano. Los 

resultados son muy escasos pero permiten dar algunas luces. 

La primera búsqueda se dirigió a Mr. Butler, al que se menciona como director 

o como profesor en los jardines del palacio de Kew, a unos dos kilómetros al 

noroeste de Richmond. El rey Jorge III y su esposa la reina Charlotte se fueron 

a vivir al palacio en 1772, y a partir de 1776 comenzaron a preferir el castillo 

de Windsor. Sin embargo, las visitas de la pareja real a los Kew Gardens eran 

muy frecuentes. El jardín botánico estuvo dirigido primero por Lord Bute, que 

falleció en 1792, y luego por Sir Joseph Banks. Esta información fue entregada 

por la biblioteca de los Kew Gardens, en la cual se agrega que en los registros 

de personas relacionadas con los jardines botánicos de Kew no figura nadie de 

apellido Butler como director. La biblioteca confiesa que sus antecedentes con 

46 Ob. cit., Albano, 1844. p. 6. 

105


respecto a este período no están completos, pero de lo que hay seguridad es que 

Mr. Butler no fue el director en los tiempos de Bernardo 47 . 

Un poco antes que llegara don Bernardo a Richmond, Jorge III sufrió el 

primer ataque de locura en 1788, y fue trasladado desde Windsor a Kew para su 

convalecencia. Después de esto, la pareja real se alejó de este palacio que les 

traía malos recuerdos 48 . 

Los jardines de Kew en esos años funcionaban en conjunto con los de la 

casa de Richmond. Las plantas eran coleccionadas en todas partes del mundo 

y traídas a estos jardines para su cultivo y estudio. Por la cercanía de Richmond 

y su amistad con el señor Butler, que nos relata Albano, es muy posible que se 

haya encontrado con el rey en alguno de sus paseos a Kew, ya que el ingreso 

al público era restringido en esos años. Los Kew se transformaron en un parque 

nacional recién en 1841 49 . 

Con respecto a las reuniones sociales a que alude Albano, se hicieron las 

consultas en la biblioteca de Richmond y en las fuentes bibliográficas que se 

encontraron de la época. Lamentablemente, no existen mayores antecedentes 

que nos den más detalles sobre estas reuniones sociales con fines de caridad 

a las que pudo haber asistido Bernardo 50 . (En Anexo 15, escenas de los Kew 

Gardens en tiempos de don Bernardo) 

TIEMPOS DIFÍCILES PARA BERNARDO DE VUELTA EN LONDRES 

CONFLICTO CON LOS RELOJEROS 

No sabemos exactamente cuándo abandonó don Bernardo sus estudios en 

Richmond, podemos sólo aventurar, por la fecha de sus cartas, que fue a fines 

de 1798. A comienzos de octubre, le escribía a su apoderado en Cádiz, ya 

desde Londres...”Me hallo absolutamente sin la ayuda de un maestro: lo siento 

mucho, principalmente, que ya comenzaba a tirar retratos. No hay más que tener 

paciencia, hasta tener órdenes de usted...” 51 . En marzo de 1799, nuevamente 

le escribía a don Nicolás a Cádiz, siempre desde Londres... “Usted me envió a 

Londres, señor don Nicolás, para que aprendiese y me educase y me hiciese 

hombre con la ayuda de usted, y no para pasar bochornos y miserias que con 

mucha facilidad se podían haber remediado... Mi situación es tal que en lugar de 

aprender y adelantar en las varias cosas a que me he aplicado, las comienzo a 

olvidar por falta de instrucciones, y todo se vuelve distracción y disgusto al verme 

tan maltratado por aquellos que creo mis mayores amígos”... 52 . Como vimos en 

la primera parte de este trabajo, a estas fechas los relojeros habían dejado de 

pagarle su pensión y educación, por lo que se vio obligado a trasladarse desde 

47 Carta respuesta de la Biblioteca de los Jardínes Botánicos de Kew al autor, de fecha 22 de Enero de 1992 

(Londres). 

48 pendiente 

49 pendiente 

50 pendiente 

51 Archivo de O’Higgins, p. 6. 

52 Ibídem, p. 7. 

106


Richmond. Sólo recibía una guinea al mes, de parte de los relojeros, por expresas 

instrucciones de su apoderado de Cádiz, como le cuenta a su padre en carta de 

enero de 1801...”Yo de mi parte no he recibido más una guinea mensualmente 

para pagar de mis gastos menudos, para lo cual tuve orden de don Nicolás, y 

ha habido tiempos que no me han dado ni aún para comer...” 53 . Su situación 

debe haber sido muy desesperada, por lo que intuimos del tenor de sus cartas. 

Sabemos que don Diego Duff y Bernabé Murphy, comerciantes en Londres, 

alguna ayuda le proporcionaron de acuerdo con lo que le informa a su padre en 

la misma carta anterior. Pero su tono se hace desesperado cuando le escribe a 

un amigo de su edad, sobrino del conde de Maule, diciéndole... “a un hombre sin 

dinero, en Inglaterra ni un perro le mira a la cara”... 54 . 

BERNARDO ALOJADO EN YORk STREET Nº38 EN LONDRES 

Habiendo dejado el colegio de Richmond, como hemos visto, tuvo Bernardo 

que buscar alojamiento en Londres. Sabemos que los relojeros no le dieron 

auxilio y que alojó una noche en casa de Bernabé Murphy, como se lo cuenta 

a su apoderado en carta de octubre de 1798... Salí y me refugié en casa del Sr. 

Murphy, a quien conozco bien, donde pasé el día sin decirle nada de lo que me 

había sucedido (incidente relojeros). Al día siguiente fui otra vez a casa de Mr. 

Perkins...” 55 . 

De una nota que le envía don Bernardo a Francisco de Miranda, el famoso 

patriota venezolano que conoció en Londres, sabemos que alojaba en una casa 

ubicada en la calle York Street Nº 38. La nota dice textualmente: “...Querido 

paisano y señor mío: En respuesta a la nota de vuestra merced debo decirle 

que con mucho gusto me hallaré con vuestra merced a la hora citada... Su 

más afectísimo servidor q.b.s.m...Bernardo Riquelme... York Street N!2 38 A M. 

de Miranda Great Pulteney Street” 13 . Esta nota, cuyo original se encuentra en 

el archivo de Miranda, es una fuente de información original para ir tras de esa 

dirección 56 . Vicuña Mackenna nos dice...”el desventurado joven se vio obligado 

entonces a ir a llamar a una puerta ajena i caritativa demandando en ella albergue 

i sustento, que afortunadamente encontró en la casa del capellán de la legación 

de Nápoles que según parece era un Sr. Morini, residente en Londres, Calle York 

Nº38...” 57 . 

En conformidad a estos datos se envió una carta al embajador de Italia en 

el Reino Unido, para inquirir antecedentes sobre la legación de Nápoles a fines 

del siglo XVIII en Londres. El embajador italiano solicitó información al Archivo 

Nacional Italiano en Roma, organismo que, a su vez, derivó la petición al Archivo 

del Stato de Napoli. Este organismo finalmente envió la información al autor de 

este trabajo. Lamentablemente, los antecedentes enviados no mencionan al 

capellán Morini ni tampoco la dirección que se buscaba. Supimos, sin embargo, 

53 Ibídem, p. 16. 

54 Ob. cit., La corona del héroe, p, 233. 


56 Archivo del General Francisco de Miranda, Negociaciones, 1770-1810. Tomo XV, Tipografía Americana. 

Caracas, 1838, Junta Directiva de la Academia Nacional de la Historia, p. 169. 

57 Ob. cit., La corona del héroe, p. 233. 

107


que la capilla católica de la legación funcionaba en la residencia de la legación, 

la cual se cambió de casa en 1793 en busca de mayor espacio.58 (En Anexo 16, 

carta respuesta del Archivo di Stato di Napoli.) 

Después de conocido este antecedente, se inició la búsqueda del capellán 

Morini en los Archivos Católicos de Londres y en los Diocesanos de Westminster, 

sin resultados. Sin embargo, buscando en los Laity Directories (Guías para Laicos, 

publicadas en la época), se encontraron dos antecedentes importantes que dan 

luces para continuar la investigación. En la Guía para Laicos, de 1805, aparece 

un señor Morini como director de un colegio católico en el barrio londinense de 

Hammersmith, y en el mismo documento, pero en los correspondientes a 1796, 

1798 y 1799, aparece en la lista de capillas donde se puede ir a misa, una capilla 

ubicada en York Street Nº 38, Queen Square, Westminster. 

Investigando esta capilla de York Street Nº38, se pudo averiguar que en el 

Laity Directory de 1979 aparece anunciada de la siguiente manera: “... N°38 York 

Street, Queen Square, Westminster.- ‘La necesidad de dar el apoyo suficiente a 

esta muy útil institución, debido a que la comunidad católica es muy pobre, ha 

inducido al rev. Mr. Flynn a abrir una academia para la educación de un limitado 

número de jóvenes caballeros. Los costos son 24 guineas al año y una guinea de 

entrada. Pensión completa 40 guineas al año’” 58 . (En Anexo 17, listado de capillas 

original con el aviso). 

Con estos antecedentes se buscaron en los Archivos Diocesanos más detalles 

sobre la capilla. Así, se encontraron libros escritos sobre los católicos en tiempos 

de don Bernardo, y en ellos se pudo encontrar algunos. Mr. Bernard Ward, canon 

de Westminister, escribía en 1905...”Ahora cruzamos el Támesis de nuevo, esta 

vez por el puente de Wevtminster, y nos encontramos en un barrio muy poblado, 

en el cual por mucho tiempo no había habido una capilla permanente, aunque se 

habían hecho muchos intentos para instalar una. En 1792, una capilla fue abierta 

en York Street, Queen Square, la cual duró siete años y fue cerrada en 1799...” 59 . 

Por su parte, el mismo autor en una obra de 1909, recuerda... “alrededor de 

1792, se hizo un esfuerzo para establecer una capilla en Westminster: se arrendó 

una casa en York Street, y se arregló una pieza para la celebración de la misa. 

Continuó allí por varios años hasta que probó no ser permanente...” 60 . 

Con todos estos antecedentes se visitó la biblioteca del Guildhall de Londres, 

en busca de los mapas de la época para ubicar exactamente la dirección. En la 

sección especial de mapas y planos se tuvo acceso al plano de Londres publicado 

en 1805 y que recoge todos los detalles de las calles de Londres desde 1796, 

incluso la numeración de éstas. En este plano se ubicaron 17 calles con el nombre 

de York Street, pero solamente una con el N° 38, justamente la que corresponde 

a Queen Square en el barrio de Westminster. Actualmente la calle no existe con 

el mismo nombre, hoy se llama Petty France. La zona ha sido remodelada y de la 

58 Laily Directory, 1799 (Guía para Laicos), p. 7. 

59 Ward, Bemard: Calholic London a Century Ago, London, Catholic Truth Society, 69 Southwark Bridge Road, 

S.E. 1905, p. 115. 

60 Ward, Bemard: The Dawn of the Catholic Revival in England, 1781-1803. Longmans Greenand Co. 39 Pater 

Noster Row, London, New York, Bombay and Calcula, 1909, p. 303. 

108


época queda solamente un antiguo pub que data de 1760, llamado Adán y Eva 61 . 

(En Anexo 18, copia del plano original con la ubicación de la casa en el N°38.) 

De nuestra investigación hasta aquí, puede asumirse que don Bernardo vivió en 

York Street Nº 38, ante la existencia de las siguientes evidencias y coincidencias: 

- La nota enviada por don Bernardo a Francisco de Miranda, cuyo original 

se encuentra en el archivo de Miranda, en Venezuela, en la que establece 

claramente su dirección en York Street N°38. 

- La existencia de una capilla católica en la misma dirección, y el 

funcionamiento de una incipiente academia en el lugar. 

- La posibilidad que el señor Morini, que aparece dirigiendo un colegio en 

1805, en el barrio de Hammersmith, haya hecho clases o haya dicho misa 

en el lugar, o simplemente haya vivido allí como hogar católico. 

- La no existencia de ninguna otra calle York con el N°38 en la época. 

Esta información se confirmó en la lista del pago de contribuciones en 

Westminster, entre 1795-1805, las que se encuentran microfilmadas en la 

biblioteca de Marylebone en Westminster, Londres. Además en el propio 

plano de Londres de la época. 

De estas informaciones podemos deducir que la situación de don Bernardo en 

Londres no fue feliz en lo absoluto. Vivía, como hemos podido ver, de la buena 

voluntad de los capellanes que hacían misa en la capilla y, como él mismo recuerda 

en sus cartas ya citadas, la guinea que recibía apenas le alcanzaba para comer. 

Sin embargo, el lugar de la capilla estaba bien ubicado y desde allí podía caminar 

sin problemas a las reuniones que mantenía con Francisco de Miranda, en Great 

Putieney Street. Sólo tenía que atravesar el Parque St. James y caminar un par 

de cuadras para llegar a la casa de Miranda. La buena voluntad de comerciantes 

irlandeses le permitieron sobrevivir, como él lo recuerda poco antes de abandonar 

Londres: “... y no para pasar bochornos y miserias que con mucha facilidad se 

podían haber remediado, a lo que me veo ya casi acostumbrado, y de esto son 

testigos en Londres comerciantes de mucho respeto, quienes han sido bastante 

generosos para hacer una corta suscripción de dos guineas al mes, al haber sido 

informados de mi vida y país y al verme a tantas leguas de mis padres y amigos, 

lo cual les es muy raro, pues aquí no creo que hayan conocido otro de Chile que 

yo...”. (Carta a su apoderado en Cádiz, del 19 de marzo de 1799.) 62 . 

BERNARDO RIQUELME Y FRANCISCO DE MIRANDA EN LONDRES 

Conocida es la relación que hubo entre don Bernardo y el general Miranda, 

ampliamente reconocido en los círculos políticos de la época. El detallado 

archivo que mantenía Miranda, y que ha llegado hasta nosotros, y las menciones 

continuas a éste de don Bernardo, ha hecho que exista una amplia y variada 

información sobre este tema. Para los efectos de este trabajo se ha ubicado la 

calle donde vivía el general Miranda: Great Pulteney Street. Esta calle existe hoy 

61 Richard Horwood’s Map and The Face of London, 1799-1819, St. Margaret Westminster. London. 


109


día en el mismo lugar, en el barrio del Soho en Londres. Las características de la 

calle han cambiado totalmente y hay nuevos y grandes edificios. De un detallado 

análisis de la correspondencia de Miranda entre 1798 y 1808, se pudo constatar 

que Miranda vivió en tres lugares diferentes en la misma calle. En el Nº1, en el 

N°5 y en el N°13. Asimismo, de esta misma fuente, se pudo establecer que poco 

antes que don Bernardo viajara de vuelta a Cádiz, Miranda se cambió de casa a 

Queen Charlotte Street Row N°9, Marylebone New Road 63 . El documento más 

importante de este período corresponde a un intento de Memoria que empezó a 

escribir don Bernardo y que tituló Memorias Útiles para la Historia de la Revolución 

Sud Americana. Este documento fue publicado en el Epistolario de O’Higgins, de 

Ernesto de la Cruz, y Vicuña Mackenna se refiere a éste... “en esta frase termina 

este interesante trozo histórico, que como dijimos, sólo consta de un pliego de 

letra del General O’Higgins...” 64 . 

Don Bernardo nos entrega así interesantes antecedentes de su vida en 

Londres en compañía del general Miranda. Escribiendo en tercera persona dice... 

“Eran muy pocos los jóvenes de América que en aquella época se educaban 

en Inglaterra. El general Miranda se contrae exclusivamente a buscarlos para 

instruirlos y probarlos en el gusto del dulce fruto del árbol de la libertad. Elige 

entre ellos a su más predilecto discípulo, a O’Higgins, que para su educación 

había sido mandado por su padre a una Academia en Inglaterra desde los 14 

años de su edad...”. Más adelante continúa, ‘no perdió tiempo Miranda en iniciar 

a su discípulo en los secretos de los gabinetes de Europa y de Washington con 

respecto a los asuntos de América... Una librería valiosa era el lugar donde se 

estudiaba la política de las naciones, dedicando la mayor parte del tiempo en el 

arte de la guerra. Y en las largas noches de invierno relataba a sus discípulos 

anécdotas de los héroes de la Revolución Francesa, reflexiones sabias para que 

ellos recordasen las defecciones que ensangrentaron y sofocaron en la cuna de la 

libertad de que debía participar el mundo entero. El general Miranda dio a conocer 

a O’Higgins, a los 17 años de su edad, al Embajador de Rusia, al Encargado de 

Negocios de Norte América, a la casa poderosa de Turnbull, y varios otros de sus 

importantes amigos” 65 . 

De esta evidencia, llaman la atención los datos que da don Bernardo de su 

edad, los que, según los antecedentes que se tienen, no estarían correctos. Don 

Bernardo a los 14 años aún no había llegado a Inglaterra, y se encontraba en el 

colegio en Lima cuando corría el año 1791 66 . Asimismo, la relación con Miranda 

se habría iniciado en 1798, año en el cual don Bernardo ya tenía, al menos, 19 

años. Antes no pudo haber conocido a Miranda ya que éste se encontraba en 

Francia. El propio don Bernardo, al hacer su Memoria, reconoce que el contacto 

con los sudamericanos se efectúa después que Miranda regresa de Francia, lo 

63 Archivo de Miranda, tomos XV y XVII. 



66 Que don Bemardo estaba en Lima en 1792, todos los historiadores que se han dedicado al estudio de su vida 

concuerdan. No hay seguridad si llegó a Londres en 1795 ó 1796. 

110


que es a comienzos del año 1798. El archivo de O’Higgins así también lo anota, 

cuando en 1811 don Bernardo le escribe a Juan Mackenna 67 . 

El lugar de reunión con Miranda, para escuchar de sus verdaderas lecciones 

de historia, era Great Pulteney Street, en los números ya señalados. 

Con respecto a los contactos que tiene don Bernardo con importantes 

personajes de la época, hay algunos que pueden comprobarse fácilmente. Por 

ejemplo, la visita a la poderosa casa Turnbuil. En el archivo de Miranda puede 

encontrarse una nota sin fecha, en la que Mr. Turnbull invita a comer al general 

Miranda y en ella le agrega que lleve al caballero de Chile, para poder conversar 

con él y establecer acaso alguna vinculación comercial. La nota dice lo siguiente... 

“My Dear Sir... I was sorry at not having been favord with your company yesterday 

to dinner & as we are engaged to dine from home on Tuesday, I will fully expect 

to have that Pleasure On Monday, & that you will bring with you the young 

Gentleman From Chilli- I wish to have some Conversations, that may be useful in 

all Respects. A Mailfrom New York has arrived this morning, so that I fiatter myself 

you cannot be kept longer in a State Of Uncertainty- I am always & Sincerely... My 

Dr. Sr... Yours... J. Turnbull... Saturday 68 . La firma Turnbull y Forbes Co. era una 

importante y respetable casa comercial, ubicada en el mismo centro de la City 

en el Nº 5 de la calle Devonshire Square, Bishopsgate, EC1. Esta información 

aparece en el Universal British Directory de 1791. Sin embargo, la comida 

sabemos que se realizó en la casa de Mr. Tumbull, de la cual era asiduo Miranda 

y que se encontraba ubicada en Broad Strect Nº 42, como consta en una serie de 

otras invitaciones en el mismo archivo. 

Que don Bernardo era el único chileno del grupo de sudamericanos, no cabe 

la menor duda. El propio Miranda lo reconoce en la conocida carta que le escribe 

cuando parte de vuelta a España... ignorando enteramente su región, no puedo 

formarse una idea sobre la educación, conocimientos y sentimientos de sus 

compatriotas; pero por tener menos relaciones con el Viejo Mundo que con las 

demás provincias, se me ocurre que son ignorantes y fanáticos. En mis largas 

relaciones con sudamericanos, Ud. es el único con que me he encontrado de allá; 

no tengo por consiguiente ninguna base para juzgarlos...” 69 . 

Otro interesante documento del archivo de Miranda, que comprueba la 

importancia que éste le da a don Bernardo, es la relación de nombres de algunos 

comisarios de la América del Sur, venidos a Europa en diferentes épocas, en la 

que figura en el Nº 1 “... D. Riquelme - de Santiago de Chile”. Esta lista aparece 

en tres partes diferentes del archivo. Junto a don Bernardo aparecen nombres 

conocidos en la lucha por la independencia de sus países como Pedro José Caro 

de Cuba y el canónigo Vitoria de México, entre otros 70 . 

Las visitas al embajador de Rusia, conde Michel Woronzow, que nos relata 

don Bernardo en su intento de Memoria, se realizaron en Harley Street, donde 

67 Archivo de O’Higgins, pp. 27 y 63 en Memorias útiles a la revolución Sud Americana y Carta a Dn. Juan 

Mackenna en 1811. 

68 Archivo de Miranda, MSS. Tomo XXII 

69 Archivo de O’Higgins, p. 23 

70 Archivo de Miranda, p. 104, la información también aparece en folios, 121, 202 y 205 

111


estaba ubicada la embajada, conforme a lo publicado en el London Directory de 

1792 y a la correspondencia que sostenía el conde con Miranda 71 . La entrevista 

con el duque de Portland, Ministro de Relaciones Exteriores del Reino, que nos 

relata Albano, se realizó en Whitehall, donde funcionaba ya desde esa época y 

hasta hoy el Foreign Office 72 . 

Don Bernardo también recuerda su presentación al Encargado de Negocios 

de Estados Unidos en Inglaterra, Mr. Ruphus King. Esta presentación tiene que 

haberse llevado a efecto en la casa que habitaba Mr. King, sede de su país en 

Londres. Esta residencia estaba ubicada en la calle Great Cumberiand Place en 

el N°1, antecedente que fue posible extractar de las invitaciones y cartas que 

muchas veces mandó Mr. King a Miranda en esa época 73 . 

Como hemos visto hasta aquí, pese a los graves problemas económicos 

que sufría don Bernardo en esos tiempos, gracias a su relación con el general 

Miranda, tuvo la oportunidad de tener una activa vida en contacto con personajes 

de alto nivel. 

Es interesante destacar el importante papel que cumplía Miranda en Inglaterra 

para la causa americana y el acceso fácil que tenía a las autoridades de la 

época. Su forma de presentarse nos da una idea de lo que proyectaba. En su 

correspondencia a Jefes de Estado, Primeros Ministros y otros se titulaba 

“Comisario y Comandante General en lo Militar de las Provincias, Villas y 

Ciudades del Continente Hispanoamericano” 74 . Sabemos que los contactos de 

Miranda con don Bernardo duraron casi un año y medio y terminaron cuando 

éste abandonó definitivamente Inglaterra. La famosa carta de Miranda a su 

pupilo ha sido publicada muchas veces bajo el título de “Consejos de un viejo 

sudamericano a uno joven, sobre el proyecto de abandonar la Inglaterra para 

volver a su propio país” 75 . Esta carta es una demostración de su influencia en el 

joven Bernardo. Sabemos también, por una nota de puño y letra de Miranda en 

una carta al, Primer Ministro británico Mr. Pitt, que don Bernardo se ofreció para 

ser emisario y comunicar a sus compatriotas la decisión de Inglaterra en cuanto 

a su apoyo a la causa de la independencia americana, cuando ya se aprestaba a 

abandonar el país 75a . 

Un mapa de Londres actual (en Anexo 19) nos ayudará a recorrer todos los 

lugares que visitó don Bernardo acompañando al general Miranda. No queda 

más que reflexionar que este joven chileno debe haber demostrado una especial 

capacidad, preparación y entusiasmo, para haber sido considerado, como lo fue a 

su escasa edad, por tan importantes personajes. 

71 Archivo de Miranda, Tomo VI, p. 272. 

72 Ob. cit., Albano, 1844. pp. 7 y 8. 

73 Archivo de Miranda, Tomo VI. Cartas de R. King a Miranda, p. 329. 

74 Archivo de Miranda, Tomo XV, p. 226. 

75 Archivo de O’Higgins, Tomo I, p. 23. 

75ª Archivo de Miranda, Tomo XV, p. 351. 

75 b Ob. cit., Balbontín y Opazo, 1964, pp. 104-105. 

112


BERNARDO RIQUELME Y CHARLOTTE EELES 

LAS FUENTES HISTÓRICAS DE ESTA RELACIÓN 

Existen tres antecedenes históricos que nos permiten afirmar una relación 

sentimental entre Charlotte Eeles y don Bernardo. El más importante es una carta 

que la señora Eeles, esposa de Mr. Timothy Eeles, le envía a don Bernardo en 

1823. En esta carta, que estaba depositada en el Archivo Nacional y que no hemos 

podido encontrar su original en inglés, la señora M.J. v. de Eeles le decía a don 

Bernardo entre otras cosas... “El coronel O’Brien tuvo la amabilidad de visitarme. 

Sentí una gran satisfacción por el honor que S. E. me confirió al recordarnos 

y manifestar que había estado alojado bajo mi techo... Esta cortesía tendrá mi 

gratitud eterna en consideración a ella, me permito suministrarle un retrato breve 

de todos nosotros, el que se presenta bastante sombrío, muchos acontecimientos 

me han afectado profundamente... Mi inolvidable esposo falleció a la 1.10 P.M. 

del día 29 de mayo, pero me queda el consuelo que durante su vida, él logró 

actos de gran distinción... Esta crisis fue seguida con la muerte de mi más querida 

hija Charlotte, quien no pudo nunca soportar el rudo golpe; el fallecimiento de 

su señor padre, agotó su cerebro, y se le declaró en consecuencia una fiebre 

nerviosa... Ella rechazó todo ofrecimiento de matrimonio y retuvo hasta el último, 

un gran cariño hacia Ud.... Deseándole toda clase de felicidades, quedo de Su 

Excelencia su obediente M. J. v. de Eeles. P. D. El coronel O’Brien tomó la pintura 

de mi hija (Q.E.P.D.).75b Valencia Avaria, con el documento a la vista, recuerda 

un trozo de la misma carta de modo diferente... “Mi muy respetado esposo falleció 

en 1810. Su muerte afectó profundamente a Carlota y le causó una fiebre que a 

los pocos meses, en Octubre, la llevó también al sepulcro. Siempre rechazó todos 

los ofrecimientos de matrimonio, murió soltera en esta ciudad de Londres y hasta 

el último momento conservó gran afecto por Ud...” 76 . 

El segundo antecedente son las cartas de O’Brien a don Bernardo, a las 

cuales ya nos hemos referido y que se encuentran en el Anexo 12 del presente 

trabajo. En estas cartas hay dos menciones a Charlotte que son importantes... 

“Mr. Eells (sic) he is long since died at the Iland (sic) of Madeira -his wife is now 

living in London Nº100 Crawford Street. -She is very old -bui remembers you 

very well- her Daughter Miss Charlotta Eells is also dead very soon after you left 

this country. She never married. The nwther said it was her last requesi lo be 

remembered lo you-. She was entered at Richmond hill-. I have sent you by the 

Ship Sesostros her likeness wich very probably you may remember when you 

see ii... (Carta fechada en Londres, abril de 1823.) (... Mr. Eells -hace tiempo que 

murió en la Isla de Madeira –su mujer vive ahora en Londres Nº 100 Crawford 

Streel. Está muy vieja pero lo recuerda a usted muy bien –su hija Miss Charlotta 

Eells también murió muy luego después que usted se fue del país –nunca se casó 

y su madre dice que su última petición fue que usted la recordara y fue enterrada 

en el cerro de Richmond –le he enviado en el buque Sesostros su retrato que 

muy probablemente usted recordará cuando lo vea... ) En una segunda carta, 

fechada el 6 de mayo de 1823, le agrega... “I wrote you a few days back by the 

ship Sesostros –when I enclosed you in a small case the likeness of your sweet 

76 Cartas Originales, gentileza Archivo Nacional. 

113


heart Miss Charlotte Eels (sic)...” (...Le escribí hace pocos días atrás por el buque 

Sesostros –donde le envío en una pequeña caja el retrato de su enamorada Miss 

Charlotte Eels... ) 76 . 

Finalmente, el otro antecedente es un documento al que se refiere Vicuña 

Mackenna y al cual también nos hemos remitido anterionnente. Se trata de una 

carta que Vicuña Mackenna dice haber visto en que Mr. Eeles le escribe a don 

Bernardo recriminándole por no haberle escrito a él, siendo que ya lo había hecho 

dos veces a alguien de la familia 77 . 

Estos antecedentes, que no son del todo congruentes, nos permitieron seguir 

algunas huellas, a base de los datos consignados en los documentos. El primer 

intento fue la búsqueda de la tumba de Charlotte y los registros de ella. Según la 

carta de la señora Eeles, Charlotte fue enterrada en Richmond Hill. Sobre esta 

base se hicieron las consultas en Richmond acerca de los lugares en los que se 

sepultaba a la gente. Estos eran el patio de la parroquia y una ampliación de éste 

en la subida del cerro, que, se deduce, sería el lugar mencionado por la señora 

Eeles. 

En la Biblioteca de Referencias de Richmond se encontraron los registros 

de las tumbas de la parroquia anglicana llamada de Santa Magdalena, donde 

también se enterraban católicos, ya que éstos no tenían un lugar especial. En 

estos registros se encontraron seis personas de apellido Eeles, Ann, Elizabeth, 

Jane, John, Sarah y Thomas. Estas personas fallecieron todas antes de 1788 y 

nos permiten deducir que pueden haber estado emparentadas con Charlotte y 

también que el apellido era conocido en la zona. 

Cuando el espacio se hizo insuficiente en el patio de la parroquia, como hemos 

dicho, fue necesario extender el lugar para efectuar los entierros. Este lugar 

existe hasta el día de hoy y se denomina Vineyard Passage. Consiste en una 

angosta franja de terreno donde se ubicaron las tumbas en tres hileras. Desde 

1791 se empezó a enterrar gente en el lugar y hasta aproximadamente 1823. 

Lamentablemente el tiempo ha borrado las inscripciones de más de treinta y cinco 

de las tumbas, cualquiera de ellas pudiendo ser la de Charlotte 78 . (En Anexo 20, 

copia de los registros de las tumbas de la parroquia de Richmond y plano con la 

extensión del cementerio). 

Los archivos completos de los bautizos y entierros de las parroquias 

anglicanas se encuentran en los archivos de Surrey, en la ciudad de Kingston 

upon Thames. En visita a este lugar se inspeccionaron, en detalle, todos los 

archivos correspondientes a las sepultaciones en Richmond, sin encontrar huellas 

de Charlotte. Se revisó desde el año 1803 hasta el año 1819 y no figura Charlotte. 

Ante esta situación, y considerando los antecedentes contradictorios que existen 

entre las versiones de la carta de la señora Eeles, de Opazo y de Valencia Avaria, 

pueden darse los siguientes casos. Que Charlotte, que murió en Londres, haya 

sido enterrada en la misma capital. Que haya sido enterrada en Richmond, sin 

que haya sido registrada su tumba en los archivos anglicanos. Que haya sido 

77 Ob. cit., Vicuila Mackenna, 1860, p. 32. 

78 Registro de las twnbas de la parroquia de Richmond, facilitado por la Biblioteca de Richmond, correspondiente 

a la Parroquia de Santa María Magdalena. 

114


sepultada en Richmond y que su tumba corresponda a alguna de las treinta y 

cinco tumbas cuya inscripción el tiempo ha borrado. Nuestra búsqueda en los 

pocos registros católicos que han sobrevivido de la época ha sido infructuosa 

también. 

Poco sabemos de esta joven que murió teniendo en su recuerdo a este 

estudiante de Chile. Sólo podemos imaginar, por el paisaje, los paseos que 

pudieron hacer los enarnorados. El parque de Richmond a escasos diez minutos 

de la casa donde funcionaba el colegio en la calle The Vineyard, y la Terreza de 

Richmond, camino hacia el parque donde existía un paseo en pleno Richmond Hill 

que dominaba la ciudad y con una excelente vista sobre el curso del río Támesis. 

(En Anexo 21, lugares de paseo de Richmond, seguramente visitados por don 

Bernardo.) 

Sabemos que a la muerte de Mr. Eeles, su mujer y Charlotte se trasladaron a 

Londres a la calle Crawford Nº 100. Esta calle existe todavía con el mismo nombre 

y el barrio se empezó a desarrollar recién en el año 1770. Todo este sector de 

Londres, cercano a nuestra Embajada en el Reino Unido, pertenecía a la rica 

familia Portman y específicamente la calle Crawford alcanzó su pleno desarrollo 

el año 1820, aproximadamente la misma época en que O’Brien encontró a la 

señora Ecles en Londres 79 . (En Anexo 22, mapa de la época con la ubicación de 

la casa de Mrs. Eeles.) 

BERNARDO RIQUELME ABANDONA INGLATERRA 

Es nuevamente Vicuña Mackenna quien nos recuerda exactamente los 

detalles de la partida de don Bernardo desde Inglaterra, país, como sabemos, al 

que ya no volvería. “...Su porte era algo menos que mediano, pues su estatura 

no pasaba de cinco pies y seis pulgadas, medida inglesa...”. Este dato, agrega 

Vicuña, ‘Vué sacado del pasaporte que fué otorgado a O’Higgins por el Duque de 

Portland el 25 de Abril de 1799 i que su original tenemos a la vista” 80 . Fernández 

Larraín, en el análisis de las once navegaciones de O’Higgins, asegura que partió 

en dirección a Lisboa desde el puerto de Falmouth 81 . Este puerto se encuentra a 

600 kilómetros aproximadamente de Londres, en la costa sur inglesa y a orillas 

del Canal de la Mancha. 

Toda una experiencia de vida dejó atrás don Bernardo al iniciar su regreso al 

continente. Lo vivido no lo olvidaría nunca. El maravilloso paisaje de Richmond, su 

relación sentimental con Charlotte, sus amigos del colegio de Timothy Eeles, las 

villanías de sus apoderados, sus contactos con Miranda, sus visitas a importantes 

personajes del Londres de la época, la nostalgia del hogar lejano, su hogar 

temporal en York Street Nº 38, la imponente gran ciudad y a quienes le tendieron 

la mano, Mr. Murphy y Mr. Duff. Otros desafíos enfrentaría don Bernardo en el 

futuro próximo y su ansiado regreso a Chile lo vería retrasado casi por dos años. 

Pero sólo hasta aquí hemos seguido sus huellas... (En Anexo 22a, un mapa de 

Londres actual, con la indicación de todos los lugares relacionados con su vida 

79 Atlas de Londres del Times, 1991. 


81 Fernández Larraín, Sergio: O’Higgins, Editorial Orbe, Santiago, Chile, 1974, p. 180. 

115


en esta histórica ciudad, ayudará al lector a seguir sus huellas cuando visite 

Londres.) 

PALABRAS FINALES 

Después de más de un año, y ante la eminencia de mi partida de Londres 

de vuelta a Chile, este trabajo se termina. Han sido largas horas dedicadas a 

seguir las huellas de don Bernardo Riquelme durante su estadía en Londres y en 

Richmond. Los resultados serán juzgados por los que tengan la paciencia de leer 

este escrito que cumple con difundir, con la mayor rigurosidad posible, las huellas 

encontradas. 

Las huellas siguen siendo difusas, pero estoy seguro que permitirán a otros 

que visiten estos lugares continuar en esta apasionante tarea. Las relaciones 

comerciales de Mr. Emmanuelle Spencer y de Mr. Perkins con Nicolás de la Cruz 

y el señor Romero son un tema interesante. Sabemos, por lo que hemos dicho, 

que eran conocidos fabricantes de relojes y quizás por allí se pueda encontrar su 

archivo y saber qué hicieron con las platas que nunca llegaron a manos de don 

Bernardo. 

Conocemos ahora dónde estaba el colegio de don Bernardo y algunos detalles 

de su funcionamiento. Más antecedentes de la familia Eeles pueden estar ocultos 

en algún oscuro archivo en espera de ser encontrados. 

Sabemos qué pasaba en York Street N° 38 y es posible que en alguna 

memoria de la Iglesia Católica, desconocida para nosotros hasta hoy, puedan 

haber algunas luces del capellán Morini y más antecedentes de la difícil vida de 

los católicos en Inglaterra. 

Por los diferentes lugares que hemos podido reconocer a través de las 

diferentes fuentes consultadas, podemos caminar hoy por Londres y Richmond 

e imaginar los recorridos que hizo don Bernardo en su época. En Londres, sus 

visitas a Miranda en Great Pulteney Street, su estadía en el hogar católico de York 

Street N° 38, sus entrevistas en la embajada rusa en Harley Street, sus contactos 

con la firma Thurnbull y Forbes en el N° 5 de Devonshire Square, las reuniones 

en el Ministerio de Relaciones Exteriores en White Hall y sus obligados contactos 

con los relojeros en Snow Hill N° 44. También pasar por la calle Crawford NI 100 

y recordar el lugar del solitario retiro de la señora Eeles. En Richmond, visitar el 

colegio de Mr. Timothy Eeles en la calle The Vineyard, la actual Clarence House 

y, desde allí, recorrer el paseo de la terraza en Richmond Hill, luego alcanzar 

el parque de Richmond y maravillarse con los cientos de ciervos y venados. 

Bajar el cerro y en sus laderas encontrarse con la extensión del cementerio de la 

parroquia de Santa María Magdalena y, quizás, encontrar allí la tumba escondida 

de Charlotte Eeles. Más allá, reconocer el antiguo embarcadero a orillas del 

Támesis, donde seguramente llegó Bernardo por primera vez y luego continuar al 

norte y recorrer los Kew Gardens e imaginarse a don Bernardo conversando con 

el rey. 

116


Quizás podremos agregar en el futuro, a nuestro paseo, las casas de Bernabé 

Murphy y de Diego Duff, ambos irlandeses, que tendieron su mano a don Bernardo 

durante su estadía en Londres. 

Un profundo sentimiento de admiración hacia la persona de don Bernardo 

Riquelme, posteriormente don Bernardo O’Higgins, se despierta al conocer más 

de cerca su vida. Solo, lejos de sus seres queridos, en un país extraño, con un 

idioma diferente, lleno de peligros, sin los medios mínimos para subsistir, salió 

adelante, con voluntad y entereza. Sin lugar a dudas, esta rica y fuerte experiencia 

que vivió en Inglaterra lo marcó para siempre y le permitió alcanzar ese lugar 

único que tiene en la Historia de Chile. 

Los trámites para conseguir la colocación de una placa que recuerde los 

lugares donde estuvo, se han iniciado. Con fecha 3 de enero de 1992 se escribió 

al jefe de la Oficina de Investigación de la organización denominada English 

Heritage. Esta organización es la que autoriza la colocación de las placas; 

para ello se debe probar que la persona a la que se intenta conmemorar haya 

efectivamente efectuado una importante contribución a la felicidad y al bienestar 

de la humanidad y que haya sido tal que merezca ser recordado para siempre. La 

organización cuenta con un grupo de investigadores e historiadores que estudian, 

en detalle, las solicitudes. Una vez aceptadas, se debe contar con la autorización 

de los dueños de la casa para poder instalar la placa. (El modelo de las placas, 

que son de cerámica, se encuentra en Anexo 23.) Con fecha 9 de enero de 1992 

Mr. Victor Belcher, Head of Sijrvey and General Branch of English Heritage, 

contesta una carta diciendo que su organización está muy interesada para que 

esta situación se haga efectiva, solicitando a su vez más detalles sobre la vida de 

don Bernardo. (En Anexo 24, copia de la carta de Mr. Belcher.) Con fecha 3 de 

febrero de 1992 se envía a Mr. Belcher una completa biografía en inglés de don 

Bernardo, y algunos de los antecedentes de los dados a conocer en el presente 

trabajo. 

En conjunto con lo anterior, se ha estado en contacto con los actuales dueños 

de Clarence House, en Richmond, lugar donde funcionó el colegio de Mr. Eeles, 

quienes han sido muy amables y han dado su aprobación a la colocación de una 

placa en su casa recordando a nuestro héroe si English Heritage así lo acepta. 

(En Anexo 25, copia de la carta de Mr. Barnfather.) 

Esta interesante investigación me ha permitido conocer muy de cerca los 

sistemas de bibliotecas, archivos y museos que tiene el Reino Unido. Estos 

sistemas, abiertos al público y a los investigadores de todo el mundo, facilitan el 

trabajo y permiten preservar en excelente forma un patrimonio histórico mundial 

de incalculable valor. Estos sistemas son dignos de ser imitados para, a su vez, 

preservar nuestra maravillosa historia. 

Al terminar este trabajo, sólo resta agradecer a todas las personas e 

instituciones que se dan a conocer en el Anexo 2, las que, en forma absolutamente 

desinteresada, entregaron su invaluable ayuda para seguir después de casi 

doscientos años las huellas de Bernardo Riquelme... 

117


118


O’HIGGINS Y MIRANDA 

Miguel Castillo Didier 1 

EL JOVEN DISCÍPULO DE LONDRES 

El tema de las relaciones de Miranda con O’Higgins está presentado, en sus 

líneas esenciales, por los dos grandes historiadores chilenos del siglo XIX. Vicuña 

Mackenna, en su vida del Capitán General de Chile con el Precursor. Dice del 

primero: “Fue él alumno del general Miranda, ese faro casi divino por su altura, 

que brilló entre los dos mundos de la América, cuando sumergida la una en las 

profundas tinieblas, alzábase la otra en espléndida alborada, reflejando al mediodía 

luces de redención i de esperanza”. El historiador dedica a Francisco de Miranda 

dos apartados del capítulo II de su obra. Su semblanza biográfica del Precursor 

contiene algunos datos que el descubrimiento y publicación de Colombeia han 

venido a rectificar. Pero lo importante es que el destacado historiador presenta la 

personalidad y la obra de Miranda en sus verdaderas dimensiones y perspectivas. 

Al escribir sobre la participación del joven militar caraqueño en la Revolución de 

la Independencia de Estados Unidos, como soldado español, expresa: “l en esos 

campamentos de la rebelión angloamericana, asaltaron el pensamiento del joven 

soldado aquellas magníficas visiones en que contemplaba a su patria alzándose 

a su vez i rompiendo sus cadenas. Un siglo no ha pasado todavía; aquel primer 

ensueño es ya un hecho inmenso e indestructible; i la América independiente 

puede llamarse ahora políticamente el Mundo de Miranda, como llamóse el 

Mundo de Colón, cuando fue descubierta y conquistada”. 

La amistad de Miranda con el joven Bernardo Riquelme en Londres es 

presentada por el historiador, primero como una relación de profesor y alumno y 

luego como de maestro y discípulo. “En efecto, el Precursor no tardó en descubrir 

que aquel joven, al parecer oscuro, era hijo de un hombre eminente i que además 

desempeñaba el empleo más alto en el sistema colonial de España. La activa 

mente del patriota venezolano comprendió lo que aquel encuentro podía valer 

para sus planes, i como su adolescente discípulo fuera de una índole afable i 

de un modesto comporte, tomólo en afección i le prestó desde luego toda su 

deferencia i casi su amistad”. 

Vicuña Mackenna describe a continuación la escena en que el joven Riquelme 

conoció los hechos de Miranda y sus planes independentistas para toda la 

1 Universidad de Chile, Facultad de Filosofía y Humanidades. Textos del libro “Grecia y Francisco de Miranda”, 

pp. 265-274, cuyo autor es el señor Castillo Didier. 

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América española, escena que el propio Libertador de Chile recordó en un escrito: 

“Cuando el patriota caraqueño estuvo persuadido de que su amigo era digno de 

ser confidente, i cuando había pasado cerca de una año i medio desde su primer 

conocimiento personal, resolvióse a contarle los azares de su vida revolucionaria, 

los pasos para lo futuro, descorriendo así delante de los ojos deslumbrados de 

su entusiasta amigo el panorama de los magníficos destinos de esa América, 

patria común de una sola familia que llevaba entonces apellidos diferentes. No es 

fácil imaginarse el gozo de aquella alma expansivo i capaz de las más generosas 

impresiones. Cuando yo oí, nos dice él mismo en su fragmento citado, aquellas 

revelaciones i me posesioné del cuadro de aquellas operaciones, me arrojé en 

los brazos de Miranda bañado en lágrimas i besé sus manos. Y luego añade 

que, estrechándole aquél con efusión contra su pecho, le dijo estas palabras que 

copiamos textualmente: “Si hijo mío, la Providencia Divina querrá que se cumplan 

nuestros votos por la libertad de nuestra patria común. Así está decretado en el 

libro de los destinos. Mucho secreto, valor i constancia son las égidas que os 

escudarán de los lazos de los tiranos”. 

El historiador reproduce después el documento que Miranda entregó a 

O’Higgins cuando éste en 1799, a los 21 años edad, dejó Londres, escrito que 

tituló: “Consejos de un viejo sud-americano a un joven compatriota a regresar de 

Inglaterra a su país”. Copiaremos nosotros también más adelante esas páginas, 

que debíamos conocer bien todos los chilenos para cobrar más conciencia de 

la grande y especial deuda que tenemos con el Precursor, no sólo en calidad 

de latinoamericanos, sino por el hecho de que aquél fue el mentor directo del 

Libertador de Chile. Veremos cómo el propio O’Higgins afirma esto último en 

forma expresa. 

Cuando termina la cita completa de aquellos “Consejos...”, añade Vicuña 

Mackenna: “Tal fue el pasaporte verdaderamente profético, con que, a la edad 

de 21 años, el hijo del virrey del Perú. entró en el asta revolución que se tramaba 

contra la monarquía española en las colonias, i en las que él (aquél) por el espacio 

de 40 años fue a la vez soldado, caudillo i mártir” 

Por su parte, Barros Arana, en el tomo XII de su Historia General de Chile 

se refiere así al encuentro de los dos hombres en Londres. “El famoso General 

venezolano don Francisco de Miranda que después de una vida llena de 

sorprendentes y brillantes aventuras, se hallaba en Inglaterra solicitando el apoyo 

de los ministros de Jorge III, para revolucionar la América española, era el centro 

y alma de ese movimiento (para independizar al Nuevo Mundo). En torno a él 

se juntaban algunos americanos de diversas provincias que recibían de aquel 

impetuoso y tenaz propagandista palabras de aliento y consejo sobre la conducta 

que debían observar en la revolución que creían cercana, y que por medio de 

sus relaciones de amistad, propagaban en las colonias las ideas revolucionarias. 

Don Bernardo O’Higgins fue iniciado en esos proyectos. Presentado a Miranda, y 

tratado por éste con particular afecto, mereció su confianza, oyó sus consejos y 

recibió de él un pliego de instrucciones en que estaba trazado el plan de conducta 

que debía seguir en las emergencias políticas próximas a desarrollarse”. 

Y comentando los positivos conceptos sobre O’Higgins que estampa Miranda 

en ese escrito, añade Barros Arana: “Los acontecimientos posteriores revelan 

120


que las previsiones de Miranda eran por demás fundadas, y que su confianza 

en el joven a quien daba esos consejos no iba a ser engañada. O’Higgins, en 

efecto, por su perseverancia, por su abnegación, por su patriotismo severo e 

incontrastable, por su heroísmo y por su juicio tranquilo y claro, fue sin disputa el 

más ilustre a la vez que el más glorioso de los discípulos de Miranda”. 

Orrego Vicuña ha evocado también la escena de la revelación de los planes 

del Precursor a su discípulo: “Veíanse O’Higgins y Miranda en casa de éste y 

allí, al amparo de los libros, debieron franquearse sus almas, sellando entre 

ellos un pacto de acero que sería ampliamente cumplido. Durante el invierno 

de 1798 prolongáronse esas entrevistas al amor de la lumbre, y mientras en la 

chimenea chisporroteaban los leños, el corazón de ambos ardía de esperanza”. 

En página testimonial ha contado el prócer chileno el deslumbramiento de la 

primera revelación, cuando Miranda descorrió ante el joven el velo de sus grandes 

proyectos. “Al oír de labios del Precursor el cuadro de operaciones que traía entre 

manos, arrojase en sus brazos bañado de lágrimas”. 

Jaime Eyzaguirre, por su parte, recuerda asimismo esta escena y evoca la 

cautivante presencia del prócer venezolano. “Desde un principio, Bernardo se ha 

sentido subyugado por este hombre de ojos fuertes y mentón fino y puntiagudo, 

que más que maestro, parece jefe, caudillo. Y lo halaga verse distinguido por 

Miranda ante todos sus compañeros de estudio. Un día el venezolano le habla a 

solas y le franquea su secreto: todo un admirable plan de libertad de las tierras de 

América. Su voz es persuasiva. Tiene algo de mística y sacerdotal. Y el alma de 

Bernardo queda cogida de inmediato como en un puño. Lo que Washington había 

hecho en las colonias inglesas era preciso realizarlo en los extensos dominios que 

ahora vegetaban bajo la opresión de la dinastía borbónica”. Y añade: “Miranda, 

con la ternura propia de un apóstol que ha salvado y conquistado una inteligencia 

para la más grande de las causas, le estrecha junto a sí”. 

O’HIGGINS RECUERDA A SU MENTOR 

Posiblemente, al momento de partir a su patria, vía España, O’Higgins era el 

más joven de los asociados al vasto plan mirandino. En un documento titulado 

“Nombres de algunos Comisarios de Sudamérica”, figura en el número 13 de la 

lista: “D... Riquelme, de Santiago de Chile”. 

Orrego Vicuña destaca en ambos próceres la consecuencia con los principios 

libertarios: “De pocos hombres –dice, refiriéndose al Precursor– podría afirmarse 

que supieron ser tan leales a la finalidad de su destino”. Y cuando sigue el curso 

de los acontecimientos de 1810, el historiador comenta la difusión en Chile, de 

las noticias relativas a la jornada del 25 de mayo en Buenos Aires. “Cuando la 

noticia de acontecimientos tan trascendentales llegó a Concepción, el corazón 

de O’Higgins debió estremecerse de gozo. Palpitaría en sus venas la fiebre de 

nuevas acciones, y su pensamiento hubo de comulgar con el de Miranda. Muy 

pronto el discípulo alcanzaría la altura del maestro”. 

Sobre el carácter de mentor directo de O’Higgins que tuvo el prócer venezolano, 

las palabras de aquél son precisas. El 1º de septiembre de 1828, escribe desde 

Montalbán al Almirante Hardy: “A Miranda debí la primera inspiración que me lanzó 

121


en la carrera de la revolución para salvar a mi patria”. Con expresiones igualmente 

rotundas, O’Higgins había expresado esa idea al Coronel Juan Mackenna, 

diecisiete años antes, el 5 de enero de 1811. En carta a su amigo irlandés, le 

confiaba que había tenido el temor de verse apresado y enviado al Perú, lo que lo 

había sustraído a la acción por la independencia de su país: “No puedo ocultar a 

V., sin embargo, cuan doloroso me habría sido el yacer impotente tras las rejas de 

los calabozos de Lima, sin haber podido hacer un solo esfuerzo por la libertad de 

mi patria, objeto esencial de mi pensamiento y que forma el primer anhelo de mi 

alma, desde que en el año de 1799 me lo inspiró el General Miranda. Como tengo 

la esperanza de abraza a V. muy pronto, reservo para entonces el referirle cómo 

obtuve la amistad de Miranda, y cómo me hice el resuelto recluta de la doctrina 

de aquel infatigable apóstol de la independencia de la América española”. 

En cuanto al concepto que el Libertador de Chile tuvo del Precursor, las 

palabras que hemos citado son elocuentes al respecto. Se ha dicho, incluso, que 

quiso escribir una biografía de Miranda, pero que las peripecias de su vida no le 

dieron la oportunidad de dedicarse a tal empeño. “Nunca olvidó el discípulo a su 

maestro y en los días de ostracismo, cuando sus ojos fatigados por la obra hecha, 

que alguna vez debíó parecerle estéril, buceaban en las sombras del recuerdo, 

la imagen del Precursor volvería muchas veces a la retina de su espíritu. Y hasta 

intentó escribir su vida, según afirma el doctor Albano, pero diversas circunstancias 

le malograron el propósito. No importaba. ¿Por ventura no la llevaba escrita en su 

propio corazón?”, escribe Orrego Vicuña. 

El historiador Jorge lbáñez valoriza el juicio de O’Higgins sobre Miranda, 

considerando la época temprana –difícil y turbulenta– en que fue formulado. 

Escribe al respecto: “La visión de O’Higgins sobre Miranda adquiere, por ello, la 

categoría de un sorprendente juicio, medular y esencial, anticipando por décadas 

el marco histórico que valoraría con ponderación al incuestionable padre de la 

liberación americana”. Y cita lbáñez a continuación estas palabras del Libertador 

de Chile. “Él fue un hombre de extraordinario talento y, a mi humilde juicio, el 

llamado a tener el primer lugar en la independencia de América. Miranda fue el 

primero que se rebeló a la opresión que había en nuestro continente y el que me 

abrió los ojos a la contemplación del degradante estado de mi patria que me hizo 

tomar la firme resolución de dedicar mi vida y mí fortuna a la gloriosa tarea de 

liberarla de duro yugo bajo el cual estuvo sometida por tantos siglos”. 

En lo tocante a la opinión de los grandes historiadores chilenos sobre el 

Preculsor, podemos decir que ella ha sido por lo general ajustada a la realidad. 

Una desafortunada excepción la constituye Encina, quien en su magna obra 

Bolívar y la Independencia de América Española repite, sin documentación, 

opiniones negativas hace tiempo superadas y muestra un insistente empeño por 

disminuir cualquier mérito del Precursor. 

En las expresiones de Vicuña Mackenna, Barros Arana, Orrego Vicuña, Jaime 

Eyzaguirre, se refleja sincera admiración por la noble y heroica misión que cumplió 

el Precursor. Vimos cómo el primero propone que se llame al continente el Mundo 

de Miranda, como antes se le llamó el Mundo de Colón. Orrego Vicuña, por su 

parte, a propósito del Pacto de París, de 1797, “dice que la fecha de su firma, el 

22 de diciembre, debía ser declarada Día de América Latina” 

122


Este autor valoriza la expedición libertador del “Leandro”. Ella no pudo 

conseguir su objetivo pero tuvo una gran significación moral e histórica. Expresa 

el historiador: “Pero los tiempos no estaban tan maduros como sus anhelos le 

hicieron consentir, y los recursos eran muy insuficientes. Derrotado, se reembarcó, 

tornando al centro de su acción sin abatirse. ¿No es admirable esa fe en el 

acerado espíritu de lucha, con los atributos de símbolo y modelo sin par?”. 

Todos los historiadores citados concuerdan en aquello que resume Orrego 

Vicuña cuando escribe. “Fue decisivo en la vida del Libertador chileno su 

encuentro con el General Miranda”. 

Antes de reproducir los “Consejos...”, queríamos hacer una observación 

acerca de la referencia a las lecturas del joven O’Higgins en Londres que hace 

Barros Arana. Dice el historiador. “Como recuerdo de su patria, O’Higgins leía 

y releía esos dos únicos libros referentes a ella que estaban a su alcance. La 

Araucana, de Ercilla, y la Historia de Chile, del abate Molina. Podemos suponer 

que el adolescente halló esos libros en la biblioteca mirandina. Allí había dos 

ediciones de La Araucana, la de 1586, entonces muy escasa, y la “reciente” 

de 1776; allí estaban el Compendio della storia geográfica, naturale e civile del 

regno de chíli, 1776, y el saggio sulla storia naturale del chisi, 1782, obras que 

el Precursor había leído y hasta citado en documentos suyos. La suposición 

que hacemos puede relacionarse con el hecho, conocido positivamente, de que 

gracias a la biblioteca mirandina, aprendió Andrés Bello la lengua griega. Y como 

tendremos oportunidad de exponerlo más adelante, también en el caso del sabio 

venezolano-chileno, podemos pensar que sus primeros contactos con el Poema 

del Cid se produjeron en la casa de Miranda y que las ideas iniciales de lo que 

serían sus pioneros estudios sobre esa obra y sobre la épica castellana surgieron 

cuando leyó la edición que el Precursor tenía de la Colección de poesías 

castellanas anteriores al siglo XV de Tomás Antonio Sánchez, 1779. 

Gonzalo Bulnes dedica bellos capítulos a Miranda y a Nariño en la sección 

sobre los precursores de su obra 1810: Nacimiento de las repúblicas americanas. 

A pesar de que no alcanzó a conocer el Archivo antes de escribir su libro, sus 

juicios sobre Miranda son justicieros. Reconoce que “su gran personalidad está 

lejos de ser bien conocida todavía y los rasgos de mayor interés de su vida 

para la historia de este continente, permanecen en la oscuridad”. Lo primero, 

desafortunadamente, sigue siendo cierto en buena medida; lo segundo ha 

sido superado con la abundancia documental abrumadora proporcionada por 

Colombeia, que se empezó a publicar en 1929, el año en que editó la obra Bulnes. 

El historiador habla sobre la unidad hispanoamericana propiciada tempranamente 

por el Precursor. “La nueva nación que Miranda concebía era toda la América 

hispana, desde California hasta el estrecho de Magallanes, formando un solo 

Estado. Los abrazaba a todos con el nombre de Colombia, en su inmenso amor 

por la libertad”. El “Pacto de París” lo considera como una fantasía llevada al 

delirio, pero no creemos que lo hace dando a este término su peor sentido, pues 

dice de aquel documento: “pliego extraño que es la ilusión, inconmensurable de un 

gran patriota, de un proscrito, de un aventurero de la libertad que vivía soñando, 

de un hombre que no pisaba la realidad cuando pensaba en estas patrias libres 

de Sudamérica ocupando un lugar soberano a la luz del sol en el concierto del 

123


mundo”. Es lo que ha sucedido con los más nobles sueños concebidos para 

elevar la condición de la humanidad. 

Y hermosas son las palabras que dedica Bulnes al sentido de la vida de 

Miranda y a su trágico final: “Lo que domina en la de Miranda es la perseverancia, 

la fe blindada contra todas las decepciones, que también es la nota saliente en la 

carrera de Bolívar. Fue un gran visionario ‘. Su pensamiento vagaba en las alas 

de la fantasía, contemplando entusiasmado los espacios infinitos de una América 

ennoblecida por la libertad. A este anhelo lo sacrificó todo, y esto que resulta en 

la primera parte de su carrera, culmina en el resto de ella y en su fin, cuando cae 

en La Guaira en 1812, rendido por el destino adverso, y muere tres años (cuatro) 

después atado a una cadena en una hórrida prisión española”. 

LOS CONSEJOS A UN JOVEN AMIGO 

He aquí el texto de los “Consejos...”: 

Mi joven amigo: 

“El ardiente interés que torno en vuestra felicidad me induce a ofrecemos 

algunas palabras de advertencia al entrar en ese gran mundo en cuyas olas yo he 

sido arrastrado por tantos años. Conocéis la historia de mi vida, y podéis juzgar si 

mis consejos merecen o no ser oídos”. 

“Al manifestaras una confianza hasta aquí ilimitada, os he dado pruebas de 

que aprecio altamente vuestro honor y vuestra discreción, y al trasmitimos estas 

reflexiones os demuestro la convicción que abrigo de vuestro buen sentido, porque 

nada puede ser más insano, y a veces más peligroso que hacer advertencia a un 

necio”. 

“Al dejar la Inglaterra, no olvidéis por un solo instante que fuera de este país, 

no hay en toda la Tierra sino otra nación en la que se pueda hablar de política, 

fuera del corazón probado de un amigo, y que esa nación es la de los Estados 

Unidos”. 

“Elegid, pues, un amigo, pero elegidie con el mayor cuidado, porque si os 

equivocáis sois perdido. Varias veces os he indicado los nombres de varios 

sud-americanos en quienes podrías reposar vuestra confianza, si llegarais a 

encontrarlos en vuestro camino, lo que dudo porque habitáis una zona diferente”. 

“No teniendo sino muy imperfectas Ideas del país que habitáis, no puedo daros 

mi opinión sobre la educación conocimientos y carácter de vuestros compatriotas, 

pero a juzgar por su mayor distancia del Viejo Mundo, los creería los más 

ignorantes y los más preocupados. En mi larga conexión con Sud-América, sois 

el único chileno que he tratado, y por consiguiente no conozco más de aquel 

país que lo que dice su historia, poco publicada, y que la presenta bajo luces tan 

favorables”. 

“Por los hechos referidos en esa historia, esperaría mucho de vuestros 

campesinos, particularmente del Sur, donde, si no me engaño, intentáis establecer 

vuestra residencia. Sus guerras con sus vecinos deben hacerlos aptos para las 

124


armas, mientras que la cercanía de un pueblo libre debe traer a sus espíritus la 

idea de la libertad y de la independencia”. 

“Volviendo al punto de vuestros futuros confidentes, desconfiad de todo hombre 

que haya pasado de la edad de 40 años, a menos que os conste el que sea amigo 

de la lectura y particularmente de aquellos libros que hayan sido prohibidos por 

la Inquisición. En los otros, las preocupaciones están demasiado arraigadas para 

que pueda haber esperanza de que cambien y por que el remedio es peligroso”. 

“La juventud es la edad de los ardientes y generosos sentimientos. Entre los 

jóvenes de vuestra edad encontraréis fácilmente muchos, prontos a escuchar y 

fáciles de convencerse. Pero, por otra parte, la juventud es también la época de 

las indiscreción y de los actos temerarios: así es que debéis tener estos defectos 

en los jóvenes, tanto como la timidez y las preocupaciones en los viejos”. 

“Es también un error creer que todo hombre porque tiene una corona en la 

cabeza o se sienta en poltrona de un canónigo, es un fanático intolerante y un 

enemigo decidido de los derechos del hombre. Conozco por experiencia que en 

esta clase existen los hombres más ilustrados y liberales de SudAmérica; pero 

la dificultad está en descubrirlos. Ellos saben lo que es la Inquisición y que las 

menores palabras y hechos son pesados en su balanza, en la que, así como se 

concede fácilmente indulgencia por los pecados de una conducta irregular, nunca 

se otorga al liberalismo en las opiniones. 

“El orgullo y fanatismo de los españoles son invencibles. Ellos os despreciarán 

por haber nacido en América y os aborrecerán por ser educado en Inglaterra. 

Manteneos, pues, siempre a larga distancia de ellos”. 

“Los americanos impacientes y comunicativos os exigirán con avidez la 

relación de vuestros viajes y aventuras, y de la naturaleza de sus preguntas 

podréis formaros una regla a fin de descubrir el carácter de las personas que os 

interpelen. Concediendo la debida indulgencia a su profunda ignorancia, debéis 

valorizar su carácter, el grado de atención que os presten y la mayor o menor 

inteligencia que manifiesten en comprendemos, concediéndoles o no vuestra 

confianza en consecuencia”. 

“Nos permitáis que jamás se apodere de vuestro ánimo ni el disgusto ni la 

desesperación, pues si alguna vez dais entrada a estos sentimientos, os pondréis 

en la impotencia de servir a vuestra patria”. 

“Al contrario, fortaleced vuestro espíritu con la convicción de que no pasará 

un solo día, desde que volváis a vuestro país, sin que ocurran sucesos que os 

llenen de desconsolantes ideas sobre la dignidad y el juicio de los hombres, 

aumentándose el abatimiento con la dificultad aparente de poner remedio a 

aquellos males”. 

“He tratado siempre de imbuirle principalmente este principio en nuestras 

conversaciones y es uno de aquellos objetos que yo desearía recordamos, no 

sólo todos los días sino en cada una de sus horas”. 

“¡Amáis a vuestra patria! Acariciad ese sentimiento constantemente, fortifícadlo 

por todos los medios posibles, porque sólo a su duración y a su energía deberéis 

el hacer el bien”. 

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“Los obstáculos para servir a vuestro país son tan numerosos, tan formidables, 

tan invencibles, llegaré a decir que sólo el más ardiente amor por vuestra patria 

podrá sostenemos en vuestro esfuerzos por su felicidad”. 

“Respecto del probable destino de vuestro país ya conocéis mis ideas, y aun 

en el caso de que las ignoréis, no será éste el lugar a propósito para discutirlo”. 

“Leed este papel todos los días durante vuestra navegación y destruido 

en seguida. No olvidéis ni la Inquisición, ni sus espías, ni sus sotanas, ni sus 

suplicios”. 

FRANCISCO DE MIRANDA 

Comentando los consejos dados por el Precursor a O’Higgins, escribe Orrego 

Vicuña “Llama la atención en esta página, el espíritu hondamente realista mostrado 

por Miranda, y se advierte el afecto casi paternal que lo animaba hacia el joven 

discípulo. Llevólo éste junto al corazón y, según se cuenta, lo conservó toda su 

vida pública. A sus directivas se conformó en el tiempo que permaneció en España 

en contacto secreto con los afiliados a la Gran Reunión, especialmente con los 

canónigos Cortés de Madariaga y Fretes. Y los principios fueron observados, en 

lo medular, hasta la hora última”. 

EL PRECURSOR Y EL ABATE MOLINA 

Antes de cerrar esta sección, quisiéramos recordar que la obra del Abate 

Molina fue leída, citada y hasta regalada en ocasión importante por el Precursor. 

En mayo de 1790, en una exposición presentada al gobierno inglés en la 

persona del Ministro William Pitt, colocó Miranda diversas notas con el objeto de 

reforzar sus argumentos a favor de la acogida por parte de Gran Bretaña de su 

plan independentista. Una de las notas consiste en una cita del libro del Abate 

Molina, identificado así “Historia naturale del Chile, Bologna, 1782, página 333”. 

Este es el párrafo que transcribe el Precursor, fragmento que resulta emocionante 

leer. Con las palabras del sabio sacerdote desterrado, quería el General de la 

Revolución Francesa hablar de la población de uno de los países de su “amada 

Colombia”, el más lejano, el cual –no lo dudaba– entraría en la revolución por la 

independencia. 

“El hombre goza de todo el vigor que pueden suministrarle las bondades 

de un clima inalterable. Una tardía muerte viene, en general, a cortar el largo 

discurrir de sus días. Los de origen europeo son en su mayoría de bella estampa, 

especialmente las mujeres muchas de las cuales se encuentran dotadas de una 

singular belleza”. 

Con esas palabras presentaba Miranda a los chilenos ante las pragmáticas 

autoridades inglesas, que más de una vez sonreirían ante los argumentos del 

prócer, como más de una vez desmintieron las esperanzas que habían dado 

de ayudar a la causa hispanoamericana. En el mismo documento a que nos 

referimos, Miranda utiliza expresiones de Feijoo para ponderar las cualidades de 

los habitantes del continente colombiano. “La cultura en todo género de letras 

126


humanas, entre los que no son profesores por destino, florece más en la América 

que en España”. 

Volviendo al libro del ilustre sacerdote chileno, éste reaparece en los papeles 

mirandinos en un momento muy importante para la lucha por la libertad de 

América. En los días de enero de 1806, el Precursor vive agitadas y febriles 

jornadas en Estados Unidos. Están finalizados los preparativos para el zarpe 

de su expedición libertadora. El 13 de diciembre de 1805 se ha entrevistado 

con el Presidente Jefferson, el cual ha mostrado cierta disposición favorable. 

De hecho las autoridades norteamericanas no han puesto mayores obstáculos 

a los preparativos de Miranda. Este quiere hacer una especie de constancia 

autoconstancia de que el mandatario aprueba en cierto modo su actuación. Para 

eso, le envía un regalo y una carta en la que alude a la entrevista. La edad de 

oro soñada por los antiguos y el lejano Chile son menciones que hallamos en 

este texto. Aquella estará presente, pocos días después, en las disertaciones 

que dirigirá Miranda a los bisoños reclutas de su “ejército sudamericano”. En sus 

lecciones a los jóvenes soldados no faltan las alusiones a los pueblos antiguos, a 

la gloria de los griegos, y la visión de una futura grandeza. Biggs nos cuenta algo 

sobre aquellas conferencias. “Para usar su propio lenguaje –nos dice el marino–, 

él abomína de la tiranía; detesta a los truhanes; aborrece a los aduladores, odia 

el engreimiento y se lamenta de la diabólica corrupción de los tiempos modernos. 

Ama la libertad, admira el candor y la sinceridad, estima a los sabios y sensatos, 

respeta la humanidad y se deleita en aquella noble y hermosa integridad y buena 

fe que distinguió la edad de oro de la antigüedad”. 

El relato de Biggs sobre las enseñanzas de Miranda y sus discursos ante los 

rudos seres reclutados como marinos de la libertad, no puede dejar de traer a 

la memoria aquel discurso famoso de Don Quijote ante los cabreros: “¡Dichosa 

edad y siglos dichosos aquellos a quienes los antiguos pusieron nombres de 

dorados...!” 

Pero el visionario Precursor no sólo habla de “Edad dorada” a hombres rudos 

y rústicos. Tratando de conseguir apoyo y esforzándose por dejar constancia en 

una carta suya de una opinión del Presidente de Estados Unidos, que pueda servir 

para sus propósitos, escribe a Jefferson, como decíamos a comienzo de 1806, 

poco antes de partir. La misiva tiene dos partes. La primera, destinada a hacer 

llegar un obsequio. ¡Un libro! Un libro sobre un país de América, de la Colombia 

a la que anhela ver libre. En la segunda parte, se trata de recordar y dejar escrita 

una actitud del Presidente: el deseo que había expresado en reunión con Miranda 

de que el empeño libertador tuviera éxito. La idea de la “edad dorada” –que 

volverá a vivirse en Colombia libre– aparece con elocuencia breve, pero exaltada, 

y se expresa con los mismos clásicos versos de Virgilio. 

Conmueve leer este texto y meditar sobre él. ¡Cuánta pasión cuánto amor 

por la patria americana hay tras esas líneas; cuántos años de esfuerzos! Y 

observamos detenidamente es verdad que el revolucionario busca apoyo del país 

a cuya libertad él también contribuyó; pero no deja de hacer constar que “el futuro 

luminoso de Colombia surgirá por los generosos esfuerzos de sus propios hijos”. 

Pero releamos ya esta carta a Tomás Jefferson. 

127


“Nueva York, enero 22,1806. Señor Presidente tengo el honor de enviarle la 

Historia Natural y Civil de Chile, sobre la cual conversamos en Washington; Usted 

quizás podrá encontrar más interesantes hechos y más grandes conocimientos 

en este pequeño volumen, que en aquellos que han sido publicados antes sobre 

el mismo tema concerniente a este bello país. 

Si alguna vez la feliz predicción que usted ha hecho sobre el futuro de nuestra 

querida Colombia se cumple en nuestro día, quiera la Providencia conceder que 

fue bajo los auspicios de usted y por los generosos esfuerzos de sus propios 

hijos. Podremos, entonces, en alguna forma contemplar la llegada de aquella 

edad cuyo retorno invocaba el bardo romano a favor de la raza humana: 

Última Cumaei venid iam carminis aetas, magnas ab integro saeclorum 

mascitur ordo. Iam redid et virgo, redeunt Saturnia regna, lam nova progenies 

caelo demittitur alto. Llegada es ya la postrera edad que anunció la Sibila de 

Cumas, renace la serie toda de los siglos, ya retorna la Virgen y vuelve el reinado 

de Saturno, ya desciende del alto cielo una nueva generación. 

Con mi mayor consideración y profundo respeto, etc. 

Así, en un libro, escrito por un desterrado chileno en la lengua hermana, la del 

país que le dio hospitalidad –libro entonces reciente– y en cuatro versos del mayor 

poeta clásico latino, quiere el Precursor comunicar su fe y su pasión en el destino 

de América. La majestad de la lengua virgiliano en los proféticos acentos de su 

IV Egloga quiere referirse sobre la descripción que en italiano hace un escritor 

criollo de su país, el más remoto de América. Lo antiguo y lo nuevo; lo clásico 

y lo actual: todo al servicio de la libertad para América. Como en sus anteriores 

conversaciones con el futuro libertador O’Higgins, siete u ocho años antes, 

también ahora, en el momento decisivo en que se lanzaba Miranda a desafiar al 

Imperio español, estuvo presente en Chile. 

128


INFLUENCIA DEL MAESTRO SOBRE EL DISCÍPULO: 

EL PAPEL DE MIRANDA Y O’HIGGINS 

EN LA SINGULARIDAD DEL CASO CHILENO 

Y DE SU GOBERNABILIDAD 

Christian Ghymers 1 

INTRODUCCIÓN 

Para lograr plenamente sus metas, el bicentenario de Chile tiene que apuntar a 

ser también un gran esfuerzo colectivo de entendimiento crítico de su pasado. En 

Chile, como en los otros países hispanoamericanos, la historia de la emancipación 

colonial está envuelta en las epopeyas militares que sirvieron para mitificar a unos 

personajes identificados con la emergencia de los nuevos países y que forman 

parte de las componentes fundamentales de las culturas e identidades de los 

países latinoamericanos. 

Dado este hecho cultural y sociopolítico que pesa tanto en la psicología 

colectiva de los pueblos latinoamericanos, es sumamente difícil (y arriesgado) 

destapar el púdico velo que oculta o sesga el análisis del papel más decisivo 

de los libertadores en las características de gobernabilidad de los países. 

La presente contribución trata, sin embargo, de abrir un debate sobre esta 

problemática de las relaciones entre el tipo de gobernabilidad y el ideario político 

de los próceres, al localizar la atención sobre dos personalidades que según 

nuestras hipótesis, desempeñaron un papel decisivo en la explicación de la 

singularidad del caso chileno. Lo interesante en este caso, es que la, mayor parte 

de los países hispanoamericanos lograron su independencia y se crearon como 

Estado en forma casi simultánea y a partir de la misma herencia institucional y 

cultural. Eso confiere un alto grado de comparabilidad entre países, al limitar las 

posibles explicaciones de la singularidad del caso chileno en relación a los otros 

países creados a partir de la emancipación. La muestra considerada prescinde 

de muchos factores que interfieren en comparaciones internacionales cuando los 

países son de origen y formación mucho más diferentes. 

1 Economista, Consejero de la Comisión Europea, en comisión de servicio en la CEPAL, Naciones Unidas. 

Profesor del Institut Catholique des Hautes Etudes Comerciales (ICHEC) de Bruselas, Miembro de número del 

Instituto O’Higginiano de Chile. El autor se expresa a título exclusivamente personal y las ideas expresadas 

no involucran de ninguna manera a las instituciones por las cuales trabaja. 

129


Nuestra tesis acerca de la existencia de un nexo importante entre los 

Libertadores y el funcionamiento institucional de un país puede sintetizarse 

mediante el silogismo siguiente, cuya conclusión tiene un grado de validez 

directamente proporcional a la de sus premisas: 

1. El éxito económico de un país y su desarrollo dependen estrechamente de 

la calidad de su gobernabilidad, que a su vez depende de su cultura política 

y de las instituciones básicas que dan cohesión a su sociedad. 

2. Los Libertadores contribuyeron profundamente a la formación de las 

identidades nacionales y de la cultura política, de las cuales emergieron las 

instituciones básicas de sus países. 

3. Por lo tanto, debería existir un nexo indirecto significativo entre los 

Libertadores y el modo de gobernabilidad o de desarrollo de un país, lo que 

implica que sea imprescindible analizar más a fondo el pensamiento político 

y constitucional de estos fundadores. 

Un índice a priori significativo de la pertinencia de nuestro silogismo, está dado 

meramente por el hecho de que los próceres han sido y siguen siendo usados 

con fines políticos en Hispanoamérica. En el caso chileno, llama especialmente 

la atención el conflicto que se mantiene, incluso hoy día, entre o’higginianos y 

carrerinos para reivindicar para su héroe el papel de Libertador. 

El presente trabajo se limita al caso chileno que presenta precisamente 

el interés de ser diferente de los otros casos latinoamericanos, lo que merece 

una explicación. Para eso, proponemos poner en evidencia el papel crucial que 

O’Higgins desempeñó en la construcción de la institucionalidad democrática 

chilena y relacionar este papel con algunos aspectos del ideario mirandino y de la 

capacitación que el primero recibió en Londres del precursor de la emancipación 

latinoamericana. De tal manera tratamos de participar en el proceso de 

interrogación y reexamen del pasado nacional y latinoamericano que podría 

útilmente contribuir al progreso de la cohesión social. 

EL CASO CHILENO: DOS SIGLOS DE PECULIARIDADES, 

UN RECORRIDO SINGULAR QUE REQUIERE UNA EXPLICACIÓN 

Chile inició su recorrido independiente partiendo con un atraso importante en 

comparación con las otras regiones o capitanías. Era el reflejo de su aislamiento 

geográfico, de sus insuficiencias en materia de infraestructura, de una guerra 

permanente contra los araucanos, de la ausencia de riqueza concentrada y de 

centros urbanos o intelectuales mayores, siendo la capital una ciudad con carácter 

provinciano, casi “rural”. También la expulsión de los 360 jesuitas en 1767 2 privó a 

Chile de un importante capital humano propio que no se había podido reconstituir 

cuando estalló la independencia y los conflictos internos que agravaron su 

handicap inicial. 

2 Sobre los 2.617 jesuitas expulsados de Hispanoamérica se da una proporción mayor en Chile, según Vicens 

Vives, citado por Jocelyn-Holt en La Independencia de Chile, Planeta, 2ª edición, Santiago 1999, p. 69. 

130


Sin embargo, en reacción a estas condiciones adversas se nota, desde el fin 

del siglo XVIII, la emergencia de una conciencia creciente de la necesidad de una 

política de desarrollo autónomo. La administración borbónica concibió “al Estado 

como un agente activo estimulador y creador de riqueza” 3 . Este “voluntarismo” 

local para organizar el desarrollo de una región marginal y encaminarla hacia 

el progreso, se nota, por ejemplo, en los esfuerzos de creación de instituciones 

básicas propias, como los tribunales consulares que fomentaban las actividades 

económicas, la Universidad de San Felipe y la Academia San Luis, que dieron a 

la Capitanía unas herramientas de formación de su identidad. 

Para dar una idea sintética de la posición relativa de Chile en América Latina, 

desde el punto de vista de su nivel de desarrollo económico y de su recorrido 

histórico en dos siglos de independencia, construí tres índices nivel de producción 

por habitante en Chile, comparado respectivamente América Latina, Europa y las 

nuevas economías emergentes anglosajonas (EE.UU., Canadá, Australia, Nueva 

Zelanda) 4 . Partiendo de los datos reconstruidos por Rolf Lüders y su equipo de 

la Pontificia Universidad Católica para Chile 5 , y empalmándolos con los niveles 

de poder adquisitivo estimados a fines de comparación internacional por Angus 

Maddison 6 , dividí el nivel del PIB por habitante en Chile por los niveles del PIB por 

habitante de las tres regiones de referencia (calculados también por Maddison). 

Los indicadores sintéticos así obtenidos nos dan la posición de desarrollo relativo 

de Chile durante los dos siglos observables desde la independencia, como 

aparecen en el gráfico. 

El examen del indicador de la posición relativa de Chile en América Latina 

permite distinguir cuatro grandes períodos en los dos siglos así representados. 

1. LA EMERGENCIA: 1817-1880. 

Partiendo con un retraso del orden del 25% con respecto al promedio del 

imperio colonial, Chile logra un despegue espectacular que le permite adelantar 

al resto de la región a partir de 1840 y acumular un avance del orden del 75% 

a fines del período. Este despegue corresponde también a una reducción de 

su retraso respecto a Europa y las economías anglosajonas. Eso resulta de la 

implementación en Chile de instituciones estables, favorables al desarrollo de los 

mercados y a la apertura progresiva, con un Estado emprendedor y apoyando a 

las empresas. 

2. LA ECONOMÍA DE RENTA Y EL ESTANCAMIENTO: 1890-1920 

La importancia de las rentas mineras (salitre) después de la Guerra del Pacífico 

se tradujo en el llamado “síndrome holandés”, es decir, una sobre evaluación 

monetaria. Además, el fenómeno de pérdida de competitividad se vio empeorado 

3 Jocelyn-Holt, Alfredo, La Independencia de Chile, ob. cit. pp. 66-67. 

4 Christian Ghymers, “Le modèle économique chilien”, mimeo, curso del “Master in Intercultural Management, 

MIME”, ICHEC, Bruselas, 1997. 

5 Para los datos chilenos, usé las series creadas por el equipo de Rolf Lüders y Gert Wagner, Pontificia 

Universidad Católica, Santiago, 1997. 

6 Para la mayoría de los datos internacionales utilizados ver Angus Maddison, “Monitoring the Worid Economy 

1820-1992” Development Centre Studies, OECD, 1995. 

131


por la inflación, resultado del proteccionismo y del intervencionismo creciente 

que respondía a las dificultades, creando más distorsiones potenciales. Chile 

no progresa más respecto a la región y empieza a perder terreno en relación a 

las economías más avanzadas, salvo respecto a Europa, que es afectada por el 

impacto de la Primera Guerra Mundial. 

3. EL POPULISMO Y LA DIVERGENCIA: 1920-1973 

El círculo vicioso del crecimiento insuficiente que induce más intervencionismo, 

creando más distorsiones y más desequilibrios macroeconómicos lleva a Chile al 

camino de respuestas políticas aún más radicales. La crisis mundial de los años 

treinta fomenta el proteccionismo y los experimentos de políticas. En las décadas 

siguientes diversos intentos de políticas alternativas fracasan o no permiten 

revertir la caída relativa de la economía chilena. El experimento socialista de la 

Unidad Popular cierra el proceso, con la posición relativa de Chile alcanzando un 

nivel inferior a su punto de partida en 1920. Eso atrapa a Chile en una profunda 

crisis política y social que divide el país y acaba con la democracia y el orden 

constitucional. 

4. LA RECUPERACIÓN: 1984-2000 

Bajo un régimen militar y después de diez años de ajuste difícil (1974-1983) 

Y con reformas drásticas y errores, una economía social de mercado, regulada 

según normas anglosajonas, emerge y permite una espectacular recuperación de 

los niveles anteriores. 

LA TESIS DE LA SINGULARIDAD DE LA EMANCIPACIÓN CHILENA 

Esta digresión macroeconómica permite evaluar el significante despegue de 

la economía chilena, a partir de su emancipación política en relación al resto de 

América Latina. Lo interesante en el caso, es que la mayor parte de los países 

lograron su independencia y se crearon como Estado en forma casi simultánea, a 

partir de la misma herencia institucional y cultural y siguiendo procesos semejantes. 

Si bien es obvio, para los historiadores y economistas, que el despegue chileno 

está relacionado con la temprana y singular estabilidad política que Chile había 

logrado, las explicaciones de las razones de este doble fenómeno de adelanto 

son menos obvias, o, por lo menos, escasas. 

Nuestra tesis consiste en aplicar el silogismo presentado en la introducción: en 

la medida en que podamos identificar diferencias significativas en los aportes de 

los próceres Miranda y O’Higgins en relación a los otros próceres, y en la medida 

en que estos aportes pudieron traducirse en las instituciones chilenas, la tesis de 

una deuda de Chile hacía el dúo Miranda-O’Higgins, que hubiera orientado desde 

el inicio las instituciones chilenas en la dirección favorable al desarrollo, tomaría 

sentido. 

La independencia de Hispanoamérica se realizó en un contexto de 

superposición de guerras: una guerra externa para lograr la emancipación de 

la Madre Patria, y otras internas a la sociedad criolla americana para llegar a 

132


una organización institucional sustentable, es decir, fijar los nuevos Estados y 

sus opciones de gobernabilidad. Además de una guerra de descolonización, la 

emancipación hispanoamericana fue también una serie de guerras civiles, sobre 

todo entre liberales y absolutistas, pero también entre caudillos o entre diferentes 

tendencias para ejercer el poder. Es importante recalcar que la emancipación 

no se puede reducir a una guerra de “criollos liberales” frente a “españoles 

realistas”, como lo presenta la versión mítica popular, sino que, en ambos lados 

del Atlántico, fue sobre todo la lucha entre el deseo emancipador de democracia 

contra el poder aplastante de la tiranía del régimen absolutista. La Junta de 

Sevilla y el movimiento de resistencia a la usurpación del trono por Bonaparte 

fueron dirigidos por el liberalismo peninsular que llamó a los criollos a unirse al 

movimiento (diciembre de 1808 y enero de 1809). Lo que implicaba una ruptura 

del régimen político, con la aplicación del concepto de soberanía popular y las 

elecciones de representantes al Congreso Constituyente de Cádiz y a las Cortes. 

El trabajo constitucional que produjo el Código Político de 1812 (la Constitución 

liberal de Cádiz) fue el resultado tanto de peninsulares como de criollos, que 

juntos defendieron la introducción de principios democráticos fundamentales. A 

esta lucha entre liberales y absolutistas se agregó, desde 1809, un debate político 

entre liberales peninsulares y liberales criollos. Los representantes americanos 

sostenían, con razón, que eran jurídicamente súbditos de Fernando VII y no de 

los españoles peninsulares, sus reinos estando vinculados a la monarquía y no al 

gobierno de España, en tanto que la Junta Central, el Consejo de Regencia y las 

Cortes pretendían gobernar y legislar para ambos lados del Atlántico. 

La revolución de los criollos americanos fue así una consecuencia de la guerra 

en España, que ofrecía la ocasión “forzada” de asumir el absoluto control político 

y económico de sus provincias. Los criollos no podían obedecer a un usurpador 

extranjero (José Bonaparte), ni a un rey prisionero (Fernando VII), ni tampoco a 

los españoles en lucha (la Junta Central y el Consejo de Regencia). Esta última 

opción hubiera significado, en los territorios americanos, reforzar el poder de 

la clase minoritaria de los funcionarios españoles sobre la aristocracia criolla, y 

agudizar así el problema de desigualdad entre peninsulares y americanos que 

daba origen al afán autonomista. Sin embargo, la fórmula generalmente elegida 

de ruptura con la metrópoli, mediante juntas de gobierno autónomas pero súbditas 

del rey cautivo, quitaba el poder a los residentes peninsulares, agudizando el 

conflicto de intereses entre estos dos componentes de la clase dominante. Eso 

explica que, en varios casos, la guerra de emancipación fue una guerra civil entre 

estos dos bandos. 

Además, esta guerra de independencia política tomó distintas orientaciones. 

Con la autonomía, los ricos criollos de las provincias con mayoría de mestizos, 

indios, pardos y esclavos enfrentaban el riesgo de perder sus privilegios, al 

no poder contener las crecientes demandas de participación de otros grupos 

sociales. Los ejemplos de los excesos de la Revolución Francesa y de las más 

cercanas experiencias de Coro (1795) y de Haití (1802) ejercen sobre ciertas 

provincias (México, América Central, Venezuela, Perú y Alto Perú), un efecto de 

cohesión en los dos bandos por temor al cambio social. En La Paz, en 1809, y 

sobre todo en México, de 1810 hasta 1815, fue una revolución social y racial de 

los indios y mestizos en contra de los terratenientes blancos. En otras partes fue 

133


más bien esta lucha para aprovecharse del poder entre dos facciones de la clase 

dominante, y no siempre los criollos independentistas fueron liberales, sino que 

a veces obedecieron a tendencias conservadoras por temor a perder su dominio 

social. Tanto se trataba de acabar con la explotación colonial, como a oponerse a 

las opciones políticas tomadas por el régimen español en la península, sea porque 

ésta volvió al absolutismo (Chile, Venezuela, Río de la Plata, 1814-1820), sea 

para impedir el cambio social cuando España se volvía liberal y demócrata (1820, 

México y Centroamérica). En España, esta vuelta en 1820 a la Constitución de 

1812 estuvo ligada al rechazo, por parte del Ejército, de las órdenes de marchar 

a aplastar las revoluciones americanas (Rafael de Riego), quien encabezó la 

revolución liberal. Pues pertenecía a las fuerzas que el Rey había destinado a 

reconquistar las colonias americanas. Además, el ejemplo de la revolución liberal 

de España de 1820 fue seguido por otros países en Europa, donde la lucha era 

también entre liberales y absolutistas: tanto en Portugal como en Nápoles y Sicilia. 

La emancipación fue –en un sentido insuficientemente reconocido– igualmente un 

fenómeno español. Incluso, España lideró durante un breve período el movimiento 

liberal en Europa, cuando las restauraciones monárquicas se tradujeron en un 

retroceso de la democracia (Santa Alianza). 

En Chile, y al contrario de los otros virreinatos o capitanías, la emancipación 

se caracteriza por la simultaneidad de una epopeya militar y la organización de un 

Estado moderno con la invención de una nueva gobernabilidad. La independencia 

colonial coincidió con la construcción republicana. Mediante ensayos propios del 

ejercicio de una vida civil regular desde los primeros momentos, un aprendizaje 

progresivo condujo a estructurar una nueva identidad y gobernabilidad en forma 

más pacífica y civil, antes que los países vecinos, e incluso antes que la mayoría 

de los países europeos. En el resto de Hispanoamérica la lucha armada opacó 

otros ámbitos del quehacer social. No hubo el mismo entusiasmo para luchar 

por darle un curso regular estable a las instituciones políticas y a las actividades 

económicas. Las arcaicas estructuras sociales no fueron en general alteradas por 

el proceso de independencia. Así, el fin de los combates militares fue seguido 

por un largo período de desgobierno, de anarquía y de guerras civiles, dado que 

las fuerzas desbordadas de las revoluciones emancipadoras no encontraron un 

cauce institucional adecuado. 

Ahora bien, la famosa excepción chilena de una estabilidad política rápida y 

precursora no resultó de una mera casualidad o de una suerte accidental. En 

Chile, la independencia ocurrió en una sociedad hispano-colonial incluso más 

atrasada y conoció los mismos tipos de conflictos internos, fue expuesta a los 

mismos riesgos de anarquía y de caudillismo que en el resto de los países que 

salían del sistema absolutista. Recorrió las mismas etapas y enfrentó los mismos 

retos en el mismo tipo de contexto sociocultural y, sin embargo, el método fue 

diferente y cada una de estas etapas sirvieron de algo para fortalecer el orden 

republicano. Por lo tanto, la explicación debe encontrarse en este método y en 

sus orígenes. 

Chile fue el único caso de intento concreto de una emancipación completa, es 

decir, que asociaba su autonomía política a reformas socioeconómicas simultáneas. 

Se trataba de lanzar una organización institucional democrática en plena guerra de 

independencia, lo que significaba enfrentar una triple guerra: (i) la guerra contra la 

134


Madre Patria, y una doble guerra interna, o la “emancipación mental”; con (ii) una 

guerra en contra de su propio pasado colonial y (iii) otra que oponía los esfuerzos 

de implementación de las ideas nuevas de una gobernabilidad republicana y 

racional, a los intereses potentes del nuevo caudillismo local independentista 

emergido del derrumbe del imperio. Cinco constituciones en plena guerra con una 

administración decapitada y en quiebra financiera, los conceptos republicanos de 

soberanía popular, de representatividad, de separación de los tres poderes, de 

“habeas corpus” firmemente establecidos antes que la gran mayoría de los países 

latinoamericanos y europeos. 

Explicar estos adelantos representa una tarea casi imposible en términos 

científicos o si uno busca pruebas definitivas. Sin embargo –y en la óptica y límites 

de nuestro silogismo de partida– nos atrevemos a proponer algunas pistas a los 

historiadores y a los especialistas en ciencias políticas, con muchas reservas y 

con la intención de lanzar un debate a futuro. Así, una serie de acciones políticas 

tomadas por las primeras administraciones independientes chilenas, al perfilarse 

en una dirección más coherente que en los otros países permiten fundamentar 

la hipótesis del papel decisivo de las opciones tomadas deliberadamente desde 

el inicio por los fundadores del Estado chileno. Al lograr imponer una orientación 

más favorable al desarrollo económico desde el inicio, los próceres chilenos 

actuaron como generadores de una institucionalidad más adaptada al cambio en 

una sociedad hispano-colonial. Reconociendo que paternidad se reparte en más 

de un solo prócer y varios colaboradores, si por naturaleza una obra colegiada y 

sucesiva, sostenemos la posición de que el más determinante, tanto por su ideario 

como por la continuidad de sus acciones concretas en momentos oportunos, fue 

Bernardo O’Higgins. 

EL PAPEL DE O’HIGGINS EN LA FORMACIÓN 

DE LA INSTITUCIONALIDAD CHILENA 

1) LA EMANCIPACIÓN O’HIGGINIANA O LA IMPRESCINDIBLE ASOCIACIÓN DE LA 

INDEPENDENCIA POLÍTICA CON UNA DEMOCRACIA REPUBLICANA 

Desde el inicio efectivo en 1810 del movimiento autonomista en Chile, O’Higgins 

se manifestó como uno de los muy escasos protagonistas de una independencia 

absoluta y revolucionaria. Eso significa que, para O’Higgins, independencia 

absoluta y democracia republicana eran las dos caras de la misma medalla. Una 

no podía ser útil sin la otra. Esta doble dimensión de la emancipación o’higginiana 

era un legado directo de su maestro Miranda (ver sección 4) que fue el primero 

en manifestar “de manera explícita esa doble necesidad de alcanzar tanto la 

independencia política como la emancipación mental” 7 . Esta necesidad de asociar 

la independencia política del Reino de Chile a la de la metrópoli con un cambio 

radical del régimen político interno para sustituir el absolutismo por una república 

democrática, es una característica fundamental del aporte del Padre de la Patria 

7 Bohórquez, Carmen, “La tradición republicana: Desde los planes monárquicos hasta la consolidación del ideal 

y la práctica republicana en Iberoamérica”, publicado en: El pensamiento social y político iberoamericano 

del siglo XIX. Edición de Arturo Andrés Roig. Enciclopedia Iberoamericana de Filosofía, 22. Editorial Trotta / 

Consejo Superior de Investigaciones Científicas. Madrid, 2000, pp. 65-86. 

135


chilena. Si bien hubo en Chile un precursor de esta postura, Juan Antonio de Rojas 

en 1780, esta estrategia era compartida al principio por muy escasas personas en 

Chile y se diferenciaba claramente de las de los otros patriotas. 

El movimiento autonomista del 18 de septiembre carecía de plan político... 

Los principales actores de la Junta del 18 septiembre de 1810 y la gran mayoría 

de los partidarios de la autonomía en 1810-11 apuntaban a una mera autonomía 

administrativa, al reconocer al Rey Fernando VII como soberano legítimo 8 , y 

aprovechando su alejamiento (considerado progresivamente como durable) del 

poder. Si bien es cierto que esta corriente patriótica era significativa en 1810, 

el grupo carecía de ideas políticas y planes estructurados y no aspiraba a otra 

revolución que a suplantar la burocracia peninsular para hacer prevalecer sus 

intereses de clase: “mayor poder político, supresión de impuestos, desaparición 

de los privilegios de que gozaban los peninsulares, libertad de comercio y otras 

medidas tendientes a lograr que los recursos se queden y reproduzcan en 

Améríca... “ 9 . 

Como lo expuesto por Alberto Edwards Vives, Chile no tenía burguesía en el 

sentido europeo sino que “un tipo de excepción, una especie de accidente social... 

una aristocracia mixta, burguesa por su formación, debida al triunfo del dinero... 

pero por cuyas venas corría también la sangre de algunas de las viejas familias 

feudales... empapadas en sentimientos de superioridad y jerarquía... El origen 

étnico (vascos y navarros) y la formación de nuestra antigua clase dirigente 

explican de sobra sus características... su especial idiosincrasia en que se mezcla 

el buen sentido burgués con la soberbia aristocrática, la vigorosa cohesión de sus 

familias... hicieron de ella un grupo social... único en la confusa historia del primer 

siglo de la América española independiente...” 10 . 

En Chile, la vida política estaba exclusivamente en manos de una fracción muy 

limitada de la población. Según Heise, el número de habitantes políticamente 

activos estuvo “limitado a una élite que en todo el país llegó a 150.000 almas” 11 , 

y la lucha por la emancipación resultó de un movimiento puramente aristocrático. 

La mayoría estadística de la población no participó en la oposición al gobierno 

del Virrey y del Gobernador, y la emancipación no tuvo un carácter social. Sólo el 

grupo social dominante y los intelectuales, incluyendo el clero, fueron protagonistas 

efectivos de una guerra interna a la clase dominante, la aristocracia criolla dueña 

de la fortuna y de la tierra que quería apoderarse de la administración ocupada 

8 El hecho de reconocer al Rey preso como soberano no era un criterio para distinguir a los realistas de 

los patriotas, dado que los patriotas lo hicieron por razones tácticas para no provocar la represión por 

parte del Virrey de Lima, mientras la gran mayoría de los otros lo hacía por inercia colonial y monarquista. 

Paulatinamente, al tomar conciencia de las ventajas de la autonomía y del libre comercio, este reconocimiento 

de un soberano ficticio se volvió una excusa muy cómoda para los intereses de los criollos (argumento de la 

“máscara de Fernando”). 

9 Bohórquez, Carmen, “La tradición republicana”, ob. cit 

10 Edwards Vives, Alberto. La Fronda aristocrática en Chile, Editorial Universitaria, Santiago, (1925), 1993, pp. 

33-39. 

11 Incluyendo a mujeres y niños, sobre un millón de habitantes; Heise, Julio, Años de formación y aprendizaje 

políticos 1810-1833, Editorial Universitaria, Santiago, 1978, p. 110. 

136


por los funcionarios peninsulares residentes. Por esta razón, el movimiento “de 

1810 tuvo todos los caracteres de una fronda aristocrática” 12 . y 

...excepto en un muy reducido número de personas que planteaban una 

verdadera revolución... 

Este grupo social dominante que se volvía opositor se componía de tres 

tendencias: 1) la mayoría eran reformadores moderados, perteneciendo a 

las familias tradicionales y poderosas; 2) un grupo reducido más liberal quería 

reformas administrativas más explícitas a favor de sus intereses directos, pero sin 

sentido doctrinario preciso; 3) una pequeña docena de criollos revolucionarios 13 

que aspiraban, como O’Higgins, a terminar en forma absoluta con el régimen 

español para construir un nuevo régimen político. Todos habían estado en Europa 

o puesto en contacto con el Viejo Mundo y las ideas de la Ilustración. 

...cuyas tendencias principales son representadas por los tres mayores 

autores de la revolución chilena... 

Del grupo reducido de los radicales, tres fueron sin duda los más influyentes: 

Camilo Henríquez, el ideólogo radical y primer periodista, por su incansable 

acción verdaderamente revolucionaria y pedagógica, fundada en una potente 

combinación de republicanismo moderno y de principios cristianos; José Miguel 

Carrera, el militar, por su empuje de caudillo impaciente para imponer por la fuerza 

la separación respecto a España, y Bernardo O’Higgíns, el estadista pragmático, 

por su ideal republicano estructurado y su visión política a futuro, basada en su 

educación y formación en Londres. 

Estos tres grandes personajes constituyen, sin duda, los autores principales 

de la revolución chilena y representan los tres componentes políticos relevantes 

12 La Fronda aristocrática, ob. cit., p. 51. 

13 José Antonio de Rojas (1743-1816), quien ya en 1780 había fomentado una tentativa emancipadora de 

inspiración francesa, republicana, conocida como la “Conspiración de los tres Antonios”. Juan Martínez de 

Rozas (1759-1813) funcionario del régimen español, ligado a O’Higgins y a Belgrano (Buenos Aires), logró 

en 1808 introducir a los criollos en el gobierno colonial e hizo que el Cabildo tuviera derecho a desconocer la 

autoridad del Consejo de Regencia, encabezó el movimiento autonomista de Concepción y el bando radical 

en Santiago, fue considerado (erróneamente) como autor anónimo del “catecismo político cristiano” de agosto 

1810, integró la Primera Junta del 18 de septiembre como vocal, asumió como Presidente cuando falleció 

Toro y Zambrano en febrero 1811 y lideró el bando radical en el primer Congreso. Bernardo Vera y Pintado 

(1780-1827), argentino, abogado doctorado en la Universidad de San Felipe, ligado a los revolucionarios de 

las Provincias de la Plata, conspiraba en Santiago para fomentar una verdadera independencia, fue arrestado 

en forma preventiva en julio 1810. Juan Pablo Fretes, religioso, discípulo de Miranda, y con el cual O’Higgins 

mantenía correspondencia secreta entre 1805 y 1810, cuando el canónigo radicaba en Buenos Aires. Pedro 

Ramón Arriagada de Chillán, discípulo de O’Higgins, arrestado en 1809 por sus ideas, así como Rosario 

Acuña, religioso también del sur, ambos miembros del círculo conspirador organizado por O’Higgins desde 

1805. Felipe Gómez de Vidaurre, jesuita expulsado de Chile en 1767 y que volvió a Chile con un grupo 

de otros cinco miembros de su disuelta congregación, podría ser el autor del “catecismo político cristiano” 

exhortando a la formación de juntas de independencia. Javier Caldera, otro jesuita expulsado y que había 

llegado a Chile, también posible autor del catecismo. Camilo Henríquez (1769-1825), Fray de la Orden de 

la Buena Muerte, republicano liberal, participó en la junta revolucionaria de Quito de 1809, regresó a Chile a 

fines de 1810 para abogar por la independencia absoluta de Chile, publicando el 6 de enero 1811 la primera 

proclama llamando al pueblo a la independencia de la Corona española. José Miguel Carrera (1785-1821), 

quien regresó también del extranjero (España) para ayudar a la emancipación completa de Chile. Llegó el 25 

de julio y de inmediato actuó para tomar el liderazgo del partido separatista. 

137


que se unieron al principio: el idealismo radical de Fray Camilo, el caudillismo del 

militar Carrera y el republicanismo democrático de O’Higgins. 

...que se unieron al comienzo, logrando impulsar un cambio de régimen... 

El examen de las acciones ulteriores de estos tres actores de peso y de sus 

pensamientos políticos, muestra claramente la oposición fundamental entre el 

caudillismo de Carrera y el republicanismo democrático de los otros dos. Camilo 

Henríquez denunció en su diario que Carrera optaba por “someterse al interés 

conservador y retrógrado de los contrarrevolucionarios” 14 . Sin embargo, al 

principio, esta oposición entre dos concepciones de la emancipación y del Estado, 

no impidió la cooperación entre estos tres personajes. Al contrario, hubo durante 

un breve momento una complementariedad entre ellos, que permitió enfrentar 

al inmovilismo de los criollos cuya cultura seguía dominada por tres siglos de 

estructuras coloniales. 

Mientras O’Higgins impulsaba el separatismo y la construcción institucional 

(al influir sobre Martínez de Rozas y las familias dominantes) con el apoyo de 

la propaganda amplificada por la autoridad clerical de Fray Camilo, Carrera 

organizaba su primer golpe de estado el 4 de septiembre 1811. Esta iniciativa 

correspondía a un consenso general de los radicales y lo beneficiaba el apoyo 

directo del bando “rocista” del sur y de los “ochocientos” 15 en Santiago, permitía 

saltar el bloqueo conservador organizado por la oligarquía en el primer Congreso. 

Antes, es decir, durante los dos primeros meses (del 4 de julio, fecha de la apertura 

del Congreso, al 4 de septiembre), el grupo patriótico separatista de Martínez de 

Rozas y O’Higgins no había podido legislar en el sentido de romper con el pasado 

colonial, pues el Congreso se encontraba paralizado por la mayoría más cauta 

de la oligarquía conservadora. El proyecto de constitución no había podido ser 

elaborado 16 . 

Con el golpe del 4 de septiembre, el Congreso y la administración son 

depurados y se nombra una nueva Junta, a la cual los Carrera no son convidados. 

Así empieza, de septiembre a diciembre 1811, una verdadera política de cambios 

institucíonales y las autoridades actúan con una clara voluntad de independencia 

y de progreso, como lo ilustran las decisiones siguientes 17 : 

- Redactar actas de las sesiones, publicarlas (Manuel de Salas, secretario 

del Congreso) y dar carácter público a los debates; 

14 Citado por Rodríguez Mendoza, E. Edición de la Universidad de Chile, Santiago, 1951, p. 270. Después, durante 

la “Patria Vieja” por idealismo revolucionario, Henríquez estará más cerca de Carrera que de O’Higgins. En su 

exilio en Buenos Aires, Henríquez optó por el bando de Carrera. Incluso redactó un increíble texto que entregó 

en secreto a José Miguel Carrera sobre el fracaso de la revolución chilena, donde profesa ideas monárquicas 

y antiparlamentarias que contradicen tanto su obra anterior como posterior cuando O’Higgins lo llamó a su 

servicio en Chile. Sin embargo, su acción al lado de O’Higgins hasta su caída, demuestra su ideal republicano 

y representativo. Ver comentarios de Silva Castro, Raúl, en Escritos políticos de Camilo Henríquez, edición 

Universidad de Chile, Santiago, 1960, p. 191. 

15 Nombre del bando de “los Larraín” que era el conjunto de familias aristocráticas que controlaban la capital. Lo 

integraban también extranjeros radicados y apacentados como Juan Mackenna y Antonio de Irisarri. 

16 El 14 de agosto un reglamento del ejecutivo había sido proclamado, ver Galdames, Luis, p. 199. 

17 Estas decisiones son a menudo –en la hagiografía popular– atribuidas a Carrera, quien no había participado 

en el gobierno antes del 15 de noviembre 1811, sino que había organizado el primer golpe en contra de la 

Primera Junta. 

138


- Comisionar a cinco diputados para que redacten un proyecto de 

constitución; 

- Abolir los derechos parroquiales y los envíos de fondos para el sostenimiento 

de la Real Inquisición de Lima; 

- Limitar la influencia del clero en materia política; 

- Prohibir las inhumaciones en las iglesias y establecer un cementerio general 

en las ciudades; 

- Crear un medio de expresión de los ciudadanos dirigido al Congreso para 

suplir la falta de prensa; 

- Prohibir la venta de cargos públicos; 

- Lanzamiento de un plan educacional; 

- Acordar el acceso de los indígenas a los colegios nacionales; 

- Comunicar mensualmente el presupuesto de los servicios públicos y 

obligar a los funcionarios a rendir cuentas (Manifiesto de la Junta del 15 de 

octubre); 

- Encargar un proyecto de ordenanza para crear juzgados de paz; 

- Decretar el servicio militar, fundar una fábrica de armas y comprar las armas 

existentes; 

- Levantar un censo general de la población; 

- Abolir la esclavitud (prohibir la introducción de nuevos esclavos y proclamar 

la “libertad de vientre”); 

- Recibir la primera imprenta importada de EE.UU., y 

- Reanudar el acercamiento con las provincias de La Plata. 

... pero llevando a un conflicto por la toma del poder… 

Sin embargo, apenas emprendidos estos verdaderos cambios institucionales, la 

profunda diferencia de concepción y método entre el caudillo y los dos demócratas, 

empieza a entorpecer el proceso emancipador. José Miguel Carrera, cuyo golpe 

no le había dado más poder que el militar, no pudo soportar el desprecio personal 

de quedar excluido del gobierno que llevaba a cabo el proceso de cambios 18 . 

En particular, no soportaba el dominio de la familia Larraín en Santiago, ni de 

Martínez de Rozas en Concepción, además de tener concepciones políticas 

diferentes a las de O’Higgins. Valiéndose del prestigio de su familia y el apoyo que 

eso le daba en los círculos conservadores y españoles 19 , dio el 15 de noviembre 

de 1811 un segundo golpe de estado –puramente militar y no político– para 

apoderarse de la presidencia del Ejecutivo, seguido un mes y medio después 

de un tercer golpe a fin de concentrar en sus manos la totalidad de los poderes, 

18 Galdames, Luis, Historia de Chile, La Evolución Constitucional 1810-1925, Universidad de Chile, Santiago, 

1926, p. 310. 

19 Galdames, Luis, ob. cit. p. 320. 

139


cerrando el Congreso y preparando la guerra civil con la Provincia de Concepción, 

para someter al bando de Martínez de Rozas a su dictadura total. O’Higgins, que 

seguía solicitado por Carrera para que participara en su gobierno, desaprobó 

esta dictadura y tomó distancia al renunciar sin romper con él. El proyecto de 

constitución, reclamado por la Junta formada el 5 de septiembre de 1811 en un 

oficio del 19 del mismo mes, no pudo ver la luz. La comisión a cargo había sido 

formada el 13 de noviembre, dos días antes del segundo golpe y tres semanas 

antes de ser disuelto el Congreso 20 . 

...entre el caudillismo personal de Carrera... 

¿Qué había pasado? Aunque este terreno sigue minado hasta hoy día por las 

pasiones y las peleas entre familias chilenas, el observador ajeno no puede resistir 

en hacer observar que la profunda diferencia de concepción política y de método fue 

sobre todo una excusa para el afán de poder del caudillo Carrera. Como lo explica 

Jocelyn-Holt, “Carrera no fue revolucionario; más bien hizo uso de un lenguaje 

revolucionario. Su manejo fue altamente manipulador, en ningún momento, por 

ejemplo, intentó asegurar la completa independencia de Chile... Carrera fue a lo 

sumo un caudillo militar que aprovechó una coyuntura favorable a su personalismo 

político... La radícalizacíón de Carrera... no era el fruto de un proyecto radical 

propiamente tal sino de un esfuerzo por legitimar un poder militar creciente” 21 . 

Los argumentos para justificar su dictadura eran la prioridad que debía darse a la 

lucha por la independencia absoluta y la inutilidad de un Congreso en Chile, dado 

que los pueblos de habla española adolecían de práctica en el ejercicio de los 

derechos ciudadanos. Como consideraba que la independencia podía solamente 

conseguirse en los campos de batalla, y que el modo de gobernar o el régimen 

político era una preocupación posterior al establecimiento de la soberanía, decretó 

que un poder dictatorial era la forma más segura de consolidar a la independencia, 

lo que implicaba reducir previamente a los enemigos internos. Si bien es cierto 

que este argumento tenía sentido para el primer golpe, cuando los conservadores 

y reaccionarios impedían el cambio, eso ya no valía en noviembre o diciembre 

del 1811 cuando las reformas radicales caminaban a un ritmo creciente. Además, 

la guerra civil que él prepara muy activamente 22 era abiertamente en contra del 

bando patriota de Concepción y no en contra de los reaccionarios. “Los realistas 

se habían hecho más de una vez la ilusión de contar con el caudillo patriota para 

el restablecimiento del régimen caído; por eso lo toleraron y hasta lo halagaron” 23 . 

Carrera, incluso, acogió como una buena noticia para Chile la sublevación realista 

de Valdivia 24 y estos contrarrevolucionarios, le hicieron una oferta de alianza y 

sumisión en contra de Concepción 25 . Al contrario, O’Higgins actuaba en busca de 

20 Galdames, Luis, ob. cit. p. 200. Juan Egaña, uno de sus miembros, empezó su trabajo jurídico y preparó los 

textos que sirvieron más tarde a partir del año 1813. 

21 Jocelyn-Holt, Alfredo, La Independencia de Chile, ob. cit., pp. 174-175 y 182. 

22 Envío de las tropas a Talca, retiro de las canoas de los ríos limítrofes, controles del tráfico desde Concepción, 

etc.; ver Galdames, Luis, ob. cit. p. e Iglesias, Augusto pp. 133, 135. 

23 Opinión de Galdames, ob. cit., p. 320, compartida por otros historiadores, por ejemplo ver Jocelyn-Holt, ob. 

cit., p. 169 y pp. 174-175. 

24 Barros Arana, Diego, Historia General de Chile, Santiago, 1887, T. VIII, pp. 544 a 553. 

25 Le ofrecen la presidencia interina del Reino de Chile, Iglesias, Augusto, p. 135. 

140


una conciliación para proponer, el 12 de enero 1812, un Proyecto de Convención 

Provisional 26 que las tres provincias hubieran debido ratificar, y que ofrecía una 

salida favorable a la independencia del país (de hecho este texto aparece como 

la primera prociamación de independencia de Chile, como “una especie de reino 

autónomo” 27 , antes del Reglamento Constitucional provisorio de Carrera). 

...y la voluntad de implementar Instituciones educativas desde el principio... 

Para O’Higgins y Henríquez la emancipación exigía avanzar en los dos 

frentes al mismo tiempo si quería ser irreversible y legítima, por lo que había que 

empezar lo antes posible el imprescindible aprendizaje democrático. Sabían que 

no bastaba con vencer a los ejércitos del Rey, sino que era necesario vencer a 

la sociedad vieja y crear una nueva, cuya legitimidad tenía que venir del pueblo, 

de manera que se pudiera sustituir la autoridad de un Estado republicano a la 

autoridad violenta del absolutismo. Sin esta construcción republicana no sería 

posible preservar la sociabilidad americana, evitar la anarquía, y crear una nueva 

identidad cultural; ambos presentían que requería un tiempo de preparación, pero 

lo creían factible, al contrario de Carrera. 

Veamos de más cerca, en el propio estilo de los tres actores, como 

fundamentaron sus posiciones respectivas. 

Camilo Henríquez, en su proclama del 6 de enero 1811, expresa: “Qué dicha 

para el género humano si en vez de perder el tiempo en cuestiones oscuras e 

inútiles, hubieran los eclesiásticos leído en aquel gran fílósofo los derechos del 

hombre y la necesidad de separar los tres poderes: legislativo, gubernativo y 

judicial, para conservar la libertad de los pueblos” 28 . 

O’Higgins, en su carta a Juan Mackenna del 5 de enero 1811, insistía sobre la 

necesidad de elegir un Congreso legislativo: “me parece indudable que el Primer 

Congreso de Chile va a dar muestra de la más pueril ignorancia y a hacerse reo 

de toda clase de insensateces. Tales consecuencias son inevitables en nuestra 

actual situación, careciendo como carecemos de toda clase de conocimientos y 

experiencias. Pero es preciso comenzar alguna vez, y mientras más pronto sea, 

mayores ventajas obtendremos”. 

Carrera, en su manifiesto para justificar su dictadura del 2 de diciembre 1811, 

dice “Chile donde nunca llegaron publicistas ni autores de derecho,... no pudo 

tener las nociones políticas indispensables en la mutación de un sistema radicado 

desde trescientos años... se adelantó a instalar Congreso, Asamblea que sólo 

puede principiar cuando llegue el tiempo de... una independencia absoluta”. 

Y hablando del poder legislativo chileno, “un cuerpo nulo desde el plan de su 

instalación no podía corresponder en sus obras sino con vicios intolerables. Los 

pueblos eligieron diputados antes de contar el número de sus habitantes y antes 

de saber el de los que les correspondía... todos empezaban cerca del mediodía 

y duraban muy poco tiempo, que gastado en injurias personales y articulaciones 

26 Galdames, Luis, ob. cit., pp. 300-305. 

27 Galdames, Luis, ob. cit., p. 326. 

28 Proclama de Quirino Lemáchez, seudónimo de Camilo Henríquez, 6 de enero 1811, en Silva Castro, Raúl 

Escritos políticos de Camilo Henríquez, Universidad de Chile, 1960, p. 49. 

141


indecentes, mejor hubiera sido evitarlas... Si es de riesgo en los estados la división 

de la soberanía por las competencias que motiva la diversidad de pensamientos y 

sistema en la restricción de jurisdicciones, ¿cuántos males traería a la capital de 

Chile el Cuerpo Legislativo en los términos que se halla expuesto?... estaba en 

peligro la seguridad del Reino. Sus provincias iban infelices e inocentemente a su 

ruina” 29 . 

...ilustrando la oposición fundamental entre dos modos de gobernabilidad: 

los principios democráticos de corte anglosajón y el típico caudillismo 

latinoamericano... 

La posición política que traduce este texto de Carrera se encuentra 

claramente confirmada por las acciones repetidas del caudillo, que van a dividir 

sistemáticamente a los patriotas desde fines de 1811 hasta provocar el desastre 

de la Patria Vieja y la reconquista española 30 . En ella se puede ya distinguir una 

división que sigue vigente hoy en día y que trasciende al caso chileno: se trata de 

la oposición entre dos modos de gobernabilidad y de institucionalidad política, la 

democracia republicana anglosajona y el caudillismo latinoamericano. 

Partiendo de un diagnóstico común a los tres: el peso de las estructuras 

coloniales y la falta de educación del pueblo, O’Higgins y Henríquez proponen 

asociar la independencia inmediatamente a la construcción institucional 

democrática, mientras Carrera prefiere la concentración de los poderes en manos 

militares en nombre del pueblo, pero sin mecanismo legal de contrapoderes. 

Esta última línea es la orientación que dominó en América Latina, excepto en 

Chile, donde la tendencia o’higginiana ganó y logró insertar las raíces de una 

institucionalidad moderna de tipo anglosajón en una cultura colonial latina y 

rural. En cuanto a las diferencias entre Henríquez y O’Higgins consisten en una 

diferencia entre el idealismo y el pragmatismo: el primero defendía principios 

puros, sin compromisos; el segundo trataba de gobernar abriendo un camino 

práctico en una sociedad atrasada y en plena guerra, lo que imponía una dosis de 

autoritarismo personal contrario a los principios ideales. 

...que en el solo caso de Chile se resolvió a favor del aprendizaje 

democrático... 

Esta orientación diferente del resto de la región que O’Higgins fue capaz 

de dar a Chile desde el inicio, y en la que se combinaban ideario y tenacidad, 

introdujo una diferencia esencial entre Chile y el resto de América Latina. En los 

otros países la emancipación se hizo según el mismo tipo de pauta: el caudillismo 

propiciado por José Miguel Carrera. La importancia de esta diferencia proviene 

del efecto de la orientación dada al inicio del proceso, tal como la diferencia en 

el ángulo de lanzamiento de un cohete se traduce en una creciente diferencia 

en el recorrido, que se vuelve muy difícil de corregir después. En los otros 

29 Iglesias, Augusto, “José Miguel Carrera”, ob. cit., pp. 128 y 129. 

30 Es revelador que los realistas españoles no respetaron la cláusula secreta del Tratado de Lircay y dieron 

ocasión a Carrera de “fugarse, calculando precisamente que su actuación traería perturbaciones de 

importancia” en los rangos patriotas. Ver Galdames, Luis, ob. cit., p. 366. 

142


países, el caudillismo hizo que la organización del Estado fuera generalmente 

postergada hasta después de la guerra de emancipación y/o sin clara orientación 

republicana democrática, de manera que la nueva cultura política no marcó una 

ruptura suficiente con la cultura y el pasado colonial y gremial. En Chile, merced 

a la orientación impulsada por O’Higgins, los conceptos nuevos se identificaron 

más con la emancipación que en otros países: las bases ideológicas y culturales 

se impusieron por la práctica desde el inicio, impulsando un adelanto en el 

aprendizaje. 

...logrando así un anclaje legalista de la cultura política chilena... 

Este adelanto consiste, primero, en sustituir la supremacía del derecho a la 

fuerza de la conquista y la superioridad de la razón a la fanática intolerancia. 

Se nota en la adopción precoz de referentes jurídicos y constitucionales, y en 

que la clase política es desde el principio “aculturada” para darle legitimidad al 

poder y usar los mecanismos legales creados. Los propios errores autoritarios de 

O’Higgins fueron utilizados por la oposición, esto es, la oligarquía colonial, para 

reforzar desde el principio el uso de los contrapoderes creados por el aprendizaje 

democrático. Eso llevó, en Chile, al contrario de los otros países, a una sustitución 

de las instituciones coloniales por nuevas estructuras –y no solamente a la 

destrucción– protegiendo así a la sociedad de la anarquía. 

Eso fue muy importante en esta etapa germinal de una cultura institucional 

a partir de un contexto social desorientado y maleable. La independencia 

provocó una orfandad que daba a los dirigentes nuevos un impacto orientador 

considerable. Este fenómeno común a todos los nuevos países de América Latina 

explica el alto riesgo de caer en el caudillismo como reacción a la anarquía, pero 

también explica la importancia del impacto del primer Director.Supremo y de su 

“autoritarismo legal” para emprender un proceso democrático y una búsqueda de 

fórmulas de gobernabilidad en el respeto de la juridicidad. Sólo O’Higgins logró 

encauzar las fuerzas liberadas por la independencia y canalizar las resistencias 

coloniales mediante un autoritarismo ubicado en un marco democrático. 

Este proceso de aprendizaje se extiende durante un período más amplio que 

los 6 años del régimen de O’Higgins, y abarca su abdicación, los 8 gobiernos y 5 

constituciones entre 1823 y 1830, así como a Portales y su Constitución de 1833, 

como queda demostrado por Julio Heise 31 y Jocelynt-Holt 32 . Llama la atención 

que a pesar de la caída de O’Higgins en 1823 y de las numerosas dificultades del 

momento, el proceso de intentos para organizar institucionalmente al país sigue 

en el mismo espíritu cívico y de pleno respeto a la juridicidad implementado por el 

primer Director Supremo. De 1823 a 1830 se suceden 8 gobiernos y presidentes, 

lo que llevó a los historiadores chilenos tradicionales a calificar erróneamente 33 de 

“anarquía política” esta fase de inestabilidad. Este período difícil constituye más 

bien una extensión de los ensayos iniciados por O’Higgins de búsqueda de un 

régimen jurídico apropiado a la realidad chilena. A pesar del contexto inestable, la 

31 Heise, Julio, Años de formación y aprendizaje políticos 1810-1833, Editorial Universitaria, Santiago, 1978. 

32 Jocelynt-Holt, Alfredo, ob. cit., capítulo VIII. 

33 Vea Heise, Julio, así como Jocelynt-Holt, Alfredo. 

143


clase política chilena siguió en forma pacífica y con un excepcional espíritu cívico 

el respeto de la juridicidad impulsado por O’Higgins y muestra un tenaz propósito 

de legitimar los cambios de gobierno: “la trayectoria ensayístico-constitucional 

de los últimos años había ido asentando el principio de legalidad como criterio 

relevante” 34 . En definitiva, la mayor victoria de O’Higgins fue más bien su renuncia 

al poder y la forma con la cual la negoció de manera de asegurar la regularidad y 

continuidad jurídica de la república. 

...que explica el éxito ulterior de la emergencia de Diego Portales con una 

fórmula de Estado legal autoritario superior a los partidos y a los prestigios 

personales. 

Es extraño que muchos historiadores consideren el aporte portaliano como un 

fenómeno resultante sea del azar o del genio individual, sea de una “reacción 

colonial” de restauración de un orden secular casi-monarquista 35 , cuando parece 

claro que se trata de una estabilización institucional “derivado del esfuerzo 

ensayístico anterior 36 , en la línea directa del intento o’higginiano de fundar un 

Estado moderno, republicano y anticaudillo sobre principios de corte anglosajón. 

Si bien es cierto que la síntesis portaliana al ser netamente conservadora y 

durablemente autoritaria redujo fuertemente el ideario progresista y democrático 

o’higginiano y de los “pipiolos” 37 , principios motores de una gobernabilidad fundada 

en la ley y el aprendizaje progresivo fueron similares. Cuando se dice que Portales 

fue el verdadero padre del Estado chileno y de su gobernalidad se comete una 

injusticia al no asociar más a los dos personajes que cierren el episodio histórico 

1810-1830 de la creación del Estado de derecho y de la república. La Constitución 

del 1833 no era tan diferente de los principios que implantó O’Higgins, y la famosa 

frase de Portales “queremos ser los ingleses de América del Sur” es una confesión 

indirecta de su deuda con el aporte o’higginiano. 

2) EL ORDEN CONSTITUCIONAL O’HIGGINIANO O LA PARADOJA DEL 

AUTORITARISMO LEGAL EDUCADOR 

El papel político del Director Supremo debe analizarse en su contexto 

de guerra como un proceso dinámico de “andar a tientas” mediante 

constituciones provisorias... 

La particularidad del caso chileno resulta probablemente de una combinación 

de muchos factores y actores, incluyendo parte de la herencia hispano-colonial en 

un entorno peculiar. Sin embargo, la tarea constitucional de O’Higgins nos parece 

fundamental tanto por haber logrado organizar simultáneamente la independencia 

militar y la independencia política, como por haber encontrado una manera original 

de “imponer” unos principios básicos de la democracia en una sociedad atrasada. 

34 Jocelynt-Holt, Alfredo, ob. cit., p. 278. 

35 Edwards, Alberto, ob. cit., pp. 62-63 

36 Jocelynt-Holt, Alfredo, ob. cit., p. 288. 

37 Calificativo despectivo que designaba, a partir de 1823, al grupo político radical progresista formado de 

jóvenes idealistas inspirados por el ideario revolucionario francés, y opositor a los conservadores llamados 

“pelucones”. 

144


Su peculiar mezcla de autoritarismo y de legalismo, incentivó el aprendizaje 

democrático al canalizar los conflictos políticos internos hacia el uso institucional 

de principios democráticos y modernistas, a pesar de la falta de cultura política, 

del alejamiento y retraso chileno y de las tentaciones del caudillaje. 

La paradoja está en que el aporte democrático o’higginiano radica más en 

su talento político de combinar un cierto autoritarismo benevolente con el juego 

de contrapoderes que en la calidad teórica de sus constituciones o incluso en 

ciertos de sus actos, pertenecen todavía al mundo de la Ilustración despótica. 

Sin embargo fue su método el más exitoso en comparación con los otros países. 

Los principios fundamentales implementados por O’Higgins lograron proteger a 

los chilenos del caudillaje y de la anarquía, mientras los empujaban en una vía 

de progreso institucional. Por lo tanto, no se pueden juzgar sus aportes sólo en 

el puro contenido de los principios constitucionales utilizados provisoriamente. 

Aunque estos eran embrionarios, y conscientemente incompletos y transitorios, 

contenían las ideas fundamentales necesarias para avanzar paso a paso y 

fomentar el progreso. 

Por lo tanto conviene enfocar el proceso dinámico y evaluar los aportes 

o’higginianos en función del contexto político y de los riesgos del momento, tal 

como el estadista lo concebía, “también es necesario, a la vez, obrar con arreglo a 

las circunstancias” 38 . En su Manifiesto de agosto 1820 39 , explicita con gran lucidez 

el método de hacer camino al andar: “Un pueblo naciente no debe establecer 

desde un principio un gobierno demasiado perfecto; su constitución, sus leyes 

deben ser provisionales, reservándose la facultad de examinarlas para la época 

de tranquilidad, y de mudar y modificar cuando la república se halle sólidamente 

establecida, los nuevos reglamentos que quizás sólo son buenos para formarla”. 

...que instituyeron un autoritarismo fuerte permitiendo a Chile ser el único 

país lanzado en el aprendizaje republicano... 

Todos los próceres latinoamericanos se enfrentaron a la anarquía política que 

sucedió al régimen colonial y casi todos llegaron a la conclusión de que la única 

fórmula política posible era volver a la monarquía o a una forma de dictadura o 

de república vitalicias 40 . O’Higgins es una de las más claras excepciones. Él abrió 

un camino propio que fue el republicanismo democrático mediante un ejecutivo 

fuerte pero provisorio y dentro de un marco de control legal. Todos los países 

latinoamericanos cayeron en el caudillismo salvo Chile, que merced a O’Higgins y 

a su heredero indirecto Portales, logró emprender con una firmeza sin vacilación 

un ejercicio práctico de educación institucional y republicana. La constante de su 

actitud fue siempre la de evitar la anarquía sin caer en la tiranía ni en el dominio del 

corporativismo. “Ya que hemos conseguido vencer y destruir a los tiranos, sólo me 

ocupo en preparar aquellas medidas que aseguren la libertad de los chilenos, sin 

38 Como lo cuenta un testigo, el General de la Cruz, citado por Feliú Cruz, Guillermo, El Pensamiento político de 

O’Higgins, Imprenta Universitaria, Santiago de Chile, 1954, p. 27. 

39 Manifiesto del Capitán General de Ejército don Bernardo O’Higgins a los Pueblos que dirige reproducido en 

Feliú Cruz, Guillermo, El Pensamiento político..., pp. 43-51. 

40 Bohórquez, Carmen, La tradición republicana, ob. cit. 

145


introducir la licencia, en que escoltaron otros estados nacientes” 41 . Para impedir 

estos riesgos que estallaban en los países vecinos, O’Higgins impuso un ejecutivo 

fuerte pero compensado al “circunscribir útilmente la autoridad dentro de ciertos y 

seguros límites, que sean otras tantas garantías de los derechos civiles y den al 

poder público todas las facilidades de hacer el bien sin poder dañar jamás” 42 . 

Una de las pruebas más convincentes e indiscutibles –pero insuficientemente 

conocida– 43 de la preocupación por una construcción democrática de parte del 

primer Director Supremo, es su “Plan de hacienda y administración pública”, 

empezado en junio 1817 y aprobado por decreto del 2 de septiembre 1817 44 . 

Con este acto jurídico fundamental, O’Higgins –que recibió unos meses antes los 

plenos poderes dictatoriales por votos populares– abandona por iniciativa propia 

el poder judicial y establece el “Habeas Corpus”, proclamando el derecho de los 

individuos a ser juzgados sólo por los tribunales de justicia unifica todas las recetas 

fiscales, reglamenta los organismos de control de estos ingresos y establece el 

Tribunal de Cuentas con autoridad sin excepción sobre las cuentas públicas, 

decreta la inamovilidad de los funcionarios públicos y delínea las funciones de las 

autoridades políticas y administrativas. Eyzaguirre lo califica de “primer ensayo 

(de nuestra historia republicana) de un código de régimen interior, de un estatuto 

administrativo, y hasta de una constitución política” 45 . Fue elaborado en menos de 

un mes, en junio de 1817, principalmente por el Ministro-Contador de la Tesorería 

General, Rafael Correa de Saa, bajo la dirección de Hipólito. de Villegas, y 

revisado por el jurista Egaña y el fiscal Argomedo. Fue sometido a San Martín, 

quien consultó a Bernardo Vera y a Tomás Guido en Buenos Aires, y su rápida 

aprobación final indica la importancia que se le daba en la naciente república. 

También cabe resaltar el parágrafo introductor que fundamenta este acto sobre 

lo que hoy en día es calificado de “good govemance”: O’Higgins hace en tres 

frases un nexo explícito entre su elección por los votos del pueblo (democracia), 

la obligación en contraparte de buscar la prosperidad (desarrollo), lo que requiere 

la mejor administración del erario mediante el mayor alivio del contribuyente 

(transparencia y sustentabilidad fiscal). Este simple parágrafo testimonia del alto 

grado de conciencia que tenía de que la construcción de la democracia pasa por 

una fiscalidad transparente y moderada mediante unas instituciones básicas. 

No existen otros casos de tal prioridad, dada en plena guerra a los principios 

democráticos y a la construcción institucional sólo unos meses después de 

hacerse cargo del poder ejecutivo. 

Por lo tanto la acusación de dictador indica sobre todo que la acción del 

Prócer, al demoler privilegios e intereses de ciertos grupos y al enfrentar el 

41 Decreto del 18 de mayo 1818 que nombraba a la comisión redactora del proyecto de constitución provisoria, 

citado por Orrego Vicuña, El Espíritu constitucional de la administración O’Higgins, p. 34, Santiago, 1924. 

42 O’Higgins, Bernardo, convocatoria del Gobierno para la Convención Preparatoria del Congreso de 1822, 

citado por Guillermo Feliú Cruz, ob. cit., p. 54. 

43 Se publica por primera vez en 1951 en el T. VIII del Archivo, Eyzaguirre calificándolo en su introducción de 

“documento de extraordinaria importancia”. Ni Barros Arana, ni Galdames, ni Lastarria se refieren a esta pieza 

constitucional que estaba disponible en el Archivo Nacional. 

44 Archivo de don Bernardo O’Higgins, T. VIII, pp. 388-432. 

45 Eyzaguirre, Jaime, Historia Constitucional de Chile, Editorial Universitaria, Santiago 1966, p. 63. 

146


idealismo exaltado de unos y otros, molestó al punto de crear una confusión entre 

autoritarismo legal justificado por las circunstancias y tiranía. 

...que logró encauzar la fronda aristocrática para que consolidara el estado 

de derecho... 

Cabe recordar que el mando personal y omnipotente que recibió el Primer 

Director Supremo en febrero de 1817 correspondía a la voluntad de la aristocracia 

chilena 46 y de la clientela que ella controlaba, por temor a la anarquía y a las 

conspiraciones de los Carrera 47 . O’Higgins había mostrado que representaba a 

la tendencia más respetuosa del consenso nacional y de fórmulas negociadas y 

representativas. Sin embargo, el apoyo prestado a O’Higgins estaba condicionado 

a la situación de guerra y al contenido de su política. 

A pesar de que O’Higgins se desprendió muy rápidamente y en forma 

espontánea de parte de sus poderes personales, la oligarquía quiso apoderarse 

de prerrogativas del ejecutivo y recuperar el poder que le parecía constituía su 

legítima herencia de la colonia, apenas se alejaba la amenaza realista. Antes de la 

victoria de Maipú y de la eliminación de los hermanos Carrera en abril de 1818, el 

poder otorgado por la oligarquía a O’Higgins por razones militares, había también 

servido para lanzar profundas reformas sociales, tales como la abolición de los 

títulos de nobleza, de los mayorazgos, las promociones sociales al mérito, el 

pluralismo religioso y el sometimiento del clero a sanas reglas cívicas, implantación 

de escuelas ajenas a la influencia eclesiástica, contribuciones fiscales directas, el 

apoyo solidario a los otros pueblos americanos, etc... Pasados los temores, “el 

elemento tradicional sintióse incómodo con el régimen” 48 que no controlaba y que 

no servía a sus intereses directos. Su panamericanismo, los nexos con argentinos, 

el peso de la Logia Lautarina, la eliminación de conspiradores aristocráticos, el 

enfrentamiento con la iglesia reaccionaria, etc., le parecieron a la clase dominante 

como hechos dictatoriales, dado que se imponía a los que consideraban que 

gobernar era un derecho natural de su clase social. 

Sin embargo, este grupo reaccionario que hubiera perdido mucho más en caso 

de volver bajo el dominio español tenía interés en tomar en cuenta las nuevas 

instituciones creadas con su apoyo. Por lo tanto, la solución más adecuada 

consistía en buscar un camino legal para recuperar y ampliar su poder oligárquico: 

pocos días después de Maipú, un Cabildo abierto exigía una constitución para 

reducir el poder del brazo del héroe que dejaba de ser imprescindible y se volvía 

contrario a sus planes. Sin embargo, cabe reconocer que esta clase alta demostró 

una marcada tendencia a la moderación y al orden, a pesar de estar molesta por 

las reformas sociales. Desde el principio –con la sola excepción de los Carrera– 

adoptó una actitud legalista, en contraste neto con la turbulencia de casi todos los 

hermanos hispanoamericanos que seguían con una tendencia al desdén por la 

ley y a la impaciencia frente a las contrariedades de la autoridad. 

46 El bando de la familia Larraín. 

47 Jocelyn-Holt, Alfredo, ob. cit., p. 252. 

48 Feliú Cruz, Guillermo, ob. cit., p. 30. 

147


Dado que O’Higgins respondió parcial y progresivamente a sus demandas, la 

oligarquía fue atraída por el juego democrático y asimiló los principios del nuevo 

sistema para poder usarlo en su beneficio. Así partió el original camino chileno de 

aprendizaje dirigido por el Ejecutivo (y que seguirá con los sucesores de O’Higgins 

y los distintos sistemas intentados) mediante el cual, la aristocracia –que captaba 

las ventajas y desventajas de los diferentes sistemas de gobierno– demostró una 

capacidad de absorción de los cambios. Como lo demuestra Julio Heise 49 , esta 

capacidad desempeñó un papel significativo en la singular estabilidad política 

chilena: “la aristocracia chilena, sin darse clara cuenta, estructuró lo que la ciencia 

política contemporánea denomina Estado de Derecho”. 

...sin caer en la trampa del asambleísmo controlado por la aristocracia... 

O’Higgins no estaba dispuesto a caer en la trampa de la oligarquía que pensaba 

controlar las asambleas como ocurrió con el primer Congreso Nacional. Aunque 

convencido de la importancia del carácter representativo que debía tener el poder 

legislativo y constitucional, sus experiencias de la falta de cultura política de los 

chilenos, llevaron al Prócer a desconfiar del espíritu gremíal y del poder de las 

corporaciones que vulneraba el principio democrático de la soberanía popular. 

En particular, los consejos de Miranda comprobados en vivo con su experiencia 

de la Patria Vieja, le habían permitido tomar plena conciencia, antes que otros, de 

que el asambleísmo o el Cabildo no bastaban para garantizar la representatividad 

y la emancipación del espíritu de cuerpo de las corporaciones. La Colonia había 

producido una sociedad sencilla, sin otra estructura política que la sumisión a la 

Corona y el juego de las corporaciones. La representación popular y la ciudadanía 

eran conceptos desconocidos por los criollos, quienes sobre todo se preocupaban 

de sus intereses gremiales. Tal como había anunciado Miranda dos décadas 

antes, la única respuesta que podía generar la sociedad hispano-colonial a la 

acefalía era el fortalecimiento de la municipalidad o Cabildo, lo que exigía un 

marco constitucional más amplio. 

Si bien es cierto que este asambleísmo era una etapa necesaria y permitía el 

aprendizaje de ciertas expresiones democráticas, no bastaba para que emergiera 

de ello un orden institucional estable. Al contrario, la falta de marco general y de 

constitución conllevaba riesgos de confusión de poder y de luchas anárquicas. 

Este tipo de asambleísmo municipal espontáneo tendía a fomentar conflictos 

con el ejecutivo nacional, sea por razones locales, sea por interés sectorial o de 

facción. De hecho, fue lo que pasó en toda Hispanoamérica, donde las primeras 

asambleas legislativas fueron muy poderosas y se atribuyeron prerrogativas 

propiamente ejecutivas. Para superar la anarquía, la típica salida era que la 

asamblea delegara el poder a un caudillo. 

La superioridad de O’Higgins estuvo en que –una vez investido por el 

asambleísmo de este poder dictatorial, como todos los otros libertadores– lo 

usó para imponer modalidades nuevas formadoras de una conciencia nacional, 

y de ejercerlo mientras el pueblo llegaba a adquirir la aptitud para gobernarse. 

49 Heise, Julio, Años de Formación y Aprendizaje Políticos 1810/1833, Editorial Universitaria, Santiago, 1978, 

ver Tercera Parte, Capítulo 11, p. 121. 

148


Así le fue posible escaparse del patriciado y del corporativismo tradicional. El 

caso más visible fue su rechazo al procedimiento de aprobación del proyecto de 

constitución provisoria de 1818. La comisión de juristas que lo había elaborado 

proponía legitimarlo mediante la aprobación de la “Junta de Corporaciones de 

Santiago”. O’Higgins lo rechazó y por decreto decidió someter el proyecto a una 

consulta popular individual. 

...para ganar el tiempo que consideraba necesario para asegurar el cambio 

social en una sociedad colonial que no reunía las condiciones de ejercicio 

de una plena democracia... 

Varios historiadores consideran que O’Higgins fue antiparlamentario o que 

cambió de opinión en materia de representatividad, al darse cuenta de la falta de 

cultura política de sus ciudadanos. Un examen cronológico lleva, sin embargo, a 

constatar la importancia permanente que el prócer daba al carácter representativo 

que debía tener el poder legislativo y constitucional una vez que las condiciones 

lo permitieran. 

La evolución del pensamiento del Prócer en materia de representatividad 

merece un examen más detallado. Ya vimos que desde los primeros momentos 

del movimiento autonomista, O’Higgins influyó decisivamente en la orientación 

de la primera Junta de Gobierno para que decidiera la convocatoria del primer 

Congreso representativo que sabía de antemano sería arriesgado. 

También al inicio del trabajo del primer Congreso, cuando se planteó la 

necesidad de elegir una Junta Ejecutiva de Gobierno, O’Higgins defendió una 

elección directa, mientras la mayoría conservadora proponía una elección 

indirecta. El mismo sentido de la representatividad se manifiesta cuando Carrera 

le ofrece integrar la Junta de Gobierno del 4 de noviembre de 1811, y el diputado 

de Concepción exige el respaldo previo de su circunscripción. Durante la caída 

hacia el caudillismo dictatorial de Carrera, O’Higgins intenta una conciliación 

entre la Junta de Carrera y Martínez de Rozas mediante un Proyecto de 

Convención Provisional, fechado el 12 de enero de 1812 y que constituye el 

esbozo de un reglamento constitucional 50 . Aparecen allí las bases democráticas 

del ideario o’higginiano: soberanía popular, representatividad, contrapoderes 

“para precaver los abusos del despotismo y la arbitrariedad y para el mejor 

acierto de las resoluciones importantes”. En conformidad con estos principios y 

el respeto de la representatividad, O’Higgins renuncia como miembro de la Junta 

nombrada por Carrera, cuando éste disuelve el Congreso: “desde mi ingreso en el 

Congreso había movido y sostenido incesantemente una decisión por el sistema 

representativo, conforme a la voluntad de mi provincia, y que no pudiendo el 

pueblo de Santiago tener derecho para elegir representante al gobierno general, 

por otras provincias, no me conformaba con esta convención ilegal y suplicaba se 

me eximiese de tal representación” 51 . 

50 Galdames, Historia Constitucional, p. 300. 

51 O’Higgins, Bernardo, Oficio al Presidente de la Junta Provincial de Concepción del 21 de noviembre 1811, 

Archivo de Don Bemardo O’Higgins, T. 1, Santiago, 1946, pp. 154-157. 

149


También en otro oficio de noviembre 1813, dirigido a la Junta 52 , sigue 

convencido de la necesidad de convocar a un Congreso Nacional una vez vencido 

el enemigo. En 1814, escribe a Mackenna que aprueba la idea de convocar a los 

diputados del Congreso clausurado por Carrera 53 . En el Acta de la proclamación de 

la Independencia de Chile, en 1818, justifica el plebiscito de ratificación diciendo: 

“no permitiendo las actuales circunstancias de la guerra la convocación de un 

Congreso Nacional que sancione el voto público, hemos mandado abrir un Gran 

Registro... 54 ”. “El mismo argumento se repite en el Manifiesto a las Naciones el 

mismo año, y no es extraño que después de Maipú, el Cabildo abierto de Santiago 

del 17 de abril 1818, que pide el fin de la dictadura, entre en el juego y exija del 

Director una Constitución mediante un Congreso. Además de pedir un congreso 

constituyente, exigía también nombrar los ministros, en una confusión reveladora 

del riesgo de desgobierno. 

El Director Supremo consideraba que las condiciones para que un Congreso 

fuera representativo no estaban dadas todavía, dado que las pobladas provincias 

del sur seguían en manos de los realistas. Sin embargo, contestó a las 

preocupaciones de la ciudadanía con una rendición de cuentas y la limitación 

de sus poderes, ofreciendo un proceso prudente de democratización en dos 

etapas: un mes después nombraba una comisión legisladora de siete expertos, 

para proponer una constitución provisoria, mientras se organizaran con calma 

los censos necesarios a la convocatoria de un cuerpo constituyente que fuera 

representativo y por lo tanto legítimo, para recuperar el mando presidencial y 

establecer la constitución definitiva. Cuando el proyecto de constitución estuvo 

listo, el 8 de agosto de 1818, O’Higgins se opuso a someterlo, como lo proponía la 

comisión legisladora, a las corporaciones, proponiendo, por el contrario, que fuera 

sometido a plebiscito popular o a una votación general. Aunque esta votación por 

parte de un pueblo, que en un 85% era campesino, y cuya mayoría era analfabeta, 

se tradujo en una aprobación unánime, la misma marcó una ruptura con la cultura 

corporativista colonial en beneficio de la formación de una conciencia nacional. 

A pesar de estas posiciones claras, varios historiadores opinan que O’Higgins 

era antiparlamentario, confundiendo sus temores a repetir los errores de la Patria 

Vieja o de los países vecinos, con una actitud de poder personal. Si bien es 

cierto que O’Higgins se resistía a someterse a ciertas exigencias del Cabildo y 

de la oligarquía, eso no implica una oposición al principio representativo, sino una 

oposición razonable a las estructuras coloniales y al asambleísmo, cuando sólo 

una oligarquía las domina. 

3) LA LLAMADA “DICTADURA DE O’HIGGINS” O LA PARADOJA DEL “ÉXÍTO DE UN 

FRACASO” 

Paradójicamente, la llamada dictadura de O’Higgins, así como la famosa 

renuncia de 1823, se transformaron en una victoria del proceso democrático. 

52 O’Higgins, Bernardo, Oficio a la Junta Gubernativa del 29 de noviembre 1813, Archivo de Don Bemardo 

O’Higgins, T. 1, Santiago, 1946, pp. 313-314. 

53 De la Cruz, Ernesto, Epistolario de O’Higgins, Santiago 1916, carta 12, p. 45. 

54 Valencia, Luis, Anales de la República, T. 1, Santiago, 1951, pp. 13-14. 

150


Y así como el triunfo ex pos de su método para impulsar una robusta tradición 

legalista, éste fue respetado por todos los gobernantes que le siguieron. 

El indiscutible autoritarismo del régimen de O’Higgins... 

La calificación de dictadura para la administración de O’Higgins, no corresponde 

al concepto corriente de un poder impuesto por la violencia sobre el orden legal. 

Sin embargo, su despotismo o “autoritarismo educador” fue real y plantea un 

problema de fondo a la filosofía política, dado que fue exitoso. Si bien es cierto que 

el poder personal del Director Supremo era excesivo con respecto a un régimen 

democrático moderno, correspondía a un proceso temporal y legal resultante del 

consenso logrado en un contexto de guerra, cuando la independencia no estaba 

afianzada, y cuya meta era una república representativa 55 . Si bien es cierto que 

el comando militar le había concedido esta facultad autoritaria, el Prócer ejerció 

el poder como un simple mandato del Ejército y careció de contornos cesáreos. 

Ahora bien, la separación de los tres poderes no estaba conforme con una 

verdadera democracia, siempre el déspota se autoimpuso los contrapoderes que 

permitieron las correcciones. Si bien es cierto que esta concentración de poder 

personal era peligrosa y llevó inevitablemente a ciertos errores, siempre el diálogo 

y la legalidad acabaron por ser respetados y echaron raíces, como lo comprueba 

la renuncia y la continuidad jurídica de 1823. Como lo expresa Jocelyn-Holt, 

“es una dictadura ilegal que anticipa una constitucionalidad republicana aún 

por perfeccionar, no obstante utilizar medios de gobierno que la retrotraen a un 

autoritarismo progresista dieciochesco” 56 . 

¿Fue eso pura suerte debido a la sola benevolencia y calidad humana del 

personaje? En cuyo caso sería peligroso y engañoso referirse al ejemplo chileno 

que hubiera resultado de un superhombre, es decir, de un accidente de la 

historia. O bien ¿se trataría de una forma de equilibrio institucional dinámico cuyo 

valor trasciende las contingencias chilenas? Nuestro análisis tiende más bien a 

concluir en favor de esta segunda interpretación; una dinámica institucional de 

construcción progresiva del estado de derecho mediante un ejecutivo fuerte pero 

con contrapeso. En todo caso, el tema de la dictadura de O’Higgins merece mayor 

análisis y nuevos enfoques. Sobre todo, necesita encontrar una explicación de 

sus orígenes a fin de disipar la duda acerca del carácter de nuestra pregunta 

sobre el valor de extrapolación del caso chileno. 

...fue resistido no por el pueblo sino por la aristocracia y la Iglesia porque 

imponía el cambio social y amenazaba a sus privilegios... 

Además del carácter legal de su despotismo, cabe señalar que varios factores 

sociohistóricos explican el sesgo analítico que llevó a muchos historiadores a 

calificar peyorativamente su autoritarismo de dictadura. Por sus orígenes sociales 

(hijo natural), su formación europea, su tolerancia filosófica y su reformismo 

social, O’Higgins tenía poca aceptación por parte de la oligarquía y de la Iglesia 

Católica. Sus tentativas de modernizar a Chile lo convirtieron en un elemento 

55 Ver análisis de Jocelyn-Holt, Alfredo, La Independencia de Chile, ob. cit. pp. 250-258. 

56 Jocelyn-Holt, ob. cit., p. 256. 

151


ajeno a la clase alta que lo consideró dictador. Después de su destierro no tuvo el 

apoyo familiar y social local para defender su memoria en Chile, dejando que se 

desarrollaran leyendas sesgadas. 

Llama especialmente la atención del observador extranjero el desequilibrio de 

criterios que subsisten en la hagiografía y memoria colectiva chilena en cuanto 

a la evaluación de los papeles respectivos de O’Higgins y de Carrera, incluso 

hoy en día. En particular, el nivel de “exigencia” que muchos de los historiadores 

chilenos 57 aplican a posteriori a O’Higgins, frente a la complacencia que tienen por 

Carrera en materia de conducta política y patriótica, revela un sesgo sorprendente. 

Es un sesgo inexplicable presentar en términos peyorativos el autoritarismo legal 

del primero, cuando los mismos consideran como heroísmo la dictadura ilegal del 

segundo. El primero sostuvo lealmente todas las juntas de gobierno legalmente 

constituidas, y después como Director Supremo actuó en forma poco común en el 

marco constitucional y respetó generalmente a los poderes legislativo y jurídico 58 , 

el segundo, en cambio, conspiró contra todas las juntas o gobiernos que no 

estaban bajo su mando directo y violó sistemáticamente los poderes legislativo 

y judicial. El primero, promotor de la representatividad popular, queda manchado 

por haber postergado elecciones y por su intervención en ellas, en tanto que los 

cuatro golpes sucesivos del segundo pasan por idealismo cívico. La preocupación 

panamericanista y las alianzas con Argentina y San Martín del primero, fueron 

criticadas como falta de patriotismo, en tanto que las atrocidades, las montoneras 

y las repetidas conspiraciones del segundo en contra de las autoridades legítimas 

de los independentistas no son reconocidas o son absueltas. 

Como lo subraya Julio Heise, “en los seis años de gobierno, jamás pasó por 

la mente de O’Híggíns la idea de aprovechar su inmensa popularidad o la fuerza 

armada incondicionalmente a sus órdenes, para acrecentar indebidamente sus 

atribuciones” 59 . Su republicanismo fue sin falla. El testigo perspicaz que fue la 

viajera Mary Graham comenta en 1822: “...el Director Supremo, quien podía 

haberse hecho señor absoluto si hubiera tenido un rastro de ambición. Es curioso 

que un soldado afortunado como O’Higgins, tenga la sensatez de ver el peligro 

del poder absoluto, y el buen sentido de evitarlo; él, sin embargo, posee ambas 

cualidades y disuelto el Senado, ha convocado una asamblea deliberante con el 

objeto de formar una constitución permanente” 60 . 

...sin respetar la división de los poderes... 

La Constitución Provisoria de 1818 no constituía una democracia, sino una 

transición hacia una república democrática mediante un proceso de fiscalización 

de las facultades casi omnímodas del Director Supremo, circunscribiendo estos 

57 Hay muchas excepciones, una notable es Jocelyn-Holt, ob. cit., pp. 173-175. 

58 Aunque respetuoso del Poder Judicial, el gobierno de O’Higgins cometió indiscutibles errores al intervenir 

arbitrariamente en materia de justicia en algunos casos precisos: en asuntos de deudas contratadas por los 

Carrera en Argentina. En ausencia de O’Higgins, Hilarión de la Quintana dio órdenes arbitrarias para cobrar 

estos pagos con los bienes de la familia en Chile; también O’Higgins en persona ordenó desterrar a Mendoza, 

al Presbítero Eyzaguirre que había mandado a expulsar de la Catedral a la señora Manuela de Prieto por 

razones de vestimenta inadecuada. Ver Orrego Vicuña, ob. cit., pp. 93-97. 

59 Heise, Julio, Años... pp. 118-119. 

60 Graham, María, Diario de mi residencia en Chile en 1822. Ed. del Pacífico, Santiago 1956, p. 54. 

152


poderes dentro de la legalidad. La guerra en curso mantenía la justificación del 

autoritarismo del jefe del Ejecutivo, quien nombraba los miembros del Senado, y 

su firma era necesaria para las sentencias del Tribunal Supremo. Sin embargo, 

este texto de 1818 marcaba un avance objetivo respecto a los ensayos anteriores. 

La razón principal está en que deslindaba las atribuciones de cada uno de los 

poderes y organizaba un contrapoder conservador que los hechos demostraron 

ser efectivo. 

El Senado tenía la expresa misión de controlar al Director Supremo –concepto 

nuevo en la región– y su acuerdo era necesario para todas las decisiones 

importantes o legislativas, especialmente presupuestarias y fiscales. Fueron 

numerosos los casos de conflicto entre O’Higgins y el Senado conservador 61 , este 

último imponiendo serios frenos en las iniciativas modernizadoras del Ejecutivo. 

Sin embargo, el poderoso Director Supremo respetó las atribuciones del 

Senado y sus observaciones fueron acatadas por el Ejecutivo, incluso en materia 

militar y a pesar de sentirse a diario angustiado por problemas de toda especie. La 

Constitución rigió así desde su promulgación, el 22 de octubre de 1818 hasta el 7 

de mayo de 1822, fecha de la convocatoria a elección constituyente en respuesta 

al debate democrático naciente. Una prueba concreta y anecdótica fue cuando el 

Senado negó a O’Higgins los recursos para comprar la extraordinaria biblioteca 

de Miranda en Londres, que la viuda del Prócer le había ofrecido comprar en 

prioridad. O’Higgins se inclinó ¿Acaso un dictador hubiera acatado este tipo de 

vejación? 

Considerando la dificultad de la gestión pública en Chile en este período y 

recordando que, en los mismos años, tanto el resto de Hispanoamérica como 

el continente europeo (a excepción de Inglaterra) vivían en la anarquía, esta 

experiencia política es verdaderamente ejemplar. O’Higgins estaba convencido de 

que sin juridicidad se produce el caos y que las leyes deben impedir todo abuso 

de poder. Él instituyó así un efectivo estado de derecho que ancló el respeto de 

las leyes como base de la nueva cultura nacional. 

...y sobre todo cayendo en el error clásico del despotismo de ser juez y 

parte... 

Cuando las condiciones lo permitieron, y como el Senado se encontraba de 

hecho fuera de servicio (dos de sus miembros estaban fuera y los suplentes no 

fueron llamados) a partir de abril 1822, O’Higgins, que pensaba disolverlo, llamó, 

por decreto del 7 de mayo de 1822, a elecciones para escoger una asamblea 

popular. El Senado protestó, dado que era a ese cuerpo al que le correspondía 

dictar tal decreto, pero no tuvo efecto su protesta y se disolvió. El hecho notorio 

era que “la opinión nacional había ido tomando Incremento y despertándose en 

todas partes un Interés que antes no se conocía, por todo cuanto se relacionase 

con la cosa pública” 62 . 

61 Ver Orrego Vicuña, Eugenio, El Espíritu constitucional... ob. cit., pp. 56-71, y Roldán, Alcíbiades, Los 

desacuerdos entre O’Higgins y el Senado Conservador, Anales de la Universidad de Chile, 1892. 

62 Orrego Vicuña, Eugenio, El Espirítu constitucional... ob. cit., p. 128. 

153


Sin embargo, en consecuencia de la creciente hostilidad de la clase alta y del 

clero, las gestiones e influencia del Ministro Rodríguez Aldea llevaron a ejecutar 

el decreto de O’Higgins no con la organización de un voto popular, sino mediante 

la designación, por parte del gobierno, de los miembros de una Convención 

Preparatoria como asamblea constituyente. Bajo la funesta influencia de su 

ministro Rodríguez Aldea, O’Higgins “dirigió esquelas a todos los intendentes 

y gobernadores indicando los nombres de las personas que deseaba fuesen 

elegidas” 63 . El Director Supremo mismo reconoció en su discurso en la apertura del 

nuevo cuerpo legislativo “que la honorable convención no revestía todo el carácter 

de representación nacional... Quizás mis cortos alcances y mi inexperiencia... 64 . 

Este error típico de un poder excesivamente centralizado se confirmó cuando la 

asamblea provisoria designada por el Director Supremo se autodeclaró legislativa 

y constituyente. Además, no fue un secreto que Rodríguez Aldea fue el principal 

redactor de la nueva Constitución, incorporando elementos de la constitución 

liberal española de 1812 y otros de la de 1818. 

Aunque la nueva Constitución, promulgada el 30 de octubre de 1822 constituía 

también un progreso en la organización de la república y en los derechos 

fundamentales, pecaba por falta de legitimidad o de respeto a la soberanía 

popular. Se notaba una contradicción entre sus principios y las posibilidades 

que mantenía el ejecutivo de controlar el Poder Legislativo a través del Senado, 

“compuesto de siete miembros elegidos por la cámara de diputados más los 

ex Directores Supremos, los ministros de estado, los obispos, delegados del 

ejército, de los tribunales de justicia, de las universidades, del vecindario de 

Santiago y de agricultores y comerciantes cuyo capital no era inferior a treinta 

mil pesos” 65 , así como de sus atribuciones durante el receso de la cámara, la que 

sesionaba solamente tres meses cada dos años. 

...pero se transformó en un éxito instítucional que consagró la entrada de 

Chile en el reducida club de las democracias... 

Este error, combinado con el hecho de que la oligarquía ligada al clero no 

aceptaba ya al Director Supremo, más la impopularidad del Ministro Rodríguez 

Aldea, y el “castigo de Dios” (por la tolerancia religiosa del Director), como fue 

presentado el terremoto de Valparaíso del 19 de noviembre de 1822, llevó a la 

caída de O’Higgins. Concepción rechazó la Constitución y organizó, por primera 

vez en Chile, elecciones populares con inclusión aun de los analfabetos 66 . Sin 

embargo, el desarrollo de esta fase del enfrentamiento ilustra, una vez más, 

tanto la ausencia de intenciones dictatoriales del Prócer, como sus logros en los 

progresos del aprendizaje republicano. Su renuncia constituye una prueba de la 

superioridad de las instituciones chilenas en América Latina. Además de respetar 

la voluntad popular y de no optar por la vía de la represión violenta, O’Higgins 

comprobó su devoción por la juridicidad e impuso la continuidad en el orden legal, 

salvando una vez más a Chile del caudillismo. 

63 Orrego Vicuña, Eugenio, ob. cit., p. 131. 




154


Su renuncia al poder fue un acto único en la historia latinoamericana que revela 

la verdadera superioridad del fundador del Estado chileno. En su renuncia al 

poder, el Primer Capitán General de la República de Chile tuvo la grandeza –hasta 

hoy día insuperada– de adelantar una solicitud de perdón por sus eventuales 

errores: “sí las desgracias que me echáis en rostro han sido, no el efecto preciso 

de la época en que me ha tocado ejercer la suma del poder, sino el deshago de 

mis malas pasiones, esas desgracias no pueden purgarse sino con mi sangre” 67 . 

Estas palabras del héroe que facilitaron la reconciliación nacional consagraron el 

nacimiento de una conciencia nacional y la entrada de Chile en la democracia. 

LA INFLUENCIA DE MIRANDA 

A pesar de que el nexo entre Francisco de Miranda y Bernardo O’Higgins 

sea un hecho explícitamente reconocido por todos los historiadores chilenos y 

comprobado por varios documentos y testimonios, la importancia del padre 

espiritual del Padre de la Patria chilena sigue generalmente subvaluada. Se 

limita éste a un papel indirecto en su lejana juventud, cuando Miranda despertó la 

vocación para la lucha emancipadora del estudiante Riquelme, tal como lo cuenta 

el mismo discípulo. En esta interpretación más bien anecdótica, las referencias al 

contenido filosófico y político del legado del maestro son muy pobres, y la relación 

psicológica entre los dos no fue suficientemente recalcada. 

Consideramos que lo que Chile debe a O’Higgins, este último lo debe 

directamente a Miranda, convirtiéndose el caraqueño en el Prócer del Libertador 

de Chile, y por tanto en un contribuidor significativo de la identidad chilena. El 

camino nuevo y dinámico que abrió el Padre de la Patria chilena es el resultado 

de la visionaria síntesis del precursor de la identidad latinoamericana. O’Higgins 

fue el único discípulo de Miranda que logró implementar en parte el ideario político 

forjado por el más universal de los latinoamericanos. Como lo expresa Barros 

Arana: “fue sin disputa el más ilustre a la vez que el más glorioso de los discípulos 

de Míranda” 68 . 

Nuestra hipótesis es que Miranda constituye la “pieza explicativa” que falta 

para entender gran parte tanto del ideario político de O’Higgins, como de sus 

actitudes decisivas. En consecuencia, Miranda habría desempeñado un papel 

indirecto –pero clave– en la singular estabilización política de Chile. La excepción 

de América Latina que confirmaría la regla de que las opciones caudillescas 

antimirandina tomadas por el resto de la región estuvieron equivocadas. 

Aunque las ideas de O’Higgins pertenecen al ideario común a muchos 

próceres y a la corriente más genérica de la Ilustración europea, la tesis de la 

filiación directa con la síntesis de Miranda, se argumenta tanto sobre la alta 

similitud de las iniciativas del discípulo con las enseñanzas y experiencias del 

maestro, como sobre la deducción de que el impacto psicológico del profesor fue 

mayor sobre el hijo ilegítimo del Virrey por razones contingentes. Casi todos los 

libertadores estuvieron en contacto con Miranda, y todos conocieron su “lectura” 

de la Ilustración adaptada a Hispanoamérica. En este sentido, Miranda y la 

67 Vicuña Mackenna, Vida del Capitán General Don Bernardo O’Higgins, p. 401. 

68 Barros Arana, Diego, Historia General de Chile, Santiago 1890, T. XI, p. 647. 

155


emancipación hispanoamericana están muy ligados. Sin embargo, pocos pudieron 

seguir sus principios y sólo O’Higgins intentó aplicarlos de manera coherente y 

suficientemente completa. 

Reconociendo que nuestros principales argumentos son más bien deductivos, 

cabe observar una convergencia de razones y presunciones que apuntan a 

dar un paso decisivo al aporte mirandino a Chile, y que se estructuran en tres 

componentes ligados entre sí. 

Primero, el aspecto psicológico: el joven Bernardo Riquelme, en su búsqueda 

frustrada del padre que no tuvo debido al propio sistema colonial, encontró en la 

cuna de la revolución industrial a un padre espiritual en un momento muy difícil 

de su vida y de su estadía en Londres. El fascinante intelectual, el experimentado 

diplomático y el romántico aventurero de 48 años, irrumpió en el proceso 

maleable de descubrimiento del mundo moderno del adolescente abandonado 

de 19 ó 20 años, que carecía de afectos y rol social 69 . El magistral profesor le 

entregó no solamente la quintaesencia de sus conocimientos universales y 

experiencias políticas, un ideal de vida, una misión histórica una lectura visionaria 

del mundo, sino que le permitió cerrar el círculo lógico de su destino personal, 

logrando así sentar ideas filosóficas sobre potentes motivaciones personales, 

dándole aquellas tremendas fuerzas psicológicas del que descubre un significado 

a su vida: su estatuto inferior de hijo ilegítimo era también una consecuencia 

individual de la hipocresía del régimen colonial español que discriminaba entre 

criollos y funcionarios del Rey, impidiendo a su padre reconocerle. Estas razones 

personales, debidamente transformadas por el aporte filosófico del más europeo 

de los latinoamericanos, explican la determinación en obrar por el progreso social 

y renegar para siempre del absolutismo, la intolerancia inquisitorial y los privilegios 

sociales del nacimiento. 

Además, siguiendo el análisis psicohistórico de Jaime Eyzaguirre 70 y Diana 

Veneros 71 , parece probable que el inconsciente de Bernardo O’Higgins reemplazó 

a su padre real, Ambrosio, por este padre simbólico Miranda, y asoció también 

a su madre con la Patria, ambas humilladas por un mismo agresor, el régimen 

español. Los sentimientos agresivos hacia el padre fueron inconscientemente 

derivados en contra de la autoridad del sistema colonial y realista adhiriendo 

a la misma causa noble a la que representaba su padre simbólico Miranda. 

“Toda la agresividad reprimida fue vaciada contra aquel sistema, cuya erosión y 

aniquilamiento equivalía, simbólicamente a la destrucción del padre” y “conseguía 

redimir el honor de la madre y limpiar el trauma de sus orígenes oscuros” 72 . 

69 Miranda inicia su segunda estadía londinense en enero 1798, y sus relaciones con Riquelme no pueden 

ser fechadas con exactitud. Sin embargo, dado que fueron estrechas, parecería que cundieron un tiempo 

significativo y continuo hasta la salida del joven a Cádiz y a su tierra en abril del 1799, mandado por Miranda 

así como a otros miembros de la Logia de Lautaro, para preparar en el terreno las revoluciones. Archivo del 

General Miranda, ob. cit. tomo XV, p. 351. 

70 Eyzaguirre, O’Higgins, Santiago, 1946. 

71 Veneros, Diana, Motivos y factores tras la gesta de independencia de Chile, comunicación en el seminario 

“Francisco de Miranda y Bernardo O’Higgins en la emancipación Hispanoamericana”, Santiago, 2002, 

publicado en este mismo número de la Revista del Instituto O’Higginiano de Chile. 

72 Veneros, Diana, ob. cit. 

156


Por otra parte, Miranda –cuya red de informadores cubría el imperio– hubiera 

podido saber de los orígenes del hijo oculto del Virrey del régimen que combatía, 

explicando el especial esfuerzo de dedicación que el maestro tuvo hacia este 

discípulo estratégico. Es aún más plausible que el joven se abrió a Miranda de 

sus problemas y orígenes. 

A todo lo anterior se agrega un punto personal común entre los dos personajes. 

Miranda también había sufrido en su juventud –y resultó marcado– por el abuso de 

poder de la sociedad colonial: su padre tuvo que abandonar su rango y comercio 

a raíz del celo de los “mantuanos”, la aristocracia local de Caracas, que recibió 

el apoyo del rey y del sistema español. Este aspecto podría haber facilitado los 

nexos entre estas dos víctimas del régimen español. 

Segundo, la coincidencia de los idearios políticos de los dos próceres. Tomando 

en cuenta el contexto psicológico peculiar mencionado se vuelve difícil negar 

el papel decisivo de Miranda sobre O’Higgins, cuando todos los componentes 

esenciales del pensamiento político y de la acción en el terreno del Libertador 

chileno se conforman al ideario mirandino, del republicanismo al federalismo 

panamericano, del odio al caudillismo al temor a la anarquía, de la tolerancia 

religiosa a los derechos humanos, del estado educador al liberalismo económico, 

como, lo recordaremos más abajo. 

Toma especial relevancia el hecho de que O’Higgins manifestó principios muy 

adelantados para el contexto chileno, e incluso actuó como si tuviera una amplia 

experiencia política. Es significativo que los historiadores chilenos no expliquen 

estos rasgos, sino por referencia a su genio político y a una vaga educación 

en Inglaterra. Por ejemplo, llama la atención la contradicción entre el hecho de 

que los historiadores chilenos digan que O’Higgins no leía mucho, pero que 

no expliquen de dónde venían sus muy avanzadas ideas políticas. O esta otra 

contradicción: decir que O’Higgins era muy influenciable por su entorno directo 73 , 

o que era débil de carácter, o dócil 74 , mientras se le reconoce al mismo tiempo la 

fuerza 75 y continuidad de sus principios. Esta hipótesis de un “ligenio espontáneo” 

parece muy débil frente al peso obvio del legado mirandino. Especialmente sí 

se quiere explicar esta capacidad peculiar de O’Higgins para buscar un sutil 

“centrismo político”, lo que presupone una gran experiencia política que no tenía 

O’Higgins, y que le permitió evitar los extremos dogmáticos. Es más plausible 

relacionar esta facultad con la lucidez madura fuera de lo común del girondino 

Miranda que quería el cambio sin violencia, y pensar que el joven estudiante supo 

sacar un máximo provecho de las lecciones de moderación y las advertencias que 

su Maestro le había dado en base a su propia experiencia vivida de las ilusiones 

y riesgos en ambos lados. 

Tercero, la filiación de ciertas frases o palabras claves. Hasta las formas de 

enunciar ciertos principios que se encuentren bajo la pluma de O’Higgins fueron 

enunciadas en forma similar por Miranda. Por ejemplo, en la convocatoria a 

73 Por ejemplo Orrego, ob. cit. p., 20 comparándole a Bolívar diciendo que O’Higgins le era inferior “por ese 

desgraciado sometimiento de su voluntad casi siempre gobernada por otros”. 

74 “En el carácter de O’Higgins había más cera que acero”. Vicuña Mackenna, en El Ostracismo de O’Higgins, 

p. 332. 

75 “Una vez decidido, no retrocedía”, dice el General José María de la Cruz. 

157


elecciones para designar a la Asamblea Constitucional de 1822, cuando explicita 

la necesidad de un ejecutivo fuerte pero controlado, O’Higgins usa la expresión 

de otorgar “al poder público todas las facilidades de hacer el bien sin poder 

dañar jamás” 76 , que Miranda había desarrollado en términos similares en varias 

oportunidades, como por ejemplo, en 1793 ante sus compañeros de cárcel bajo la 

dictadura de Robespierre, como lo testifica un observador presente, “el gobierno 

todo poderoso para hacer el bien queda casi sin fuerza para dañar” 77 . También, la 

famosa frase de la batalla del Roble, “vivir con honor o morir con gloria”, parece 

tener filiación de inspiración en el final de una importante proclama de Miranda 

de 1801: “Por la Patria el vivir es agradable y el morir glorioso”. Otro ejemplo es 

la respuesta que el Director Supremo hizo a María Graham que le preguntaba 

¿a qué cree que debe el inmenso valor que tuvo para hacer de Chile todo lo que 

hizo? Cualquiera que ame a su Patria puede hacerlo. Miranda le había dicho “El 

alpha y el omega de mis consejo es: ¡ame a su patria” 78 . 

Llama también la atención que en sus diferentes proclamas e instrucciones a 

sus compatriotas, Miranda siempre resaltó como prioritaria la necesidad de llamar 

a una asamblea o congreso constituyente representativo, así como la apertura de 

los puertos y la supresión de todos los monopolios estatales 79 . ¿Cómo pensar que 

fue sólo casualidad genial que O’Higgins lograra convencer, vía Martínez de Rozas, 

a la primera Junta de 1810 de tomar como primeras medidas simultáneas llamar a 

un Congreso Constituyente y abrir los puertos? Cabe recalcar la importancia que 

estas orientaciones tuvieron sobre Chile. En particular, “La razón fundamental del 

éxito económico chileno radica en que se permitió y se aprovechó una apertura 

comercial hacia afuera. Desde el decreto de libre comercio de 1811 y después 

de 1817, los gobiernos estimularon sistemáticamente el comercio exterior tanto 

extranjeros como nacionales” 80 . 

De manera sintética, a continuación enumeramos −sin ser exhaustivo− los 

principios esenciales que caracterizaron la singularidad del aporte o’higginiano, 

y cuya relación con Miranda parece más directa que cualquier otra. Si bien es 

cierto que muchas de estas ideas se encontraron también presentes en otros 

casos, la singularidad del caso chileno está en haber sido implementadas todas 

al mismo tiempo por una sola persona, sin grandes desvíos, al contrario del resto 

de América Latina. Por lo tanto, la hipótesis de la paternidad de Miranda parece 

imponerse por carencia de otra explicación realista. 

1. O’Higgins por Decreto del 3 de junio de 1818 creó la nacionalidad chilena, 

fundándola en unos principios básicos que son los mismos que había 

establecido Miranda al crear la identidad hispanoamericana: rechazo legal 

de los derechos españoles, creación de una nueva nacionalidad por el 

hecho de nacer en el suelo americano, tanto para los indios o mestizos 

como para los colonos criollos, sin tolerar ninguna discriminación, y con 

76 Citado por Orrego Vicuña, Eugenio, “El espíritu constitucional de la administración O’Higgins”, ob. cit., p. 130. 

77 Testimonio del ciudadano Champagneux, compañero de cárcel de Miranda en 1793 y 1794, citado en francés 

en el Archivo del General Miranda, edición Dávila, T. XlV, p. 367. 

78 Archivo de don Bernardo O’Higgins, T. 1, p. 22. 

79 Ver, por ejemplo, la Memoria del 29 de abril 1803, Archivo del General Miranda, T. XVI, ob. cit. p. 292. 

80 Jocelyn-Holt, ob. cit., p. 299. 

158


la posibilidad de adquirirla mediante adhesión voluntaria. Estos principios 

que nos parecen obvios eran revolucionarios para la época, y llama la 

atención que tanto Miranda −para toda América− como O’Higgins para 

el territorio chileno pero en referencia “al sistema de la América” fueron 

respectivamente los primeros en proponerlo en forma jurídica concreta. 

La “desidentificación” 81 tanto política como cultural respecto a la “madre 

patria”, es decir esta asociación necesaria entre la independencia política 

y la emancipación mental, así como la simultaneidad de la ruptura con la 

metrópoli y la propuesta de un modelo alternativo de gobierno, caracterizan 

a muy pocos próceres 82 , dentro de los cuales a O’Higgins y Miranda, que 

comparten la misma argumentación de la ilegitimidad de la autoridad colonial 

española y de la necesidad de reemplazar las estructuras coloniales con 

reformas “sistémicas”. 

2. El republicanismo democrático precoz e indefectible en un mundo 

monárquico. Aunque las primeras versiones de las constituciones federales 

de Miranda tenían algo de monarquía a fin de poder contar con el apoyo de 

los ingleses 83 , las siguientes, así como su ideario en general, son claramente 

republicanas. El juramento instituido por Miranda en la asociación de 

conspiradores, bautizada “Logia de Lautaro” y creada con su ayudante 

Riquelme en 1798, abarcaba la promesa de trabajar por la independencia 

absoluta de Hispanoamérica, así como una profesión de fe en el dogma 

republicano representativo 84 . Sería difícil entender cómo el terrateniente 

del sur de Chile, educado en el contexto de la monarquía inglesa, hubiera 

podido adquirir una determinación republicana tan precoz, tan fuerte y tan 

constante sin el traspaso directo de conocimientos y experiencias vividas 

por Miranda a través de tantos países y regímenes. 

3. Esta técnica de las logias políticas de Lautaro, iniciada en Londres para 

combatir al absolutismo, serán implementadas en Mendoza y en Chile con 

la participación directa de O’Higgins. 

4. El panamericanismo visionario, ligando el éxito y la durabilidad de la 

emancipación chilena a la solidaridad e integración con los países 

hispanoamericanos, que fue el aporte mayor de Miranda 85 , y que se 

traspasó a O’Higgins a través de su alianza con las provincias de La Plata y 

la expedición libertadora al Perú, basado en la idea de países confederados 

(subsidiaridad del poder federal). 

5. La estrategia militar del Ejército Libertador, atribuida a San Martín, tiene una 

clara filiación con los planes militares de Miranda en su época de Londres: 

necesidad de pasar los Andes y de asegurar un gobierno estable en Chile, 

81 Expresión de Bohórquez, Carmen, La tradición republicana, ob. cit. 


83 Bohórquez, Carmen, Francisco de Miranda..., ob. cit. 

84 Mitre, Bartolomé, Historia de Beigrano y de la Independencia Argentina, Buenos Aires, 1876, T. II, p. 46. 

85 Ver Bohórquez, Carmen, Francisco de Miranda, Precursor de las independencias de América Latina, 

Universidad Católica Andrés Bello, Caracas, 2001. También, Ghymers Christian, Miranda visionnaire: 

I’intégration régionale dimension indissociable de I’émancipation latino-américaine, en Grisanti y Ghymers, 

Francisco de Miranda, I’Europe et I’intégration latino-américaine, ed. Versant Sud, Louvain-La-Neuve, 2001. 

159


que sirviera luego como cabeza de puente para liberar al Perú, controlando 

previamente al Pacífico mediante una armada importada. Es difícil imaginar 

que O’Higgins, el más estrecho colaborador militar de San Martín, no 

influyera en este sentido sobre el que era también su más íntimo confidente 

y fiel amigo. 

6. La importancia del Cabildo, única institución colonial disponible para lanzar 

el movimiento revolucionario, a condición de volverlo representativo y de 

enmarcarlo en un sistema constitucional que deslindara bien las atribuciones 

del Ejecutivo y del Legislativo. Miranda había previsto con una década de 

anticipación que la emancipación se aceleraría con la acefalía del imperio 

que resultaría del expansionismo de Napoleón. En este contexto, Miranda 

preconizaba, inspirado por la experiencia holandesa, que había que 

encauzar el movimiento de reacción municipal en una constitución federal a 

fin de evitar el caos y la anarquía del asambleísmo espontáneo: “temo que 

un movimiento convulsivo en la Metrópoli produzca sacudidas anárquicas 

en las colonias, o que el abominable sistema francés se introduzca 

entre nosotros si no tomamos las medidas adecuadas” 86 . Para asegurar 

la representatividad, Miranda proponía en su “Bosquejo de Gobierno 

Provisorio” del 2 de mayo de 1801, “sustituir a las autoridades españolas por 

los Cabildos, a los que se agregarían un tercio escogido entre los indios y la 

gente de color de la provincia” 87 estos siendo dispensados de la condición 

“censataria” de ser dueños de tierra cultivada. En 1808, Miranda envió a los 

diversos cabildos americanos su plan mejorado de constitución federal 88 . 

7. La dificultad fundamental de encontrar el nivel óptimo de representatividad 

democrática, que preocupó a O’Higgins desde el principio de su gobierno, 

sin lograr una solución, lo que le fue fatal. Miranda había formulado el dilema 

de la democracia representativa: “sí la representación es demasiado amplia, 

caemos en las inconveniencias del ignorante y precipitamos las pasiones de 

los vulgares, si la representación es demasiado estrecha, caemos en algo 

peor, las malas prácticas del soborno y de la corrupción” 89 . Para Miranda, 

todos los habitantes tenían los mismos derechos, sin embargo el voto 

seguía siendo “censatario”, con la sutileza de que los indios casados serían 

dueños por derecho de la cuota de tierra necesaria. 

8. La preeminencia de las virtudes de la razón, el orden como fuente de 

bienestar y la fe en el progreso ilimitado del hombre, son preceptos 

comunes a los hombres de la Ilustración, sin embargo fueron llevados por 

Miranda y O’Higgins a un grado de importancia mayor para hombres de 

terreno y de acción. Persuadidos de que sólo la razón puede conducir a 

la humanidad hacia el progreso, Miranda y O’Higgins van “a rechazar toda 

vía en la cual no sea posible establecer un principio conductor de la acción. 

De allí que sus (Miranda) propuestas políticas giren en torno a la noción 

86 Carta del 24 de marzo de 1798, de Miranda al Presidente de EE.UU., John Adams, Archivo del General 

Miranda, ob. cit. T. XV, p. 228 (traducida del francés). 

87 Archivo del General Miranda, T. XVI, ob. cit., p. 151 (en francés). 

88 Archivo del General Miranda, T. XVI, ob. cit., p. 154-159. 

89 Citado por Antepara, que cita Bohórquez, Carmen, en Francisco de Miranda... ; ob. cit., p. 308. 

160


de “libertad racional”, queriendo significar con ello una libertad subordinada 

al orden, única garantía de bienestar permanente y de progreso constante 

en una sociedad. Concomitantemente, rechazará toda manifestación de 

anarquía, a la que considera expresión máxima de la irracionalidad, lo que 

se traducirá en su empeño por lograr “un cambio sin convulsiones” esto 

es, una revolución sin violencia 90 . Esta doble dificultad consciente de lograr 

un cambio de régimen político sin violencia, y de no pasar de una tiranía 

a otra con el caudillismo y el riesgo jacobino se manifiesta claramente en 

O’Higgins, que teme igualmente a la anarquía por falta de un poder ejecutivo 

fuerte, y un igual rechazo del caudillismo o populismo, lo que abrió un 

espacio a una dialéctica concreta de aprendizaje democrático. La fórmula 

de la proclamación de 1801 a los pueblos del Continente Colombiano 

de Miranda: “no buscamos sustituir una tiranía antigua por otra tiranía 

nueva... ni dejar establecer sobre la ruina de un despotismo extranjero el 

reino de otro despotismo no menos odioso, el de la licencia y anarquía” 91 , 

traducía su experiencia trágica de la Revolución Francesa, y a partir de ella 

Miranda aconseja al joven chileno y le advierte del riesgo de jacobinismo 

que amenazaría a Hispanoamérica con un mal peor al régimen español, 

en caso de no prevenir “las funestas consecuencias que los principios 

revolucionarios franceses provocan casi por todos partes...” 92 . El hecho de 

haber sido advertido por un testimonio directo de tales experiencias, vividas 

en carne propia, permite entender la especial cautela que mostró O’Higgins 

y que lo llevó a erradicar al caudillismo carrerino de Chile. 

9. La importancia de una constitución escrita para fundamentar un nuevo 

pacto social en reemplazo de la obediencia al monarca y de la fuerza militar. 

Para evitar la anarquía y las divisiones territoriales, era necesario construir 

un consenso a partir de principios jurídicos que fundaran un ejecutivo 

fuerte en mano de pocas personas, en la línea de Rousseau. Ambos 

personajes opinaban también que “la fuerza del poder ejecutivo tiene que 

ser proporcional a la libertad de los ciudadanos” 93 . Miranda fue el autor del 

primer proyecto de constitución escrita para Hispanoamérica. Su texto de 

1790 aparece un año después de la constitución de EE.UU. y es anterior a 

la primera constitución francesa (1791). Tanto Miranda como O’Higgins se 

enmarcan en la preocupación de aplicar la recomendación de Montesquieu 

de “que todo proyecto constitucional para la América meridional debe 

estar adaptado a las condiciones naturales del continente, así como a las 

necesidades y costumbres de sus habitantes” 94 . 

10. En el mismo plano, la juridicidad de ambos próceres es notoria: la 

emancipación pasa por la fuerza de la ley y la construcción institucional, 


91 Archivo del General Miranda, T. XVI, ob. cit., p. 119. 

92 Carta de Miranda a Pitt del 21 de mayo de 1798, traducida del francés en Salcedo-Bastardo, J.L., América 

Espera, Biblioteca Ayacucho, Caracas, 1982, n. 100, p. 225. Hay varias otras advertencias en las cartas de 

Miranda para prevenir el riesgo de una contaminación de Hispanoamérica por el “el abominable sistema 

francés”. 

93 Archivo del General Miranda, ob. cit., T. XIV, p. 392 (en francés). 

94 Bohórquez, Carmen, La tradición prepublicana, ob. cit. 

161


que a la vez fundamenta la estabilidad y credibilidad del Estado, bases de 

la prosperidad económica y de la formación de una identidad nacional. 

11. La necesidad de la separación de los poderes. A pesar del hecho de que 

O’Higgins lo aplicara en forma muy parcial invocando las circunstancias 

de guerra, su meta fue siempre la de llegar a un sistema representativo 

con un Ejecutivo controlado por la autonomía de los otros dos poderes. 

Miranda, que consideraba a Montesquieu como el más grande filósofo 

político, se caracterizó por una clara concepción de las condiciones de 

una democracia: “dos condiciones son esenciales para la independencia 

absoluta de los poderes: la primera que la fuente de donde emanen 

sea una (el pueblo); la segunda que velen continuamente los unos sobre 

los otros” 95 . 

12. La importancia de legitimar a la revolución chilena mediante un Congreso 

nacional representativo y constituyente, impulsado por O’Higgins a través 

de Martínez de Rozas a principio de 1811, y de lanzar un proceso de 

aprendizaje republicano a pesar de la falta de cultura política. Miranda 

señalaba en sus diversos textos la necesidad de convocar una asamblea 

representativa o un congreso provisorio 96 , que se encargara de formar un 

gobierno. 

13. La misma importancia dada por O’Higgins a la apertura de los puertos 

al comercio externo. El hecho de otorgar, como lo hace Miranda, el 

mismo grado de prioridad a la soberanía popular y a la libertad de los 

intercambios 97 –los dos principios fundamentales del liberalismo moderno– 

indica un entendimiento de las fuerzas que regían al mundo occidental 

nuevo de la democracia y de la revolución industrial, lo que supone un 

grado de preparación y discusión previas que O’Higgins había tenido con 

Miranda. 

14. La importancia dada a la educación popular para conseguir una democracia, 

y en particular la introducción en Chile del sistema preconizado por 

Lancaster, amigo de Miranda en Londres. O’Higgins manifestó además 

la misma concepción ilustrada de la sociedad: sin la “luz” aportada por 

la educación y la cultura, el pueblo no es capaz de discernir lo que le 

conviene mejor y su ignorancia lo expone a los peligros de la anarquía o 

del caudillismo. 

15. La abolición de la Inquisición, la tolerancia religiosa, la separación de la 

Iglesia y del Estado y la resistencia a las influencias externas que venían a 

través del clero católico –medidas fuertes de graves dificultades políticas y 

diplomáticas para el Director Supremo– corresponden estrictamente a las 

recomendaciones de Miranda. Este paralelismo no puede ser explicado 

por un católico ferviente como O’Higgins, sin referirse a la influencia 

liberal de Miranda. La estrecha simbiosis entre religión y Estado en el 

mundo hispánico constituía un obstáculo mayor a la emancipación. Las 

95 Archivo del General Miranda, T. XIV, ob. cit., p. 390 (en francés). 

96 Archivo del General Miranda, T. XVI, ob. cit., p. 119-120, también p. 152. 

97 Por ejemplo, Acta de París, 22 diciembre de 1797, Archivo del General Miranda, T. XV, ob. cit., p. 201. 

162


constituciones de Miranda separaban la Iglesia del Estado, sin embargo 

dada su importancia para la identidad latinoamericana, la religión católica 

era reconocida como religión nacional, pero se establecía simultáneamente 

la libertad de conciencia, la prohibición de la Inquisición y la elección 

del clero católico por los fieles, con una jerarquía fijada por un concilio 

provincial, sin interferencias de Roma 98 . Toda la actitud de O’Higgins 

se enmarca estrictamente en este sendero coherente y pragmático, 

manifestando un activismo sin comparación con otros católicos. 

16. La abolición de la esclavitud, la igualdad de todos los habitantes sin 

distinción de razas o clases, la supresión de las penas corporales, los 

derechos humanos, la promoción al mérito, son también decisiones de 

O’Higgins comunes con las prescripciones básicas de Miranda 99 . 

17. El Servicio Militar Obligatorio decidido en Chile en 1811, figuraba también 

en las proclamas de Miranda de 1801. 

18. En el plano geopolítico, O’Higgins siguió también la idea de Miranda de 

formar una alianza trilateral entre las democracias inglesa, norteamericana 

e hispanoamericana liberada, con libre comercio y cooperación militar 

entre ellas. Ambos fueron admiradores del sistema británico y buscaron 

el acercamiento con Inglaterra. Además, en esta línea O’Higgins tenía 

la explícita preocupación de abrir Chile a los extranjeros y viceversa. 

Él personalmente atrajo a Chile a varios profesionales, especialmente 

anglosajones. 

19. En el plano económico, O’Higgins manifiesta un afán de progreso que lo 

lleva a un intervencionismo estatal donde se mezclan ideas ilustradas y 

modernismo adelantado. Este voluntarismo que otorga al Estado y a las 

instituciones una clara responsabilidad en materia de desarrollo (art. 13 

de la Constitución de 1818, “el gobierno tiene la obligación de aliviar la 

miseria de los desgraciados y proporcionarles...”) se encuentra también 

en Miranda, cuya meta es crear y organizar instituciones básicas que 

garanticen los bienes colectivos esenciales a un ejercicio de la libertad que 

lleve al progreso económico y social 100 . En ambos se notan las influencias 

de Bentham, de los fisiócratas y de Adam Smith. 

20. El pragmatismo, típico de una visión de largo plazo de los jefes que saben 

medir la importancia relativa de los principios frente al contexto del terreno. 

Aunque ambos próceres fueron utopistas en el sentido original de intentar 

hacer posible una sociedad que no existía aún, nunca fueron irrealistas; 

sin embargo ambos fueron ingenuos. 

21. Finalmente, cabe mencionar el famoso texto de los consejos que Miranda 

entrega a O’Higgins bajo el título “Consejo de un viejo sudamericano a 

98 Archivo del General Miranda, T. XVI, ob. cit., pp. 153 y 159. 

99 Ver por ejemplo la Proclamación a los pueblos del Continente Colombiano, en Archivo del General Miranda, 

T. XVI, ob. cit. pp. 108-120, y las constituciones pp. 151-159. 

100 Ver Ghymers, Christian, Miranda visionnaire: I’intégration régionale dimension indissociable de I’émancipation 

latino-américaíne, ob. cit. 

163


un joven que abandona Inglaterra para regresar a su patria” 101 . El tono 

indica explícitamente la relación de “una confíanza hasta aquí ilimitada” 

y de profundo aprecio que les unía. Se comprueba también que tuvieron 

intensas y repetidas discusiones (“he tratado siempre... en nuestras 

conversaciones..., conocéís la historía de mí vida “... ) en materia filosófica 

y política y sobre la emancipación. Por otra parte, se sabe que O’Higgins 

reconoció siempre que debía a Miranda su vocación, incluso tuvo el 

proyecto de escribir una biografía de su maestro. 

CONCLUSIÓN 

El ideario y las acciones políticas de O’Higgins manifiesta un alto número de 

coincidencias con las enseñanzas y experiencias del precursor de la emancipación 

latinoamericana. Si muchos de estos elementos son parcialmente comunes con 

las ideas de Ilustración y con otros libertadores, la coherencia y la similitud del 

enfoque global de su acción con la vía trazada por Miranda hace difícil encontrar 

una explicación alternativa mejor que la filiación directa con el caraqueño. Los 

efectos de la relación privilegiada de maestro a discípulo, amplificados por los del 

estatuto y frustraciones del hijo ilegítimo del Virrey actuaron significativamente 

en el destino colectivo de Chile. El beneficiario fue la emancipación chilena que 

resultó ser más completa. Este nexo de filiación intelectual con Miranda permitió 

un “traspaso de tecnología política aplicada” que desempeñó un papel clave en 

orientar directamente a Chile en la vía de una construcción institucional más 

robusta, garante de un mejor estado de derecho, y que redujo significativamente 

la anarquía y del caudillismo. 

Aunque O’Higgins no logró sus metas sociales y democráticas progresistas, 

y que algunos de sus aportes esenciales fueron recuperados por Portales y 

aprovechados por la corriente más conservadora, se instaló en Chile un círculo 

virtuoso de aprendizaje político creando una institucionalidad estable cuyos 

efectos económicos fueron altamente positivos. El dúo Miranda-O’Higgins podría 

así ser el eslabón faltante de una explicación de la singular estabilidad chilena –la 

excepción que confirma el trágico fracaso de la emancipación latinoamericana– 

así como de su mayor apertura a la cultura anglosajón dominante del mundo 

moderno. 

Reconocer una deuda con Miranda no hace ninguna sombra al Padre de la 

Patria chilena, al contrario. La capacidad de comprensión e interpretación de las 

lecciones del maestro constituye ya un mérito sin precedente. Lograr aplicarlas en 

el contexto chileno es otro mérito glorioso. Eso permite evaluar con más realismo 

las calidades visionarias y las fuerzas intrínsecas de la única persona que fue 

capaz de implementar una parte del mensaje emancipador del más grande y 

más moderno de los latinoamericanos, dando a Chile una ventaja comparativa 

sistémica en la región y para enfrentarse a la globalización actual: “History 

matters” como dicen los economistas contemporáneos. 

101 Archivo de don Bernardo O’Higgins, T. 1, p. 22. 

164


MIRANDA Y O’HIGGINS 

Sergio Martínez Baeza 1 

El gran venezolano, precursor de la independencia americana, Francisco de 

Miranda, nació en Caracas el 28 de marzo de 1750. 

Nuestro máximo prócer, Bernardo O’Higgins Riquelme, nació en Chillán el 20 

de agosto de 1778. 

Al conocerse ambos en Londres, en 1798, Miranda era un hombre de 48 

años, ha viajado mucho y tenido una existencia muy rica en experiencias. Ha 

servido en el ejército español por diez años, antes de pasar a la Luisiana, las 

Bahamas y Jamaica, para seguir después a Londres. Abandona la capital inglesa 

en 1785 y recorre Francia, Italia, Prusia, Austria, Suecia, Rusia, Turquía, Grecia. 

Hace amistad con grandes personajes y participa en la Revolución Francesa, 

alcanzando el rango de General de ese país. Regresa a Londres en 1798. 

El joven Riquelme, que aún no usa el apellido de su padre, ha llegado a Cádiz 

en 1794, a la casa de don Nicolás de la Cruz y Bahamonde, futuro Conde de 

Maule, y seguido el año siguiente a Londres. Ha permanecido en Richmond y 

en el balneario de Margate, viviendo en situación de estrechez, y ha regresado 

a la capital inglesa ese mismo año de 1798, como interno en un colegio para 

pobres situado en la Cork Street Nº38, muy próxima a la que ocupa el ilustre 

venezolano en Great Pultney Street, cruzando el parque de St. James. Durante 

los últimos cinco meses de su permanencia en Inglaterra llegará a estrechar 

una enriquecedora amistad con el General Miranda, que marcará el resto de su 

existencia. 

Pero, debemos recapitular. 

Del análisis de esta correspondencia, queda claro que Bernardo Riquelme, 

nuestro Padre de la Patria, había llegado a Cádiz a mediados de 1794, como 

huésped de don Nicolás, que era el apoderado y hombre de confianza de su, 

progenitor. 

1 Licenciado en derecho y abogado por la Universidad de Chile. Doctorado en derecho histórico en las 

Universidades de Sevilla y de Madrid. Graduado en el curso superior de la Academia Nacional de Estudios 

Políticos y Estratégicos. Profesor de Historia del derecho en la Universidad de Chile. Presidente de la Sociedad 

de Historia y Geografía. Miembro de Número de la Sociedad Chilena de la Historia del Instituto de Chile. 

Presidente del Instituto de Conmemoración Histórica y Director del Archivo de Don Bernardo O’Higgins. 

Publicaciones: “Teoría de la Ley en los Códigos Latinoamericanos” (1956), “Crónica de la Expedición 

Libertadora del Perú” (1961), “La Presidencia en el Derecho Patrio Chileno” (1964) “Antecedentes de la Paz 

con España” (1973), “Bello, Infante y el Derecho Romano” (1965), “Epistolario de don Nicolás de la Cruz, 

Primero Conde de Maule” (1994), etc. 

165


El 30 de enero de 1795, dice De la Cruz a O’Higgins: “Estoy decidido a enviar a 

don Bernardo Riquelme, en el primer convoy a Londres, a un colegio de católicos 

donde se enseñan las lenguas, las ciencias y la escritura, a contar y llevar libros 

de comercio, para que se perfeccione en el latín, aprenda el inglés y, si no le 

adaptasen las ciencias, a lo mejor a saber llevar los libros de una casa. Así, sujeto 

a un colegio, podrá aprovechar los años más peligrosos de su edad y, después, 

ya formado, estará más apto para cualquiera carrera” 2 . 

En marzo del mismo año, vuelve sobre el tema y le dice: “Ya tengo hablado 

el barco para que se traslade a Londres nuestro don Bernardo Riquelme y es 

la fragata nombrada La Reina, una de las mejores, que saldrá dentro de veinte 

días, parece que en convoy. Será el primer chillanejo y aún chileno que ha ido a 

estudiar a Londres. Dios quiera que sepa aprovecharse” 3 . 

En noviembre, escribe don Nicolás a su hermana doña Bartolina, casada 

con don Juan Albano Pereira, que ha sido en Talca una verdadera madre para 

el joven Riquelme: “A Bernardito lo mandé por abril del presente año a estudiar 

a un colegio de católicos de Londres y allí sigue. Tomé este partido porque no 

se corrompiera en este país, viéndole un poco inclinado a la libertad” 4 . Como 

puede verse, ya nuestro prócer mostraba los primeros síntomas de su vocación 

emancipadora, aun antes de su relación con Miranda en Londres y aun antes de 

cumplir los 17 años. 

Al año siguiente, 1796, ya nombrado Ambrosio O’Higgins Virrey del Perú, don 

Nicolás de la Cruz le informa sobre su hijo: “De don Bernardo estoy recibiendo 

elogios de apoderado, sobre su aplicación, conducta, etc... 5 . 

Sabido es que Bernardo habrá de permanecer cerca de tres años en Inglaterra. 

Allí vivió en el pequeño pueblito de Richmond, a la orilla derecha del Támesis, 

recostado en los faldeos de una colina. Allí, el joven Bernardo se incorpora a una 

academia local en la que ha sido matriculado por los apoderados de su padre. 

En esta academia de Richmond, el joven Bernardo estudió francés, geografía, 

historia, música y pintura, alcanzando una formación nada común para la sociedad 

colonial en la que habrá de desenvolverse. 

Es conveniente destacar que no fue desagradecido con su progenitor y así 

él mismo lo expresa: “Debo a la liberalidad del mejor de los padres una buena 

educación, principios morales sólidos y la convicción de la importancia primordial 

que tienen el trabajo y la honradez en el mérito del hombre” 6 . 

En el verano de 1798 pasó sus vacaciones en el balneario de Margate, en la 

desembocadura del Támesis. Alcanzaba ya los 20 años y debe enfrentar días 

muy difíciles de privaciones, porque sus apoderados de Londres recortan doble 

comisión de su renta anual de 1.500 pesos, asignada por su padre, cargando 

además cantidades exorbitantes por concepto de vestuario, alimentación y 

2 Sergio Martínez Baeza, “Epistolario de don Nicolás de la Cruz y Bahamonde, primer Conde de Matile”. 

Publicación del Centro de Investigaciones Diego Barros Arana, Biblioteca Nacional, Santiago, 1994. 

3 Ibídem. 

4 Ibídem. 

5 Ibídem. 

6 Ibídem. 

166


alojamiento. Poco después se traslada a Londres y llega a vivir allí al colegio de 

York Street N° 38. 

Es, sin embargo, en este triste momento de soledad y estrechez, que el joven 

tendrá ocasión de conocer al noble precursor de la independencia americana, 

al ilustre caraqueño Francisco de Miranda, quien ha llegado a comienzos de 

ese mismo año a la capital inglesa, procedente de Francia, y se ha instalado en 

las cercanías, en una casa de calle Great Pultney Street, gracias a la ayuda de 

su amigo, el rico comerciante John Turbull, que le ha asignado una renta de 50 

libras. 

Lo que sí sabemos es que Miranda aquilató el generoso espíritu del joven 

Riquelme y le dio las pautas para desenvolver una acción más valedera, una 

fórmula que no habría de olvidar: le enseñó a amar la libertad y a vivir para ella y 

para su Patria. 

Así se lo expresa: “Esta idea he tratado siempre de hacer entrar en su 

ánimo y desearía que la tuviera siempre presente. Ud. ama a su patria. Cultive 

constantemente este sentimiento, fortifíquelo con todos los medios posibles, pues 

sólo con la estabilidad y firmeza de su patriotismo estará en condiciones de hacer 

el bien. Los obstáculos para que pueda ser útil a su patria son tan numerosos, tan 

formidables, tan invencibles, que nada, salvo el más ardiente amor por su patria, 

podrá sostenerlo en los esfuerzos que haga en favor de su bienestar. El alfa y 

omega de mi consejo es éste: ame a su patria” 7 . 

Miranda señala al joven Riquelme entre los “Comisarios de la América del Sur, 

venidos a Europa en diferentes empresas”, que ha estado siempre dispuesto 

a entrevistarse con él y al que ve ya marcado con el espíritu de lucha para la 

obtención de la libertad de su pueblo. 

Cuando, en marzo de 1799, el General Miranda se vio en la necesidad de hacer 

ciertas advertencias al Ministro inglés Mr. William Pitt, le dice: “Don Bernardo 

Riquelme, natural de Santiago de Chile, se ha ofrecido para llevar noticias a sus 

compatriotas, pero, no habiéndose recibido todavía ninguna buena nueva, él 

partirá de Londres dentro de poco, hacia su país natal” 8 . 

El tono general demuestra que entre ambos se ha establecido una relación de 

verdadera amistad. El Precursor Miranda confía en su joven interlocutor y aprecia 

en él su buen sentido. Por eso, está seguro de no perder su tiempo, conforme a su 

opinión de que “nada es más insano y, a veces, más peligroso que dar consejos 

a un necio”. 

Le advierte que no conoce Chile, del que sólo tiene una imperfecta noción 

obtenida de la Historia Civil y Natural del Reino de Chile del abate don Juan Ignacio 

Molina, recién publicada, la que ha estudiado atentamente en el “Diccionario” de 

Alcedo. 

Es evidente que su joven discípulo, al llegar a Chile, buscará gente, amigos y 

conocidos con quien tratar. Miranda le recomienda: “Elegid con el mayor cuidado, 

porque, si os equivocáis, sois perdido. Las guías para esa elección son de una 

7 Tomás Polanco Alcántara. “Francisco de Miranda, ¿Ulises, don Juan o don Quijote?”, Caracas, 1997. 

8 Luis Valencia Avaria. Bernardo O’Higgins. El buen genio de América. Editorial Universitaria, Santiago,1980 

167


gran cautela. Anota que, salvo en los Estados Unidos, en ningún otro sitio se 

puede hablar de política con quien no sea un amigo probado. Pero, ¿cómo 

distinguir a tal amigo? 

“Una primera característica –le dice– debe ser la edad. En las personas 

mayores de cuarenta años las preocupaciones están demasiado arraigadas, 

salvo que se trate de individuos amigos de las lecturas y, particularmente, de los 

libros prohibidos” 9 . 

Respecto de los jóvenes, le dice que “habrá muchos prontos a escuchar y fáciles 

de convencer, porque la juventud es la edad de generosos sentimientos, aunque, 

por desgracia, también lo es de la indiscreción y de los actos temerarios” 10 . 

Miranda le señala, además, que “no todos los nobles y clérigos americanos 

son, necesariamente, fanáticos intolerantes y enemigos de los derechos del 

hombre. Su experiencia le dice que en Sudamérica existen hombres ilustrados y 

liberales, que no será fácil descubrir porque viven atemorizados por las fuerzas de 

la Inquisición, la que puede perdonar cualquier pecado que no sea el liberalismo 

en las opiniones” 11 . 

También le hace ver que “debe tener cuidado ante los españoles, que ven a 

América como una posesión propia y a Inglaterra como el enemigo natural de 

España. Un joven americano formado en Inglaterra, tendrá que ser, forzosamente, 

una persona inaceptable en el medio hispánico”. Por eso le aconseja: “Mantenéos 

a larga distancia de ellos” 12 . 

Bernardo regresa a Cádiz en 1799, llevando un documento de Miranda que 

atesora como su más preciada posesión. La copia de este documento no figura 

en el archivo de Miranda, aunque su paternidad es indudable. Son los consejos 

del Precursor a su joven amigo para su formación como un decidido republicano. 

El 3 de abril de 1800, el joven Riquelme embarca hacia América en la fragata 

Confianza, la que es apresada por los ingleses. Desembarcado en Gibraltar, logra 

regresar a Cádiz por la ruta de Algeciras y llega, otra vez, a casa de don Nicolás 

de la Cruz. Allí contrae la fiebre amarilla, que lo lleva a las puertas de la muerte. 

Pero, lo que es mucho más grave para él, allí también conoce el texto de la carta 

de su padre a don Nicolás, con instrucciones de echarlo de su casa, por ser 

incapaz de seguir carrera alguna y por ser ingrato a los favores recibidos, lo que 

lo sume en la confusión y en el dolor. 

Algunos autores creen que la Corona ha descubierto una conspiración 

fraguada en Londres para sublevar a América y que en ella aparece involucrado 

el hijo natural del Virrey O’Higgins. Sin duda, ello ha podido influir en la decisión 

de separar a este digno funcionario de su alto cargo y puede haber apresurado su 

muerte, acaecida en Lima el 18 de mayo de 1801. Otros estiman que el término 

de su mandato y la muerte del Virrey nada tienen que ver con las actividades 

de Bernardo en Londres. En lo personal, me inclino a pensar que los servicios 

9 Tomás Polanco Alcántara, ob. cit. 

10 Ibídem. 

11 Ibídem. 

12 Ibídem. 

168


secretos de la Corona debieron investigar muy detenidamente a un joven chileno 

que iba a estudiar a Inglaterra y que, con toda seguridad, debieron conocer su 

calidad de hijo del Virrey O’Higgins. 

Por esos días, don Bernardo firma algunos papeles referidos a la sucesión de 

su padre y, por primera vez, estampa en ellos su nueva firma “Bernardo O’Higgins 

de Riquelme”, asumiendo la identidad con que haría su entrada en la historia 

nacional y continental. 

El joven O’Higgins embarca, nuevamente, hacia su patria en la fragata Aurora 

y llega a Valparaíso el 6 de septiembre de 1802. Tiene 24 años, sus compatriotas, 

impacientes y comunicativos, le interrogan con avidez, mientras él recuerda el 

sabio consejo de Miranda: “tratad con indulgencia a los ignorantes, y en todos 

debéis valorizar su carácter, el grado de atención que os presten y su mayor o 

menor inteligencia” 13 . 

Bernardo O’Higgins tendrá siempre presente, en su vida de militar y estadista 

al servicio de Chile, las palabras de Miranda. Así nos lo dice en 1811: “La libertad 

de mi patria es objeto esencial de mí pensamiento y el primer anhelo de mi alma, 

desde que en 1798 me lo inspirara el general Miranda. Soy un resuelto recluta de 

su doctrina” 14 . 

Para siempre ha quedado grabado con fuego en su corazón el mandato de 

Miranda: “Amad a vuestra patria, acariciad ese sentimiento constantemente, 

fortificado con todos los medíos posibles. No permitáis que jamás se apodere de 

vuestro ánimo ni el disgusto ni la desesperación” 15 . 

Aún hoy vibra el eco de ese mandato que el gran Francisco de Miranda entregó 

a su joven amigo Bernardo: “El alfa y omega de mí consejo es éste: ame Ud. a su 

Patria” 16 . 

En este fundamental aspecto de su existencia, el Libertador General Bernardo 

O’Higgins Riquelme jamás defraudó a su maestro de Londres. 

Para terminar, cabe recordar que después de la muerte de Miranda, el 14 de 

julio de 1816, en la prisión militar del Arsenal de La Carraca, en Cádiz, sus hijos 

quisieron que la espléndida biblioteca del Precursor pasase a poder de Chile. 

Así lo ofrecieron en nota de 9 de enero de 1820 al agente chileno en Londres, 

Antonio José de Irisarri, por un precio muy razonable de entre 4 y 5 mil libras 

esterlinas. Bernardo O’Higgins, a la sazón Director Supremo de Chile, recomendó 

con entusiasmo esta adquisición al Senado Conservador, el cual terminó por 

rechazarla, alegando que la nación debía enfrentar otros desafíos prioritarios 

más urgentes. El sabio don Andrés Bello, que frecuentaba esta biblioteca en sus 

tiempos de Londres, nos ha dejado un testimonio que recoge Barros Arana. “Chile 

perdió así –nos dice– la oportunidad de adquirir una de las más ricas colecciones 

13 Ibídem. 

14 Luis Valencia Avaria, ob cit. 

15 Ibídem. 

16 Ibídem. 

169


que, por entonces, podía formar un particular, por la variedad de materias que 

contenía y por la discreta elección de los libros y de las ediciones” 17 . 

Durante el desarrollo de este seminario, no limitado exclusivamente a 

historiadores, que ha sido convocado por el Instituto O’Higginiano de Chile y la 

Asociación Internacional Andrés Bello, se verán aspectos de la vida y obra del 

Precursor Miranda y del Libertador O’Higgins, de su ideario e incidencia en la 

historia política de su tiempo, de sus aportes a la cultura y a la formación de 

una identidad continental y nacional, también de la proyección de su influencia 

a nuestro hoy y mañana, dentro del proceso de globalización que vive la 

humanidad. 

17 Sergio Martínez Baeza. El Libro en Chile, Ed. Lord Cochrane S.A., Santiago, 1982. 

170


LOS REVOLUCIONARIOS DE LONDRES Y CÁDIZ 

Germán Arciniegas 

Bernardo O’Higgins hace en Londres el juramento de Simón Bolívar en el 

Aventino. Entonces se llamaba Riquelme, el apellido de su madre. Don Ambrosio, 

ya Virrey en Lima, cuidaba el secreto de su aventura en Chillán, pero a distancia 

buscaba para el hijo de aquel amor prohibido la educación que habría de llevarlo 

a ser el Libertador de, Chile y Perú. De los grandes en la epopeya emancipadora, 

ninguno tiene una infancia más cercana a la novela romántica y realista, 

bordeando el hambre y la miseria. Son capítulos en que se suceden el drama y la 

esperanza: encrucijadas de Londres, Logias de Cádiz, peligros de muerte en la 

nave española que atacaron los ingleses. El comienzo es brutal. Quien debería 

pagar la pensión ordenada por Don Ambrosio dejaba sin un chelín a Bernardo, el 

estudiante, y éste escribía al Virrey: 

“Amantísimo padre de mi alma y mi mayor favorecedor: Espero que V.E. exéuse este 

término de que me sirvo en forma tan libre, que me es dudoso si debo o no hacer 

uso de él... Aunque he escrito a V.E. en diferentes ocasiones, jamás la fortuna me ha 

favorecido con una respuesta... No piense que me quejo, porque en primer lugar sería 

en mi tomarme demasiada libertad sin derecho alguno, y, en segundo, se que V.E. ha 

tomado hasta aquí todos los requisitos para mi educación...”. 

Veintiún años tiene el que escribe esas líneas, y lo hace en una Europa 

impregnada de fermentos revolucionarios. Allá, por primera vez se cruzan con el 

hervidero de la Ilustración (que va a llevar la toma de la Bastilla) las realizaciones 

inesperadas de la emancipación americana. Si en Francia le bajan la cabeza al 

Rey Luis XVI, al otro lado del Atlántico Inglaterra pierde sus colonias. El Londres 

de Francisco de Miranda es un Londres a donde van llegando suramericanos 

independentistas y ha sido el primer escenario de Benjamin Franklin. De Londres 

partió Tomas Paine para convertirse en uno de los Caudillos de Filadelfia. De 

regreso de América explicó lo de, los Derechos del Hombre, exaltando la 

imaginación de los franceses... Ahora ¿le llegará el turno a la América Española? 

Para un suramericano, hijo no reconocido del Virrey del Perú, el corazón de 

Londres está en cierta casa de Grafton Street –la de Miranda– que describe así 

Uslar Pietri: 

“Los visitantes son muy variados: políticos ingleses, viajeros de Estados 

Unidos, revolucionarios de Francia, criollos de México, de Lima, de Santiago o 

de Buenos Aires, abates y fracmasones, españoles afrancesados, conspiradores 

italianos, oficiales rusos, gentes del imperio otomano, mercaderes, músicos, 

escritores y bellas y desenvueltas mujeres... La casa era espaciosa y amoblada 

171


con gusto. Había un busto de Apolo, uno de Homero y otro de Sócrates, el 

dios solar de la armonía y la belleza, el fabuloso creador del lenguaje poético 

y el filósofo vagabundo dedicado al estudio del hombre que era el estudio de 

la verdad. Había recuerdos de viajes y campañas. Porcelanas de Meissen y de 

Sevres, esmaltes rusos, grabados de Roma, armas, una flauta sobre un atril y 

una numerosa biblioteca...”. 

De todas las revoluciones del setecientos la que alentaba el venezolano era 

la más ambiciosa y radical: la Independencia total del Continente. Hasta ese 

momento sólo la habían logrado trece pequeñas colonias inglesas. El querría llevar 

la emancipación a todo el territorio del Nuevo Mundo. O’Higgins, el estudiante sin 

cobre, el hijo ignorado del Virrey del Perú, jura en la casa de Grafton Street llevar 

a Chile ese mensaje. Consagrará su vida a lograrlo, como otros lo han hecho en 

la misma casa. Con esa consigna marcha a Cádiz. Luis Valencia Avaria, en su 

obra sobre el Libertador chileno, complementa el juramento de O’Higgins con la 

estrategia registrada en el Archivo particular de Miranda: “Los meses de diciembre 

a febrero son los mejores para cruzar el Cabo de Hornos. Para la expedición 

del Pacífico –una parte de la expedición total– se necesitan ocho navíos y ocho 

mil hombres. En la Costa de Chile, el puerto de Valdivia y el de Talcahuano son 

cómodos pero mal fortificados; la batería de Valparaíso es fácilmente dominable. 

Los caballos de Chile andan comúnmente, sin fatigarse, más de cuatro leguas 

por hora. Son sumamente duros, no han menester de herraduras y los jinetes 

del país son los más fuertes acaso del mundo entero”. El caraqueño, llevando 

hasta el Cabo de Hornos, es más atrevido en sus proyectos que Napoleón 

cuando planeaba la campaña de Egipto, cercanísimo a Italia. Pensaba hasta en 

los caballos sin herradura para los jinetes más fuertes del mundo. O’Higgins oyó 

estas cosas con embeleso, y así las llevó a la tertulia de Cádiz como lo habían 

hecho Narifío de Bogotá, y Caro de La Habana, Juan Ascanio de Huamanga y 

Lardizábal de Potosí, Pablo de Olavide de Lima, el Canónigo Victoria de México... 

Toda América estaba en la mente de Miranda y toda América se proyectaba en 

ese momento en el estudiante que aguantaba hambres en Londres... La Gran 

Reunión Americana “estableció” su cuartel general en las mismas Columnas de 

Hércules y de allí partieron las centellas que vinieron a despedazar el trono de 

la tiranía en la América del Sur. Sobre todo esto ha escrito un libro esencial Luis 

Valencia Avaria. Su biografía de O’Higgins 1 . 

Pero Miranda, además, movió con O’Higgins a otro chileno, el Canónigo José 

Cortés de Madariaga. La suerte quiso que los dos hijos de la colonia austral 

vinieran a ser las fuerzas combinadas de la Revolución. 

Una cosa es la revolución montada sobre charlas de café o tertulias en las 

Logias en Londres y Cádiz, v otra llevarla a las capitales de la Colonia y proceder 

a levantar ejércitos del pueblo para enfrentarlos a los del Rey. O’Higgins regresa 

a América. La vida lo ha destinado a ser un hacendado rico que de la noche 

a la mañana puede llevar el nombre de su padre y disfrutar de la cuantiosa 

herencia que le dejó como si valiera tanto como el nombre. Cortés de Madariaga 

queda encaminado a figurar entre los Canónigos que recen y canten en latín las 

oraciones del Coro en alguna iglesia. Se encaminaba a Santiago, pero la suerte 

1 Se refiere a Bernardo O’Higgins. El Buen Genio de América (N. del D.). 

172


lo desvió hacia Caracas. Pequeiío cambio de Catedrales... Los dos comisionados 

de Miranda ¿irían a enterrarse para siempre en negocios diferentes al que les 

había asignado el Precursor en Londres? 

Miranda sí no pensaba sino en la Independencia. Había tenido la audacia de 

lanzarse sólo a la liberación de Caracas. Se fue a Nueva York en busca de dinero 

y mercenarios, y de allí salió en una nave en que lo más importante estaba en 

una imprentita para editar proclamas en alta mar, y una bandera. La bandera de 

amarillo, azul y rojo la desplegó en Puerto Príncipe de Haití. Todos sabemos de 

su fracaso después de tomar a Coro, de Venezuela, y su regreso a Londres... a 

donde llegarían a buscarlo, años después, Simón Bolivar y Andrés Bello. Lo que 

se agitó apasionadamente en la casa de Miranda en Londres o en los escondrijos 

de Cádiz, parecía la insurgencia dormida y derrotada. Los tres personajes: 

–Miranda, O’Higgins y Cortés de Madariaga– habrían quedado muertos para la 

Historia de la Independencia si no ocurre, como chispa providencial, la audacia 

de Napoleón colocando a José Bonaparte en el trono de España. Siguieron al 

atropello la reacción increíble del pueblo de Madrid, la formación de las Cortes en 

Cádiz y, más que todo, la infelicidad del Rey Carlos y el Príncipe Fernando, cuyas 

claudicaciones en Bayona han quedado como una de las escenas más tristes en 

la Historia Universal de las Monarquías. La reacción en las colonias americanas 

fue de indignación. Cada capital hizo algo como el 3 de mayo de Madrid. La voz 

Independencia resonó al mismo tiempo en la capital de España y en La Paz, 

Quito, Caracas, Buenos Aires, Santiago. Fue un grito que sacó a O’Higgins de los 

trabajos del campo y a Cortés de Madariaga del Coro de la Catedral de Caracas. 

Es notable que estos dos chilenos hubieran sido como la base en América del 

triangulo que mágicamente había montado la imaginación de Miranda en su 

morada de Inglaterra. 

Lo de O’Higgins se desarrolló en el campo de la guerra. Su destino le llevó 

de los ejércitos a la magistratura. Lo de Cortés de Madariaga queda en un plano 

menos visible. Había entrado al servicio eclesiástico donde no había ambiente 

para cumplir la misión encomendada por Miranda. Como por milagro tocó a su 

puerta la Revolución. Al producirse los incidentes que condujeron al Cabildo 

abierto de Caracas en abril de 1810, los de la agitación insurgente conocían quien 

era su Canónigo, y no se equivocaron en la escogencia, lo que el eclesiástico 

dijo en voz herida en la Asamblea superó a todas las esperanzas. Era la pasión 

contenida de quien venía madurando por años los coloquios de Londres y Cádiz. 

Por la boca del chileno se oyó salir, en voz muy alta, el discurso guardado de los 

americanos rebeldes. Si O’Higgins hubiera estado en la Asamblea de Caracas, 

oyéndolo habría llorado de emoción. Nadie en Venezuela ha olvidado la escena 

del balcón en la plaza cuando el Gobernador Emparán se dirige al pueblo con 

arrogancia esperando obtener un resonante respaldo multitudinario, y pregunta: 

¿Queréis que siga llevando vuestra representación como Gobernador? Y la 

inesperada y fabulosa intervención de Cortés de Madariaga: estaba detrás del 

Gobernador y movió el dedo para que el pueblo prorrumpiera en ese NO que 

todavía resuena después de 176 años. 

Se abría la nueva etapa en la vida americana, con suerte no del todo feliz ni 

para O’Higgins, ni para el Canónigo, ni para Miranda. A todos tocaron papeles 

difíciles en tiempos tempestuosos, y morirían en la soledad, O’Higgins muere 

173


desterrado en el Perú. Cortés de Madariaga tiene, un final que resume en pocas 

palabras Arias Argaez: “¿Cuándo y dónde dejó de existir el célebre tribuno? 

¿Qué enfermedad lo llevó a la tumba? ¿Cómo fueron sus últimos momentos? 

Interrogantes son estos que no han tenido respuesta precisa y satisfactoria. 

Únicamente se sabe que murió en el distrito de Río Hacha en el año de 1816; pero 

se ignora si expiró a la sombra de uno de esos árboles gigantescos de nuestras 

selvas tropicales o bajo el techo pajizo de uno de aquellos buenos pescadores 

que solían socorrerlo...”. 

O’Higgins desterrado, Madariaga abandonado, Miranda en La Carraca de 

Cádiz prisionero... A O’Higgins todos lo recuerdan como el Libertador de Chile y 

Perú. Miranda, entregado en la más triste noche que haya conocido La Carraca, 

se recordará cada vez con mayor justicia como el Gran Precursor Americano. 

Cortés de Madariaga, nada. Apenas si le han dedicado tres o cuatro libros 

unos generosos historiadores colombianos o venezolanos que pocas personas 

han leido. Y hay que ver que Miranda puso todas sus ilusiones de americano 

en los dos chilenos que iban a desatar por punta y punta la Revolución en Sur 

de América. Lo de Cortés de Madariaga fue sensacional. Movió con un dedo al 

pueblo de Caracas en el momento decisivo del 19 de abril y fue el verbo de la 

Revolución desatada.. Luego llevó a Santa Fe de Bogotá el mensaje de unión 

Federal, sellando antes que el propio Bolívar la unión de Cundinamarca y de 

Venezuela. El primer tratado internacional de Colombia fue ése que firmaron, el 

28 de mayo de 1811 el chileno Embajador de Caracas y Jorge Tadeo Lozano de 

Alianza y Federación entre Cundinamarca y Venezuela. Miranda era entonces 

la gran figura de Venezuela. Había regresado de Londres y ejercía la Dictadura 

como General en jefe de la primera guerra. Lo de Londres se había trasladado a 

la capital cuna del Libertador, y así, en tierra americana se probaría la empresa 

emancipidora. Miranda reanudaba en Caracas sus diálogos de Grafton Street con 

el levita del verbo incendiario, y veía a lo lejos, como en sueños, a O’Higgins 

formando en Chile los ejércitos que habrían de pelear en Chacabuco. Miranda 

había dicho a O’Higgins: acérquese al pueblo y vencerá. Usted encontrará en 

los campesinos sureños buenos soldados. “La proximidad a un pueblo libre debe 

haberlos llevado a la idea de Libertad e Independencia”. A Cortés de Madariaga 

lo despachó con su Proyecto de Tratado a Bogotá. Y así, con dos chilenos, el 

venezolano ató por punta y punta el lazo de la Primera Independencia desde 

Caracas. 

BIBLIOGRAFÍA 

Cruz, Ernesto de la: Epistolario de Don Bernardo O’Higgins. Imprenta 

Universitaria, Santiago, 1916, Tomo I. 

Valencia Avaria, Luis: Bernardo O’Higgins. El Buen Genio de América. Editorial 

Universitaria, Santiago, 1980. 

174


DON BERNARDO O’HIGGINS: 

APELLIDO Y LEGITIMACIÓN 

Jorge Ibáñez Vergara 1 

EL APELLIDO 

El apellido de don Ambrosio Higgins, que se transformó en O’Higgins después 

de 1794, y que don Bernardo comenzó a usar luego de su regreso a Chile, se 

registró como “Higinz” en el libro de bautismos de la parroquia de Talca, el año 

1783. A pesar de que el sacramento fue practicado sub conditíone, el contenido y 

fundamento del acta, redactada en forma inusual, que difiere notablemente de las 

demás asentadas en el libro, precisa que su nombre es Bernardo Higins y que su 

padre es don Ambrosio Higinz. 

Todas las versiones transcritas conocidas adolecen de numerosos errores. Tales 

errores no desnaturalizan el contenido esencial del documento; pero tememos que 

ellos vayan acrecentándose peligrosamente con nuevas inexactitudes formales. 

En una obra de tanta autoridad, como la del Archivo O’Higgins, se registran 

20 errores, que van desde alteraciones de la puntuación, omisión de palabras, 

palabras alteradas, como el apellido Higinz, convertido en O’Higgins 2 . 

La copia del acta, que hemos hecho, es la siguiente: 

“Don Pedro Pablo de la Carrera, Cura y Vicario de la Villa y Doctrina de San Agustín de 

Talca, Certifico y doy fe, la necesaria en derecho, que el día veinte del mes de enero 

de mil setecientos, ochenta y tres años, en la Iglesia Parroquial de esta Villa de Talca, 

puse óleo y chrisma, y bauticé sub condicione, a un niño llamado Bernardo Higinz, 

que nació en el Obispado de la Concepción, el día veinte de el mes de Agosto de mil 

setecientos, setenta, y ocho años, hijo natural del Maestre de Campo General de este 

Reino de Chile, y Coronel de los reales ejércitos de S. Mi don Ambrosio Higinz, soltero 

y de una señora Principal de aquel Obispado, también soltera, que por su crédito no 

1 Estudió Derecho en la Universidad de Chile. Durante varios años se desempeñó en el Ministerio del 

Interior, como Jefe de distintos Departamentos de esa Secretaría de Estado. Director General de Correos 

y Telégrafos. Consejero de LAN Chile. Diputado entre 1965 y 1973. Desde 1970 a 1971, Presidente de la 

Cámara de Diputados. Integró, como Consejero, el primer Consejo Nacional de Televisión. Se desempeñó 

como Presidente del Directorio de la Empresa de Obras Sanitarias del Maule (ESSAM) y como Consejero de 

Ciren-Corfo. Vicepresidente Nacional del Instituto O’Higginiano de Chile. Ha cumplido igualmente funciones 

directivas de carácter político. Autor de varios ensayos históricos, entre los que se destacan “Visión de don 

Ambrosio O’Higgins” y “Don Nicolás de la Cruz, el Conde de Maule”, editado, este último, por la Universidad 

de Talca. 

2 Archivo O’Higgins. Tomo 1, pp. 1 y 2. 

175


ha expresado aquí su nombre. El cual niño Bernardo Higinz está a cargo de don Juan 

de Alvano Pereira, vecino de esta villa de Talca, quien me expresa habérselo remitido 

su padre, el referido don Ambrosio Higinz, para que cuide de su crianza, educación 

y doctrina correspondiente, como consta de sus cartas, que para este fin le tiene 

escritas, y existen en su poder, bajo de su firma, encargándole asimismo que ordene 

estos asuntos de modo que en cualquier tiempo pueda constar sea su hijo. 

Y lo baptisé sub condicione por no haberse podido averiguar si estaría baptisado 

cuando lo traxeron; o si sabría baptisar el que lo baptisaría, ni quiénes serían sus 

padrinos de agua para poder tomar razón de ellos si estaría baptisado. Padrinos de 

óleo y chrisma, y de esta baptismo condicionado fueron el mesmo don Juan de Albano 

Pereira, que lo tiene a su cargo, y su esposa doña Bartolina de la Cruz; y para que 

conste di ésta en estos términos, de pedimento verbal del referido don Juan de Albano 

Pereira, en esta villa de Talca, a veinte y tres de Enero de mil setecientos ochenta y 

tres años, y lo anoté en este libro para que sirva de Partida de que doy fe. (Fdo.) Don 

Pedro Pablo de la Carrera (rúbrica) Bernardo Higgins, español” 3 . 

En página aparte damos a conocer, por primera vez en un trabajo histórico, el 

texto facsimilar de este documento que se mantuvo ignorado hasta 1876. 

Durante sus primeros años, hasta el bautizo en Talca, y posteriormente hasta 

1788, las preocupaciones por el uso del nombre son inexistentes. Las primeras 

dudas nacen al registrarlo como interno en el Colegio de la Propaganda Fide, 

en Chillán, no obstante que la amistad de don Ambrosio con los franciscanos 

pudo alterar las reglas aplicadas a los registros escolares. Pero luego, en Lima, 

indispensablemente, el problema del apellido debió abordarse de nuevo. Los 

certificados de estudio y sus calificaciones, necesarios para la determinación de 

los niveles escolares a que sería incorporado en la capital del Virreinato, debieron 

ser extendidos a nombre de Bernardo Riquelme por el Rector del Colegio de los 

Naturales. 

Además de las gestiones personales que hizo don Ambrosio para encargar, 

en Lima, la educación de su hijo a don Ignacio Blaque y al sacerdote, Agustín 

Doria, las instrucciones detalladas, entre ellas la que se refieren al nombre con 

que debía ser registrado en los colegios limeños, se transmitieron a los nuevos 

apoderados por don Tomás Delfín. 

Sin embargo, el mantenimiento del apellido Riquelme, con el que entonces don 

Bernardo fuera conocido en Perú, España e Inglaterra, correspondió enteramente 

a una decisión de don Ambrosio. El apellido Higgins, o Higinz, en el nombre 

de un niño en Chile, habría servido como desencadenante eficaz para llegar, 

también, a la identidad del padre, circunstancia que don Ambrosio evitó de modo 

particularmente cuidadoso. 

El apellido Riquelme que don Bernardo usó hasta la edad de veinticuatro años 

ha originado entre nuestros autores los más variados juicios críticos, que no 

excluyen las censuras agresivas al comportamiento paternal de don Ambrosio. 

Cronológicamente, don Juan Bello inicia estos comentarios: 

3 Libro V de Bautismos, fs. 24. Parroquia de San Agustín de Talca. 

176


“Sus prendas morales, sus servicios, nada habría sido suficiente a borrar esa mancha 

de su nacimiento, ese apodo agregado siempre a su ilustre apellido, que había movido 

a su padre a negárselo en su postrera voluntad” 4 . 

Barros Arana hace un comentario benévolo, suavizando el problema del apellido 

con la generosidad económica expresada por don Ambrosio y, simultáneamente, 

incurre en el error de suponer que don Bernardo fue el legatario de los únicos 

bienes que había dejado en Chile: a hacienda Las Canteras y una casa en 

Santiago. 

La casa mencionada no aparece en el legado y el Virrey legó otras dos 

estancias y la isla Quiriquina a sus sobrinos. 

“Su padre había muerto entonces, y si no le había reconocido legalmente autorizándolo 

para llevar su nombre, le legaba con dominio pleno y absoluto los bienes que 

había dejado en Chile, la extensa hacienda de Las Canteras, en la Isla de la Laja, 

abundantemente poblada de ganado, y una casa en Santiago” 5 . 

Don, Miguel Luis Amunátegui comienza el tono censurador, que después 

seguirán otros autores: 

“Es cierto, don Ambrosio daba a su hijo ciencia y bienes; pero quedaba todavía una 

cosa que le rehusaba con orgullo, y que el joven podía reclamar con justicia. Era ese 

noble apellido O’Higgins, que el ilustre marqués negaba tenazmente al hijo de su 

amor. 

“En la misma cláusula del testamento en que le legaba una fortuna, le significaba con 

toda claridad que le prohibía llevar ese apellido, llamándose Bernardo Riquelme”. 

Seguidamente, el señor Amunátegui alza violentamente el diapasón del 

enjuiciamiento moral: 

“Sin duda el mercachifle ennoblecido, el barón de fresca data, el titulado de Castilla 

por el oro y por la intriga, no creía a su bastardo digno de heredar un nombre tan 

decorado como el suyo; i en eso por cierto se equivocaba grandemente el virrey, que 

echando al olvido la humildad de sus principios, tomaba ínfulas de rancio aristócrata. 

Ese joven iba a hacer por la ilustración de su apellido mucho más que lo que había 

hecho su altanero padre” 6 . 

Blanco Cuartín usa más tinta gruesa en el alegato: 

“Don Bernardo no tuvo cuna bendecida por el sacerdote. Fruto de la liviandad de un 

viejo magnate y de la inocencia de una encantadora y tierna niña, de noble estirpe, 

su aparición en la vida fue el cartel difamatorio de sus padres. Creyólo así sin duda 

el orgulloso don Ambrosio, cuando no permitió ni a la hora de su muerte, que es 

hora de humildad y reparación, que llevase su hijo otro nombre que el de Bernardo 

Riquelme. La nobleza y el alto rango del autor de sus días, lejos de protegerlo, lo 

lanzaba indefenso y desvalido a todas las contrariedades y maledicencias del mundo. 

El gran señor le renegaba cobarde y desnaturalizado; hacía con él algo peor de lo que 

4 BELLO, Juan: Don Bernardo O’Higgins. Colección de biografías y retratos de hombres célebres de Chile. Ed. 

Narciso Desmadryi, 1854, p. 19. 

5 BARROS ARANA, Diego: Historia de Chile. Tomo VIll. Ed. Rafael Jover, 1884-1902, p. 392. 

6 AMUNATEGUI, Miguel Luis: La Dictadura de O’Higgins. Imprenta, Litografía y Enc. Barcelona, 1914, pp. 31-32. 

177


ejecutan los que arrojan a la inclusa el fruto vedado de sus amores: le exponía a las 

risas y a las humillaciones de la sociedad” 7 . 

Don Francisco Antonio Encina repite casi textualmente lo dicho por Barros 

Arana: 

“Su padre había muerto y aunque no lo reconoció legalmente como hijo, le había 

legado sus bienes en Chile” 8 . 

Luego agregará en juicio más categórico: 

“El padre, a la sazón Virrey de Lima, había tendido entre él y su hijo un muro 

infranqueable. No sólo le negó el apellido sino que rehuyó la comunicación directa” 9 . 

Don Sergio Fernández Larraín dice, por su parte: 

“El legar a su hijo la rica hacienda Las Canteras con sus ganados, don Ambrosio le 

vedaba terminantemente que ostentara el apellido O’Higgins, debiendo llamarse 

Bernardo Riquelme a secas” 10 . 

A su vez, Edmundo Correas afirma: 

“Inútilmente escribe a su orgulloso padre, que es Virrey del Perú y le ha prohibido usar 

su apellido” 11 . 

Todo este agavillamiento antologal de opiniones que critican, en algunos 

casos acerbamente, la conducta de don Ambrosio, se repite en otros autores, 

con terminología semejante: Don Ambrosio NEGÓ a su hijo el uso del apellido 

O’Higgins; NO LE AUTORIZÓ su uso o, más categóricamente, LE PROHIBIÓ 

USARLO. 

La condena tiene todas las trazas de un juicio irreflexivo y manifiestamente 

exagerado. La separación del niño Bernardo de su familia materna y su deambular 

solitario en Chile, Perú y Europa, obedeció en buena medida a los resguardos 

tomados en los momentos claves de la carrera funcionaria de don Ambrosio. Esta 

actitud fue mantenida por el adusto mandatario hasta su fallecimiento. Meses 

antes de morir, aún manifestaba a don Tomás Delfín su recelosa preocupación 

por el secreto de su paternidad: 

“Le propuso consultar el asunto con el doctor don Buenaventura de la Mar, a lo que 

contestó que don Buenaventura daría a entender a sus amigos que tenía un hijo 

natural, y que no quería que se supiese hasta en tanto que se viese en su testamento 

después de muerto” 12 . 

7 BLANCO CUARTÍN, Manuel: El General O’Higgins. Revista Chilena de Historia y Geografía, N° 21, 1916, p. 175. 

8 ENCINA, Francisco A.: Historia de Chile. Tomo 12, Ed. Ercilla, p. 51. 

9 ENCINA, Francisco A.: Historia de Chile. Tomo 12, p. 48. 

10 FERNÁNDEZ LARRAÍN, Sergio: O’Higgins, Ed. Orbe, 1974, p. 22. 

11 CORREAS, Edmundo: San Martín y O’Higgins. P. 151. Biblioteca del Congreso Nacional. Homenaje a 

Guillermo Feliú Cruz. Editorial Andrés Bello, 1973. 

12 SILVA CASTRO, Raúl: Piezas para la legitimación de O’Higgins. Homenaje de la Universidad de Chile a don 

Domingo Amunátegui Solar. Imprenta Universitaria, 1935, p. 91. 

178


Don Ramón de Rozas, su Asesor en el Virreynato, el padre Doria y, 

principalmente, don José Gorbea, estos dos últimos designados albaceas, 

pudieron participar en la confección del testamento. Es posible, también, que don 

Ambrosio escribiera su texto, como sospechamos, muchísimo tiempo antes de la 

fecha en que aparece extendiéndolo. La circunstancia de haber incluido entre los 

legatarios y herederos universales a don Tomás O’Higgins, hijo de su hermano 

Miguel, que había muerto de fiebre amarilla el año anterior, es un elemento que 

avala esta posibilidad. 

El testamento tiene un sólo ítem que se refiere al legado de don Bernardo: 

“Ítem.- Mando que a don Bernardo Riquelme, luego que llegue de Europa, se le 

entregue la estancia de Las Canteras, existente en la provincia de Concepción de 

Chile, con 3.000 cabezas de ganado, de todas edades, para que la haya y la tenga, 

en virtud de esta disposición, como suya propia, encargándole procure conservarla i 

perpetuarla en su familia” 13 . 

La identidad del legatario, como Bernardo Riquelme, no creó problemas de 

ninguna naturaleza para la entrega del legado. Gorbea, que manejó todos 

los aspectos procesales de la sucesión, no objetó tampoco, inicialmente, las 

pretensiones del joven para ser llamado Bernardo O’Higgins. 

Don Ambrosio tomó la decisión de reconocerlo efectivamente como hijo natural, 

al aceptar el contenido del acta bautismal de Talca. Así lo indica Delfín, cuando 

revela las aprensiones del Virrey ante la sugestión de encargar su testamento a 

don Buenaventura de la Mar. 

Hemos señalado que el acta del bautismo de Talca, en su contenido 

extrasacramental, es por completo ajena al afán inmodificable de don Ambrosio 

para mantener su paternidad en completa reserva. El acta de bautismo planteaba, 

entonces, además de esta contradicción, un problema de filiación atípico. El 

registro y control de la familia –matrimonios, nacimientos, defunciones– estaba 

regulado por la iglesia. Las actas bautismales tenían mérito de partidas de 

nacimiento y eran requeridas como únicos documentos oficiales probatorios de 

filiación. 

El Acta de Bautismo de don Bernardo difiere de las demás registradas en la 

parroquia de Talca, por don Pedro Pablo de la Carrera. En ella se identifica a don 

Ambrosio como padre, con su nombre y títulos, y se deja explícitamente establecida 

la condición de hijo suyo que tiene el bautizado, todo ello a requerimiento de un 

mandatario que acredita su calidad de tal, mediante carta que para este efecto “le 

tiene escrita”. 

La costumbre, convertida en poderosa fuente de derecho, determinaba que 

los hijos tenidos fuera de matrimonio llevaran el apellido de la madre, modalidad 

no observada en el caso del acta talquina, y que hace más destacaba la tácita 

aceptación de don Ambrosio a su contenido, que dejaba en evidencia un secreto 

cubierto con muy celosas precauciones. En todo caso, no puede formularse a don 

Ambrosio, a la luz del sistema de filiación vigente, el cargo de haberse negado a 

reconocerlo como hijo. La fe de bautismo, y la tácita aceptación de sus términos, 

13 AMUNATEGUI SOLAR, Domingo: Don José María de Rozas. Anales de la Universidad de Chile, 1910, pp. 488-490. 

179


son pruebas irrefutables de tal reconocimiento, constituyendo el uso del apellido 

una cuestión eminentemente adjetiva, originada en los resguardos paternales 

para la seguridad de su próspera carrera funcionaria. No obstante, la actitud de 

don Ambrosio frente al apellido con que se conoció a su hijo hasta los 24 años, se 

ha calificado también con los más diversos y contradictorios juicios. 

El 28 de febrero de 1799, desde Londres, a poco más de treinta días de 

regresar a Cádiz, y a pesar de que el Virrey no había dado respuesta a sus cartas 

anteriores, el joven tomó la decisión de calificar inequívocamente a don Ambrosio 

como “padre”: 

“Amantísimo padre de mi alma y único favorecedor: 

Espero que Vuestra Excelencia excuse este término tan libre de que me sirvo, aunque 

me es dudoso si debo hacer o no uso de él para con Vuestra Excelencia; pero de los dos 

me inclino a aquel que la naturaleza (hasta aquí mi única maestra) me enseña...” 14 . 

El término “tan libre” de que don Bernardo se sirve es el de “padre”. Pero ¿cuál 

es el otro término que ha usado para dirigirse a don Ambrosio? No parece ser 

el de “único favorecedor”. Más bien creemos que, en una transpolación mental, 

hace referencia a otro término usado en sus cartas anteriores, tal como el de 

“Excelencia”. El joven previó que el trato de “amantísimo padre”, ensayado por 

primera vez, podía originar una reacción negativa del Virrey. Adoptó, entonces, el 

resguardo de expresar que si no le pareciera procedente el uso de este vocativo, 

le instruyera sobre el particular: 

“y si diferentes instrucciones tuviera, las obedecería” 15 . 

El Virrey no dio instrucciones en contrario para el cambio del título de “padre” 

que ahora le daba su, hijo y a partir de esta carta, toda la correspondencia dirigida 

a don Ambrosio llevaría de encabezamiento, como una necesidad ilimitada de 

pertenencia a la sangre paterna, palabras como “amantísimo padre de mi alma” o 

“amado padre mío”. 

El silencio de don Ambrosio para determinar un cambio en el tratamiento de 

“padre” constituyó una autorización, en el juicio del joven, para seguir llamándolo 

como “la naturaleza” le enseñaba. Con todo, este paso trascendental dado en las 

relaciones de padre e hijo y el acatamiento del vínculo expresado en el vocablo 

“padre”, fue manejado con delicada ponderación por don Bernardo, al extremo de 

no hacer el menor intento de usar el apellido O’Higgins. 

Hay, pues, en don Ambrosio un indesmentible reconocimiento y aceptación 

a la calidad y trato de padre que le da don Bernardo, hecho marginal al uso 

del apellido, cuyo cambio por el de Riquelme fue políticamente necesario en 

las consideraciones del Virrey. Pero esta conducta del alto funcionario colonial 

debe analizarse en el contexto social de la época, enmarcado en los hábitos y 

costumbres del medio colonial y en el modo generalizado del trato que se daba a 

los incontables hijos que se progenitaban fuera del matrimonio. 

14 VICUÑA MACKENNA, Benjamín: Vida del... pp. 65-66. Archivo de don Bernardo O’Higgins. Tomo 1, p. 6. 

15 VICUÑA MACKENNA, Benjamín: Ob. cit., p. 6. 

180


Don Francisco Antonio Encina se refiere a ello: 

“Aunque la familia avanzaba en su constitución, siempre son muy numerosos los hijos 

naturales. Apenas hay testamento en que no se enumere alguno. Por lo común se les 

dejaba un corto legado” 16 . 

Esa era la costumbre autorizada y sancionada por los hábitos implantados en 

la estructura social, hasta muy avanzado el siglo XIX. A personajes influyentes 

siempre se les atribuyó un número importante de hijos naturales. En la familia del 

prócer, este fue un hecho frecuente y repetido, no escapando a este destino su 

propia hermana, Nievecita, después de enviudar. Se destaca de modo anormal 

al único hijo conocido de don Bernardo, don Demetrio, a quien se atribuyeron, 

después de su muerte, alrededor de doscientos hijos naturales. “Su capacidad 

amatoria tenía toda la exuberancia hereditaria de su línea paterna” dice don 

Gustavo Opazo, olvidando o confundiendo manifiestamente esa capacidad con la 

reducida vida amorosa del padre y el abuelo 17 . 

No obstante, puede sostenerse que las afirmaciones comentadas, en el sentido 

de que don Ambrosio “le negó”, “prohibió”, “vedó”, etc., a su hijo el uso del apellido 

Higgins, primero, O’Higgins, después, al ser elevado a rango nobiliario de Barón, 

constituyen verdades a medias. Si don Ambrosio conoció el acta de bautismo, 

que en copia le habría enviado don Juan Albano, como lo sostiene Delfín, sin 

hacer el menor amago de rechazo ni intento de rectificarlo, debería entenderse 

que aceptó la individualización del niño con su apellido, reconociendo también 

su paternidad. Debió, además, acceder al conocimiento de la fe bautismal en el 

curso de las gestiones para comprarle una capitanía o una tenencia, en España, 

y en las informaciones que recibió sobre las causas de su fracaso. 

Don Pedro Pablo de la Carrera es preciso en el registro de varios antecedentes 

claves de la filiación, uno de los cuales está referido a este punto. En el acta se 

expresa que el padrino, don Juan Albano, conserva en su poder una carta de 

don Ambrosio “que para este efecto le tiene escrita, encargándole asimismo que 

ordene estos asuntos, de modo que en cualquier tiempo pueda constar el ser su 

hijo” 18 . 

La identidad del joven comenzó a definirse bajo el nombre de Bernardo 

Riquelme, como una necesidad compulsiva de don Ambrosio para el ocultamiento 

de la paternidad, en el Colegio de los franciscanos en Chillán y posteriormente 

en los Colegios de Los Estudios y de San Carlos, en Lima. Con este nombre 

se registrará en su viaje a Cádiz y así se inscribirá en los colegios ingleses. El 

pasaporte o salvoconducto que le otorgaron las autoridades inglesas para su 

retorno a España fue igualmente extendido a este nombre, que mantuvo sin 

alteraciones hasta su regreso a Chile. 

No quiso el virrey tener mayores ataduras sentimentales y creyó satisfacer 

suficientemente una obligación moral, asegurando a su hijo, además de una 

16 ENCINA, Francisco A.: Historia... Tomo I, p. 182. 

17 OPAZO, Gustavo: El Nieto del Virrey. Vida de don Demetrio O’Higgins. Pág. 99. Revista Chilena de Historia y 

Geografía, N° 78, 1933. 

18 Archivo de don Bernardo O’Higgins. Tomo I, pp. 1 y 2. Parroquia San Agustín de Talca. Foja 24 del Libro V de 

Bautismos. 

181


educación calificada, “lo mejor que tenía de su fortuna”, como lo señalara el 

albacea, don José Gorbea 19 . 

Los autores alineados en la crítica a don Ambrosio olvidan, además, un hecho 

importante, en este caso, para las mediciones morales. El propio don Bernardo, 

en el testamento que extendió en Lima, ignora la existencia de Demetrio, no 

lo reconoce como hijo y señala en forma expresa que no tiene descendientes 

legítimos. No deja, tampoco, disposición testamentaria que favorezca a don 

Demetrio en alguna porción de sus bienes, en forma de legado. La heredera 

única es su hermana, doña Rosa, y, aunque le diera instrucciones secretas, como 

afirma don Jaime Eyzaguirre, para beneficiar a su hijo en el futuro, la compulsa 

entre las actitudes de ambos como padres debía desmejorar a don Bernardo en 

el enjuiciamiento histórico, comparativamente con don Ambrosio 20 . 

Sin embargo, encontramos autores que, con desconocimiento de aquellos 

elementos históricos que son indubitados, construyen, en el otro extremo, 

verdaderas fantasías sobre la materia que estudiamos. 

Don Ricardo Cox dice a este respecto: 

“Es el único descendiente (don Bernardo) reconocido del Virrey, personaje superior en 

rango a todo otro en Chile, es su heredero, siendo legatarios los demás” 21 . 

Por su parte, don Enrique Campos Menéndez afirma lo siguiente: 

“El hecho es que al morir hizo al joven heredero universal de sus bienes y lo rehabilitó 

civilmente, dándole el patriciado de su apellido” 22 . 

De acuerdo a los términos del testamento, don Bernardo es uno de los varios 

legatarios en la herencia del Virrey; no es heredero parcial ni universal, no fue 

rehabilitado civilmente y don Ambrosio nunca le dio el patriciado de su apellido. 

No faltan, por cierto, quienes analizan este importante aspecto de la vida de 

nuestro prócer y su padre, con objetividad y, algunos lo hacen muy tempranamente, 

como el general José María de la Cruz: 

“No obstante el reconocimiento tácito y público que había hecho de su hijo, la herencia 

que le dejó por su testamento la hizo bajo la cláusula de legado, nombrándole con el 

apelativo de la madre...” 23 . 

Don Hugo Rodolfo E. Ramírez Rivera hace también un comentario ponderado: 

“En cuanto a los referentes a su ilustre hijo, comienzan estos con la Fe de Bautismo del 

Prócer, por la cual consta que don Ambrosio nunca rehuyó la verdad de su paternidad, 

sino que la estampó desde un comienzo en documentos oficiales” 24 . 

19 Archivo de don Bernardo O’Higgins. Tomo I, p. 37. 

20 EYZAGUIRRE, Jaime: Correspondencia de Don Demetrio O’Higgins con doña Rosario Puga y doña Isabel 

Vidaurre. Boletín de la Academia Chilena de la Historia, N° 32, p. 40. Bernardo O’Higgins: Testamento. Rev. 

Chilena de Historia y Geografía, N° 11, 1913, pp. 234-243. 

21 COX, Ricardo: Carrera, O’Higgins y San Martín. Edimpres Ltda., 1979, p. 13. 

22 CAMPOS MENÉNDEZ, Enrique: Bernardo O’Higgins, Ed. Emece, 1942, p. 27. 

23 DE LA CRUZ, José María: Recuerdos de don Bernardo O’Higgins. Ed. Andrés Bello, 1960, p. 19. 

24 RAMÍREZ RIVERA, Rodolfo E.: Algunas piezas fundamentales para el estudio de la vida del Libertador don 

Bernardo O’Higgins. Revista Libertador O’Higgins, N°2, 1986, p. 200. 

182


No obstante imponerse de que en el testamento se le menciona como “Bernardo 

Riquelme”, escribe a los albaceas firmando como Bernardo O’Higgins y Riquelme. 

Pero no hay duda que soporta la ilegitimidad, en un secreto padecimiento. Meses 

después del intercambio epistolar con Gorbea, el año 1805, acuciado por esta 

mortificación, resuelve iniciar las gestiones administrativas y judiciales para 

obtener el rescripto de legitimación, aunque para ello deba afrontar la vergüenza 

de comenzar reconociendo, ante las autoridades de Chillán y Concepción, su 

origen bastardo. 

En el sentimiento generalizado de quienes fueron sus conocidos y parientes, 

la condición de heredero de las Canteras era simplemente la consecuencia de 

su calidad de hijo reconocido del Virrey. Pero ello no pareció suficiente para 

la satisfacción del conflicto que en la intimidad corroía su ánimo. El agravio 

de Gorbea, al llamarlo “Bernardo Riquelme”, después de haberle enviado 

comunicaciones a nombre de Bernardo O’Higgins; la posible preocupación 

originada en el conocimiento de las gestiones de don Tomás O’Higgins para 

obtener el reconocimiento de los títulos de Barón y Marqués, como parte de la 

herencia, o el simple afán de normalizar una situación ambigua y molesta, lo 

empujaron a dar este paso que sólo pudo servir para una divulgación innecesaria y 

lesiva de un hecho oprobioso, que sus enemigos aprovecharían para descalificarlo 

socialmente cuando su figuración pública comienza a ser notoria. 

LA LEGITIMACIÓN 

A principios de 1806 don Bernardo presentó el siguiente escrito ante el Alcalde 

de Vecinos del Ilustre Cabildo de San Bartolomé de Chillán, su sucesor en el 

cargo que ejerciera brevemente el año 1805. 

“Señor Alcalde de Primer Votó: 

Don Bernardo O’Higgins de Riquelme, oriundo de esta Ciudad de San Bartolomé de 

Chillán, Provincia de la Concepción de este Reino de Chile, y residente en ella, en la 

mejor forma que haya lugar en derecho ante V.M. parezco y digo que: Soy hijo natural 

del Excmo. Sr. Don Ambrosio O’Higgins, Barón de Balienar y Marqués de Osorno, 

Teniente General de los Reales Ejércitos de su Majestad, que fue Virrey, Gobernador y 

Capitán General del Reino del Perú y Chile y Presidente de aquella Real Audiencia, ya 

difunto, y de Doña Isabel Riquelme y Mesa, vecina y de las principales familias de esta 

ciudad, concebido y nacido en estado de soltería y bajo de Contrato Esponsalicio. Y 

como para impetrar de la Real Piedad de nuestro Soberano (que Dios guarde) la gracia 

de mi legitimación y demás que haya lugar, sea necesario patentizar este suceso y 

las circunstancias previas y consecuentes a mi nacimiento y que hasta ahora se han 

reservado por la pública honestidad y pundonor de la Señora mi Madre y por más que 

delicada circunspección del Excmo, Señor mi padre, V.M. se ha de servir admitirme 

Información de Testigos sobre el asunto, y que los que presentaré bajo la solemnidad 

del juramento declaren conforme el interrogatorio, lo siguiente: 

Primeramente: expongan si conocieron, comunicaron y trataron al Excmo. Sr. 

Don Ambrosio O’Higgins, ya difunto, y si vieron o tienen noticia de que cuando 

este señor era Maestre de Campo General de este Reino y Comandante de 

las Plazas y Tropas de la Frontera, siempre que pasaba por esta Ciudad a los 

183


asuntos del Real Servicio alojaba y posaba en casa de mis abuelos como vecinos 

distinguidos y de los de mayor representación del lugar. 

Segundo: digan si conocieron, vieron y trataron en aquel tiempo a doña Isabel 

Riquelme, niña de trece años de edad, viviendo al lado de y abrigo de sus padres 

con honestidad, decoro y recogimiento correspondiente a su calidad, edad y 

crianza; y si saben, entienden o tienen noticia de que este caballero la estimaba 

con tan honesta afición que cuando la solicitó para su esposa, pidiéndola a sus 

padres y prometiéndola bajo su palabra de honor que, sin pérdida de tiempo 

imploraría del Rey nuestro Señor la debida Licencia para casarse, con respecto 

a ser ambos iguales y sin impedimento alguno para realizarlo, y si seducida de la 

indeficiencia que conceptúo de la energía de tan repetidas promesas, aceptó el 

Contrato Esponsalicio a buena fe y fui yo el creído efecto de su imaginado futuro 

matrimonio naciendo el día veinte de Agosto de mil setecientos setenta y ocho” 25 . 

Este escrito ha llegado a nosotros, lamentablemente, sin fecha. Pero, por los 

fundamentos que le sirven de sustentación, debe considerarse como anterior a 

los escritos presentados en Concepción, en abril y julio del mismo año, en que 

pide se disponga el requerimiento de un informe a don Juan Martínez de Rozas y 

se le tome declaración a don Tomás Delfín. 

La importancia del documento transcrito, reside en la precisión del propósito 

que persigue con este trámite. 

De las expresiones textuales del escrito, debe concluirse en que, a principios 

de 1806, don Bernardo aún no había solicitado el mencionado rescripto de 

legitimación y que sólo tenía, entonces, el carácter de un mero proyecto, 

mientras acumulaba los elementos de prueba indispensables para respaldar 

la correspondiente petición. Así lo dice de modo expreso el escrito presentado, 

señalando que, para solicitar la gracia de la legitimación, es indispensable probar 

los hechos y las circunstancias previas y consecuentes del nacimiento. Este 

trámite precisa y da coherencia a los que siguieron en Concepción y permite 

observar la secuencia normal de estas gestiones judiciales que preocuparon a 

don Bernardo el año 1806. 

En el escrito que posteriormente presentó en el mes de abril, del mismo año, 

ante el Gobernador Intendente de Concepción, don Luis de Alava, sostiene que 

tiene “instancia pendiente en los Reales Consejos para impetrar de la piedad 

del Soberano Real Rescripto de legitimación”. Barros Arana y Silva Castro, que 

evidentemente no conocieron la petición hecha ante el Alcalde de Chillán, creen 

que la solicitud dirigida a Luis de Alava corresponde a la primera gestión realizada 

por don Bernardo en Chile, el año 1806, para “reforzar” la petición que habría 

presentado ante el Soberano 26 . 

El texto de este escrito, en su versión original, que proporciona Raúl Silva 

Castro, es el que sigue: 

25 Archivo de don Bernardo O’Higgins. Tomo I, pp. 48-49. Archivo Nacional de Chile, Fondo Varios. Vol. 556, sin 

folio. RAMÍREZ RIVERA, Rodolfo E.: Ob. citada, pp. 214-215. 

26 FELIÚ CRUZ, Guillermo: Conversaciones históricas..., p. 293. SILVA CASTRO, Raúl: Ob. cit., p. 85. 

184


“Señor Gobernador Intendente: Don Bernardo O’Higgins de Riquelme, vecino de la 

Ciudad de San Bartolomé de Chillán, parezco ante V.S. en la mejor forma de derecho 

y digo: que tengo instancia pendiente en los reales consejos para impetrar de la piedad 

del soberano real rescripto de Legitimación; y habiendo llegado a mi noticia que el 

señor Teniente Letrado doctor don Juan Martínez de Rozas, sabe particularmente, a 

más de lo que la fama pública, varias circunstancias relativas a mi filiación, por tanto: 

A U.S. pido y suplico sirva proveer y mandar que certifique ó informe menuda y 

prolijamente, con citación del caballero síndico procurador general lo que supiere en la 

materia y que hecho se me entregue el expediente para los efectos que me convengan, 

que es justicia y en lo necesario, etc., etc. “Fdo. Bernardo O’Higgins” 27 . 

En el segundo escrito, presentado en julio de 1806, ante el mismo Gobernador 

Intendente de Concepción, menciona de nuevo que tiene “instancia pendiente 

ante los Reales Consejos”: 

“Señor Gobernador Intendente. Don Bernardo O’Higgins de Riquelme, vecino de la 

ciudad de San Bartolomé de Chillán y su actual Procurador General, parezco ante Usía 

en la mejor forma de derecho y digo: Que para adelantar la prueba en la instancia que 

tengo pendiente en los Reales Consejos a fin de impetrar de la piedad del Soberano 

Rescripto de legitimación, pedí que se mandara al Señor Teniente Letrado Doctor 

Don Juan Martínez de Rozas que certificara o informara, prolija y circunstanciada, lo 

que supiese en orden a mi filiación con citación del personero público, y habiéndose 

servido Usía acceder a mi solicitud verificó su Información el veintiocho de Abril próximo 

pasado. En él asegura que soy hijo natural, como es notorio en toda la Provincia, del 

finado Excelentísimo Señor Don Ambrosio Higgins, varón de Balienari, Marqués de 

Osorno y Virrey que fue del Perú, y de doña lsabel Riquelme de la Barrera, habido en 

estado de soltería, lo que oyó de boca del mismo Señor mi padre que me reconocía 

por tal, y cita al Teniente Coronel del Ejército don Tomás Delfín, que puede saber lo 

propio, con motivo de la estrecha amistad y confianza que tuvieron. En cuya atención 

a Usía pido y suplico se sirva mandar que dicho Teniente coronel don Tomás Delfín 

declare menuda y circunstanciadamente cuanto sepa y le conste en la materia, 

y lo que sobre ella le hubiese confiado el referido Señor, mi padre, con citación del 

caballero síndico Procurador General de ciudad y que hecho se me den testimonios 

por triplicado del Expediente para el fin señalado en lo principal que es justicia y en lo 

necesario, etcétera. Bernardo O’Higgins” 28 . 

Una lectura rápida de ambos textos, con ignorancia del escrito presentado en 

Chillán, puede conducir, como ha ocurrido con los autores que sostienen el inicio 

de estas gestiones en Lima o en España, a una interpretación errónea, estimando 

las expresiones “instancia pendiente” como un trámite iniciado y no concluido. 

Frente a la existencia del documento chillanejo, la anterior interpretación pierde 

todo su mérito, ya que pocos meses antes el propio don Bernardo pide que se le 

reciba “información de testigos” para solicitar su legitimación. 

Las dos solicitudes de Concepción están destinadas, también, a patentizar 

las mismas circunstancias que las señaladas en el escrito presentado en Chillán. 

La “instancia pendiente” puede corresponder, por tanto, a una solicitud aún no 

27 SILVA CASTRO, Raúl: Ob. cit., p. 86. 

FELIÚ CRUZ, Guillermo: Conversaciones históricas de Claudio Gay, p. 293, Ed. Andrés Bello, 1965. 


185


presentada ante los Reales, Consejos en espera de asegurar, mediante elementos 

probatorios diversos, los hechos previos y consecuentes de su nacimiento, así 

como la condición de hijo que desea legitimar. 

Es difícil suponer, y mucho menos aceptar, un procedimiento tan poco 

ortodoxo, consistente en la presentación de un escrito pidiendo la legitimación, 

sin pruebas y ofreciendo su acompañamiento posterior. No hay, aquí, plazos 

fatales ni prescripción que pudiera justificar la presentación de una solicitud de 

esta naturaleza, sin allegar simultáneamente las pruebas suficientes para una 

resolución favorable. 

“Tener pendiente” en los Reales Consejos, por su única y personal voluntad, 

una solicitud de esta naturaleza sobrepasa la realidad administrativa. Un petitorio 

incompleto o con pruebas insuficientes, estaba destinado al rechazo inmediato o 

al archivo. 

Inexplicablemente, los dos escritos presentados ante el Gobernador Intendente 

de Concepción difieren en la forma como se solicita configurar la prueba. A Martínez 

de Rozas se le pide que “certifique” o “informe” al tenor de lo solicitado; en tanto 

que Delfín debe “declarar sobre los mismos hechos. De este modo, Martínez 

de Rozas elabora un “informe” escrito que eleva al Gobernador Intendente de 

Concepción y Delfín presta “declaración” ante el Escribano Público don José 

Montalva. Ambas maneras de dar testimonio no ofrecen, en verdad, diferencias 

sustantivas en su finalidad; pero es de toda evidencia que hay una mayor facilidad 

en la preparación de un “informe” que en la prestación de declaración oral ante 

una autoridad o un Ministro de Fe. 

Don Juan Martínez de Rozas escribe su informe y refiere aquello que don 

Ambrosio le confiara sobre su hijo y relata la singular conversación sostenida con 

Albano, en Talca, en su trayecto a Concepción el año 1787, como antecedentes 

útiles a la prueba requerida: 

“Señor Gobernador Intendente. En el mes de Abril del año pasado de mil setecientos 

ochenta y siete, vine a servir la Asesoría de esta Intendencia, hallándose de Gobernador 

Intendente el Brigadier Don Ambrosio Higgins de Vallenar que después fue Presidente 

y Capitán General del Reino, Marqués de Osorno y Virrey del Perú. En mi tránsito de la 

capital de Santiago a esta ciudad de la Concepción, pasé por la villa de San Agustín de 

Talca, y me alojé en casa de don Juan Albano Pereira, vecino de ella. Allí estuve tres 

días y en el último, que debía seguir mi viaje me llamó a su cuarto y presentándome un 

niño que era don Bernardo Higgins, me dijo las siguientes o equivalentes palabras: “Lo 

llamo a usted para hacerle saber que este niño que se llama Bernardo es hijo natural 

del Gobernador Intendente de Concepción don Ambrosio Higgins y que él mismo me 

lo ha entregado como hijo natural suyo para que lo críe y tenga en casa; ya yo soy 

viejo y también lo es su padre, y quiero que usted lo sepa y entienda para que en todos 

tiempos pueda dar testimonio de esta verdad”, Yo le agradecí la confianza, me despedí 

y seguí mi viaje. Llegado a esta ciudad, alojé y viví en casa del mismo Gobernador 

Intendente don Ambrosio Higgins hasta que fue trasladado a la Presidencia y Capitanía 

General del Reino, y con este motivo le debí particular favor, amistad y confianza como 

todos lo saben y la conservé mientras se mantuvo en la capital alojando siempre en 

su Palacio en los diferentes viajes que hice. Con este motivo y ocasión me habló 

muchas y repetidas veces del niño Don Bernardo que tenía en poder de don Juan 

Albano, me dijo que era hijo natural suyo y de Doña Isabel Riquelme, vecina de la 

186


ciudad de Chillán, habido en tiempo que era soltera, siéndolo también el mismo don 

Ambrosio que nunca se casó. Yo le comuniqué la declaración que me había hecho 

Don Juan Albano, y en otras ocasiones me habló igualmente del pensamiento que 

tenía de mandarlo a España para ponerlo en una casa de comercio o para hacerlo 

dar estudios, como después lo mandó. El Teniente Coronel de Ejército don Tomás 

Delfín, con quien tenía igual amistad y confianza y por cuya mano lo remitió a Lima 

para trasladarlo a la Península, (sic por península) creo que puede tener las mismas 

noticias individuales que he dado sobre la filiación de dicho don Bernardo Higgins, que 

además es sabida y notoria en toda la Provincia. Y es cuanto puedo informar en virtud 

de lo mandado en decreto de 26 del corriente. Concepción de Chile y Abril veinte y 

ocho de mil ochocientos seis. Doctor Juan Martínez de Rozas” 29 . 

Poco después don Tomás Delfín concurre hasta el escribano don José 

Montalva, y declara según lo pedido por don Bernardo, excediendo con toda 

evidencia el marco propuesto por el solicitante. Esta declaración, aceptada sin 

reservas por muchos autores, es la que ha originado numerosos errores en los 

estudios de la juventud de nuestro prócer. Pero es, al mismo tiempo, tanto como 

la fe de bautismo talquina, uno de los más valiosos documentos fidedignos que 

nos aproximan al conocimiento de estos primeros años de su existencia: 

“En el propio día, mes y año, lo notifiqué el decreto antecedente al Teniente Coronel 

don Tomás Delfín, de quien resibí juramento que lo hiso en la forma de estilo por Dios 

nuestro Señor, vajo la palabra de onor, poniendo la mano en su espada, so cargo del 

cual prometió desir verdad de lo que supiere y le fuere preguntado, y siéndolo al tenor 

del escrito presentado por Don Bernardo Higgins, dijo que conosió con intimidad y 

confianza al finado señor Marquez de Osorno desde el año de mil setecientos sesenta 

hasta el de su fallecimiento en cuyo tiempo fue servido de distinguirle en varios 

asuntos que estimava por reservados entre otras cosas y hallándose gravemente 

enfermo en esta ciudad lo solisitó al señor declarante para comunicarle un asunto en 

que se interesava, y llegado la ora de tran (sic) de hello, comensó con desirle al señor 

que declara que tenía un hijo natural nombrado Don Bernardo, que en aquel entonses 

tendría tres años de hedad, y que lo había hecho remitir resién nacido de la ciudad de 

Chillán en la qual nació a la de Talca y que lo había puesto al cuidado de Don Juan 

Albano de aquel comercio, y para mayor sigilo havía ordenado que le bautisasen la 

criatura con agua en Chillán, y que vajo de condición reciviese agua y óleo en Talca, 

todo lo que se verificó conforme lo havía mandado añadiendo que el finado Teniente 

don Domingo Tirapegui, el sargento Salazar y el cavo Quinteros fueron los encargados 

para llevar aquel niño a aquel destino de Talca, lo que efectuaron fielmente, según 

constava de la contestación del predicho Albano, y la fee de bautismo que havía 

sacado de la iglesia parroquial de Talca. Tratando del nasimiento del niño Bernardo 

le comunicó al señor que declara, bajo de mucha reserva, que lo huvo en doña Isabel 

Riquelme de la Barrera, añadiendo que nunca había habido hijo natural habido en 

mejores términos dándole a entender que le había dado palabra de casamiento; y 

luego siguió disiendo que sentía el agravio que había hecho a una señorita de tanto 

mérito, como igualmente por ser de una familia muy ilustre y distinción de este país; 

de allí se adelantó a decirle de que su actual enfermedad, unida a su edad, le hacía 

temer que su hijo quedase en desamparo, porque y aunque tenía mucha confianza en 

la amistad y honradez de Don Juan Albano, veya por otra parte que era muy enfermizo 

con el adictamento de ser más ansiano que él mismo. Por cuyo motivo, como por la 

mayor confianza que dijo tener en el señor que declara lo instó que le diese su palabra 


187


de admitir a su cuidado aquel niño en el caso de que él fallesiese, y que lo educara 

según se lo dijese en sus comunicados y testamento que determinaba entonces hacer, 

lo que no se efectuó por haberse mejorado perfectamente de aquella indisposición. 

Al poco tiempo después se le ofreció al que declara pasar de esta ciudad a, la de 

Lima, con la idea de regresar por la vía de Valparaíso y venirse por Santiago y de 

Santiago a Talca y Talca a esta ciudad. Entonces se acordó de lo que le había dicho 

anteriormente, diciéndole que celebraba mucho que pasase por Talca que escribiría a 

Don Juán de Albano para que le manifestase el niño Bernardo su hijo, encargándole 

que lo reparase y que le diese una razón imparcial del niño, y de lo que podía prometer, 

añadiendo de que le avisaría a Albano, que era su resolución y deseo de dejar al niño 

al cuidado del señor que declara como persona de menor edad, en el caso de faltar el 

mismo Albano, con cuyo encargo cumplió de la misma manera en circunstansias de 

que en aquel entonces sólo el señor Alvano y el señor declarante heran los savedores 

de quienes eran padre y madre de aquel niño con motivo del profundo sigilo que 

quiso guardar su padre en aquella materia. A los pocos años después le comunicó al 

señor declarante haber sabido que en Talca se decía que Don Bernardo era hijo suyo, 

y que para silenciar aquellos rumores (sic) había resuelto haserio traer a Chillán y 

encargar su educación a los Reverendos Padres Fray Francisco Xavier Ramíres y el 

Reverendo Padre Fray Blas Alonso, el primero Guardián del Colegio de los Misioneros 

de Propaganda Fide y Rector del Colegio de Naturales de aquella ciudad, y el segundo 

Presidente de aquel Colegio y Vicerrector de los Naturales, todo lo que se efectuó y se 

cuidó de la educación del niño por el término de algunos años. 

Después de sesado el Rectorado y Presidencia de aquellos Reverendos resolvió sacar 

su hijo Bernardo del colegio de Chillán y remitirlo a Lima, y habiéndoselo comunicado 

al señor que declara le ordenó que escribiese al dicho reverendo Padre Ramírez y al 

Reverendo Padre Fray Bias, diciéndoles que entregasen el niño a la persona de mayor 

confianza que mandase por él, y de lo que quedaban prevenidos por él mismo, y que 

esta entrega se hiciese a deshoras para que no se sintiese por sus parientes paternos 

(sic por maternos) y que extraviando caminos y trasnochando, viniese a poder del señor 

que declara para el efecto de embarcarlo para la ciudad de Lima, recomendándolo al 

finado don Ignacio Blaque para que en la escuela conocida por la de los Estudios 

de Lima se adelantase hasta en tanto que fuese tiempo de ponerlo en el Colegio de 

San Carlos de aquella ciudad. Todo se efectuó con el sigilo que había prevenido, y 

a más el mismo señor Marquéz escribió al referido don Juan Ignacio Blaque que lo 

atendiese como su hijo, lo que resultó que fue atendido y puesto en aquellos estudios 

en que tuvo sus adelantamientos. A los pocos años después le comunicó al señor 

que declara que quería remitir aquel niño a España para que siguiese sus estudios 

con mejor asiento en algunos colegios de aquel Reino, cuyo pensamiento llevó a 

efecto, y el referido Blaque lo embarcó de su orden, recomendándolo a Don Nicolás 

de la Cruz, del comercio de Cádiz, a donde llegó felizmente; después le comunicaba 

al señor que declara siempre las noticias que tenía del mismo señor de Cruz y del 

niño, y le manifestó muchas cartas que había tenido de ambos, haciéndole en muchas 

ocasiones conversación del niño y de sus muchos deseos de verlo acomodado antes 

de morirse. Hallándose enfermo el señor Marqués de Osorno en la ciudad de Lima, 

y siendo entonces Virrey del Perú, le comunicó al señor que declara sus deseos de 

hacer su Testamento diciéndole varios puntos de sus disposiciones y dándole permiso 

para que consultase las materias con un Letrado de su confianza, de lo que se hizo 

cargo el señor que declara, y le propuso consultar el asunto con el Doctor Don Buena 

Ventura de la Mar, a lo que contestó que Don Buena Ventura daría a entender a sus 

amigos que tenía un hijo natural, y que no quería que se supiese hasta en tanto que 

se viese en su Testamento después de muerto. A esto le (ilegible) el señor que declara 

188


que respecto de sentirse tan debilitado que le parecía muy conveniente que arreglase 

sus asuntos, recomendándole por sus Albaceas al señor Marqués de Selada de la 

Fuente y al señor Conde de San Isidro que heran amigos muy finos suyos, de lo que 

se comprasió y que por lo que tocaba la consulta que no tenía necesidad de consultar 

a persona alguna porque por sí mismo y de su propia letra extendería el Testamento, 

que se lo traería para que lo adicionase o reformase del modo que mejor le pareciese; 

y tratando en hello de su hijo Don Bernardo, que entonces había llamado de España, le 

propuso el señor que declara que le correspondía dejarle la mayor parte de su caudal 

a excepción tan sólo de algunos legados y obras pías que había meditado. La resulta 

fue de que mejoró de aquella disposición, (sic) y que aconsejó al señor declarante 

de que hiciese. su viaje a esta ciudad y que volviese con la brevedad posible, y que 

a la vueltá le tendría los apuntes para que hiciese su testamento. A más de esto 

conociendo el señor que declara la confianza y amistad que siempre tuvo el Marqués 

de Osorno con el Reverendo Padre Agustín de Doria del oratorio de San Felipe de 

Neri de Lima le comunicó el señor que declara al dicho padre cuanto hay expuesto en 

esta declaración, advirtiéndole que tuviese todo presente porque en el caso de que 

le repitiese la misma enfermedad a su excelencia había de ser llamado para asistirle 

tanto en el transe de su muerte como para tomar sus consejos en aquellas materias. 

Últimamente a la vuelta de Lima el señor que declara se encontró con la noticia del 

fallecimiento del señor Marquez, y ha visto que había deferido las materias que habían 

tratado hasta que no pudo tenerlas presentes. Y es cuanto al presente el señor que 

declara a excepción de que por algunas preguntas que le hiciesen, se le diese margen 

para más esclarecimientos y que esta es la verdad so cargo del juramento que a hecho 

bajo la palabra de honor, en que se afirmó y ratificó, siéndole leída su declaración dijo 

ser de edad de sesenta y seis años y la firmó. De que doy fe. Tomás Deiphin. Ante mí, 

José Montalva, Escrivano público 30 . 

Si, como hemos anotado, el propósito que guió a don Bernardo para realizar 

estas gestiones, relativas a su legitimación, no era sólo eliminar el complejo social 

que le mortificaba, es necesario buscar otras razones que lo llevaron a dar este 

paso de difícil ejecución. Las legitimaciones tenían aparejado el nacimiento de 

derechos sucesorios. En el caso de don Bernardo, habiendo recibido “lo mejor de 

los bienes de don Ambrosio” y “encontrándose en pacífica posesión de ellos”, en 

auge y rápida prosperidad, debe descartarse la persecución de algún beneficio 

económico. 

Sin embargo, el joven, reconocido socialmente como Bernardo O’Higgins, 

rico y poderoso estanciero, no había tenido hasta entonces el rechazo social 

que solían producir las bastardías. Por otra parte, el hecho de obtener un 

reconocimiento como hijo legitimado de don Ambrosio, en virtud de un Rescripto 

Real, no modificaba su calidad de hijo nacido fuera de matrimonio. Su origen 

mantendría siempre el vulnerable matiz del nacimiento irregular. Por lo demás, 

las legitimaciones estaban desacreditadas, no sólo por las tarifas establecidas 

para su obtención, sino que por las licencias y vicios que se toleraban en el 

procedimiento. Don Bernardo no requería, virtualmente, más reconocimiento que 

el que se le daba por las autoridades y el medio social de Chillán, Los Ángeles y 

Concepción, donde se desarrollaron sus actividades regulares hasta 1811. 

Tiene razón, en buena parte, don Fidel Araneda cuando dice: 

30 SILVA CASTRO, Raúl: Ob. cit., pp. 88 y 91. 

189


“Como terrateniente ya podía usar el apellido paterno y todos los sureños le profesaban 

respeto y simpatías” 31 . 

El mismo año 1806 don Tomás O’Higgins Welch, el único heredero universal 

vivo de don Ambrosio, habría reclamado los títulos nobiliarios de su tío. Este hecho 

pudo ser conocido por don Bernardo, temiendo que, de prosperar tal petición, 

la normalidad con que hasta entonces había llevado con pleno acatamiento el 

apellido O’Higgins, sufriera inevitables cuestionamientos en el comentario social. 

Para la creencia generalizada en Chillán, Los Ángeles y Concepción, don 

Bernardo había sido reconocido por su padre o había logrado la legitimación. El 

hecho, entonces, de que un sobrino ostentara los títulos nobiliarios del difunto 

Virrey, y no su hijo, daría origen a inevitables comentarios que, por cierto, 

apuntarían a su bastardía. En tales circunstancias don Bernardo pudo verse 

forzado a reclamar su mejor derecho, para lo cual era indispensable pasar por la 

legitimación. Habría sido un problema de permanentes e incómodas explicaciones 

justificar el hecho de que don Tomás O’Higgins pasara a convertirse en Barón de 

Balienary o Marqués de Osorno, títulos que naturalmente debían recaer en el hijo 

antes que en cualquier otro heredero. 

Don Bernardo parece haber creído que de la legitimación podía derivarse 

el aprovechamiento de los títulos nobiliarios del Virrey. En el primero de los 

documentos conocidos sobre los trámites de la legitimación, el escrito presentado 

al Alcalde de Chillán, don Bernardo señala que impetrará esta gracia de la 

legitimación “y demás a que haya lugar”. En lo “demás a que haya lugar” podían 

estar, con toda razón jurídica, los títulos de Barón y Marqués. Estas palabras son 

evidentemente inductivas a la creencia de que el petitorio de la legitimación podía 

incluir, como creemos, los títulos nobiliarios conferidos a don Ambrosio. 

Sin embargo, las gestiones que habría realizado don Tomás O’Higgins Welch 

para reclamar en su beneficio los títulos de su tío, estaban fundamentadas en una 

legalidad incuestionable. Tenía, por parentesco y por voluntad del testador, a un 

mismo tiempo, la calidad de legatario y único heredero universal de sus bienes. 

Gustavo Opazo indica que don Tomás O’Higgins Weich, en carta dirigida al ex 

albacea del Virrey, don José Gorbea y Vadillo, el año 1806, le pedía que solicitara 

a su apoderado en la Corte, “testimonio de aquellos instrumentos que contemple 

necesarios y precisos para tomar posesión de los títulos de su finado tío, con 

respeto de ser su único heredero y más inmediato sucesor” 32 . 

Estas u otras razones, que movieron a don Bernardo en la toma de una 

decisión con tantas implicancias inconfortables, debieron ser muy poderosas, 

como para revelar por escrito y de manera repetida su ilegitimidad ante el Alcalde 

de Chillán y luego ante el Gobernador Intendente de Concepción, don Luis de 

Alava, con quien había mantenido una reciente controversia. No fueron trámites 

reservados. Por el contrario, el encadenamiento administrativo, era una fuente 

segura del comentario múltiple, inevitablemente producido en cada tramo de 

31 ARANEDA BRAVO, Fidel: Imagen del Prócer Bernardo O’Higgins. Homenaje al Bicentenario del Libertador 

Bernardo O’Higgins. Biblioteca del Congreso Nacional, 1978, p. 29. 

32 OPAZO, Gustavo: Don Ambrosio O’Higgins Íntimo. Boletín de la Academia Chilena de la Historia, Nº23, 

1942, p. 35. 

190


estas gestiones. Para mantener oculta o al menos inadvertida su ilegitimidad, 

dicho mecanismo constituía el medio menos apropiado. Pero era también, el 

único camino para atajar de modo categórico la malicia hiriente que se escurría 

a sus espaldas. No podía imaginar, entonces, que aún lograda la legitimación en 

los mejores términos posibles, las responsabilidades públicas y revolucionarias 

que te esperaban originarían en sus enemigos la ruindad de descalificarlo por su 

nacimiento y filiación irregular. Mientras en los primeros años de su residencia en 

Chile, su ilegitimidad se comentaba raramente en los corrillos sociales, cuando 

asumió el compromiso político de construir una nación, el vilipendio sería tan 

duradero y sostenido que lo perseguiría hasta el exilio y más allá de la muerte. 

Don Bernardo era considerado y respetado por su educación, sus apreciables 

condiciones personales y riqueza. Los ocho años de su experiencia europea 

le infundieron un carácter razonador y frío, pero amable y cordial, definido por 

contemporáneos como circunspecto, y que comenzó aplicando a sus negocios y 

relaciones con sus amigos y conocidos. Estaba, pues, en condiciones de superar 

las consecuencias que este trámite podía acarrearle como demérito social, ya 

que no era predecible el papel preponderante que jugaría en la historia de una 

nueva nacionalidad que esperaba el momento de emerger del coloniaje. 

Aparentemente, el trámite de la legitimación carecía de sentido, a menos que 

temiera el surgimiento de situaciones incómodas, como las que podrían derivar 

de una posible concesión de los títulos nobiliarios del Virrey, su padre, a uno de 

sus sobrinos. 

En la necesidad de testificar satisfactoriamente en favor del hijo de don 

Ambrosio, Delfín recurre a todos los resquicios de su memoria, para recordar 

ordenadamente hechos ocurridos más de veinte años atrás. Entre ellos aparece 

el bautismo realizado en la parroquia de Talca. La declaración revela la existencia 

del acta levantada por don Pedro Pablo de la Carrera, e incita a don Bernardo 

para encaminar sus pasos hacia el conocimiento de la inscripción bautismal. La 

sorpresa del joven debió ser mayúscula al constatar que su viejo y secreto anhelo 

tenía, en este documento, un testimonio irrefutable, y suficiente por sí solo, para 

satisfacer en plenitud un trámite de legitimación o para estimarlo innecesario. 

A no mediar la declaración de Delfín, don Bernardo no habría obtenido en 

Chillán ni en Concepción informaciones sobre el bautizo en Talca, ordenado por 

su padre. Y aun conociendo el hecho mismo del acto sacramental, le habría sido 

difícil suponer que en el acta respectiva su nombre apareciera como “Bernardo 

Higgins” y se consignara en ella la identidad y títulos de su padre. Estos registros 

y anotaciones de bautizos dejaban constancias muy sucintas del nombre de los. 

padres, cuando constituían matrimonio, el nombre la madre, cuando era soltera, 

muy raramente el nombre del padre, en los casos de hijos naturales, pudiendo 

omitirse tanto el nombre del padre y de la madre, en el mismo caso anterior, 

dando a la criatura un apellido cualquiera. 

En cada página podían anotarse hasta cuatro bautizos. Pero en este caso las 

referencias hechas por don Pedro Pablo de la Carrera ocuparon la página entera, 

consignando numerosas informaciones completamente impropias en un acta 

bautismal y alterando, con la individualización del padre y el silenciamiento del 

nombre de la madre, la costumbre observada para estos registros. 

191


No está, pues, desacertado don Luis Valencia Avaria cuando supone que 

D. Bernardo, al conocer la copia del acta asentada en el libro bautismal de la 

parroquia de Talca, pudo suspender o dar por terminadas las gestiones de 

legitimación 33 . Sin duda de tanto o mayor mérito que las declaraciones de Delfín y 

Martínez de Rozas era, como elemento probatorio para los fines de la legitimación, 

el acta de su fe de bautismo. La incorporación de copia de este documento a 

una posible solicitud de legitimación debió ser considerada como una prueba 

esencial. 

La presentación de una solicitud comprensiva de la legitimación y los títulos 

nobiliarios podía entrabar los trámites que don Tomás O’Higgins Weich había 

iniciado, probablemente con información al propio don Bernardo. Cabe admitir, 

también, que don Tomás, en conocimiento del Acta de Bautismo que probaba 

la filiación de su primo, se haya desistido de la pretensión de heredar los títulos 

nobiliarios del tío. En todo caso, estas gestiones de don Tomás hacen excepción 

a la conducta de amistad y buena relación con su primo, que después observó 

por varios años. 

Don Bernardo era inclinado a guardar y archivar documentos, incluso aquellos 

que podían traerle recuerdos ingratos, como el cuaderno copiador de sus cartas 

juveniles. Parece natural, entonces, que hubiera guardado como un documento 

precioso la copia del Acta Bautismal. Pero don Benjamín Vicuña Mackenna no 

halló tal documento, ni referencia alguna a él, en los “10 cajones” que componían 

la carga de “dos carros” en que se guardaba el Archivo del Prócer y que le fueron 

entregados por su hijo Demetrio 34 . 

Nuestro historiador no pudo determinar con exactitud la fecha en que don 

Bernardo nació y que se precisa en el documento parroquias aludido. Sólo 

señaló que tal nacimiento Don Bernardo realizó, efectivamente, los trámites 

administrativos y judiciales preliminares que hemos conocido con el fin de obtener 

su legitimación. 

Sin embargo, la presentación de la solicitud ante la Corte, el eventual término 

y el resultado de estas gestiones tienen referencias autorales apreciablemente 

distintas. 

Entre los contemporáneos del prócer estaba bastante generalizada la idea, de 

que éste realizó con éxito el procedimiento establecido para impetrar dicha gracia. 

El párrafo final de la notable declaración de don Isidro Peña, español que viajó 

junto con don Bernardo desde Cádiz a Valparaíso, el año 1802, y que reproduce 

Claudio Gay, indica lo siguiente: 

“El señor don Nicolás de la Cruz, apoderado de don Ambrosio O’Higgins, se presentó 

al Rey de España en 1804, pidiendo la legitimación de don Bernardo, la que obtuvo, 

tomando desde entonces el apellido O’Higgins, pues antes usaba el de Riquelme, bajo 

el cual vino en la fragata Aurora” 35 . 

El General José María de la Cruz, agrega más datos: 

33 VALENCIA AVARIA, Luis: Bemardo O’Higgins. Buen genio de América, Ed. Universitaria, 1980, p. 45. 

34 VICUÑA MACKENNA, Benjamín: Vida del Capitán General don Bemardo O’Higgins. Ed. del Pacífico, 1976, p. 41. 

35 FELIU CRUZ. Guillermo: Correcciciones históricas... pp. 303-304. 

192


“Se dirigió a España para comprobar su origen y descendencia y que se le reconociese 

como hijo del Virrey y que se le autorizase para llevar su apelativo. Esto lo alcanzó, 

mas no la herencia de los títulos” 36 . 

La opinión de Isidro Peña y del General de la Cruz es particularmente 

demostrativa de la creencia predominante entre los contemporáneos de don 

Bernardo sobre su legitimación. 

Historiadores de la talla de don Miguel Luis Amunátegui adhieren a tales 

estimaciones, aunque varían en la oportunidad y el procedimiento seguido: 

“Don Bernardo no se conformó con el agravio que el Virrey le infería en su testamento. 

Estaba precisamente en España de vuelta ya de Inglaterra para su patria, cuando supo 

la muerte del ilustre y altivo Marqués, y sin tardanza entabló reclamación ante la corte 

por el apellido i los títulos de su padre. Se le concedió que se llamara O’Higgins y no 

Riquelme, pero no se le permitió que fuera barón ni marqués. 

Sin desanimarse por una primera tentativa, don Bernardo persistió, cuando un ataque 

de fiebre amarilla, le puso a la muerte, pero quedó muy quebrantado. La debilidad de 

su salud y la disminución de sus recursos pecuniarios, le obligaron a desistir de sus 

reclamaciones i le hicieron regresar a Chile al año 1802” 37 . 

Es bastante improbable que, según afirma don Isidro Peña, don Bernardo haya 

recurrido a su antiguo apoderado en Cádiz, don Nicolás de la Cruz, para presentar 

ante el Rey de España una solicitud de legitimación. Los vejámenes sufridos en 

la casa del rico comerciante talquino marcaron un definitivo distanciamiento e 

incomunicación entre ambos, a pesar del notorio cambio en el trato que recibió 

después de la muerte de su padre. Los informes negativos sobre la conducta 

del joven, que don Nicolás hizo llegar al Virrey dos años antes que extendiera 

su testamento, pudieron influir, según el probable juicio de don Bernardo, en 

el maltrato recibido en Cádiz y en la renuencia de su padre a dar respuesta a 

sus cartas. En el archivo del prócer no hay documento alguno que contenga 

referencias a De la Cruz, salvo las menciones del extraviado cuaderno copiador 

de su correspondencia de Inglaterra y Cádiz. Y este no menciona a don Bernardo 

en sus escritos, salvo una brevísima referencia epistolar en que lo nombra como 

“el Director O’Higgins” 38 . 

La frase del General De la Cruz “se dirigió a España para comprobar, etc.”, 

podría entenderse, naturalmente, como la elevación de su petitorio escrito a la 

Corona y no como un viaje a España realizado con esa finalidad, a pesar de que 

el texto literal de la oración contiene la idea de un traslado a la Península, hecho 

que no se llevó a efecto. 

Amunátegui propone otra solución, al indicar que don Bernardo inició este 

trámite de la legitimación en España, antes de viajar a Chile. Y agrega algo 

completamente nuevo: que obtuvo la legitimación, pero no los títulos nobiliarios; 

que porfió en su reclamación y que desistió de sus peticiones, luego de enfermar 

de fiebre amarilla. 

36 AMUNATEGUI REYES, Miguel Luis: Don Bernardo O’Higgins, Ed. imprenta Universitaria. 1917, p. 19. 

37 AMUNATEGUI REYES, Miguel Luis: La Dictadura..., pp. 32-33. 

38 IBAÑEZ VERGARA, Jorge: Don Nicolás de la Cruz, el Conde de Maule. Ed. Universidad de Talca, 1997, p. 262. 

193


El señor Amunátegui equivoca, en todo caso, la época de estas gestiones 

supuestas, asegurando que ellas se habrían iniciado y concluido con éxito 

respecto del uso del nombre, desistiéndose del reclamo de los títulos, después 

de una segunda tentativa, y luego del ataque de la fiebre amarilla. Los trámites 

de legitimación, si seguimos a Amunátegui, debieron iniciarse y concluirse en 

1800 o antes, ya que la epidemia de fiebre amarilla que afectó a don Bernardo 

corresponde a la que azotó a Cádiz ese año. El historiador no reparó en que 

el Virrey vivía, entonces, en buen estado de salud y aún sin los sobresaltos del 

relevo. 

Obviamente, cualquiera gestión posible, si alguna existió, sólo pudo ser hecha 

luego que la muerte del Virrey fue conocida. Y aún si tales trámites se hubieran 

iniciado después de marzo de 1801, don Bernardo carecía por completo, en 

España, de antecedentes que probaran su condición de hijo del Virrey muerto. 

La cláusula testamentaria, a pesar de disponer el más importante legado en su 

favor, era del todo un insuficiente medio de prueba, aún en copia autorizada del 

testamento que, como sabemos, sólo conoció en Chile, a su regreso. Únicamente 

cabía, en tal oportunidad, la prueba testimonial y la fe de bautismo, instrumento 

de cuya existencia sólo se impuso después de las gestiones de su legitimación 

iniciadas en Chillán y seguidas, luego, en Concepción. 

Barros Arana supone, en tanto, que estas gestiones fueron efectivamente 

iniciadas en Lima. 

“Cuando don Bernardo O’Higgins entró en posesión de los bienes legados por su padre 

obteniendo, según se dice, declaración judicial para usar el apellido de éste, solicitó 

desde Lima el rescripto de legitimación que el Rey podía conceder por la ley 17, part. 

4 del Código de las Siete Partidas. (El “rescripto” es la decisión de un Soberano para 

resolver una consulta o respaldar a una petición.) 

“Aunque estas leyes establecían reglas para la legitimación, estableciendo que 

no podían obtenerlas los hijos de padres que tenían impedimentos para contraer 

matrimonio, ya fuese porque eran casados, ya por ser sacerdotes, en la práctica había 

mucha relajación, y por Real Cédula de 21 de Diciembre de 1800 se había establecido 

una tarifa de los derechos que debían pagar los que poseyendo esta doble irregularidad 

pretendieran ser legitimados. La Legitimación (legislación dice el texto) era, pues, una 

gracia que se vendía para procurar fondos al tesoro real. 

La ilegitimidad de don Bernardo O’Higgins, hijo natural de padres solteros, 

no tenía esas irregularidades. Sin embargo éste, ignoramos por qué causa, no 

obtuvo el rescripto real que había solicitado” 39 . 

No obstante, el propio Barros Arana plantea sus dudas acerca de los trámites 

de legitimación en España: 

“Dos individuos altamente colocados, el asesor de la Intendencia doctor Juan Martínez 

de Rozas, el 26 de Abril, y el teniente coronel don Tomás Delfín, el 21 de Julio, 

declararon cuanto sabían sobre el nacimiento de don Bernardo y sobre la protección 

que debió a su padre. Ignoramos si este expediente fue remitido a España; pero sí 

39 FELIU CRUZ, Guillermo: Conversaciones históricas..., p. 292. 

194


sabemos que, por causas que nos son desconocidas, el rescripto de legitimación no 

fue despachado jamás” 40 . 

Sergio Fernández sigue a Amunátegui, sin expresar el lugar en que inició las 

gestiones. 

“Don Bernardo nunca se conformó con el agravio. Oportunamente entabló el respectivo 

reclamo ante la Corte de Madrid, solicitando la autorización para usar el apellido y 

disfrutar los títulos del Virrey. La Corte accedió a lo primero, pero no le permitió en 

cambio que se llamara Barón ni Marqués” 41 . 

Los autores más recientes, como Valencia Avaria, siguiendo a Barros Arana, 

desestiman las gestiones españolas y no coinciden en los resultados finales de la 

gestión: 

“En los días que fue a Lima a tratar con los albaceas, inició en esa capital un expediente 

para legitimar su apellido”. 

“Puede creerse, aunque no lo reclamó expresamente, que el hijo pretendió rescatar 

tal baronía (la de Balienary) concedida a don Ambrosio “para sí, sus hijos, herederos y 

sucesores legítimos”. 

“Se ignora, sin embargo, el resultado de tales diligencias, concluidas en Septiembre 

de ese año (1806), las que bien pudo no proseguir, por haber conocido el texto de 

la partida de bautismo extendida en Talca donde constaba ser hijo de Ambrosio 

O’Higgins” 42 . 

El único y débil antecedente que indica la preocupación de don Bernardo 

por los títulos nobiliarios, aparte de la solicitud de “la gracia de la legitimación 

y demás que haya lugar” que menciona el escrito presentado en Chillán el año 

1806, es la carta que ese mismo año envía a don José de la Cruz, apoderado 

de su primo Tomás O’Higgins, en la liquidación de la herencia del Virrey. En ella 

aparece firmado como Bernardo O’HIGGINS DE BALLENAR, en un propósito 

muy evidente de vincular su nombre a la baronía de don Ambrosio 43 . 

Valencia Avaria acierta en la idea de un posible desistimiento o abandono 

de las gestiones de la legitimación “por haber conocido el texto de la partida de 

bautismo extendida en Talca”; pero cae en error y confusión al referirse a los 

títulos nobiliarios 44 . 

Los escritos conocidos para la constitución de pruebas destinadas a la 

legitimación no hacen, en efecto, una referencia explícita al reclamo de los títulos 

nobiliarios, cuestión que no sería otra cosa que una derivación del beneficio 

principal. En tal caso se habría rescatado no sólo la Baronía de Balienary, como 

señala Valencia Avaria, sino que, con más razón, el Marquesado de Osorno. 

La cédula real que concedió la baronía a don Ambrosio, señala que la merced 

del título es “para sí, sus hijos, herederos y sucesores legítimos”, mientras 

40 BARROS ARANA, Diego: Historia... Tomo XI, p. 685. 

41 FERNÁNDEZ LARRAÍN, Sergio: O’Higgins, p. 22. 

42 VALENCIA AVARIA, Luis: Bernardo O’Higgíns..., p. 45. 

43 Archivo de don Bernardo O’Higgins, Tomo 1, pp. 45-46. 

44 VALENCIA AVARIA, Luis: Bernardo O’Higgins..., p. 45. 

195


que el marquesado de Osorno se le extendió “para sí, sus hijos, herederos y 

sucesores”. 

Sin embargo, no puede ignorarse, como lo señala Valencia Avaría, que la ley 

de recopilación “declara que las legitimaciones no se extienden a hidalguía” 45 , 

circunstancia que habría tornado inocua toda pretensión de don Bernardo sobre 

los títulos nobiliarios de su padre. 

Nuestras conclusiones difieren de la generalidad de las opiniones dadas a 

conocer precedentemente. Las afirmaciones, como las del General De la Cruz 

y de Amunátegui, que respaldan la iniciación de los trámites de la legitimación 

en España o a través de don Nicolás De la Cruz, después de su regreso a Chile, 

como lo señala don Isidro Peña, o aquellas que sostienen su inicio en Lima, como 

Barros Arana y Valencia Avaria, durante su viaje el año 1803, destinado a lograr 

la entrega de su legado, no pasan de ser especulaciones, tentativas débiles en la 

búsqueda de una explicación satisfactoria, que se derivan del desconocimiento y 

el análisis superficial de los documentos referidos a tema. 

Don Bernardo careció de pruebas en qué sustentar la solicitud de legitimación, 

durante su residencia española. El testamento de su padre, que lo beneficiaba en 

calidad legatario, era ineficiente como acreditivo de su Parentesco. Tal instrumento, 

además, sólo fue conocido por don Bernardo a su regreso a Chile. Por otra parte 

el objetivo primordial del viaje a Lima fue conseguir la entrega del legado que lo 

beneficiaba como “Bernardo Riquelme” y en cuyo trámite se procuró el apoyo de 

don Tomás Delfín, uno de los dos deponentes conocidos en los trámites judiciales 

efectivamente realizados el año 1806. 

Las relaciones de don Bernardo con don Nicolás De la Cruz fueron inexistentes 

desde su retorno a Chile y la brecha separadora de esas relaciones, definitivamente 

insalvable. 

Si la solicitud del Rescripto Real se hubiera presentado en alguna de las 

ocasiones supuestas, salta a la vista la inconsecuencia de una solicitud sin pruebas 

concluyentes de respaldo, las que sólo se obtendrían varios años después. 

Las conjeturas de los autores que no tuvieron acceso a los documentos que 

dejan constancia de las gestiones judiciales realizadas en Chillán y Concepción, 

pueden justificarse en este desconocimiento. Pero a partir de la publicación de 

la solicitud presentada por don Bernardo ante el Alcalde de Chillán y las dos 

siguientes ante el Intendente de Concepción, relativas al rescripto de legitimación, 

las conclusiones deben ser otras. 

El estudio de Raúl Silva Castro, “Piezas para la legitimación de O’Higgins”, al 

desconocer la existencia del escrito presentado por don Bernardo en Chillán, no 

hace más que apoyar la idea, bastante peregrina, de una posible solicitud ante la 

Corte de Madrid, pendiente por falta de pruebas. 

El documento dirigido al Alcalde de Chillán nos parece de la mayor importancia, 

ya que en él radica, a nuestro juicio, la principalísima aclaración de que a esa 

fecha, en los meses iniciales de 1806, aún no había hecho petición alguna a las 

Cortes. 

45 VALENCIA AVARIA, Luis: Ob. cit., p. 45. 

196


La solicitud presentada en Chillán es, procesalmente, un trámite judicial y 

administrativo, preparatorio de una petición pendiente de su presentación por falta 

de apoyo documental. Así, los términos “instancia pendiente” empleados en los 

dos escritos hechos en Concepción, adquieren con toda propiedad la denotación 

de solicitud, trámite o gestión por iniciarse. Aun así, la terminología usada en las 

dos peticiones cursadas en Concepción pudo tener el propósito deliberado de 

inducir a la creencia de que la solicitud pertinente ya se encontraba tramitándose 

en España, haciendo más justificable la prueba testimonial solicitada. 

Sin embargo, la intención probable de usar este recurso ha confundido también 

a algunos de nuestros autores. 

197


198


SAN MARTÍN SIN MITOS: 

BREVE BIOGRAFÍA DEL AMIGO DE O’HIGGINS, 

CRUCIAL EN LA LIBERACIÓN DE TRES PAÍSES 

Yerko Torrejón koscina 1 

INTRODUCCIÓN 

El presente trabajo reseña la vida del General José de San Martín, incorporando 

todos aquellos hechos que el autor estima relevantes para aproximarse a un 

conocimiento básico del militar más importante en la lucha independentista de 

América del Sur. Se recoge información de biógrafos, publicaciones y fuentes 

ya conocidas y presenta en forma cronológica, sintetizada y tan despojada del 

tentador incienso como puede ser posible frente a un personaje de su estatura 

histórica. No se pretende presentar novedades para eruditos, sino ofrecer una 

visión lo más completa posible, pero breve y fácil de seguir, de manera, que sirva 

al lector como punto de partida hacia conocimientos más detallados y profundos. 

UNA FAMILIA DE SOLDADOS SE GESTA EN YAPEYÚ 

José Francisco de San Martín Matorras nació el 25 de febrero de 1778 en 

Yapeyú, pueblo situado en la hoy argentina de Corrientes. 

En aquella época, el centro poblacional jesuita Nuestra Señora de los Reyes 

Magos de Yapeyú, con unos 800 habitantes, era capital del departamento de 

Yapeyú de la provincia de Misiones, integrante del Virreynato del Río de la Plata. 

El río Uruguay, limítrofe hoy, cruzaba esa provincia, que comprendía por el 

oriente parte del actual estado de Río Grande, en el Brasil. Diez años antes, los 

jesuitas habían sido expulsados de América y los indígenas guaraníes educados 

por ellos habían quedado desprotegidos de los bandeirantes, bandidos del imperio 

portugués que venían a cazarlos para venderlos como esclavos. El padre de José 

Francisco, Capitán del Ejército Español don Juan de San Martín y Gómez, natural 

de Villa de Cervatos en el reino de León, había sido destinado a esa localidad 

como Teniente Gobernador. Provisto de armas y tropas y con jurisdicción sobre los 

vecinos pueblos de La Cruz, San Borja y Santo Tomé, debía afirmar la soberanía 

1 Yerko Torrejón Koscina, Ingeniero Civil de Minas, Consejero Nacional Tesorero del instituto O’Higginiano de 

Chile, actual Director de la Junta Directiva de la Universidad Mayor de Santiago, ex rector de la Universidad 

Católica del Norte, ex presidente de la Junta Directiva de la Universidad de Antofagasta, ex rector de la 

Universidad de Magallanes. 

199


española frente a las pretensiones portuguesas, proteger a los indígenas de 

los bandeirantes y completar la expulsión de los jesuitas, regularizando la vida 

de la localidad con los padres dominicos que habían reemplazado a aquellos. 

Para cumplir la misión, tres años atrás se había trasladado con su esposa, doña 

Gregoria Matorras del Ser, sus dos hijos varones y su hija María Helena. En 

Yapeyú nacieron Justo Rufino y, finalmente, José Francisco. Anotemos ya que 

todos los varones de esta familia fueron soldados profesionales: Manuel Tadeo, 

Coronel de Infantería muerto en 1851; Juan Fermín, Comandante de Húsares de 

Luzón, muerto en Manila en 1822, y José Francisco, General de Ejército en tres 

países. 

En Yapeyú, lugar apacible, con rica vegetación, ganado y coloridas aves, 

transcurrieron los primeros cinco años de la vida de José Francisco, al cuidado de 

su madre y de Juana Cristaldo, su niñera india que lo cuidó con cariño y diligencia, 

permitiéndole disfrutar plenamente de esos años en que, escondiéndose en 

barracones, establos y bodegas, ya mostraba cuanto era atraído por armas, 

monturas y caballos. Los dominicos habían reemplazado a los jesuitas expulsados, 

por lo que el padre dominico Francisco de la Pera, el mismo que anotara su partida 

de nacimiento, llevaba la educación de los hijos del Gobernador. 

LA FAMILIA SAN MARTÍN MATORRAS SE TRASLADA A BUENOS AIRES 

Los años en Yapeyú fueron los mejores en la carrera del padre de San Martín, 

tanto por su posición de Gobernador como por sus notables realizaciones y aportes 

al progreso local. El aprecio que ganó en su mandato se reconoce en los escritos 

en que los vecinos, indios, mestizos y españoles deploraron públicamente las 

órdenes del Virrey Vértiz para que se hiciera cargo de la instrucción de oficiales 

voluntarios españoles en Buenos Aires. 

Aunque los historiadores no coinciden en el dato preciso, la familia San 

Martín Matorras debe haber pasado al menos un año en Buenos Aires. Allí José 

Francisco asistió a una escuela primaria en letras y pudo sentir cuán respetada 

era su familia, emparentado por su madre Con la acaudalada e importante familia 

de Jerónimo Matorras, hijo del conquistador del Chaco y primo de doña Gregoria. 

También pudo sentir el cariño y respeto de los vecinos hacia su padre, a quien 

hasta el Virrey privilegiaba con su atención en las grandes conmemoraciones 

religiosas o patrióticas. 

LA FAMILIA SAN MARTÍN MATORRAS DE VUELTA A ESPAÑA 

Cuando se produce el desplazamiento del Virrey Vértíz, don Juan de San Martín, 

por los lazos de amistad que tenía con él, junto con otros oficiales españoles 

considerados “excedentes de los cuadros rioplatenses”, se embarcó en la fragata 

“Santa Balbina” de vuelta con toda su familia a España, desembarcando en marzo 

de 1784 en Cádiz y partiendo a establecerse en Madrid para conseguir alguna 

destinación. Allí deambuló un año y medio haciendo antesalas en las oficinas de 

la burocracia sin ningún apoyo palaciego, confiado en su hoja de servicios y en la 

comprensión de las autoridades para obtener lo que merecía por su desempeño 

en ultramar. Volver a América era su anhelo y el de doña Gregoria, pero estaban 

200


dispuestos a aceptar cualquier cosa, mas sólo recibieron apatía, indiferencia y 

reiteradas negativas de invisibles oficinistas. Finalmente, buscó entre los apellidos 

poderosos hasta que alguno, por sacarse de encima este “excedente”, firmó su 

retiro sin ascenso alguno, obligándolo a salir de Madrid para ir como ayudante 

supernumerario a Málaga. 

LOS ESTUDIOS EN MADRID Y MÁLAGA 

En Málaga, mamá Gregoria estuvo yendo con sus hijos a la Escuela de las 

Temporalidades, que funcionaba en el disuelto colegio de los jesuitas, para 

que allí completaran sus estudios de ortografía, gramática, aritmética y otras 

disciplinas. Posiblemente, durante el penoso peregrinar de su padre por las 

oficinas madrileñas, el futuro General San Martín, con 6 años y un mes al llegar a 

España, habrá ido al Seminario de Nobles de Madrid u otro colegio por dos años, 

y después en Málaga, a la escuela de Temporalidades entre los 8 y los 11 años 4 

meses y 25 días, edad a la que ingresó como cadete el Regimiento de Infantería 

Murcia, según se desprende de la fecha registrada en su hoja de servicios al 

ejército español: 21 de julio de 1789. 

Vicuña Mackenna ubica el viaje de los San Martín Matorras a España en 1786 

año en que José Francisco habría entrado con 8 años de edad al Seminario de 

Nobles de Madrid, donde dice que permaneció sólo dos años, quedando un año y 

medio sin dato educacional. Mitre coincide con Vicuña Mackenna, explayándose 

sobre el Seminario de Nobles, al que sindica como “una institución esencialmente 

aristocrática, cuyo objetivo declarado era la educación de la nobleza del reino”. 

Busaniche señala 1783 como el año en que la familia San Martín Matorras deja el 

continente americano e indica que José Francisco estuvo 3 años en un colegio, lo 

que dejaría un vacío de 3 años sin educación formal hasta completar los 11 años 

de edad en que, todos coinciden, entró al Regimiento de Infantería Murcia para 

iniciar su carrera militar. De todos esos datos discrepantes, se han adoptado los 

de Agustín Pérez Pardella, más actuales, precisos y concordantes con las fechas 

y con la realidad económico-social del padre de San Martín. Estos primeros once 

años tienen que haber influido decisivamente en el sentirse americano que fue 

cristalizando en el alma de José Francisco hasta llevarlo de vuelta a América a 

trabajar por su liberación. 

CADETE EN EL REGIMIENTO DE INFANTERÍA “MURCIA” 

En Málaga, don Juan de San Martín volcó su tiempo y su dinero a la educación 

de sus hijos. A los mayores ya los tenía encaminados como cadetes en el 

regimiento de Infantería “Sangriento”, de Soria, y lo mismo pensaba para José 

Francisco, pero este le había tomado cariño a un uniforme blanco, con cuello 

y botamangas azules, botones de plata, bandoleras blancas cruzadas y fuerte 

cartuchera con las armas reales. Un llamativo cordón de plata distinguía a, los 

cadetes. El uniforme era el del “Leal” de Infantería de Murcia, donde servían varios 

distinguidos oficiales que habían estado en el Río de la Plata y ese era realmente 

el atractivo que entusiasmaba al menor y más callado de los San Martín. Años 

más tarde aquel uniforme sería el del Regimiento de Granaderos de a Caballo, 

201


obra de San Martín, su columna vertebral en la liberación de Argentina, Chile y 

Perú. 

A pesar del costo de la educación militar en el Murcia, “seis reales de vellón 

por día para alimentos y correspondientes asistencias”, los padres de San Martín 

vieron que la inscripción era posible porque ya no era obligatorio el título nobiliario 

para ingresar ni el aspirante heredaba la jerarquía militar de su padre. Su hijo 

cumplía los nuevos requisitos de “ser hijo de capitán cuando menos y tener cinco 

años de estudio y aprendizaje”, y los señores “Jueces y Justicia” agregaron el 

certificado de limpieza de sangre para demostrar que el aspirante era “sin mezcla 

de judíos ni moros ni penitenciarios por el Santo Oficio”, según la constancia que 

figuraba en la escuela local de las Temporalidades, por lo que hicieron el sacrificio 

económico y cumplieron la aspiración de José Francisco. 

Con poco más de 11 años, el cadete había ingresado a las aulas del Murcia 

con algunas nociones de francés y latín, comenzando a sobresalir en esgrima, 

equitación y aritmética. Junto con sus compañeros tuvo acceso al conocimiento 

de las más famosas campañas de grandes militares: César, el Marqués de Santa 

Cruz, con sus temibles once volúmenes de reflexiones militares, por supuesto, 

nada atractiva para los entusiastas cadetes; y las inevitables y pomposas 

publicaciones técnicas de las guerras de Federico el Grande, en veintiséis planos 

que comprendían las batallas campales y grandes acciones ocurridas en las tres 

guerras de Silesia. Pero los cadetes se entretenían más con la loca campaña de 

Marco Antonio en Egipto junto a Cleopatra y discutían fuera de programa en los 

recreos sobre las causas que movieron a Aníbal a seguir de largo ante Roma, 

habiendo estado a sus puertas. 

BAUTISMO DE FUEGO EN ÁFRICA 

La primera destinación del cadete José Francisco fue en 1791, a Melilla, 

África, en la guerra contra los moros. Allí, durante cuarenta y nueve días, supo lo 

que era estar en guardia en terreno enemigo, con el arma apuntada, viviendo la 

tensión del ataque posible en cualquier minuto. Posteriormente fue trasladado a 

Mazalquivir, todavía sin entrar en acción, y después pasó con su batallón a reforzar 

la guarnición de Orán, cerca de Zama y de las ruinas de Cartago, escenarios 

asociados a grandes guerreros de la antigüedad: Julio César, Catón, Escipión 

y Aníbal. Allí, el 25 de junio de 1891, en los escombros de Orán, destruida por 

un terremoto, tuvo su bautismo de fuego. En esa acción mandaba la artillería 

española el joven teniente Luis Daoíz, de cuyo papel histórico se sabría más 

tarde. 

A los 13 años de edad, San Martín se vio, durante treinta y tres días, sometido 

al insomnio, hambre, balas, llamas y arremetidas de los moros, “sosteniendo la 

plaza hasta hallarse convertida en un montón de ruinas”. Sus superiores dejaron 

constancia de su desempeño y, aunque lo vieron muy joven, accedieron a su 

pedido de pasar a la compañía de granaderos para luchar junto a hombres hechos 

en y para la lucha hasta que Madrid firmó la paz con Argel. 

San Martín, todavía cadete, callado, estudioso y reservado, había vivido la 

derrota española en África y fue testigo de la entrega de la guarnición a los moros 

202


después de 200 años de dominación cristiana. Muchos de sus compañeros 

murieron o quedaron mutilados, pero él, siempre con los comentarios sobre la vida 

de Aníbal y planos de sus batallas en su equipaje, pudo regresar entero al Murcia 

en Málaga, donde la superioridad, por su desempeño en África, le reemplazó 

el cordón de plata, fusil y bayoneta de cadete, por las charreteras y espada de 

oficial: el 19 de junio de 1793, con poco más de 15 años, recibe despacho de 

segundo subteniente. 

GUERRA CONTRA LA FRANCIA REVOLUCIONARIA: 

UNA GRAN ESCUELA PARA SAN MARTÍN 

En 1793 se estaba desarrollando la guerra de Carlos IV de España contra 

la Francia revolucionaria que había guillotinado a Luis XVI. El regimiento Murcia 

pasa a integrar el ejército de Aragón y luego el de Rosellón, al mando del general 

Ricardo, para combatir a los franceses. Según Mitre, este general “era el más 

táctico e inspirado de los generales españoles de aquella época y el que con más 

heroicidad sostuvo por un tiempo el honor de las armas españolas contra los más 

hábiles y valerosos generales franceses. En esta escuela aprendió San Martín 

muchas lecciones que aplicaría después”. 

Ricardo, tomando la iniciativa de la campaña ante la amenaza de invasión, 

se adelanta, atraviesa los Pirineos y penetra en el Rosellón cuando nadie le 

esperaba allí, venciendo en las batallas de Masdeu y Truilles con movimientos 

atrevidos y bien combinados. No obstante la ventaja inicial, tuvo que replegarse, 

mostrando también en eso sus dotes de buen general, tanto en la resistencia 

como en la retirada que siguió más tarde. Estrechado en nueva posición, rechazó 

triunfante tres ataques generales y once combates parciales a que lo provocó 

el célebre general Dagobert. En la mayor parte de estos combates se encontró 

y distinguió San Martín, especialmente en la defensa de Torre Batera, de Cruz 

del Yerro, ataque a las alturas de San Margal y baterías de Villalonga (octubre 

de 1793), así como la salida de la Ermita de San Lluc y acometida al reducto 

artillado de los franceses en Banyls del Mar (noviembre de 1793). San Martín 

se halló presente en la ofensiva de diciembre en que Ricardo se apoderó del 

castillo de San Telmo, de Port Vendres y de Colionvre, batiendo una división del 

enemigo al que llevó hasta las puertas de Perpiñan. También, muerto el General 

Ricardo, estuvo en la posterior defensa de estas plazas. Su hoja de servicios 

registra que “estuvo en el ataque que dieron los enemigos en Port Vendres el 

3 de mayo de 94, en el que dio a sus baterías el 16, subsistiendo en la defensa 

hasta la rendición de Colionvre, el 28 del propio mes”. Por las acciones guerreras 

su hoja de vida registra el ascenso a Primer Subteniente el 28 de julio de 1794 

y a Segundo Teniente el 8 de mayo de 1795. Pero, más allá de las presillas 

merecidamente ganadas, vivir la guerra y observar planes, estrategias, tácticas y 

acciones de grandes generales, es el activo más valioso que su mente guardará 

para el futuro. Curiosamente, a San Martín le había tocado vivir otra capitulación 

española, ahora frente a los franceses. 

203


GUERRA CONTRA LOS INGLESES EN LA ARMADA ESPAÑOLA 

La derrota ante los franceses aterrorizó a los españoles, quienes pensaron 

seriamente en trasladar su trono a las colonias americanas, como más tarde 

lo hicieron los portugueses. Afortunadamente para la futura independencia 

americana, la paz concertada con el Directorio y firmada en Basilea en 1795 

mantuvo a los Borbones en Europa y devolvió a los soldados españoles a casa. 

A la paz de Basilea siguió el Tratado de San Alfonso en 1796, alianza entre 

españoles y franceses. Como estos entran en guerra con los ingleses, España 

también, lo que lleva a que el Regimiento Murcia de Infantería sea destinado a 

Valencia a servir en la armada española. A poco de perder a su padre en 1796, el 

Segundo Teniente San Martín es embarcado en la fragata “Santa Dorotea” donde 

habrá aprovechado para aprender lo relativo a la navegación y guerra náutica. 

En sus descansos habrá dedicado largas horas al estudio y análisis de casos 

concretos de las guerras y batallas que ha vivido, así como a aprender más sobre 

Roma y Cartago, en especial a partir de la conquista de España por los Barca. 

Saber más de Aníbal y del Cruce de los Alpes es ahora tema obligado, porque 

el cartaginés ha sido puesto de moda por las declaraciones de admiración sin 

reserva que le prodiga el invencible Napoleón Bonaparte. Además, las ideas de 

la Revolución Francesa cundían en España, mostrando el resplandor de nuevos 

caminos. El futuro general argentino Manuel Belgrano, en ese tiempo estudiando 

Derecho en España, recibió el influjo. San Martín anda por los 18 años, edad 

en que la formación del propio carácter, personalidad y visión del mundo están 

en plena marcha en cada hombre. El ya era capaz de percatarse que América 

del Sur podía tener su propio camino, como lo había logrado América del Norte. 

Seguramente habrá reflexionado mucho, y en su mente habrán reaparecido 

aquellas imágenes del Yapeyú de su niñez, con sus campos, árboles, flores y 

papagayos, sus indígenas tímidos y gente amable. Habrá puesto en la balanza 

todo eso más la consideración y respeto hacia, su familia en Buenos Aires frente 

al humillante deambular entre la burocracia fría e indiferente de España y la 

atmósfera asfixiante de Europa y habrá resuelto que su futuro estaba en América, 

pero su natural prudente y reservado no permitía aún saber su secreto. 

Trece meses duró la carrera naval de San Martín. El 15 de agosto de 1798 la 

fragata “Santa Dorotea”, de 958 toneladas y 4.2 cañones, protegiendo la retirada 

de las naves españolas hacia Alicante, empeñó combate contra el navío inglés 

“The Lyon”, de 1.374 toneladas y 72 cañones. Tras dos horas de combate reñido 

pero desigual, la “Santa Dorotea”, tuvo que rendirse. El heroísmo de los marinos 

y combatientes del Murcia fue reconocido hasta por el rival. Por tercera vez, 

San Martín volvía a ser desarmado por el destino, ahora personificado en los 

ingleses. 

GUERRA DE LAS NARANJAS Y ESA PUÑALADA EN EL PECHO 

Canjeado por prisioneros, vuelve a casa y, hasta 1801, San Martín pasa un 

período silencioso en el cuartel y en misiones dentro de España. Su hoja de 

servicio cita su participación en la campaña contra Portugal desde el 29 de mayo 

de 1801 hasta la paz. Se trata de la Guerra de las Naranjas, como se llamó a 

movilizaciones militares recordadas más como, una peligrosa humorada que 

204


como una guerra entre portugueses y españoles. (La reina tenía una corona con 

naranjas). Después de regresar a España, al salir de Valladolid, detectado como 

portador de la “caja militar” para pagar los gastos, fue víctima de un ardid de un 

grupo de salteadores para que se retrasara y viajara solo y así poder apoderarse 

de los 3.350, reales del regimiento. Se defendió, pero fue herido gravemente en el 

pecho. Cuando fue encontrado moribundo deliraba preguntando por “la caja”. La 

respuesta la tendría el sumario, pero primero estaba la urgente cirugía. Durante su 

larga convalecencia fue; investigado el hecho y se le condonó la deuda. Entonces 

San Martín sólo lamentaba esa puñalada en el pecho que lo anuló para seguir 

enfrentando a los asaltantes, pero después recordaría siempre el hecho como el 

más desdichado de su vida por sus frustrantes y sangrientas características. 

ADIOS AL MURCIA: CÁDIZ, EL CÓLERA 

Y OTROS EPISODIOS EN SU NUEVO REGIMIENTO 

El 26 de diciembre de 1802 recibe despachos de Segundo Ayudante y, después 

de más de trece años de servir en el Regimiento de Infantería de Murcia, lo deja 

para ir como Ayudante Mayor del Regimiento Batallón de Infantería Ligera de 

Voluntarios de Campo Mayor, cuando este cuerpo fue asignado a la guarnición de 

Cádiz. A su regimiento le toca participar en el bloqueo de Gibraltar. 

En 1804 una epidemia de cólera invadió el sur de Andalucía y alcanzó su mayor 

virulencia en la provincia y ciudad de Cádiz. Su participación en la campaña para 

combatirla habrá sido muy meritoria como para quedar consignada en su hoja 

de vida, a la par con sus acciones de guerra. El 2 de noviembre de ese año se 

registra su ascenso a Capitán. 

En 1807 el tratado de Fontainebleu, que repartía Portugal entre España y 

Francia, sacó a la guarnición de Cádiz de su inacción, llevándola no a batallas, 

pero sí a vivir en campamentos, Con arreglo al Tratado, 6.000 españoles debían 

penetrar a Portugal con los franceses. El mando de esta expedición fue confiado al 

General Solano, a la sazón Capitán General de Andalucía y Gobernador de Cádiz. 

El Regimiento de San Martín formó parte de esa expedición que se posesionó de 

Yélvez sin resistencia y sin que se presentara después la ocasión de disparar 

un solo tiro. Mitre anota que “las guerras entre portugueses y españoles –tan 

valientes como son– siempre tuvieron algo de cómico, desde la famosa batalla de 

la guerra de sucesión en que, entre los bagajes de un ejército de 9.000 hombres, 

se encontraron ¡15.000 guitarras!, hasta aquella ridícula guerra de las naranjas”. 

LA CHISPA DE LA INDEPENDENCIA SE ENCIENDE EN ESPAÑA 

Con la paz de Basilea en 1795 y el tratado de San lldefonso en 1796, España, 

dominada por la espada, era aliada forzosa de los franceses, debiendo hacer 

frente a todos aquellos que el Primer Cónsul, Napoleón Bonaparte, considerara 

sus enemigos. De allí arranca el desastre para España y su dinastía gobernante. 

Además de las batallas de los españoles en tierra y mares europeos, la guerra 

con los ingleses provoca incursiones de estos en los dominios españoles de 

ultramar y las invasiones al Río de La Plata en 1806 y 1807. Pero Napoleón no 

sólo arrastra a España a sus guerras sino, disgustado por el desempeño del rey 

205


Carlos IV y su Ministro Godoy en el bloqueo continental, decide el cambio de 

dinastía en la Península. 

El rey y su hijo Fernando, el Heredero, son invitados a ceder el trono a José 

Bonaparte, hermano de Napoleón, puesto por este como soberano en Nápoles. 

Carlos IV, por odio al hijo que en ese momento usurpaba la corona y éste, por 

miedo, accedieron, pero el pueblo se levantó para impedirlo. Cautivos sus 

monarcas y fermentado en secreto el odio al extranjero, se produjo el estallido 

el 2 de mayo de 1808, pero fue reprimido sangrientamente con las bárbaras 

ejecuciones del Prado y otras que siguieron. Los fugitivos de la represión llegaron 

a 16 km de Madrid, camino a Extremadura, a la pequeña y desconocida Villa de 

Móstoles, cuyo alcalde, pobre, rústico, inspirado por el patriotismo, sin nociones 

siquiera de ortografía, trazó el llamado al alzamiento general de España que 

decía así: “La Patria está en peligro, Madrid perece víctima de la perfidia francesa: 

Españoles acudid a salvarla (mayo 2 de 1808). El Alcalde de Móstoles”. El llamado 

anónimo resonó como un trueno en Europa y fue la primera señal de la caída del 

Imperio Napoleónico. 

EN LA REBELIÓN POPULAR DE CÁDIZ 

El mensaje del anónimo alcalde llegó con rapidez prodigiosa hasta las últimas 

provincias, en la frontera con Portugal, donde se hallaba el General Solano, cuyo 

primer impulso fue marchar a Madrid, pero, sofocado el pronunciamiento del 2 de 

mayo y confirmado en su puesto por los franceses, se situó en Cádiz, sede de su 

Gobierno. 

Instalada la Junta de Sevilla, “en nombre del Rey Fernando y la Nación”, 

instó a Solano a que se pronunciara apoyando la insurrección general, pero éste 

tuvo una actitud vacilante, emitiendo el 28 de mayo, un bando impreciso en que 

condenaba la insurrección pero apoyaba el alistamiento nacional. No accedió 

tampoco a la petición popular de atacar a la escuadra francesa surta en Cádiz. 

Considerándolo traidor, una muchedumbre atacó el palacio, forzó las puertas y lo 

asesinó bárbaramente. El subteniente José Ordóñez intentó una heroica defensa, 

pero fue superado. El Ayudante y Jefe de la Guardia, Capitán José de San Martín, 

ausente por una misión en León, llegó tarde para hacer algo y él mismo casi 

perece a manos de la multitud enardecida. Pérez Pardella relata que fue atacado y 

se defendió hasta que se quebró su espada, huyendo entonces hasta una iglesia, 

donde la feliz coincidencia de haberse juntado un decidido sacerdote capuchino, 

un coro de angélicos cantores lanzando un aleluya y un sacristán esparciendo 

incienso, habrían aplacado a la multitud, logrando ser disuadida de cometer otro 

bárbaro crimen en la persona de San Martín. Mitre señala que, desde esa tragedia 

sangrienta, San Martín miró con horror profundo los movimientos desordenados 

de las multitudes y los gobiernos que se apoyan en ellos. 

CONTRA EL IMPERIO DE NAPOLEÓN: ARJONILLA, 

BAILÉN Y EL RETIRO DEL EJÉRCITO ESPAÑOL 

El alzamiento general de España, precedido por la heroica muerte de su 

antiguo compañero Luis Daoiz, aquel teniente de Orán, y ahora, por la trágica 

206


muerte de su querido general Solano, encuentra a San Martín siempre en las Filas 

del Voluntarios de Campo Mayor. Ascendido a Ayudante Primero el 27 de junio de 

1808 fue destinado al Ejército de Andalucía, que organizaba el general Castaños, 

incorporándose a la segunda División que comandaba el general Marqués de 

Coupigni. Se trataba de detener al general francés Dupont, quien avanzaba hacia 

Sevilla con sus poderosas divisiones asaltando pequeños poblados, robando y 

sometiendo por humillación o muerte a los pocos y mal organizados patriotas que, 

con fuerzas infinitamente inferiores, se le oponían. Con el mando, de las guerrillas 

sobre la línea del río Guadalquivir, San Martín protagoniza la Carga de Arjonilla, 

que Mitre llama “la primera hazaña y el primer ensayo de mando en Jefe del más 

grande general del Nuevo Mundo”. 

Vanguardias españolas incursionaban hacia la zona que había sido ocupada 

por los franceses. Un grueso destacamento francés de caballería recibió orden de 

cargar sobre una de esas avanzadas pero, al primer amago, esquivó el combate. 

Esa vacilación habrá sido una señal para el oficial español quien, con 21 jinetes y 

una pequeña guerrilla de infantería, los alcanzó por un costado. 

Superiores en número y no creyendo que con tan cortas fuerzas los acometieran, 

son sorprendidos por una carga arrolladora, sable en mano, que los pone en 

fuga, dejando 17 muertos. Refuerzos franceses vienen, aunque tarde, a ayudar 

a sus vencidos. Los españoles no pierden la calma: toman cuatro prisioneros, 

arrean los 15 caballos capturados y forman para recibir a golpes de sable a la 

caballería gala. El oficial español, ligeramente herido, se levanta y agradece al 

soldado que le salvó la vida, vuelve a montar, da cara al enemigo y pide lucha a 

muerte. Son veinte jinetes. pálidos, esperando esa fuerza de caballería de una 

cuadra de ancho por media de fondo que, súbitamente, se detiene: ¿Qué pasó?: 

Una vanguardia de infantería española y unos cuantos cañonazos frustran las 

intenciones de la caballería francesa y el oficial español, José de San Martín, 

autor del espectacular golpe, se repliega a sus posiciones. Cuando el general 

Coupigni recibe el parte de la acción, pide a ese oficial a su lado como Ayudante 

de Campo. 

El pequeño triunfo de Arjonilla fue precursor de la victoria de Bailén, el 18 de julio 

de 1.808, donde un ejército bisoño derrotó a las aguerridas tropas de Napoleón. 

San Martín es mencionado con distinción en la orden del día de la batalla de 

Bailén y, más tarde, con despachos de Teniente Coronel, recibió la Medalla de 

Oro que allí ganó por su comportamiento y que el Marqués de Coupigni le insta a 

usar en carta de 28 de septiembre de 1808. 

Napoleón, sin embargo, midió bien el alcance de esa derrota y, en diciembre 

del mismos año, llegó a Madrid para dejar afianzado en el trono a su hermano, 

después de arrasar todo a su paso con un ejército de 300.000 hombres. 

San Martín continuó en el regimiento Andalucía, participando en la desgraciada 

batalla de Tudela y sucesivos repliegues de las tropas españolas sobre Cádiz. En 

1811 participó en la sangrienta batalla de Albuera, en que españoles, ingleses 

y portugueses, aliados y bajo el mando del General Beresford, batieron a los 

franceses. Es en esta batalla en la que San Martín de nuevo herido gravemente, 

“probando en sí el sable de los coraceros franceses”. 

207


Tras su recuperación, en el mismo año, como comandante agregado, pasó a 

formar parte de los restos del regimiento Dragones de Sagunto, escapado del sitio 

de Badajoz, en el que su jefe, el coronel Menacho, rindió la vida. El emblema de 

ese regimiento tenía un sol cuyos rayos disipan nubes. Fue el último estandarte- 

español bajo el cual combatió: Ese emblema y el blanco-celeste de su primer 

uniforme del Murcia irían después a la bandera argentina. 

EN LA HUELLA DE MIRANDA 

Francisco de Miranda (1750-1816), venezolano (hijo de padre español) vivió 

tempranamente las consecuencias de haber nacido en América. En aquella 

época los cargos públicos se otorgaban solamente a los nacidos en España, lo 

que provocaba gran resentimiento en los criollos hijos de los conquistadores, que 

se consideraban perjudicados, por sentirse con el mismo derecho. La sociedad 

criolla, irritada porque su padre, el acaudalado comerciante don Sebastián de 

Miranda, usara públicamente el bastón de mando de un regimiento de voluntarios 

que comandó, le exigió pruebas de nobleza para tener derecho a hacerlo. El Rey 

apoyó a don Sebastián, pero, en represalia, los criollos vedaron la entrada de 

Francisco a la escuela de cadetes. Con la humillación de este episodio a cuestas, 

el joven Miranda viajó a España y consiguió el blasón y papeles de nobleza de 

su familia. Luego, a la usanza de la época, compró una plaza de oficial y se 

incorporó al ejército español hasta que, destinado en La Habana, fue acusado de 

contrabandista por las dificultades de una misión en Jamaica, sufrió la persecución 

de las autoridades españolas y debió interrumpir su carrera militar. Por otra parte, 

a menudo recibía cartas de sus familiares en Caracas informándole sobre las 

arbitrariedades y terrible opresión española. En adelante, sería un enemigo de 

España y ferviente americanista. De La Habana se fue a Norteamérica, donde 

se relacionó con George Washington, el Marqués de Lafayette, John Adams y 

otros protagonistas de la liberación y posterior organización del nuevo país. De 

aquí nació su ideal de ver a los Estados de América del Sur liberados del yugo de 

España y reemplazado su sistema monárquico absolutista de gobierno por uno 

republicano, como el que veía desarrollarse en Norteamérica. Ese ideal lo harían 

realidad los jóvenes americanos hijos de españoles cuyas familias los mandaban 

a seguir la carrera de las armas u obtener mayor educación en Europa. Los 

grados académicos y militares que llevarían de vuelta a sus países les darían 

liderazgo sobre sus compatriotas. Para ellos América Libre era la Patria y no la 

España absolutista. 

Había que atraerlos y ganarlos para la causa, pero sin arriesgarlos frente a 

los espías de una Europa que no aceptaba perder el flujo de las riquezas desde 

América. De allí la genial idea de miranda de organizar la asociación para la 

libertad de América como una red de logias o sociedades con el mismo estricto 

secreto, reglas y rituales que la masonería empleó para sobrevivir en España 

frente a la Inquisición y terminar con el absolutismo en Francia. 

La asociación matriz “Gran Reunión Americana” la fundó en Londres, alrededor 

de 1897 y en ella, a lo largo de su existencia fueron iniciados Bernardo O’Higgins 

Riquelme de Chile; Carlos María de Alvear, Tomás Guido y Manuel Moreno, de 

Argentina; Simón Bolívar y Andrés Bello, de Colombia (entonces Venezuela, 

208


Nueva Granada y Quito), entre muchos otros de países americanos. Hacia 

1808 estaba en pleno funcionamiento en España la “Sociedad de Lautaro o de 

Caballeros Racionales”, asociación secreta con vinculación a la matriz de Londres. 

Su logia Nº23 de Cádiz funcionaba en casa del Venerable Maestro, Teniente de 

Carabineros Carlos de Alvear, asistido por el ex marino José Matías Zapiola. Allí 

se habían afiliado también José de San Martín, José Miguel Carrera y, en el curso 

de los años, otros setenta sudamericanos, muchos de los que no se conocieron 

entre ellos. 

En los últimos años de su carrera militar en España, San Martín había ido 

comprometiéndose paulatinamente con la causa americana promovida por la logia 

hasta que, súbitamente, en 1811, como Teniente Coronel con una carrera brillante 

y el camino abierto a las mayores jerarquías militares, solicitó su retiro. Entre los 

motivos, temerariamente, puso por escrito que lo hacía porque “en una reunión 

de americanos en Cádiz, sabedores de los primeros movimientos acaecidos en 

Caracas, Buenos Aires, etc., resolvimos regresar cada uno al país de nuestro 

nacimiento al fin de prestarle nuestros servicios en la lucha que calculábamos se 

habría de empeñar” Lord Macduff, después Conde de Fife y amigo por el resto de 

sus días, fue confidente de sus proyectos y sentimientos en esa ocasión. 

DE VUELTA A BUENOS AIRES, VÍA LONDRES 

La red de Logias de la Sociedad Lautaro o de los Caballeros Racionales, era el 

órgano político recolectar de talentos, voluntades y recursos para coordinarlos y 

dirigirlos a obtener la libertad y autodeterminación de los pueblos de América. Las 

preocupaciones y pretensiones de las cancillerías y servicios secretos de Francia, 

Inglaterra y Estados Unidos eran también aprovechadas por la logia para allegar 

medio hacia sus fines. 

Obtenido su retiro, el 6 de septiembre de 1811, ya estaba resuelto el retorno 

de San Martín y Alvear a América. El 14 de septiembre van a Londres, donde se 

integran a los trabajos de la logia en Grafton Street para organizar los planes y la 

partida. Lord Macduff había gestionado con Sir Charles Stuart los pasaportes. En 

Grafton Street, sede de la logia y casa de Miranda, San Martín se entrevista con 

él y con Andrés Bello, además de conversar con su confidente Tomás 

Guido, deseoso de saber sobre Simón Bolívar, a quien no conocerá sino años 

más tarde, en el histórico encuentro de Guayaquil. En la matriz de Londres se 

acuerda la creación de la Logia N° 7 de Buenos Aires, cuyo Venerable Maestro 

será Alvear. 

El 7 de enero de 1812, a bordo de la nave “George Canning”, embarcan San 

Martín, Zapiola, Alvear y su esposa Carmen Quintanilla, entre otros importantes 

pasajeros. Tres meses después, el 7 de marzo, tras burlar el bloqueo español, la 

nave fondea frente a Buenos Aires. A esa fecha, la Primera Junta de Gobierno 

establecida el 25 de mayo de 1810 había terminado reemplazada por el Primer 

Triunvirato: Bernardo Rivadavia, Chiclana y Juan Martín de Pueyrredón. 

209


EL REGIMIENTO GRANADEROS A CABALLO 

Un frío análisis de la situación militar había mostrado a San Martín que la 

guerra, que para algunos debía concluir en la primera batalla ganada, apenas 

empezaba y que habría que combatir mucho y por muchos años a través de toda 

la América. Por su experiencia de soldado, sabía que en las guerras largas no se 

triunfa sin una sólida organización militar. Había visto que los ejércitos españoles, 

tantas veces derrotados a pesar de su heroísmo, ahora se habían retemplado 

con la disciplina inglesa con lo que España, una vez desembarazada de la guerra 

peninsular, podría enviar a América sus mejores tropas y mejores generales para 

sojuzgar sus colonias insurrectas. Frente a eso, la revolución militarmente mal 

organizada, los ejércitos carecían de consistencia, las operaciones no obedecían 

a ningún plan y no se preparaban los elementos para las grandes empresas 

que, necesariamente, habría que acometer. En una palabra: no existían una 

organización ni una política militar. Pero San Martín no se constituyó en un censor 

ni quiso inmiscuirse en la dirección de la guerra o planes de campaña, sino que 

se aplicó a la tarea que se había impuesto: Fundar una nueva escuela de táctica, 

disciplina y moral militar. Esa sería la firme base para todo. Alvear estaría en las 

gestiones y él en la acción. 

Dos semanas después de llegados a Londres, Alvear, de familia acaudalada, 

Venerable Maestro en la naciente logia, con gran influencia sobre la sociedad 

bonaerense y oído por el Triunvirato, obtuvo la firma del decreto que ordenaba la 

formación de un cuerpo de caballería, el Regimiento de Granaderos a Caballo. 

Para ello tuvo que vencer la desconfianza de quienes sospechaban que San 

Martín era espía español que, en cualquier momento, podría usar contra los criollos 

las fuerzas bajo su mando. San Martín era responsable único, comprometido su 

honor en llevar a cabo la empresa en el menor tiempo posible y de la manera 

más eficaz. Le auxiliaban el Sargento Mayor Carlos de Alvear y el Capitán José 

Zapiola, pero en los hechos tuvo que partir por entrenarlos a ellos. 

La formación de los primeros contingentes de este Regimiento, de la que San 

Martín se ocupó personalmente, hombre por hombre, es la piedra angular en que 

descansa el resto de su obra. Primero formó los oficiales que serían los monitores 

de la escuela bajo su dirección. Luego fue agregando hombres probados en las 

guerras de la revolución, que se hubieran elevado desde la tropa, pero cuidó 

que no pasaran de tenientes. Al lado de ellos creó un plantel de cadetes que 

tomó, primero de Yapeyú y luego del seno de las familias expectables de Buenos 

Aires, arrancándolos casi niños de brazos de sus madres. El mismo San Martín 

les enseñaba el uso de las armas, en especial el sable largo de los coraceros 

franceses y el dominio absoluto del caballo. Mitre hace una notable descripción 

de los criterios de selección, métodos de entrenamiento y técnicas para 

inculcarles los códigos de ética, moral y conducta militar. No puede desconocerse 

que la relación maestro-discípulo nacida de aquí debió ser muy poderosa. En 

reconocimiento, el gobierno le envió los despachos de Coronel del Regimiento 

Granaderos a Caballo. 

210


EL AMOR LLEGA A SU VIDA 

En 34 años de vida no se le conocieron amores a San Martín hasta que, en 

los encuentros sociales que le permitían los ratos libres de la preparación del 

Regimiento Granaderos a Caballo, conoció a la joven María de los Remedios 

Escalada Quintana, de catorce años de edad, hija del poderoso empresario 

inmobiliario Antonio José de Escalada. Al promediar el quinto mes de su arribo en la 

“George Canning”, apadrinado por Carlos Alvear y su esposa Carmen Quintanilla, 

de rodillas en el altar mayor de la Catedral de Buenos Aires, fue bendecido el 

matrimonio. Anotemos que, además de la hija que se llevó en matrimonio, San 

Martín se llevó a sus hermanos menores, Manuel y Mariano, al Regimiento de 

Granaderos para convertirlos en oficiales. 

El matrimonio lo vinculaba a lo mejor de la sociedad del país en ciernes, por 

lo que, vista la diferencia de edades y el carácter reservado y distante atribuido 

al militar, podría pensarse en un frío cálculo estratégico, pero veamos lo que 

escribió recordando su primer encuentro: ...“Nunca antes me había sucedido algo 

semejante, ni recuerdo ningún acontecimiento que produjera en mis sentidos el 

anonadamiento del esfuerzo de mi razón por controlarlos ni encontré palabras para 

explicar lo que en aquel momento se dio en mí a través de un desconocido y grato 

aturdimiento de emociones. Cuando la vi por primera vez no dije nada, tampoco 

supe qué decir y, tal vez, advertí tarde que cuanto me había sido impedido explicar 

con palabras salió de mí delatado, tal vez, por alguna exageración de mi mirada, 

pues cuando ella me dijo lo que no recuerdo que me dijo yo estaba pendiente de 

sus gestos con más emoción que lucidez... Esto que siento es cosa del alma y de 

la sangre. Nunca creí que esto podría pasarme a mí de esta manera y como se 

cuenta que le ha pasado a muchos hombres, y menos con una niña que por su 

edad, riqueza, delicadeza y distinción no te habría faltado quien le dijera lo que no 

supe decirle”... Obviamente no es un estratega el que habla, sino la atolondrada 

víctima de un flechazo fulminante. 

LA LOGIA DE EXPANDE Y MANIOBRA: CAMBIA EL TRIUNVIRATO 

No era San Martín un político, pero como militar y hombre de acción orientado 

a lograr la Independencia, vio que la revolución carecía de planes más eficaces 

de acción y hasta de propósitos claramente enunciados. En suma, lo político 

estaba tan mal organizado como lo militar y así lo expresaba con franqueza en las 

tertulias políticas de la época:... “Hasta hoy, las Provincias Unidas han combatido 

por una causa que nadie conoce, sin banderas y sin principios declarados 

que indiquen el origen y las tendencias de la insurrección. Preciso es que nos 

llamemos independientes para que nos conozcan y nos respeten”. 

Con esto se situaba entre los que reclamaban las medidas más adelantadas 

en el sentido de la independencia y de la libertad, incluyendo la convocatoria 

a un Congreso Constituyente. Pero se consideraba imprudente dejar que las 

fluctuantes deliberaciones populares decidieran los destinos del país y de América 

en general, siendo preferible organizar y disciplinar las fuerzas políticas para dar 

unidad, y dirección al movimiento revolucionario. 

211


“Un núcleo poderoso de voluntades, una organización metódica de todas las 

fuerzas políticas que obedeciese a un mecanismo y una dirección inteligente y 

superior que dominase colectivamente las evoluciones populares y grandes 

medidas de los gobiernos, preparando sucesivamente entre pocos lo que debía 

aparecer en público como el resultado de la voluntad de todos”... Ese fue el plan 

que San Martín concibió y llevó a cabo, con la eficaz ayuda de Alvear y la logia 

como instrumento. 

Al comienzo, la logia no pudo tener en su seno al personal del gobierno, pero 

su influencia se ramificó a toda la sociedad y los hombres más conspicuos de la 

revolución por su talento, servicios y carácter, se afiliaron a la hermandad secreta. 

Los clubes y tertulias donde hasta entonces se había elaborado la opinión 

por discusión o influencias de círculo, se refundieron en ella. El Dr. Bernardo 

Monteagudo, abogado inteligente, de gran pluma y oratoria, que había promovido 

con ardor las asociaciones públicas, se transformó en el más activo agente de 

la logia, llevándole el concurso de toda la juventud que acaudillaba. Más tarde 

habría más noticias de él. Desde entonces, la influencia misteriosa de la logia 

empezó a extenderse por todo el país. 

El 24 de septiembre de 1812, el General Manuel Belgrano derrotó a los 

españoles en la batalla de Tucumán. No hablaba bien de la capacidad y energía 

del triunvirato el que este General, si hubiera hecho a la orden de Rivadavia, 

hubiera evitado la batalla. El 8 de octubre de 1812 más de 300 personas elevaron 

petición firmada al Cabildo solicitando “bajo la protección de las legiones armadas, 

la suspensión de la Asamblea y la cesación de los miembros del Triunvirato para 

que, reasumiendo el Cabildo la autoridad que el pueblo le había delegado el 

22 de mayo de 1810, se crease inmediatamente un nuevo Poder Ejecutivo con 

la precisa condición de convocar una Asamblea verdaderamente nacional que 

fijase la suerte de las Provincias Unidas, jurando no abandonar su puesto hasta 

ver cumplidos sus votos”. Desde el día anterior, una multitud se había apostado 

frente al Cabildo y tropas de la guarnición habían tomado posiciones para que “se 

respetara la autoridad del Pueblo que había sido convocado a deliberar sobre su 

destino”. Al mando del Regimiento Granaderos estaban el Coronel San Martín y el 

Sargento Mayor Alvear. El Regimiento N° 2 iba al mando del coronel Ortiz Ocampo 

y la artillería a las órdenes del comandante Pinto. El Cabildo accedió a todo, 

declarando que la Asamblea tendría todo el poder para dictar una Constitución, 

y nombró a Juan José Paso, Nicolás Rodríguez Peña y Antonio Álvarez Jonte 

como nuevo Triunvirato para ejercer el Poder Ejecutivo, todo lo cual fue sometido 

a la sanción popular y aprobado por aclamación. 

Todo lo anterior estaba previsto: tanto el libreto como los actores del episodio 

eran de la Logia. Por primera vez San Martín participaba directamente en un 

movimiento revolucionario con la presión de la presencia de su Regimiento 

y apurando a los cabildantes: “Que no es posible ya perder un instante, que el 

fermento adquiere mayores proporciones y es preciso cortarlo de una vez...”. 

Si se mira bien, este movimiento ordenaba el proceso, llevando a la práctica 

el principio de Soberanía Popular en la exigencia a convocar a una Asamblea 

Nacional, rompiendo la supremacía de la capital, estableciendo igualdad de 

212


representación y derechos y dando el primer paso para formular la Constitución 

de las Provincias Unidas. 

EL COMBATE DE SAN LORENZO 

A fines de 1812 el escenario bélico se presentaba con el general Belgrano, 

provisoriamente dominando en el Norte, y el coronel José Rondeau controlando 

el sitio de Montevideo. 

Pero la flota española dominaba el mar e internándose río arriba por el 

Paraná, podía asolar las costas cañoneando y saqueando los pueblos ribereños. 

Profundizando estas incursiones y apresando los buques de cabotaje, podían 

debilitar el sitio de Montevideo aprovechando de abastecer de víveres frescos a la 

plaza, ya escasa de ellos. Para tales fines, organizaron un convoy corso, con una 

tropa de desembarco al mando del Capitán Juan Antonio Zabala. En respuesta, 

el Triunvirato dispuso reforzar a 15 las bocas de fuego de Punta Gorda, baterías 

guarnecidas por 450 hombres y acordó con el Coronel San Martín que éste, con 

parte de su regimiento Granaderos a Caballo, protegiese las costas occidentales 

del Paraná, desde Zárate hasta Santa Fe. A fines de enero de 1813 convergían 

en San Lorenzo, San Martín con 125 granaderos cabalgando y la expedición 

realista navegando. El viajero inglés William Parish Robertson, que se encontraba 

casualmente en el lugar, dejó un relato vívido y detallado de las acciones. En 

síntesis, el 2 de febrero San Martín llegó al monasterio San Carlos, situado en 

el lugar. La flota había fondeado al frente, porque el cambio de viento impidió 

que siguiera navegando. Observando que la explanada frente al monasterio era 

muy apta para su caballería, San Martín, con su gente oculta pero perfectamente 

instruida para atacar en dos grupos, por los flancos “sin disparar un tiro, fiando 

sólo de lanzas y sable”, esperó hasta la madrugada siguiente y, cuando los 250 

realistas desembarcaron y se ubicaron en la explanada con sus dos cañones, 

ordenó la carga, él a la cabeza de un grupo, el capitán Justo Germán Bermúdez 

al mando del otro. En tres minutos, la arremetida puso en fuga al enemigo.... “Los 

restos escapados del sable de los granaderos lograron reembarcarse dejando 

en el campo su bandera y abanderado, dos cañones, 50 fusiles, 40 muertos y 14 

prisioneros, llevándose varios heridos, entre ellos su propio comandante Zabala, 

cuyo bizarro comportamiento no había podido impedir la derrota”. 

Los granaderos tuvieron 14 muertos y 27 heridos, entre ellos el propio San 

Martín, cuyo caballo resultó muerto en la carga, inmovilizándole aprisionado por 

la pierna. El granadero Juan Cabral logró zafarle y salvarle la vida a costa de la 

suya propia. Si bien poco importante en lo militar, el combate de San Lorenzo 

tuvo repercusiones significativas para la revolución. Pacificó el litoral dando 

seguridad a sus poblaciones, mantuvo expedita la comunicación con la base del 

ejército sitiador de Montevideo y privó a esta plaza de víveres frescos con que 

contaba para prolongar su existencia. Pero, sobre todo, consolidó el liderazgo y 

prestigio de San Martín como guerrero valiente al ser herido en la carga al frente 

de los suyos y como formador de oficiales y soldados con la disciplina y mística 

mostradas en acción por el Regimiento Granaderos. La revolución tenía un nuevo 

general. 

213


LA LOGIA: DESDE NUMEN DE IDEALES 

HACIA INSTRUMENTO DE AMBICIONES POLÍTICAS 

San Martín y Alvear habían aprendido en las logia de Cádiz y de Londres que 

los oprimidos sólo pueden conspirar en las sombras del misterio. En Buenos 

Aires habían hecho de la logia el instrumento de ordenamiento político de una 

revolución hasta entonces inorgánico y falta de superior conducción. Ordenada la 

política bajo la disciplina de la logia, San Martín se consagró exclusivamente a la 

realización de los planes militares contra el enemigo común, dejando a Alvear los 

asuntos de la logia. 

Pero el sueño de Alvear, como el de su amigo José Miguel Carrera, de Chile, 

era la gloria militar y la dictadura. En Cádiz se habían prometido ser árbitros de 

sus respectivos países y ese año de 1813, dictador de Chile y mandando ejércitos, 

Carrera era Ideal y Modelo para Alvear. En Chile un motín militar encabezado 

por un hombre audaz pudo improvisar un dictador apoyado por un ejército 

revolucionario, pero en las Provincias Unidas eso no era aún posible. Sin embargo, 

la logia gobernaba al gobierno y tenía una mayoría en la Asamblea restándole 

tener los mandos militares. Gobernando la logia se gobernaba la revolución y San 

Martín la había dejado en manos de Alvear. Allí tenía éste el camino para el poder 

político y los grados, cuando no la gloria militar a que aspiraba. 

La logia necesitaba un general que descollase por su genio militar, para ponerlo 

al frente del Ejército del Norte. Con los laureles de Tucumán y Salta, Belgrano 

se había afiliado, pero siendo el mejor de los generales probados, carecía de 

la preparación técnica según confesaba: “... Porque Dios ha querido me hallo 

de General sin saber en qué esfera estoy: no ha sido esta mi carrera y ahora 

tengo que estudiar para medio desempeñarme”. A fines de 1813, después de las 

derrotas de Vilcapugio y Apoyhuma, perdido el alto Perú, retrocedía impotente 

para contener al enemigo y debía ser reemplazado. 

Hasta entonces se había luchado contra generales mediocres y tropas mal 

organizadas, pero se empezaban a encontrar con jefes entendidos y ejércitos 

disciplinados. Los resultados de las batallas ya no dependerían del entusiasmo. 

La disciplina, la táctica, la estrategia, la calidad de las armas y la inteligencia 

superior del general serían en adelante indispensables para aspirar a triunfos en 

campañas ofensivas alejadas de la base de operaciones. 

Alvear se presentó de candidato para comandar el ejército del Norte y obtuvo 

el nombramiento, pero, a poco andar, volvió indicando a San Martín para ocupar 

el puesto. Se ha atribuido a Alvear el plan de apurar con Guillermo Brown la 

destrucción de las fuerzas navales realistas en Montevideo, asaltar la plaza 

reducida por la acción naval y apoderarse de los 5.000 cañones y 1.800 fusiles. 

Luego, combinar con su amigo y compañero Carrera, de Chile, limpiar el Sur de 

realistas, avanzar sobre Lima y echar al mar al Virrey Abascal. O sea, materializar 

bajo su nombre la idea de San Martín y, así, América y Europa se harían eco 

de sus triunfos en todos los periódicos, su patria le prodigaría los grandes y 

extraordinarios honores ambicionados. Si así era, mejor manejar hilos en Buenos 

Aires que comandar el Ejército del Norte. 

214


El hecho es que el 22 de enero de 1814, el Poder Ejecutivo fue concentrado en 

una sola persona con el título de Director Supremo, que recayó en don Gervasio 

Antonio Posadas, tío de Alvear. Este fue nombrado en seguida general en Jefe 

del Ejército de la Capital y en mayo, un día antes que el almirante Brown batiera 

a la flota española del Plata, reemplazó al general Rondeau en el mando del 

ejército sitiador que al fin se apoderó de Montevideo, cosechando la gloria de la 

caída de esta plaza. 

EL ALTO PERÚ Y LA GUERRA DEL NORTE: 

POR AHÍ NO ESTÁ EL CAMINO 

San Martín partió con una expedición en auxilio del ejército del Norte, con 

instrucciones para asumir el mando cuando lo creyese conveniente. A través 

de correspondencia sostenida con Belgrano, existía entre ellos una corriente de 

mutua simpatía y admiración, pero recién se vinieron a conocer personalmente en 

Yatasto, donde se abrazaron, jurándose una amistad que nunca se desmentiría. 

Aunque San Martín se resistió a reemplazarlo en el mando, al cabo lo hizo en 

diciembre de 1813 por orden expresa del gobierno, y Belgrano se puso a sus 

órdenes como simple jefe de regimiento, dando el ejemplo de ir a recibir 

humildemente las lecciones de táctica y disciplina que dictaba el nuevo general. 

Al encargarse San Martín del Ejército Auxiliar del Norte no traía ningún plan 

preconcebido. Sin conocimiento de los hombres o del terreno en que debía 

operar ni del género de guerra que había de emprender, su primera preocupación 

fue reconcentrar el ejército en Tucumán, para organizarlo bajo un nuevo plan, 

instruirlo y disciplinario en una nueva escuela militar, teniendo a su mano una 

masa disponible para obrar según las circunstancias. Posesionado de la situación, 

comienza a obrar más resueltamente. En las montañas del Alto Perú, Belgrano 

había nombrado al coronel Juan Antonio Álvarez de Arenales, comandante 

y gobernador de Cochabamba. En Santa Cruz de la Sierra había nombrado al 

coronel Ignacio Warnes, subordinándolo en lo militar a Arenales. Ambos habían 

dado pruebas de su capacidad de mantener vivo el fuego de la insurrección en 

medio de un ejército fuerte y victorioso sin contar con más recursos que la decisión 

de poblaciones inermes y campos devastados por la guerra. San Martín les 

despachó refuerzos e instrucciones de “promover la insurrección de los naturales 

del Perú y hacer al enemigo la guerra de partidarios”, a cuyo efecto les indicaba 

cómo hostilizar al enemigo. En Salta, gauchos y partidarios organizados al mando 

de Martín Güemes, fueron encargados de mantener la rebelión y hostigamiento 

de desgaste de las tropas españolas. Por el frente y por retaguardia, San Martín 

promovía la guerra de los partidarios, mientras se hacía fuerte en Tucumán, con 

la llamativa construcción de un fuerte al que de día ingresaban tropas que salían 

de noche para ingresar nuevamente al día siguiente, impidiendo saber las fuerzas 

que efectivamente defendían la plaza. 

En su nuevo cometido, San Martín cometió la desobediencia de retener 

en la comisaría del ejército 36.000 pesos en plata y oro provenientes de los 

caudales del Alto Perú, que el gobierno había ordenado ingresar a la tesorería 

general. La finalidad de esos fondos fue pagar sueldos atrasados y los gastos 

de reorganización del ejército: “Yo no había encontrado más que unos tristes 

215


fragmentos de un ejército derrotado. Un hospital sin medicinas, sin instrumentos, 

sin ropas, que presenta el espectáculo triste de hombres tirados en el suelo que 

no pueden ser atendidos del modo que reclama la humanidad y sus propios 

méritos. Unas tropas desnudas con traje de pordioseros. Una oficialidad que no 

tiene cómo presentarse en público. Mil clamores de sueldos devengados. Gastos 

urgentes en la maestranza sin lo que no es posible habilitar nuestro armamento 

para contener los progresos del enemigo. Estos son los motivos que me han 

obligado a obedecer y no cumplir la superior orden y representar la absoluta 

necesidad de aquel dinero para la conservación del ejército...”. 

El gobierno aprobó la desobediencia, “justificada por la poderosa ley de 

la necesidad”, pero el Director Supremo le confidenciaba en carta “...si con el 

obedecimiento quedaba Ud. en apuros, con el desobedecimiento he quedado yo 

aquí como un cochino”, aludiendo que los fondos eran para pagar cuatro meses 

adeudados a la tropa. 

El general empleaba con destreza todos los recursos de la guerra: insurgencia, 

espionaje, desinformación, etc., pero sus meditaciones le habían ya llevado a 

otras conclusiones, según la famosa carta personal que escribió el 25 de abril de 

1814 a su amigo Nicolás Rodríguez Peña, Presidente del consejo de Estado bajo 

el Directorio de Posadas: “No se felicite, mi querido amigo, con anticipación de lo 

que yo pueda hacer en esta; no haré nada y nada me gusta aquí. No conozco los 

hombres ni el país y todo está tan anarquizado que yo se mejor que nadie lo poco 

o nada que puedo hacer. Ríase Ud. de esperanzas alegres. La Patria no hará 

camino por este lado del Norte que no sea una guerra permanente, defensiva 

y defensiva nada más; para eso bastan los valientes gauchos de Salta con dos 

escuadrones de buenos veteranos. Pensar en otra cosa es echar en el pozo 

de Ayrón hombre y dinero. Así es que yo no me moveré ni intentaré expedición 

alguna. Ya le he dicho a Ud. mi secreto: Un ejército pequeño y bien disciplinado 

en Mendoza para pasar a Chile y acabar allí con los godos apoyando un gobierno 

de amigos sólidos, para acabar también con los anarquistas que reinan. Aliando 

las fuerzas, pasaremos por mar a tomar Lima; ese es el camino y no este, mi 

amigo. Convénzase usted que hasta que no estemos sobre Lima, la guerra no 

acabará. Deseo mucho que nombren ustedes alguno más apto que yo para este 

puesto: Empéñese usted para que venga pronto el reemplazante y asegúrele que 

yo aceptaré la intendencia de Córdoba. Estoy bastante enfermo y quebrantado; 

más bien me retiraré a un rincón y me dedicaré a enseñar reclutas para que los 

aproveche el gobierno en cualquier parte. Lo que yo quisiera que ustedes me 

dieran cuando me restablezca es el gobierno de Cuyo. Allí podría organizar una 

pequeña fuerza de caballería para reforzar a Balcarce en Chile cosa que juzgo 

de gran necesidad si hemos de hacer algo de provecho y le confieso que me 

gustaría pasar mandando este cuerpo”. 

GOBIERNO DE CUYO: ¿CARRERA U O’HIGGINS? 

Pocos días después de esta carta, que sería histórica, San Martín fue atacado 

de un afección al pecho y tuvo un vómito de sangre. Los contemporáneos han 

acreditado la tradición de que esta dolencia fue un mero pretexto para cubrir 

su retirada del ejército del Norte. Lo cierto es que la enfermedad de San Martín 

216


–una hematemesis– existía, complicada por otras afecciones: dos heridas casi 

mortales en el pecho y quizás infección de cólera en Cádiz. Solía consumir opio 

para atenuar los efectos de ataques que pusieron en peligro varias veces su vida. 

Padecía también de reumatismo. 

El enfermo delegó sus funciones en su segundo, al general Francisco 

Fernández de la Cruz, y elevó su renuncia, retirándose a Saldán, una estancia a 

20 km de Córdoba. 

Aunque Fernández de la Cruz intentó ocultar la desaparición de San Martín en 

la esperanza que reasumiera, a fines de mayo fue dado a conocer como general 

en Jefe interino. El 10 de agosto de 1814 San Martín fue nombrado gobernador 

intendente de Cuyo “a solicitud suya –como decía el despacho llegado a Saldán– 

con el doble propósito de continuar los distinguidos servicios que tiene hechos 

al país y el de lograr la ‘reparación de su quebrantada salud en aquella deliciosa 

temperatura”. 

Apenas instalado en su gobierno, quiso saber del estado de la revolución en 

Chile. El coronel Marcos Balcarce, que actuaba en ella, fue su primera fuente 

de información. Luego llegaron desterrados a Mendoza, lrizarri y Mackenna, a 

quienes oyó con atención. Todos los anteriores eran enemigos de Carrera, a 

quien pintaron como “un joven díscolo, sin moral, sin talento político ni militar, en 

cuyas ineptas manos debía perderse irremediablemente la revolución chilena”. El 

doctor Passo le agregó que Carrera era “enemigo de la influencia argentina, y que 

abrigaba odios contra su pueblo y gobierno”. Todos ellos decían que O’Higgins 

era “el único en quien Chile debía fundar sus esperanzas, porque era un hombre 

modesto, amigo de los argentinos, alma buena y generosa y espíritu esforzado”. 

Desde entonces Carrera quedó ante su conciencia y O’Higgins fue su hombre 

en perspectiva. 

En septiembre de 1814 la Junta de Chile informaba al gobernador de Cuyo de 

la invasión de Osorio y le pedía con insistencia un cuerpo de tropas para engrosar 

su ejército, previniéndole que la situación era angustiosa. Pocos días después la 

revolución chilena sucumbía y, el 9 de octubre, llegaba a Mendoza la noticia del 

desastre de Rancagua. San Martín inició entonces el sistema de prestaciones de 

auxilio que se proponía implantar en su provincia, estimulando los sentimientos 

de humanidad del vecindario como más adelante estimularía su patriotismo para 

exigirle el sacrificio de sus bienes y de sus personas al servicio de la causa de la 

libertad. El pueblo respondió generosamente remitiendo víveres en abundancia, 

y gran número de mulas de silla para auxiliar a los emigrados, a la vez que en la 

ciudad se disponían alojamientos para recibirlos. Primero llegó O’Higgins, siendo 

saludado afectuosamente por San Martín, quien le recomendó interpusiera su 

autoridad a fin de contener excesos y depredaciones que estaban cometiendo 

grupos de soldados dispersos y mujeres que vociferaban contra los Carrera, a 

quienes culpaban de su desgracia, acusádole de traer entre sus cargas un millón 

de pesos extraídos del tesoro público de Chile. 

Desde antes de su encuentro y por la pretensión de actuar “a nombre 

del supremo Gobierno de Chile”, San Martín percibió que Carrera pretendía 

menoscabar su autoridad en el territorio de su jurisdicción, erigiendo una autoridad 

217


extraña, independiente de él. Dando crédito a la denuncia de que Carrera ocultaba 

caudales públicos entre las cargas que conducía, ordenó su registro en el paso 

de la cordillera, conforme a los reglamentos de la aduana terrestre de Cuyo. 

Carrera se negó diciendo que “antes quemaría todas las cargas”, y el guardia, sin 

fuerzas ante ese ejército, hubo de dejarle pasar sin registro. San Martín, creyendo 

llegado el caso de hacerse respetar, comunicó a Carrera que “no dejaría impune 

tal atentado contra las leyes del país y la autoridad de su gobierno, y que, en 

consecuencia, el ayudante mayor de plaza estaba encargado de ejecutar el 

registro prevenido”. Carrera, frente a esta voluntad decidida, accedió con dignidad, 

señalando que lo hacía “para acallar la indigna voz de ocultar caudales públicos”. 

San Martín resultó humillado al no encontrarse nada y su hospitalidad 

perdió mucho de su mérito por el celo mostrado aun ante la desgracia. Sin 

embargo, Carrera perdió en seguida esta ventaja, al dirigirle un oficio lleno de 

recriminaciones quejándose de que, al pisar suelo argentino su autoridad y 

empleo habían sido atropellados, pidiendo en seguida se le dijese en qué 

condición se le recibía y terminaba diciendo “que creía que no debía entenderse 

sino con el gobierno supremo de las Provincias Unidas”. San Martín le respondió 

que “lo reconocía como Jefe de las tropas chilenas que conducía, pero bajo la 

autoridad de la provincia y con sujeción a sus leyes, sin permitir que nadie se 

atraviese a recomendarle sus deberes”. Carrera continuó afectando desconocer 

la autoridad de San Martín, pero la emigración chilena había introducido en 

Mendoza perturbaciones que afectaban la tranquilidad pública. Los conflictos 

entre la policía y la tropa que no reconocía más autoridad que su caudillo eran 

frecuentes y los odios entre o’higginistas y carrerinos recrudecieron, acudiendo 

ambos bandos a San Martín en demanda de justicia y castigo, el uno contra el 

otro, acusándose recíprocamente de traidores a la patria. 

Aconsejado por el doctor Passo y el Coronel Balcarce, San Martín ofició a 

Carrera, manifestándole que “su seguridad personal y la tranquilidad pública hacía 

necesario su alejamiento a la ciudad de San Luis, a la espera de las órdenes 

del gobierno”. Carrera insistió en su actitud, respondiendo “que primero será 

descuartizarme que dejar yo de sostener los derechos de mi patria”. 

Pero San Martín había hecho un plan para dar el golpe mortal a Carrera. 

Ayudado por O’Higgins, Mackenna, Alcázar, Freire y otros oficiales desafectos a 

Carrera, llamó a su lado a la mitad de los emigrados chilenos con cuya cooperación 

pudo contar, reconcentró en Mendoza a los Auxiliares de Las Heras y reunió a 

las milicias de los alrededores. Cuando se sintió fuerte, circunvaló el cuartel de 

Carrera, puso al frente dos piezas de artillería y Carrera debió resignarse a ser 

extrañado a San Luis, de donde pasó a Buenos Aires, seguido poco después 

por sus desarmadas tropas, de las que San Martín dijo que “no quería emplear 

soldados que servían mejor a su caudillo que a su patria”. Luego hizo recoger por 

medio de una comisión de chilenos los dineros públicos que se habían salvado en 

su retirada, declarando que “los caudales sacados de Chile por don José Miguel 

Carrera no podían ser de propiedad suya o de su familia y que, al depositarlos 

en las arcas de la provincia era con el objeto de hacerlos servir más tarde en 

beneficio de aquel país”. 

218


En ese choque del 30 de octubre de 1814 se quebró el destino de Carrera, 

el Ejército de los Andes tuvo el primer aporte chileno y, lo más importante, San 

Martín y O’Higgins sellaron para siempre una amistad que sería crucial para la 

independencia de América meridional. 

EL EJÉRCITO DE LOS ANDES 

El 10 de enero de 1815, Posadas era reemplazado por Carlos María Alvear 

como Director Supremo. Él y Carrera habían militado juntos en España y allí 

habían soñado ser los dominadores en sus respectivos países. Ahora, de nuevo 

juntos en Buenos Aires, ayudado por esta amistad y el recelo de Alvear por San 

Martín, Carrera pudo abrigar esperanzas de reconquistar su poder perdido en 

Chile. Pero, dando por causa el mal estado de su salud, el 20 de enero San 

Martín solicitó licencia para separarse de su gobierno y Alvear se apresuró a 

concedérsela, nombrando inmediatamente a su sucesor, coronel Gregorio Pardiel. 

Sin embargo, este no pudo asumir, porque los habitantes de Mendoza convocados 

por carteles manuscritos a sostenerse sin indicar el objeto, se agolparon en la 

plaza el 15 de febrero donde declararon protestar contra el nombramiento que se 

había hecho en la capital. Se inició así la llamada revolución municipal de Cuyo 

que, junto con la sublevación del ejército del Norte, terminó por derribar a Alvear, 

quien fue reemplazado por Rondeau a menos de tres meses de haberse elevado 

a Director. San Martín quedó ungido como gobernador por el propio cabildo de 

Mendoza, ratificado por los de San Juan y San Luis. Mitre describe detalladamente 

el proceso en que se adivina su mano para quedar poderoso e inexpugnable en 

ese cargo, indispensable para materializar su plan de ir por mar a Lima. 

Aun antes que Juan Martín de Pueyrredón llegara a Director Supremo, en mayo 

de 1816, y con él consiguiera el respaldo definitivo, San Martín fue extrayendo 

metódicamente los recursos de los habitantes de Cuyo para ir armando el Ejército 

de los Andes: Secuestro de bienes de los prófugos, subasta de tierras públicas, 

contribución extraordinaria de guerra pagadera por cuotas mensuales, apropiación 

del fondo de redención de cautivos de los frailes mercenarios, donaciones 

gratuitas en especie y dinero, apropiación de los diezmos, gravamen con un peso 

por barril de vino y dos por uno de aguardiente, declaración de propiedad pública 

de las herencias de españoles muertos sin testar, etc. También se estableció un 

impuesto general y uniforme para todos los habitantes sobre una declaración de 

capital. Había trabajo gratuito de hombres y mujeres, y préstamo de animales y 

carretas cuando era necesario. 

El Ejército de los Andes se preparó siguiendo una minuciosa planificación 

que consideraba desde los caballos con sus forrajes, monturas y provisión de 

herraduras, hasta el rancho de los soldados, pasando por los uniformes, afilado 

de sables, puesta a punto de fusiles y provisiones de balas. El Fraile Luis 

Beltrán quedó registrado como el Arquímedes de la revolución por su trabajo 

en la maestranza productora de armas, en que se dice llegó a fundir hasta las 

campanas de las iglesias para sus fines. Al regimiento Auxiliares del coronel 

Gregorio de Las Heras se sumaron tropas conseguidas antes, esgrimiendo la 

amenaza de invasión española desde Chile y, finalmente, los Granaderos. Pero 

San Martín también se ocupó en armar una red de espionaje para tener planos 

219


de los pasos e informaciones de la situación en Chile, así como para desorientar 

y desinformar a Osorio y Marcó del Pont sobres sus reales, planes en la llamada 

guerra de zapa. Con Manuel Rodríguez, caudillo de la guerrilla chilena dando 

golpes de mano a distintas alturas del país, logró el objetivo de que los españoles 

dispersaran sus fuerzas al sur, debilitándose en el centro. 

Otro detalle de la amplitud de los medios utilizados fue la fundación de la logia 

de Mendoza por San Martín, donde ingresaron los principales jefes del ejército, 

los emigrados chilenos encabezados por O’Higgins y los más notables vecinos de 

Cuyo. También las campañas de su esposa, doña Remedios, promoviendo con 

su ejemplo el trabajo y donaciones de joyas de las mujeres apuntaban al objetivo. 

La bandera del Ejército fue una de sus contribuciones. 

El año 1816 fue propicio para San Martín: con Pueyrredón como Director 

Supremo desde mayo, llegó el respaldo definitivo a su plan; con la declaración de 

la Independencia el 9 de julio, la expedición a Chile sería la de un país soberano 

ya desligado de Fernando VII, luchando contra él. Con el nacimiento de su hija, 

Mercedes Tomasa, el 24 de agosto en Mendoza, se sellaban sus vínculos con 

esa tierra. El informe definitivo al Departamento de Guerra Sobre la constitución 

del Ejército de los Andes señala que, en las nueve cuadras de galpones de El 

Plumerillo, sumaban 14 Jefes, 195 oficiales y 3.778 combatientes, de los cuales 

742 eran Granaderos de a Caballo. La lista de alimentos, vestuario, víveres 

frescos, armas y municiones pudo sumar 10.600 mulas y 1.600 caballos. A fines 

de ese año dejaba su puesto de gobernador y asumía la Jefatura del Ejército de 

los Andes, así oficialmente bautizado por Pueyrredón: era “la de vámonos”. 

EL PASO DE LOS ANDES Y LA BATALLA DE CHACABUCO 

El 24 de enero de 1817 salió de Mendoza el último grupo del cuerpo principal de 

la expedición, que iría por el paso de Los Patos. En la oficialidad, con investidura 

y sueldo de brigadier general de las Provincias Unidas, ya había partido el general 

O’Higgins, a cargo de la reserva. 

Antes, habían salido cuatro expediciones por los pasos frente a Copiapó. San 

Juan, Curicó y Talca, maniobra con la que se reforzó la desinformación previa 

logrando que Marcó del Pont perdiera la calma y desperdigara su ejército realista 

a lo largo de Chile. 

El Paso de los Andes se ejecutó conforme a lo planeado, constituyéndose en 

una versión mejorada de aquellos clásicos pasos de Aníbal y Napoleón en Europa 

y uniéndose a ellos en el tercer lugar como materia afín a ser estudiada por la 

ciencia militar. La batalla de Chacabuco, en la que culmina el paso, es también, 

según Mitre, “un modelo clásico de arte militar en que la habilidad debilita al 

enemigo y lo desmoraliza, la previsión asegura el éxito final y la inteligencia es la 

que combate en primera línea, interviniendo la fuerza como factor accesorio”. 

A partir del 4 de febrero, el coronel Las Heras comienza a batir patrullas 

realistas adelantadas para detenerlos. El choque decisivo se produce el 12 de 

febrero de 1817 en Chacabuco con la victoria esperada, porque Maroto, con 

su ejército disperso por las estratagemas, sólo pudo oponer 2.000 hombres al 

220


disciplinado ejército de casi 4.000 que había cruzado la cordillera con un plan 

preciso a ejecutar. Sólo O’Higgins, ansioso por vengar la derrota de Rancagua, 

se adelantó en una temeraria acometida como queriendo terminar solo la batalla, 

pero hubo de ser secundado por Soler por el flanco. Con la victoria de Chacabuco 

quedó expedito el camino a Santiago. Marcó del Pont no tuvo tiempo de huir por 

Valparaíso y cayó prisionero, pero las fuerzas de Maroto que pudieron salvarse 

marcharon hacia el Sur, donde iban a oponer seria resistencia. Señalaremos aquí 

que el no haber continuado la campaña hasta desmantelar al ejército vencido es 

un error que se cita como inexplicable en un genio militar como San Martín. 

EL DIRECTOR SUPREMO O’HIGGINS, 

CLAVE FINAL EN LA LIBERACIÓN DEL PERÚ 

Dos días después el ejército vencedor de Chacabuco hizo su entrada triunfal 

en la capital de Chile. San Martín convocó a una asamblea de notables que 

debían designar electores para nombrar Jefe Supremo del Estado pero, reunida 

la Asamblea, declaró por aclamación “que la voluntad unánime era nombrar a don 

José de San Martín gobernador de Chile con omnímoda facultad”, consignando 

esto en acta de 18 de febrero, San Martín se negó rotundamente a acatar esa 

designación porque el objetivo fijo en su mente era Lima y no cabía en el plan 

tomar responsabilidades en los asuntos de Chile. A su pedido, fue nombrado 

el brigadier O’Higgins, su amigo chileno adicto que le había acompañado en 

Mendoza desde 1814. 

El tiempo mostraría que ese nombramiento fue providencial para la causa 

independentista de Sudamérica. 

Apenas pasados los festejos e instalado el nuevo gobierno, partía el l4 de 

marzo a Mendoza y a Buenos Aires, a informar del triunfo y agradecer el apoyo 

a Pueyrredón pero, sobre todo, a gestionar con él las finanzas para la formación 

de la escuadra y expedición para ir al Perú, para la que Chile había puesto 

$200.000 y comprometido otros $100.000. Una entrada triunfal que se le preparó 

a fines de marzo quedó esperando porque, desoyendo las instrucciones, llegó 

en la madrugada, cuando todos dormían. No pudo evitar los festejos pero su 

preocupación era la situación con el imperio portugués sobre la banda Oriental, 

que podría llevar a una guerra que afectaría su plan de ir a Lima. 

Además, Pueyrredón enfrentaba una situación delicada. Para precaverse de 

una anunciada expedición española contra el Río de la Plata, el Directorio habían 

condescendido a permitir que los portugueses señorearan en Montevideo, error 

que reconoció al comprobar que Portugal pretendía agregar la banda oriental a 

la Corona de Brasil “y, si proclamamos emperador al Rey Don Juan, admitirnos 

por gracia bajo su soberano dominio”. El error provocó una sublevación contra el 

Directorio, iniciando el camino a una posterior anarquía que, al cabo, retardaría 

el financiamiento comprometido por las Provincias Unidas en su acuerdo con 

Chile para el envío del Ejército Libertador al Perú. Pero Pueyrredón aún creía 

que podría capear el temporal y aseguró a San Martín que tendría la deseada 

escuadra, cosa que, además, aseguró en carta a O’Higgins. 

221


Carrera, entre tanto, había empleado su gran capacidad de persuasión para una 

expedición naval y, en esos días, se hallaba preso en un calabozo del regimiento 

Granaderos en Buenos Aires. Se había presentado a Pueyrredón para que le 

ayudara a pagar la nave “Clifton” que había logrado traer de Estados Unidos y este 

había declinado queriendo negociar por su cuenta, pero Carrera había intentado 

zarpar en la “Clifton”, fracasando y siendo detenido por conspiración: San Martín 

lo visitó el 12 de abril en su calabozo, donde el preso rechazó altivamente la 

mano que le tendió para saludarlo, escuchó el reconocimiento que hizo de sus 

servicios a la independencia, la explicación que su arresto era una medida 

puramente política, la reiteración del ofrecimiento de Pueyrredón de enviarlo como 

diplomático de las Provincias Unidas a Estados Unidos y la advertencia de que 

aun cuando su presencia en Chile podría producir agitaciones perjudiciales a la 

causa de la independencia, podía ir porque O’Higgins y él la reprimirían con mano 

firme. Carrera, al parecer, no concebía que la independencia de su patria pudiera 

realizarse sin él en el poder: desechó los favores que se le brindaban replicando 

que, después de la amenaza escuchada ningún hombre racional “se entregaría 

a poder tan arbitrario sin contar con los medios de resistir tanta violencia”. Fue 

la última vez que se vieron. Carrera después se fugaría y seguiría conspirando 

con sus hermanos hasta ser fusilado en Mendoza. San Martín partió para Chile 

el mismo 18 de abril, llegando a Santiago el 11 de mayo. (Esto que suena tan 

simple, sólo se podía conseguir marchando a caballo durante semanas). 

La fe del general pudo haberse avivado con la promesa y carta de Pueyrredón 

que el mismo llevó a O’Higgins, pero la situación de Chile después de Chacabuco 

no estaba libre de riesgos. Los españoles derrotados se reconcentraron en el 

Sur y, comandados por el coronel José Ordóñez, resistían en Talcahuano, donde 

recibirían refuerzos de Lima para contraatacar. Pueyrredón, acosado por la 

insurrección, pedía que le mandaran dos mil hombres de su ejército. 

O’Higgins, producto de una educación de nivel muy superior para la época, 

comienza a mostrar en ese año de 1817 cuán importante iba a ser la extraordinaria 

complementación que alcanzó con San Martín. Una de sus primeras medidas 

como Director Supremo fue crear el Ejército de Chile, en base a los cuadros 

chilenos organizados en Mendoza, nombrando a San Martín como general en 

Jefe. Paralelamente creó la Academia Militar. Por otra parte las bajas del Ejército 

de los Andes se cubrirían con voluntarios de Chile. Ambos ejércitos formaron el 

“Ejército Unido de los Andes y de Chile”, llegando a fines de 1817 a contar 9.000 

combatientes, con tropas y oficiales de ambas nacionalidades, uniformados en 

la táctica y disciplina de la escuela de San Martín, su generalísimo: Ahí estaba la 

base del Ejército Libertador, pero su tarea era aún afianzar la independencia de 

Chile. 

También de inmediato, en 1817, O’Higgins comienza a gestionar la compra 

de buques para formar la marina y encarga a José Álvarez Condarco, coronel 

argentino muy importante y cercano a San Martín, la misión de contratar a Lord 

Thomas Cochrane para formar una escuadra capaz de oponerse a la española 

que dominaba el Pacífico. 

En todo lo anterior avanza exigiendo enormes sacrificios para obtener los 

recursos de la población chilena, pero no titubea. Las convulsiones internas que 

222


afectan a las Provincias Unidas no garantizan que estas se cumplan con los 

aportes comprometidos para ir al Perú y, mucho más que los apremios de San 

Martín, es la propia convicción ante la realidad de ver llegar por mar tropas del 

Perú a reconquistar Chile, la que lo impulsará a exprimir a los chilenos hasta la 

angustia para enviar la Expedición Libertadora. Esta actitud de O’Higgins será 

clave para llegar al Perú. 

CANCHA RAYADA Y MAIPÚ 

En enero de 1818 llegan a Talcahuano quince buques con 3.400 veteranos 

españoles al mando de Mariano Osorio, el vencedor de Rancagua, a sumarse 

con los 1.700 de Ordóñez. El virrey Pezuela jugaba todas sus cartas para 

recuperar Chile. Puestos en aquella peligrosa situación, O’Higgins y sus ministros 

firman en Concepción un acta en que se proclama la Independencia de Chile y 

envía instrucciones para que el 12 de febrero, primer aniversario de la batalla 

de Chacabuco, en ceremonia pública y solemne, se jure “sostener la presente 

Independencia absoluta frente a Fernando VII, sus sucesores y cualquier otra 

nación extraña”. Entre los que juraron ante el Director Delegado Luis de La Cruz, 

estaba el coronel mayor de los ejércitos de Chile y general en Jefe del Ejército 

Unido José de San Martín, cuyo retrato decoró el escenario. 

La situación se consideraba tan delicada que O’Higgins no estuvo presente 

porque preparaba los movimientos de defensa exigidos por la marcha de Osorio 

con su ejército a Santiago. San Martín se quedó para organizar las fuerzas de 

Santiago y Valparaíso y luego marchó a Chimbarongo, donde reconcentró las 

tropas. Los despliegues y disposiciones de las tropas al mando de San Martín 

pusieron en tal ventaja al ejército patriota que los españoles se sintieron derrotados 

antes de entrar en combate. Pero el coronel Ordóñez, aquel teniente camarada 

suyo cuando el linchamiento de Solano en Cádiz, concibió y realizó lo único que 

podía variar el resultado de la lucha: un golpe sorpresivo en mitad del campamento 

al entrar la noche del 19 de marzo con tal éxito, que produjo la desorganización 

y fuga del ejército patriota. O’Higgins resultó herido y San Martín vio morir a su 

ayudante al lado suyo. Tal fue el desastre de Cancha Rayada, que sembró tanto 

pánico en los patriotas chilenos como lo había hecho el desastre de Rancagua. 

Afortunadamente, el coronel Gregorio de Las Heras pudo mantener el grueso del 

ejército en una retirada ordenada que permitiría a San Martín rehacerse y armar 

el plan para el enfrentamiento definitivo. 

Este se produjo en los llanos de Maipú, partiendo la mañana del domingo 5 

de abril de 1818, con la victoria total más importante sobre las armas españolas 

ampliamente descrita y estudiada como acción de armas con consecuencias 

definitivas para la libertad de América. 

Días después de Maipú, el 12 de abril, en El Salto, recibió de su ayudante 

O’Brien la correspondencia secreta capturada a Osorio y, tras leer en silencio 

todas las cartas una por una, en un acto de magnanimidad, quemó esas pruebas 

que hubieran perdido a muchos que estuvieron contra la causa patriota. Al día 

siguiente salió a Buenos Aires para entrevistarse con Pueyrredón, llegando el 4 

de mayo. Al igual que cuando Chacabuco, entró a las 4 de la mañana volviendo 

223


a dejar preparados arcos de triunfo, bandas y desfiles al vencedor. Sin embargo, 

otra vez no podía evitar todos los festejos. El 17 de mayo recibió la gratitud y 

homenaje del Congreso. 

DESDE CHILE POR MAR AL PERÚ: 

LA DESOBEDIENCIA DE SAN MARTÍN 

Pero él no iba a Buenos Aires a los homenajes sino en busca de los 500.000 

pesos que faltaban para la expedición al Perú. Tras largas conferencia con 

Pueyrredón partió el 3 de julio con la promesa de que los tendría. Pero, en agosto, 

el Director escuchaba reposiciones del francés Le Moyne, que la salvación de la 

Independencia estaba en coronar un rey borbónico en Río de la Plata. Pueyrredón 

pensó en el duque de Orleáns y, esperando que la monarquía constitucional 

arreglaría todo, desahució el préstamo diciendo a San Martín que “no se sacaban 

de aquí 500.000 pesos aunque se llenen las cárceles de capitalistas”. Ante ese 

verdadero desahucio al proyecto de ir a Lima, San Martín envió su renuncia. 

Pueyrredón, para retenerle, le comunicó que podía girar de la tesorería hasta 

la suma convenida, cosa que hizo con intrincados malabarismos por la falta de 

fondos. 

Entre tanto O’Higgins había logrado armar una escuadra partiendo con la 

“Aguila”, capturada a los españoles y rebautizada “Pueyrredón”, agregando 

la “Winham”, comprada y rebautizada “Lautaro”. Con estos buques puso fin al 

bloqueo de Valparaíso, poniendo en fuga a la “Esmeralda” y al “Pezuela”. Con 

nuevos esfuerzos, se agregaron la “Chacabuco”, el “Araucano” y el “San Martín”. 

La flota ya armada durante 1818, se puso al mando del teniente coronel de artillería 

Manuel Blanco Encalada y zarpó como tal el 19 de octubre de 1818, en procura 

de una flotilla española. De ese zarpe quedó registrada la frase de O’Higgins, 

mirándolos partir desde Valparaíso: “Cuatro buques dieron a España el continente 

americano. Esos cuatro buques se lo quitarán”. Poco más o menos así ocurrió, 

porque la escuadra que salió con cuatro buques capturó a la flotilla española 

regresando con trece buques. Para coronar esta victoria, el 28 de noviembre de 

1818 llegaba el almirante Cochrane a hacerse cargo de la escuadra. 

Los años 1818 y 1819 fueron de soluciones para Chile y para la América y de 

complicaciones para la República Argentina. La independencia reconquistada en 

Chacabuco había sido asegurada en Maipú. La guerra del Sur había terminado 

felizmente. Cochrane dominaba el mar, produciendo la engañosa sensación 

de que lo del Perú podía esperar y Argentina se desangraba en guerra con 

los portugueses y se propagaba el conflicto interno detonado por la tentativa 

monárquica. San Martín había traído su ejército a Mendoza, tanto para responder 

al pedido de ayuda del Directorio ante la amenaza de invasión por el Mar del Plata 

como por presión al gobierno de Chile por los medios para ir a Lima. Cuando 

Rondeau, que había reemplazado a Pueyrredón vio cundir la sublevación, poco 

antes de su caída le pidió urgente auxilio para detenerla (noviembre de 1819). Por 

su parte, O’Higgins le llamaba desde Chile con seguridad halagadora: “La fortuna 

propicia nos está convidando a dar la última mano a la libertad de América y le 

proporciona una ocasión y un motivo justo para resistir la orden de su gobierno. 

Sin la libertad del Perú está usted convencido de que no podemos salvarnos y 

224


ahora es el momento de venir a Chile con las tropas de Cuyo, en la seguridad 

de que a los dos meses estamos en camino para lograr el objeto tan deseado. 

Véngase, amigo, vuele y se coronará la obra”. 

San Martín se encontró con dos caminos para su ejército: montonero o 

pacificador en la patria o libertador de América. Su decisión fue abandonar ese 

desorden y volver a Chile con su ejército. Es lo que se llamó “la desobediencia de 

San Martín” 

“Su posición y la del Ejército de los Andes se hizo anómala: era un general que 

había desobedecido a un gobierno que había desaparecido. Se encontraba ‘sin 

patria en cuyo nombre obrar y sin gobierno ante quien justificarse. Si caducaba su 

mando, caducaba de hecho la jerarquía militar en sus diversos grados y hasta la 

existencia del ejército mismo como colectividad orgánica. Tal problema lo resolvió 

poniendo su puesto a disposición de su oficialidad y dejándoles solos para que 

eligieran nuevo Comandante en Jefe “Sus oficiales le eligieron por unanimidad en 

lo que ha quedado registrado como El Acta de Rancagua (2 de abril de 1820)”. 

POR FIN: COMO GENERAL CHILENO A LIBERTAR EL PERÚ 

Por su parte, Cochrane había introducido el concepto de que la Expedición 

Libertadora era una operación marítima con una fuerza desembarco, el Ejército 

Libertador, suscitándose la cuestión de quién estaba al mando, lo que fue resuelto 

en favor de San Martín: el 6 de mayo de 1820 era nombrado generalísimo de 

la Expedición al Perú por el voto del pueblo y el Senado chilenos. (O’Higgins, 

aún como Dictador, aplicaba ya los rudimentos de un sistema democrático que le 

produjo algunos contratiempos con el financiamiento que San Martín reclamaba). 

Por fin, el 20 de agosto de 1820 pudo zarpar desde Valparaíso la flota de ocho 

buques de guerra y dieciséis transportes llevando bajo la bandera chilena al 

Ejército Libertador del Perú, con 2.313 combatientes argentinos y 1.805 chilenos 

que, el 7 de septiembre, desembarcan en Paracas, y luego en Pisco iniciando la 

campaña sobre Lima. 

Fue esa una campaña sin batallas, con el general Juan Antonio Álvarez de 

Arenales haciendo el papel más brillante al internarse en la sierra proclamando 

la independencia y allegando partidarios. Cochrane bloqueaba la fortaleza del 

Callao e incursionaba en ella, llegando a capturar la nave “Esmeralda” y dineros 

del Virrey. San Martín escogió el camino de entorpecer con maniobras los 

abastecimientos a Lima y ganar con proclamas a los peruanos para la causa de 

la libertad, a la vez que, con entrevistas y conferencias con el Virrey Pezuela 

primero y La Serna después en Puchauca el 2 de junio, fue logrando el clima para 

que este último, en los primeros días de julio de 1821, decidiera hacer abandono 

de Lima con su ejército muy respetable todavía, para combatir desde la sierra en 

una guerra que continuaría aún por largo tiempo. Así Lima quedó a disposición de 

San Martín sin disparar un tiro. 

225


INDEPENDENCIA DEL PERÚ 

La toma de posesión de Lima por los independientes, el 6 de julio de 1821, 

aseguró definitivamente la independencia de esa República., Con el avance de 

Bolívar por el norte, no quedaban en América más tropas españolas que las que 

resistían a Arenales en las montañas del Perú y en Quito más El Callao, que 

pronto se rendiría. En los mares sobrevivían tres buques, últimos fantasmales 

vestigios del antiguo poder marítimo de la metrópoli, aniquilado por Cochrane en 

el Pacífico. El triunfo definitivo era cuestión de tiempo y esfuerzo combinado de 

ambos generales. La emancipación de América estaba fuera de cuestión, pero no 

lo percibían aún así los limeños. Los españoles, que eran los pudientes, estaban 

en posición delicada: si se negaban a abrazar el partido de San Martín corrían 

el peligro de ver confiscados sus bienes, y si no, debían temer la venganza del 

antiguo gobierno que podía reconquistar el poder y castigar su defección. Entre 

los naturales, si bien muchos confiaban en la bondad de su causa, dudaban de la 

sinceridad de San Martín o de que tuviese los medios para cumplir sus promesas. 

Perú no era todavía un país hondamente revolucionado, su gente carecía del 

espíritu y consistencia que sólo dan la posesión plena de la nacionalidad y la 

decisión de alcanzar el triunfo a toda costa. San Martín quiso imprimirle ese 

carácter convocando a una asamblea de notables que, en representación de los 

habitantes de la capital, expresase si la opinión general se hallaba decidida por 

la independencia (14 de julio de 1821). La junta, compuesta de notables de Lima 

designados por el cabildo, respondió a las 24 horas: “La voluntad general está 

decidida por la independencia del Perú de la dominación española o de cualquiera 

otra extranjera”. El 28 de julio de 1821, en los solemnes actos de su proclamación 

y jura, San Martín desplegó por primera vez la bandera del Perú inventada por él 

en Pisco. 

PROTECTOR DEL PERÚ: TENTACIÓN MONÁRQUICA 

Declarada la Independencia se presentó una diputación del Cabildo ofreciéndole 

el gobierno del Perú. La logia Lautaro, trasplantada al Perú, también le exigió que 

se pusiese a la cabeza de la administración general del país, único medio de dar 

apoyo sólido y vigorizar las operaciones militares. El 3 de agosto de 1821 San 

Martín asumió el mando político y militar con el título de Protector, comenzando 

aquí un momento discutido de su vida, caracterizado por la inacción. 

Dice Mitre: “Llamado por primera vez a presidir directamente un gobierno en 

su complicado mecanismo, en teatro más vasto que el de Cuyo y con múltiples 

objetivos que dividen su atención y actividad, ya no se basta por si solo y de 

aquí la necesidad de auxiliares que despojan su obra de su original unidad. San 

Martín, Protector del Perú, no se agranda y se muestra inferior a su misión. Su 

genio militar no toma nuevo vuelo; sus planes expectantes y negativos parecen 

inspirarse en el fatalismo más bien que en la previsión que pone los medios para 

alcanzar los fines que se buscan... Por eso decíamos que su gloria había llegado 

a la culminación de los astros que declinan”... “La responsabilidad de San Martín 

es grave por el estado de inacción en que dejó caer la guerra después de la 

ocupación de Lima”... 

226


Sin embargo, el primer semestre del Protectorado del Perú ha quedado como 

la base fundamental de la organización política y administrativa que le valió el 

título de Fundador de la Libertad del Perú. Creó su ejército, organizó la hacienda 

pública, declaró la libertad de vientre, fundó la biblioteca nacional y, entre otras 

disposiciones, se dio un “Estatuto Provisional” para gobernar. 

El acto que decidió fatalmente el destino de Protector y Protectorado fue el plan 

de monarquizar al Perú, teniendo tratativas para instalar un príncipe de alguna 

casa europea, inglesa o rusa, lo que le enajenó hasta el apoyo del mismo país 

libertado y aflojó más los vínculos de la disciplina militar ya relajados. Una que 

aparecen complicados varios jefes superiores del Ejército de los Andes hizo sentir 

a San Martín que ya la voluntad de sus antiguos compañeros de armas no le 

pertenecía o que, al menos, comenzaba a vacilar. Curiosamente, le acompaña en 

Lima como cercano consejero Bernardo Monteagudo, señalado como partícipe 

en el fusilamiento de los Carrera y el asesinato de Manuel Rodríguez, antiguo 

republicano devenido ahora en monarquista. 

El período del protectorado, además está marcado por sus desavenencias 

con Cochrane. Básicamente, éste siempre resintió no haber sido el Jefe de la 

expedición libertadora del Perú y no comprendía la estrategia de San Martín 

encontrando que su campaña no avanzaba hacia su cometido. No le gustó 

tampoco la proclamación del Protectorado y discutió que ella significara que la flota 

entregada a su mando por Chile pasaba a ser del Perú. Reclamaba, además, los 

pagos por el Perú de los sueldos atrasados de su marinería. San Martín le tenía 

por filibustero codicioso y quiso reemplazarlo. Finalmente, rompieron relaciones, 

Cochrane se rebeló, volvió a Chile con la escuadra y después dejó el país. 

BOLÍVAR Y SAN MARTÍN EN GUAYAQUIL 

Por esa época, a principios de 1822, San Martín estaba en una posición difícil 

en Lima pues el General Canterac había derrotado al general Domingo Tristán 

al sur de Lima y esta ciudad estaba debilitada porque San Martín había pasado 

1.600 soldados al lugarteniente de Bolívar, general Antonio José de Sucre, quien 

con esta tropa había obtenido la victoria de Pichincha, que le dio el dominio de 

Quito. En tal circunstancia creyó conveniente entrar en acuerdo de unión y amistad 

con el general Bolívar para que, vuelta de mano, auxiliase al Perú con parte de 

su ejército y se pusiese un término más corto a la guerra con los españoles. Con 

tal objeto concertó la famosa entrevista que tuvo lugar en Guayaquil el 26 de 

julio de 1822. De esa entrevista no obtuvo lo esperado. Se habló de un choque 

entre los grandes libertadores de América en que San Martín salió derrotado. Su 

comentario de entonces a sus íntimos fue: 

“El Libertador no es como pensábamos”. 

Los pormenores se sabrían andando el tiempo, para grandeza del entonces 

supuesto perdedor. 

227


ABDICACIÓN Y RETIRADA DEL PERÚ: 

EL GRAN SALTO EN LAS TINIEBLAS 

A su vuelta de Guayaquil supo que un motín, apañado por el Cabildo, había 

impuesto la renuncia de su ministro Monteagudo, obligándole a salir desterrado, 

lo que le indicaba cuán complicada se hacía su situación. Riva Agüero, autor 

del motín, le recibió con los suyos el 20 de agosto con grandes muestras de 

adhesión, posición equívoca que le afectó aún más. Es así como en Lima, el 20 

de septiembre de 1822, San Martín instaló solemnemente el Primer Congreso 

Constituyente del Perú, después de haber ejercido la dictadura más de un año. 

Este era el plazo que había fijado a su carrera política en el Perú en carta a 

O’Higgins. Según la Primera Acta del Congreso, el Protector se despojó de la 

banda bicolor, investidura del Jefe de Estado, diciendo: “Al deponer la insignia de 

mando que caracteriza al Jefe Supremo no hago sino cumplir con los deberes y 

con los votos de mi corazón. Si algo tienen que agradecerme los peruanos, es el 

ejercicio del supremo poder que el imperio de las circunstancias me hizo obtener. 

Hoy, que felizmente lo dimito, yo pido al Ser Supremo el acierto, luces y tíno que 

necesita para hacer la felicidad de sus representantes. ¡Peruanos! Desde este 

momento queda instalado el Congreso Soberano y el pueblo reasume el poder 

supremo en todas sus partes”. 

Acto continuo, y dejando al Congreso seis pliegos cerrados, se retiró 

acompañándole hasta fuera del salón seis señores diputados. 

El Congreso le retribuyó con el título de Fundador de la Libertad del Perú, 

ordenando que “conserve el uso de la banda bicolor de Jefe de Estado, que se le 

levante una estatua, que goce del sueldo que anteriormente disfrutaba y que, a 

semejanza de Washington, se le asigne una pensión vitalicia”. 

Al día siguiente se embarcó en el “Belgrano” a Valparaíso. 

Uno de los más graves cargos que los contemporáneos hicieron a San Martín 

por su retirada del Perú es la manera precipitada en que la efectuó al dejar el 

ejército sin real liderazgo y el gobierno sin rumbo ni coherencia sostenido por ese 

mismo ejército “mientras él daba un gran salto en las tinieblas”, (Mitre). 

LA CARTA DE LAFOND Y OTRAS EXPLICACIONES 

Explicaciones de tal actuación se encontraron en carta personal a Bolívar, hoy 

famosa. Esta carta, llamada de Lafond por haber aparecido veinte años después 

de la entrevista en un libro del marino francés de ese apellido, es considerada su 

testamento político y su texto debe conocerse íntegro: 

Excmo. Señor Libertador de Colombia, Simón Bolívar. Lima 28 de agosto de 

1822. 

Querido general: Dije a Ud. en mi última del 23 del corriente que, habiendo 

reasumido el mando supremo de esta República con el fin de separar de él al 

inepto y débil Torre Tagle, las atenciones que me rodeaban en aquel momento 

no me permitían escribirle con la extensión que deseaba: ahora al verificarlo, no 

sólo lo haré con la franqueza de mi carácter sino con la que exigen los grandes 

228


intereses de la América. Los resultados de nuestra entrevista no han sido lo que 

me prometía para la pronta terminación de la guerra. Desgraciadamente yo estoy 

íntimamente convencido, o que no ha creído sincero mi ofrecimiento de servir bajo 

sus órdenes con las fuerzas de mi mando o que mi persona le es embarazoso. 

Las razones que Ud. me expuso de que su delicadeza no le permitiría jamás 

mandarme y que aún en el caso de que esta dificultad pudiese ser vencida, 

estaba seguro que el Congreso de Colombia no consentiría su separación de la 

República, permítame, general, le diga no me parecen plausibles. La primera se 

refuta por sí misma. En cuanto a la segunda, estoy muy persuadido que la menor 

manifestación suya sería acogida con unánime aprobación, cuando se trata de 

finalizar la lucha en que estamos empeñados, con la cooperación de Ud. y del 

ejército a su mando y que el alto honor de ponerle término refluiría tanto sobre 

Ud. como sobre la República que preside. No se haga Ud. ilusión, general. Las 

noticias que tiene de las fuerzas realistas son equivocadas; ellas montan en el 

Alto y Bajo Perú a más de diez y nueve mil veteranos que pueden reunirse en 

el espacio de dos meses. El ejército patriota, diezmado por las enfermedades, 

no podrá poner en línea de batalla sino ocho mil quinientos hombres y, de estos, 

una gran parte reclutas. La división del general Santa Cruz (cuyas bajas me 

escribe este general no han sido reemplazadas a pesar de sus reclamaciones) 

en su dilatada marcha de experimentar una pérdida considerable y nada podrá 

emprender en la presente campaña. La división de mil cuatrocientos colombianos 

que Ud. envíe serán necesarias para mantener la división del Callao y el orden en 

Lima, por consiguiente, sin el apoyo del ejército de su mando, la operación que 

se prepara por puertos intermedios no podrá conseguir las ventajas que debían 

esperarse si fuerzas poderosas no llamaran la atención del enemigo por otra parte 

y así la lucha se prolongará por un tiempo indefinido. Digo indefinido porque estoy 

íntimamente convencido de que, sean cuales fueren las vicisitudes de la presente 

guerra, la independencia de América es irrevocable; pero también lo estoy de que 

su prolongación causará la ruina de sus pueblos y es un deber sagrado para los 

hombres a quienes están confiados sus destinos evitar la continuación de tamaños 

males. En fin, general, mi partido está irrevocablemente tomado; para el veinte 

del mes entrante ha convocado el primer congreso del Perú y, al día siguiente de 

su instalación, me embarcaré para Chile convencido de que mi presencia es el 

solo obstáculo que le impide a usted venir al Perú con el ejército a su mando. 

Para mí hubiera sido el colmo de la felicidad terminar la guerra de la 

independencia bajo las órdenes de un general a quien la América debe su libertad. 

El destino lo dispone de otro modo y es preciso conformarse. No dudando que 

después de mi salida del Perú el gobierno que se establezca reclamará la activa 

cooperación de Colombia y que usted no podrá negarse a tan justa exigencia, 

remitiré a usted una nota de todos los jefes cuya conducta militar y privada 

pueda ser a usted de alguna utilidad su conocimiento. El general Arenales 

quedará encargado del mando de las fuerzas argentinas. Su honradez, coraje 

y conocimientos estoy seguro le harán acreedor a que usted le dispense toda 

consideración. 

Nada le diré a usted sobre la reunión de Guayaquil a la República de Colombia. 

Permítame, general, que le diga que no era a nosotros a quienes correspondía 

decidir. Concluida la guerra de los gobiernos respectivos lo hubieran transado sin 

229


los inconvenientes que en el día pueden resultar a los intereses de los nuevos 

estados de América. 

He hablado a Ud. general, con franqueza pero los sentimientos que exprime 

esta carta quedarían sepultados en el más profundo silencio; si llegasen a 

traslucirse, los enemigos de nuestra libertad podrían prevalerse para perjudicarla 

y los intrigantes y ambiciosos para soplar la discordia. 

Con el comandante Delgado, dador de esta, remito a usted una escopeta y 

un par de pistolas juntamente con un caballo de paso que le ofrecí en Guayaquil. 

Admita usted general esta memoria del primero de sus admiradores. 

Con estos sentimientos y con los de desearle únicamente sea usted quien 

tenga la gloria de terminar la guerra de la independencia de la América del Sur, se 

repite su afectísimo servidor. José de San Martín. 

En el hondo contenido de esta carta estaría pensando Bolívar al hacer un 

brindis en el banquete, al asumir como nuevo dictador del Perú en 1823, cuando 

todos los brindis iban a él: “Por el buen genio de América que trajo al general San 

Martín con su Ejército Libertador desde los márgenes del Río de la Plata hasta 

las playas del Perú; por el general O’Higgins, que generosamente lo envió desde 

Chile...” 

Más expresiva y resumida es la respuesta a las ansias de entenderlo de su 

ayudante, amigo y confidente Tomás Guído, ante quien rompe su silencio en la 

despedida: 

“Existe una dificultad mayor que no podría vencer sino a costa de la suerte del 

país y de mi propio crédito. Bolívar y yo no cabemos en el Perú. He penetrado 

sus miras: he comprendido su disgusto por la gloria que pudiera caberme en la 

terminación de la campaña. Él no excusaría medios para penetrar el Perú y tal vez 

no pudiese yo evitar un conflicto dando al mundo un escándalo y los que ganarían 

serían los maturrangos. ¡Eso no!: Que entre Bolívar al Perú y, si asegura lo que 

hemos ganado, me daré por muy satisfecho porque de cualquier modo, triunfará 

la América”. 

A una comisión de congresistas que fue a “La Magdalena” a rogarle que 

siguiera al mando, les dijo: 

“Por rectas que sean las intenciones de un soldado favorecido por la victoria, 

cuando es elevado a la suprema autoridad al frente de un ejército considérese en 

la República como un peligro para la libertad”. 

¿Los prevenía de las ambiciones que vio en Bolívar, o reflexionaba sobre las 

tentaciones experimentadas por él como Protector con omnímodos poderes? 

HACIA EL OCASO EN EUROPA 

El General San Martín, a su regreso del Perú, permaneció en Chile enfermo 

durante 56 días, hospedado en la quinta del Conventillo por O’Higgins, también 

en sus últimos días como Director Supremo. 

230


En enero de 1823, con 45 años de edad, cruzó por última vez la cordillera. 

A poco de llegar murió en Buenos Aires su esposa Remedios, recién de 24 

años. Viudo, permaneció en Mendoza con su hija Mercedes, arreglando sus 

finanzas, hasta que partió con ella a Europa el 4 de mayo, en el navío francés “Le 

Bayonnais”. Durante ese año viajó con su amigo lord Fife por Escocia y el sur de 

Europa. 

A fines de 1824 se instaló en Bruselas con su hija para cuidar de su educación. 

Su vida allí fue muy sencilla y austera. El general Miller lo describe viviendo en 

una pensión de arrabal, “obligado a andar a pie todos los días más de una milla 

para comer a la mesa redonda de un café a que estaba abonado”. En cartas a 

su amigo y confidente Tomás Guido le cuenta: “Vivo en una casita de campo tres 

cuadras de la ciudad con mi hermano Justo; ocupo mis mañanas en la cultura de 

un pequeño jardín y en mi taller de carpintería...”. 

Hasta Bruselas llegó a presentarle sus respetos y procurar su regreso al 

Perú, el coronel peruano Juan Manuel lturregui, quien dejó un informe de sus 

conversaciones que confirman los conceptos de la carta Lafond y las causas que 

le decidieron a salir del Perú, expresadas más íntimamente a su ayudante, amigo 

y confidente Tomás Guido. 

¿Y CÓMO ERA ÉL? 

Veamos algunas descripciones de quienes lo conocieron: 

W.G.D. Worthinqton, norteamericano, que conversó con él minutos antes de la 

batalla de Maipú: “hombre bien proporcionado, ni muy robusto ni tampoco delgado, 

más bien enjuto; su estatura es de casi seis pies, cutis muy amarillento, pelo negro 

y recio, ojos también negros, vivos, inquietos y penetrantes, nariz aquileña, el 

mentón y la boca, cuando sonríe, adquieren un expresión singularmente simpática. 

Tiene maneras distinguidas y cultas y la réplica tan viva como el pensamiento. Es 

valiente, desprendido en cuestiones de dinero, sobrio en el comer y beber. Es 

sencillo y enemigo de la ostentación en el vestir, decididamente retraído y no le 

tienta la pompa ni el fasto”. 

El capitán de navío Basilio Hall, que lo conoció al tomar posesión de Lima: “A 

primera vista había poco que llamara la atención, pero cuando se puso de pie y 

empezó a hablar, su superioridad fue evidente. Nos recibió muy sencillamente 

en cubierta, vestido con un sobretodo suelto y gran gorra de pieles... Es hombre 

hermoso, alto, erguido, bien proporcionado, con nariz aguileña, abundante 

cabello negro y espesas patillas oscuras que se extienden de oreja a oreja por 

debajo del mentón; su color era aceitunado oscuro y los ojos, que son grandes, 

prominentes y penetrantes, negros como azabache, siendo todo su aspecto 

completamente militar. Es sumamente cortés y sencillo, sin afectación en sus 

maneras, excesivamente cordial e insinuante y poseído evidentemente de 

gran bondad de carácter; en suma, nunca he visto persona cuyo trato seductor 

fuese más irresistible. En la conversación abordaba inmediatamente los tópicos 

sustanciales, desdeñando perder el tiempo en detalles; escuchaba atentamente y 

respondía con claridad y elegancia en el lenguaje, mostrando admirables recursos 

en la argumentación y facilísima abundancia de conocimientos... 

231


María Graham registró en su Diario sus impresiones al conocerlo en Valparaíso, 

recién llegado de su abdicación:...”Y junto con el anuncio entró Zenteno, 

acompañado de un hombre muy alto y de buena figura, sencillamente vestido de 

negro, a quien me presentó como el General San Martín... Los ojos de San Martín 

tienen una peculiaridad que había visto una sola vez, en una célebre dama. Son 

obscuros y bellos pero inquietos; nunca se fijan en un objeto más que un instante, 

pero en este momento expresan mil cosas. Su rostro es verdaderamente hermoso, 

animado, inteligente, pero no es franco. Su rápida manera de expresarse suele 

adolecer de oscuridad; sazona a veces su lenguaje con dichos maliciosos y 

refranes. Conversa con gran fluidez y discurre sobre cualquier materia... Sus 

modales son en verdad muy finos, y elegantes su persona y actitudes y no vacilo 

en creer lo que he oído acerca de que en un salón de baile pocos hay que le 

aventajen... Su bella figura, sus aires de superioridad y esa suavidad de modales 

a que debe principalmente la autoridad que durante tanto tiempo ha ejercido le 

procuran muy positivas ventajas... Comprende el inglés y habla mediocremente el 

francés y no conozco otra persona con quien pueda pasarse más agradablemente 

una media hora, pero su falta de sinceridad y de corazón que se revelan aún en un 

rato de charla cierran las puertas a toda intimidad y, mucho más, a la amistad...”. 

Otras opiniones menos amables registró la escritora, quizás veraces captando 

!as secuelas psicológicas de la reciente abdicación o quizás sesgadas por su 

devota adhesión a Cochrane, definitivamente enemistado con San Martín. 

SAN MARTÍN OTRA VEZ EN AMÉRICA 

En diciembre de 1827, elegido presidente de Argentina don Vicente López 

y Planes, San Martín le escribe ofreciendo sus servicios en la guerra contra el 

imperio de Brasil. El 21 de noviembre de 1828 se embarcó en el paquebote 

“The Countess of Chichester” con el nombre de José Matorras, llegando a 

Río de Janeiro en enero de 1829. De allí viajó al Río de la Plata, pero, al llegar 

encontró de nuevo a su patria revuelta. Don Vicente López había renunciado, 

Manuel Dorrego, elegido gobernador de Buenos Aires y firmada la paz con Brasil 

había sido fusilado por tropas de Lavalle... El 6 de febrero, estando en la rada 

de Buenos Aires, San Martín no quiso ya desembarcar para no tener que tomar 

partido en la guerra fratricida. Desembarcó en Montevideo y esperó la próxima 

salida del paquebote a Falmouth. 

GRAND BOURG Y EL MARQUÉS DE LAS MARISMAS DE GUADALVIQUIR 

El 14 de mayo de 1829 embarcó de vuelta a Inglaterra, siguiendo después a 

Bruselas para ocuparse de su hija. Su vida no era lo retraída que puede suponerse. 

No sólo era conocido en círculos políticos sino también sociales en la ciudad. En 

1830 se produjo la revolución belga para independizarse de Holanda. En Bruselas 

los patriotas belgas ofrecieron a San Martín el mando del ejército, pero éste se 

rehusó invocando las leyes de hospitalidad y su calidad de extranjero. 

Ese mismo 1830, la Revolución en Francia puso fin a la dinastía borbónica e 

instauró la república de Orleáns, permitiéndole trasladar su residencia a París, 

232


como lo deseaba desde un principio. Con su hija Mercedes vivía pobremente 

en esa época, con distanciadas remesas de sueldos atrasados desde América 

más los pesos que le quedaban de la venta de la casa donada por el Congreso 

argentino por la victoria de Maipú. Él y su hija fueron atacados por el cólera en 

1831. Entonces creyó que su destino sería ir a morir en un hospital. Por esa 

época se encontró con Alejandro María de Aguado, amigo y compañero de armas 

en el ejército español, convertido en Marqués de las Marismas de Guadalquivir, 

rico y poderoso banquero, quien vino en su auxilio y lo salvó de ir al hospital 

rescatándolo de sus penurias económicas. En diciembre de 1832 su hija casó 

con Mariano Balcarce, hijo del general Antonio Balcarce, amigo de San Martín, 

vencedor de Suipacha, guerrero en la Independencia de Chile. Bajos los auspicios 

de Aguado, el matrimonio se dirigió a Buenos Aires con un negocio. San Martín no 

quiso acompañarlos y quedó viviendo solo durante todo 1833. Entonces Aguado 

le habilitó para adquirir la pequeña residencia de campo en Grand Bourg, a orillas 

del Sena en abril de 1834. A la otra orilla, el Marqués tenía su Chateau du Petit 

Bourg, residencia de campo que hizo unir con la de San Martín por medio de un 

puente. En 1836 volvieron su hija y yerno a vivir con él en Grand Bourg, trayéndole 

una nieta. En el mismo año nació otra. En adelante su vida transcurrió apacible y 

sin preocupaciones de orden material, siguiendo los acontecimientos de América 

y su patria. El dictador Rozas de Argentina le dispensó grandes consideraciones 

y honores. Una ley del Congreso de Chile dispuso que se le considerara toda 

su vida como general activo en el ejército y se le abonara su sueldo íntegro aún 

cuando residiera fuera del territorio de la República. En 1842 falleció Aguado, 

nombrándole albacea de la sucesión y tutor de sus hijos, lo que vino a mejorar 

más aún su situación. Ya no podría decirse en adelante que vivía en pobreza 

vergonzante, olvidado de todos o víctima de indiferencia pública. 

BOULOGNE-SUR-MER: 

“LA TEMPESTAD QUE LLEVA LA NAVE AL PUERTO” 

En marzo de 1848 se mudó a Bologne-Sur-Mer, ciudad de 30.000 habitantes 

en la costa norte de Francia, a vivir como huésped en un piso arrendado de 

la casona de la Gran Rue número 105, entonces de propiedad de don Alfredo 

Gérard, abogado y director de la biblioteca del pueblo. Allí vivió sus últimos días 

rodeado de sus seres queridos. Impedido de escribir y leer por sus cataratas y con 

recaídas del cólera, sus familiares le leían y atendían el dictado de sus escritos. 

Además seguía conectado al mundo por amigos y admiradores que le visitaban 

queriendo ver en vida a esa leyenda, pero eran los últimos meses de su vida. El 

17 de agosto de 1850, a las 2 de la tarde, falleció. “Mariano, a mi cuarto”... fueron 

sus últimas palabras a su yerno, para evitar que su hija le viera morir. A ella, días 

antes, en su crisis de 13 de febrero le había adelantado el fin en un susurro: “C’est 

I’orage qui mène au port”, “Es la tempestad que lleva la nave hacia el puerto”. 

RESCATE DEL OLVIDO Y SU PRIMERA ESTATUA 

La primera obra seriamente escrita sobre San Martín es “El general Don José 

de San Martín”, de Benjamín Vicuña Mackenna, cuya primera edición apareció el 

233


5 de abril de 1860. Antes habían aparecido numerosos trabajos, entre ellos los del 

peruano García del Río, y de los argentinos Alberdi, lrigoyen y Sarmiento, pero se 

trataba de artículos encomiásticos, semblanzas y, en general, escritos literarios 

más que historiográficos. Vicuña Mackenna presenta su trabajo de manera 

científica, aplicando las reglas de la hermenéutica y acudiendo a abundante 

documentación probatoria, la más valiosa de ellas el propio archivo de San 

Martín, guardado por su yerno Mariano Balcarce, quien lo pone a su disposición 

sin reservas. Veinte años más tarde lo ofrecerá al más eminente historiador del 

General San Martín, General Bartolomé Mitre, quien dice: “El brillante historiador 

don Benjamín Vicuña Mackenna, puede decirse, es el primer revelador de la gloria 

de San Martín, aclamándolo ante América como El Gran Criollo, desenterrando 

los documentos que comprueban sus “títulos de inmortalidad”. 

En el prólogo del libro, Vicuña Mackenna explica que “estando este folleto 

destinado a ser distribuido al día de la inauguración de la estatua del héroe 

asumiremos un estilo simple y conciso” y reclama la indulgencia del lector “pues, 

para dar a luz este folleto, hemos tomado la pluma casi en la víspera de la fiesta 

nacional en que debe ser dado al público”. 

La fiesta racional mencionada es la inauguración en Santiago del primer 

monumento ecuestre que se fundó del Libertador de Chile. Copia de él se fundó 

después por encargo del general Mitre para ser instalado en Buenos Aires, con 

más prisa que acá pues fue inaugurada el 13 de julio de 1862. Ambos son obras 

del mismo escultor francés Daumas, pero se diferencian en que, en el de Chile, 

el Libertador tiene en su brazo derecho la oriflama de la libertad, tan pesada 

que se requirió alargar la cola del caballo para que, afirmado al piso por ella, se 

mantenga en pie en un país con tantos temblores. En Buenos Aires, en cambio, el 

brazo extendido de San Martín se equilibra perfectamente con la cola del caballo 

llameando al viento, en un cuadro de gran belleza. 

San Martín se había ganado temprano y para siempre la gratitud de los 

chilenos. De aquí partió el reconocimiento universal a su genio militar, a su obra 

libertadora, a la grandeza de su renuncia y a su condición de gran americano por 

sobre las nacionalidades que contribuyó a forjar. 

BIBLIOGRAFÍA CONSULTADA 

“Historia de San Martín y de la emancipación sudamericana”, Bartolomé Mitre, 

Ediciones Peuser, Argentina, 1952. 

“San Martín”, General Nicolás Accame, Documento para la Enciclopedia Militar 

Americana, Colección Conductores, Editorial Inter Americana, 1944. 

“El Libertador Cabalga”, Agustín Pérez Pardella, Editorial Planeta, abril de 

1997. 

“San Martín Vivo”, José Luis Busaniche, EMECE Editores, 1950. 

“El General Don José de San Martín”, Benjamín Vicuña Mackenna, 1863, 

reedición Editorial Fco. de Aguirre, 1971. 

234


“Carrera, O’Higgins y San Martín”, Ricardo Cox, Corporación de Estudios 

Contemporáneos, 1979. 

“Las ruinas del solar de San Martín”, Junta de Historia Numismática Americana, 

Buenos Aires, 1923. 

“San Martín y sus Enigmas”, José Miguel Irarrázabal, Edit. Nascimento. 1949. 

“Diario de mi residencia en Chile”, María Graham, 1824, Reedición Editorial 

Fco. de Aguirre, 1992. 

235


236


LA VERDAD SOBRE LA BATALLA DE CHACABUCO 

Luis Valencia Avaria 

I. INTRODUCCIÓN 

Sin duda Chacabuco es una Batalla trascendente, porque abre realmente 

las Campañas de la Independencia Americana; y no es cosa que lo digamos 

nosotros: en el campo de batalla de Ayacucho, hasta hace algunos años, existía 

un pequeño monumento elevado por los Rotarios en que señalaban cinco batallas 

claves de la Independencia Americana. La primera de éstas era Chacabuco. 

Sobre Chacabuco se ha escrito mucho, porque es uno de los episodios de la 

Independencia que ha suscitado más controversias y una mayor literatura. Muchos 

de sus actores dejaron escritos sus recuerdos, y así los oficiales argentinos que 

participaron, cada uno se autocalificó como que dio el paso a la victoria pese 

a que algunos escribieron a treinta años de distancia del acontecimiento y algo 

olvidaron; hubo quienes la trasladaron de sitio, hubo otro, que es el más conocido 

entre los escritores argentinos: el General Gerónimo Espejo, que entonces 

era un muchacho de quince o dieciséis años, Cadete que venia en uno de los 

Regimientos, estaba lejos del campo, porque a los Cadetes no se les Llevaba 

a la batalla, la presenció, como dice él mismo, desde la distancia; todos los 

documentos que guardó para escribir su Memoria se le extraviaron, de modo que 

lo que escribió fue exclusivamente en base a sus recuerdos, cuando ya tenía 

alrededor de setenta años, por lo que cometió muchos errores. Vio al General 

José de San Martín en la Batalla. Sí, San Martín estuvo en el campo de batalla, 

pero realmente ¿qué ocurrió? ¡Ya lo vamos a explicar! 

La Historia en general, la Historia clásica, la de Bartolomé Mitre, Diego Barros 

Arana y Benjamín Vicuña Mackenna conocieron de Chacabuco a través de las 

Memorias de estos oficiales y otros datos que pudieron acumular; pero todo ello 

quedó borrado casi de un plumazo cuando en 1930 Guillermo Feliú Cruz publicó 

en la Colección de Historiadores y de Documentos Relativos de la Independencia 

de Chile, el Proceso seguido en Lima a los Oficiales Realistas derrotados en 

Chacabuco, el cual era desconocido; ninguno de nuestros Historiadores clásicos 

lo había visto. Tiene el mérito este Proceso, que las dos principales que contiene 

son del General Rafael Maroto y del Coronel Antonio de Quintanilla, quienes 

tenían muy frescos los recuerdos de la Batalla, pues este Proceso se llevó en 

Lima al mes siguiente de ella. 

237


Todos los demás relatos son de actores por el lado Patriota, son de años 

posteriores, de suerte que sus recuerdos pueden fallar en muchos aspectos. Hay, 

sin embrago, un chileno que dejó unas Memorias a pedido de Diego Barros Arana 

y de Miguel Luis Amunátegui, fue el General José María de la Cruz, que era el 

ayudante que tuvo Bernardo O’Higgins en la Batalla, este hizo algunos recuerdos 

en una Carta que se publicó por diversos autores y que luego reeditó en una edición 

más cuidada Jaime Eyzaguirre. Lo notable que tiene la relación de Cruz es que 

Coincide punto por punto, paso por paso, con lo que refieren Maroto y Quintanilla 

en condiciones que Cruz no tuvo idea, no supo jamás que existió tal Proceso ni 

conoció naturalmente a Maroto; sin embargo, la coincidencia es absoluta; lo que 

va relatando Cruz y lo que va relatando, sobre todo Quintanilla, que es el más 

preciso de los memorialistas españoles, quienes van contando exactamente lo 

que ocurre con visiones distintas, si, porque no estaba en el campo mismo de la 

Batalla, Cruz servía al lado de O’Higgins y el otro Quintanílla, estaba en la meseta 

un poco elevada donde se instaló Maroto. Quintanilla tenía una visión perfecta 

de todo el campo de batalla, como quien dice, está en un balcón y relata todo 

lo que vio. Todos estos antecedentes no fueron conocidos por los Historiadores 

mencionados, y lo de Cruz, particularmente, no lo tomaron muy en serio por lo 

mismo que también lo escribió treinta años después; sin embargo, Cruz fue un 

hombre de extraordinaria memoria, lo que fácilmente puede reconocerse leyendo 

otros recuerdos suyos, referidos a otros acontecimientos, en que coincide con 

otros memorialistas muy perfectamente. 

Sólo otro Historiador, además de quien escribe este trabajo, utilizó el Proceso 

seguido en Lima a los Oficiales realistas y fue Francisco Antonio Encina; pero don 

Francisco Antonio no consideró a Cruz, lo ignoró y además cometió algo que es 

explicable. Él conoció el Proceso cuando se publicó en el año 30 y escribió su 

Historia bastantes años después. Estuvo en Chacabuco y estudió el campo de 

batalla en relación con la versión que hacen Quintanilla y Maroto, pero lo hizo 

en los años treinta, escribió lo que observó muchos años después y recorrió 

nuevamente el terreno antes de hacerlo. Esto lo confundió. Sobre esta base he 

establecido el estudio que entregó. 

II. LA BATALLA DE CHACABUCO 

El paso de la Cordillera fue una lucha personal entre Bernardo O’Higgins y 

Miguel Estanislao Soler. Hay bastante documentación que prueba que Soler trató 

en todo momento de aquél, pues venía con algún ánimo preconcebido en contra 

de O’Higgins 1 , produciéndole inconvenientes; pero al fin, cuando ya se supo que el 

primer contacto con los realistas, que fue del General Juan Gregorio de Las Heras 

en Guardia Vieja, un poco más arriba de Río Blanco con un destacamento realista 

y que luego las avanzadas de Soler, en un lugar llamado de Las Achupallas, se 

encontraron también con otra pequeña guarnición realista. Las Heras capturó dos 

Oficiales y más de sesenta soldados y Antonio Arcos, en Las Achupallas, puso 

en fuga a otro destacamento realista. Estas noticias conmovieron a O’Higgins 

tanto como a sus hombres y las comunicó a San Martín: “Han resonado las 

1 Se sabe que en Argentina se había ligado en estrecha amistad con José Miguel de Carrera, émulo de Bernardo 

O’Higgins. 

238


concavidades de estas cordilleras a los vivas. El gozo inspira nuevo aliento a mis 

tropas y espero vencer todas las dificultades... Todo se hace con el mayor gusto 

(aún) cuando fueran las comodidades mayores”. 

El panorama era espléndido. “Avistamos las preciosas campiñas de Chile, dice 

Casimiro AIbano, que no pudimos apreciar debidamente sino cuando volvimos a 

ellas. El enemigo tenía razón en disputarlas, pero nosotros éramos sus naturales 

dueños”. O’Higgins, animoso, comunicó a San Martín: “Voy a caminar llevando 

bastante tropa a pie, pero, a pesar de esto, haré todo lo posible para avanzar 

cuanto antes a Putaendo. El Presbítero Casimiro Albano queda en este punto 

para dar a V.E. una razón individual de los víveres que quedan a esta División 

para tres días”. Inició el descenso final por una topografía escarpada que hace 

ya cincuenta años modificó el Batallón de Zapadores Nº 2 del Ejército de Chile, 

reemplazando el pésimo sendero original por “una magnífica vía, pareja, limpia, 

uniforme en ancho y pendiente, sin peligros”. Pero los hombres de O’Higgins 

marcharon intrépidamente por el sendero de entonces; muchos a pie, y en la tarde 

del 6 llegaron a la guardia de Achupallas. Apremiado por Soler, que se disponía 

a entrar en San Felipe, aceleró al día siguiente su marcha y alcanzó hasta Los 

Potreros de Viña. Sólo había llegado a Putaendo y Mariano Necochea, con gran 

esfuerzo, logró montar en los mejores caballos un destacamento de poco más 

de cien hombres y avanzó a Las Coimas, donde derrotó a una fuerte división 

peninsular. 

Queda libre San Felipe al Ejército de los Andes; el día 8 dejó O’Higgins Los 

Potreros de Vicuña y entró a la capital de Aconcagua, detrás suyo lo hizo San 

Martín. Las Heras, por su parte, entró también ese día a Los Andes. Quedó 

así dominado el Valle de Aconcagua, y su población, entusiasmada, recibió, 

alborozada a los soldados, obsequiándolos con generosidad. 

La proeza del cruce de los Andes convenció a Europa y al mundo que la 

Revolución Americana no era obra de una montonera insurgente, pues Camilo 

Henríquez solía referir que en el Congreso Norteamericano un representante 

puso en duda la hazaña de San Martín: “¿Cómo ha de haber pasado los Andes 

cuando Potosí está ocupado por los realistas y se halla en el camino?” 

Santiago se conmovió. Cuenta en sus Recuerdos del Pasado Vicente Pérez 

Rosales que, un mes antes, en la casa llamada de los Carrera, Felipe Santiago del 

Solar –su padrastro– paseábase inquieto y preocupado por el salón, deteniéndose 

frecuentemente en las ventanas para mirar a la calle. Era la hora de la siesta y 

del silencio en la pueblerina capital; pero, anunciando a voces su mercadería, 

atravesó el patio un andrajoso vendedor de gallinas. Solar, al oírle “hizo a mi 

madre señas para que me entretuviese y, saliendo precipitado de la sala, ordenó 

a un sirviente cargase con las aves” y en seguida, tomando del brazo al vendedor, 

lo llevó hasta su pieza escritorio. El memorialista, entonces un niño, agrega que 

su madre se negó a satisfacer su curiosidad, pero años después le descubrió 

el misterio enseñándole “un pequeño cuadrito de papel” que conservaba dentro 

de las hojas de su libro de autógrafos. En él se leía: “15 de enero hermanos...”. 

Remito por Los Patos 4.000 pesos fuertes. Dentro de un mes estará con ustedes 

el hermano José”. 

239


La visita del extraño vendedor cambió la vida en la casona y también en la 

ciudad. Esa noche hubo visitas y conversaciones medrosas, pero vehementes, “vi 

más radiante de contento la fisonomía de mi padre”. Las calles de Santiago, pocos 

días después, observaron un movimiento inusitado de mensajeros a caballo que 

salían de Palacio o llegaban a él y se hablaba de Batallones que venían, que se 

volvían o fraccionaban en destacamentos destinados a puntos cordilleranos. Así: 

“Llegó el día 11 de febrero y con él tanto toque de cajas (tambores) y de cometas, tantas 

carreras de caballos por la ciudad, al propio tiempo que se veían salir apresuradas 

por la Cañadilla (hoy avenida Independencia) las pocas tropas que aún quedaban en 

Santiago, que este pueblo parecía campamento que, sorprendido, se levanta a rebato. 

Ansiedad, temor y esperanza había en los corazones y circulaban las versiones más 

contradictorias, sobre la fuerza de invasión. Después de las oraciones, cerradas o 

vigiladas las puertas de calle en previsión de desmanes, alternáronse largos momentos 

de silencio con el ruido de ocasionales patrullas al galope lanzadas contra insurgentes 

impacientes que gritaban ya: ¡Viva la Patria! Volvían, ella y la Libertad. O’Higgins, 

quien nunca entró a las batallas sin antes acercarse a su madre para imponerla de 

sus afanes, inquietudes y anhelos, le escribió desde San Felipe. Doña María Isabel, 

orgullosa de su hijo, enseñó la Carta a sus conocidos, como fue su costumbre. Uno 

de éstos, presumiblemente el Cura y Vicario de Mendoza, en el Diario en que registró 

los acontecimientos de esos días, apuntó: Con fecha del 9 es escrita la... de O’Higgins 

a su casa, que da noticias de Heras y en este día dice está reunido el Ejército en San 

Felipe..., y que en aquella hora, que eran las 7 de la mañana, empezaba a caminar 

sobre (Santiago de) Chile, y que según las noticias adquiridas alli y el desmayo del 

enemigo, serían muy en breve dueños de Chile, que los mismos vecinos del valle 

les han proporcionado auxilios que jamás esperaron, que es mucho el entusiasmo 

de aquellas gentes y mucho el número de vecinos y gauchos (por huasos) que se les 

presentan a ayudarlos” 2 . 

Cruzando el río Aconcagua, el valle se extendió risueño y amable a las tropas 

que, bordea el estero de Pocuro y después de recorrer 15 kilómetros hacia el Sur, 

levantaron su campamento frente a la boca de la quebrada por donde hoy baja 

el camino internacional (carretera 57) y era entonces también el terminal Norte 

de la llamada Cuesta Vieja. El Ejército vivaqueó aquí casi tres días, teniendo a 

sus espaldas un morrito que se alza solitario en ese rincón del valle y se conoce 

como el cerro de La Monja (857 m). Los caballos fueron echados a terrenos de 

propietarios muy modestos, pero el Gobierno que habría de entronizarse fue 

consecuente con ellos. “Aquellos pobres –informó después el Gobernador de Los 

Andes a San Martín– cuyas chácaras taló la caballada del Ejército cuando pasó en 

la Hacienda del Castillo, antes de surgir la Cuesta de Chacabuco, no han cesado 

de repetir contínuamente por su abono, habiendo entendido que así lo prometió 

V.E. cuando partió”. Llamáronse Juan Basaure, Eugenio y Estanislao Tapia, 

Nicolás Muñoz y Juan Carvacho, y todos fueron satisfechos con cien pesos 3 . 

La serranía que se alzaba delante del Ejército habría sido un punto estratégico 

bien elegido por el mando realista, si lo hubiera aprovechado. En los días de 

2 Senado de la Nación Argentina: Biblioteca de Mayo. Editorial Penser, Buenos Aires, 1960, Tomo XVI, Primera 

Serie, pág. 14320. 

3 Archivo Nacional de Chile: Archivo de don Bernardo O’Higgins. Editorial Universitaria, Santiago de Chile, 

1962, Primer Apéndice, pág. 225. 

240


Rancagua y cuando Buenos Aires consideraba el envío de auxilios militares a 

Chile, temiéndose entonces un desembarco de tropas virreinales en Valparaíso 

que pusieran cerco a la Capital, Marcos Balcarse informó a su Gobierno: 

“Tienen en la carrera de los Andes a Santiago el punto fuerte de la Cuesta de 

Chacabuco, que puede ser defendido con muy poca gente y, si la ocupan, ya dejan 

cortadas las comunicaciones con esto. No obstante, una división gruesa podría 

empeñarse en entrar a todo trance” 4 . 

San Martín no lo ignoró –Balcarse hallábase con él en Mendoza cuando remitió 

esta Nota– y operó con precauciones, Años después, respondiendo al cuestionario 

del General John Miller, explicó su retraso de esos días: “El 10 por la tarde (hice) 

un reconocimiento... sin poder formarme una idea exacta de las fuerzas enemigas 

en razón de la inmensa elevación que ocupaban”. Este promontorio al fondo de 

la larga y estrecha quebrada que cae al valle y que se abre camino por dentro de 

los cerros escarpados corresponde a la elevación máxima de la sierra y recibe 

el nombre de cerro La ñipa Grande (1.462 m). En su cumbre, que encimaba el 

Camino Real –entonces sólo una huella de troperos que buscaba su ascenso en 

zig-zag. y que las autoridades mantenían con arreglos superficiales–, dominaba 

el paso un pelotón realista. “El 9 por la mañana –informó QuintaniIla al Virrey al 

mes siguiente–, se destacaron una Compañía de Infantería y 25 Carabineros en 

la altura de la Cuesta... El día 10 se reforzó la avanzada con otra compañía más 

de infantería”. 

San Martín tomó de inmediato la ofensiva. “El Ejército –explicó a John 

Millerno tenía más que dos– piezas de a 2 (en realidad eran nueve las piezas)... 

La caballada estaba en malísimo estado... no creí oportuno atacar al enemigo 

hasta recibir la artillería los cañones “de batalla” que sólo –el 17 ó 18 llegaron a 

Juncalillo– y remontar la caballería”. Pero recibió avisos –entre otros el de justo 

Estay, el famoso baqueano chileno de su confianza– que la concentración realista 

sería más poderosa en la tarde del 12, porque a marcha forzada venían algunos 

batallones del Sur. “No dudé del partido que debía tomar atacando al enemigo 

antes que verificasen la reunión”... Afortunadamente, una hora antes de romper la 

marcha hacia el enemigo, llegaron 500 caballos de refresco. 

Ya en la tarde, había expedido la siguiente orden: “El Ejército se formará esta 

noche a las 12 y cuidarán los jefes de las respectivas divisiones de municionar 

su tropa con 60 cartuchos a bala por hombre, sin permitir que ninguno lleve 

sus mochilas... Ocurrirán los cuerpos por ración de aguardiente para distribuirlo 

aguado antes de marchar”. Esa misma noche se resolvió el “dispositivo de ataque” 

que, naturalmente, sólo se refiere al asalto de la posición que veían ocupada por 

los Realistas en el cerro de La Ñipa. El Ejército rompería la marcha a las 2 de la 

mañana, encabezado por Soler al mando de la Primera División con unos dos 

mil doscientos hombres –mil cien de Caballería, novecientos de Infantería y 7 

piezas con doscientos artilleros, aproximadamente– seguido por O’Higgins con la 

Segunda División al frente de mil ochocientos: trescientos veinte de Caballería, 

4 Ministerio de Relaciones Exteriores y Culto de Argentina: Diplomacia de la Revolución. Chile. Editorial Peuser, 

Buenos Aires, 1963, Tomo IV, pág. 321. 

241


sesenta de Artillería con, 2 piezas 5 y unos mil cuatrocientos infantes. Juntos 

entrarían por la quebrada hasta el punto que denominaron Manantiales y que 

corresponde a la otra quebrada, la de Los Indios, que penetrados unos kilómetros, 

se abre perpendicular a la derecha, En este lugar, donde caen algunos arroyuelos 

del cordón inmediato, mantenían de avanzada una Compañía de Cazadores y 

era el punto donde ambas Divisiones se separarían. 

La de Soler seguiría su marcha cargándose a la derecha, por senderos 

preferidos por algunos prácticos que ascendían bordeando los cerros, con un 

recorrido mayor pero menos abrupto, para asaltar la posición realista por su 

flanco izquierdo. La de O’Higgins, dividiendo su vanguardia en dos, avanzaría 

con una parte por el Camino Real y con otra por los faldeos de los Cerros de 

la izquierda. Al acercarse a su objetivo, las vanguardias de una y otra división 

se dispersarían en guerrillas que debían contactar a ambas. El “dispositivo”, que 

hemos reseñado en términos vulgares, concluía: “Las circunstancias y el terreno 

decidirán el resto”. 

Entretanto, en Santiago, Francisco Casimiro Marcó del Pont había entregado 

el Comando General al Brigadier Rafael Maroto, quien sólo pudo reunir un total 

de mil quinientos hombres con 2 cañones. Llegó éste a las casas de Chacabuco, 

donde hallábanse los derrotados de Las Coimas, a mediados del 11 al 12 de 

febrero. Al amanecer se dirigió a reconocer la posición de la avanzada en La Ñipa, 

acompañado de Ildefonso Elorreaga, Miguel Marquelli, Antonio de Quintanilla 

y Ángel Calvo. El Brigadier español desde la altura miró con su anteojo por el 

cañadón tratando de ubicar el campo Patriota, pero sólo pudo ver a dos hombres 

que jugaban con sus sables en la avanzada. Volviéndose donde el jefe de la 

suya, Capitán Juan Mijares, le instruyó que destacase centinelas adelantados. 

“Dile la más estrecha orden –agrega– para que a todo costo sostuviese aquel 

punto... y que sólo pudiese verificar su retirada al verse con el tercio de la gente”. 

Vuelto Maroto a las casas, donde llegó alrededor de las 9 de la mañana, remitió 

un propio a Marcó del Pont reclamándole la artillería y los refuerzos prometidos y 

luego recibió un parte de Mijares: “Tenemos al enemigo muy próximo en número 

de 500 a 600 hombres, caballería e infantería, que nos amenazan por dos puntos 

y dentro de pocos momentos romperemos el fuego”. Le contestó insistiendo en 

que mantuviese la posición y se puso en marcha de inmediato con sus fuerzas, 

adelantando a Quintanilla con la caballería a sostenerle, cuando a éste le faltaban 

“unas doce cuadras de la altura” descubrió que Mijares bajaba “sin disparar un 

tiro..., al mismo tiempo que el enemigo asomó en ella”. 

El Brigadier español, quien seguía el Camino Real (que en esa parte se 

ajusta al trazado de la Carretera actual que sube a la boca Sur del túnel, abierto 

precisamente en el cerro La Ñipa) alcanzaba ya el lugar donde iniciábase la 

Cuesta. Cuando conoció el aviso de la ocupación de la cima por los patriotas, dio 

orden ahora a Quintanilla de proteger la retirada de Mijares y se dispuso a resistir, 

retrocediendo a los faldeos del Cerro Quemado (874 mts.) que recién había dejado 

atrás pasando por su costado, para establecer su línea en la meseta de poca 

gradiente que hace su faldeo norte. Desde este lugar, donde se conserva todavía 

5 Estas piezas se desbarrancaron, quedando fuera de servicio. La División de O’Higgins entró en combate sin 

artillería (N. de la R.). 

242


la base de la pirámide que O’Higgins ordenara levantar y que no se construyó, 

Maroto tuvo una visión sin obstáculos, salvo por los matorrales diseminados en la 

extensión del pequeño valle en que formarían los Batallones que lo arrollarían. 

José María de la Cruz, quien dijimos sirvió como Ayudante de O’Higgins, 

refirió el asalto a La Ñipa con detalles que ilustran este preliminar de la Batalla. 

“San Martín, dice, después que Soler se separó para tomar su camino, detuvo la 

División de O’Higgins unas cuadras antes del punto en que iniciábase la Cuesta. 

Pasando un rato, que se empleó en el reconocimiento (apuntaba la aurora) 

dispuso O’Higgins que el Comandante Ambrosio Cramer con el Batallón Nº8 

amagase el frente, marchando por el faldeo opuesto de la quebrada por donde 

subía el Camino Real y, para reconocer en sus vueltas, destacó una guerrilla de 

Caballería, la que habiendo parado su marcha dos veces sin haber sido detenida 

por el enemigo, me ordenó tomase su mando y que subiese hasta donde se me 

disputase el paso. El enemigo, aunque había dispersado como cien tiradores sobre 

la colina por cuya falda escabrosa subía el 8 y como veinte y tantos por la subida 

del camino, emprendió su retirada sin disputar la subida. Cuando llegué a la cima, 

estas fuerzas que eran como 80 ó 100 hombres se retiraban por el camino, y con 

30 cazadores lo verificaban por la cuesta de la serranía, sin duda para proteger 

su flanco derecho e incomodar el nuestro, si lo seguíamos. Descendí a dar este 

parte a O’Higgins, y el General San Martín, que llegó en esos momentos, dio la 

orden que subiese el Batallón N°7 con un Escuadrón de Caballería y que siguiese 

la Artillería, y ambos Generales lo hicieron adelante. 

Cuando llegaron arriba, la División de la derecha (la de Soler traía un recorrido 

más largo) habría vencido a lo más la mitad del camino del todo y el enemigo aún 

no había acabado de bajar y se veía el resto de su Ejército avanzar por el llano 

inmediato a las casas. 

San Martín destacó una Compañía de Caballería para observar la retirada 

de la avanzada de Mijares y poco después díjole O’Higgins que sería mejor 

(le permitiese) que les siguiese con su División, picándole la retaguardia para 

entretenerlo. 

Bien, mi General, le contestó, pero de ningún modo comprometa la acción, 

pues la derecha (Soler) viene lejos. 

Al acabar de bajar O’Higgins, la Caballería suya empezaba un tiroteo con 

la retaguardia de Mijares (según, creyó Cruz) y como la Infantería (Patriota) se 

hallaba en el desfiladero (la quebrada de La Ñipa), para sacarla de él dispuso 

avanzar con prontitud. Como no se encontrase un terreno aparente para desplegar 

hubo de seguir la marcha hasta encontrarlo (salió por el portezuela de las Tórtolas 

Cuyanas) que fue ya bajo los fuegos de la Artillería enemiga. 

Delante suyo se extendía el pequeño valle que le separaba de Maroto, 

estrecho, de unos 1.200 metros de largo y unos 600 de ancho, contenido a la 

izquierda por dos eminencias, los cerros Los Halcones (1.029 mts.) y Guanaco 

(924 mts.) y a la derecha por el estero o riachuelo de Santa Margarita, hundido 

en una quebrada de taludes escarpados, que corre de Norte a Sur a unos cuatro 

metros de profundidad con respecto al vallecito y con un ancho de diez a doce 

metros. El pequeño valle es de lomas suaves con depresiones que, miradas desde 

243


el punto en que se hallaba, parecían nada profundas. Cerrándole a su frente en 

el faldeo del cerro Quemado, con su derecha en El Guanaco, que surge a su 

lado, y su izquierda inmediata sobre el Camino Real, junto al zanjón, pudo ver las 

posiciones realistas. No advirtió O’Higgins, porque la naturaleza del terreno y los 

matorrales le impedían ver, que delante de la meseta en que Maroto formaba su 

línea, lo que aparentaba ser planicie suave en ascenso hasta ella estaba cortada 

transversalmente por una barranca profunda que permite el paso a un arroyuelo 

que viene del Guanaco, que ya había detenido a los Granaderos. No parece, 

tampoco, que éstos se lo comunicaran. 

“El Regimiento de Talaveras, dice Quintanilla, en columnas cerrada, estaba a la 

derecha, apoyando este costado en una altura (El Guanaco), el de Chiloé en la misma 

formación más a la izquierda y a la retaguardia como cien Húsares. Los Carabineros 

en el centro cubrian el Camino Real con la formación de columnas por Compañías, 

que no daba más el terreno. La tropa de Valdivia con el Coronel Elorreaga pasó por 

la izquierda (salvando el zanjón de Santa Margarita) a posesionarse de una altura (el 

Chingue, 941 mts., y muy empinado); las dos piezas de artillería, avanzadas, cubrían 

perfectamente al enemigo”. 

En el momento en que O’Higgins entró al valle para desplegar su fuerza y 

esperar en buen pie a la División de Soler, los realistas ejecutaban una maniobra 

que él mismo recientemente había realizado. “Las Compañías de Cazadores, de 

Talaveras y Chiloé –dice Quintanilla– se avanzaron por el costado derecho en 

guerrilla, al mismo tiempo que una de Carabineros por el frente de éstos salió en 

tiradores”. Este movimiento podía preceder a un ataque, A este tiempo O’Higgins 

había formado ya su línea, “su infantería en columna cerrada, apunta Quintanilla, y 

la caballería en dos columnas” y como declararon luego los Granaderos a Caballo, 

ocupando ellos “el espacio entre el cerro de nuestra izquierda (Los Halcones) y 

el otro en que apoyaba su derecha el enemigo” (Guanaco). Para resguardarse 

realizó O’Higgins una maniobra usual que Cruz llama “destacó una cuarta” 6 , en 

lo que coincide con Quintanilla, quien confirma que los patriotas guardaron sus 

flancos “con igual número de tropa en guerrilla”. El Brigadier chileno ya no podía 

retroceder, porque habría quebrado su línea e introducido el desconcierto en sus 

filas. Pero tampoco podía sostenerse indefinidamente en esa posición. 

Soler no se presentaba. El recorrido que su División debió cumplir fue 

ciertamente más largo, pero más cómodo que el de O’Higgins. Obedecía a 

senderos abiertos en busca de alturas menores y repechadas menos violentas 

y corresponde aproximadamente a lo que hoy conocemos como la Cuesta Vieja, 

con curvas y vueltas más tolerantes y no tan agotadoras como las del Camino 

Real, éste siempre en ascensión brusca hacia cumbres más altas. Si hubiere 

marchado normalmente, debió presentarse con oportunidad al campo de batalla. 

Pero se detuvo. 

“En descanso estábamos –refiere Rudecindo Alvarado, Comandante del 

Batallón Nº 11 en su División– cuando oímos el fuego nutrido en la montaña a 

nuestra izquierda 7 . 

6 Cuarta: unidad antigua, correspondía a un cuarto de una Compañía. 

7 Senado de la Nación Argentina: Biblioteca de Mayo, cit., Tomo II, pág. 1947. 

244


O’Higgins no descansó, Soler lo hizo, no sólo cometió un error: faltó a su deber 

y puso en jaque la victoria, su actitud fue violentamente vituperada en Buenos 

Aires y lo enseña una Carta que O’Higgins recibió a los dos meses, de Jaime 

Zudáñez: “Me ha sido muy doloroso saber, de un modo indudable, que el Brigadier 

Soler se portó en la acción decisiva de Chacabuco con la más completa inequidad, 

quedando en inacción con la mayor parte de nuestras tropas, que estaban a su 

mando, en las circunstancias más apuradas, y que si contra órdenes no entra en 

acción el valiente Necochea, nos exponemos a un contratiempo funesto”. 

En el vallecito, destacadas las guerrillas, el fuego de fusilarla de éstas se 

hizo parejo de una y otra parte, aunque no dañaba 8 . Pero, bruscamente, según 

Quintanilla, sin orden de Maroto (el Brigadier español no la recuerda), “el batallón de 

Chiloé se precipitó desordenadamente, haciendo fuego en pelotones y ocupando 

la posición de nuestras guerrillas de infantería”. Los Granaderos concuerdan: 

“Los enemigos en columna mal formada o pelotones quisieron avanzar por 

nuestra izquierda”. Cruz, por su parte, refiere que esas tropas “pretendían tomar 

un terreno algo quebrado e incomodar a nuestra caballería, por lo que O’Higgins 

hizo salir otra guerrilla para que se interpusiese, produciéndose un tiroteo más 

decidido y próximo. “La enemiga fue reforzada inmediatamente –sigue Cruz– y en 

ese momento lo repetía Cramer: ‘General, carguémosle a la bayoneta’. ‘Y si no se 

hace me llevan los diablos’, le contestó. Antes se le había callado”. 

Fue el instante decisivo y los acontecimientos se precipitaron. La recomendación 

de San Martín ya no podía tener validez desde que no era O’Higgins quien movió 

al Chíloé. Trece años después, en una Carta a Juan Egaña que ha sido traída 

muchas veces al tapete de la crítica, se dice que el patriota chileno contestó 

un cargo que sus enemigos de entonces difundían empeñosamente: “Yo he 

sido acusado de temerario por haberme arrojado a atacar con 700 bayonetas 

más de tres tantos este número en los altos de Chacabuco, pero los que hacen 

esa acusación son incapaces de juzgar mis motivos y sentimientos en aquella 

ocasión. Ellos ignoraban el juramento que hice durante 36 horas de combate en 

Rancagua: ellos no sabían los clamores y ruegos que diariamente ofrecía a los 

cielos desde aquel día aciago hasta el 12 de febrero; ellos no eran sensibles a los 

abrasadores sentimientos que me consumían”. 

La frase, tocada de la moda épico-romántica de la época, nada dice. Es sólo el 

desahogo dificultoso de un mal estilista y no la réplica de un viejo militar y acusa, 

todavía, muy poca concentración volitiva para recordar en su integridad el hecho 

que comenta, pues confunde las cifras y el lugar. 

O’Hlggins, en verdad, no pretendió con ella levantar un cargo que se hacía a su 

conducta, que lo habría logrado con conceptos más precisos, sino sólo sacudiese 

de una cantinela más de las muchas que entonces utilizaban sus detractores y 

le tenían hastiado. Por lo demás, no escribía a un militar sino a un intelectual 

totalmente apartado de las prácticas castrenses, y por ello le habló en su idioma. 

No eran momentos para inundar la mente con sentimientos, sino para la acción. 

Con todo su ser puesto en el entrevero observó que los refuerzos realistas habían 

progresado unas dos cuadras y que su guerrilla perdía terreno, replegándose 

8 Los puntos de chispa de la época no eran eficaces a distancia mayores de doscientos metros. 

245


hacia la caballería. Fue la primera retirada patriota o contención de su ataque 

de que habla Maroto 9 . “La situación era embarazosa”, refirió después San Martín 

a Miller y le agregó que era imposible evitar el encuentro y que el “General 

O’Higgins manifestó una bravura que jamás ha desmentido” 10 O’Higgins –sigue 

Cruz– “me previno diese la orden al Batallón Nº 7 que reforzase con una mitad (a 

la guerrilla) y que tratasen de arrollar la contraria. Principió esto a suceder cuando 

volví a unirme al General. El enemigo, vista la decisión de este ataque, sacó 

como cien hombres de su cuadro, cuyos flancos se apoyaban en dos columnas 

y cuando sacaba tropas de una de éstas para cubrir el claro abierto en aquél, le 

dijo O’Higgins a Cramer “Ahora es tiempo. Si perdemos no encontrarán a quien 

juzgar. Cruz, a la caballería, que cargue inmediatamente por nuestra derecha”. 

Había entrevisto la coyuntura que le permitiría abrir un frente decisivo. Según 

Cruz, parte de la Caballería contraria hallábase más atrás que su Infantería. 

Era ésta un centenar de Húsares, según Quintanilla, pues sus Carabineros de 

Abascal –un Batallón más poderoso– formaba sobre el Camino Real a la derecha 

de O’Higgins. 

“Cramer sin perder tiempo, pasó a ponerse a la cabeza de la columna de su 

Batallón (el N° 8) y marchando de frente, seguido por el N° 7 hasta el pie de la 

lomita (hoy algo rebajada para asentar el monumento conmemorativo) en que 

había dejado al general, variando un tanto de dirección para trascenderla por su 

pie, hizo romper el toque de ataque con la música, mandando calar bayoneta. La 

caballería a ese tiempo recibía la orden de carga. Pero no lo hizo por la derecha 

patriota. Y es que no sólo O’Higgins comprendió que los movimientos que 

producía Maroto en su línea ofrecían la oportunidad deseada. San Martín también 

lo entendió. “El señor General en Jefe –dicen los Granaderos en su exposición– 

conoció la ocasión de acabarlos; vino precipitadamente y puesto a la cabeza 

de los Escuadrones (eran dos, el 2 y el 3) nos mandó cargar”. No encabezó la 

carga –el General en Jefe es un conductor superior y habría faltado a su deber 

si lo hubiese hecho– sino que, llegado a la carrera y deteniéndose delante de los 

escuadrones en formación los “mandó” a ese asalto. Pudo haber enviado a un 

Ayudante a comunicar la orden, pero prefirió hacerlo personalmente. 

Bartolomé Mitre no fue enteramente justo con el General de los Andes, o se 

confundió. El Historiador y Político argentino, recogió informes verbales o escritos 

de jefes tan inmediatos a estos sucesos como Juan Gregorio de Las Heras, 

Miguel Estanislao Soler, José Matias Zapiola, Martín Escalada, John O’Brien 

y una decena más y concluyó que San Martín no pudo entrar a la Batalla, ni 

siquiera al punto de partida de los asaltantes. “Ya no era San Martín el sableador 

de Arjonilla o de Bailén y San Lorenzo; ganaba las batallas en su almohada fijando 

de antemano el día y el sitio preciso, precisamente en ese mismo día estaba 

aquejado de un ataque reumático-nervioso que apenas le permitía mantenerse 

a caballo. Era su cabeza y no su cuerpo la que combatía”. O’Higgins lo confirma. 

9 Últimos días de la Reconquista española. Proceso seguido de orden del Virrey del Perú a los Jefes y Oficiales 

del Ejército Real derrotado en Chacabuco. En: Colección de Historiadores y de Documentos Relativos a la 

Independencia de Chile. Dirección General de Talleres Fiscales. Taller de Imprenta, Santiago, 1930, Tomo 

XXVIII, pág. 131. 

10 Senado de la Nación Argentina: Biblioteca de Mayo, cit., Tomo II, pág. 1916. 

246


En unos apuntes de John Thomas sobre la batalla, escritos sobre la base de la 

confidencia del proscrito en Lima, se lee: 

“No podemos omitir que por varios días antes, el General San Martín fue 

azotado por un mal cruel y que le debilitaba, a cuyos efectos una mente común 

habría sucumbido. Resistió virilmente mientras hubo una fuerza enemiga; pero, 

liquidada ésta, desapareció el estímulo que le sostenía y los sufrimientos físicos 

le dominaron por un largo período después de la batalla”. 

Ni Cruz ni O’Higgins le vieron, tampoco los memorialistas argentinos. Los 

acontecimientos de ese instante se sucedieron muy rápidos y todos estaban 

demasiado atentos a lo propio para reparar en la presencia de un Oficial más 

de los que se movían ante la Caballería formada. O’Higgins recordó después, 

únicamente, que el Coronel O’Brien, uno de los Ayudantes del General en jefe, 

se acercó cuando iba con la misión de buscar a Soler para que avanzara de 

inmediato al entrevero, frente a los Granaderos, y dio la orden de que cargaran 

la derecha de Maroto. Aunque confunde el lugar, José Melián recordó que “nos 

mandó ir con ímpetu a la carga”. No estaba a retaguardia, como creyó Mitre, en 

la “boca de la quebrada”, sino delante de la Caballería formada entre los cerros 

Los Halcones y Guanaco. A cinco meses de estos sucesos, la exposición de los 

Granaderos a caballo, que fue pública en Chile, no podía engañarse ni engañar. 

Todo fue simultáneo. La Infantería patriota entró al ataque, pero ni O’Higgins 

ni nadie advirtió la barranca que corta la planicie ascendente hacia el faldeo o 

meseta donde hallábase Maroto. “El enemigo, continúa Cruz, que no había visto 

el movimiento de nuestra infantería, sorprendido por este brusco ataque en el 

momento de estar llenando su cuadro, mandó desplegar sus columnas cuyo 

movimiento concluía cuando la (columna) de nuestra cabeza se hallaba como una 

cuadra principiando a pasar un zanjoncito de agua”. Hallábanse prácticamente 

debajo de la formación enemiga, a no más de cien metros y podían apreciarla 

encima como en un balcón, en lo alto de la meseta. “Nos hicieron una descarga 

cerrada que nos fue sumamente mortífera, desorganizándonos completamente el 

8º que se dispersó por derecha e izquierda de la barranca, rompiendo sus fuegos 

sobre la línea enemiga”. Se consideraba entonces que el ataque en columnas 

cerradas reforzaba el valor individual del soldado, como un efecto del contacto 

humano, además que impresionaba al enemigo, y como el fusil de la época no 

era de precisión –no servía para hacer punteria a 50 metros–, el resultado del 

disparo era muy relativo. 

Relacionando la versión de Cruz con las de Moroto y Quintanilla, esta 

desorganización de los patriotas fue la segunda que sufrieron en el curso de 

la Batalla, pero se rehicieron de inmediato. “Las dos piezas de artillería, dice 

Quintanilla, hicieron muy poco fuego, pero acertado, y lograron desordenar la 

infantería enemiga; pero con la mayor prontitud volvió a su formación en tres 

columnas”. 

Operaron varias circunstancias coincidentes que permitieron la Reacción y la 

Victoria. En el campo Realista, además que la descarga fusilera fue simultánea 

y, por lo tanto, dejó un margen de tiempo suficiente para que su asaltante se 

reorganizara (era largo el proceso de recarga de los fusiles de chispa), Maroto 

efectuó una maniobra conveniente, cuando la inició antes de producirse el asalto, 

247


pero que resultó errónea al momento en que se cumplió y cuyo efecto deja 

entrever la frase de Quintanilla sobre el “poco fuego” que hizo la Artillería. Sus 

cañones no dispararon ahora; sólo lo hizo la Infantería. En el Proceso instaurado 

al mes siguiente en Lima, Francisco Ruedas, “Comisario de Artillería Honorario 

de Guerra” del Ejército Real, denunció insistentemente “que la acción se perdió 

al momento en que dos cañones de Artillería que estaban al frente del enemigo 

dispusieron pasarse al costado izquierdo de nuestra tropa”. Maroto los movió al 

observar el avance de un cuerpo de Caballería que salvaba el zanjón de Santa 

Margarita. 

En la estrecha meseta en que se resolvía la victoria, los cientos de hombres 

entreverados, que pugnaban por desalojarse mutuamente, la convirtieron en un 

Infierno difícil de describir. 

Cruz dice que al desordenarse el 8º, el 7º entró a ocupar su lugar y que Cramer 

y O’Higgins, tomando su cabeza, lo condujeron en una carga a la bayoneta 

apoyados por los disparos que desde la barranca hacían los soldados dispersos 

del N° 8 y por las cargas simultáneas, por los flancos enemigos, de la Caballería, 

la línea realista comenzaba a desgranarse en sus extremos cuando los negros 

del N° 7 hallábanse “como a sesenta pasos” de sus adversarios. Sesenta pasos a 

la carrera son segundos en el tiempo y las largas cuchillas de las bayonetas de la 

época llegaron a las carnes de los aterrados chilotes. “O’Higgins y Cramer, insiste 

Cruz, aquél a caballo y éste a pie, fueron siempre las cabezas del ataque”. 

Cruz se remite a la tarea que cupo a la Infantería, porque marchó con ella. 

Quintanilla, con un campo de vista más amplio por su ubicación en la meseta, 

vio el conjunto. “La caballería enemiga, en dos columnas como 350 hombres 

cada una, pasaron, la una por el costado derecho (de los Talaveras), al parecer 

imposible por el declive del cerro (Guanaco), y la otra por el costado izquierdo, 

de los Carabineros. La primera recibió un fuego graneado a quemarropa, pero 

no detuvo la carrera; la segunda fue detenida por la Compañía de Lanceros de 

mi cuerpo que la atacó de frente, causando bastante daño al enemigo; pero su 

Infantería, que al momento marchó de frente sobre el Batallón de Chiloé, ya 

desordenado, puso a éste en fuga, del mismo modo al Talaveras, y últimamente, 

la caballería nuestra, pasó a retaguardia y se enredó con la enemiga”. 

El desmoronamiento del Chiloé, que abrió la victoria, fue obra de la Infantería 

de O’Higgins; la carga por el declive imposible, fue de los Granaderos que empeñó 

San Martín; la que enfrentó a las lanzas de los Carabineros fue la de Mariano 

Necochea, quien, viniendo de la División de Soler, salvó en ese momento el zanjón 

junto al Camino Real, no pudo ser otro. Quintanilla fue siempre preciso para fijar 

el número de hombres comprometidos en una acción y no eran setecientos los 

de los escuadrones que traía O’Higgins, sino trescientos veinte que fueron los 

que San Martín ordenó cargar. Necochea atacó al grueso de su Caballería como 

había dispuesto O’Higgins que lo hiciera la propia con Melián, y la que San Martín 

dio otro destino que pudo ser fatal para los patriotas. “El Comandante Necochea, 

dice Rudecindo Alvarado, que se desprendió de la altura y bajó por mi derecha a 

un terreno llano, la sableó sin piedad”. 

248


Otra parte de la División Soler, dos compañías de Caballería de cazadores que 

venían en guerrillas a su vanguardia, a las órdenes del Capitán Lucio Salvadores, 

se encargaron del Batallón Valdivia en el Cerro del Chingue; Elorreaga murió en 

la refriega. 

“Toda la División envuelta en la mayor confusión, concluye Quintanilla, no se 

veía otra cosa que porciones dispersas de nuestra tropa que corrían abandonando 

las armas, no bastando todos los esfuerzos a contenerlos para la reunión, de 

modo que del todo sólo se salvaron como 80 carabineros y 50 infantes que se 

hallaban a retaguardia, quedando los demás prisioneros o muertos”. Todavía 

hubo, empero, un, gesto supremo, el de un desesperado. ‘El Capitán Vicente 

San Bruno de Talaveras, refiere Cruz, que sin duda se ocupaba en contener los 

soldados, no consiguiéndolo, volvió de carrera sobre la línea abandonada, echó 

pie a tierra y prendió fuego a un cañón cuando nos encontrábamos, como a 30 

pasos, luego remontó y huyó por el Camino Real’. 

Ya no hubo más lucha, sino propiamente una masacre. “La caza de infantes 

realistas no concluyó hasta que todos fueron muertos o hechos prisioneros y 

hasta que resultaron inútiles los esfuerzos por alcanzar a su caballería, La escena 

abarcaba una extensión de casi cinco millas (hacia Santiago) y en todas partes se 

mostraba el puño brutal de la muerte, dado que quienes allí yacían habían sido 

heridos por la bayoneta o el sable. Un pequeño riachuelo, como a medía milla de 

las casas de Chacabuco, en el camino a Colina, estaba bloqueado de cadáveres 

en el punto en que cruzaba la carretera” 11 . Se estimó primero en 500 el número de 

bajas realistas, más muertos que heridos, luego se calculó que fueron 600. De sus 

oficiales murieron, entre otros, además de Idelfonso Elorreaga, los Comandantes 

Luis Arenas y Miguel Marqueli. Los prisioneros fueron 500. Las pérdidas patriotas 

resultaron casi mínimas: 24 muertos y 94 heridos. 

Cansado, pero feliz, rodeado por algunos Oficiales y por entre cuerpos de tropa 

que marchaban a concentrarse en la viña y casas de Chacabuco, O’Higgins se 

encontró con Soler. Venía éste al galope, en su alcance, “con su caballo echando 

espuma”, e insolentemente descubriendo todo ese “orgullo y fatuidad” de que 

le acusara Martín de Pueyrredón, “le increpó haber precipitado el ataque”. Dos 

horas la Batalla y muchas más de tensión constantes eran más que suficientes 

para el Prócer, por lo que se limitó a responder con frialdad que mejor buscase la 

ocasión de la pelea que no había conocido conduciendo a su tropa descansada 

por el camino que desde ahí mismo salía a Valparaíso, a interceptar la huida de 

quienes abandonarían ahora la Capital. Pero Soler tenía otros planes. 

No fue el único incidente que tuvo O’Higgins en el breve trayecto a las 

casas. Poco después le alcanzó también un huaso bien montado que habíase 

incorporado al Ejército en San Felipe y que traía “arrastrando de la barba” a un 

Oficial “rechoncho, bajo de cuerpo, ancho de espaldas, pescuezo corto, cara 

expresiva, barba y anchos bigotes castaños”. “General –le dijo entre alegre y 

triunfal el huaso– ¡es San Bruno!”. El odiado Talavera, sin demostrar temor, con 

entereza, avanzó delante de su captor y entregó su sable a O’Higgins. “¿Cómo 

es que se dejó apresar?”, le preguntó éste. “Por cumplir mi deber, señor General, 

11 Antonio de Quintanilla: Memorias. 

249


le contestó, he podido escapar mejor que los demás porque montaba un buen 

caballo, pero, no pudiendo contener mi tropa, volví a disparar el último tiro, y, 

creyendo reunir dentro de las casas algún número, sin lograrlo, me han tomado 

sin defensa”. 

Antes de dos meses, después de un Proceso sumario, fue ajusticiado. 

“Fue aquélla, dijo O’Higgins, una sentencia que firmé sin pesar”. 

Encontró a San Martín en las casas de Chacabuco y ambos se abrazaron 

emocionados. Unos días después el General argentino hubo de volverse a 

Buenos Aires y se despidió de sus hombres: “Individuos del Ejército de los Andes: 

Vuestro bien y el de la América me obligan a separarme de vosotros por muy 

pocos días... Entretanto queda con el mando en jefe del Ejército el Excmo. Señor 

Brigadier Don Bernardo O’Higgins, el mismo que os condujo a la Victoria”. Fue un 

hidalgo reconocimiento ante quienes habían sido testigos. 

Eran tiempos aquellos en que los dramas clásicos y el culto a la epopeya y a los 

hombres de la antigüedad helénico-romana arrebataban al público y Buenos Aires 

no encontró nada mejor que celebrar la victoria con una representación teatral 

de que nos dejó noticias El Censor, un periódico de gran difusión: “Nos parecía 

(tal era la semejanza de las circunstancias) –dice–, nos parecía que hubiesen 

retrogradado los siglos... El numeroso auditorio que en toda la representación 

conservó profundo silencio, derramó dulces lágrimas al oír decir a Arístides: 

“Voy a hacer a mi patria un sacrificio mayor que el de mi vida; yo renuncio por ella, 

la ambición, la gloria y la inmortalidad. Miltíades: yo te cedo el mando del ejército. 

Tú sabes ya como se triunfa de los persas. Llévanos al combate y que la victoria que 

sigue siempre tus pasos, coronen el fin de tu carrera. No te excuses, íoh, Miltíades! Sé 

tan generoso como yo”. 

250


VOCACIÓN AMERICANISTA DEL LIBERTADOR 

DON BERNARDO O’HIGGINS 

Julio Heise González 1 

Los historiadores discuten sobre cual fue el primer cerebro que concibió la 

idea de amalgamar en una sola entidad política a todas las nacientes repúblicas 

hispanoamericanas. Muchos creen que la paternidad de esta idea pertenece al 

gran venezolano Simón Bolívar. Las primeras palabras de este ilustre venezolano 

sobre la Confederación americana datan de su famosa carta de Jamaica, 

fechada en 1815. El mérito de Simón Bolívar reside en haber intentado llevar a 

la práctica este pensamiento con todos los medios a su alcance. Sabemos que 

lamentablemente fracasó en su intento. 

El pensamiento de organizar una Gran Confederación americana no fue 

original ni exclusiva del gran prócer venezolano. Hacia 1810 la idea flotaba en el 

ambiente de todos los países de la América española. Desde México a Chile, los 

patriotas acariciaron este ideal y soñaron con una patria grande y común, con una 

Patria Continental. San Martín y Rivadavia en Argentina, Artiga en Uruguay, José 

Cecilio del Valle en Centro América; todos formularon proyectos de Confederación 

americana, todos apuntaron en el mismo sentido, aunque con menos decisión y 

sin tanta audacia política; pero con una percepción tan clara y penetrante como la 

del propio Bolívar. Los hombres públicos e intelectuales de la época traían entre 

manos el mismo mensaje: constituir una gran Confederación americana. 

A Chile le correspondió un papel importantísimo en la formulación y maduración 

del ideal americanista. Junto con los primeros intentos de organizar un gobierno 

independiente, se dejaron sentir en 1810 los llamados de muchos patriotas 

chilenos en pro de la solidaridad y de la Confederación americana. Compartieron 

también estos anhelos americanistas: el Cabildo de Santiago, la Primera Junta 

Nacional de Gobierno y el Senado de 1818. 

En reunión del 12 de septiembre de 1810 –poco antes de constituirse la Primera 

Junta Nacional de Gobierno– el patriota don José Gregorio Argomedo presentó, 

en el Cabildo de Santiago, un plan general de acción para conciliar los puntos de 

vista discrepantes del Cabildo y de la Real Audiencia, en relación con el problema 

de la Junta de Regencia. En el punto V de este plan se establece: 

“Que, asimismo, se tratase de nombrar el diputado que, como representante 

del Reino de Chile, debía pasar a la celebración de las Cortes, para que éste, 

1 Profesor, abogado, historiador. 

251


si lo permiten las circunstancias de España, fuese a dicha península, o bien a 

aquel lugar de América que se designase como punto de reunión para tratar del 

gobierno de todas las Américas”. 

Con esta pieza documental se ha probado que fue Argomedo el primer 

americano que propició la celebración de un Congreso de todos los países que 

iban independizándose de la dominación española. 

Fuera de esta comprobación documental existe un testimonio irrefutable del 

propio Bolívar, recordado y estudiado por don Marcial Martínez en una biografía 

de Argomedo. 

En vísperas de la inauguración del Congreso de Panamá el año 1826, estando 

Bolívar reunido con los diputados de varias secciones de América, dijo al doctor 

Argomedo: “De usted fue la honra de haber indicado primero el pensamiento cuya 

realización va a ser mi mayor gloria”. 

Poco después de elegida la Primera Junta Nacional de Gobierno, el 18 de 

septiembre de 1810, don Juan Egaña redactó “La Declaración de los derechos 

del pueblo de Chile”, en la cual afirmaba: 

“Que es muy difícil que cada pueblo por si solo sostenga, aun a fuerza de 

peligros, una soberanía aislada; por lo tanto, deben unirse. 

Que el día que la América reunida en un Congreso ya sea de sus dos 

continentes, o ya del Sur, hable al resto de la tierra, su voz se hará respetable 

y sus resoluciones difícilmente se contradirán. Estamos unidos por vínculos de 

sangre, idioma, leyes, costumbres y religión; y sobre todo, tenemos una necesidad 

urgentísima de reunirnos para defendernos de España…”. 

Como se puede apreciar, don Juan Egaña expresa en forma clara y precisa 

la idea de la Confederación americana. Además, pasa revista a las razones que 

justifican dicha Confederación. 

“El pueblo de Chile –agrega Egaña– retiene en sí el derecho y ejercicio de 

todas sus relaciones exteriores hasta que, formándose un Congreso General de 

América o de la mayor parte de ella, o a lo menos de la América del Sur, se 

establezca el sistema general de unión y mutua seguridad, en cuyo caso transmite 

al Congreso todos los derechos que se reservan en este artículo”. 

“Chile forma una nación con los pueblos hispanos que se reúnan o declaren 

solemnemente querer reunirse al Congreso General constituido de un modo igual 

y libre. Inmediatamente dará parte el Gobierno de Chile a todos los gobiernos de 

América de las presentes declaraciones para que por medio de sus respectivos 

comisionados puedan acordar el lugar, forma, día y demás circunstancias 

preliminares a la reunión de un Congreso General”. 

Juan Egaña fue uno de los chilenos que desde 1810, en forma clara y firme, 

pensaron en la reunión de un Congreso General de la Nación Americana. 

Alrededor de 1810 la idea de una Confederación americana fue patrimonio 

de muchos chilenos. La primera Junta Nacional de Gobierno, inspirada en esta 

tendencia americanista, remitió a la Junta de Gobierno de Buenos Aires una 

comunicación, que en uno de sus párrafos dice: 

252


“... Esta Junta conoce que la base de nuestra seguridad exterior y aun interior 

consiste esencialmente en la unión de la América, y por lo mismo desea proponer 

a los demás gobiernos un plan o Congreso para establecer la defensa general de 

todos sus puntos”. 

En Chile se vivía en aquella época una clara conciencia americanista que 

invadía los espíritus de hombres e instituciones. Será el Padre de la Patria, el 

Libertador don Bernardo O’Higgins, quien dará a este ideal americanista su más 

pura expresión. 

Bernardo O’Higgins nació a la causa emancipadora con la inspiración 

mirandina; afianzó esta idea en el campamento de Plumerillo junto a José de San 

Martín. Desde ese momento pensó que la independencia de Chile representaba 

sólo el primer paso hacia la emancipación americana. Esta convicción se afirmó 

en su espíritu cada día con más fuerza no sólo por razones de estrategia militar, 

sino principalmente por el patriotismo americano, sentimiento generalizado en el 

mundo hispánico de aquella época. 

En los primeros cuatro decenios del siglo XIX el patriotismo nacional –tal como 

lo sentimos en nuestros días– no se manifestaba con fuerza y vigor. Un mexicano, 

un guatemalteco, un venezolano, un peruano o un criollo de cualquiera otra 

provincia del Imperio colonial no se sentía ni se consideraba extranjero en Chile, 

tal como ocurría con el chileno en todos los dominios españoles de ultramar. Las 

distintas provincias habían pertenecido durante mucho tiempo a la misma heredad. 

Con orgullo, los criollos se consideraban, ante todo, españoles americanos. Esta 

común denominación tuvo más importancia que la de su respectiva provincia, 

capitanía general o virreinato. 

En los países recién emancipados los textos constitucionales reconocían la 

calidad de nacional a todo hispanoamericano. El proyecto de Carta Fundamental 

redactado por Juan Egaña el año 1811 en uno de sus artículos disponía: 

“Todo individuo natural de cualquiera de los dominios de la monarquía española 

debe reputarse chileno, y es apto para todos los ministerios del Estado que no 

exijan otros requisitos”. 

Los americanos españoles se sentían hermanos. En Londres, Francisco de 

Miranda decía al joven O’Higgins: 

“...Entonces juré dedicar toda mi vida hasta la última gota de sangre para 

obtener la liberación de mi patria que no es sólo Venezuela, sino toda la América 

del Sur…”, y San Martín en carta a Joaquín Echeverría, Ministro de Gobierno y 

Relaciones Exteriores de Chile, expresaba: “Mi Patria es toda la América y mi 

interés es igual por las Provincias Unidas y por Chile”. 

México y Colombia estuvieron en serio peligro de ser reconquistados por 

España. Mientras O’Higgins realizaba los preparativos para la Expedición Chilena 

Libertadora del Perú, los generales Callejas en México y Morillo en Nueva Granada 

y Venezuela, lograban resonantes victorias sobre los criollos. El patriotismo 

americano –que consideraba la emancipación como una tarea común–hizo surgir 

la idea de auxiliar a los mexicanos, venezolanos y neogranadinos. Los países 

vecinos organizaron desde Jamaica expediciones militares cuyo financiamiento fue 

253


avalado por Chile y Buenos Aires. El 9 de diciembre de 1818, O’Higgins solicitó al 

Senado la autorización constitucional que permitiera otorgar la fianza del Gobierno 

de Chile para el financiamiento de la ayuda a estos tres países hermanos. Los 

senadores chilenos se apresuraron a dar su aprobación al Mensaje O’Higgins, 

porque era un deber de todos los Estados americanos auxiliarse mutuamente en 

cuanto sea conducente a sacudir el yugo de nuestros opresores. 

Afianzada la libertad de Chile después de Chacabuco y Maipo, O’Higgins 

comprendió que nuestra emancipación y la del resto de América no quedarían 

sólidamente aseguradas mientras no se destruyera el último baluarte español: 

el virreinato del Perú. Su ideal americanista reafirmó esta convicción. 

Consecuencias de esta postura del Director Supremo don Bernardo O’Higgins 

fueron la organización de la Primera Escuadra Nacional, la formación del Ejército 

Libertador del Perú y el proyecto de una “Confederación Andina”. 

A) LA PRIMERA ESCUADRA NACIONAL 

La vocación americanista del Libertador lo condujo a plantear como tarea 

inmediata y urgente la formación de una escuadra para seguridad del territorio 

recién independizado y “para marchar a Lima por el mar”. Para O’Higgins, Chile 

era “la ciudadela de América”. 

De los estadistas de la emancipación, el Director Supremo de Chile fue el 

primero que comprendió la necesidad de crear un poder naval, absolutamente 

indispensable para asegurar la independencia de la América española. Los 

soldados y los armamentos de la Madre Patria llegaban por mar. Hasta ese 

momento los generales de la independencia se habían limitado a expulsar a los 

españoles del Continente sin tomar conciencia de la importancia de una fuerza 

naval para proteger y conservar las conquistas territoriales. Ni Bolívar ni Santander, 

ni los próceres argentinos –con la sola excepción de San Martín– captaron este 

problema con la claridad que lo hizo el Libertador O’Higgins. Después de vencer 

en Chacabuco exclamó: “Este triunfo y cien más se harán insignificantes si no 

dominamos el mar”. 

La formación de la Primera Escuadra Nacional revela, como ninguna otra 

obra, los nobles sentimientos americanistas y el genio político de O’Higgins. Su 

idealismo lo llevó a formular el proyecto de utilizar la Escuadra Nacional para 

llevar la independencia a toda la América hispana y para llevarla también a las 

islas Filipinas. 

A fin de adquirir y equipar barcos de guerra, envió a Manuel H. Aguirre a los 

Estados Unidos y a Álvarez Condarco a Londres. En esta oportunidad se contrató 

a Lord Cochrane. 

B) EL EJÉRCITO LIBERTADOR DEL PERú 

Sobre esta materia –como en muchos aspectos de la vida pública del Libertador 

don Bernardo O’Higgins– se han hecho afirmaciones absolutamente reñidas con 

la realidad histórica. A pesar de las admirables y muy documentadas páginas que 

escribió Barros Arana, a pesar del excelente estudio que Gonzalo Bulnes dedicó 

a la Expedición Chilena Libertadora del Perú y José M. Irarrázaval a San Martín, 

254


circulan todavía versiones distorsionadas, verdaderas leyendas que procuran 

dejar en el olvido la participación decisiva del Director Supremo don Bernardo 

O’Higgins y del pueblo chileno en esta grandiosa empresa americanista. Por esta 

razón nos parece conveniente puntualizar, una vez más, cuanto dice relación con 

este problema. Es necesario empezar por distinguir muy claramente los cuatro 

cuerpos armados que se organizaron en aquellos años: Ejército de los Andes, 

Ejército Chileno, Ejército Unido de los Andes y de Chile y Ejército Libertador del 

Perú. 

“O’Higgins contempla la salida de la Escuadra libertadora del Perú”. 

(M. Sepúlveda Riveros. Escuela de Abastecimientos de la Armada). 

EL EJÉRCITO DE LOS ANDES 

Al iniciarse la organización del Ejército de los Andes, Mendoza mantenía 

una dotación de poco más de 900 hombres, entre soldados y milicianos. Dos 

jefes chilenos –O’Higgins y Zenteno– colaboraron activa y eficazmente en la 

organización de las fuerzas destinadas a reconquistar Chile. A ellas se incorporaron 

los oficiales y tropas que, dirigidos por José Miguel Carrera, emigraron a Mendoza 

después del desastre de Rancagua. También se incorporaron al Ejército de 

los Andes algunos oficiales que habían servido a las órdenes de don Bernardo 

O’Higgins, como asimismo civiles que debieron huir a Mendoza. 

A fines de 1816 –terminados los preparativos– el Ejército de los Andes contó 

con cerca de 3.500 hombres. De éstos, aproximadamente un tercio estuvo 

integrado por tropas y oficiales chilenos. 

Este Ejército recibió un importante contingente chileno. A medida que 

avanzaban las distintas columnas y particularmente al llegar a sus respectivos 

destinos, muchos chilenos acudieron a incorporarse al Ejército que venía de 

Mendoza. La columna de Ramón Freire, por ejemplo, qua se formó inicialmente 

con 100 argentinos y 100 emigrantes chilenos, partió el 14 de enero de 1817 

desde Mendoza y en la cumbre, al enfrentar el paso del Planchón, se agregaron 

a ella 200 chilenos al mando del comandante de caballería Pedro Barnaechea, 

que poco antes había asaltado y ocupado la ciudad de San Fernando. Cuatro 

días después, frente a Curicó y a Talca nuevos núcleos de guerrilleros chilenos 

engrosaron las filas de esta columna. De suerte que antes de llegar Freire a 

Concepción contaba con más de 600 chilenos y sólo 100 argentinos. 

Para completar la fisonomía del Ejército de los Andes debemos agregar que 

las bajas producidas por las numerosas deserciones de soldados argentinos que 

volvían a sus tierras de Cuyo, eran reemplazadas por combatientes chilenos. 

Hemos creído necesario extendernos en estas consideraciones a fin de destruir 

la leyenda muy generalizada en orden a que el Ejército de los Andes constituyó 

una fuerza militar exclusivamente argentina. Ello no significa, en manera alguna, 

disminuir o desconocer el valioso aporte que representaron el talento organizador 

de San Martín o el financiamiento que el gobierno argentino dio a esas fuerzas. 

Por lo demás, el error de afirmar que el Ejército de los Andes lo formaban 

exclusivamente soldados argentinos es una de las tantas manifestaciones del 

255


patriotismo americano. En aquellos años nadie tenía interés en determinar el 

número exacto de chilenos y argentinos que integraban cada uno de los cuerpos 

armados. Aún no tenía vigencia plena el patriotismo nacional. Desde México hasta 

Chile todos se sentían hermanos y todos tuvieron conciencia de estar enfrentando 

una tarea común. Las nacionalidades y las fronteras no tuvieron en aquellos años 

la connotación que hoy les damos. 

EL EJÉRCITO CHILENO 

Designado O’Higgins Director Supremo –en febrero de 1817–, su, primera 

preocupación fue crear una fuerza armada exclusivamente nacional. Así nació 

el Ejército de Chile. A fines de febrero de 1817, el Jefe del Estado había logrado 

organizar un cuerpo de infantería dirigido por el coronel Juan de Dios Vial; un 

regimiento de artillería a cargo del coronel Joaquín Prieto y los renombrados 

“Cazadores a Caballo”, regimiento de caballería organizado por el comandante 

Santiago Bueras. 

El fundador de nuestra nacionalidad completó esta labor con la creación de 

un instituto militar para formar profesionalmente a los oficiales. Así nació nuestra 

Escuela Militar el 16 de mayo de 1817. 

A comienzos del año 1818 nuestras fuerzas armadas llegaron a contar con 

4.765 plazas. En esta laboriosa tarea el Libertador O’Higgins debió sobreponerse 

a los recelos, desconfianzas y franca oposición de los jefes militares argentinos del 

Ejército de los Andes. También San Martín y la Logia Lautarina fueron contrarios 

a la organización de un Ejército exclusivamente chileno. Con extraordinario tino y 

con firme resolución, O’Higgins llevó adelante su proyecto y terminó creando las 

Fuerzas Armadas de Chile. 

EJÉRCITO UNIDO DE LOS ANDES Y DE CHILE 

Este se enfrentó a Osorio en Maipo. El número de soldados que actuó en esta 

oportunidad se distribuía con la siguiente proporción: 

4.500 hombres del Ejército de Chile; 

3.000 del Ejército de los Andes, de los cuales, como queda dicho, 1.000 eran 

soldados chilenos que vinieron desde Mendoza o que se incorporaron al Ejército 

de los Andes a fin de reemplazar las bajas producidas por deserción o por muerte. 

Las fuerzas del “Ejército Unido de Los Andes y de Chile” sumaban un total de 

7.447 plazas, de las cuales 5.447 eran soldados chilenos. 

EL EJÉRCITO LIBERTADOR DEL PERÚ 

En la historia el hombre gusta recordar y destacar el momento culminante, “el 

minuto de gloria”, el resultado exitoso de una empresa. Los chilenos recuerdan 

a O’Higgins en Valparaíso, el 20 de agosto de 1820, despidiendo a la Escuadra 

y al Ejército Libertador del Perú. Pocos se detienen a considerar las angustias y 

los sacrificios cotidianos, las incomprensiones y los egoísmos, la lucha silenciosa 

256


que debió librar el Libertador don Bernardo O’Higgins para llegar a ese momento, 

para lograr ese resultado. 

En marzo de 1.819 no existía en arcas fiscales disponibilidad alguna. Los 

$50.000 a que ascendían los sueldos del Ejército correspondientes a ese mes, lo 

mismo que las sumas que se adeudaban a la escuadra, no había cómo pagarlos. 

La insolvencia del Fisco comprometía seriamente la tranquilidad pública. El peligro 

de una sublevación o de una deserción general amenazaba al país. Una oposición 

apasionada y poderosa acechaba el momento para derrocar al gobierno. 

En esos mismos días Pueyrredón notificaba a O’Higgins que al Gobierno 

argentino le era imposible reunir los $500.000 con que se había comprometido 

a colaborar en la organización y financiamiento de la Expedición Libertadora del 

Perú de acuerdo con el tratado Tagle-Irisarri. Además, se ordenaba a San Martín y 

demás jefes, oficiales y tropa argentina del Ejército de los Andes abandonar Chile 

y regresar a Buenos Aires para hacer frente a una invasión de fuerzas españolas. 

Pero la notificación iba más lejos: se pedía auxilio de tropas chilenas para repeler 

la proyectada invasión española a Buenos Aires. 

Desde ese momento la responsabilidad de la organización y financiamiento de 

la Expedición Chilena Libertadora del Perú recayó exclusivamente en O’Higgins 

y en el pueblo chileno. Por su parte, San Martín en forma enérgica, aunque sin 

resultado alguno, representó reiteradamente al gobierno de Buenos Aires el 

cumplimiento del tratado “Tagle-Irisarri”. 

En estas circunstancias O’Higgins, como Director Supremo, debió dirigir 

un apremiante llamado al Presidente del Senado de la República. “En la crisis 

que nos hallamos –dice el Prócer– V. E. no debe ocuparse en otra cosa que la 

Expedición al Perú, que yo miro como el eje sobre el que rueda la libertad de toda 

América del Sur”. 

El Senado chileno comprendió la patriótica preocupación del Jefe del Estado 

y aprobó diversas medidas para reunir recursos. El patriotismo de los poderes 

públicos contagió al grueso de la clase dirigente. En Cabildo Abierto se acordó 

colaborar en los preparativos de la Expedición Chilena Libertadora del Perú con 

los siguientes recursos: 

a) Los empleados públicos, civiles y militares entregaron una tercera parte de 

su sueldo. 

b) El resto de la ciudadanía se comprometió a reunir $ 300.000 por medio de 

una contribución mensual. 

c) $ 200.000 se reunieron en dinero efectivo de una sola vez, y 

d) Se entregarían gratuitamente los víveres necesarios para el Ejército. 

En esta forma fue posible al Libertador O’Higgins organizar la Primera Escuadra 

Nacional que contó con 7 buques de guerra y 7 transportes y equipar el Ejército 

Libertador del Perú con 4.600 hombres, “el mejor disciplinado y el más bien 

provisto que hasta entonces hubiera defendido la causa de la libertad americana”, 

según expresara Lord Cochrane. Estuvo equipado con tres vestuarios $100.000 

de Caja militar, pertrechos y demás útiles para cinco años y víveres para 6 meses. 

257


Lord Cochrane, en carta a O’Higgins, dice: “La Europa contemplará atónita 

los esfuerzos de Chile y las presentes y futuras generaciones harán justicia 

al nombre y a los méritos de V. E. Chile ha hecho lo que pueblo alguno de los 

revolucionarios”. 

Efectivamente, todos los recursos espirituales y materiales del país se 

pusieron al servicio de esta grandiosa empresa americanista. O’Higgins entregó 

a Cochrane un hermoso manifiesto o “Proclama a los peruanos”. De elevado 

contenido espiritual, muestra al fundador de nuestra nacionalidad dominado por 

el más puro ideal americanista. 

Apenas proclamada la independencia del Perú, observamos en San Martín 

y en sus más próximos colaboradores un claro propósito de silenciar el nombre 

de Chile y el de O’Higgins como únicos organizadores de la Expedición Chilena 

Libertadora del Perú. Igual postura adoptó el Gobierno argentino, como lo atestigua 

la correspondencia de Miguel Zañartu –representante de Chile en Buenos Aires– 

dirigida al Director Supremo y al Ministro de Estado en el Departamento de 

Gobierno y Relaciones Exteriores. 

Argentina no contribuyó con dinero alguno a la Expedición Chilena Libertadora 

del Perú. Esta fue obra exclusiva de los chilenos. San Martín y un grupo de oficiales 

argentinos ingresaron al servicio de Chile, contrariando órdenes terminantes del 

gobierno de Buenos Aires. Ellos fueron contratados por el Libertador O’Higgins 

en la misma forma como lo había hecho con distinguidos marinos ingleses y 

oficiales franceses. Pero hay algo más. Los documentos nos revelan que una 

vez despachada la Expedición Chilena Libertadora del Perú, el gobierno de don 

Bernardo O’Higgins debió continuar proveyendo de armas y víveres a los países 

hermanos de América. Al día siguiente de zarpar ésta, salieron de nuestros puertos 

4 fragatas cargadas de armamento y víveres para socorrer a Nueva Granada y 

Venezuela. 

En esta misma época el Libertador O’Higgins debió preocuparse también de 

ayudar a los argentinos en la solución de sus problemas internos. Por carta de 

fecha 23 de marzo de 1821 el Director supremo de Chile informa a San Martín 

haber ayudado a las autoridades de Cuyo con fusiles, carabinas y una división 

de granaderos bien equipados con dos piezas de artillería, al mando del teniente 

coronel Astorga. 

La distorsión de estos hechos y, sobre todo, el silencio en torno a su 

trascendental labor americanista ha seguido al Libertador O’Higgins hasta 

nuestros días. Basta con hojear cualquiera historia de Argentina para comprobar 

este aserto. O’Higgins y el almirante Cochrane sintieron la injusticia de este 

olvido deliberado. El almirante terminó por no obedecer las instrucciones de San 

Martín. 

Frente a esta notoria injusticia, estimamos necesario subrayar una vez más las 

circunstancias históricas que asignan al Director Supremo don Bernardo O’Higgins 

y al pueblo chileno, la gloria de haber organizado y financiado la Expedición 

Chilena Libertadora del Perú. La colaboración argentina no pudo materializarse 

por los siguientes motivos: 

258

1° LA ANARQUÍA ARGENTINA 


Perturbaciones políticas producidas en Buenos Aires, Corrientes, Entre Ríos, 

Santa Fe, San Juan, Mendoza y San Luis hicieron fracasar la colaboración 

argentina pactada en el tratado Irisarri-Tagle. 

En el primer semestre del año 1819, Buenos Aires contó con 13 gobiernos 

distintos. Pueyrredón fue derrocado por el brigadier Rondeaux en julio de ese 

año. Este debió entregar el mando a Manuel Sarratea, quien a poco de asaltar 

el poder, es derrocado por el general Balcarse. Este, a su vez, fue removido 

por Sarratea, quien organizó una junta gubernativa en compañía de Alvear y el 

chileno José Miguel Carrera. El general Bustos, segundo jefe del Ejército del 

Perú, aprovechando el descontento de las tropas argentinas, las sublevó y se 

apoderó de Córdoba. 

Correa, otro caudillo militar, se levanta y usurpa el gobierno de San Juan; el 

coronel Correa se apodera violentamente de Entre Ríos; en Mendoza, el pueblo 

depone al gobernador y también San Luis se ve convulsionado por violenta 

revuelta. (V. José M. Irarrázaval: “San Martín y sus enigmas” T. I. pp. 312 y ss.). 

El Supremo Director de las Provincias Unidas del Río de la Plata, Pueyrredón, 

en oficio del 1º de marzo de 1819, había notificado al Gobierno de Chile 

expresamente que “después del más serio examen y detenido acuerdo, hemos 

resuelto que el Ejército de los Andes se ponga inmediatamente en marcha a 

Buenos Aires, dejando de mano el proyecto y la ayuda argentina en la organización 

y financiamiento de la Expedición Chilena Libertadora del Perú”. 

Ricardo Levene, distinguido historiador argentino, escribe sobre esta materia: 

“A fines de 1819 el estado político interior de las Provincias Unidas era de 

anarquía y disolución. El nuevo Director Supremo Rondeaux ordena, como lo 

había hecho Pueyrredón, que todas las fuerzas argentinas que estaban en Chile 

se concentraran en Buenos Aires para defender la ciudad”. 

La anarquía hizo, pues, imposible la colaboración argentina. San Martín 

renunció ante el Gobierno de Buenos Aires el cargo de General en Jefe del 

Ejército de los Andes. 

2° EL ACTA DE RANCAGUA Y LA RENUNCIA DE SAN MARTÍN, A CARGO DEL 

GENERAL EN JEFE DE LOS ANDES 

El Gobierno argentino se opuso resueltamente a colaborar en la Expedición 

Chilena Libertadora del Perú. Además, San Martín no contaba con la confianza 

del Gobierno de Buenos Aires. Ante esta situación resolvió desobedecer la orden 

de las autoridades argentinas, desligarse totalmente de ellas y colocarse al 

servicio de Chile. En esta decisión arrastró a gran número de oficiales. El acuerdo 

se concretó en el “Acta de Rancagua”. El 2 de abril de 1819 se reunieron en 

esta ciudad los oficiales argentinos. El general José Gregorio de Las Heras dio a 

conocer a sus compañeros de armas la renuncia redactada por San Martín. Por 

unanimidad, los oficiales rechazaron esta renuncia y declararon en un Acta que 

seguirían reconociendo como jefe al general San Martín. 

259


3° SAN MARTÍN Y LOS OFICIALES ARGENTINOS CONTRATADOS AL SERVICIO DE 

CHILE 

O’Higgins en conocimiento del “Acta de Rancagua”, se apresuró a contratar a 

todos los oficiales y clases del Ejército de los Andes de nacionalidad argentina. 

Estos fueron incorporados a las Fuerzas Armadas de Chile con el mismo rango 

y grado que le reconocían las provincias Unidas del Río de la Plata. Desde ese 

momento –de hecho y legalmente– desaparece el Ejército de los Andes. Sólo 

quedaba en pie el Ejército de Chile, en el cual figuraba un grupo de argentinos 

contratados por O’Higgins; entre ellos, uno ilustre –José de San Martín–, a quien 

el Director Supremo entregó la dirección superior de la Expedición Chilena 

Libertadora del Perú. 

4° EL PROPIO GENERAL SAN MARTÍN RECONOCIÓ REITERADA Y PúBLICAMENTE 

ESTAR AL SERVICIO DEL GOBIERNO CHILENO 

Por oficio del 20 de agosto de 1820 recibió el general argentino sus despachos 

de Capitán General de los Ejércitos de Chile. Con fecha 5 de septiembre agradece 

esta designación en los siguientes términos: 

“Excelentísimo señor: 

La honorable nota de V.E. de 20 de agosto último, con que se dignó 

acompañarme el despacho de Capitán General de los Ejércitos de la República 

Chilena, me colma de honras tan superiores a mis méritos que, aunque conozco 

bien que la amistad de V.E., muy generosa para mí, las ha dictado, ellas me 

imponen la obligación que acepto muy gustoso de procurar merecerlas con 

dignidad. Mi gratitud afectuosa a V.E. y al pueblo generoso que preside como su 

Primer Magistrado, dará a mi alma un vigor nuevo por el estímulo de su estimación, 

en la empresa grandiosa a que me destina, sin desconocer la insuficiencia de 

los medios de que puedo valerme, si el instinto de la libertad, o el amor por ella 

de los pueblos no me ayuda. Mas a todo trance decidido a llenar los votos de 

V.E., de Chile y de toda América, yo sigo con los más faustos presentimientos y 

dando a V.E. las mis expresivas gracias, le protesto mi consecuencia y deferencia 

inalterables. 

Dios guarde a V.E muchos años. A bordo del “San Martín”, septiembre 5 de 

1820. José de San Martín. 

Al Excmo. Director Supremo y Capitán General del Estado de Chile”. 

La Expedición Chilena Libertadora del Perú enarboló bandera chilena. 

San Martín al servicio del Gobierno de O’Higgins se adelantó a proponer como 

única bandera del Ejército Libertador la chilena. Ya no se combatiría –como en 

Maipo– con los pabellones chileno y argentino. Tanto en el Cuartel General, 

como en el Estado Mayor y en los distintos regimientos, la Expedición Chilena 

Libertadora del Perú desplegó exclusivamente el emblema de Chile. Dos días 

antes de la partida y por encargo del Director Supremo, el coronel Borgoño hizo 

entrega oficial de las banderas chilenas al general San Martín. 

260


Por otro lado, las comunicaciones de San Martín al Virrey Pezuela declaran 

explícitamente que se encuentra al servicio de Chile. A vía de ejemplo citaremos 

el oficio que dirigió a Joaquín de la Pezuela desde Ancón el 31 de octubre de 

1820. El Virrey había protestado del nombre “Expedición Libertadora del Perú” que 

O’Higgins había dado a las fuerzas expedicionarias chilenas. A estas protestas 

San Martín dio la siguiente respuesta: 

“Muy señor mío y de mi aprecio: si yo hubiese de atender tan sólo a mis deseos 

personales, uniformes siempre en propender a cuanto pueda influir a la cesación 

de la guerra, facilitando los medios de inteligencia, no me sería difícil renunciar a 

un título que a la verdad no es de importancia para el triunfo de las armas. Pero 

cuando el título de Ejército Libertador del Perú ha sido conferido al Ejército a mi 

mando, por una autoridad competente, por un poder del cual emana el mío, no 

puedo, ni debo renunciarlo sin faltar a mis deberes”. 

Todas las comunicaciones de San Martín dando cuenta de sus conversaciones 

con el Virrey Pezuela están dirigidas al Gobierno de O’Higgins y a los Ministros de 

Estado chilenos y ninguna a las autoridades argentinas. 

En una comunicación de San Martín fechada en Ancón el 5 de noviembre 

de 1820 dirigida al Virrey del Perú, insinúa a éste que los diputados españoles 

debían viajar a Chile para estudiar con el Gobierno de O’Higgins alguna forma de 

avenimiento. 

En el “Manifiesto que hace a los pueblos del Perú el General en Jefe del 

Ejército Libertador sobre el resultado de las negociaciones a que fue invitado por 

el Virrey de Lima”, San Martín estampó las siguientes palabras: 

“…Pueblos del Perú: yo he pagado el tributo que debo como hombre público 

a la opinión de los demás... El día que el Perú pronuncie libremente su voluntad 

sobre la forma de las instituciones que debe regirlo en lo sucesivo cualquiera que 

ellas sean, cesarán de hecho mis funciones y yo tendré la gloria de anunciar al 

Gobierno de Chile de quien dependo, que sus heroicos esfuerzos al fin han tenido 

por recompensa el placer de dar la libertad al Perú y la seguridad a los Estados 

vecinos”. 

Oficio del Excmo. Señor General en Jefe del Ejército Libertador del Perú y 

Protector de los pueblos libres del Perú, al Excmo. Señor Supremo Director de 

la República de Chile, en el cual San Martín informa acerca de las circunstancias 

que lo impulsaron a aceptar el cargo de “Protector de los pueblos del Perú”. En 

este documento encontramos los siguientes trozos: 

“Exmo. Señor: V.E. se dignó confiarme la dirección de las Fuerzas que debían 

libertad al Perú, dejó a mi cuidado la elección de los medios para emprender, 

continuar y asegurar tan grandiosa obra... Entonces el heroico pueblo que 

V.E. manda recibirá por premio a sus esfuerzos, la gratitud de los peruanos en 

independencia y libertad. Entretanto las tropas de Chile siguen con entusiasmo la 

marcha de la gloria y auxilian mis afanes por la emancipación del Perú”. 

261


5° SAN MARTÍN ES RECONOCIDO POR LAS AUTORIDADES PERUANAS COMO 

GENERAL EN JEFE DE LAS FUERZAS ARMADAS CHILENAS 

En todos los numerosos oficios intercambiados con el Virrey del Perú, Joaquín 

de la Pezuela, éste en forma invariable se dirige a San Martín calificándolo como 

“Exmo. Señor Don José de San Martín, General en Jefe del Ejército de Chile”. 

6° LOS DEMáS PAÍSES HERMANOS RECONOCEN COMO CHILENA A LA EXPEDICIÓN 

LIBERTADORA DEL PERú 

Finalmente los gobernantes de las nacientes repúblicas hispanoamericanas 

reconocieron que la Expedición Libertadora del Perú constituía una fuerza naval 

y militar organizada y totalmente financiada con el esfuerzo de los chilenos. Así lo 

vemos claramente expresado en oficio del Presidente de la Junta de Gobierno del 

Ecuador don José Olmedo, felicitando a O’Higgins por la ocupación de Lima. Este 

oficio está fechado en Guayaquil el 25 de mayo de 1821. 

LA CONFEDERACIÓN ANDINA 

Las dificultades en que se vio envuelto San Martín en el Perú impidieron a 

O’Higgins completar su noble tarea americanista. El Libertador pensaba que todos 

los gobiernos del Nuevo Mundo Hispánico debían realizar una política amplia y 

solidaria, una política continental y no local. Esta vocación americanista lo indujo 

a formular –desde el sillón directorial– el proyecto de una Confederación Andina 

que integrarían Perú, Chile y Argentina. 

O’Higgins dio cuenta de su proyecto al Agente de los Estados Unidos en Chile, 

Mr. Worthington en los siguientes términos: 

“Estamos porque el pueblo forme el gobierno y tan pronto como el Perú esté 

emancipado, esperamos que Buenos Aires y Chile formarán con el Perú una gran 

Confederación semejante a los Estados Unidos de Norte América”. 

Los recelos, las ambiciones políticas, el localismo y la incomprensión impidieron 

llevar a la realidad este hermoso ideal. 

El fundador de nuestra nacionalidad midió su vida con el solo cartabón del 

patriotismo y de la gloria. Ningún otro chileno ha vivido en amplitud y profundidad 

una existencia tan ejemplar. 

Como figura nacional es el más grande y auténtico revolucionario de nuestra 

historia: afianzó la independencia y echó las bases de una nueva estructura 

política, social, económica y cultural. 

Como prócer continental contribuyó a la organización del Ejército de los Andes; 

sin ayuda alguna organizó la Expedición Chilena Libertadora del Perú y con 

precarios recursos financieros llevó sus desvelos hasta ayudar a la independencia 

de Colombia y Argentina, Venezuela y México. 

262


O’HIGGINS Y EL IDEÓLOGO 

DE LA INDEPENDENCIA DE CHILE 

Fernando Otayza Carrazola 1 

Mientras estudiaba los últimos años de humanidades y espigaba mis primeras 

armas en el periodismo valdiviano, el director del diario El Correo de Valdivia, hoy 

desaparecido, me encargó una crónica sobre el padre de la prensa chilena, fray 

Camilo Henríquez González, nacido en la ciudad, donde la luna se baña desnuda, 

como reza esa conocida tonada, en el hermoso río que la bordea. Alguien me 

informó que en la Parroquia de la Matriz se archivaba la partida de nacimiento 

del ilustre fraile de la Buena Muerte. Efectivamente constaté su bautizo, el 21 

de julio de 1769, celebrado al siguiente día de su nacimiento ocurrido el 20 de 

julio. Sus padres: el capitán del ejército español don Félix Henríquez Santillán, y 

doña Juana Rosa González Castro. Hija del regidor don José María González y 

Almonacid. Impuso los óleos el cura José Ignacio de la Rocha y sus padrinos: don 

Pedro Henríquez y doña Narcisa Santillán, hermano y prima de don Félix. 

Entre lluvias, manzanos silvestres, copihues y tierra mojada inició Camilo sus 

primeros pasos, el mayor de cuatro hermanos. José Manuel ofrendó su vida en la 

batalla de Rancagua; el menor murió a temprana edad y Melchora casó con Diego 

Pérez de Arce, nacido en Buenos Aires. Don Félix, hombre ligeramente instruido, 

supo de la inteligencia de su hijo y antes de cumplir los diez años, lo envió a 

Santiago a continuar su enseñanza, a ruego del cura que lo bautizó Ignacio de 

la Rocha, quien le enseñó las primeras letras y a escribir pues barruntaba que 

podría seguir una profesión. Por problemas económicos no pudo ingresar al 

Colegio Carolino que era la intención de su familia. A los dieciséis años se dio 

rápida cuenta que tenía que proseguir sus estudios en una ciudad que le ofreciese 

mejores oportunidades. Era un muchacho despierto, inteligente, que le gustaba 

pensar, leer e ilustrarse en otras fuentes. Un día del año 1784, gracias el empeño 

de su tío sacerdote, fray Nicasio González, amigo del armador de galeones, José 

María Verdugo, viaja a Lima, embarcándose en Valparaíso. Toca la suerte que en 

la ciudad de los virreyes lo recibe su tío, fray Ignacio Pinuer, valdiviano como él, 

quien lo convence que ingrese al colegio San Camilo de Lelis, el 17 de enero de 

1783, que regentaba la Congregación de los Frailes de la Buena Muerte y que 

además llevaba su nombre. Bajo el protectorado de un distinguido educador, fray 

Isidoro Celis, autor de varias obras, pronuncia sus votos el 28 de enero de 1790, 

en la Orden de Clérigos Regulares de la Buena Muerte, conocidos como Padres 

1 Abogado Autor de “El Realismo Político de O’Higgins”. Consejero Nacional del Instituto O’Higginiano de 

Chile. 

263


Agonizantes, poco antes de cumplir los 21 años, y que incluye un cuarto voto por 

el cual se consagran al cuidado de enfermos, asistencia a infectados, moribundos 

y hospitalizados. 

Fray Camilo tuvo especial interés en la biografía del fundador de la Orden. Supo 

que había nacido en Bocchianico, Reino de Nápoles, en 1550, quedó huérfano de 

padre a los seis años y que apenas aprendió a leer y a escribir. En 1569 ingresó 

al ejército veneciano y luego al de su patria, el cual tuvo que abandonar por su 

desmedida afición al juego de cartas y dados, y, además por unos abscesos que 

se le formaron en los pies. Resolvió ingresar a la Orden Tercera de San Francisco 

con el objeto de hospitalizarse en el nosocomio de los Incurables en Roma. En 

1574 se enroló de nuevo en el ejército veneciano y luchó contra los turcos, pero 

en una partida de dados perdió toda su hacienda y no tuvo más remedio que 

trabajar como albañil con los padres capuchinos. Definitivamente ingresa en 

1575 al noviciado, de los padres franciscanos de Trivento, pero debe trasladarse 

a Roma para curar sus tumores que vuelven a reaparecer. Impresionado por la 

falta de compromisos de enfermeros y cuidadores se vuelve voluntario de dicho 

hospital. Por su extraordinaria dedicación y el alto espíritu de caridad demostrado, 

después de cuatro años lo nombran director del establecimiento. Las deficiencias 

en los servicios de atención a los enfermos lo hace pensar en la fundación de un 

instituto religioso cuyo cuarto voto los obligase a atender enfermos y moribundos. 

Así nació la Orden de los Padres de la Buena Muerte, aprobada por los papas 

Sixto V y Gregorio XIV. Vistieron traje talar negro con una cruz roja. Fue elevado a 

los altares por el papa Benedicto XIV en 1746. 

No cabe duda que fray Camilo Henríquez se sintió atraído por la vida del 

fundador de la Orden y procuró cumplir con los votos que había jurado; sin 

embargo, llevado por su espíritu inquieto, en los tiempos libres concurría a las 

interesantes tertulias del reformista limeño, lector de los iluministas y filósofos, el 

conde de Vista Florida don José Baquijano y Carrillo, quien poseía una biblioteca 

de escritores franceses anatematizados por la Iglesia, entre ellos Diderot, 

D’Alambert y Voltaire. Al parecer la amistad entre ambos fue más profunda de lo 

que se piensa, pues Baquijano lo visitaba también en su celda. Le llevaba libros 

no autorizados por la Inquisición. Otro amigo reformista, Ramón de Rozas, le 

facilitó el contrato social de Jean Jacques Rousseau, publicado en París en 1762, 

y La historia filosófica y política de los establecimientos europeos en la dos Indias, 

del ex jesuita francés Guillermo Tomás Raynal, editado en Ámsterdam en 1770, 

obra en la cual abundan los ataques contra los colonizadores de aquellos países, 

la Inquisición y la esclavitud. Seguramente que ambas publicaciones ejercieron 

gran influencia en Fray Camilo Henríquez en sus actuaciones posteriores, 

aparte que alimentó en él la pasión por la libertad y la libre determinación de 

los pueblos. La audacia de sus pensamientos, las conversaciones con limeños 

progresistas, la lectura de los libros ya señalados, comentarios de las obras de 

los enciclopedistas que devoraba con ahínco, se constituyó en peligroso elemento 

para las autoridades que velaban por los intereses de la corona. No tardó en sufrir 

la censura eclesiástica prohijada por los gobernantes españoles siendo recluido 

en las mazmorras inquisitoriales de la capital. El Tribunal no lo encerró una vez 

sino por lo menos en tres oportunidades. 

264


El escritor peruano Ricardo Palma señala que el ilustre chileno fue precisado 

por la Inquisición, ante la delación de una persona muy cercana a dicha institución, 

que lo acusó de guardar libros prohibidos. Revisada su celda los alguaciles 

no encontraron ninguna obra herética. Luego, otro personaje se acercó a él 

para solicitarle una obra de Voltaire y pensando que era un espía se la negó, 

expresándole que no era compatible con sus ideas y conocimientos. No satisfecho 

con la respuesta, insistió nuevamente y, esta vez los alguaciles registraron su 

cama, encontrando algunos libros de Rousseau, Raynal y El Orden Natural y 

Esencial de las Sociedades Políticas, publicada en 1767 por Paúl Pierre Mercier 

de la Riviére y otras pero ninguna de Voltaire y menos que atacaran a la Iglesia. 

El ilustre investigador José Toribio Medina, tuvo acceso a documentos de 

especial relevancia y agregó otros antecedentes a los que había investigado 

Luis Montt y que los divulgó en su libro Ensayo sobre la biografía de Camilo 

Henríquez. Montt señala que el inquisidor general de Lima aceptó la propuesta 

de los padres de la Buena Muerte, en el sentido de hacer venir desde La Paz a 

Fray Bustamante, doctor de amplia notoriedad, para que examinase al sacerdote 

chileno. El informe fue ampliamente favorable y el inquisidor no volvió a insistir. 

Siguiendo a Medina se intuye que la primera causa se inició en 1796, la segunda 

en 1802 y finalizó en 1803. Quedó muy en claro que Fray Henríquez había leído 

el Contrato social y otros libros, pero Fray Bustamante informó al Santo Oficio que 

lo había hecho llevado por su afán de asegurar aún más su fe y tener argumentos 

suficientes para rebatir dichas obras en los círculos más intelectualizados del 

virreynato. En julio de 1809, el Tribunal de la Inquisición tuvo conocimiento que 

en la biblioteca del conde Baquijano, se guardaban varios textos que difundían 

doctrinas contrarias a la autoridad de la corona y la Iglesia. Acto seguido se 

dictó una orden de requisición de dichos libros y citación a las personas que 

frecuentaban su residencia. Entre los más asiduos se contaba a Fray Henríquez; 

como ya tenía un historial anterior no dudaron en conducirlo a los calabozos del 

Santo Oficio, donde permaneció hasta enero de 1810. 

Aconsejados por el superior de los frailes de la Buena Muerte optaron por 

enviarlo a Quito en misión especial, destinada a alejarlo de las peligrosas manos 

de la Inquisición, pues un encierro más y los huesos quedarían atrapados en 

las mazmorras limeñas. En las tres ocasiones, abandonó enfermo la prisión. 

Permaneció encadenado en una estrecha y fría celda sin compañía. Mientras 

trata de dormir sólo sabe que físicamente está privado de libertad, pero tiene un 

espacio inmenso para soñar en la liberación de las naciones americanas. Las 

lecturas de los filósofos franceses y otros escritos que fueron a parar a sus manos 

dejaron profunda huella impulsada subliminalmente por Fray Celis, su maestro. 

En la hermosa Quito, los frailes de la Buena Muerte poseían una casa sin 

grandes pretensiones, por lo cual se instalaron en la que había sido el convento 

jesuita, una vez que éstos fueran expulsados por la Casa Real de España. Se 

dedicaban principalmente al cuidado de enfermos y a prácticas doctrinarias 

tratando de reemplazar a la Compañía de Jesús, en misiones y confesiones. 

Entre los documentos que existen en el Archivo Nacional de Historia de Quito, el 

catedrático José Salvador Lara, ubicó una petición de puño, letra y firma de Fray 

Camilo, fechada el 7 de mayo de 1810, o sea dos meses después que llegara a esa 

ciudad, dirigida al conde Ruiz de Castilla, y cuyo texto es el siguiente: “Excemo. 

265


Sr.: La copia certificada del decreto del Sr. Obispo diocesano que incluyo, espero 

mueva el ánimo de Vuestra Excelencia y encienda su cristiano celo para que se 

sirva proveer a mi solicitud de prorrogarme la licencia, que me concedió para 

permanecer en estos valles hasta reparar mi salud muy quebrantada. Vuestra 

Excelencia hubiera sentido mucho esta demora y hubiera concebido alto 

remordimiento, si hubiese visto la escasez de confesores que aquí ha habido 

en la santa Cuaresma, y el gran deseo que han tenido de confesarse conmigo, 

viniendo algunos para esto de Payta y de otros pueblos vecinos. En el Convento 

de La Merced, donde vivo, hice misiones por connivencia del Vicario de Provincia; 

di una semana de ejercicios y no he podido confesar a los ejercitantes, que tanto 

lo deseaban, y que se han quejado al cielo del silencio de Vuestra Excelencia. 

Han implorado a la Madre de la Misericordia para que excite el corazón de Vuestra 

Excelencia y aún no sabemos si habrá oído nuestros ruegos. Aún no es tarde: 

las principales personas de esta ciudad desean entrar a ejercicios en la Iglesia y 

Colegio del Carmen para antes de Pentecostés: les he prometido dárselos luego 

que reciba la licencia que he pedido a Vuestra Excelencia. Esta es una obra muy 

santa, principalmente aquí, donde no los hay desde, los jesuitas y donde consta 

que hay mucha gente sin confesarse por años enteros. Espero que Vuestra 

Excelencia no impedirá con su silencio cosas tan santas; entretanto rogamos al 

Padre de las luces mueva su ánimo favorablemente y lo conserve bueno, justo 

y feliz. Besa las manos de Vuestra Excelencia su afectísimo capellán (f) Camilo 

Henríquez. Excemo. Sr. Conde de Ruiz de Castilla”. La carta, escrita con tinta 

negra que el tiempo la transformó en sepia, es clara y firme. Los renglones tienen 

la tendencia a inclinarse hacia abajo. La firma aparece clara, con una rúbrica 

al final, al pie de la “z” de su apellido: es un rasgo de tres ángulos sucesivos 

hacia abajo, envueltos luego en un círculo mayor que se continúa con otro menor 

dentro del primero, algo así como una “Q” mayúscula. Con alguna imaginación 

–agrega Salvador Lara– podría interpretarse quizás como una “B” y una “M”: 

Buena Muerte. De la lectura de este documento se desprende que el Presidente 

de la Real Audiencia tenía temores muy fundados de los pasos de Fray Camilo, al 

demorar el otorgamiento de la licencia para confesar e impartir los sacramentos, 

pues desde la expulsión de los hijos de Loyola había escasez de sacerdotes. 

Meses antes, el 10 de agosto de 1809, se había constituido la Primera Junta 

de Gobierno, con el propósito de defender la soberanía y los derechos de 

Fernando VII, contra las fuerzas usurpadoras napoleónicas. Los protagonistas 

de esta sublevación que ya habían estado en conversaciones desde 1808, 

decidieron asumir el poder en nombre del rey y así, sin tapujos, se lo dieron a 

conocer al presidente de la Audiencia quiteña, Manuel de Urriez, conde Ruiz de 

Castilla. La víspera, el capitán Salinas se había encargado de lograr la rendición 

de la guarnición de las tropas acantonadas en la ciudad. El 16 de agosto asume 

la Junta de Gobierno encabezada por el marqués de Selva Negra, Juan Pío 

Montúfar y como vicepresidente, el obispo José Cuero y Caicedo. Conocidas 

las noticias por los funcionarios realistas de Popayán, Cuenca y Guayaquil 

hacen los preparativos para conjurar la rebelión. Montúfar atemorizado por los 

acontecimientos le entregó nuevamente el mando al conde Ruiz de Castilla, 

quien dio su palabra de respetar la libertad de los involucrados. Como era de 

suponer, una voz en el poder hizo apresar a varios de los implicados. Nuestro 

266


compatriota tomó contacto de inmediato con el santo y libertario obispo Cuero y 

Caicedo y cultivó una estrecha amistad con patriotas como José Restrepo, José 

Javier Azcásubi, los padres mercedarios donde estuvo hospedado y los escasos 

jesuitas que aún quedaban en Quito. 

A consecuencia de los sucesos acaecidos el 10 de agosto de 1809, el virrey 

del Perú resolvió asegurar militarmente las ciudades ubicadas al Norte de Lima, 

en territorio ecuatoriano, como Loja, Cuenca y Guayaquil, a fin de evitar una 

nueva sorpresa. A Quito estimó necesario enviar una numerosa tropa al mando 

del sanguinario coronel Manuel Arredondo, a fin de finiquitar todo intento de 

sublevación. Por otra parte, los procesos de los implicados en el levantamiento se 

prolongaba de una manera odiosa, aparte que las tropas de ocupación cometían 

todo tipo de tropelías, incluyendo violaciones y saqueos, que enfurecían a la 

población. Los líderes decidieron tomarse los cuarteles y la cárcel para liberar a los 

presos. Efectivamente, el 2 de agosto la gente se lanzó a las calles, tomando por 

asalto los cuarteles de Santa Fe y el Real de Lima, donde se hallaban detenidos 

los principales conjurados, custodiados por los soldados de Arredondo. Al advertir 

la presencia de la poblada, uno de los capitanes realistas ordenó abrir fuego contra 

los prisioneros, mientras los soldados del regimiento Popayán lograban horadar 

la muralla que dividía el cuartel, sorprendiendo por la espalda a prisioneros y 

liberadores. Se inició de esta manera la matanza perdiendo la vida los patriotas 

Juan Salinas, Juan de Dios Morales, el cura José Riofrío, los hermanos amigos 

de Fray Henríquez, José Javier y Francisco Javier Azcásubi, José Vinueza, Juan 

Larrea, Manuel Quiroga y, sus dos hijas y una esclava que en esos momentos 

lo visitaba, Manuel Cajías, Marino Villalobos, Nicolás Aguilera, Anastasio Olea y 

otros. Terminada la matanza de prisioneros, las tropas comenzaron a disparar 

contra el pueblo, sin distinción de edad y sexo. Las calles quedaron cubiertas de 

cadáveres y sólo la enérgica actitud del obispo Cuero y Caicedo puso término 

a la cobarde masacre y al saqueo de casas y pertenencias, tanto de opositores 

como defensores. En cierto modo recuerda los sucesos madrileños de mayo 

provocados por las tropas napoleónicas contra el pueblo español y que en forma 

tan magistral interpretó el notable pintor José de Goya y Lucientes. 

Fray Camilo, refugiado en el palacio episcopal, permaneció tres días oculto 

sin aparecer por el convento de La Merced, donde tenía su residencia habitual, 

pero conoció ampliamente los alcances de la sublevación quiteña, que el mismo 

había contribuido a impulsar. Como amigo y confesor del coronel Salinas, conoce 

detalles de la sublevación popular de 1809. Incluso el 1º de agosto de 1810, 

acude a la cárcel a confesarlo, sin saber que al día siguiente sería asesinado 

vilmente. Este hecho golpeó a nuestro compatriota y es posible que al conocer tal 

acto hubiese jurado luchar con más ahínco que nunca por la independencia. 

El conde Ruiz de Castilla nunca proveyó la solicitud, mientras tanto seguía 

predicando en La Merced algunas misiones y ejercicios espirituales, solicitados 

por su amigo de ideales, capellán de monjas, Miguel Antonio Rodríguez, uno 

de los más fervorosos ideólogos de la independencia, amigo del catedrático 

universitario y gran orador sagrado, Dr. José Mejía Lequerica, que regentaba 

la capellanía del Carmen Alto. Es curioso el informe emitido por el síndico del 

municipio quiteño, Ramón Núñez del Arco, dirigido al general Toribio Montes, 

luego de la derrota de los patriotas: “Carmen Moderno, vacante. Su propietario, 

267


Dr. Miguel Rodríguez, criollo insurgente seductor. Se precipitó con extraordinario 

furor y entusiasmo y fue el representante que siempre peroraba con arrogancia y 

desvergüenza: Hizo publicar una obra titulada Derechos del Hombre, extractado 

de las máximas de Voltaire, Rousseau, Montesquieu y semejantes. Presentó al 

Congreso las constituciones del Estado Republicano de Quito, las que fueron 

adoptadas, publicadas y juradas. En suma, fue tan insolente y atrevido, que 

a nuestro soberano el Señor don Fernando VII lo trataba públicamente con el 

epíteto tristón de el hijo de la María Luisa. Habiéndose presentado al Jefe, lo 

ha mandado preso a Guayaquil con destino”. El Dr. Rodríguez fue condenado a 

muerte, pero su pena fue conmutada por la de destierro a Filipinas, donde vivió 

casi diez años. 

No cabe duda alguna que el círculo de amigos de Fray Camilo constituía 

la flor y nata de los revolucionarios de esa época. Su estancia en La Merced 

lo pone en órbita con, el clero más extremista. Basta con seguir el Informe del 

mismo Procurador Núñez del Arco, quien escribe: “Los mercedarios del Convento 

Máximo han ido a una con los franciscanos en el entusiasmo y sedición, saliendo 

con armas de comandantes a la expediciones, siendo muy pocos los que se han 

portado bien”. Menciona con el calificativo de insurgentes a los sacerdotes Álvaro 

Guerrero, Pedro Barrera, Antonio Albán y Andrés Torresano. El Provincial Fray 

Isidro San Andrés, es indiferente. El P. José Arízaga parece haber sido el único 

realista. El P. Guerrero es a tal punto partidario de los patriotas que entregó a la 

causa el dinero del depósito de “cautivos cristianos”. 

La pregunta clave de por qué Fray Camilo que llegó a residir al convento de los 

jesuitas, cedido a los Padres Agonizantes, y se traslada luego a La Merced, tiene 

su base en la diferencia de opinión que lo alejó del Superior P. José Romero, 

español y realista, fiel a la causa de la corona. Si bien es cierto que vivía con los 

mercedarios, constantemente visitaba a sus hermanos de Orden, pues le atraía 

particularmente la biblioteca de los jesuitas, donde encontró algunos libros de 

pensamiento avanzado. 

El cronista franciscano realista Melchor Martínez, autor de la obra en dos 

volúmenes Memoria Histórica sobre la Revolución de Chile, desde el cautiverio 

de Femando VII hasta 1814, encargada por la monarquía española, se refiere 

al fraile de la Buena Muerte como tenaz seguidor de las doctrinas de Voltaire, 

Rousseau y otros herejes castigados por la Inquisición de Lima Confirma su 

participación intelectual y lo acusa de haber instigado el alzamiento del pueblo 

quiteño con las trágicas consecuencias que conocemos. Además, lo acusa como 

fugitivo de las autoridades quiteñas. 

En sus opiniones Fray Martínez acota: “Estas calidades y delincuente conducta 

que debían hacerlo despreciable en cualquier país arreglado, eran precisamente 

sus recomendaciones principales, sin las que sería inútil para el destino”. 

En el tomo I de la misma obra, se menciona al fraile de la Buena Muerte en 

los siguientes términos al referirse a la persecución de españoles con motivo del 

Motín de Tomás de Figueroa: “Entre éstos fueron los más activos don Nicolás 

Matorras (¿pariente de San Martín?), comerciante; don Martín Larraín, vecino 

y patriarca de la revolución; el fraile Camilo Henríquez, apóstol y secuaz de la 

268


doctrina de la independencia, que después de haberla propagado y revolucionado 

en Quito, se hallaba fugitivo activando la de Chile”. 

El investigador Emilio Rodríguez Mendoza en su obra La Emancipación y el 

Fraile de la Buena Muerte consigna que Camilo Henríquez inició sus estudios de 

medicina en Quito, seguramente en la Universidad que fundaron los jesuitas, San 

Gregorio Magno o en la establecida por los agustinos, San Fulgencio, autorizada 

por el Papa en 1586. Lo que se sabe a ciencia cierta es que sus estudios de 

medicina los terminó en Buenos Aires, durante los años que permaneció exiliado. 

La mayoría de los frailes de la Buena Muerte practicaban la medicina, pues como 

sabemos, se dedicaban al cuidado y tratamiento de enfermos. En Quito, atendían 

junto a los Betlemitas en el Hospital Real, hoy San Juan de Dios. 

Durante mi prolongada permanencia en Quito, en colaboración con mi mujer, 

Alicia Rojas, investigadora de Historia del Arte, tratamos de seguir los pasos 

de Fray Camilo. Visitamos el convento de La Merced, donde vivió casi toda su 

estancia. Es una arcaica construcción, ubicada entre las calles Chile, Cuenca, 

Mejía e lmbabura y data su primera capilla de 1559. La actual fábrica fue diseñada 

por el arquitecto José Jaime Ortiz y data del siglo XVIII, 1700-1740 y su retablo 

de 1748, obra del famoso artista quiteño Bernardo de Legarda. El convento sigue 

el tradicional esquema de los monasterios benedictinos, con una hermosa pila 

de piedra labrada, que data de 1652. Sus paredes la ornan valiosas pinturas 

de la época colonial. Consta de tres naves en planta de cruz latina, en base al 

modelo de la Iglesia de la Compañía. El imafronte muestra la monumentalidad de 

las superficies blancas y las portadas trabajadas en piedra, su única torre y sus 

cúpulas cubiertas con tejuelo verde vitrificado. Con emoción visitamos el sector 

de las celdas en la seguridad de que en una de ellas debió vivir nuestro fraile. 

Quedamos en deuda con la idea de colocar una placa que señale a los visitantes 

que ahí vivió Fray Camilo. También pernoctó algún tiempo en la Iglesia, convento 

y residencia jesuita, cuyos sacerdotes habían sido en esa época expulsados de 

España y sus colonias. Es uno de los templos más hermosos y fastuosos de 

Quito. Tres naves abovedadas con linternas, artesones de madera, gran retablo, 

capillas y sacristía con retablos, todos recubiertos de pan de oro. Resalta la 

fuerza de las columnas salomónicas rematadas en capiteles, pilastras y columnas 

que enmarcan los nichos y una multiplicidad de mensajes esculpidos reflejan un 

intencionado simbolismo religioso. Todo ello lo conoció, vivió, gozó y de seguro 

comparó con lo modesto de nuestras iglesias. 

Fray Henríquez estimó que había llegado la hora de regresar a su patria. 

Las noticias que llegaban de Santiago, sumado a la enfermedad de los huesos, 

secuela de los tiempos que pasó en prisión, hizo que pidiese dispensas al obispo 

Cuero y Caicedo para abandonar esa sede episcopal y lo autorizara primeramente 

retornar a Lima, lo que efectivamente ocurrió a fines de septiembre de 1810. 

Viajó a Guayaquil con el propósito de trasladarse por mar a Callao; sin embargo, 

en la bahía de Sechura debe abandonar la nave y trasladarse a Piura, donde 

convalece. De nuevo viaja a la costa donde tuvo el agrado de saber noticias de 

Chile, en particular la formación de la Primera Junta de Gobierno, por el capitán de 

un barco procedente de Valparaíso. De inmediato hizo los arreglos para proseguir 

en la misma nave de carga. Toda esta situación fue corroborada por el patriota 

chileno Joaquín Campino, que llegó a Piura días después. 

269


Durante el viaje tuvo la sensación que le correspondería jugar un papel 

importantísimo en la consolidación de la independencia de Chile. Venía lleno 

de Ideas, tanto propias como prestadas. La experiencia quiteña, la reacción de 

los realistas y el amotinamiento del pueblo le estaba señalando que no existía 

otro camino para lograr la independencia. De Valparaíso se traslada a Santiago, 

estimándose su presencia entre el 28 y el 31 de diciembre de l810, después de 26 

años de ausencia y cuando cumplía 41 años de edad. Como en el país no existía 

la Orden de los frailes de la Buena Muerte, buscó el asilo del padre mercenario y 

gran patriota, Joaquín Larraín. A través de él conoció a Juan Martínez de Rozas. 

Era un trío de temer, pero el que tenía las ideas más claras sobre la libertad 

de Chile, era, sin duda, Camilo Henríquez. La intensa lectura de los filósofos 

franceses y de otros autores que hemos mencionado, habían dejado una huella 

muy clara acerca de lo que había que hacer. El cura Larraín le presentó a los 

hermanos Carrera, incluso a doña Javiera, donde concurría a sus veladas de 

corte independentista. Tal es así, que el 6 de enero, a menos de ocho días de 

su llegada a Santiago, había redactado una proclama, cuyos términos altamente 

revolucionarios para la época, lo relevaron al primer nivel. Dicho texto lo firmó 

como “Quirino Lemachez”, anagrama del autor y del cual se sacaron cinco copias 

más, una de las cuales la escribió doña Javiera Carrera, otra doña Mariana Toro y 

las otras dos el cura Larraín y, tal es así, que a él le atribuyeron su autoría, siendo 

pasto de las más acerbas censuras. Tres ejemplares quedaron en Santiago, uno 

fue enviado a Concepción, otro a La Serena y un tercero a Buenos Aires, de 

donde fue remitido a Londres, para ser publicado en el periódico El Español que 

editaba en esa capital Blanco White. 

Con clara inteligencia y gran estrategia, Fray Camilo, fue sembrando sus 

ideas entre los más “radicales” de la dirigencia patriota. Participaba en todas las 

reuniones de los adictos a la Junta, que procuraban imponerse a los “moderados”, 

cuyo refugio más importante era el Cabildo. La facilidad de palabra, sus ideas 

claras y precisas, la experiencia vivida en Quito, la lectura de, autores europeos, 

las estrechas vinculaciones con miembros del clero que mantenían una posición 

muy similar, fue otorgándole fama de buen expositor, y experto orador no sólo 

sagrado, sino de las cosas del mundo. Durante enero, febrero y marzo de 1811, 

mantuvo una actividad verdaderamente revolucionaria, donde el tema principal 

era su Proclama. 

Nuevamente recurrimos a Fray Melchor Martínez, en cuya obra citada incluye 

la versión completa de la Proclama de Quirino Lemachez, bajo el subtítulo de 

“Divulgación de pasquines sediciosos”, Allí afirma: “Ensoberbecidos con tan 

faustos sucesos, los sublevados daban por hecho el proyecto de independencia 

de la España y empezaron a declarar abiertamente sus miras, divulgando infinidad 

de pasquines sediciosos con que intentaban alarmar al pueblo incitándolo al total 

exterminio de los realistas, pintándolos a éstos con los denigrativos colores de 

satélites del despotismo y tiranía, de usurpadores y opresores de los americanos, 

y últimamente ensalzando las prerrogativas y derechos que estos pueblos que 

tenían facultad, ocasión y poder para elegir el gobierno que mejor les pareciera”. 

Si no fuésemos objeto de la tiranía del espacio, podríamos analizar 

extensamente la Proclama de Fray Camilo. Aún hoy, a poco más de 190 años de 

la histórica declaración, muchos de sus pensamientos mantienen una actualidad 

270


abismante. Ya en el comienzo de ella manifiesta: “De cuánta satisfacción es para 

un alma formada en el odio de la tiranía, ver a su Patria despertar del sueño 

profundo y vergonzoso que parecía hubiese de ser eterno, y tomar un movimiento 

grande e inesperado hacia su libertad, hacia este deseo único y sublime de las 

almas fuertes, principio de la gloria y dichas de las Repúblicas, germen de luces, 

de grandes hombres y de grandes obras; manantial de virtudes sociales, de 

industria, de fuerza y de riqueza. 

La libertad elevó en otro tiempo a tanta gloria, a tanto poder, a tanta prosperidad 

a la Grecia, a Venecia, a la Holanda; y en nuestros días, en medio de los desastres 

del género humano, cuando gime el resto del mundo bajo el peso insoportable 

de los gobiernos despóticos aparecen los colonos ingleses gozando de la dicha 

incompatible con nuestra debilidad, y triste suerte”. 

En su Proclama aborda todos los temas; la esclavitud, la aristocracia que 

traiciona al monarca español, la calidad del suelo chileno para autoabastecerse, 

la necesidad de respaldarse con una Constitución y leyes que velen por todos sus 

ciudadanos, la elección de un Congreso Nacional, el respeto a los derechos del 

hombre, la solidaridad y disposición generosa de sacrificar el interés personal por 

el universal. 

Uno de los propósitos de la Proclama era respaldar la elección de un Congreso 

Nacional y nadie mejor que el propio autor fuese integrante de él. Resultó elegido 

como suplente por el partido de Puchacay, cuyo propietario fue el canónigo Juan 

Pablo Fretes. Pero, a Fray Camilo aún le correspondería jugar un importante papel. 

Adquirió fama de buen orador sagrado. Sus sermones cargados de patriotismo 

fueron penetrando en el alma de la beatería de aquel entonces y gradualmente 

los asistentes a los servicios religiosos se dividieron entre partidarios del nuevo 

gobierno y realistas. Los oradores más relevantes de los defensores de la corona 

eran el franciscano Alonso y el mercedario Romo. Las menciones doctrinarias 

de Fray Camilo, apoyadas en la Biblia, lógicamente surtían efecto en aquellas 

sencillas almas coloniales. Sus palabras, llenas de fuego patriótico, arrancaban 

admiración de la feligresía. Con gran despliegue argumental, puso énfasis en 

las elecciones de diputados fijadas para el 1º de abril. A las 7 de mañana, los 

electores empezaron a acudir al Consulado (actual edifico del Correo), en la plaza 

de Armas, donde estaba formado el regimiento Dragones de Penco, al mando 

del capitán Juan Miguel Benavente. Algunos soldados empezaron a reclamar por 

su comandante Tomás de Figueroa. Como no hubo acuerdo y para evitar males 

mayores retornaron a su cuartel ubicado en la calle San Pablo. Allí estaba Tomás 

de Figueroa, quien se puso al frente de sus tropas gritando ¡Viva el Rey! Con la 

idea de recuperar el poder para instalar nuevamente a Francisco Antonio García 

Carrasco. La historia que sigue la conocemos. El llamado “Motín de Figueroa” fue 

dominado por las tropas dirigidas por el comandante general Juan de Dios Vial, 

quien debió apresar al coronel, refugiado en el convento de Santo Domingo. Lo 

curioso de la historia es que propio Fray Camilo se puso al frente de la mocería, 

exaltada por su patriótica arenga, e hizo frente a la insurrección, armado sólo 

de un palo, sin sotana y sin sombrero. Dominado el conflicto y apresado Tomás 

de Figueroa, en el convento de Santo Domingo, donde se había refugiado, 

debió ayudarlo a bien morir. Fray Melchor Martínez relata en detalle los últimos 

momentos del coronel realista que pagó con su vida su osadía insurreccionar. 

271


Salvada la situación, elegido los representantes del pueblo al primer Congreso 

Nacional el 6 de mayo, se instala solemnemente el 4 de julio de 1811. Previamente 

se oficia una misa en la Iglesia Catedral, con asistencia de los miembros de 

la Junta de Gobierno, vocales, diputados, el nuevo tribunal de Apelaciones, el 

Cabildo, jefes militares y los vecinos más caracterizados. 

La oración u homilía estuvo a cargo de Fray Camilo. Dejemos al propio 

cronista fray Martínez, que nos comente las alternativas de la ceremonia: “Dijo la 

oración el famoso Padre Camilo Henríquez, de la Buena Muerte, quien después 

de dar una breve noticia del origen, progresos y fin de los principales imperios del 

mundo, explicó que los pueblos usando de sus derechos imprescriptibles, habían 

variado a su voluntad la forma de los Gobiernos, y de esta doctrina intentó deducir 

y probarlos tres puntos en que dividió su arenga: 

El primero decía que la, mutación del gobierno de Chile era autorizada por 

nuestra Santa Religión Católica; 

El segundo, que era conforme y sostenida por la razón, en que se fundaban 

los derechos del hombre, y 

El tercero, que entre el Gobierno y el pueblo existía una recíproca obligación, 

en el primero, de promover la felicidad y libertad del segundo, y en éste, la de 

someterse con entera obediencia y confianza al Gobierno. 

Para probar dichas proposiciones abusó en primer término de muchos lugares 

de sagradas letras, trastornando el sentido e inteligencia verdaderos, y donde más 

lució su rara erudición, fue en la doctrina escandalosa de Voltaire y Rousseau y sus 

infinitos secuaces, usando de sus liberales y sediciosas autoridades, declamando 

contra la supuesta tiranía y despotismo de los gobiernos monárquicos, que con 

la fuerza tenían usurpados y oprimidos los derechos con que Dios crió al hombre 

libre para elegir el gobierno que más le acomodase, pues por principio natural 

inconcuso, todos tenemos derecho de proporcionarnos un estado que nos libre 

de los males, y atraiga la felicidad posible; que la esclavitud en que nos tenían, 

debíamos repelerla con el sacrificio de todos nuestros esfuerzos y aun de nuestra 

misma vida; y que por dirigirse a este heroico empeño la instalación del Congreso, 

nos debía ser tan recomendable, como respetado y obedecido este cuerpo y su 

suprema autoridad, pues en él depositaba toda su confianza, sus innegables 

derechos y la esperanza de su libertad y felicidad de todo el Reino de Chile”. 

La oración de fray Camilo causó necesariamente un fuerte impacto, en particular 

en aquellas mentes acostumbradas a la obediencia ciega a la monarquía, y cuyo 

horizonte intelectual estaba limitada por libros piadosos y la biografía de uno que 

otro santo. Los más avezados habían leído a más de un escritor y poeta hispano, 

pero siempre dentro de la literatura clásica, sin horadar en ruta de los filósofos 

franceses. 

La actividad de nuestro sacerdote se movía en torno a Martínez de Rozas, 

los hermanos Carrera y los frailes más partidarios de la independencia. A fines 

de noviembre se recibe la primera imprenta encargada por las autoridades 

chilenas. Unánimemente se designa director al padre de la Buena Muerte. El 

decreto señala: “Como es necesario que se elija un redactor, que, adornado de 

principios políticos, de religión, de talento, y demás virtudes naturales y cívicas, 

272


disponga la ilustración popular de un modo seguro, transmitiendo con el mayor 

escrúpulo la verdad y recayendo estas cualidades en el presbítero fray Camilo 

Henríquez, se le confiere desde luego el cargo, con las asignación de quinientos 

pesos al año. Carrera.-Cerda.-Manso.-Vial, secretario”. En cada artículo, crónica 

o comentario dejó impresa su impronta. Siempre luchando por un solo objetivo: la 

libertad de la patria de la corona española. No hay otro ejemplo en América capaz 

de superar la tenacidad de este fraile valdiviano que, como señala el historiador 

Jaime Eyzaguirre fue “el difusor más eficaz del pensamiento de Rousseau y en 

Chile, consumido por el fuego del ideal revolucionario. Es el hombre que rompe 

por entero con el pasado. Su pluma es la del agitador de nuevo cuño que se guía 

por los maestros de la “ilustración”. 

El 13 de febrero de 1812, aparece el periódico La Aurora de Chile. Se 

editaron 58 números y en cada ejemplar sobresale la pluma combatiente de este 

sacerdote que no da ni recibe cuartel en pos de sus ideales libertarlos. Junto con 

dirigir la publicación es miembro de la comisión que prepara el proyecto de la 

Constitución, senador y secretario del Senado. Desde el 17 de abril de ese mismo 

año edita un interdiario El Monitor Araucano y el 10 de agosto, rememorando 

la gesta independentista de Quito, inaugura el Instituto Nacional, heredero del 

Colegio Carolino. 

El velo negro del infortunio se devela en Rancagua. La muerte de su hermano 

José Manuel, en esa ciudad, a manos de los realistas lo desespera y si bien es 

cierto no jura su venganza, enciende aún más su espíritu de lucha. Los patriotas 

huyen allende los Andes y entre ellos, fray Camilo, que se exilia en Buenos Aires, 

lejos de su patria y de su ministerio sacerdotal, sufre angustias y soledades. Para 

subsistir trabaja en La Gaceta Ministerial de Buenos Aires y en las observaciones. 

Luego el cabildo de Buenos Aires lo contrata como director de El Censor, donde 

hace gala de un periodismo combativo y multifacético, que lo convierte en el 

primer periodista bonaerense. Impulsa la artes, especialmente el teatro, del 

cual era aficionado. Se hace un tiempo para terminar sus estudios de medicina 

titulándose de médico, profesión que ejerce casi prácticamente gratis, pero que 

le permite subsistir a medias junto a otros patriotas. (Por cada visita recibe tres 

reales). 

Triunfante la patria en Chacabuco y Maipú, el Libertador O’Higgins se da a la 

tarea de ubicar a fray Camilo en Buenos Aires, con el propósito de que asumiese 

importantes tareas. La historia generalmente relaciona más al sacerdote chileno 

con José Miguel Carrera que con nuestro Padre de la Patria, por el hecho de 

haber participado en acciones de la Paria Vieja, sin embargo no es así. La 

documentación histórica registra que el 1º de octubre de 1821, el gobierno había 

expedido el siguiente decreto: “Atendidos los méritos y servicios del clérigo 

regular ciudadano Camilo Henríquez, vengo en conferirle el empleo de capellán 

de ejército del Estado Mayor General, con el sueldo asignado por reglamento. 

(firman) O’Higgins - Zenteno”. 

Como carece de dinero y su estado de salud es deficiente, el regreso a Chile 

le parece demasiado lejano. Pero una luz aparece en el firmamento. El ministro 

de Chile en la capital argentina, Miguel Zañartu le comunica que su amigo el 

director O’Higgins, deseaba saber si quería retornar a Chile con un cargo en la 

273


administración pública. Emocionado fray Camilo leyó la carta del Libertador, cuyo 

texto es el siguiente: “Aunque en este último período de la libertad de Chile ha 

guardado usted tanto silencio que ni de nuestro suelo ni de mí se ha acordado en 

sus apreciables producciones, que siempre se conocen por la inimitable dulzura y 

juicio que las distinguen, yo quiero ser el primero en renovar una amistad que me 

fue tan amable y que puede ser útil al país en que ambos nacimos. Muchas veces 

he deseado escribir a usted ofreciéndomela y aun invitándole a su regreso; pero 

no quería ofrecer lo que no fuese equivalente, o mejor de lo que usted disfrutase, 

y aún esperaba la terminación de la guerra para que ni ésta retrajese a usted en 

venir. Ahora, pues, que la libertad del Perú ha asegurado la nuestra; ahora que 

nuestra República debe empezar a engrandecerse, es cuando escribo ésta para 

proponerle el que venga al lado de su amigo, a ayudarle en las penosas tareas 

del gobierno. Los conocimientos y talentos de usted son necesario a Chile y a mí; 

nada debe, pues, retardar su venida cuando la amistad la reclama. 

Cualquiera que sea la comodidad con que en esa le brinden, yo le protesto 

que las que le proporcionaré no le serán desagradables, y sobre todo usted no 

debe apetecer más gloria que la de contribuir con sus luces a la dirección de 

esta República que lo vio nacer. No le arredren a usted ni la preocupación ni el 

fanatismo: usted me ha de ayudar a derrocarlo con tino y oportunidad”. 

Luego agrega: “con esta fecha escribo al diputado de este gobierno en Buenos 

Aires para que proporcione a usted el dinero que necesitase para el viaje, si 

admite la invitación que le hace su fino amigo y servidor q.b.su m.” 

La respuesta de fray Camilo no se hizo esperar: “Mi siempre amado y admirado 

amigo y paisano: Yo dejo al magnánimo corazón de V.E. sentir y calcular 

mis afectos de reconocimiento y admiración al leer su cariñosa y generosa 

comunicación de 15 de noviembre último. 

Partiré con la brevedad posible para esa nuestra dulce patria a admirar las 

grandes cosas e intentos inmensos que he sabido, aunque muy en globo, que va 

debiendo a V.E. y que aquí son poco conocidos; sin embargo, de que voy con una 

especie de temor, porque V.E. ha formado una idea demasiado ventajosa de mi 

mediocre aptitud”. 

Anunció su casi inmediato regreso al país. Simultáneamente Zañartu comunicó 

a O’Higgins la recepción de una letra por 400 pesos para los gastos de viático de 

fray Camilo. En el tomo VI, página 272 del Archivo de Don Bernardo O’Higgins, se 

publica una carta del mismo parlamentario, fechada en mayo 16 de 1822, en cuyo 

texto puede apreciarse el afecto de Zañartu por el fraile: “Mi distinguido amigo: 

Celebro mucho ver en la apreciable de V. 16 de abril a que contesto, que el Padre 

Camilo esté ya a su lado y en juego. El es un hombre honrado y un filósofo, y de 

estos hombres sólo debe V. fiarse para procurar nuevos géneros de gloria a su 

gobierno. Que la energía y acierto de sus empresas militares se extienda también 

a las instituciones civiles, entonces nada tendrá que desear la prudencia ni que 

zaherir la mordacidad, Aquel amigo me escribe muy contento, asegurándome 

que halla en V. las mejores disposiciones para establecer las bases y alcanzar 

progresos en todos ramos. Las ilustración del siglo se presta mejor a conceder 

laureles a los gobiernos en lo político que en lo militar. V. Tiene la ventaja de 

mandar un pueblo dócil, aunque algo preocupado”. 

274


El Padre de la Patria cumplió con la promesa formulada. El 27 de abril de ese 

año dictó un decreto por el cual lo nombra bibliotecario de la Biblioteca Nacional 

con 500 pesos de sueldo anual, y además, se le encargaba la publicación de la 

Gaceta Ministerial, que publicaba todos los documentos oficiales que emanaban 

del gobierno. Personalmente, guiado por su entusiasmo periodístico, fundó El 

Mercurio de Chile que cerró sus puertas en abril de 1823, después de la abdicación 

del Libertador. En julio de 1822 lo nombró en la Junta de Sanidad, atendiendo a 

su calidad de médico y a los numerosos artículos que había escrito en su diario 

respecto a las medidas que debían adoptarse para mejorar la salud de la población 

expuesta a una serie de enfermedades, muchas de ellas, derivadas de la falta de 

higiene. A instancias del canónigo Casimiro Albano, amigo de fray Camilo y del 

Libertador, se le designa secretario a cargo de la redacción del reglamento de 

la Convención y de un periódico Diario de la Convención de Chile, abierto para 

registrar las actas de las sesiones y documentos. La inteligencia y sagacidad del 

padre del periodismo chileno quedó impresa en las notables sugestiones como 

por ejemplo, el mejoramiento de los hospitales, restauración del hospicio para 

indigentes, supresión de las penas corporales, particularmente en el ejército, y 

visita a las cárceles para supervigilar la correcta administración de justicia. 

Su espíritu de lucha nunca lo abandonó y para dejar constancia de ello editó El 

Nuevo Corresponsal, donde libremente exponía su pensamiento siempre libertario 

y de defensa de los más modestos. En sus columnas terció en un amplio debate 

con el dominico Tadeo Silva, por la publicación del artículo, titulado “Los apóstoles 

del diablo”, donde le contesta, entre otras cosas: “Las hogueras inquisitoriales 

están extinguidas por el progreso de las luces”, defendiendo siempre la libertad 

que tenían los pueblos de elegir su propio camino. 

En el Congreso de 1822, representó a su ciudad natal y tuvo a su cargo la 

redacción del reglamento de la Cámara y propugnó con especial devoción la Ley 

del Olvido que consultaba una amnistía para todos. Fray Camilo quería que esta 

medida se adoptara el 20 de agosto, fecha del cumpleaños del Padre de la Patria, 

pero el Libertador, por exceso de modestia, no la puso en práctica hasta el 18 de 

septiembre, aniversario patrio. 

La amistad del fraile de la Buena Muerte con el Director supremo fue bastante 

fluida. Como secretario del Congreso mantuvo entrevistas casi a diario. A su vez, 

O’Higgins le consultaba muchas de las medidas que adoptaba atendiendo a su 

elevado criterio y a la vasta cultura que demostraba frente a muchos negocios de 

gobierno. 

En el Congreso Constituyente de 1823, fue elegido diputado suplente por Chiloé 

y por Copiapó pero no tuvo muchas intervenciones debido a la convalecencia 

de los males que le afectaban. Sin embargo, por su versatibilidad se le nombró 

presidente de la Comisión de Hacienda, la más importante de su época. 

El 28 de enero de 1823, abdicó el héroe, lo cual determinó la cesación del 

Consejo Consultivo que lo asesoraba y del cual era su secretario y que presidía 

Manuel de Salas. El Reglamento constitucional provisorio de marzo de 1823 

estableció el Senado Conservador y legislador, el cual lo eligió también secretario, 

considerándolo ireemplazable en este tipo de funciones. El 19 de julio, en el 

gobierno de Freire, asume en propiedad la dirección de la Biblioteca Nacional, 

275


después de la renuncia de Manuel de Salas y se le asignan dos mil pesos para 

la compra de libros. En el Congreso de 1824 representa en propiedad a Copiapó 

y Rere, pero opta por el partido nortino y es elegido nuevamente miembro de la 

Comisión de Hacienda y se le encargó la redacción del reglamento del Congreso. 

Entre sus intervenciones más famosas destaca la creación de una marina de 

guerra capaz de defender nuestras costas con eficacia y seguridad. En este 

aspecto coincide plenamente con el Libertador quien manifestaba que la única 

manera de asegurar la independencia de España era contar con una flota capaz 

de enfrentar a la de la península. El mismo año, 1824, fue designado oficial mayor 

del Departamento de Relaciones Exteriores, cargo que al parecer no alcanzó 

a desempeñar por el lamentable estado de salud. En la comisión de Hacienda 

laboró todo el mes de diciembre del mismo año y el exagerado esfuerzo hasta el 

31 del mismo mes agotó sus energías hasta que tuvo que ser llevado en camilla 

humana hasta su domicilio ubicado en calle Teatinos, entre Huérfanos y Agustinas. 

Allí el Dr. Pedro Moreno certificó que al Dr. Henríquez lo “llevaba asistiendo desde 

hace dos meses de una fiebre intermitente, o terciana, procedente de un fomes 

gástrico”. 

El 8 de enero otorgó su testamento reiterando su fe católica, apostólica y 

romana y el 16 de marzo fallece en las primeras horas de la mañana. El mismo 

día, en la sesión del Congreso se dio cuenta de su deceso y se acordó tributarle 

todos los honores a que era merecedor y los diputados guardaron luto por tres 

días. Salvas del fuerte ubicado en el Santa Lucía sellaron sus exequias. 

La coincidencia del pensamiento del Libertador con fray Camilo respecto a los 

factores que debían considerarse para potenciar a Chile son numerosas. Basta 

señalar la creación de fuerzas armadas suficientes para asegurar la independencia 

del país, la existencia de un Ejecutivo fuerte, un congreso capaz de legislar en 

beneficio de los más modestos, la creación de colegios en todas la ciudades para 

elevar la cultura y el conocimiento de las artes y las letras, la libertad para internar 

todo tipo de literatura, incluyendo los filósofos y enciclopedistas franceses y 

europeos, el libre intercambio de comercio y la necesidad de unir a todos los 

pueblos de América en pos de su total libertad de España. 

Nuestro país no ha sido justo con el fraile de la Buena Muerte. Se le recuerda 

pero no en la dimensión que corresponde. Creo que sería hora de reparar tan 

grande injusticia. El Padre de la Patria lo supo aquilatar y aparte de hacer posible 

su retorno le confió varias tareas donde fray Camilo pudo entregar lo mejor 

de su acervo cultural. No cabe duda que fue el verdadero ideólogo de nuestra 

independencia. 

276


O’HIGGINS Y LA INDEPENDENCIA AMERICANA 

Cristián Guerrero Lira 1 

Al referirse a la relación entre O’Higgins y la independencia de América, 

parecería inevitable hacer una relación, por muy somera que ésta fuese, de la 

preparación y actuación de la Expedición Libertadora del Perú, enviada desde 

Chile en agosto de 1820; pues es en ella donde se encuentra la máxima muestra 

de la más destacable acción de este prócer a nivel americano. Para no reiterar 

lugares comunes que son de todos conocidos, en esta oportunidad evitaremos 

hacer esas consideraciones, centrándonos preferentemente en las huellas de 

un “Patriotismo americano” que son perceptibles en el pensamiento de nuestro 

personaje central, y en la, valoración que de esa acción americana hicieron los 

peruanos entre 1868 y 1869, es decir, cuando entregaron, con los sentimientos 

que luego veremos, los restos mortales del General O’Higgins. 

I. MIRANDA Y O’HIGGINS: PATRIOTISMO AMERICANO 

En varios trabajos historiográficos se ha discutido sobre la génesis de las 

nacionalidades hispanoamericanas y su relación con el proceso de independencia. 

Para algunos, éstas se conformaron simultáneamente al estallido y desarrollo de 

éste, mientras que para otros, son una consecuencia de él. Sea como haya sido, 

lo concreto es que junto al patriotismo local, o vernacular, del que los libertadores 

de América dieron indiscutibles pruebas, existió otro tipo de patriotismo, otro nexo 

de unión a una comunidad esta vez mayor, de hondo sentido americano, y esto 

a pesar de que existan opiniones que, como lo hace Gonzalo Vial, afirmen que 

para hombres como Miranda, Bolívar, San Martín y O’Higgins ese sentimiento 

de pertenencia a una comunidad determinada era un lastre, puesto que debido 

a sus largas estadías en Europa se habría producido en ellos una desconexión 

con la realidad hispanoamericana convirtiéndose ella en “un molesto, incómodo 

recuerdo de esa realidad que aspiraban a alterar hondamente, haciéndola más 

acorde a las ideologías que sustentaban”. 

Reconociendo que la argumentación esgrimida por este autor contiene 

elementos que la acercan a la realidad, y que como el mismo lo señala, esta 

temática es altamente discutible, parece conveniente detenerse a sopesar 

algunos puntos de ella, especialmente en lo que se refiere a la consideración de 

la nacionalidad “nativa”, como un lastre para el americanismo. ¿Ese sentimiento 

1 El autor es profesor del Departamento de Ciencias Históricas de la Universidad de Chile y Consejero Nacional 

del Instituto O’Higginiano de Chile. 

277


entraba en conflicto con el patriotismo vernacular o podían coexistir esas dos 

expresiones de patriotismo? 

Nos parece conveniente distinguir, en primer lugar, entre “Americanismo” y 

“Patriotismo americano”. El primer término, dentro del imaginario político de estas 

latitudes, conlleva la idea de integración, la que puede ser entendida más como 

una suerte de proyecto de “unificación” o “combinación” multinacional, en pos del 

cual se conjugan distintos esfuerzos. Este es el sentido que han tenido, y tienen, 

las distintas instancias de integración regional que han surgido en América Latina, 

tales como el Pacto Andino o el moderno Mercosur. 

En cambio, la expresión “patriotismo” se relaciona directamente con un 

sentimiento de pertenencia a una comunidad, y no a una opción política 

determinada, identificación esta última que siempre resulta peligrosa. Al referir 

la existencia de un “patriotismo americano” hablamos de la idea de la existencia 

de una comunidad supranacional, en la que, yendo más allá del límite geográfico 

de una “Patria nativa”, o de los intereses coyunturales de un momento dado, se 

reconocen valores culturales que son compartidos con otros, originarios de otras 

“patrias”, y que surgen no sólo porque en un momento dado se enfrente a un 

peligro, un riesgo, o se reaccione frente a un factor externo, sino porque además 

existe un sentimiento de mancomunidad espiritual que impulsa a actuaciones 

concordantes. 

Esta idea, sin desconocer que existieron afanes americanistas del tipo 

“integracionista”, no sólo fue expresada por los más destacados líderes del 

movimiento revolucionario americano. Valgan un par de ejemplos locales: el 

primero es el caso de Andrés Manterola, un Oficial del Ejército de Chile que debió 

refugiarse en Mendoza a partir de 1814, quien en una solicitud de auxilio expresó 

a San Martín que su “amor a la causa de la América” lo había obligado a huir del 

tirano 2 . El segundo lo extractamos de edición del 12 de noviembre de 1812 de 

la Aurora de Chile, donde al comunicarse el triunfo de Belgrano en Tucumán se 

utilizaban expresiones como: “El esfuerzo de los defensores de la América y sus 

triunfos (…)” y “Tiranos (…) Rotas las cadenas con que habíais aprisionado a la 

América, toda ella se confedera en vuestra ruina (…)”. 

La existencia de este patriotismo americano no excluye que hayan existido, 

incluso en aquellos grandes líderes, expresiones de un patriotismo local. Para 

comprobar ello basta con recordar la ferviente defensa de la soberanía rioplatense 

que hiciera José de San Martín ante José Miguel Carrera, especialmente aquel 

oficio en que decía, ante los reclamos del caudillo chileno: “yo pregunto a V.S. de 

buena fe ¿Si en un país extranjero hay más autoridad que las que el gobierno y 

leyes del país constituyen?” 3 . 

¿Es posible encontrar expresiones de esta idea en el pensamiento de Miranda 

y O’Higgins? 

Conocemos dos versiones del escrito que Francisco de Miranda entregara al 

joven “Bernardo Riquelme” cuando éste se aprestaba a retornar desde Europa 

2 Archivo Histórico de Mendoza, Época Independiente, 497: 58. 

3 Citado por Jorge Ibáñez en O’Higgins El Libertador, p. 102. 

278


a su suelo natal. El primero es conocido con el título de Consejos de un viejo 

sudamericano a un joven compatriota al regresar de Inglaterra a su país, y que 

publicara Benjamín Vicuña Mackenna en El Ostracismo de O’Higgins. 

El segundo fue publicado en la Revista Chilena de Historia y Geografía (tomo 

DVI, 1927). Y lleva por título Consejo de un viejo sudamericano a uno joven, sobre 

el proyecto de abandonar la Inglaterra para volver a su propio país. 

Las diferencias entre ambos textos resultan menores, sin presentarse 

alguna alteración significativa del contenido. Una de las primeras cosas 

que llama la atención, en cualquiera de las dos versiones, es la asimilación y 

equiparación existente en el pensamiento de Miranda entre los términos “Patria”, 

“País”, “Sudamérica” y “América”. Al analizar el texto, en cualesquiera de 

las dos versiones, de inmediato se notará que se trata de los consejos de un 

“Sudamericano” a “un joven compatriota” o del “consejo de un viejo sudamericano 

a uno joven”, estableciéndose así un nexo de procedencia, ajeno a las divisiones 

administrativas que el imperio español había establecido en los territorios que 

dominaba. 

Como se trata de una serie de consejos, no es extraño que Miranda utilizara una 

terminología coloquial, casi paternal se podría decir, en la que la idea que venimos 

destacando mantenía su vigencia. Así, le dice: “Varias veces os he indicado los 

nombres de varios sudamericanos en quienes podíais reposar vuestra confianza, 

si llegarais a encontrarlos en vuestro camino, lo que dudo porque habitáis una 

zona diferente” y más adelante manifiesta su ignorancia respecto “del país que 

habitáis” y del “carácter de vuestros compatriotas”, pero unas cuantas líneas más 

adelante advierte al joven discípulo que los “españoles” lo “despreciarán por haber 

nacido en América y los aborrecerán por ser educado en Inglaterra”, mientras que 

“los americanos, impacientes y comunicativos, os exigirán con avidez la relación 

de vuestros viajes y aventuras. 

Curiosamente, en ninguna de las dos versiones del texto aparece alguna 

mención a Chile, a Venezuela o a alguna otra región del continente americano. 

Sólo aparecen, expresamente mencionados, dos países: Inglaterra (dos veces) 

y Estados Unidos (una vez). En cambio “América” o “Sudamérica” aparece 

mencionada en seis oportunidades. 

La única expresión particular hacia Chile aparece cuando Miranda le señala 

que él, O’Higgins, es el único chileno que conoce. 

Este sentimiento de pertenencia a un conglomerado mayor, a una “Patria 

americanas también fue expresado por el mismo Miranda en 1806 en su 

Proclama de Coro (2 de agosto de 1806), titulada “Proclamación. Don Francisco 

de Miranda, comandante general del ejército colombiano, a los pueblos habitantes 

del continente americano-colombiano”, en la que señalaba a los venezolanos que 

con el apoyo de Inglaterra “podemos seguramente decir que llegó el día, por fin, 

en que, recobrando nuestra América su soberana independencia, podrán sus 

hijos libremente manifestar al universo sus ánimos generosos” 4 . 

4 Pensamiento Político de la Emancipación (1790-1825), tomo I, p. 20. 

279


En el caso particular de O’Higgins que no fue precisamente un pensador político 

que expusiera sistemáticamente sus pensamientos sobre esta materia no resulta 

difícil encontrar, en sus innumerables cartas, expresiones de la conjugación entre 

estos dos tipos de patriotismo. 

Por ejemplo en 1811 le escribió a Juan Mackenna relatándole que ya se había 

incorporado al ejército: “He pasado ya el Rubicón. Es ahora demasiado tarde 

para retroceder, aun si lo deseara, aunque jamás he vacilado. Me he alistado bajo 

las banderas de mi patria (...)”. La alusión a Chile resulta meridianamente clara: 

“mi patria”, pero pocas líneas después habla del enemigo, ese “mismo espíritu 

maligno que hizo correr la mejor sangre de Quito y de La Paz” que ahora “está 

sediento de la nuestra” (Valencia, p. 40). 

En diciembre de 1816, y desde el Fuerte de San Carlos, en Mendoza, escribió a 

Clemente Lantaño relatando los progresos de la revolución en América y agregaba 

que “El grande interés que las naciones toman por nuestra independencia, 

todo nos anuncia la pronta expulsión de nuestros tiranos y el pleno goce de los 

territorios que Dios y la naturaleza nos han señalado para nuestra existencia” 

(A. Carrasco, pp. 17-18). 

Estas ideas, obviamente, no quedaban en el papel, sino que se concretaban 

en realidades tangibles. El ejemplo más conocido de ello es la conformación de 

la Expedición Libertadora del Perú, pero precisamente por ello creemos que es 

de mayor utilidad, y brevedad, referir el contenido de una carta que enviara a 

Miguel Zañartu en septiembre de 1820: “Acaba de llegar a Valparaíso un brigadier 

enviado por el Gobierno patrio de México, solicitando auxilios de armas y tropas, 

asegurando que toda la costa, desde las inmediaciones de California hasta las 

de Acapulco, están en rebelión. Las nuevas del orden que reina en Chile, los 

progresos de sus armas, las victorias marítimas, todo les ha convencido que este 

pueblo es el único que está en aptitud de ayudar a su libertad. En efecto, después 

que haya zarpado de Valparaíso la expedición que con el mayor secreto estoy 

equipando para Chiloé, y de lo que encargo a V. el mayor sigilo, pienso auxiliar la 

costa de México con armas, oficiales, y un par de buques de guerra” (Valencia, 

pp. 128-129). 

Lo vernacular no estaba ausente. De hecho, en una misiva que envió a Simón 

Bolívar en 1824 agradecía su inclusión en las fuerzas del Libertador con las 

siguientes palabras: “¡Qué consideración tan lisonjera es a un soldado araucano 

ser invitado a las filas de sus bravos hermanos de Colombia!” (Valencia, p. 56). 

Es un “araucano”, chileno por extensión, que milita en las filas de sus “hermanos” 

colombianos. No olvidemos que “Colombia”, por esos años, refería a varios 

territorios distintos. El mismo “Araucano” le decía a su madre, en fecha cercana 

(septiembre de 1824), que su salud estaba “mejor que nunca y mis deseos jamás 

han sido más grandes de alcanzar a los enemigos, para que siquiera un solo 

araucano vea la conclusión y tenga la parte que alcancen sus débiles esfuerzos 

en la exterminación para siempre del yugo español de estas regiones” (Valencia. 

p. 57). 

Existe otro documento en el que claramente es perceptible esta misma idea, y 

se trata de uno de los documentos fundamentales de la historia de Chile, el Acta 

de Proclamación de la Independencia, donde se dice “La fuerza ha sido la razón 

280


suprema que por más de trescientos años ha mantenido al Nuevo Mundo en la 

necesidad de venerar como un dogma la usurpación de sus derechos y de buscar 

en ella misma el origen de sus más grandes deberes. Era preciso que algún 

día llegase el término de esa violenta sumisión; pero entretanto era imposible 

anticiparla: la resistencia del débil contra el fuerte imprime un carácter sacrílego 

a sus pretensiones, y no hace más que desacreditar la justicia en que se fundan. 

Estaba reservado al siglo XIX el oír a la América reclamar sus derechos sin ser 

delincuente y mostrar que el período de su sufrimiento no podía durar más que el 

de su debilidad”. 

II. LA VALORACIÓN PERUANA DE LA OBRA DE O’HIGGINS (1868-1869) 

Es demasiado conocido que la mayor expresión del patriotismo americano 

que es posible encontrar en O’Higgins dice relación con la independencia del 

Perú: y también resultaría demasiado extenso de referir. Lo mismo ocurre con 

su permanencia en aquel país por largos 19 años, en los que el recuerdo de su 

suelo natal siempre estuvo presente. Quizás resulte más ilustrativo detenerse a 

examinar las expresiones vertidas por los hijos del Rímac en el momento en que 

los restos del Libertador se separaban de su suelo y ello debido a que, tal como 

quedó claramente expresado en aquella oportunidad, se consideraba a O’Higgins 

como Libertador del Perú. 

Las tramitaciones legales para trasladar los restos de O’Higgins desde el Perú 

se iniciaron en noviembre de 1842, pero éstas encontraron largas dilaciones 

legislativas y financieras y sólo en 1868 se reactivaron gracias a la moción 

presentada por los diputados Ramón Rozas Mendiburu, hijo de Juan Martínez de 

Rozas, y Benjamín Vicuña Mackenna. Este último, en su intervención en la sesión 

del día 3 de agosto de ese año, señaló que repatriándose los restos mortales 

de O’Higgins “se probará a las demás repúblicas americanas la falsedad del 

adagio El Mal Pago de Chile, y se cumplirá con un deber sagrado, que han sabido 

satisfacer Venezuela, Ecuador y la República Argentina, con los pronombres de 

su independencia, Bolívar, Alvear y Lavalle”. Pero había más, nuestro país tenía, 

dijo el orador, una deuda que satisfacer: “O’Higgins no recibió nada de Chile, y por 

felicidad de su patria se condenó al ostracismo, su familia, lejos de haber recibido 

concesiones de este país, ha comprado a su costo la sepultura que debían haber 

recibido los restos del grande hombre, su hijo don Demetrio fue uno de los que 

con más generosidad contribuyó con su fortuna para hacer frente a la guerra a 

España el año 65” 5 . 

Aprobado el proyecto, el Presidente José Joaquín Pérez designó a la comisión 

que se encargaría de la repatriación, la que fue presidida por Manuel Blanco 

Encalada, un natural de Buenos Aires que había llegado a ejercer la presidencia 

de nuestro país. El 9 de diciembre de 1868 los comisionados zarparon desde 

Valparaíso rumbo al Callao. 

Dos días antes del zarpe de la comitiva, el Encargado de Negocios de Chile 

en Perú, Joaquín Godoy, había remitido al gobierno peruano una copia de 

5 Benjamín Vicuña Mackenna, La Corona..., p. 51. 

281


la ley que autorizaba la repatriación de los restos de O’Higgins, y solicitaba la 

correspondiente autorización. 

El Ministro de Relaciones Exteriores del Perú, J. A. Barrenechea, contestó 

que había comunicado el asunto al Presidente Balta, agregando en su nota de 

respuesta que “Profundo pesar causa a S. E. la separación de esas venerables 

reliquias del suelo del Perú en que han reposado tantos años: pero reconociendo 

los justos títulos que asisten a Chile para reclamarlas y poseerlas, se apresura 

a deferir a la petición del Gobierno de US. y se han dictado en consecuencia, 

las órdenes respectivas para que la Comisión sea recibida en el Callao como 

corresponde, y pueda enseguida llenar cumplidamente sus fines: disponiendo al 

mismo tiempo, que se tributen a los restos del ilustre patriota, los honores a que 

sus grandes hechos y su elevado rango lo hicieron acreedor” 6 . 

Tras nueve días de navegación, las naves chilenas arribaron al Callao, y al 

día siguiente, 18 de diciembre, la Comisión desembarcó. Las autoridades locales 

recibieron a sus integrantes en el muelle y tras los saludos de rigor, partió hacia 

Lima, donde fue recibida por el Presidente peruano. 

El 28 de diciembre se llevó a cabo la exhumación de los restos del General 

O’Higgins desde el nicho N° 3, letra C, del Cuartel de Santo Toribio del cementerio 

limeño. 

El Coronel Manuel Freire, Presidente de la Beneficencia peruana, por expreso 

encargo de su gobierno, hizo entrega oficial de los restos 7 . 

En sus discursos, tanto Freire como el Ministro Barrenechea destacaron la 

dimensión sudamericana de la acción desarrollada por O’Higgins, así como el 

aprecio y respeto que por él se sentía en el Perú. El primero dijo: “La nación 

6 Ob. cit., p. 60. 

7 El acta oficial que en tal ceremonia se levantó dice: “En Lima a veintiocho de diciembre de mil ochocientos 

sesenta y ocho, reunidos en el Cementerio General, los señores Ministros de Relaciones. Exteriores 

doctor don José Antonio Barrenechea, de Beneficencia doctor don Teodoro La Rosa, y de Guerra y Marina 

Coronel don Juan Francisco Balta, el Encargado de Negocios de la República de Chile, don Joaquín Godoy, 

la Comisión nombrada por el Supremo Gobierno de aquella República, compuesta del Vicealmirante don 

Manuel Blanco Encalada que la presida, y de los señores coroneles don Erasmo J. Jofré, don Biviano [sic] A. 

Carvallo, don Manuel Rengifo, don José María Silva Chávez y del Teniente Coronel don Marcos 2’ Maturana, 

del Secretario don Federico Puga, del Capellán don Mariano Casanova y del Cirujano doctor don Wenceslao 

Díaz, y la Comisión nombrada por la Beneficencia de esta capital, que se compone del señor Coronel don 

Manuel Freire, como Presidente, y de los señores doctor don José Simeón Tejeda, doctor don Simón Gregorio 

Paredes, don Lino Mariano de la Barrera, don José de la Riva Aguero, don Juan José Moreira y don Francisco 

Sagastabeitía, con el objeto de exhumar los restos del Iltmo. Gran Mariscal don Bernardo O’Higgins para 

trasladarlos a su país natal: después de examinados los restos en el nicho núm. 3, letra C del cuartel de 

Santo Toribio, la comitiva se constituyó en el expresado lugar y habiendo reconocido el nicho que se hallaba 

perfectamente cubierto por una lápida de mármol, que contenía en su centro una plancha de metal con el 

nombre del Iltmo. Gran Mariscal, procedió a su apertura y reconocida la identidad de los restos, por las 

señales que aún se conservan, se trasladaron a la urna funeraria, que al efecto se tenía preparada. Verificado 

esto, el señor Presidente de la Comisión de Beneficencia dirigió una palabra al de la Comisión de la República 

de Chile, recordando los méritos relevantes del Istmo. Gran mariscal O’Higgins, y haciéndole formal entrega 

de dichos restos. El señor Vicealmirante, Presidente de la Comisión de Chile contestó satisfactoriamente 

a las palabras que se le habían dirigido y terminó su discurso expresando que se daba por recibido de los 

ilustres restos. Con lo que concluyó el acta. J. A. Barrenechea.- Teodoro La Roza.- Joaquín Godoy. J. F. 

Balta.- Manuel Blanco Encalada.- José Erasmo Jofré.- Manuel Rengifo.- B. A. Carvallo.- José María Silva 

Chávez.- Mariano Casanova.- Marcos Segundo Maturaria.- Federico Puga.- Manuel Freire. Simón Gregorio 

Paredes.- Wenceslao Díaz.- Lino Mariano de la Barrera.- J. de la Riva Agüero. José Moreira”. Transcrita por 

Benjamín Vicuña Mackenna. La Corona.... pp. 76-77. 

282


peruana que sabe posponer sus propios sentimientos a la práctica de los 

principios de justicia, ha consentido en devolver los restos del primer magistrado 

de la República de Chile, que durante más de veintiséis años reposaron en este 

sepulcro, de donde acabamos de exhumarlos. Por lo mismo que el Perú conoce 

todo el precio de estas respetables cenizas, no quiere defraudar a la patria del 

ilustre General O’Higgins de la satisfacción de poseer un depósito que por tan 

sagrado título le pertenece” 8 . 

El ministro, por su parte expresó: 

“Acabáis de recibir las cenizas del Capitán General Presidente de Chile, Gran 

Mariscal del Perú don Bernardo O’Higgins, cuyo nombre ha ilustrado la América 

en el pasado y en el presente. Decid a vuestro país que, al entregarle estos 

restos, cumplimos con un deber sagrado: pero que guardaremos eternamente 

el recuerdo del grande hombre, que no solo trabajó por la independencia de su 

patria, sino que envió la gloriosa expedición que debía iniciar la independencia de 

la nuestra. 

Poco avaro del presente, como todos los hombres que emprenden un gran 

fin, el Capitán General prodigó el suyo para conquistar el porvenir; y recibió la 

proscripción de sus contemporáneos para aguardar la apoteosis de la historia. 

Más feliz que Temístocles, él ha vivido y muerto en el seno de los amigos de la 

patria. Es tan sublime, tal inefable el agradecimiento de un pueblo, sobre todo del 

que nos ve nacer, que él tiene el derecho de hacerse aguardar, de reconcentrarse 

profundamente y de dejar el fallo de la gloria a la posteridad. Felices los hombres 

que tienen otra patria que les deba gratitud y que los cobije en los días de la 

calamidad inseparables de la imperfecta grandeza humana. Por fortuna, los 

grandes soldados de cada una de las repúblicas americanas son también los 

grandes soldados de las demás; porque los fines, las aspiraciones, las simpatías 

y hasta las preocupaciones, los odios y las venganzas de una de ellas son el 

patrimonio de todas. 

Vuestro Capitán General nos pertenecía: Pero él era, ante todo vuestro. Por eso 

os lo devolvemos. Sin embargo, esas cenizas os dirán que están naturalizadas en 

el Perú. Ellas son el glorioso recuerdo de una gloriosísima unión. ¡Singular destino 

el del Capitán General, Gran Mariscal O’Higgins! En el poder, en la proscripción y 

en la tumba sirviendo a la misma causa, a la gran causa de la unión americana. 

Hoy que los héroes que descansan en vuestro cementerio, lo olvidan todo para 

no recordar sino los méritos del Capitán General y que, imparciales y tranquilos, 

lo aguardan para fraternizar en la tumba, hoy él puede dar su despedida a La Mar 

y a Gamarra que lo han acompañado aquí. 

Y vos, señor Vicealmirante, marino peruano, Jefe de la segunda escuadra 

aliada, vosotros todos, señores, los que componéis la Comisión que ha de llevar 

los restos de don Bernardo O’Higgins: si, como compatriotas y herederos del 

Capitán General de Chile, sois nuestros leales amigos, estad seguros de que, hijos 

también del Gran Mariscal del Perú, merecéis nuestra más cordial fraternidad. El 

8 Ob. cit. p. 73. 

283


gobierno peruano espera que, después de un próspero viaje, entreguéis a Chile 

este precioso depósito, como prenda de unión y de amistad sincera” 9 . 

Por último, el señor Godoy agradeció las elocuentes palabras del Ministro 

Barrenechea y agregó que la ceremonia recién realizada era una nueva ocasión 

para manifestar la unión entre ambos pueblos. 

El cortejo, encabezado por un lujoso carro de luto, se encaminó hacia la iglesia 

de Santo Domingo donde al día siguiente se realizaron las exequias programadas, 

permaneciendo la urna custodiada por una guardia de honor. Una vez que esa 

ceremonia se llevó a cabo, el féretro fue puesto en el mismo carro utilizado el día 

anterior, para ser trasladado a la estación de ferrocarriles y de ahí al Callao: 

Una vez que el cortejo se encontró en el puerto, los fuertes y las naves peruanas 

y extranjeras dispararon salvas de honor mientras se procedía a embarcar los 

restos en la O’Higgins. 

En la mañana del día 30 concluyeron los preparativos y se embarcaron tanto la 

loza de mármol que había cubierto la tumba como el ataúd que había contenido 

los restos. Las naves chilenas fueron escoltadas por el Apurímac, el Huáscar y la 

Unión y también por embarcaciones norteamericanas, inglesas y francesas. 

A la medianoche del 10 de enero de 1869 los restos del General O’Higgins 

arribaron a Valparaíso. 

Creemos que los textos recién transcritos reflejan con bastante claridad 

la dimensión americana del General O’Higgins, Libertador de Chile, y también 

Libertador de América. 

9 Ob. cit., pp. 74-75. 

284


EL PARLAMENTARIO BERNARDO O’HIGGINS 

Juan de Dios Carmona Peralta 

El 4 de julio del año en curso se cumplieron ciento ochenta años del nacimiento 

del Parlamento de Chile, considerado como uno de los más antiguos del mundo 

de hoy. Al conmemorar el acontecimiento hizo bien el Presidente del Senado, don 

Gabriel Valdés, de recordar a don Bernardo O’Higgins como uno de los forjadores 

de nuestro Congreso Nacional. 

Eugenio Orrego Vicuña, historiador y nieto de don Benjamín Vicuña Mackenna, 

en su notable biografía “O’Higgins. Vida y Tiempo” nos hace apreciar la magnitud 

de la obra de O’Higgins al sintetizarla en la dedicatoria “a la memoria de don 

Bernardo O’Higgins Riquelme, Libertador de Chile y Perú”, en donde resalta al 

héroe, al liberador y al estadista. Vale la pena reproducirla: 

- Creó la Escuadra y la Expedición Libertadora que bajo el mando de Lord 

Cochrane, Almirante de Chile, y del Generalísimo argentino San Martín 

llevaron la independencia al Virreinato del Imperio Español. 

- Fundó la Nación Chilena y estableció las bases de su grandeza desde el 

cargo de Director Supremo del Estado (1817-1823). 

- Apóstol de la unidad Iberoamericana, contempló nuestros pueblos con 

visión unitaria. 

- Con la fuerza de su inmensa autoridad moral, afirmó los principios 

republicanos en los nuevos países de las América del Sur y del Centro. 

- Nadie, incluyendo a Washington, dio más altas pruebas de austeridad y 

convicción democráticas. 

- Fue Capitán General de Chile, Brigadier de los Ejércitos Argentinos, Gran 

Mariscal del Perú y Oficial General de los Ejércitos de la Gran Colombia. 

Las extraordinarias obras del Libertador se nos muestran así como una sublime 

grandeza, abriendo paso a la afirmación del dos veces Presidente de Chile don 

Arturo Alessandri Palma, quien, al prologar el libro, señala una tarea permanente 

a los chilenos: “dar a O’Higgins su sitio verdadero en la presidencia moral del 

continente”. Queremos extraer de esa vida un aspecto muy particular, que nos 

permite evocar un pasaje del comienzo de su actuación pública, como fue su 

intervención para fundar el Parlamento chileno y su elección como Diputado por 

Los Ángeles en los inicios de nuestra vida como nación. Vemos allí la creación 

de sus convicciones democráticas, las que permiten decir al mismo historiador 

Eugenio Orrego Vicuña que “su amor a la democracia, su inquebrantable fe 

285


republicana, que impuso a sus grandes compañeros se tradujeron en la afirmación 

antimonárquica de todo el continente. América le es deudora de esa afirmación”. 

El ejemplo y la enseñanza de esas convicciones por O’Higgins marcaron 

en loma definitiva la historia de Chile y se enraizaron en nuestras instituciones 

fundamentales. Por eso, nuestra Constitución de 1980 ha podido definir en su 

artículo 411 al país, escuetamente, con la austeridad y sencillez propias de un 

compromiso solemne: “Chile es una república democrática”. 

Bernardo O’Higgins llevaba en su sangre el afán de servicio público; pero no 

busca los cargos por el honor o la ostentación que ellos representan, sino como 

medios para servir y siempre que los cargos estén basados en la voluntad de sus 

ciudadanos. Así, habiendo tomado posesión de la hacienda de Las Canteras en 

1804, desempeña, por decisión de los vecinos en 1806, el cargo de Procurador 

del Cabildo de Chillán. Jaime Eyzaguirre en su “O’Higgins” dice que “el pueblo 

de Chillán, arrancándole de la quietud campesina, puso en sus manos la vara 

de alcalde del Cabildo”, mientras que Orrego le atribuye la función de alcalde de 

Chillán en 1804 y don Sergio Fernández Larraín, también autor de un “O’Higgins”, 

dice que desempeñó esa alcaldía en 1805 y que fue miembro del Cabildo en 1806. 

En cualquier caso, todos señalan que se distinguió por la defensa de los intereses 

locales y por su testimonio por la libertad: ante las demasías del Intendente de 

Concepción. Don Luis Valencia Avaria, reputado historiador, conocido por su 

devoción o’higginiana, nos indica que,”en 1806 mereció el Cargo, de Procurador 

General del Cabildo de Chillán. De sus actuaciones como tal sólo se conserva una 

nota dirigida al presidente Muñoz de Guzmán, en la que la corporación rechaza 

los manejos de un vecino y donde figura su firma como ‘Bernardo O’Higgins’, a 

secas”. 

En lo que Fernández Larraín denomina su “alborada cívica y primeras milicias”, 

O’Higgins, por disposición de sus habitantes, pasa a desempeñar el cargo de 

subdelegado de la Isla de la Laja, en 1810. “La revolución de setiembre –escribe 

a su amigo y consejero Juan Mackenna– me encontró como subdelegado de la 

Isla de la Laja, cargo para el cual había sido elegido por sus habitantes, porque 

jamás quise ni pude aceptar empleo alguno del gobierno español”. 

Desde ese cargo y en completo acuerdo con el Comandante militar de Los 

Ángeles, don Pedro José Benavente y Roa, organiza un regimiento con los 

inquilinos de su fundo y los vecinos inmediatos. Inicia así su carrera militar y 

aunque después su amigo don Juan Martínez de Rozas prefiere a un pariente 

para designarlo como jefe militar de la zona la Junta de Concepción, nacida de la 

revolución de setiembre de 1810, lo, designa teniente coronel de esa agrupación 

de milicia. 

Por esa fecha don Juan Martínez de Rozas era reconocido como la primera 

cabeza de la Junta de Gobierno. El político penquista se había convertido, a la 

vez, en el único miembro realmente revolucionario de la Junta y tenía una estrecha 

amistad y alianza con O’Higgins, a pesar del episodio anterior. De todas maneras 

O’Higgins había pasado, de hecho, a ser reconocido como una de las más altas 

autoridades militares del sur. 

286


A fines de 1810 había grandes vacilaciones sobre si era conveniente o no 

convocar a un congreso nacional. Martínez de Rozas no estaba muy convencido, 

a más que la mayoría de la Junta era contraria a esa convocatoria. O’Higgins 

presionó de tal manera a su amigo que, colocando en la balanza de las condiciones 

su apoyo militar, prácticamente impuso la idea. 

Veamos cómo se desarrollaron los hechos. 

El recordado historiador don Julio Heise González refiere el episodio en la 

forma siguiente: “En 1810, la mayor parte de los miembros de la Primera Junta 

Nacional de Gobierno, era contraria a la elección de un Congreso, incluyendo a 

Juan Martínez de Rozas, sin duda el más destacado miembro de dicha Junta. 

O’Higgins debió convencer a su amigo Martínez de Rozas en el sentido de ir 

a la elección de una Asamblea Legislativa. Su admiración por los principios de 

soberanía popular y gobierno representativo y su convicción de que era necesario 

comenzar de una vez el aprendizaje político, lo condujeron a manifestar su 

entusiasmo por la elección del Primer Congreso Nacional que representaría no 

sólo la voluntad popular, sino que serviría también como escuela de civismo a la 

alta burguesía chilena”. 

Jaime Eyzaguirre, por su parte, relata que O’Higgins “habla con vehemencia 

a Rozas de la necesidad de acelerar desde el gobierno la acción revolucionaria, 

de decretar cuanto antes la libertad de comercio y proceder a la convocatoria 

de un Congreso de representantes. Rozas, circunspecto y más que cincuentón, 

escucha las apasionadas razones de su joven amigo y no parece inclinarse tan 

pronto a ellas. Hombre de gabinete, lento y cauteloso, ve aún muchos obstáculos 

y no cree en la conveniencia de un parlamento, pues el atraso reinante habrá 

de repercutir lamentablemente en su composición y en las líneas directivas de 

su política. O’Higgins reconoce estos inconvenientes, pero cree que es preciso 

comenzar alguna vez, y cuanto antes mejor, a ejercitar el hábito de las libertades 

parlamentarias que él ha admirado tanto en Inglaterra. La discusión se prolonga y 

el doctor Rozas parece resuelto a mantener tercamente su criterio. 

Cansado ya O’Higgins, que no está tampoco dispuesto a ceder en punto tan 

esencial, le hace ver al fin, en forma cortante, que su cargo de vocal de la Junta no 

le da más alternativa que obtener de sus colegas la convocatoria a un Congreso. 

o retirarse del gobierno. Le agrega que de no hacerlo así, lejos de contar con su 

adhesión, hallará en él a su más franco e implacable adversario”. 

“Sabe Rozas del espíritu resuelto de O’Higgins y termina persuadido de que no 

le será posible contrariarlo sin exponerse a graves consecuencias y producir una 

división fatal en el núcleo pequeño de revolucionarios. Decidido al fin a acoger 

sus razones, no se despide de Don Bernardo sin que éste reciba la promesa de 

actuar en todo conforme a sus deseos. 

Don Luis Valencia confirma lo anterior al consignar en su libro “Bernardo 

O’Higgins, el Buen Genio de América” que “antes que Rozas dejara Concepción 

para asumir en Santiago su cargo de tercer vocal de la Junta, había examinado 

con O’Higgins la conveniencia de convocar a un congreso de representantes de 

todo el país, como una medida encaminada a levantar al pueblo de su letargo”. 

287


Por su parte, Encina en su famosa “Historia de Chile” ratifica el hecho de la 

conferencia de Martínez de Rozas con O’Higgins destinada a tomar esta medida 

y otras “que era necesario adoptar para la felicidad del país”. 

Sin embargo, la clave de la situación la da la carta que O’Higgins escribió a 

Juan Mackenna el 5 de enero de 1811, al imponerse del decreto convocatoria 

del Congreso: “En este momento –dice la carta– acabo de saber con el mayor 

placer que mi amigo Rozas ha podido llevar a efecto algo que lo restablece por 

completo en mi buena opinión: ha obtenido de sus colegas de la Junta la firma 

para convocar un Congreso. Sé por mi amigo Jonte y por otras fuentes, que 

Rozas ha encontrado las dificultades más formidables para la realización de esta 

medida, pues la mayoría de los miembros de la Junta se oponían violentamente 

a ella. Merece, por consiguiente, las mayores alabanzas al obtener el éxito en 

tales circunstancias. Sobre todo porque el mismo Rozas abrigaba grandes dudas 

respecto a su conveniencia”, Y añade: “Poco antes de irse a Santiago para hacerse 

cargo de su puesto en la Junta, tuve con él una conversación larga y confidencial 

acerca de las medidas que era necesario adoptar para el éxito de la revolución 

y el bienestar del país. En esa ocasión insistí fuertemente en la necesidad de 

dos medidas encaminadas a levantar al pueblo de su letargo y a hacerlo tomar 

interés en la revolución: la convocatoria de un Congreso y el establecimiento 

de la libertad de comercio. Rozas parecía temeroso de las consecuencias de 

reunir un Congreso, y no sin razón. Por mi parte, no tengo duda de que el Primer 

Congreso de Chile mostrará la más pueril ignorancia y se hará culpable de toda 

clase de locuras. Tales consecuencias son inevitables, a causa de nuestra total 

falta de conocimientos y de experiencia: y no podemos aguardar que sea de otra 

manera hasta que principiemos a aprender. Mientras más pronto comencemos 

nuestra lección, mejor”. Agrega esta carta lo siguiente, donde, como ya anotamos, 

radica la clave de la situación: “Con tales ideas, le dije francamente a mi amigo 

Don Juan, que debía o bien inducir a sus colegas a convocar a un Congreso, o 

retirarse del Gobierno, o contar con una hostilidad determinada de mi parte, en 

vez de la ardiente amistad que hasta entonces sentía para él. Después de esta 

declaración, echó a un lado todas las objeciones y se comprometió a convocar a 

un Congreso o, si no podía hacerlo, a retirarse del Gobierno...”. 

Don Fernando Campos Harriet, Premio Nacional de Historia, confirma en 

su “Historia Constitucional de Chile” estos hechos, al decir que “la idea de la 

convocatoria fue de O’Higgins; Martínez de Rozas, uno de los mentores de la 

Junta de Gobierno, vaciló largo tiempo en aceptarla” y agrega que O’Higgins 

“exigió a Martínez de Rozas la convocatoria de un Congreso, apoyando sus 

argumentos en las bayonetas del ejército del sur que comandaba”. 

La idea de convocar a un Congreso no era sólo de propiedad de O’Higgins. 

El Cabildo del 18 de setiembre que instaló la Primera Junta de Gobierno le 

dio el carácter de poder provisional, “mientras se convocaban y llegaban los 

diputados de todas las provincias de Chile, para organizar el que debía regir en lo 

sucesivo”. La misma junta –como señala Encina– había pedido, al instalarse, a los 

subdelegados que convocasen “al ayuntamiento para que nombre a un diputado 

que, representando por la provincia, ocurra a esta capital”. 

288


Pero faltaba que se concretase la idea. Es cierto que, como lo anota Encina, 

se había formado un grupo de patricios en torno al Cabildo de Santiago, que 

estaban disgustados con el mando de la Junta, y especialmente el que ejercía 

Rozas. También querían la reunión de diputados; pero ignorantes en todo de las 

funciones de un Congreso, veían que de esa manera podían controlar el gobierno 

despojando de su autoridad a la Junta. 

O’Higgins, en cambio, anhelaba un Congreso con sus prácticas legislativas 

y parlamentarias que él había aprendido a admirar en Inglaterra. Encina ve en 

ello una psiquis especial de O’Higgins, en la que se confundían como tareas “la 

independencia y la transformación de la sociedad chilena”, ya que para él “el 

hecho material de la independencia, si el pueblo chileno iba a seguir siendo lo 

que, era bajo el régimen colonial, no tenía significado”. 

Por otra parte, O’Higgins exigía la elección de los diputados por parte 

de los vecinos de las provincias, de acuerdo con sus convicciones sobre la 

soberanía popular y el gobierno representativo. Es clarificador a este respecto 

lo que O’Higgins escribe a unos amigos de Concepción, los cuales le consultan 

sobre quiénes deben participar en la elección. Les transcribe un párrafo de la 

Constitución norteamericana y el texto, traducido por él, de algunas reglas: “En la 

elección de representantes tendrá voto todo hombre libre, de 21 años para arriba, 

que haya residido dos años en el Estado y pagado sus contribuciones”. 

Esa posición era muy diferente a la simple convocatoria del ayuntamiento para 

que designase a un diputado para que representase a la provincia. 

Es interesante señalar que Mackenna, al responder la carta de O’Higgins, le 

advertía: “si no fuera, amigo mío, por las razones que Ud. alega, yo creería la 

reunión de un Congreso el paso más antipolítico en el día. Esperar discernimiento 

y práctica legislativa de los chilenos, es como pedir al ciego que distinga la 

diversidad de los colores”. Agrega que no divisaba al hombre capaz de dirigirlo o 

siquiera de hacerse escuchar de sus colegas. 

O’Higgins estaba muy consciente de qué podía esperarse de la asamblea de 

representantes, como lo indican los fuertes términos empleados en su carta; pero 

para él era más importante la escuela de civismo que ese hecho iba a significar: 

la participación del pueblo chileno mediante la elección y el aprendizaje político y 

legislativo de los representantes. Tendrían necesidad, estos últimos, de considerar 

y resolver los negocios públicos y se requería, igualmente, dar estructura política 

al país. Nada más adecuado, por tanto, para estudiar las normas sobre las nuevas 

instituciones que urgía la patria, que la existencia de dicho Congreso. 

La convocatoria del Congreso se hizo por decreto el día 15 de diciembre de 

1810 y el cabildo metropolitano saludó ese acto, con excesivas esperanzas, a 

“la respetable asamblea que se reuniría, ya que los diputados van a tratar nada 

menos ‘que el establecimiento del sistema de gobierno que deba regirnos en lo 

sucesivo”. 

Orrego indica que “triunfó la tesis parlamentaria de O’Higgins, siendo de 

advertir que este rasgo suyo lo coloca muy por encima de los epítetos de hombre 

autoritario y autocrático con que injustamente lo señalaron sus enemigos, pues, 

289


como ha de probarse en su sitio, fue entre los próceres de la era revolucionaria el 

que tuvo más arraigados principios en materia constitucional”. 

O’Higgins fue quizás el único que tenía un concepto claro de lo que era 

un Congreso, de la necesidad de ser elegido por sufragio del pueblo y de sus 

funciones legislativas. Creía, por lo demás, que a pesar de la ninguna experiencia 

y conocimiento de los chilenos sobre la materia, su convocatoria era necesaria 

para educar tanto a los votantes como a los que iban a representarlos, para ir así 

constituyendo un Estado que empezara a conocer las prácticas parlamentarias y 

el principio de la separación de los poderes. 

Por todos estos hechos y apreciaciones me atrevo a sostener que a Don 

Bernardo O’Higgins se debe la convocatoria del primer Congreso de la República, 

considerándolo como el Parlamento que hace que el país empiece a dar sus 

primeros pasos democráticos. Por ello, debemos considerarlo, a más de todos 

sus grandes títulos, como el Padre de nuestro Congreso Nacional. 

Por ese tiempo, la influencia de O’Higgins se hace también notoria al decretar 

la Junta la libertad de comercio el 21 de febrero de 1811, entre los puertos 

habilitados chilenos y todos los del mundo que no pertenecieran a potencias 

enemigas. 

Encina da en su obra los pormenores de la convocatoria del Primer Congreso. 

Debía –dice– componerse de 36 diputados: 6 por Santiago, 3 por Concepción, 2 

por cada uno de los partidos de Chillán, San Femando, Coquimbo y Talca, y uno 

por cada uno de los partidos o provincias restantes. Seguía explicando quiénes 

podían ser electores y elegidos. Así señala que eran electores “los individuos que 

por fortuna, empleos, talentos o calidad gozan de alguna consideración en los 

partidos en que residen, siendo mayores de 25 años”. Podían votar los eclesiásticos 

seculares, los curas, subdelegados y militares; pero no los extranjeros, los fallidos, 

los deudores de la real hacienda ‘ los procesados por delitos que merezcan pena 

infamante o que hubieren sido condenados a ella. Correspondía a los cabildos 

calificar los vecinos con derecho a voto y dirigir la elección. 

Podían ser elegidos diputados –continúa Encina– “los habitantes del partido o 

los de fuera de él avecindados en el reino, que por sus virtudes patrióticas, sus 

talentos y acreditada prudencia hayan merecido el aprecio de sus conciudadanos, 

siendo mayores de 25 años, de buena opinión y fama, aunque sean eclesiásticos 

seculares”. Cada diputado debía tener un suplente que lo reemplazaría en caso 

de ausencia, enfermedad o muerte. Los cabildos debían citar para un día a los 

ciudadanos con derecho a voto, por medio de esquelas. 

La convocatoria del Congreso desató una lucha política en todo el país. 

Había inquietud en todos y la opinión se dividió en tres posiciones. Valencia 

dice que en unos apuntes O’Higgins, de su propia letra, las individualiza como la 

“patriota”, la “indiferente” y la “realista”. Los primeros eran francos partidarios de 

la independencia; los realistas eran enemigos de ésta y los indiferentes tenían la 

posición ideal de ser partidarios de un gobierno chileno bajo la soberanía nominal 

de Femando VII. En la época –dice el mismo historiador– era común referirse a 

los realistas como “sarracenos”. 

290


O’Higgins fue postulado por el bando patriota de Los Ángeles como su diputado 

propietario, junto a un hijo del Comandante Benavente como suplente. Triunfaron 

ambos, con una abrumadora mayoría, en una elección que fue convocada para el 

10 de enero de 1811 a la que concurrieron 120 vecinos. 

Al relatar dicha elección Valencia nos dice que hubo cierto ausentismo, 

provocado por un connotado realista, don Juan Ruiz, quien había recibido órdenes 

de la capital, que llegaron atrasadas, para influir en que se eligiera a un personaje 

santiaguino, moderado de ideas, don Francisco Cisternas. Ruiz se valió de un 

hijo, Manuel, que había concurrido con su voto a la elección de O’Higgins, para 

tratar de invalidar la elección, lo que no prosperó. “Que la política acaloró por esos 

días los ánimos en Los Ángeles –comenta Valencia– lo descubre también otro 

elector del nuevo diputado, quien le escribió que ‘escarmentado’ de lo ocurrido, 

aun bajo los respetos que son a v.m. constantes, me guardaré de entrar en sus 

asquerosas hordas, donde nada se trata con sinceridad”. 

En estas precarias condiciones O’Higgins aceptó su diputación y se, preparó en 

Las Canteras para desentenderse de sus intereses privados y para desempeñar 

sus funciones con el ardoroso espíritu público que se le reconoce. 

O’Higgins se dirigió a Santiago, sorprendiéndole en el camino los 

acontecimientos ocurridos el día 1º de abril de 1811 en la capital. El Cabildo de 

Santiago había fijado ese día para elegir sus diputados; pero lo impidió el motín 

del Comandante Tomás de Figueroa, motín que fue resueltamente enfrentado 

y abatido por Martínez de Rozas. Este, una vez encarcelado Figueroa, con 

un procedimiento relámpago, consiguió una mayoría de la Junta para votar la 

condena a muerte del detenido, cumpliéndose la sentencia a las 4 de la mañana 

del día 2. 

Con el resultado de este motín el partido español o sarraceno prefirió diluirse 

entre los moderados y el campo político se movió así entre éstos y los patriotas 

resueltos. 

Los diputados patriotas, entre los que se encontraba O’Higgins, lograron 

que la Junta los aceptara en su seno. Así se incorporaron a la junta provisional 

gubernativa, con fecha 2 de mayo de 1811, los diputados de varias ciudades y 

villas que habían alcanzado a esa fecha llegar a la capital y “empezaron a conocer 

en unión de la misma junta de todos los negocios ocurrentes”, según dice el acta 

de la junta. 

Sólo el día 6 de mayo el Cabildo de Santiago pudo hacer elegir a sus diputados, 

que fueron todos realistas o moderados, “del elemento criollo de posición social”, 

según lo anota Valencia. 

Con fecha 17 de mayo, recibiendo todo el contingente de los diputados electos, 

la junta –para poder gobernar– resolvió dividirse en tres salas, hasta la apertura 

del congreso: una para conocer los asuntos de guerra, otra para los de real 

hacienda y la tercera, para los de gobierno y policía. O’Higgins quedó en la de 

guerra, no teniendo más apoyo para sus ideas que la del secretario José Gaspar 

Marín, que no tenía derecho a voto. 

291


En los casi dos meses que duró este sistema de gobierno fue muy poco lo que 

pudo hacerse. 

El diputado O’Higgins –señala Valencia– “venía al Congreso cargado de ilusiones 

y de propósitos de servicio a sus comitentes, como cualquier parlamentario de 

todos los tiempos”. Con su admiración por el sistema republicano y representativo, 

tenía grandes aspiraciones para servir a sus representados de Los Ángeles. Se 

destacó así como un ejemplo del parlamentario regional. 

El relato vívido de Valencia de este aspecto de la actividad de O’Higgins 

merece reproducirse: “Traía un apunte de trazos anchos, resueltos, que se 

conserva dentro los papeles de don Diego Barros Arana y que tiene sabor a cosa 

infantil, porque cabe tal cual es en la infancia de un pueblo que despertaba a 

la representatividad democrática, al sistema republicano, decíase entonces. El 

contenido lo denuncia su epígrafe: “Puntos que hay que pedir a la Junta (por el 

diputado Bernardo O’Higgins)”. Reúne un conjunto de aspiraciones locales, en 

verdad cosas menudas para la historia y para lo que la posteridad relaciona con el 

primer congreso nacional”. Los puntos eran los siguientes: destinar el producto de 

las tierras vacantes de Laja al pago del maestro de escuela; quitar atribuciones a 

los comandantes de plazas fronterizas con las tierras indígenas; que se constituya 

el cabildo; que se establezca un convento; que se instalen pulperías y se saque el 

almacén de pólvora de dentro de la villa; que se controle a los vagabundos; que 

no se ingrese vinos de fuera hasta después de consumida la producción local; 

pedir más fuerza armada. 

Pero el sistema de gobierno entregado a más de 40 personas resultaba 

inoperante. El mismo apunta –a través de su biógrafo John Thomas– que “no 

transcurriría un día sin que se proporcionara una nueva medida y, después que 

se la discutía todo el día, no se adoptaba decisión alguna y se la relegaba al 

olvido”. 

El Primer Congreso debía instalarse y, con ello, reemplazar en sus funciones a 

la junta provisional. Valencia nos informa, a través de los apuntes para la biografía 

de O’Higgins que redactó John Thomas, de episodios inéditos relacionados con 

su instalación. 

Así tomamos conocimiento que hubo una sesión preparatoria de la 

inauguración que debía hacerse el 4 de julio de 1811, en homenaje al aniversario 

de la independencia de Estados Unidos de Norteamérica. La sesión preparatoria 

se efectuó el 24 de junio “en honor de Martínez de Rozas, que estaba de 

cumpleaños”. 

O’Higgins también nos revela, por ese medio, de que formaba parte de un 

“consejo patriótico que reunía a los diputados de esa posición y que entró a 

presidir su amigo Juan Pablo Fretes”. 

Dicho consejo tuvo una participación muy activa en esa sesión preparatoria, 

ya que encomendó a O’Higgins presentar una protesta porque se habían elegido 

12 representantes por Santiago en vez de los 6 que había fijado el decreto 

convocatoria. En dicha presentación se establecía que las provincias sólo, se 

podían sentir obligadas al concurrir en la proporción indicada en la convocatoria, 

292


siendo libres de obedecer o no las decisiones del Congreso si se validaban los 12 

diputados santiaguinos. 

Tan pronto se abrió la sesión preparatoria, O’Higgins entregó al secretario 

don José Gregorio Argomedo la protesta, pidiéndole que la leyera en voz alta. 

José Miguel Infante, asumiendo la defensa de la representación metropolitana, 

arguyó que si ésta se desconocía, se invalidaba toda la asamblea y pidió que se 

suspendiese todo pronunciamiento hasta que la voluntad nacional lo decidiera. 

La inexperiencia y buena fe de los diputados minoritarios les impidió tomar 

resoluciones tajantes y terminaron por aceptar la proposición de Infante. 

La asamblea examinó así todos los poderes de los diputados y procedió 

luego a la elección de la mesa. Se discutió enseguida, la proposición de Fretes 

y de O’Higgins, que explicó el sistema del parlamento inglés, la adopción de un 

reglamento que dirigiera los procedimientos y debates; pero sin saber dirigir el 

debate, el que presidía la dio por desechada. La sesión preparatoria –señala 

Valencia– concluyó con la aprobación de una moción de Infante que acordó al 

congreso el tratamiento de “alteza”, y su denominación como “alto congreso 

nacional instalado a nombre del señor don Femando VII”. 

Encina relata con gran prolijidad la instalación del Primer Congreso el 4 de 

julio de 1811. La sala en que funcionaba la Real Audiencia se destinó para él. “Se 

le quitó la tarima, el Cristo y el gran dosel; se amobló con bancos sencillos de 

madera; y se blanquearon con cal sus paredes”. 

“A las nueve y media de la mañana, salió del palacio de gobierno la comitiva, 

encabezada por los miembros de la junta y compuesta de los diputados electos, los 

vocales del tribunal de justicia, los miembros del cabildo, los altos jefes militares, 

los doctores de la universidad y el vecindario noble. La tropa le presentó armas y 

los cañones hicieron una salva. Tomaron asiento en la catedral por riguroso orden 

de procedencia. Dijo la misa el vicario capitular Don José Antonio Errázuriz. El 

padre Camilo Henríquez, designado para pronunciar el sermón, subió al púlpito 

después del evangelio...”. 

“Inmediatamente que concluyó el sermón salió el secretario don José Gregorio 

Argomedo a la mitad de la iglesia, y dando frente al congreso exigió juramento a 

todos los diputados...”. 

Los diputados pasaron enseguida a la sala de la Audiencia y allí el secretario 

leyó un discurso escrito por Don Juan Martínez de Rozas, como Presidente de 

la Junta, que Encina y Valencia describen como una pieza de sencillez y cordura 

admirables. Acto continuo la junta depuso el poder en el Congreso. 

En la sesión del día 5 se eligió Presidente a don Juan Antonio Ovalle y 

Vicepresidente a don Martín Calvo Encalada. En esa misma sesión prestaron 

juramento los militares, los prelados de las órdenes religiosas, los jueces y los 

empleados de la administración. 

En la del día 8 se designó secretario a don José Francisco Echaurren y a don 

Diego Antonio Elizondo. 

293


Por mucha que fuera la inexperiencia en materia de gobierno el Congreso se 

daba cuenta que él no podía asumir todas las funciones legislativas y, al mismo 

tiempo, las del ejecutivo. Ya la junta que había entregado el mando había creado el 

13 de junio un tribunal o corte de apelaciones en reemplazo de la Real Audiencia, 

estableciendo así el principio de la separación, de los poderes. No podían, por 

tanto, permanecer confundidos el legislativo y el ejecutivo. 

La minoría patriota del Congreso comprendía mejor que nadie, la necesidad 

de un poder ejecutivo; pero deseaba impedir a toda costa que fuera designado 

por la mayoría. El 29 de julio el Congreso determinó que la junta ejecutiva se 

compusiera de tres miembros. 

Un suceso inesperado vino a suspender esa preocupación. El capitán Fleming, 

jefe del navío británico Standart, llegado a Valparaíso, hizo presente al Congreso 

que tenía como misión recoger los caudales de los americanos para auxiliar al 

consejo de regencia de España en su lucha contra los invasores napoleónicos. 

La caja del tesoro tenía un millón y medio de pesos y la nota puso en aprietos al 

Congreso, ya que sus actos aparecían presididos por una adhesión a Fernando 

VII. Por esas causas la mayoría parecía inclinada a entregarlos. 

En ese tiempo O’Higgins estaba enfermo, víctima de un reumatismo articular 

que lo postró durante dos meses y medio. Pero hizo un esfuerzo supremo 

y concurrió a la sesión en que se discutía la nota y pidió la palabra. “Con voz 

tranquila –apunta Valencia– sin agitarse, hizo un recuento de las razones 

abonadas por uno y otro bando en pro y en contra de la cesión de esos dineros, 

¿A qué pagarlos, si ni siquiera beneficiarían a España?” “La soberanía del consejo 

de regencia era sólo soberanía de comedia –recordaba después Urrejola haberle 

oído argumentar– pues a los franceses les hacía mucha cuenta dejar a Cádiz en 

poder de los españoles, ya que era la puerta por donde continuarían entrando a 

la península las erogaciones y productos de América”. 

“Era un buen orador –continúa Valencia– y lo demostró en muchas 

oportunidades. Ahora, levantando poco a poco el tono de su voz fue remarcando 

ante la asamblea las necesidades urgentes del país y el peligro de ceder 

unos fondos que, acaso, y muy seguramente, habrían de precisarse en breve 

plazo”. Concluyó su discurso con energía: “Es cierto que estamos en minoría, 

pero podemos suplirla con decisión y nuestro arrojo y no dejaremos de tener 

bastantes brazos para oponernos firmemente a que salga este dinero, que ahora 

necesitamos más que nunca”. 

Sus palabras cerraron el debate –sigue Valencia–. Los diputados patriotas, 

puestos de pie, reanimados por su altivez y brava amenaza, exigieron que 

el Congreso no perdiera más tiempo en discutir el asunto y aquel mismo día 

el marino inglés recibió la respuesta: “A pesar de nuestros mejores deseos no 

contamos en el día con caudal alguno que poder enviar”. 

El Congreso volvió a ocuparse de la constitución de la nueva junta de 

gobierno. 

El día 8 de agosto el Diputado don Manuel de Salas, componente de la minoría 

patriota, propuso que Santiago eligiera dos vocales y Concepción uno; pero la 

294


mayoría rechazó toda proposición sensata o conciliatoria y provocó así la decisión 

de los diputados de la minoría de retirarse del Congreso. 

El día 10 de agosto la mayoría, sin la presencia de los diputados patriotas y 

dando un golpe de autoridad, procedió a elegir la junta, que quedó compuesta 

por los señores Martín Calvo Encalada, Juan José Aldunate y Francisco Javier 

del Solar. Este último, que representaba a Concepción, no ocupó su puesto y 

fue reemplazado por el teniente coronel Juan Miguel Benavente, partidario de 

Martínez de Rozas. Dentro de un régimen de moderación la junta –a juicio de 

Encina– quedó compuesta de tres partidarios de la independencia. Pero el día 11 

el Congreso aprobó un reglamento para la junta que ponía grandes cortapisas a 

sus funciones, maniatándola prácticamente. 

El mismo día la mayoría dirigió al país un manifiesto, en un tono elevado y 

conciliador, diciendo que estaba dispuesta a aceptar a los mismos diputados de 

la minoría si volvieran a elegirlos. 

La minoría optó por dirigirse a sus electores para explicarles lo sucedido, 

que estimaban un desprecio a las provincias, y para pedirles que renovaran sus 

poderes, significando esta ratificación el no dejarse atropellar. La ratificación fue 

general y unánime en todos los partidos o lugares. 

Con respecto a O’Higgins, dejemos a la pluma de Jaime Eyzaguirre relatarnos 

la ratificación de su diputación: “Muy de mañana –dice– los vecinos de la villa 

de Los Ángeles se han reunido en la sala de juntas del fuerte, presididos por el 

alcalde Don Manuel de Mier. El motivo de esta congregación ha sido la llegada 

de una nota del Diputado don Bernardo O’Higgins, que el escribano lee a los 

asistentes. Constituye ella una cuenta minuciosa de los obstáculos en que ha 

debido tropezar en el ejercicio de su mandato parlamentario, hasta decidirle a 

abandonar el Congreso en espera de nuevas instrucciones de sus electores. 

Primero ha chocado con el abusivo predominio del Cabildo de Santiago que, 

contrariando las bases de convocatoria del Congreso, aumentó con posterioridad 

de seis a doce diputados su representación... Y a esto tiene que agregar el 

tenaz empeño gastado por obtener que se contemple la división territorial en el 

nombramiento de los vocales de la Junta. Tampoco ha logrado nada y no le queda 

así más remedio que retirarse del Congreso con sus demás colegas de provincia 

hasta conocer la decisión de los respectivos mandantes. 

“La asamblea de vecinos –continúa Eyzaguirre– está toda por apoyar la 

acción del diputado O’Higgins, que con dignidad y entereza ha cumplido la tarea 

encomendada, y a grandes voces ratifica sus poderes sin más condición de que 

no entre en negocio, convenio ni contrato alguno con los seis diputados intrusos 

de Santiago”. 

Lamentablemente, cuando la nota ratificadora llega a Santiago, ha recrudecido 

el mal de reumatismo en O’Higgins quién, en cama, no puede cumplir sus funciones 

y se ve obligado a ser espectador pasivo de acontecimientos fulminantes, en 

donde, como dice el mismo Eyzaguirre, “una nueva figura entra en escena, dando 

un empuje no sonado a los manejos del bando extremista”. 

El 4 de setiembre de 1811 don José Miguel Carrera, llegado poco antes de 

Europa, da su primer golpe y presenta al Congreso un pliego de peticiones. En 

295


la tarde de ese día ya había una nueva Junta que integran Martínez de Rozas, 

ausente de Santiago, Juan Enrique Rosales, Martín Calvo Encalada, el coronel 

Juan Mackenna y Gaspar Marín. En la noche eran expulsados del Congreso 

7 diputados de Santiago y el de Osorno. Queda como nuevo presidente del 

Congreso el sacerdote Don Joaquín Larraín. 

El Congreso entra así en un plan de reformas, eliminada de esa manera la 

mayoría que obstaculizaba la acción de los patriotas. Sin descanso, estudia las 

bases del primer reglamento constitucional promulgado el 14 de agosto de 1811; 

crea la provincia de Coquimbo; suspende el aporte a la inquisición de Lima; 

empieza a organizar el poder judicial; ordena la confección de un censo; nombra 

una comisión en la que quedan Manuel de Salas y Juan Egaña para coordinar 

todas las reformas en materia política y administrativa; deroga los derechos de 

exportación para reemplazarlos por un derecho de 25 centavos a la exportación 

de trigo, autoriza el cultivo del tabaco por dos años, sin abolir el estanco; recarga 

el porte de las cartas; y hace economías en los gastos públicos. En el campo 

de la enseñanza, se produce un debate entre Camilo Henríquez, partidario de 

la educación meramente intelectual, con su proyecto de fundación del Instituto 

Nacional, y Manuel de Salas, que patrocinaba la enseñanza profesional y técnica. 

El Congreso tomó la resolución de admitir a los indios en los colegios del Estado, 

para integrarlos a “un pueblo del que deben formar parte”. 

El Congreso aprobó, además, una ley que lo ha hecho pasar a la historia. 

Con fecha 11 de octubre de 1811 sancionó “la ley de vientres”, que declaró libres 

a los hijos de esclavos que nacieran en Chile, como también a los esclavos en 

tránsito que permanecieran seis meses en el país y prohibió la internación de 

esclavos al territorio. En sus apuntes, John Thomas –refiere Valencia– “asegura 

que O’Higgins, con el apoyo de Pedro Ramón de Arriagada, presentó un primer 

proyecto sobre la materia, que en su oportunidad fue rechazado, cuando la 

mayoría realista hacía imposible su aprobación”. El autor del proyecto aprobado 

fue don Manuel de Salas, siendo a juicio de Encina “la gran reforma, la única que 

pertenece de derecho a la revolución”, mientras que Valencia dice de ella que es 

“la más concluyente reforma social que pudo abordar el primer congreso y que es 

su mayor gloria”. 

Mientras tanto O’Higgins, todavía enfermo, pudo concurrir al Congreso el 18 de 

octubre para defender un proyecto suyo sobre el establecimiento de cementerios 

fuera del radio urbano, que algunos consideraban antirreligioso, porque creían que 

los muertos descansaban mejor en los templos. El clima reformista que inspiraba 

al Congreso operó para que este proyecto fuera también aprobado. 

Por su salud el 6 de noviembre O’Higgins hizo una presentación a la presidencia 

del Congreso, que en ese tiempo la ejercía Fretes, para que la mesa le concediera 

un permiso para no asistir hasta que se repusiera totalmente de su enfermedad. 

Al día siguiente, la mesa le concedió este permiso. 

Se produce el 15 de noviembre de 1811 una nueva intervención de Don José 

Miguel Carrera, que lleva a la formación de una nueva Junta, en la que participan 

él mismo como presidente, don José Gaspar Marín y don Juan Martínez de Rozas. 

Sus discrepancias con el Congreso determinan a Carrera resolver la disolución de 

éste, la que cumplió el día 2 de diciembre de 1811. Los diputados –dice Encina– 

296


aceptaron suspender las sesiones; pero no transmitir el poder legislativo que, a 

su juicio, era “esencialmente incomunicable por los representantes”. Presionada 

la mesa firmó el acta de receso y la transmisión de sus poderes al ejecutivo. 

“Moría así –afirma Eyzaguirre– el primer intento nacional de un gobierno 

representativo”. Por nuestra parte, creemos que fue el inicio de la conciencia 

democrática del pueblo chileno. 

Hemos tratado de dar una visión muy sucinta de las actuaciones de don 

Bernardo O’Higgins, primero, como el forjador del primer Parlamento chileno, 

ya que, según lo hemos reseñado, por su voluntad decidida fue convocado; y 

segundo, dando ejemplo con su actividad, de cómo debía comportarse un 

diputado en ese primer Congreso. 

Es posible, como el mismo O’Higgins lo anticipó, que muchos errores e 

inexperiencias marquen al primer Congreso Nacional. Como lo anota Encina, el 

principal error del primer Congreso fue concentrarse, en los tres últimos meses 

de su labor, en reformas “que podían esperar mejores días”, sin percatarse que lo 

primero era vivir y que lo cuerdo era dedicarse a la defensa militar. Se produjo así 

una disociación con quienes podían manejar las fuerzas militares que llevaron al 

completo desentendimiento con Carrera. Tampoco los proyectos que acordaron 

eran esenciales para el gran proyecto político de la independencia. 

Sin embargo, Martínez de Rozas, quien tenía la mayor experiencia política 

en ese tiempo y que se había resistido a convocarlo, se expresó de él con los 

siguientes juicios: “obró con patriotismo, con inteligencia y energía. Por la primera 

vez se conoció que había un gobierno”. 

O’Higgins, al ser decisivo en su fundación dio a ese parlamento rudimentario 

y sin experiencia las bases de democracia representativa y de participación 

ciudadana que se han impreso en la historia de la patria. 

Creemos y lo ratificamos: el Libertador merece agregar a sus grandes títulos el 

de Padre de nuestro Congreso Nacional y de primer parlamentario de la República. 

Con su voluntad decidida dio nacimiento a nuestro Congreso, fundándolo en la 

voluntad ciudadana y en el conocimiento de sus verdaderas funciones. 

Afirmarnos que también merece el título de primer parlamentario porque, con 

su ejemplo, fijó rumbos al actuar parlamentario. Se preocupó, en primer lugar, 

porque el Congreso tuviera un reglamento para sus labores; fue, enseguida, un 

paradigma de diputado regional; supo coordinar los trabajos de la que, en sus 

inicios, fue minoría en la asamblea; fue un buen portavoz de ella, argumentando 

y dando muestras de una convincente oratoria; fue también un ejemplo en el 

respeto y consideración que se debe a los que lo eligieron. 

Campos Harriet afirma que “en aquel congreso, O’Higgins fue un líder de la 

minoría”. 

Lamentablemente la enfermedad que lo aquejó en ese tiempo impidió a 

O’Higgins, como lo hemos visto, tomar una actuación más decisiva en los 

acontecimientos políticos que se desencadenaron. 

297


Nada es más elocuente, a este respecto, que las expresiones de los 

habitantes de, Los Ángeles al ratificar al Libertador en su condición de diputado. 

Ellos “se conmovieron, y expresaron estar satisfechos de la arreglada conducta 

de su representante, dándole las más expresivas gracias por sus virtuosos 

procedimientos y honor con que se ha conducido”. 

Las notas anteriores hacen ver la necesidad de profundizar en lo que fue la 

actuación y autoría del Libertador en la formación de nuestro Parlamento y en las 

proyecciones que éste tuvo en las bases republicanas y democráticas del país y 

en la formulación de nuestra independencia. 

Se permiten también ser una incitación a la promoción del estudio de la 

historia del Congreso de Chile, que no se ha abordado en su integridad y en su 

contribución al proceso político del país. 

Estamos seguros que ese estudio hará más comprensivo el conocimiento 

del gran papel cumplido por el Libertador Don Bernardo O’Higgins en la base 

democrática del país; extenderá el estudio de nuestra historia y podrá constituir el 

descubrimiento de una de las bases del proceso de formación de nuestra cultura. 

298


O’HIGGINS, EL PRIMER CIUDADANO DE CHILE 

Miguel Cruchaga Tocornal 1 

La acción preeminente de O’Higgins en la formación y en los primeros años 

de la República se destaca airosamente desde las líneas iniciales de la primera 

página de nuestra hermosa historia de nación libre, y está grabada con caracteres 

indelebles en la conciencia y en el sentimiento populares. Y si leyes como la de 

1844, promulgada por el Presidente Bulnes, proclaman la obligación cívica de 

perpetuar la memoria del brioso paladín de nuestra independencia, en estos día 

el país, como una manifestación más de ferviente acatamiento a tan justiciera 

disposición, manifestada por la majestad de la ley, ha celebrado con particular 

cariño el primer centenario de la muerte de su héroe máximo. 

La vida de O’Higgins, cargada de brillantes ejemplos de entereza y abnegación, 

es toda una línea de tradición para la República. 

Ilustró la historia nacional con el brillo de su espada en los campos de batalla, 

con su fervor cívico en la dirección del gobierno y con su alto espíritu americanista 

que lo realza por sobre nuestras fronteras. 

Acaso no fuera O’Higgins lo que pudiera llamarse todo un estratega o un 

técnico en el arte de la guerra, pero fue mucho más que eso: un héroe dotado de 

inmenso arrojo y valentía. En el paso de El Roble, junto al río Itata, fue su decisión 

la que salvó al ejército patriota atacado de sorpresa. Su famoso grito: “¡Vivir con 

honor o morir con gloria!” resuena hasta la fecha con emoción en el oído de los 

chilenos. En la plaza de Rancagua, sitiada por fuerzas de enorme superioridad, 

su heroísmo de leyenda llega al pináculo, cuando sable en mano se abre paso 

por entre las trincheras enemigas con un pelotón de soldados. Y en Chacabuco, 

adelantándose a los planes convenidos por la estrategia, y no pudiendo dominar 

su impulso guerrero, atacó con tal denuedo, que decidió para la causa de América 

el buen éxito de la batalla. 

1 Cruchaga Tocornal, Miguel.- Nació en Santiago el 5 de mayo de 1869. Hijo de Miguel Cruchaga Montt y de 

María del Carmen Tocornal Vergara. En la revolución de 1891 se enroló en el ejército del Congreso y actuó 

con el grado de Capitán en las batallas de Concón y Placilla. Sirvió la cátedra de Derecho Internacional en 

la Universidad de Chile. Diputado por Santiago entre los años 1900 a 1906, Ministro de Hacienda en 1903 y 

1904 y del Interior en 1905 a 1906. Ministro Plenipotenciario en Argentina, Uruguay y Paraguay entre 1907 y 

1913, Ministro en Alemania y Holanda entre 1913 y 1920. Ministro en el Brasil entre 1920 y 1925. Agente del 

Gobierno de Chile en Washington por las cuestiones relacionadas con el arbitraje sobre Tacna y Arica en 1926 

y 1927. Embajador en los Estados Unidos de 1931 a 1932, Ministro de Relaciones Exteriores del segundo 

gobierno de Arturo Alessandri, desde 1932 a 1937. Senador por Tarapacá y Antofagasta entre 1937 a 1945 y 

por O’Higgins y Colchagua entre 1945 a 1949. Publicó numerosas obras de Derecho Internacional Público. 

Falleció el 3 de mayo de 1949, en Santiago. El presente trabajo fue publicado en el Boletín N°23, año 1942 de 

la Academia Chilena de Historia y Geografía. 

299


Puede admirarse en O’Higgins el perfil de un fervoroso y ardiente americanista, 

y su vida, unida al destino de tantas naciones del continente, es como la imagen 

concreta de la fraternidad hispano-americana. Las lecciones que en Londres 

recibió de labios del insigne revolucionario venezolano, Francisco de Miranda, 

fueron el impulso determinante de su acción patriótica y de la consagración de su 

vida e inteligencia al servicio de la libertad de Chile y de los pueblos hermanos. 

Su amistad con San Martín, sellada tan simbólicamente en el famoso abrazo que 

ambos próceres se dieron en el campo de batalla de Maipú, es un legado que con 

lealtad inquebrantable y sin menoscabo alguno han sabido hasta ahora y sabrán 

siempre mantener Chile y la República Argentina. 

Su empeño extraordinario, en fin, por vestir de realidades los sueños de una 

expedición libertadora al Perú, colocan a O’Higgins como un estadista que no 

quiso reducir a los límites de su propio país el campo de su acción libertadora, sino 

que la concibió como conexa y solidaria con los demás pueblos del continente. En 

esa oportunidad no se redujo al ya gran papel de apoyar los planes de San Martín 

y proporcionar a éste la totalidad de los recursos que necesitaba para la obra, sino 

que llegó hasta entregar todos sus sueldos, joyas y platería de uso personal para 

incrementar los pobres recursos fiscales y dar así cima a esta empresa que queda 

como el exponente más digno de su empuje, fervor y santo desprendimiento. 

Cuando hubo dejado el solio de primer magistrado de la República y se retiró 

al Perú, ofreció su espada con modestia y generosidad a Bolívar, para que la 

empleara en la consumación de la independencia de esa República. “Yo no dudo 

–escribió entonces al General Heres, jefe del gabinete militar del Libertador– que 

S.E., como Ud., darán todo crédito a mi sinceridad cuando aseguro que nada podía 

sustraerme del retiro que me he propuesto en el Perú, sino el día de una batalla, 

porque ese día todo americano que pueda ceñir espada, está obligado a reunirse 

al estandarte de una causa tan justa como su independencia y prestar su sostén, 

por débil que sea, a un jefe que ha trabajado tanto tiempo y tan dignamente en la 

prosperidad de esa sagrada causa”. 

Don Casimiro Albano Cruz, amigo de O’Higgins desde la niñez y su primer 

biógrafo, describe en estos términos la incorporación de nuestro héroe en las 

huestes del Libertador Bolívar: 

“El 19 de agosto de 1824, en la mañana, se dió la orden del día felicitando al 

Ejército Unido peruano-colombiano por la incorporación en sus filas del ilustre 

guerrero y distinguido veterano de la independencia, S. E. el Capitán General don 

Bernardo O’Higgins; observando que a pesar de ser la única escarapela chilena 

que se divisaba en el ejército, unido, esta sola escarapela tenía la importancia 

de un ejército”. “La misma orden prevenía que todos los Generales y Oficiales 

del Ejército, reuniéndose en casa del General La Mar, marcharan a la residencia 

del General O’Higgins, para cumplimentarle por su venida y expresarle, al mismo 

tiempo, su gran satisfacción al tener por compañero de armas al vencedor de 

tantas batallas y fundador de la independencia de su Patria”. 

“Así se hizo el mismo día, y La Mar pronunció un discurso digno de la ocasión 

y del ilustre soldado a quien se dirigía. O’Higgins contestó con su acostumbrada 

modestia, manifestando su profunda gratitud por la distinción que se le hacía, 

añadiendo que este día ‘lo miraba como el más feliz de su vida, como que le 

300


proporcionaba reunirse a tanto valiente, en el carácter de un simple soldado, a 

que estaba ceñida toda su, ambición en la presente campaña”. 

La tradición agrega, por su parte, que celebrando Bolívar con un banquete en 

Lima la victoria de Ayacucho, al siguiente día de recibida la noticia, concurrió al 

acto O’Higgins despojado de su uniforme militar y vestido como simple ciudadano, 

y que interrogado por el Libertador por la causa de este cambio, le contestó: 

“Señor, la América está libre, Desde hoy el General O’Higgins ya no existe; 

soy sólo el ciudadano particular Bernardo O’Higgins. Después de Ayacucho, mí 

misión americana está concluida”. 

Si la acción de O’Higgins como soldado presenta las más destacadas muestras 

de su espíritu americanista, su tarea de gobernante marcha al unísono con este 

pensamiento. 

Más de una vez se ha recordado con razón que en feliz ejercicio de sus altas 

atribuciones, O’Higgins inició con dignidad y corrección las relaciones exteriores 

chilenas, trazando con seguridad y clarividencia su primitiva y afortunadamente 

perdurable orientación de pacífica convivencia y concordia universal, a la vez que 

da fraterna solidaridad y real cooperación con los demás pueblos americanos. 

En efectiva realización de semejantes inspiraciones, O’Higgins fijó las directivas 

para negociar y firmar, ratificó, promulgó, cumplió e hizo cumplir como leyes 

de la República los primeros Tratados internacionales suscritos por el gobierno 

chileno, reconoció a los primeros representantes diplomáticos que otros Estados 

amigos enviaron a Chile, y firmó las Cartas Credenciales de los primeros agentes 

diplomáticos que de este país salieron. 

O’Higgins echó las firmes bases institucionales de nuestra República, la 

condujo con acierto en las arduas dificultades de sus primeros pasos y se hizo 

ampliamente acreedor a que la Patria reconocida le diera el primer lugar en la 

nómina de sus hijos. 

La historia, al recordar en sus anales los acontecimientos del pasado, 

proyecta clara luz sobre los afanes y las luchas, los triunfos y los quebrantos 

de las naciones en su incansable marcha hacia la consecución de los anhelos 

de felicidad colectiva, y para dar valía y utilidad a sus severas lecciones, los 

historiadores nos hacen ver en toda su realidad a los hombres que actuaron en 

los sucesos pretéritos, con todos sus propósitos, tendencias y pensamientos, con 

sus cualidades y sus defectos. 

Con ése su austero acento, la historia nos dice que O’Higgins fue grande en sus 

horas de gloriosos triunfos y grande también al abandonar el poder y descender 

del solio a que le exaltaron sus conciudadanos como el mejor símbolo viviente de 

la Patria inicial, como la más adecuada enseña de sus aspiraciones de libertad y 

de organización republicana y ordenación democrática. 

El ocaso de este egregio ciudadano fue más esplendoroso aún que sus días 

plenos de poderío y de gloria. 

Era un militar habituado por los menesteres y disciplina inherentes a su 

profesión, a imponer su propia voluntad y no dejar incumplidas sus órdenes. “El 

Código Militar de todas las naciones –había dicho el mismo O’Higgins en una 

301


pieza oficial que lleva su firma– es más bien la constitución de un despotismo 

duro y sistemático por el bien de la sociedad misma”. 

Sin embargo, cuando por obra de los vaivenes propios del accidentado período 

de la formación de la naciente República, se exige al Director Supremo la renuncia 

de su cargo, el vencedor de tantos combates, cuyos laureles eran los que frescos 

todavía engalanaban las banderas tremoladas por las fuerzas armadas de 

la Patria, antes que llevar a sus connacionales a una lucha fratricida o dar un 

ejemplo menos conforme con los principios democráticos, venció, con la inflexible 

decisión que le caracterizó en los combates guerreros de sus mejores tiempos, 

toda inspiración que de los mismos principios se apartara, y resignó el mando con 

estoica y varonil entereza. El General don Luis de la Cruz, que estuvo presente 

en este acto de generoso desprendimiento, repetía hasta en su ancianidad, que 

O’Higgins “fue más grande en esas horas de lo que había sido en los días más 

gloriosos de su vida”. 

Retirado de la actividad pública fue a buscar en las labores agrícolas de 

la hacienda de Montalván, que le donó el gobierno del Perú, un lenitivo a los 

inevitables desengaños y amarguras de que no están exentas las vidas de los 

grandes hombres. Allí se extinguió tranquila su existencia el día 24 de octubre de 

1842. Apretadas las manos al crucifijo y sintiendo llegados sus últimos instantes, 

reclamó el burdo sayal de hermano tercero de San Francisco, y cuando le fue 

traído, como una imagen de abandono de las galas terrenas, el que había Vestido 

los uniformes de Capitán General de Chile, Brigadier General de las Provincias 

Unidas del Río de la Plata y Gran Mariscal del Perú, exclamó con alegre y ferviente 

humildad: “Este es el traje que me envía mi Dios” 

Así, sobria y cristianamente, se apagó la vida del hombre excelso que hoy 

recordamos. 

Una ley reciente ha dispuesto que el retrato del prócer sea colocado en sitio 

de honor en las escuelas y establecimientos educaciones del país, rememoración 

que contribuirá a asegurar que la juventud sepa inspirarse en el alentador ejemplo 

que brindan su noble vida y sus gloriosos hechos. 

Servir a la Patria con todo el vigor de la acción y el pensamiento, aplicar todas 

las capacidades en su honor y por su engrandecimiento, luchar con fe y decisión 

por su progreso moral y material, fueron normas siempre directivas y nunca 

perdidas de vista en la vida pública de O’Higgins, como son deberes ineludibles 

de todo buen ciudadano, y por eso el culto inextinguible de la memoria de nuestro 

máximo prócer será siempre luminoso guía que, en el futuro como hasta ahora, 

ayudará a orientar a nuestra empeñosa democracia en su progresivo avance hacia 

un porvenir que sea digno de los esfuerzos heroicos con que los Padres de la 

Patria nos enseñaron a amar y vivir la libertad, que es, según frase de Cervantes, 

el mayor bien que a los hombres dieron los cielos. 

302


EL LIBERTADOR O’HIGGINS 

ORGANIZADOR DE LA REPÚBLICA 

Julio Heise González 

INTRODUCCIÓN 

Nuestra Independencia ofrece el espectáculo de un cuerpo social convulsionado 

por frecuentes oscilaciones entre el estilo tradicional de la Madre Patria y las fuerzas 

renovadoras de la Emancipación. En medio de una muy prometedora agitación 

cívica, la clase dirigente chilena empezó por definir la Democracia para emprender 

luego su organización. Había que romper con una determinada concepción del 

convivir social y abrazar una nueva perspectiva vital; destruir una estructura e 

iniciar un laborioso y difícil aprendizaje democrático. Más de dos siglos y medio 

vivió Chile bajo un régimen de monarquía absoluta y de desigualdad social. No 

fue tarea simple transformar la Provincia española en Estado independiente. 

Al Libertador Bernardo O’Higgins correspondió independizar al país y al mismo 

tiempo organizar la nueva nacionalidad. Para cumplir con estas tareas O’Higgins 

debió afrontar dificultades casi insuperables. 

En primer lugar, las fuerzas anti-republicanas de los realistas conservaban toda 

su capacidad de resistencia y gran parte de su prestigio. A los criollos no les fue 

posible cambiar de la noche a la mañana los hábitos y la mentalidad coloniales. 

En segundo lugar, la organización de la nueva nacionalidad se vio perturbada 

por las Campañas de la Emancipación y por la Expedición Chilena Libertadora 

del Perú. 

Además, Chile afrontó la Independencia absolutamente solo. Distinto fue el 

caso de los Estados Unidos de América, que tuvieron la valiosa ayuda de Francia, 

España y Holanda. La lucha por la autonomía de las colonias inglesas fue, al 

mismo tiempo, una Guerra Europea. 

Finalmente, la organización de la República representó para Chile y para 

Hispano-América una empresa muchísimo más compleja y ardua que la 

organización política de los Estados Unidos. Los próceres norteamericanos 

no hicieron sino continuar el sistema político practicado a lo largo del periodo 

colonial. Las Asambleas legislativas republicanas fueron una simple prolongación 

de los town meetings coloniales y las Cartas de Establecimiento coloniales se 

transformaron en las constituciones de cada uno de los Estados independientes. 

En lo fundamental, observamos una perfecta continuidad de la vida pública. 

303


El Libertador O’Higgins, en cambio, debió enfrentar una radical crisis de valores. 

Debió crearlo todo: el Gobierno representativo y las Asambleas legislativas; las 

Constituciones y el Poder electoral; el Republicanismo Democrático y la Soberanía 

Popular. Todo ello en abierta contradicción con las instituciones realistas. 

El Gobierno del Padre de la Patria representa una dramática lucha entre 

el pasado y las nuevas tendencias; entraña una progresiva incorporación a 

nuestra vida institucional de los nuevos principios políticos proclamados por la 

emancipación y que sirvieron de fundamento a la organización definitiva de la 

República. El éxito de Diego Portales es inconcebible sin la consideración del 

laborioso y difícil aprendizaje político que debió realizar la clase dirigente chilena 

en el Gobierno de Bernardo O’Higgins. 

Veamos el importante y decisivo aporte del Libertador O’Higgins a la 

estructuración definitiva de la República. 

I. REALISMO REVOLUCIONARIO DE O’HIGGINS 

Como todo Libertador, O’Higgins ofrece en su persona la tragedia de una 

época de cambios, de antítesis y de choques. Es testigo y, al mismo tiempo, 

protagonista de una Crisis. Se ha roto el orden social hispánico y empiezan a 

surgir nuevas fuerzas políticas. 

El Prócer adoptó una postura de inconformidad y de rebeldía frente al ambiente 

tradicional, pero al mismo tiempo invitó a sus conciudadanos a respetar el 

pasado, a respetar muchos valores coloniales que, aunque aparecían desteñidos 

o atenuados por la conmoción inicial, seguían plenamente vigentes. 

Esta tensión creadora entre los principios revolucionarios y las características 

peculiares del Ser Nacional, esta especie de compromiso o transacción entre 

la realidad concreta heredada de España y los proyectos de los ideólogos, 

constituye la mayor gloria de nuestro Padre de la Patria y representa su más 

valiosa contribución a la organización definitiva de la República. 

Como auténtico Revolucionario, el Libertador comprendió que era indispensable 

reconciliar a Chile con su destino, respetar su herencia histórica, completando 

las orientaciones teóricas con la tradición. La compleja tarea de organizar la 

República exigir, pues, un cuidadoso respeto de la continuidad histórica. Era 

ésta la única manera de estructurar el nuevo Estado. La realidad ha sido siempre 

más poderosa que la idealidad. Sólo el contacto creador de estas dos fuerzas 

contrarias –realidad e idealidad– permitirle encontrar la fórmula que asegurara 

una organización definitiva de la República. 

En Chile, fue Bernardo O’Higgins el primero que comprendió estos principios. 

Para mantener el equilibrio social era absolutamente necesario conjurar el pasado 

hispánico con las nuevas ideas. Esta es la gran tarea que el Libertador impuso a 

sus conciudadanos: No negar la realidad, sino aceptarla en su doble orientación, 

teórica y práctica. Es el mismo pensamiento que más adelante exteriorizó Diego 

Portales. 

O’Higgins debió conciliar con mucha frecuencia las nuevas instituciones 

democráticas con la realidad colonial que aún se manifestaba robusta. Esta 

304


dualidad espiritual –inmanente a los procesos de descolonización– debieron 

afrontarla todos los hombres públicos de aquellos años. A ellos les tocó vivir en 

dos planos simultáneos: el de los ideales del liberalismo anglo-francés y el de la 

existencia hispano-colonial. Se quería pensar y actuar como liberal y a cada paso 

se tropezaba con la inexorable realidad colonial. Es la dramática contradicción 

en que se desenvuelve la historia de todos los pueblos de la América española al 

comenzar el siglo XIX. 

De la realidad histórica a la que pertenecíamos como herencia viva del pasado, 

no se podía prescindir impunemente. Los pueblos que niegan su herencia cultural 

pierden sus posibilidades creadoras y sucumben en el caos de la Anarquía. Los 

países hermanos que huyeron de la realidad, que no la respetaron, debieron 

enfrentar un desborde pasional, un torrente sin cauce, que los arrastró a la 

anarquía y al caos. Personalidades como Simón Bolívar, José de San Martín, 

Antonio José de Sucre, Juan Martín de Pueyrredón, fueron impotentes para 

contener este aluvión. Bernardo O’Higgins, con indomable energía, respetando la 

juridicidad y la dignidad de sus conciudadanos, fue capaz de encauzar el torrente 

de irracionalidad, conciliando la Tradición con la Revolución. 

Actuó como auténtico Revolucionario. Supo comprender y enfrentar 

acertadamente la realidad y las urgencias del grupo social. En medio de una 

aguda crisis de definición ideológica orientó a sus conciudadanos que, frente a 

la revolución que estaba desarrollándose, luchaban entre ellos, promoviendo o 

frenando el movimiento autonomista, propiciando o combatiendo las nuevas 

tendencias liberales y democráticas. 

Para el Fundador de nuestra nacionalidad esta tarea fue, sin duda, dificultosa 

y preñada de peligros e incertidumbres. Cada conquista, cada transformación 

en las estructuras políticas, económicas y administrativas, debió preservarlas 

cuidadosamente como algo delicado y frágil, amenazado por la incomprensión de 

un tradicionalismo arrogante, o por la impaciencia de un ideologismo utópico. 

II. EL IDEAL REPUBLICANO 

La inmensa mayoría de los chilenos inició la vida independiente sin clara noción 

de los nuevos principios republicanos. El sentimiento monárquico estaba todavía 

profundamente arraigado en todos los estratos sociales. El respeto, la veneración 

casi religiosa por la persona del Monarca, fue patrimonio de todos los habitantes 

del Nuevo Mundo español. Criollos, mestizos, indios y negros. no conocieron otra 

forma de convivencia política. Tanto en Europa como en las colonias españolas, 

las formas democráticas y republicanas aparecían como sediciosas. El principio 

legitimista estaba representado por la monarquía absoluta. Ser demócrata y 

republicano era ser Faccioso. Todo el mundo aceptaba como algo indiscutido 

el principio de la sumisión pasiva e incondicional a una autoridad que se creía 

que emanaba de Dios. Los postulados republicanos eran rechazados como algo 

abominable. 

Para los criollos no fue tan fácil superar el viejo esquema político del 

absolutismo. Más de dos veces secular, la monarquía era, en cierta medida, el 

gobierno natural del Nuevo Mundo español. Los primeros movimientos contra la 

305


Metrópoli se hicieron respetando la suprema autoridad del Rey: no olvidemos que 

los patriotas de 1810 actuaron en nombre de don Fernando VII. 

En estas circunstancias, la pugna por imponer la forma republicana de Gobierno 

adquirió caracteres dramáticos. Simón Bolívar, José de San Martín, Agustín de 

Iturbide, Juan Martín de Pueyrredón, Bernardino Rivadavia y, en general, todos 

los Próceres –con la sola excepción de O’Higgins– fueron Monarquistas. Sólo 

al Libertador chileno le fue posible crear una sólida tradición republicana, en 

la misma época en que los grandes Libertadores del Nuevo Mundo vacilaban 

entre la República y la Monarquía. Para valorizar la clara y enérgica afirmación 

republicana de O’Higgins, es necesario tener presente esta circunstancia. Los 

Próceres hispanoamericanos buscaron afanosamente un Príncipe para continuar 

el sistema monárquico tradicional. 

Los Ministros de Bolívar gestionaron para que Inglaterra proporcionara un Rey a 

Colombia. En las Provincias Unidas del Río de la Plata, Manuel Belgrano propuso 

a la Infanta doña Carlota y Pueyrredón, al Duque de Orleans. San Martín pretendió 

establecer una Monarquía en el Perú y presionó insistentemente –sin resultado 

alguno– a O’Higgins para que colaborara en sus proyectos monárquicos. 

Encomendó a Manuel García del Río y a Diego Paroissien la misión de explorar 

como corresponde y aceptar que el Príncipe Sussex Coburgo o, en su defecto, 

uno de los de la dinastía reinante en Gran Bretaña, pase a coronarse “Emperador 

del Perú”. Con estas palabras el monarquismo sanmartiniano quedó estampado 

en las Actas del Consejo de Estado del Perú, de fecha 24 de diciembre de 1821. 

En esta misma Acta encontramos la autorización concedida por el Protector 

del Perú a sus representantes para dirigirse con idéntico propósito a las Casas 

reinantes de Rusia, Austria, Francia y Portugal. 

Todos los Próceres –hombres de acción y de talento– tomaron clara conciencia 

de la anarquía política que amenazaba a las nuevas nacionalidades. Este 

peligro los llevó a la conclusión de que la única estructura política posible era la 

Monarquía o el Gobierno Dictatorial. 

Sólo a Chile le fue posible organizar, desde un comienzo y sin vacilación 

alguna, un Gobierno Republicano y Democrático. 

El Libertador O’Higgins defendió con dignidad y altivez sus convicciones 

republicanas. Es necesario subrayar la recia personalidad de O’Higgins, quien, 

en una atmósfera monárquica y semicolonial, tuvo la insobornable independencia 

espiritual y el coraje cívico para afirmar sus convicciones republicanas y aún para 

imponerlas con su ejemplo a los demás países de América española. 

Como demócrata y republicano, O’Higgins ejerció, sin duda, una influencia 

Continental. Frente a la idea legitimista de restauración monárquica en la 

necesidad de afirmar por sí mismo su propio destino republicano. 

III. LA ASPIRACIÓN AL ORDEN 

Al iniciarse el movimiento emancipador, O’Higgins era partidario entusiasta 

tanto de la más amplia Democracia como del ejercicio sin limitación alguna 

de todas las garantías constitucionales. Pero los fracasos de la Patria Vieja y 

306


el espectáculo de la Anarquía en el resto de la América española modificaron 

notablemente sus ideas. Aunque profundamente republicano y democrático, 

se dio cuenta que el ejercicio pleno del Liberalismo era imposible: faltaban la 

tradición y la cultura cívica. Sólo cabía organizar un Autoritarismo Legal dentro de 

un marco democrático, mientras se lograba cierta madurez política, exactamente 

la misma postura que años más tarde sustentaría Diego Portales. 

Como anota Guillermo Feliú Cruz, O’Higgins, al instaurar “un Gobierno fuerte y 

creador” fue precursor ilustre de Portales. 

En efecto, en la década de 1830 el Ministro Portales transformó el autoritarismo 

y la aspiración al orden en principio político fundamental. Para la teoría política 

portaliana, el más alto valor de la vida pública era el orden y, para asegurarlo, no 

importaba sacrificar la libertad y todas las demás garantías individuales. 

Para muchos Próceres sólo la Monarquía o la Dictadura estaban en condiciones 

de resolver este problema de la Anarquía. O’Higgins rechazó el Monarquismo y la 

Dictadura. Pensó que la República servia para contener la anarquía y el desorden, 

siempre que se realizara un gobierno fuerte y autoritario. A esto se refiere Bolívar 

al elogiar el Gobierno de O’Higgins en Carta fechada en Guayaquil el 29 de agosto 

de 1822, donde le dice a nuestro Prócer: 

“La convocatoria que V.E. ha hecho a los ciudadanos de Chile, es la más liberal y la 

más propia de un pueblo que aspira al máximum de libertad. Chile hará muy bien si 

constituye un gobierno fuerte por su estructura y liberal por sus principios”. 

Un gobierno fuerte era absolutamente necesario no sólo para llevar adelante 

la guerra contra España, sino también para materializar el interesante programa 

de reformas radicales emprendidas por el Director Supremo. Urgía contener la 

Anarquía y el desorden que, por regla general, acompañan a todo proceso de 

descolonización. En un Manifiesto fechado en Santiago el 5 de mayo de 1818, el 

Libertador Don Bernardo O’Higgins expresaba: 

“Sólo un gobierno vigoroso y enérgico podrá mantener la tranquilidad y el orden y 

preparar el espíritu público para recibir en tiempo las instituciones convenientes”. 

El poder omnímodo que le entregó el pueblo en el Cabildo Abierto del 

16 de febrero de 1817 y que, en cierta medida, le fue confirmado en la Carta 

Fundamental de 1818, ha conducido a muchos historiadores a calificar el gobierno 

de O’Higgins como Dictadura, incurriendo en lamentable confusión de conceptos, 

pues no es posible equiparar el Autoritarismo Legal con la Dictadura. Diferencias 

fundamentales separan a estos dos conceptos, por cuanto un gobierno autoritario 

y fuerte no implica necesariamente una Dictadura. Esta última tiene un origen 

irregular y siempre es un gobierno de facto. El autoritarismo legal presupone un 

Estado de derecho y su origen se fundamenta en la voluntad popular o en una 

norma legal. 

Ni jurídica ni sociológicamente puede calificarse el gobierno de nuestro 

Libertador como dictatorial. El poder que ejerció configura un muy claro y definido 

autoritarismo legal que nada tiene que ver con una dictadura. En su gobierno no 

encontramos nada arbitrario, nada dirigido al interés personal del que manda ni 

tampoco se ejerció fuera de las leyes constitutivas de la Nación. El gobernante 

307


no se arrogó poder extraordinario. Este le fue ofrecido y entregado libremente. 

Si a esto agregamos que el Autoritarismo Legal fue ejercido con prudencia y 

ecuanimidad, respetando rigurosamente el interés general y contando, además, 

con el beneplácito y con la confianza pública, es forzoso concluir que la leyenda 

de la dictadura de O’Higgins –repetida hasta nuestros días– ha sido en gran 

medida producto de una inexcusable confusión de conceptos. Durante todo su 

gobierno, el Libertador respetó la norma jurídica y la voluntad mayoritaria de sus 

conciudadanos, circunstancias que, a su juicio, eran necesarias para mantener el 

orden y la tranquilidad social. 

IV. LA AFIRMACIÓN DEMOCRÁTICA 

Al Libertador Bernardo O’Higgins le tocó actuar en una época difícil, de honda 

crisis doctrinario. Se trataba de dar al cuerpo social una nueva organización, 

un nuevo espíritu. Había que subsistir la desigualdad social por una estructura 

democrática e igualitario. Había que materializar los principios proclamados en la 

Emancipación. Si estudiamos atentamente las reacciones de los diversos grupos 

que actuaron en el gobierno de O’Higgins comprobaremos que la Independencia 

no fue siempre el aspecto más apasionante en el complejo de opiniones e 

intereses que entrechocaban en aquella época. Serán los principios democráticos 

de la igualdad y de la soberanía popular los que avivarán más intensamente las 

pasiones y despertarán mayor interés. 

Los Criollos tradicionalistas –que constituirían la mayoría– sentían abierta 

repugnancia por las consecuencias democráticas e igualitarias que podría llegar 

a producir la colonización. Los Pelucones, blasonados en rancios pergaminos 

castellanos, presentían que la Independencia arrasaría con sus títulos y privilegios, 

pero era principalmente el Aristócrata acaudalado, con posibilidades de comprar 

un título de nobleza, el que se sentía más contrariado con la abolición del status 

nobiliario. 

La estructura nobiliario y las costumbres coloniales seguían representando 

valores supremos para el sector tradicionalista. Al regresar, en 1817, los patriotas 

desterrados en el Archipiélago de Juan Fernández por el Gobierno de Mariano 

de Ossorio, lo primero que hicieron fue ostentar sus pergaminos e insignias de 

nobleza. En 1818 un Patriota de espíritu tan ampliamente liberal como el de José 

Miguel de Carrera censuró a O’Higgins la abolición de los títulos de, nobleza. San 

Martín, apenas proclamado Protector, incorporó a la legislación peruana los títulos 

de Castilla concedidos por el Rey de España o comprados por la alta burguesía y 

autorizó el uso de los escudos de armas. 

O’Higgins, al asumir el Gobierno, estimó necesario suprimir los títulos 

nobiliarios. En septiembre de 1817 decretó su abolición y fundamentó la medida 

en un bando publicado a fines de mayo de ese mismo año, con las siguientes 

palabras: 

“En toda sociedad debe el individuo distinguirse solamente por su virtud y su mérito; 

en una república es intolerable el uso de aquellos jeroglíficos que anuncian la nobleza 

de los antepasados por ser muchas veces conferida en retribución de servicios que 

abaten a la especie humana”. 

308


Inspirado en un insobornable democratismo, el Libertador señaló rumbos y 

encaminó las fuerzas vitales de la Nación por nuevos senderos que hasta 1810 

estaba vedado transitar. Siguiendo una línea de auténtico revolucionario intentó, 

en 1818, suprimir los Mayorazgos y poco después legisló sobre la suerte de los 

indígenas y la colonización. 

A los métodos del antiguo régimen hispánico, el Libertador opuso los de 

la Democracia. Es admirable comprobar el tino y el coraje con que supo 

escoger los caminos difíciles que le permitieron dar plena eficacia a sus ideas 

renovadoras. Y todo ello en un país sin tradición ni experiencia en el ejercicio de 

la democracia. Chile había vivido más de dos siglos y medio bajo una estructura 

Monárquico-Nobiliaria. 

Desde otro ángulo, el Director Supremo pensó que para transformar la 

mentalidad atrasada de sus compatriotas, había que extender la educación 

Pública. Las escuelas de primeras letras debían ser el objeto predilecto de un 

gobierno que deseaba formar ciudadanos con sentimientos democráticos. Por 

esta razón, la función educativa tuvo para O’Higgins una importancia medular. Sin 

ella el resto de la actividad humana no podía operar plenamente. La democracia 

misma era, en último término, un problema de cultura colectiva. 

La obra lenta y definitiva de la educación permitía consolidar todo avance 

político. El Héroe tuvo plena conciencia de esta verdad, como lo prueba el 

sostenido esfuerzo que realizó para ampliar, perfeccionar y difundir la enseñanza. 

Con clara vocación por la cultura, se dio a la tarea de organizar un sistema 

educacional. Creía en las posibilidades ilimitadas de la enseñanza. En este 

terreno la acción del Padre de la Patria tomó la forma de un poderoso himno de 

fe en la educación y en la democracia. Asignó a sus compatriotas un estilo de 

vida: la democracia, y señaló el instrumento para hacerla efectiva: la educación. 

A partir del gobierno de O’Higgins esta fe en la educación informará la labor de 

todos los gobernantes que ha tenido la República. Reabrió el Instituto Nacional 

y la Biblioteca Nacional. Fundó los liceos de Concepción y La Serena, dispuso 

que cada Convento, tanto de frailes como de monjas, mantuviera una escuela de 

primeras letras 1 . En un gesto revolucionario ordenó implantar el antiguo sistema 

escolástico hispano-colonial. 

Bernardo O’Higgins, con noble y patriótico afán, impulsó entre sus 

conciudadanos una profunda transformación ideológica. 

Completó la Independencia lograda en los campos de batalla afianzando en la 

conciencia de nuestra clase dirigente los nuevos conceptos de soberanía popular 

y de gobierno representativo, que habían de servir de fundamento a la nueva 

estructura política. El Libertador conocía la organización política de Francia, 

Inglaterra y los Estados Unidos. Había observado directamente el realismo inglés 

y su aristocratismo parlamentario. 

También conocía a los principales juristas y filósofos de la época. Por 

otra parte, había tomado conciencia de la inmadurez política de la mayoría 

de sus conciudadanos. El Libertador O’Higgins tuvo clara conciencia que la 

1 Reafirmando el Decreto respectivo de la junta Gubernativa del Reino de 1810 (N. del D.). 

309


descolonización implicaba un problema de arduo aprendizaje, de información y de 

laboriosa experiencia. Desde los albores de la Independencia estuvo empeñado 

en imponer a los chilenos las nuevas tendencias democráticas, de soberanía 

popular y gobierno representativo. 

Las firmes convicciones doctrinarias y el talento del Libertador permitieron 

modificar la conciencia política de la aristocracia chilena, limar sus aristas 

coloniales y prepararlas para el ejercicio práctico de una ordenada democracia. 

Bajo la dirección de O’Higgins, Chile aprendió que la libertad, para ser auténtica 

y positiva, ha de sujetarse a una justa y necesaria reglamentación. 

Encauzó el torrente emocional del autonomismo neutralizando los intereses 

de círculos y de caudillos. Brindó a sus conciudadanos hermosas lecciones de 

civismo y tolerancia. 

No cabe la menor duda de que su abnegación cívica, su austeridad en el 

manejo financiero, su extraordinaria laboriosidad y su espíritu público, sirvieron de 

inspiración y de punto de partida a la honrosa tradición cívica, acatada y seguida 

por todos los gobiernos chilenos posteriores. 

Demostró a la aristocracia que era inconveniente y peligroso establecer un 

divorcio entre la realidad y los principios; que era urgente atender a la naturaleza 

del organismo social y a su ‘tradición’ si se deseaba evitar el desquiciamiento y la 

anarquía. 

Lo decisivo no es aplicar la teoría a la realidad, sino descubrir los principios 

implícitos en esa realidad. De esta manera, el proceso de descolonización se 

transformó para los chilenos en fascinante y conmovedor aprendizaje político, 

cuyas líneas fundamentales trazó nuestro máximo Prócer. 

Su acción ejemplarizadora permitió mantener y preservar el republicanismo 

democrático y la juridicidad creadas por él. A ella se debe que la reacción 

descentralizadora y antiautoritaria que siguió a la renuncia de O’Higgins no se 

transformara en Anarquía. 

El propio Portales, para llegar al poder, se apoyó en el grupo O’Higginista, en 

la tradición cívica y en la intachable conducta moral del Padre de la Patria. 

BIBLIOGRAFÍA 

Archivo Nacional de Chile. Academia Chilena de la Historia: Archivo de Don 

Bernardo O’Higgins. Santiago de Chile, varios tomos. 

Banco Nacional de Venezuela: Cartas del Libertador, Caracas, 1960. 

HEISE González, Julio: Ciento Cincuenta Años de Evolución Constitucional de 

Chile. Editorial Universitaria, Santiago, 1960. 

HEISE González, Julio: O’Higgins, Forjador de una Tradición Democrática. 

Talleres Gráficos R. Neupert, Santiago, 1975. 

310


INFLUENCIAS DE LAS IDEAS FRANCESAS 

EN LA EMANCIPACIÓN HISPANO-AMERICANA 

Omar Letelier Ramírez 

I. A MANERA DE INTRODUCCIÓN 

Al cumplirse el Bicentenario de la Revolución Francesa, digno es mirar en 

tiempo histórico y en breve retrospectiva, revisar qué grado de influjo tuvo tal 

acontecimiento en nuestro devenir histórico. Es obvio que la Revolución Francesa, 

la Independencia de los Estados Unidos de Norteamérica y la emancipación 

hispano americana forman parte de un gran movimiento liberacionista que 

repercutió en todo Occidente. Es obvio también que los sucesos de Francia fueron 

más intensos y de más candente impacto por la posición que ocupaba dicho país 

durante el siglo XVIII en el concierto europeo. Por su situación de centro político y 

no de periferia colonial como lo era América. 

Cuando se analiza el infllujo de Francia antes, durante y después de su 

Revolución, en lo referente a los procesos históricos paralelos de la Emancipación 

Americana, surgen dudas y aprehensiones de nuestros historiadores. Hay quienes 

minimizan toda influencia. Otros la sobredimensionan. Sin lugar a dudas la 

Emancipación Hispanoamericana tiene su propia dinámica, como por lo demás lo 

son todos los procesos históricos. Tiene sus perfiles propios, sus antecedentes y 

mecánica de causalidad particulares. En este contexto la influencia del liberalismo 

francés fue un elemento, nada más ni nada menos que eso. 

Lo que nos dejan en claro las investigaciones y la historiografía es que 

el aporte francés fue importante en el plano de las ideas ilustradas del siglo 

XVIII, tan generalizadas en el ámbito europeo como americano, a través de 

las cuales los pensadores galos difundieron teorías, críticas y puntos de vista. 

Francia universalizó su lengua, difundió sus costumbres y modos de vida. Estos 

fueron elementos que irrumpieron en los grupos criollos –a modo de elite– por la 

presencia creciente del comercio francés en las costas americanas. Los viajes de 

criollos al Viejo continente hicieron otro tanto. No es menos importante, por otro 

lado, en este abanico de circunstancias, señalar que existían súbditos franceses 

en las colonias del rey de España en el siglo XVIII. Y que, por otra parte, la Casa 

gobernante de Madrid –la Borbona– era de enraizamiento francés. 

Al concluir estas previas palabras de presentación circunscribámonos al 

asunto de la influencia francesa en la Emancipación en el terreno propio de las 

ideas. Porque los hechos mismos que se suceden hasta la caída de Robespierre, 

311


la ejecución del rey Luis XVI, la persecución al clero y la guillotina, más bien 

provocaron si no un rechazo, al menos un mudo silencio en los protagonistas de 

nuestra Independencia. No encontramos apologistas de los mismos, y no menos 

un sentimiento contrario debe haber fluido tras la intervención de Napoleón en la 

Madre Patria. 

Sin embargo, el aporte francés, sus principios sustentadores, ganaron 

entusiastas adeptos entre los criollos movidos por sus afanes libertarios. Los 

acogieron como aportes novedosos y renovadores. 

No pretendemos otra cosa en este artículo sino reordenar y acaso sintetizar 

situaciones y elementos históricos que sirvan a nuestra Revista como un 

homenaje a Francia al celebrarse en 1989 los 200 años de su histórica Revolución. 

Aquella que esparció por el mundo los 7 ideales eternos de Libertad, Igualdad y 

Fraternidad ciudadanas. 

II. ENCICLOPEDISTAS Y FILÓSOFOS CRUZAN EL ATLÁNTICO 

Cuando se dice que la Revolución Francesa nació primero en la cabeza de 

los enciclopedistas y filósofos y después en las calles de París, no deja de ser 

válido. Los propios pensadores de la Ilustración creyeron poder realizar sus ideas 

a través de una simbiosis con la Monarquía Absoluta, pero en realidad contenían 

todos los ingredientes necesarios para modificar radicalmente el Antiguo Régimen. 

Así ocurrió cuando estas ideas cruzaron el Atlántico y se aposentaron en las 13 

colonias inglesas de Norteamérica. 

Si revisamos en primer término la sola lectura de la Declaración del 4 de julio 

de 1776 basta para demostrar el impacto de las ideas enciclopedistas e ilustradas 

y la manera cómo éstas se posesionaron en la mente de los constructores de los 

futuros Estados Unidos de Norteamérica. Allí están presentes las ideas de Juan 

Jacobo Rousseau acerca de los derechos naturales del Hombre a la libertad, la 

vida y a la felicidad; el origen del poder en la voluntad de los gobernados y no 

en la mera voluntad real; el naturalismo cristiano, que ve en Dios al “Dios de la 

Naturaleza” o al “Supremo juez del Mundo”. 

Si importante fue la influencia de quienes precedieron la Revolución Francesa 

en los acontecimientos de 1776, no lo fue menor la de éstos en los de 1789. Se 

puede decir que les abrió puertas, porque nada menos que los colonos ingleses 

como pueblo desafiarían victoriosamente a un rey, y sentaban las bases de una 

nación; no por la voluntad real o desde la noche de los tiempos, sino por voluntad 

popular y ante los ojos de todo el mundo. Veleidades de la Historia: en esta 

empresa las 13 colonias contaron con el auxilio de Francia. 

El movimiento libertario del siglo XVIII, se inició en América con la Independencia 

de los Estados Unidos, trasladó su centro de gravedad a Francia, y se aposentó 

asimismo en América Hispana con el nacimiento de nuestras Repúblicas, 

desgajadas del árbol imperial español en su otoñal crepúsculo. 

También la América hispana tomó contacto con las ideas provenientes de 

los pensadores franceses. Directa o indirectamente influidos por ellas, los 

arquitectos de nuestra Independencia pusieron su fe en la libertad y en las leyes, 

312


visualizándolas como suficientes por si mismas para alcanzar el progreso de las 

nuevas naciones. “Las armas os han dado Independencia; las leyes os darán 

Libertad”, decía el prócer colombiano general Santander. 

Si hacemos un breve acopio de datos sobre la presencia de las ideas 

provenientes de Francia podemos mencionar algunas situaciones que resultan 

relevantes en este punto. 

Si bien es cierto ya en 1776, en la cátedra de Derecho Natural y de Gentes en 

las Universidades españolas se leían y comentaban a algunos enciclopedistas 

franceses, y en especial a Montesquieu y Rousseau, esta enseñanza luego fue 

suprimida. Por 1790 en el “Índice de libros prohibidos” impidióse su circulación y 

lectura. 

Sin embargo los pensadores franceses no sospecharon que sus cavilaciones 

llegarían hasta las lejanas tierras americanas, en muchos casos con vehemencia. 

En los cuatro Virreinatos: Nueva España, Nueva Granada, Perú y Río de la 

Plata, hubo atentos oídos que escucharon el mensaje de Francia en distintos 

momentos. 

A) NARIñO Y LA “DECLARACIÓN DE LOS DERECHOS DEL HOMBRE Y DEL 

CIUDADANO” 

En Nueva Granada, en las provincias de Socorro y San Gil, los artesanos 

formaron el “Movimiento de los Comuneros”, de 1781, protestando ante la 

insoportable asfixia tributaría. Llegaron hasta Santa Fe de Bogotá, pero lejos de 

ver solucionadas sus peticiones, el Arzobispo-Virrey les dio las espaldas y los 

cabecillas fueron severamente castigados, culminando con el descuartizamiento 

de José Antonio Galán para escarmiento de todos. En tal ambiente, que para 

muchos aumentaron las tendencias independentistas que se observaron en 

Bogotá, es donde una inteligencia permaneció sensible a los acontecimientos 

franceses, con capacidad para hacerlos suyos en la misma lengua original. Se 

trató de don Antonio Nariño Álvarez, quien se convirtió en protagonista de uno de 

los sucesos de mayor envergadura política de su época. Era Nariño dueño de las 

dos imprentas que había en la ciudad, letrado, criollo dueño de tierras, director del 

periódico “La Bagatela”. En suma, un connotado bogotano de la más pura estirpe 

santafereña. Había formado Nariño con un grupo de jóvenes, algunos del Colegio 

del Rosario, un ateneo denominado “La Tertulia” para escribir y leer. Además 

mantuvo en su casa otro grupo, denominado “El Santuario”, donde ingresaban 

sólo amigos de su estricta confianza. 

Decoraban las paredes del “Santuario” retratos de seres míticos de la antigüedad, 

y libros en los anaqueles en que se distinguían los nombres de Solón, Jenofonte, 

Tácito, Cicerón, Newton, Buffon, Reynal, Washington, Rousseau, Montesquieu y 

Voltaire. Entre los textos que llegaron a manos de Nariño hubo uno en francés 

entregado por intermedio de Cayetano Ramírez, sobrino del Virrey y Capitán de 

la Guardia Virreinal. Tal obra se titulaba “Historia de la Asamblea Constituyente” 

de Salart de Monjoie. La imprenta de Nariño dio a luz en 1794 la traducción y 

publicación de la “Declaración de los Derechos del Hombre y del Ciudadano” 

(Adoptada por la Constituyente de Francia el 26 de agosto de 1789). Con ello se 

313


configuré de inmediato el doble delito de traducción e impresión clandestina, al 

que luego se agregó el tercero de circulación prohibida. Al enterarse de tal asunto 

el Virrey Espeleta –de vacaciones en Gualdas– respiró al saber quién era el autor, 

murmurando: “...Triunfó por fin la perfidia de los suaves respetos..., don Antonio 

Nariño sacrificó en su maldad los deberes de Dios, al Rey y a la Humanidad” 1 . 

Con ello se inició el juicio correspondiente. A cargo de él se constituyeron los 

oidores Hernández de Alba, Joaquín Mosquera y el fiscal Francisco Carrasco. 

La casa de Nariño fue allanada, y las órdenes del Virrey se extendieron a los 

capuchinos a fin de advertir en los templos y en las capitales de Quito Y Caracas 

y sedes de gobernación sobre las infamias del texto maldito. Desde la cárcel 

Nariño preparó un extenso texto con inspiración y pensamiento de la filosofía 

liberal. Dicho escrito se tituló “Escrito presentado a la Real Audiencia en el año de 

1795 en defensa de los Derechos del Hombre”. Con ello Nariño convirtió su caso 

personal en general y le sirvió para insistir en su convicción por la Libertad por 

cuya promulgación era juzgado. Apoyándose en reduplicaciones, lo conducen a 

propalar sentencias de claro sabor enciclopedista: “... el hombre que obedece a la 

razón es libre y en tanto es libre cuando obedece a la razón...”,”... el que obedece 

a la ley es libre y es libre en cuanto obedece la ley” 2 . Su proceder hábil y directo 

corroboraba su delito y, además, hablaba correctamente el francés. La sentencia 

fue la condena: confiscación de sus bienes, expulsión de América, quema de los 

libros en la plaza pública y 10 años de presidio en África. Fue azaroso el destino 

de este precursor de la Emancipación. El 30 de octubre de 1795 emprendía el 

viaje del exilio. En Cádiz se fuga, y por ironía del destino termina en París. El 

grito de Independencia del 20 de julio de 1810, en Bogotá, lo coloca en otras 

circunstancias. Será Presidente del Estado libre de Cundinamarca en 1813. 

Emprendió campanas en la provincia de Pasto, empecinada en su adhesión a 

Fernando VII. La Reconquista emprendída por España en 1815, le significó un 

nuevo revés. Sin embargo el traductor de la “Declaración de los Derechos del 

Hombre y del Ciudadano”, preparó el terreno a Simón Bolivar. Boyacá en 1819, 

y Ayacucho en 1824, sellaron la derrota de los realistas un año después de la 

muerte de Antonio Nariño en Villa de Leyva. 

B) MARIANO MORENO Y LA PUBLICACIÓN DEL “CONTRATO SOCIAL” EN BUENOS 

AIRES 

A fines del siglo XVIII figuraba en bibliotecas de Buenos Aires la obra de 

Montesquieu, tanto en la del canónigo Maciel y en la de don Facundo Prieto 

Pulido. Esta última fue donada al convento de la Merced y erigida en biblioteca 

pública por el Virrey Arredondo en abril de 1794. En ella figuraban las “Letras 

o Cartas Persas” y cuatro tomos del “Espíritu de las Leyes”. En la Academia 

Carolina de Charcas también conocieron las obras de Juan Jacobo Rousseau los 

jóvenes bachilleres y doctores en Derecho de distintos países de América, entre 

ellos Mariano Moreno y Juan José Castelli. 

1 Ángel, Miguel Arnulfo. 1794: Antonio Nariño en Santa Fe de Bogotá, ‘La Gaceta”, Fondo de Cultura Económica, 

México, junio de 1989, p. 104. 

2 Ángel, Miguel Arnulfo, ob. cit., 1989, p. 104. 

314


A Manuel Belgrano y al Deán Funes les eran familiares los escritos tanto de 

Montesquieu como de Rousseau, quienes contaban con licencia papal para 

leer “libros prohibidos” por el Santo Oficio. Así, por ejemplo, Belgrano que se 

encontraba en la Península por 1789, manifiesta en su “Autobiografía” la influencia 

ilustrada cuando dice: “... Se apoderaron de mí las ideas de libertad, igualdad, 

seguridad, propiedad, y sólo veía tiranos en los que se oponían a que el hombre, 

fuese donde fuese, no disfrutase de los derechos que Dios y la naturaleza le 

habían concedido...” 3 . 

Igual influencia, esta vez de Montesquieu, se refleja en Mariano Moreno, 

cuando a través de “La Gaceta” de Buenos Aires expresaba su admiración por el 

régimen inglés: “... La Inglaterra, esa gran nación, modelo único que presentan los 

tiempos modernos a los pueblos que desean ser libres, habría visto desaparecer 

la libertad que le costó tantos arroyos de sangre, si el equilibrio de los poderes no 

hubiese contenido a los reyes sin dejar a la licencia de los pueblos. Equilíbrense 

los poderes y se mantendrá la pureza de la administración, ¿cuál será el eje de 

ese equilibrio?...” 4 . Con ello hacia un panegírico a la teoría de la separación de los 

tres poderes del Estado. 

Resultan conocidas las obras de estos dos pensadores franceses entre los 

criollos bonaerenses. Este conocimiento fue operándose por grados. Primero tuvo 

el carácter elitista y, luego de 1810, la divulgación de los pensadores franceses se 

agrandó visiblemente; sobre todo seguida de la reedición castellana del “Contrato 

Social” en la Imprenta de Niños Expósitos de Buenos Aires en 1810. Su autor 

fue Mariano Moreno, en cuyo prólogo afirmó: “...que en Buenos Aires se había 

producido una feliz revolución en las ideas…”. 

Es interesante acotar que en 1799 se llevó a efecto la impresión y versión al 

castellano del “Contrato Social” en la ciudad de Londres. Al parecer su difusión 

fue limitada en el Nuevo Mundo, al menos así lo manifiesta un edicto inserto en 

“La Gaceta de México” del 16 de diciembre de 1803, en el que además se reitera 

la prohibición de leer dicha obra. Invocábase la prohibición de Roma de 1766 y de 

la Inquisición española de 1764 5 . 

Entre otros antecedentes interesantes de la obra de Rousseau en el continente 

hispanoamericano, se afirma de la existencia –de la que no se conocen 

ejemplares– de la publicación hecha por el doctor José María Vargas y editada 

en 1809. A esta traducción hace referencia el historiador venezolano don Pedro 

Grases en el prólogo de la obra: “La Independencia de la Costa Firme, justificada 

por Tomás Paine treinta años ha” 6 . 

También se ha citado el testimonio de Daux.Lavaysse, autor de “Voyages aux 

isles de Trinidad” quien manifiesta que en 1807, estando en Cumaná en la casa 

de un almacenero, su joven dependiente hacia envoltorios con pliegos de “La 

Declaración de los Derechos del Hombre y del Ciudadano”, del “Contrato Social”, 

3 Levene, Ricardo. El Mundo de las ideas y la revolución hispanoamericana de 1810, Edit. jurídica de Chile, 

1956, p. 192. 

4 Levene, Ricardo, ob. cit., 1956, p. 188. 

5 Levene, Ricardo ob. cit. 1956. p. 206. 

6 Levene, Ricardo ob. cit. 1956. p. 195. 

315


etc., y que tales papeles se los habían dado en Trinidad con 500 ejemplares 

de cada uno y de una carta del jesuita Peruvien. Pero de ello no se desprende 

precisamente que el citado doctor Vargas haya hecho una edición de la obra 

completa; a lo más, sólo algunas páginas o acápites. 

El, dato de la posible reimpresión del “Contrato Social”, en 1811, según un 

aviso de la “Gaceta” de Caracas resulta nuevamente de interés. De tal edición 

no existen ejemplares. Ello resulta curioso porque ese año Venezuela declaraba 

su Independencia. Sin dudas se tuvo el propósito de llevar a cabo la publicación 

como lo declara el aviso y en tal caso como lo sostiene don Ricardo Levene, 

utilizándose la edición hecha en Buenos Aires, en 1810, por Mariano Moreno. 

El citado aviso dice: “Se abre suscripción a la reimpresión castellana...” y en la 

de Buenos Aires: “Se ha reimpreso en Buenos Aires”. Concluye este asunto don 

Ricardo Levene diciendo que: “La edición castellana atribuida al doctor Vargas, 

según una nueva investigación de Pedro Grases, establece esa posible edición, 

pero en enero de 1811, según el aviso publicado en la “Gaceta” de Caracas, 

número 140, de 1° de enero de 1811, que dice así: “Se abre suscripción a la 

reimpresión de la traducción castellana del “Contrato Social o principios de 

derecho público. Se recibirá en la tienda de don Francisco Martínez Pérez frente 

a las puertas traviesas de la Catedral, al precio de 20 reales cada ejemplar a la 

rústica y 30 para los no suscritos”. A continuación se hace un elogio de la obra de 

Rousseau” 7 . 

Pedro Grases manifiesta que ignora si llegó a publicarse y no afirma que fuese 

la traducción del doctor Vargas, “aunque si parece que el proyecto se refiere a 

una versión del original francés, quizá venezolana”. 

Si la edición de Buenos Aires de “El Contrato Social” no sigue a la de Londres, 

querría decir que existió otra edición castellana –además de la de 1799– anterior 

a la de 1810, pues como se sabe Moreno no tradujo a Rousseau y dice en la 

portada de la edición dirigida por el: “Se ha reimpreso en Buenos Aires” 8 . 

C) DON JOSÉ ANTONIO ROJAS, SEñOR SANTIAGUINO DE SOLICITANTE EN 

MADRID 

En el Reino de Chile conocieron obras del pensamiento francés y el “Contrato 

Social”, entre otros don Manuel de Salas, don Juan Egaña, fray Camilo Henríquez 

y José Antonio Rojas. Este último fue poseedor de una notable biblioteca. Resulta 

de interés referirse a este último personaje, señalado como un gran conocedor de 

los enciclopedistas y filósofos franceses. 

Don José Antonio Rojas se embarcó en Callao en enero de 1772, instalándose 

luego en Madrid con el objeto de obtener título de Castilla, solicitar un real empleo 

y obtener la licencia para casarse con una de las hijas de don José Perfecto 

Salas. Este último, fiscal de la Audiencia de Santiago y nombrado luego asesor 

del Virrey Amat, en 1761, cuando este último pasó a desempeñarse en Lima. 

7 Levene, Ricardo, ob. cit. 1956. pp. 196-197. 


316


En gran medida el viaje de Rojas fue costeado por el propio fiscal Salas para 

desvanecer entre otras cosas cargos que se le habían formulado en la corte, José 

Antonio Rojas contaba con 30 años de edad cuando inició sus trajines de solicitante 

en Madrid. Recorrió librerías y con ello dio satisfacción a sus curiosidades entre 

las que se destacaban las relativas a invenciones mecánicas. De esta manera 

adquirió un torno, que era en esa época toda una novedad. El 1º de mayo de 1773 

obtuvo una real orden que autorizaba a Salas a casar a sus hijas en el distrito de 

la Audiencia de Chile. Sin embargo, subido al poder el ministro José de Gálvez, 

dio a Salas el título de fiscal de la Casa de Contratación de Cádiz, imponiéndole 

la condición de no poder renunciar tal nombramiento. Ello implicaba el traslado 

de la familia de don José Perfecto Salas a la Península. El 13 de julio de 1776 el 

marqués de Sonora expedía la orden al Presidente de la Audiencia de Chile que 

no se admitiese excusa al fiscal Salas para quedarse en el país. Todo esto venia 

a significar un revés en las gestiones de don Antonio de Rojas. 

Como compensación de su fracaso de pretendiente, Rojas comenzó a devorar 

libros de filósofos y economistas ilustrados. Fue el primer chileno que adquirió 

y remitió a Chile “La Enciclopedia” de Diderot y D’Alembert, las obras de Juan 

Jacobo Rousseau, del Barón de Montesquieu, de Helvecio, de Robertson; el 

“Sistema de la Naturaleza” del Barón de Holbach y cuantas obras criticaban los 

esquemas políticos consagrados. 

En carta enviada a Salas del 7 de febrero de 1775, le dice: “Este hombre divino 

–refiriéndose al abate Reynal– es digno de elogios de todo el mundo literario, y 

particularmente de los americanos. Mucho se ha dudado en Europa acerca de la 

patria del autor, porque no se conoce con la pasión. Su rectísima balanza no se ha 

inclinado más a unos que a otros; a todos reprende sus defectos; y parece que es 

el padre universal de los mortales, según la autoridad con cuales había. Si ahora 

me condena Ud. por ponderativo, estoy cierto que, cuando Ud. lea, conocerá que 

mis expresiones son justas y moderadas. Ojalá se dedicara Ud. a traducirla...” 9 . 

Estas inclinaciones de don José Antonio Rojas hicieron dudar de su misión al 

fiscal Salas. Por ello decidió enviar a Madrid a su hijo don Manuel, quien se reunió 

con su futuro cuñado en España, y en ambos prendió la curiosidad intelectual y el 

contagio con las ideas ilustradas que circulaban en los centros madrileños. 

El 1º de octubre de 1778 Rojas se embarcó de regreso a su patria natal. A 

su arribo a Buenos Aires se enteró de la muerte de don José Perfecto Salas, 

ocurrida en esa misma ciudad. Preparó sus valijas y su valioso cargamento de 

libros, y en Mendoza contrajo el ansiado matrimonio. Pero allí sufrió una dolorosa 

pérdida que fue la de los 95 primeros pliegos de la traducción castellana de “La 

Historia de América” de Robertson, adquirida en Madrid. Por real orden del 23 

de diciembre de 1778, el ministro Gálvez había prohibido la publicación de dicha 

obra y su circulación en España y América. El Virrey de Buenos Aires procedió 

a ordenar la revisión prolija del equipaje que contenta la biblioteca del caballero 

santiaguino. Le fueron incautados y remitidos al Ministerio de Indias.. 

9 Donoso, Ricardo, Las ideas políticas en Chile, Editorial Universitaria de Buenos Aires, 1975, pp. 5-6. 

317


Llegado a Santiago, Rojas se vio mezclado en una grotesca conspiración 

fraguada por dos franceses, pero que no le causó mayores molestias. Dedicado a 

sus faenas de su hacienda de Polpaico comprendió que eran tiempos de callar. 

D) UN “AFFAIRE” DE FRANCESES A FINES DEL SIGLO XVIII 

En las postrimerías del último siglo colonias tuvo lugar en Santiago una 

curiosa conspiración cuyos protagonistas fueron tres franceses radicados en 

Chile. La mencionaremos por el hecho de que en ella se planteó “un proyecto 

de Independencia”. Algunas referencias al talante de los protagonistas se hacen 

necesarias. Uno de ellos era el francés Antonio Gramusset, nacido en Premelin, 

Lyon, en 1741. Residía en Talca en 1776. Arrendó desde 1772 las tierras de 

Cumpeo a los mercedarios en la suma de $ 450 anuales. Dicho negocio vio término 

en el más completo fracaso. Luego subastó el Real derecho de pulperías de San 

Martín de la Concha en Quillota. Los resultados fueron parecidos; culminando 

con la idea de fabricar una máquina para elevar agua valiéndose de un tomo del 

“Curso de Mr. Ozanam”. La diosa Fortuna le fue esquiva una y otra vez. 

Cuando en 1769 se decretó la expulsión de extranjeros que no hubiesen 

obtenido nacionalización en Chile, Gramusset se enroló en las milicias extranjeras 

para combatir a los araucanos que comandaba el francés Reinaldo Le Bretón; ello 

bajo el gobierno del oidor interino don Juan de Balmaceda y Zenzano. 

El otro protagonista era Antonio Alejandro Berney, quien llegó a ser profesor del 

Colegio Carolino, distinción poco común dada a un extranjero. Hombre soñador e 

ingenuo, por cuyo cerebro desfilaban una serie de ideas mal digeridas acerca de 

política y teorías sociales. 

El tercero fue Juan Agustín Beyner, también francés, químico de profesión, 

mecánico y fundidor cuando las circunstancias lo requerían. 

Los tres protagonizaron una conspiración, de la cual dice don Fernando 

Campos Harriet, “... lo único que existía era la idea de conspirar” 10 . 

Los tres extranjeros se influenciaron profundamente por el levantamiento de 

las colonias inglesas de América del Norte, y pensando en la imposibilidad que se 

encontraba España –en guerra con los ingleses– de enviar destacamentos hacia 

América, llegaron a pensar en la seria posibilidad de hacer de Chile un Estado 

independiente: tal fue el proyecto y el inicio del “affaire”. 

El plan político de Berney era el siguiente: “Gobernaría el Estado un cuerpo 

colegiado, con el título de “El soberano senado de la muy noble, muy fuerte y 

muy católica República chilena”. Sus miembros serian elegidos por el pueblo. Los 

araucanos enviarían sus diputados a esta asamblea. La pena de muerte no debía 

aplicarse a ningún reo. La esclavitud sería abolida: no habría jerarquías sociales; 

las tierras serian repartidas en porciones iguales. Luego que la revolución hubiera 

triunfado se levantaría un ejército (después del triunfo, no antes); se fortificarían 

las ciudades y las costas, no con el objeto de que Chile diera rienda suelta a la 

ambición de conquistas, sino con el de que se hiciera respetar y no se atribuyeran 

10 Campos Harriet, Fernando, Veleros franceses en los mares del sur, Empresa Editora Zig-Zag, Colección 

Historia y Documentos, 1964, pág. 135. 

318


a debilidades las concesiones que le dictaba la justicia. Entonces se decretaría 

la libertad del comercio con todas las naciones del orbe, sin excepción, incluso 

los chinos y los negros, incluso la España misma, que había pretendido aislar 

a la América del resto del la tierra. Reconocía la unidad del género humano y 

proclamaba la fraternidad de los ciudadanos de una misma república...” 11 . 

Concluía el manifiesto expresando al monarca español, con extrema cortesía, 

que los chilenos resolvían separarse de sus dominios: “Poderoso monarca: 

Nuestros ancestros españoles juzgaron conveniente elegir por Rey a vuestros 

abuelos; nosotros, después de haber maduramente reflexionado, juzgamos 

conveniente dispensaras de tan pesada carga...” 12 . 

Gramusset y Berney. buscaron apoyo en el Mayorazgo don José Antonio 

de Rojas, regresado a Chile desilusionado con la metrópoli y por la situación 

desmedrada del comercio hispano y sus trabas monopólicas. 

En casa de Rojas, en Polpaico, se redactó el manifiesto. Aunque lo tildó de 

quimérico, no parece haberlo desaprobado. 

A la conspiración se unieron un español de apellido Pacheco, y don Mariano 

Pérez de Saravia y Sorante, abogado de escaso crédito, oriundo de Buenos Aires. 

Fue este último quien en carta del 1º de enero de 1781 denunció la conspiración 

al regente Álvarez de Acevedo. Se inició el proceso con gran sigilo. Muchos 

pensaron que la detención de los franceses se debía a asuntos de su permanencia 

como extranjeros en el país. Don José Antonio Rojas resultó sin cargos ya que no 

se le pudo comprobar responsabilidades. 

Gramusset y Berney fueron enviados a Lima; más tarde se les envió a Cádiz en 

el navío de guerra “San Pablo”. Dicho barco naufragó frente a la costa portuguesa 

el 2 de febrero de 1786. Berney pereció en la zozobra y Gramusset falleció tres 

meses después en un calabozo de Cádiz. 

El historiador Fernando Campos Harriet en su obra “Veleros franceses en los 

mares del Sur”, resume elocuentemente el corolario de este suceso cuando dice: 

“¿Qué quedó de toda la desgraciada historia de estos aprendices de 

conspiradores? De la trabazón misma, sólo un recuerdo esotérico. Pero analizando 

el manifiesto de Berney, encontramos confundidos, por su locura, principios 

absurdos y concepciones ingenuas junto a aspiraciones nobles y profundas, 

comunes a las ideas revolucionarias en bogó en Europa contemporánea, que 

luego de abrirse dificultosamente surco en el pensamiento de los criollos, fueron 

objeto de realizaciones por los patriotas que forjaron la República. Desde luego, 

la Independencia, su Constitución democrática. La libertad de comercio. La 

abolición de la esclavitud. La formación de un ejército nacional. Y algunas otras, 

visionarias, como la adecuada repartición de las tierras...” 13 . 

Curioso episodio fue éste protagonizado por franceses residentes en el Reino 

de Chile, que influidos por los sucesos de la época soñaron un tanto ingenuamente 

de verlo como una República independiente y soberana. 

11 Campos Harriet, Fernando, ob. cit., 1964, p. 136. 

12 Campos Harriet, Fernando, ob. cit., 1964, p. 137. 

13 Campos Harriet. Fernando, ob. cit., 1964, pp. 141-142. 

319


E) MORáN, APOLOGISTA DE LA REVOLUCIÓN FRANCESA 

A pesar del celo de las autoridades españolas y las innumerables medidas para 

interceptar gacetas, correspondencia y todo contacto de los súbditos hispanos 

con novedades extranjeras, se veía al finalizar la Colonia en forma creciente 

el desplazamiento de fragatas francesas y angloamericanas en las costas del 

Imperio español. 

Como otra prueba de la indudable penetración de ideas republicanas, tenemos 

en Chile el caso del presbítero don Clemente Morán, que abrazó con pasión y 

fanatismo las novedades ideológicas de su época. 

Hacia 1795 vivía este ya anciano sacerdote en la ciudad de La Serena. De 

grandes energías y ánimo vehemente, se entretenía en medio de la modorra 

provinciana oficiando de abogado y redactando pasquines y libelos infamatorios 

que le ganaron sobrado prestigio de atrevido y deslenguado. Mereció el eufemístico 

calificativo de “muy voraz en el hablar”. Morán avivó cuánta chismografía estuvo 

a su alcance, lanzando inventivas de las que no tuvieron paz siquiera sus propios 

hermanos de ministerio. Los pasquines aparecían en las puertas del vecindario 

serénense ora en versos, ora en prosa, las más de las veces con irrepetibles 

bochornos para con sus víctimas. 

Un notable versificador, el dominico López, lo retrató en décimas que se 

hicieron famosas: 

“Morán, por desengañarte, 

Movido de caridad, 

Pretendo con claridad 

El evangelio contarte 

No hay en este mundo parte 

Que no sepa tu simpleza, 

Ya no hay estrado ni mesa, 

Donde no se hable de ti, 

Pues no se ha visto hasta aquí 

Tan trabucada cabeza 

¿No es mejor que te destines 

A cuidar sólo de ti 

Y no andar de aquí y de allí 

Poniendo a todos pasquines? 

¿Es posible que imagines 

Que esta es obra meritoria? 

Basta. Dile a tu memoria 

Que estos yerros olvidando 

Siga siempre contemplando 

Muerte, juicio, infierno y gloria” 14 . 

El personaje en cuestión vino a alterar la calma del Gobernador don Ambrosio 

O’Higgins, celoso funcionario defensor de la monarquía, como lo hubiese deseado 

el más recalcitrante peninsular. 

14 Donoso, Ricardo, ob. cit., 1975, pp. 9-10. 

320


El 25 de mayo de 1795 llegaron al Gobernador denuncias del Subdelegado 

de Coquimbo que daban cuenta “del inesperado exceso, arrojo y delirio” 

con que Morán hablaba de la Revolución Francesa y sostenía ideas de aquel 

acontecimiento, invitando a imitarlo y seguirlo. 

El Gobernador O’Higgins impartió las debidas órdenes al Subdelegado de 

Coquimbo a objeto de investigar el asunto y remitir al acusado inmediatamente a 

Santiago. 

De las pruebas en contra de Morán resaltan algunas como estas afirmaciones 

del sacerdote: “De dónde han sacado que el hombre ha de estar sujeto al Rey 

cuando Dios lo ha criado libre y, por lo tanto, defienden bien los franceses su 

libertad...” Y esta otra, sobre el Estado de Francia: “... hombre, esto ha de venir a 

parar en que no haya Rey, y que sólo gobernará el Patronato Real, entonces se 

gobernará esto mejor, porque sólo uno no puede gobernar bien...” Aseveraciones 

de este tipo y otras como que el fracaso de la Casa de Borbón en Francia provenía 

del exceso de, impuestos; y que “... tarde o temprano los franceses se habrán de 

zurrar en los españoles” 15 , terminaron en conformar el libelo acusatorio. 

Pese a las objeciones del obispo don Francisco José Morán, que trató de no 

dar importancia a los desvaríos del acusador, a las que se sumaron las del fiscal 

de la Audiencia; el Gobernador O’Higgins se ciñó a la formalidad del proceso, 

Morán fue recluido en calidad de reo en el Convento de Santo Domingo. Cuando 

en 1796 don Ambrosio O’Higgins fuera nominado Virrey del Perú, desde allí pidió 

el expediente. 

Finalmente, una real cédula del 17 de junio de 1796 ordenó que se concluyese 

la causa a la brevedad posible. El 12 de diciembre de 1798 el Gobernador 

Marqués de Avilés comunicaba al obispo que le remitía el proceso “en estado 

de sentencia”, pidiéndole fijar día en que habrían de resolver el asunto. No hay 

más datos posteriores del “caso del presbítero Morán”. Sólo que en octubre de 

1800 moría en Santiago, pobre de solemnidad; siendo, finalmente, sepultado en 

la Catedral. 

De este singular apologista de la Revolución Francesa en la colonial ciudad de 

La Serena, dice don Miguel Luis Amunátegui: “... el pobre coplero Morán era un 

murmurador de aldea, que no tenía siquiera estampa de apóstol revolucionario...” 16 . 

Pese a ello nos demuestra que los lejanos sucesos de Francia trascendían a 

estas australes latitudes de la América española. 

F) FRAY CAMILO HENRÍQUEZ Y ROUSSEAU 

Referirse a Camilo Henríquez, es abrir de inmediato las múltiples posibilidades 

de varios temas. Y ello ocurre porque es uno de los grandes teóricos del período 

de la Independencia; y como tal abordó los más variados tópicos tanto en sus 

proclamas, sermones, como especialmente en su condición de periodista. 

De allí nuevamente la imperiosa necesidad de circunscribirnos al tema en 

15 Villalobos, Sergio, Tradición y Reforma en 1810, Ediciones de la Universidad de Chile, 1961, pág. 149. 

(Referencia al expediente secreto contra del Dr. Clemente Morán, Archivo Nacional, Archivo judicial La 

Serena, fojas 4 y 14). 

16 Villalobos, Sergio, ob. cit., 1961, pág. 150. 

321


cuestión: la influencia de las ideas francesas. Si bien es cierto los escritos de los 

enciclopedistas fueron conocidos por nuestros próceres, en fray Camilo Henríquez 

cupo la posibilidad de difundir tales planteamientos. De hecho en las páginas 

de la “Aurora de Chile” y del “Monitor Araucano” no es difícil advertir directa o 

indirectamente el pensamiento de Rousseau. 

Veamos por tanto algunos entretelones apropiados a nuestra temática. Camilo 

Henríquez González nació en Valdivia el 20 de julio de 1769. Fue hijo de don 

Félix Henríquez y de doña Rosa González. Tuvo dos hermanos y una hermana. 

Uno de ellos, don José Manuel, pereció de un balazo defendiendo una de las 

trincheras de la Plaza de Rancagua, en 1814. 

A los nueve años pasó a Santiago y a los quince, o sea en 1784, se le envió a 

Lima a proseguir sus estudios. Allí ingresó al Convento de los Padres de la Buena 

Muerte, y el 28 de enero de 1790 profesaba su condición de sacerdote. 

En Lima se le abrió la sociedad más culta e ilustrada del Virreinato. Fue en 

dicha ciudad donde también sufrió proceso del Santo Oficio en tres oportunidades. 

La acusación fue siempre la misma: “tener libros prohibidos y de consagrarse a la 

lectura de los filósofos franceses...” 17 . 

El primero de dichos procesos fue en 1796, y el último en 1809. En la postrer 

oportunidad la Inquisición dispuso allanar su celda, encontrándosela en sus 

colchones libros de los pensadores franceses. Sufrió por ello prisión en los 

calabozos limeños. 

Don Luis Montt en su obra “Ensayo sobre la vida y escritos de Camilo 

Henríquez”, señala “... que cierto día le pidió una persona, que acaso era espía 

de la Inquisición, una obra de Voltaire para leerla. Henríquez se la negó diciéndole 

que no era compatible con sus conocimientos. Esta misma persona le delató al 

Tribunal como lector de libros prohibidos. No demoró mucho el Santo Oficio en 

mandar a sus alguaciles a la celda del fraile que se le presentaba como reo” 18 . 

Luego agrega: “Al fin, accediendo a las repetidas instancias de los padres de 

la Buena Muerte, el Inquisidor General hizo venir de La Paz a fray Bustamante, 

doctor de alguna fama, para que examinase a Camilo Henríquez. Informó el 

doctor Bustamante que fray Camilo era un católico cuya ortodoxia no podía 

ponerse en duda, y que el estudio que hacia de los libros heréticos que se le 

habían sorprendido eran relativos a política…”. 19 

Don José Toribio Medina en su “Historia del Tribunal del Santo Oficio de la 

Inquisición en Chile”, plantea que Henríquez fue inculpado, en una de las causas 

que tuvo en 1803, por haber leído el “Contrato Social” de Juan Jacobo Rousseau, 

obra que le fue prestada por un padre mercedario. En suma, los procesos fueron 

tres: en 1796, en 1803 y en 1809. Estos sucesos terminaron –sostiene Medina– y 

como lo dijo el propio Henríquez años más tarde, “felizmente y sin desdoro de su 

estimación pública...”. 

17 Silva Castro, Raúl, Prensa y Periodismo en Chile, Ediciones de la Universidad de Chile, 1958, pág. 16. 

18 Silva Castro, Raúl, ob. cit., 1958, p. 46. 


322


Esta situación fijó mucho el rumbo de su vida, pues se decidió su traslado 

a Quito en servicio de su Orden. Pensó además radicarse en vida de retiro en 

Alto Perú, en un colegio de la congregación. Sin embargo, volvió a Chile a fines 

de 1810 con el propósito de ver a sus familiares. Se halló en la efervescencia 

política del país, radicándose en su patria a la cual consagraría de lleno su ímpetu 

emancipador. Ocupará un honroso sitial entre los teóricos de la Independencia. 

De las múltiples incursiones teóricas del fraile de la Buena Muerte, prócer de 

la Independencia chilena y padre del periodismo nacional, corresponde en los 

márgenes del presente artículo revisar algunos puntos básicos de su formación 

ilustrada. 

Así, por ejemplo, la idea del “Pacto social” la expresa cuando dice: 

“Establezcamos, pues, como principio, que la autoridad suprema trae su origen 

del libre consentimiento de los pueblos, que podemos llamar pacto, o alianza 

social. 

En todo pacto intervienen condiciones, y las del pacto social no se distinguen 

de los fines de la asociación. 

Los contratantes son el pueblo y la autoridad ejecutiva. En la monarquía son el 

pueblo y el rey. 

El rey se obliga a garantizar y conservar la seguridad, la propiedad, la libertad 

y el orden. En esta garantía se comprenden todos los deberes del monarca. 

El pueblo se obliga a la obediencia y a proporcionar al rey todos los medios 

necesarios para defenderlo, y conservar el orden interior. Este es el principio de 

los deberes del pueblo. 

El pacto social exige por su naturaleza que se determine el modo con que 

ha de ejercerse la autoridad pública: en qué casos, y en qué tiempos se ha de 

oír al pueblo; cuándo se le ha de dar cuenta de las operaciones del gobierno; 

qué medidas han de tomarse para evitar la arbitrariedad; en fin, hasta dónde se 

extienden las facultades del Príncipe. 

Se necesita, pues, un reglamento fundamental; y este reglamento es la 

constitución del Estado. Este reglamento no es más en el fondo que el modo y 

orden con que el cuerpo político ha de lograr los fines de su asociación…” 20 . 

La idea de la representatividad del Cuerpo político la expresa en la Segunda 

proposición del “Sermón en la instalación del Primer Congreso Nacional” (4 de 

julio de 1811) cuando dice: “Existen en la nación chilena derechos en cuya virtud 

puede el cuerpo de sus representantes establecer una Constitución y dictar 

providencias que aseguren su libertad y felicidad...” 21 . 

Respecto a la teoría de la separación de los Poderes del Estado del barón de 

Monstesquieu, la menciona por primera vez en la Proclama de Quirino Lemachez 

al sostener: 

20 Vicuña Cifuentes, Julio, Aurora de Chile, Reimpresión paleográfica a plana y renglón, Imprenta Cervantes, 

Santiago de Chile, 1903, págs. 5 y 6 (Nociones fundamentales de los pueblos, jueves 13 de febrero de 1812, 

Nº 1, Tomo I). 

21 Silva Castro, Raúl, Antología de Camilo Henríquez, Editorial Andrés Bello, 1970, pág. 71. 

323


“¡Qué dicha hubiera sido para el género humano si en vez de perder el tiempo 

en cuestiones oscuras e inútiles, hubieran los eclesiásticos leído en aquel gran 

filósofo los derechos del hombre, y la necesidad de separar los tres poderes: 

legislativo, gubernativo y judicial, para conservar la libertad de los pueblos! 

¡Cuán diferente aspecto presentaría el mundo si se hubiese oído la voz enérgica 

de Raynal, cuando transportado en idea, a los consejos de las potencias, les 

recordaba sus deberes y los derechos de sus vasallos!..” 22 . 

Por otra parte, la idea de la perfectibilidad del hombre y de la Sociedad e 

implícitamente la de su progreso, la expresa por ejemplo en el artículo “De la 

influencia de los escritos luminosos sobre la suerte de la Humanidad” en el que 

dice: 

“Por el descubrimiento sucesivo de las verdades en todo género, salieron 

los hombres de la barbarie y del inmenso océano de infortunios que siguen a 

la ignorancia y preocupaciones. Este gran resultado presenta el examen de la 

sociedad en diferentes épocas de la historia. El estado social es susceptible 

de mejorarse y perfeccionarse; los hombres no son siempre los mismos: 

duros, insensibles, tiranos unos de otros en los siglos de ignorancia, sus leyes 

y costumbres respiran opresión y sangre; sensibles, humanos en tiempos más 

cultos, desechan con horror aquellas leyes y costumbres. ¿No es esto una gran 

ventaja, aunque gima la sociedad bajo males de otro género?...” 23 . 

Henríquez no sólo creyó, sino que impulsó la Ilustración. “Las obras sabias 

necesitan hallar en los pueblos una disposición feliz...” decía, llevado por los 

impulsos del iluminismo. De allí su otra pasión: impulsar la educación pública. 

Por ello es que también es uno de los artífices de la educación republicana de 

Chile. En el número 19 de la “Aurora de Chile” (18 de junio de 1812) coloca la 

cita de Aristóteles: “El primer cuidado de los legisladores ha de ser la educación 

de la juventud sin la cual no florecen los estados” y al mismo tiempo definía 

la finalidad primordial del Instituto Nacional y lo es también el de la Educación 

“...dar a la Patria ciudadanos que la defiendan, la dirijan, la hagan florecer y le 

den honor...” 24 . 

Dentro de la riqueza de argumentos, que fray Camilo Henríquez les dio el 

carácter de una cátedra de republicanismo a través de sus escritos periodísticos, 

resalta otro de ellos con fuerte sabor al enciclopedismo ilustrado de su época. 

Se trata del “Catecismo de los patriotas” (N os 99 y 100 del Monitor Araucano, 

correspondiente al 27 y 30 de noviembre de 1813. Continuó apareciendo en el 

2º tomo de la publicación, en los números 1, 2 y 3 del 2, 7 y 10 de diciembre). 

Es nutrido este documento en materia de teoría política, cuando sostiene, por 

ejemplo: “La libertad nacional es la independencia; esto es, que la Patria no 

dependa de España, de la Francia, de Inglaterra, de Turquía, etc., sino que se 

gobierne por si misma”. 

“La libertad civil consiste en que la ley sea igual para todos, en que todos sean 

iguales delante la ley, y sólo sean superiores de los ciudadanos los que han sido 

22 Silva Castro, Raúl, ob. cit., 1970, pág. 65. 

23 Silva Castro, Raúl, ob. cit., 1970, pág. 109. 

24 Vicuña Cifuentes, Julio, ob. cit., 1903, pág. 80. 

324


elegidos para mandarlos por elección, libre de los mismos ciudadanos, o de sus 

representantes libremente nombrados por ellos...” 

En este mismo artículo hace mención a la “Declaración de los Derechos del 

Hombre y del Ciudadano” aprobada por la Asamblea Nacional Constituyente 

de Francia, cuando prosigue: “Se han publicado en Europa y América varias y 

hermosas declaraciones de los derechos del hombre y del ciudadano; la siguiente 

es bella y compendioso: 

El fin y el objeto de la sociedad civil es la felicidad pública. Los gobiernos se 

han instituido para conservar a los hombres en el goce de sus derechos naturales 

y eternos... 

…Todos los hombres nacen iguales e independientes, y deben ser iguales a 

los ojos de la ley. 

La ley es la expresión libre, solemne de la voluntad general; ella debe, ser igual 

para todos, sea que proteja, sea que castigue; ella sólo puede mandar lo que es 

justo y útil a la sociedad, y ella sólo puede prohibir lo que es dañoso. 

... La soberanía reside en el pueblo. Ella es una e indivisible, imprescriptible e 

inalienable…” 25 . 

En este artículo con sabor a proclama privilegia el sistema republicano a través 

de un argumento bíblico: “¿Ha mostrado Dios N.S. predilección y preferencia 

por alguna forma de gobierno? Puede decirse que el cielo se ha declarado 

en favor del sistema republicano: así vemos que este fue el gobierno que dio 

a los israelitas...” 26 (Refiriéndose a la época del nomadismo de los Patriarcas y 

Jueces). 

Son muchos, en verdad, los planteamientos que reflejan en fray Camilo 

Henríquez la impronta de Rousseau, Montesquieu y de los enciclopedistas 

franceses. Sobre sus convicciones y la realidad de su tiempo es atinado don 

Ricardo Donoso cuando dice: “El redactor de la Aurora de Chile comprendía cuán 

largo era el camino por recorrer para llegar a un sistema republicano de raigambre 

democrática por cuanto el estado de cosas imperante estaba en contradicción 

con la educación, costumbres y hábitos de la sociedad formada en la tradición 

hispánica... “ 27 . 

III. A MANERA DE CONCLUIR 

Aunque el liberalismo francés –débilmente– empezó a manifestarse antes 

de la Emancipación a través de lectura de libros que circularon entre los criollos 

cultos, por contactos producidos por viajes, estudios en España y Europa, y el 

establecimiento de extranjeros, no es menos cierto que la pérdida del predominio 

marítimo español y el control de sus costas, facilitaron los contactos con navíos 

franceses y angloamericanos. 

25 Silva Castro, Raúl, ob. cit., 1970, pp. 201 y 204. 


27 Donoso, Ricardo, ob. cit., 1975, p. 28. 

325


Obras como “La Enciclopedia” de Diderot y D’Alembert, “El Contrato Social” 

de Rousseau, “El Espíritu de las leyes de Montesquieu, “La historia filosófica y 

política de los establecimientos europeos en las dos Indias” de GuillermoTomás 

Raynal, “La Introducción a la historia general y política del universo” de Samuel 

Pufendorf, y las obras de Bayle, Holbach, Rodin, etc., fueron leídas y admiradas 

por los patriotas. Como se ha señalado, pesaba sobre ellas la prohibición de su 

lectura, pero también es cierto que se podían obtener permisos de la Santa Sede 

y del Santo Oficio para leerlas. Y tales licencias no fueron raras. En Chile las 

poseían: don José Antonio de Rojas, el sacerdote Martín Sebastián de Sotomayor, 

fray Francisco Valenzuela, fray Jerónimo Arlegui, el dominico fray Sebastián Díaz, 

el Oidor don Francisco Diez de Medina, don Manuel de Salas, don Miguel de 

Eyzaguirre y don Fernando Márquez de la Plata 28 . 

Cabe plantearse, finalmente, ¿qué huellas deja el liberalismo francés como 

aporte en el nacimiento de la América independiente? 

El historiador don Julio Heisse González las visualiza de la siguiente manera: 

“El racionalismo, el individualismo y el concepto de derecho natural, la idea de 

soberanía absoluta, la separación de los poderes y el gobierno representativo son, 

tal vez, los aspectos más importantes del liberalismo francés que contribuyeron 

a crear en los estratos superiores del grupo dirigente chileno un conjunto de 

principios doctrinarios que sirvieron de fundamento a la tarea de organización de 

la República...” 29 . 

El racionalismo pretendió esquematizar e integrar la vida social en los 

esquemas preestablecidos por la razón humana, significando ello el abandono de 

la tradición como marco del mundo jurídico. Tal postura alejarla a los legisladores 

de la realidad. Así se explican los primeros ensayos políticos entre 1811 y 1828 (a 

excepción del de 1818) que hayan tenido la tendencia generadora de encasillar 

en los marcos racionales y éticos la compleja realidad. Los juristas trataron de 

imponer principios, pensando que la ley determina la realidad. Que el mundo 

social se transforma conforme a los dictados de la razón. Que una Constitución y 

la fuerza de una disposición legal eran suficientes para cambiar la realidad y asi 

modelar la sociedad racionalmente. 

Al individualismo lo consagra solemnemente ‘La Declaración de los Derechos 

del Hombre y del Ciudadano”. Primero resulta una reacción lógica a la monarquía 

absoluta y su sistema estamental y corporativo. El individualismo encontró 

un criollo que poseía los gérmenes por su raigambre hispánica, personalista 

y localista. El ensayo y las tendencias federalistas justamente se basan en la 

tendencia de subordinación del poder a la libertad individual. 

El advenimiento de la República tomará al ciudadano como finalidad de la 

organización política, entendiendo que sus derechos no son otorgados por la ley 

ni por la autoridad, quien sólo se limita a reconocerlos, ya que éstos son anteriores 

al Estado mismo. Tal es la doctrina de los derechos naturales del hombre. 

28 Eyzaguirre, Jaime, Ideario y ruta de la Emancipación chilena, Editorial Universitaria, 1985, págs 72 y 73. 

29 Heisse González, Julio. Años de formación y aprendizaje políticos (1810- 1833). Ed. Universitaria 1978, p. 44. 

326


El individualismo trae como consecuencia la doctrina de la soberanía del 

pueblo. Esta idea no era nueva ya que es de origen cristiano, pero Rousseau le 

dio un sentido diverso transformándola en idea práctica. En efecto, supone un 

poder constituyente radicado en el pueblo. Este poder puede elaborar libremente 

la Carta fundamental o Constitución; y esta ley fundamental sería por sí misma 

capaz de cambiar las costumbres y hacer felices y virtuosos a los hombres. En 

toda América hispana, desde que se tuvo noticias de la prisión de Fernando VII 

no se hizo sino invocar el principio de soberanía popular. 

La soberanía reside –por tanto– en el pueblo y consiste en la facultad de dictar 

las leyes y establecer la forma de gobierno que más convenga a los intereses 

generales. Siendo por su naturaleza imprescriptible, inenajenable e indivisible. 

Respecto a la teoría de la separación de los poderes es otro de los aportes 

de los filósofos de Francia (Montesquieu). En los comienzos de nuestra vida 

independiente hay confusión respecto a esta separación debido a la inexperiencia 

de los criollos en práctica de autogobierno y la tendencia a formar organismos 

colegiados de juntas. Sin embargo, fue decantándose esta doctrina a través de 

los diversos ensayos constitucionales. Aparece manifiesta en la Constitución de 

1833. 

Referente al gobierno representativo, los juristas más bien siguieron 

a Montesquieu, ya que Rousseau con su individualismo establece que la 

voluntad general titular de la soberanía no puede ser representada. Por tanto la 

democracia directa resulta imposible. Será el sistema de gobierno representativo 

el que consagrarán los textos constitucionales, y será la forma de gobierno que 

en definitiva se adopte. La soberanía reside en la nación, pero ésta delega su 

ejercicio en sus representantes.. 

A estas ideas aportadas por el liberalismo francés se suman en definitiva 

la consagración de las libertades ciudadanas expresadas en las garantías 

constitucionales a través de los derechos y deberes del ciudadano y sus relaciones 

con el Estado. 

IV. EPÍLOGO 

En las postreras líneas de este artículo tal vez resultan apropiadas estas 

palabras de don Ricardo Levene 30 , cuando dice: “Se admite en principio que la 

influencia de la Revolución Francesa ha sido de orden intelectual o de las ideas, 

y no de los hechos, pero corresponde agregar con respecto a Rousseau las 

siguientes palabras de Mitre, que explican su verdadera influencia: “Si Rousseau, 

si los principios de la Revolución Francesa aparecieron muy al principio de nuestro 

alzamiento, fue no para excitar por medio de teorías, sino para formular el hecho, 

consumado ya por el instinto” 31 . 


31 Institución Mitre, Diario de juventud de Mitre, Buenos Aires, 1936, p. 22. 

327


328


O’HIGGINS Y EL ORDENAMIENTO 

CONSTITUCIONAL CHILENO 

Jaime Antonio Etchepare Jensen 

Tras la batalla de Chacabuco, el Ejército de los Andes, bajo las órdenes del 

General José de San Martín entró en Santiago, capital del Reino de Chile. 

Con el objeto de dar al naciente Estado una adecuada organización política, el 

Gobernador interino, don Francisco Ruiz-Tagle, convocó por bando al vecindario 

noble para el día 15 de febrero a un Cabildo Abierto 1 . En él debían elegirse tres 

representantes o electores, uno por Coquimbo, otro por Santiago y el tercero por 

Concepción 2 . 

Reunidos los vecinos a la hora indicada, acordaron: “habiéndose leído dicho 

bando, se les mandó por el Gobernador Político interino, don Francisco Ruiz-Tagle, 

proceder a la elección de los referidos sujetos; todos reunidos y por aclamación 

general dijeron no haber necesidad de nombrar electores, y por su unánime 

voluntad era la que fuese Gobernador del Reino con omnímodas facultades, el 

señor General en jefe don José de San Martín” 3 . 

En este ofrecimiento quedaba de manifiesto el distanciamiento experimentado 

por la aristocracia santiaguina hacia O’Higgins, ya que se prefería entregar 

el Mando Supremo a un general ajeno al país, hasta entonces desconocido y 

sin ninguna vinculación con el territorio nacional, antes que al ex diputado por 

Laja al Primer Congreso Nacional, progresista edil de Chillán, Comandante de, 

Milicias y heroico soldado en, decenas de batallas de la Patria Vieja, vencedor de 

Chacabuco. Pensaban aquí el rechazo de los pelucones capitalinos al provinciano 

sureño, la desconfianza de los tradicionalistas ante las ideas modernizadoras del 

hombre de Estado, el desprecio de los blasonados mayorazgos al hijo ilegítimo 

del Gobernador irlandés. 

San Martín rechazó el nombramiento, argumentando sus propósitos de pasar 

al Perú a combatir el dominio realista y encargó a Francisco Ruiz-Tagle y al doctor 

Bernardo Vera y Pintado que procurasen convencer al Cabildo de la conveniencia 

de designar en su lugar al General Bernardo O’Higgins. 

1 No obstante la denominación de “Cabildo abierto”, a estas asambleas concurrían los miembros de la 

corporación y los jefes de las familias de prosapia. 

2 Santiago se arrogaba la representación del Reino entero. La imperiosa necesidad de darse un Gobierno y el 

hecho de encontrarse el sur en manos de los realistas justificaban esta Actitud. 

3 Acta del Cabildo del 15 de febrero de 1817. 

329


El Cabildo volvió a reunirse el 16 de febrero, no sin una nueva tentativa de 

obtener la aceptación del Gobierno de Chile por parte de San Martín, sólo ante 

el terminante rechazo de éste, “aclamó por Director Supremo interino al señor 

Brigadier Bernardo O’Higgins”. El acta fue firmada por 185 vecinos, lo más 

representativo de la aristocracia santiaguina 4 . 

No se establecieron límites a la autoridad política del Director Supremo. Se 

entendía establecer una dictadura de corte romano, concentración de todas las 

facultades gubernativas en una sola mano, cuyo período de duración sería hasta 

conseguir la derrota definitiva de los realistas y la liberación total del territorio 

nacional. La aristocracia reprimía sus tendencias a los gobiernos oligárquicojuntistas 

ante la necesidad de consolidar la independencia. 

O’Higgins designó el mismo día 16 de febrero como Secretario de Estado para 

el Interior y Relaciones Exteriores a Miguel Zañartu y a José Ignacio Zenteno para 

Guerra y Marina. Un decreto del 19 de marzo dispuso que las comunicaciones 

firmadas por los Secretarios de Estado y rubricadas por el Director Supremo 

valdrían como resoluciones de Gobierno. Otro decreto del día 2 de marzo mandó 

que la publicación en “La Gaceta” del Gobierno se tuviera por promulgación de 

los decretos y órdenes emanados del Director Supremo. Para este efecto, se 

empezó a publicar el 26 de febrero “la Gaceta” del Gobierno de Chile, a cargo 

del doctor Vera. El 18 de junio el periódico oficial tomó el nombre de “Gaceta” 

de Santiago de Chile, que después de la batalla de Maipo, se cambió por el de 

“Gaceta Ministerial de Chile” 5 . 

El 2 de junio de 1817 creó una tercera-Secretaría de Estado o Ministerio de 

Hacienda, el que confié a Hipólito de Villegas. 

Nada habla mejor del espíritu legalista y constitucional del Libertador que la 

espontánea promulgación de un Plan de Hacienda y Administración Pública. Este 

conjunto de disposiciones era un verdadero ordenamiento jurídico, en el cual se 

determinaban no sólo la organización administrativa del naciente Estado, sino 

también el Poder judicial y se establecía, límites al ejercicio de la autoridad política 

por el Director Supremo. 

El Plan de Hacienda y Administración constaba de 240 artículos. Nos limitaremos 

aquí al análisis de aquellos que tienen relevancia política y constitucional: el 

artículo 91 establecía que “Habrá un Tribunal de Cuentas que tome la de todas las 

personas en quienes hubiere entrado o entrare Hacienda Pública, sin perjuicio de 

las que los subalternos han de dar a sus principales. Los negocios de Hacienda 

han tomado un incremento que no pueden expedirse por un solo contador. No lo 

permiten tampoco las circunstancias del Estado. La vigilancia sobre las oficinas 

de Hacienda, y su suerte, no es ya para confiarla a un hombre solo; y con el 

establecimiento del Tribunal está mejor consultada esa dirección, despacho y 

justicia de los interesados, al mismo tiempo que lejos de aumentar el costo de la 

antigua oficina, el nuevo arreglo envuelve el ahorro constante de la demostración 

4 En esta asamblea estaba lo más representativo de la aristocracia: el mayorazgo Francisco Ruiz-Tagle, el 

Conde de Quinta Alegre, el Marqués de Larraín, José Ignacio Eyzaguirre y José María Guzmán, entre otros. 

Sólo no concurrieron realistas y carrerinos. 

5 Francisco Antonio Encina Armanet, Historia de Chile, Ed. Ercilla, Santiago de ante, 1983, V 14, pág. 7. 

330


respectiva”. Establecía así un verdadero organismo contralor, con tuición sobre 

la recaudación e inversión de los fondos del Estado. Concepción muy avanzada 

para la época y que tendía a garantizar la transparencia en el manejo de los 

dineros fiscales. 

El artículo 105 entregaba a los Intendentes el conocimiento en la instancia de 

las causas de justicia, Policía, Hacienda y Guerra. El artículo 117 establecía que 

“Los Intendentes remitirán a los Alcaldes Ordinarios las causas de justicia que no 

necesiten de su autoridad, a fin de que queden más expeditos para las principales 

funciones que les están encomendadas. De esta manera, los Intendentes pasaban 

a cumplir funciones judiciales en la instancia. 

Sin perjuicio de lo cual el artículo 123 creaba un Tribunal de justicia y Apelación, 

el que vendría a reemplazar a la Real Audiencia como máximo Tribunal Letrado 

del Reino: Lo compondrán un Presidente, y tres miembros, todos letrados, 6 un 

Fiscal con un Agente de Canciller, Alguacil Mayor, dos Relatores, dos Escribanos 

de Cámara y un Portero. Tendrá el Capellán acostumbrado, su tratamiento en 

cuerpo y oficialmente el de Señoría. Su autoridad la de la antigua Cancillería. 

La independencia del Poder judicial y sus funciones exclusivas quedaban 

claramente enunciadas en el artículo 138: “El Gobierno se desprende del Poder 

judicial. Ningún ciudadano podrá ser juzgado sino por los Tribunales de Justicia, 

legalmente establecidos. Las providencias del Gobierno en estas materias 

podrán ser económicas o precautorias. Pero una sentencia definitiva, en que se 

decida la vida, hacienda o libertad del ciudadano en particular, sólo corresponde 

a los Tribunales de justicia”. Se consagraba de esta manera una trascendental 

Limitación a las facultades omnímodas que el Cabildo Abierto de febrero de 

1817 había otorgado al Director Supremo. Nada desmiente mejor los calificativos 

de “ambicioso y “tirano” con que sus detractores calumniaría al Prócer que la 

promulgación, por su libre arbitrio, de estas normas. 

Los artículos 128 a 136 se referían al establecimiento y facultades de “Un 

Supremo Consejo de Estado y de justicia, compuesto de cuatro Ministros y 

un Fiscal con igual renta y honores, a que serán llamados los ciudadanos de 

mayor suficiencia, probidad y patriotismo. A su consulta pasarán todos los graves 

negocios del Estado, y un día de cada semana será presidido por el jefe del 

Gobierno, reuniéndose en su sala directorial, donde con asistencia de los Ministros 

de Estado se tratarán todas las materias importantes, sin perjuicio de ser llamados 

cuantas ocasiones tenga por conveniente. Siempre tendrá la facultad y ministerio 

de proponerme cuanto juzgue conducente a la felicidad pública. Mis Ministros de 

Estado (a quienes declaro miembros natos de este Consejo, pero con sólo voto 

informativo) pasarán a él cuando lo juzgue oportuno, o me lo pida por billete para 

instruirle de las materias consultadas, desamparando la sala al tiempo de sus 

acuerdos” 7 . 

“Se tendrá precisamente por materias graves, y de consulta, la paz, la guerra, 

los pactos y alianzas con otros países; las Embajadas o diputaciones, los 

6 “Letrado” se entiende de Derecho, que tramita y falla en conformidad a la ley, Letrados eran llamados quienes 

poseían estudios superiores en Derecho. 

7 Artículo 128, Plan de Hacienda y Administración Pública. 

331


impuestos y toda especie de contribución directa o indirecta, las organizaciones 

territoriales, los tratados de comercio; los reglamentos generales o de ramos 

particulares, como sean públicos; la creación de magistraturas o comisiones con 

autoridad pública; los privilegios exclusivos; la libertad de imprenta; los cultos y 

moralidad pública; todo régimen civil, eclesiástico o monacal; todo establecimiento 

u obra pública; el modo y forma de todas y cualquiera reunión de la voluntad 

general; los grandes empeños del Estado con otras potencias o particulares.. 

la extinción, alteración o creación de rentas públicas; los cuños, ley y peso de 

moneda; las armas, blasones, bandera y cualesquiera distintivo nacional; la 

creación de cuerpos militares y jefes de ellos; las grandes reuniones de tropas 

en algún punto del Estado; toda conmoción civil; las confiscaciones generales; 

las fórmulas de protestaciones, homenajes y juramentos de fidelidad, y causa 

nacional; sobre todo, los decretos legislativos de Gobierno y cuantos negocios 

graves ocultan, y tenga por conveniente el consultarme” 8 . 

“Como Supremo Consejo de justicia conocerá de todos los recursos judiciales, 

que por segunda suplicación, y de más extraordinarios de gracia son permitidos 

por las leyes corrientes como admisibles últimamente a la soberanía en todas y 

cualesquieras materias de justicia, Hacienda, Guerra, Policía, Patronatos como 

sean contenciosos, y en que versándose derecho entre partes, eran suplicables 

en el antiguo régimen a la misma personal del Rey” 9 . 

Este conjunto de facultades daban al Supremo Consejo de Estado y de 

justicia el rol de organismo consultivo, de Poder Legislativo y de garante de los 

derechos ciudadanos. Siguiendo los principios expuestos desde la Carta Magna, 

le correspondía velar por los intereses nacionales en materias de Hacienda, 

Relaciones Exteriores y Defensa 10 . Asimismo, le atañía conocer los recursos 

de suplicación, los que en el período hispánico eran propios de la merced del 

soberano. Suprema Potestad que tradicionalmente pertenecía a los jefes de 

Estado y que el Libertador radicara en dicha entidad. 

“Este poder propondrá al Gobierno las reglas de su organización más 

convenientes, como también la de los recursos y negocios de que ha de conocer, 

procurando siempre todo el mayor alivio de los pueblos” 11 . Aquí se le otorgaba al 

Supremo Consejo de Estado y de justicia la atribución de proponer una nueva 

organización constitucional. Es interesante destacar que la finalidad de ella 

debía ser “el mayor alivio de los pueblos”, lo que contrasta vivamente con el 

doctrinarismo propio de los hombres de la Patria Vieja y de los que dominarán la 

escena política a partir del retiro del Libertador hasta la batalla de Lircay. 

El análisis del texto del “Plan de Hacienda y Administración Pública”, unido 

al estudio de la aplicación de sus normas realizadas, por el Director Supremo. 

Independencia y respeto de los fallos de los Tribunales de justicia, cautela del 

interés pecunario del Estado, limitación voluntaria de las facultades del Ejecutivo, 

8 Id., artículo 129. 


10 La Carta Magna, 1215, impuesta por la nobleza, el clero y las ciudades inglesas al Rey Juan Sin Tierra, 

vedada a los monarcas el levantar tropas, firmar tratados y establecer nuevos impuestos sin el consentimiento 

de los representantes de los súbditos. 


332


permiten sostener que: “un estudio detenido de las relaciones entre el Director 

Supremo y sus Ministros permite afirmar que éstos gobernaron más que él. Si 

se exceptúan ciertas directrices generales, como la antipatía por la aristocracia 

santiaguina, el odio al clero realista, etc., en que el Director Supremo y Secretarios 

coincidían, y la enérgica voluntad de transformar el país por actos de Gobierno, 

eco póstumo del despotismo ilustrado que se reencarnó en el hijo del más ilustre 

de sus representantes en América Colonial, las Iniciativas y las soluciones 

prácticas casi siempre fueron sugeridas por ellos. El Gobierno de O’Higgins se 

parece, más que el de un dictador, al de una junta estable, en la cual se han 

producido el concierto y las subordinaciones permanentes de las inteligencias y 

de las voluntades de sus vocales 12 . 

Es preciso establecer que muchas de las instituciones enunciadas en el Plan 

de hacienda y Administración no fueron puestas en funcionamiento debido a 

problemas de índole económica o a causa de la guerra, siendo ésta la principal 

preocupación del Director Supremo. La lucha contra los realistas, fortificados en 

Talcahuano y de la mayor parte del territorio penquista consumía los recursos y 

energías nacionales. 

Sin embargo, tras la batalla de Maipo, los deseos arraigados de la aristocracia 

santiaguina de limitar más los poderes del Director Supremo y lograr una mayor 

participación en el Gobierno se expresaron a través de la demanda de una 

Constitución. 

“El 17 de abril de 1818 se verificó un Cabildo Abierto para pedir al Director la 

realización de tales propósitos por medio de una Constitución que viniese a llenar 

las imprescindibles necesidades del momento”. 

“En aquel célebre Cabildo reunido a raíz del fusilamiento de don Luis y don 

Juan José Carrera, y convocado en realidad con el objeto de evitar los excesos 

de las tropas triunfantes en Maipo y tomar medidas en relación con el natural 

entusiasmo de los vencedores después de una larga y penosa campaña, no 

sólo se tomaron esas determinaciones, sino que se pidió, en conocimiento de 

un acuerdo del Director para cambiar gabinete 13 , que fuese el Cabildo quien 

designase a los futuros Ministros... acordase también y como demostración “de 

que los chilenos no estaban sometidos a la autoridad absoluta de un solo hombre 

que se procediese a dictar una Constitución” 14 . 

Si bien el Director Supremo rechazó los revanchistas desbordes de la 

aristocracia, movida por los carrerinos, su espíritu legalista le hizo acceder a la 

solicitud de otorgar una Constitución. 

De esta manera dictó el decreto supremo del 18 de mayo de 1818, por el cual 

designaba una comisión redactora con el encargo de elaborar un proyecto de 

Constitución. En dicho documento expresaba: “Hallándose el Estado, por las 

12 Francisco Antonio Encina Armanet, obra citada, V 14, pág. 8. 

13 Este ministerio, designado por la voluntad omnímodo del Supremo Director, estuvo compuesto por José 

Antonio de Irisarri, en Interior y Relaciones Exteriores; José Miguel Infante, en Hacienda; José Ignacio 

Zenteno, en Guerra y Marina. 

14 Eugenio Orrego Vicuña, El pensamiento constitucional de la Administración O’Higgins. Imprenta Cervantes, 

Santiago de Chile, 1924, págs. 30-31. 

333


circunstancias difíciles en que se ha visto hasta hoy, sin una Constitución que 

arregle los diversos poderes, señale los límites de cada autoridad y establezca de 

un modo sólido los derechos de los ciudadanos, a pesar de haberseme entregado 

el Gobierno Supremo sin exigir de mi parte otra cosa que obrar según me dictase 

la prudencia, no quiero exponer por más tiempo el desempeño de tan arduos 

negocios al alcance de mi juicio. Si me fue lisonjera la absoluta confianza de 

mis conciudadanos, no me fue menos penosa la necesidad de admitirla, porque 

mis sacrificios por la patria sólo tuvieron por objeto la salud pública, y no puede 

dejarme satisfecho el temor de hacer inútiles mis trabajosas tareas. Hasta este 

día, las atenciones de la guerra han llamado hacia ellos mis conatos, porque sin 

vencer a un enemigo que nos venía a destruir con fuerzas superiores, hubiera 

sido un delirio pensar en otra cosa, y mucho más en negocios tan graves, que sólo 

puedan evacuarse en medio de la serenidad y de paz. Pero ya que por el valor 

y virtud de nuestros soldados hemos conseguido vencer y destruir a los tiranos, 

sólo me preocupé en preparar aquellas medidas que aseguren la libertad a los 

chilenos, sin introducir la licencia, en que escoltaron otros Estados nacientes” 15 . 

En este texto aparece fielmente reflejado el pensamiento del Director Supremo: 

El ejercicio del poder absoluto no era más que una necesidad ingrata impuesta 

por el imperativo de ganar la guerra. Lograda esta finalidad llegaba el momento 

de reglamentar el funcionamiento de las instituciones, garantizar los derechos y 

libertades ciudadanas y fijar límites a las facultades del Ejecutivo. 

“Esta comisión estuvo compuesta por: Manuel de Salas, representaba la 

Ilustración; Francisco Antonio Pérez, el espíritu jurídico; José Ignacio Cienfuegos, 

el pensamiento del clero revolucionario; José María Rozas, Lorenzo Villalón y José 

María Villarroel, respondían a la versación administrativa, y Joaquín Gandarillas, 

figuraba allí como personero, si así puede decirse, del comercio por el cargo que 

desempeñaba en el Tribunal del Consulado” 16 . 

Elaborado el proyecto constitucional, el Director Supremo decidió someterlo 

a ratificación popular. Optando hacerlo por medio del sistema de suscripciones, 

el que había sido utilizado por primera vez con el Reglamento Constitucional de 

1812, tomándose a su vez éste del empleado en Francia bajo el Consulado para 

aprobación de la Constitución de 1797. Dispuso que en todas las parroquias, al 

norte del Maule 17 , se abrieran dos libros titulados: “Libro de suscripciones en favor 

del proyecto constitucional”, y “Libro de suscripciones en contra del proyecto 

constitucional. Podrían suscribirse emitiendo su opinión al respecto “todos los 

habitantes, que sean padres de familia o que tengan algún capital, o ejerzan algún 

oficio, y que no se hallen con causa pendiente de infidencia o de sedición” 18 . 

Justificando el procedimiento empleado expresa: “Yo hubiera celebrado con 

el mayor regocijo, el poder convocar a aquel cuerpo constituyente, en vez de 

dar la comisión referida; pero no permitiéndolo las circunstancias actuales, me 

vi precisado a conformarme con hacer el bien posible. Un Congreso Nacional no 

15 Guillermo Feliú Cruz, El pensamiento político de O’Higgins. Imprenta Universitaria, Santiago de Chile, 1954, 

pág. 21. 

16 Guillermo Feliú Cruz, ob. cit, pp. 32-33. 

17 Al sur del Maule dominaban los realistas. 

18 Artículo 5, Reglamento para las suscripciones del Proyecto Constitucional de 10 de agosto de 1818. 

334


puede componerse sino de los diputados de todos los pueblos, y por ahora sería 

un delirio mandar a aquellos pueblos que erigiesen a sus diputados, cuando se 

halla la provincia de Penco, que tiene la mitad de la población de Chile bajo el 

influjo de los enemigos” 19 . 

El proyecto constitucional fue respaldado por la unanimidad de las firmas 

registradas, mientras que los libros de suscripciones contra el proyecto 

permanecieron vacíos. El temor de ser reputado como realista o carrerino influyó 

decisivamente en esta actitud. 

El 23 de octubre de 1818 todas las corporaciones y autoridades de la República 

juraron la nueva Constitución. En dicha ocasión el secretario del Consulado, 

Mariano Egaña Fabres, pronunció un discurso que reflejaba fielmente el sentir 

colectivo en esos instantes: “Vuestra Excelencia... sosteniendo los derechos 

de la Nación en los campos de batalla, triunfaba, es verdad, y llevaba tras sí 

nuestra admiración y gratitud; mas éste era un triunfo en que podían usurpar 

parte la ilusión de gloria. Pero hacerse esclavo de la ley estando en el lleno de 

la autoridad; quedar vencedor en esta lucha de Generosidad, donde el pueblo, 

confiado en, las virtudes del que destina para gobernarlo, pone en sus manos 

un mando sin límites, y el jefe quiere sólo obedecer a la voluntad pública y hacer 

crecer la autoridad de su cargo por la de su mérito, éste es el triunfo todo de 

Vuestra Excelencia y que hace que el día de hoy podamos llamar con mejor título 

el día de gloria de O’Higgins” 20 . 

La Constitución constaba de 5 títulos, 15 capítulos y 147 artículos. El título 

primero se refería a los derechos y deberes del hombre en sociedad. Proclamaba 

los derechos a la seguridad individual, honra, hacienda, libertad e igualdad civil. 

Establecía la inviolabilidad del hogar y los papeles del individuo. Consagraba el 

derecho de propiedad y daba las reglas elementales de procedimiento judicial. 

Reclama el acatamiento a la Constitución y la obediencia a las autoridades 

establecidas por ella (dos capítulos, 22 artículos). 

El título II, “De la religión del Estado”, en su capítulo único expresaba: “La religión 

Católica, Apostólica, Romana es exclusiva del Estado de Chile. Su protección, 

conservación pureza e inviolabilidad será uno de los deberes de los jefes de la 

sociedad, que no permitirán jamás otro culto público ni doctrina contraria a la de 

Jesucristo”. En la redacción del presente texto se advertían muy nítidamente las 

tendencias patronatistas, semijansenistas del Director Supremo 21 . 

El título III se refería a la potestad legislativa. En su capítulo primero expresaba, 

“perteneciendo a la Nación Chilena reunida en sociedad, por un derecho natural 

e inamisible, la soberanía o facultad para instalar su gobierno y dictar las leyes 

que le han de regir, lo deberá hacer por medio de sus diputados reunidos en 

Congreso, y no pudiendo esto verificarse con la brevedad que se desea, un 

Senado sustituirá, en vez de leyes, reglamentos provisionales en la forma que 

19 Prefacio al Proyecto Constitucional, 10 de agosto de 1818. 

20 Jaime Eyzaguirre Gutiérrez, O’Higgins, Ed. Zig-Zag, Santiago de Chile, 1946, p. 241. 

21 El patronato era considerado por la inmensa mayoría de los americanos como atributo de la soberanía 

nacional. El jansenismo defendía en Francia la intervención del Estado en los asuntos eclesiásticos, por sobre 

la autoridad pontificio en la administración de la Iglesia. Para entender el alcance de estas disposiciones debe 

tenerse en cuenta el realismo de vastos sectores clericales. 

335


más convenga para los objetos necesarios y urgentes” 22 . Correspondería al 

Director Supremo la designación de los cinco integrantes Propietarios del Senado 

y de los cinco suplentes 23 . Pese a ello, O’Higgins propuso los nombres de José 

Ignacio Cienfuegos, Gobernador del Obispado de Santiago 24 , el del Gobernador 

Intendente de Santiago, don Francisco de Borja Fontecilla, el Decano del Tribunal 

de Apelaciones, don Francisco Antonio Pérez, don Juan Agustín Alcalde y don 

José María Rozas como propietarios; por suplentes a don Martín Calvo Encalada, 

don Javier Errázuriz, don Agustín Eyzaguirre, don Joaquín Gandarillas y don 

Joaquín Larrain. Quienes, de ser aprobada la Constitución, pasarían a integrar el 

Senado. No obstante ser atribución privativa del jefe del Estado su nombramiento, 

el Libertador prefirió que los legisladores contasen con la ratificación de la 

ciudadanía. 

Estos senadores reflejaban la mentalidad e intereses de la aristocracia: “La 

composición social del Senado fue un triunfo de la aristocracia; en su seno figuraba 

un mayorazgo y título de Castilla, el Conde de Quinta Alegre, y un personaje que, 

sin ser ni lo uno ni lo otro, el parentesco, las alianzas matrimoniales y la comunidad 

de intereses, lo relacionaban con la familia del Marqués de Villapalma. Pérez y 

Eyzaguirre eran casados con dos señoras Larrain. Errázuriz, pertenecía al grupo 

poderoso de una estirpe que tenía raíces en el comercio, en la vida profesional de 

la abogacía y en la agricultura”. 

“Joaquín Larraín seguía siendo el jefe de la casa otomana de los 

ochocientos”. 

“José María Guzmán, lo mismo que Francisco de Boria Fontecilla, eran 

miembros destacados de la Oligarquía”. 

“En el Senado, pues, los intereses políticos de las familias Larrain, Pérez, 

Salas, Errázuriz, Madariaga, Trucias, Aldunate, Vicuña, Alcalde, Guzmán, Calvo. 

Recabarren, por diversas líneas de parentesco, se encontraban representadas” 25 . 

“El Director Supremo había entregado la Corporación a la aristocracia, 

distribuyéndola equitativamente entre sus diversos sectores, limitándose a excluir, 

a los desequilibrados y a los carrerinos” 26 . 

Los senadores debían ser ciudadanos mayores de 30 años, “de acendrado 

patriotismo, de integridad, prudencia, sigilo, amor a la justicia y bien público”. 

“No podrían serlo los Secretarios de Estado ni los dependientes de éstos, ni 

los que inmediatamente administran intereses del Estado” 27 . Se advierte aquí el 

deseo de salvaguardar la independencia del Senado, al vedar a los Ministros y 

sus dependientes el integrarlo. De la misma manera y por análogas razones se 

excluía a los que administraren intereses del Estado. 

Las atribuciones del Senado eran amplias: “Sin el acuerdo del Senado a 

pluralidad de votos, no se podrán resolver los grandes negocios del Estado, 

22 Título III, capítulo primero, artículo único. Constitución de 1818. 

23 Id., capítulo II, artículos 1° y 2°. Constitución de 1919. 

24 Por destierro del Obispo José Antonio Rodríguez Zorrilla, le correspondía dirigir la diócesis. 

25 Guillermo Feliú Cruz, obra citada, págs. 33-34. 


27 Título III, capítulo II, artículo 8°. Constitución de 1818. 

336


como imponer contribuciones, pedir empréstitos, declarar la guerra, hacer la 

paz, firmar tratados de alianza, comercio, neutralidad, mandar embajadores, 

cónsules, diputados o enviados a potencias extranjeras; levantar nuevas tropas o 

mandarlas fuera del Estado, emprender obras públicas y crear nuevas autoridades 

o empleos” 28 . 

Podría reformar la Constitución según lo exijan las circunstancias; fomentar 

la educación, designar una comisión compuesta de un Senador y dos individuos 

del Tribunal de Apelaciones para tomar la residencia a los empleados del 

Estado 29 . Le correspondía asimismo velar por la observancia de la Constitución 

y resolver las dudas que pudieren suscitarse en torno a su aplicación 30 . El título 

IV trataba del Poder Ejecutivo: establecía que el titular del Poder Ejecutivo era 

un Director Supremo. Cuya elección ya estaba verificada (O’Higgins), según las 

circunstancias que han ocurrido; pero en lo sucesivo se deberá hacer sobre el 

consentimiento de gas provincias, conforme al reglamento que para ello formará 

la potestad legislativa. 

No obstante la amplitud de sus facultades, ellas estaban limitadas por el 

Senado, corporación a la cual debía rendir minuciosa cuenta del manejo de los 

fondos fiscales y no podría “intervenir en negocio alguno judicial, civil o criminal 

contra persona alguna de cualquiera clase o condición” 31 . De esta manera se 

consagraba la independencia del Poder judicial. Es dable hacer notar que la 

organización dada por la Constitución de 1818 a este Poder del Estado, con un 

Supremo Tribunal judiciario a la cabeza, una Cámara de Apelaciones y jueces 

ordinarios inferiores, constituye el primer antecedente de nuestra actual estructura 

judicial 32 . Del mismo modo su generación, propuesta en terna del Supremo 

Tribunal judiciario al Director. 

La Constitución mantenía la división de Chile en tres provincias: “La Capital, 

Concepción y Coquimbo. Al frente estaban Gobernadores, Intendentes 

nombrados por el Director Supremo. Pero en el futuro su designación tendría 

un carácter popular. Consagraba asimismo la existencia de los Cabildos cuyos 

miembros gozarían de inmunidad: “ninguno de sus individuos podrá ser arrestado 

o preso, sino por orden expresa del Supremo Director, quien, sólo la podrá librar 

en materias de Estado y en las de justicia, la Cámara o Tribunal de Apelaciones; 

pero si la naturaleza de la causa exigiese un pronto remedio, se le arrestará por 

la autoridad competente en lugar decente y seguro, y avisará inmediatamente al 

Director” 33 . Este precepto reafirmaba el profundo respeto del Libertador hacía las 

instituciones tradicionales representativas de la Comunidad y sus componentes. 

Los Cabildos deberían “fomentar el adelanto de la población, industria, educación 

28 Id., artículo 4°. 

29 “La residencia consistía en un juicio que, en el período hispánico, se segura a los funcionarios que concluían 

su gestión. Cualquier agraviado por algún acto realizado por ellos podía demandar sanciones e indemnización 

por los perjuicios que éstos le hubieran causado. 

30 Título III, capítulo II, artículos 1° al 9°. 

31 Título III, capítulo II, artículo 1°. Constitución de 1818. 

32 Título V, Constitución de 1818. 

33 Título VI, artículo 1°, Constitución de 1818. 

337


de la juventud, hospicios, hospitales y cuanto sea interesante al beneficio 

público” 34 . 

Esta Constitución ha merecido el juicio encomiástico del distinguido historiador, 

de reconocida convicción liberal y parlamentarista, don Julio Heise: “Se consagraba 

en ella un autoritarismo de duración indefinida; mientras subsistiera la lucha con 

España. Se concentraba en el Director Supremo la suma del poder. Toda la 

Administración Pública, la Iglesia y hasta los Tribunales de justicia dependían del 

Director Supremo”. 

“Es necesario no confundir este autocratismo con la dictadura. O’Higgins, en 

general, y hasta donde lo permitió el apremiante problema de la defensa, respetó 

al Senado y a los Tribunales de justicia, y trató de encuadrar su acción en un 

marco de legalidad. En verdad, el mecanismo constitucional de la carta de 1818, 

funcionó durante más de tres años con perfecta regularidad y debemos convenir 

en que el Senado supo defender con serenidad y altivez su independencia frente 

al Director Supremo, a quien siempre observó las medidas inconstitucionales”. 

“A pesar de su tendencia francamente autoritaria y centralizadora, los 

historiadores están de acuerdo en considerar que la Constitución de 1818 marca 

un avance en el sentido de deslindar las atribuciones de cada uno de los poderes, 

principio no respetado en los bosquejos constitucionales de la Patria Vieja” 35 . 

Cabe hacer notar que el Prócer siempre consideró como provisoria la 

Constitución de 1818: “La obra no es acabada, pero es la más análoga a las 

circunstancias....”. Un pueblo naciente, dice un político profundo, no debe 

establecer desde un principio un Gobierno demasiado perfecto; su constitución 

y sus leyes deben ser provisionales, reservándose las facultades de examinarlas 

para la época de tranquilidad, y de mudar y modificar cuando la República se 

halla sólidamente establecida, los nuevos reglamentos que quizá sólo son buenos 

para formarla” 36 . Junto con enfatizar la provisionalidad de la Carta Fundamental, 

O’Higgins postulaba aquí el carácter evolutivo, en acuerdo a las transformaciones 

experimentadas por el país, que debían revestir las estructuras legales vigentes. 

Tras la partida de la Expedición Libertadora al Perú se agudizaron las 

discrepancias existentes entre el Director Supremo y el Senado. Esta Alta 

Corporación quería graduar dos esfuerzos destinados a abatir el poder Virreinal 

a la capacidad económica del país. Por ello se opuso tenazmente al aumento de 

las contribuciones, Representó al Director Supremo la conveniencia de moderar 

los gastos, y aun llegó a insinuarle la posibilidad de que hubiera desarreglos en la 

administración 37 . 

La resistencia se intensificó entre los meses de agosto y septiembre de 

1821, cuando más apremiaba la angustiosa situación del Ejército del Sur y de 

la Provincia de Concepción. “No puede Ud. figurarse –decía O’Higgins a San 

34 Título VI, artículo 2°, Constitución de 1818. 

35 Julio Heise Gonzalez, 150 años de Evolución Instituciona, Ed. Andrés Bello, Santiago de Chile, 1979, p. 28. 

36 Manifiesto del 31 de agosto de 1820. Citado por Guillermo Feliú Cruz, El Pensamiento Político de O’Higgins, 

Ed. Universitaria, Santiago de Chile, 1954, pp. 48-49. 

37 Al respecto véase: Alcibíades Roldán, Los desacuerdos entre O’Higgins y el Senado Conservador, Anales de 

la Universidad de Chile, Tomo LXXXII, 1892-1893, Santiago de Chile. 

338


Martín, el 16 de agosto de 1821–, lo que me da que hacer nuestro Senado. Ellos 

me han quitado todos los medios de auxiliar ese ejército, cerrando las puertas 

a sinnúmero de arbitrios que les he presentado, y últimamente con la baja de 

derechos de las harinas, del ramo de licores, del derecho del carbón, leña y otros 

artículos, agregándose a la cesación la contribución mensual en todo el Estado, 

me ha puesto al borde del precipicio, o me veo en la precisión de disolver este 

cuerpo mauloso, o pierdo la provincia de Concepción por falta de recursos” 38 . 

Los choques prosiguieron, siendo ahora motivo de discordia entre el Ejecutivo 

y el Senado el nombramiento de los Intendentes de las Provincias y los Tenientes 

Gobernadores. 

El Senado pretendía, dejando al Director Supremo el nombramiento de los 

Gobernadores de Valparaíso, Talcahuano y Valdivia, además del Intendente 

de Concepción, que en las demás Provincias y Departamentos los Cabildos 

propusiesen tres individuos americanos chilenos vecinos del lugar para que el 

titular del Ejecutivo erigiese a uno de ellos. A juicio de O’Higgins, esta forma de 

nombramiento despertaba las pasiones locales y conducía al desquiciamiento 

general. El Gobierno no podía desprenderse de la facultad de nombrar y remover 

a los Intendentes y Gobernadores, sin que el país cayera en el desorden y la 

anarquía. Tras reiteradas insistencias del Senado, la Corporación sólo volvio a 

reunirse en junio de 1822, para dejar constancia de que había cesado en sus 

funciones con la convocatoria de la Convención de 1822. 

El Director Supremo dispuso que en las capitales de Provincias y Partidos, el 

Cabildo eligiera a pluralidad absoluta de sufragios un individuo “para miembro de 

la Convención Preparatoria”, asamblea cuya finalidad sería estudiar las bases de 

una futura representación nacional; si los Partidos recién liberados de enemigos 

no tuviesen Cabildos constituidos, los Tenientes Gobernadores congregarían a 

los vecinos “más acreditados” y éstos elegirían al representante respectivo. Como 

cualidades necesarias para ser elegible se requeriría ser oriundo del Partido 

elector, tener más de 25 años y poseer alguna propiedad inmueble o industria. 

Los diputados no gozarían de ninguna dieta por su labor. El representante de 

Chiloé, aún ocupada por los realistas, debía ser elegido a la suerte entre tres hijos 

de esa Provincia residentes en Santiago. Además del derecho de nombrar los 

encargados de redactar una nueva Constitución, los diputados Podían evacuar las 

consultas y tomar resoluciones sobre los asuntos que les sometiera el Gobierno. 

Las sesiones debían empezar el 1° de julio y la duración de la Asamblea era de 

tres meses. 

El Director Supremo recomendó a Intendentes y Gobernadores los sujetos que 

debían resultar electos representantes. Así la Convención quedó compuesta de 

la siguiente manera: Propietarios: 1. Copiapó, don Manuel Matta; 2. Coquimbo, 

don José Antonio Bustamante; 3. Vallenar, don Francisco de Borja Valdés; 4. 

Illapel, don José Miguel Irarrázaval; 5. Petorca, don Manuel Silva; 6. La Ligua, 

don Nicolás de la Cerda; 7. San Felipe, don Francisco de Paula Caldera; S. Santa 

Rosa de Los Andes, don José Antonio Rosales; 9. Quillota, don Francisco Olmos; 

10. Valparaíso, Fray Celedonio Gallinato; 11. Casablanca, don Santiago Montt; 12. 


339


Santiago, don Francisco Ruiz-Tagle; 13. Rancagua, don Fernando Errázuriz; 14. 

Melipilla, don Francisco Vargas; 15. San Fernando, don Francisco Valdivieso; 16. 

Curicó, don Pedro José Peña y Lillo; 19. Cauquenes, don Juan de Dios Urrutia; 

20. Parral, don Domingo Urrutia; 21. San Carlos, don Juan Manuel Arriagada; 

22. Chillán, don Pedro Arriagada; 23. Concepción, don Santiago Fernández; 24. 

Quirihue, don Juan Antonio González Palma; 25. Rere, don Francisco Acuña; 26. 

Los Ángeles, don Agustín Aldea; 27. Florida, don Pedro Trujillo; 28. Valdivia, don 

Camilo Henríquez; 29. Osorno, don José Antonio Arteaga; 30. Chiloé, don José 

Antonio Vera. 

En relación a los componentes de esta Asamblea, elegidos fundamentalmente 

debido a la influencia del Gobierno, cabe hacer notar que: “Mirado desde el punto 

de vista de su origen, el Congreso tenía tanto de democrático como las asambleas 

que lo habían precedido desde 1810. La única diferencia respecto de las primeras, 

era que la elección se había hecho por orden del Ejecutivo constituido, en vez de 

hacerse por un pequeño grupo de vecinos o por una autoridad de hecho, que se 

arrogaban la representación del pueblo, aun enteramente incapaz de pensar y de 

querer políticamente. En este sentido no marcaba avance ni retroceso. En cuanto 

a su composición, se parecía a los Congresos que se sucedieron entre 1830 y 

1891. Estaban excluidos los opositores sistemáticos, los violentos y los enemigos 

del Gobierno. Predominaban en la Convención sin contrapeso los individuos 

honrados, respetables y los funcionarios, o sea, lo que más tarde se llamó 

elemento oficial, gobiernista o carneros, que hasta 1891 representaron la gran 

mayoría del país, matizados con algunos independientes: Irarrázaval, Caldera, 

Errázuriz y otros” 39 . Estimamos acertada en este aspecto la opinión del destacado 

historiador citado, ya que, tal como la experiencia lo había sobradamente 

demostrado y quedaría reiterado después de 1823, no estaban dadas en Chile 

las condiciones indispensables para realizar procesos plenamente democráticos 

e instaurar un régimen parlamentario liberal. 

Se ha sostenido que los convencionales fueron instrumentos incondicionales 

del Ministro Rodríguez Aldea 40 , sin embargo, del desapasionado análisis, de los 

integrantes de dicha asamblea surge una impresión muy distinta. Solamente el 

caso del diputado por Los Ángeles, Agustín de Aldea 41 , podría dar fundamento a 

este enfoque, pero constituye la excepción y no la regla. 

En su mensaje a la Convención, O’Higgins expresa: “Vais a poner los cimientos 

de la ley fundamental, que es la alianza entre el Gobierno y el pueblo, y que 

39 Francisco Antonio Encina Armanet, obra citada, V 16, p.. 197. 

40 José Antonio Rodríguez Aldea, había sido nombrado Ministro de Hacienda interino por el Director Supremo el 

2 de mayo de 1820. La designación cayó mal desde el primer momento. El nuevo Ministro había servido altos 

cargos realistas hasta 1817 y, aunque se había conducido con moderación, se le miraba con desconfianza por 

el grueso de la clase dirigente. La indiscutido competencia administrativa de Rodríguez Aldea sería la causa 

de que llegara a ejercer una gran influencia sobre el Libertador. Tras la renuncia de Zenteno asumirá la cartera 

de Guerra conservando la de Hacienda. 

41 Los Ángeles carecía de Cabildo, la elección de Agustín de Aldea levantó una tempestad de protestas. Había 

figurado como oficial en las bandas de Vicente Benavides y se le imputaron actos de crueldad y delitos que le 

hacían acreedor a la pena de muerte. Cogido prisionero después del combate de la Alameda de Concepción, 

Freire pensó fusilarlo, pero tomando en cuenta el hecho de ser primo hermano del Ministro Rodríguez Aldea, 

lo remitió a Valparaíso con una barra de grillos, creyendo que el Gobierno le conmutaría la pena capital por la 

de destierro. El Ministro lo puso en libertad y lo llevó a vivir con él a su casa. El Cabildo de Concepción solicitó 

infructuosamente la exclusión de Aldea. 

340


asegura la quietud interior, produce la abundancia, abre recursos y afianza la 

justicia...”. “Bien conozco que la honorable convención, no reviste todo el carácter 

de representación nacional, cual tiene en otros países constituidos, y la cual 

gozaremos después. Empero, siendo una reunión popular, respetable y la única 

que legalmente se podía tener por ahora, yo le dirijo la palabra como si estuviera 

congregado en esta sala todo el pueblo chileno, cuyos intereses he mirado como 

padre y cuya seguridad y gloria ha sostenido mi espada”. “Si hasta aquí no pude 

hacer todo lo que deseaba, culpad mi impotencia y no mi voluntad”. Refiriéndose 

a la difícil lucha por consolidar la independencia dice: “La recibí aún esclavizada; 

os la entrego libre y ceñida de laureles, pero en su infancia y en débiles principios. 

Toca a vuestras virtudes y sabiduría engrandecerla, enriquecerla, educarla e 

ilustrarla”. Suponiendo que con la reunión de la asamblea pasaba a ella el poder 

de que estaba investido, le hacia entrega del mando, y le pedía que designara 

su sucesor. “Demasiado tiempo he llevado sobre mis débiles hombros la pesada 

máquina de la administración y os suplico encarecidamente que hoy mismo me 

descarguéis de ella” 42 . 

La Asamblea rechazó por aclamación la renuncia presentada por el Prócer, se 

dispuso que el vicepresidente de ella, el presbítero Casino AIbano, acompañado 

de ocho representantes, pusiera el hecho en conocimiento del Director Supremo. 

Pese a la oposición del diputado por San Felipe, Francisco de Padua Caldera, 

la Convención declaró que en ella residía la potestad legislativa. En virtud de ello, 

solicitó al Director Supremo la reposición en el gobierno del Obispado de Santiago 

del titular José Santiago Rodríguez Zorrilla y la dictación de una amplia amnistía 

política. El gobernante accedió a ambas peticiones. 

Para un mejor cumplimiento de sus funciones legislativas, la Convención 

se dividió en comisiones 43 . La comisión encargada de elaborar un proyecto 

constitucional quedó integrada por los diputados Casimiro Albano, José Santiago 

Montt, Francisco Olmos y Camilo Henríquez; los doctores José Gregorio Argomedo 

y José Tadeo Mancheño y el licenciado Santiago Echevers. 

El diputado por Illapel, José Miguel Irarrázaval negó a la Convención el derecho 

a promulgar una constitución. A su juicio, sólo era una asamblea preliminar, cuyo 

mandato se limitaba a designar la corte de representantes. Sin embargo, la 

asamblea prosiguió el estudio del proyecto elaborado por la comisión respectiva. 

Una nueva comisión formada por Francisco Ruiz-Tagle, Camilo Henríquez, José 

Gabriel Palma y Casimiro Albano, quedó encargada de ordenar los artículos y de 

corregir la redacción. Las modificaciones fueron pocas y de escasa trascendencia. 

La Constitución se promulgó el 30 de octubre de 1822. 

La Carta Constitucional dividiese en 9 títulos, 24 capítulos y 248 artículos. 

En su título primero, capítulo primero, definía la Nación Chilena como la unión 

de todos los chilenos. En ella reside la soberanía, cuyo ejercicio delega conforme 

a la Constitución. La proclamaba “libre e independiente de la monarquía española 

42 Sesiones de los cuerpos legislativos, tomo VI, pp. 27-29. 

43 Las comisiones eran ocho y podían figurar en ellas individuos extraños a la Convención. 

341


y de cualesquiera otra potencia extranjera: pertenecerá sólo a si misma, y jamás 

a ninguna persona ni familia” 44 . 

El artículo 3° del mismo título señalaba los límites del territorio nacional: al 

sur, con el Cabo de Hornos; al norte, el despoblado de Atacama; al oriente, los 

Andes; al occidente, el mar Pacífico. Le pertenecen las islas del Archipiélago de 

Chiloé, las de la Mocha, las de Juan Fernández, la de Santa María, y demás 

adyacentes 45 . 

El artículo 4° del capítulo II define a los chilenos: 1° Los nacidos en el territorio 

de Chile (Ius Solis); 2° Los hijos de chileno y de chilena, aunque hayan nacido 

fuera del Estado (Ius Sanguinis); 3° Los extranjeros casados con chilena, a los 

tres años de residencia en Chile; 4° Los extranjeros casados con extranjera, a los 

cinco años de residencia en el país, si ejercen la agricultura o la industria, con un 

capital propio, que no baje de dos mil pesos; o el comercio, con tal que posean 

bienes raíces de su dominio, cuyo valor exceda de cuatro mil pesos 46 . 

El título II se refiere a la religión del Estado. “La religión del Estado es la 

Católica, Apostólica, Romana, con exclusión de cualquiera otra. Su protección, 

conservación, pureza e inviolabilidad es uno de los primeros deberes de los 

jóvenes Jefes del Estado, como el de los habitantes del territorio su mayor respeto 

y veneración, cualesquiera sean sus opiniones privadas” 47 . 

El título III se refería al Gobierno y a los ciudadanos: establecía que “el Gobierno 

de Chile será siempre representativo, compuesto de tres poderes independientes, 

Legislativo, Ejecutivo y Judicial” 48 . El Poder Legislativo reside en un Congreso, el 

Ejecutivo en un Director, y el judicial en los Tribunales de Justicia. 

Los ciudadanos serían los chilenos mayores de veinticinco años o casados 49 y 

que sepan leer y escribir; pero esta última calidad no tendrá lugar hasta el año de 

1833 50 . 

El título IV, del Congreso, establecía. “El Congreso se compone de dos 

Cámaras, la del Senado y la de los Diputados. Se reunirá cada dos años, el 

18 de septiembre, teniéndose por primera época la de la actual legislatura de 

1822”. Este concepto de un Poder Legislativo Bicameral aparecía por primera 

vez en nuestra historia constitucional, y estaba llamado a perdurar, puesto, que 

todas las constituciones posteriores retendrían esta modalidad. Los legisladores 

44 Lo que venía a significar que Jamás el Estado de Chile podría convertirse en una monarquía. 

45 Estos límites dejaban fuera el Chile trasandino. Contrasta con la constante preocupación por este territorio 

emanada de la correspondencia del Libertador. Este error sería reproducido por las Constituciones de 1823, 

1828 y 1833. 

46 Se advierte aquí el marcado propósito de seleccionar la inmigración extranjera. 

47 Este artículo lo del capítulo único del título II de la Constitución reflejaba las tendencias patronatistas, 

semigalicanas del Gobierno. 

48 Se consagraba el principio de la división de Poderes. Se rechazaba toda posibilidad de democracia directa o 

semidirecta. Esto debido a las condiciones del país y a los temores a la demagogia. 

49 Se presumía que los hombres casados, debido a su condición de jefes de familia, estaban dotados de un 

mayor sentido de responsabilidad. 

50 Se estimaba que el avance de la alfabetización haría accesible con el tiempo el cumplimiento de esta condición 

a las grandes mayorías. 

342


consideraron que dos instancias revisoras a las leyes asegurarían mejor su 

eficacia. 

La Cámara del Senado se formará: 1° De los individuos de la Corte de 

Representantes elegidos por la Cámara de Diputados en la forma que se dirá, y de 

los ex Directores; 2° De los Ministros de Estado; 3° De los Obispos con jurisdicción 

dentro del territorio, y en su defecto de la Dignidad que presida el Cabildo Eclesiástico; 

4° De un Ministro del Supremo Tribunal de justicia, nombrado por el mismo Tribunal; 

5° De tres jefes del Ejército, de la clase de brigadier, inclusive arriba, nombrados 

por el Poder Ejecutivo; 6° Del Delegado Directorial del Departamento en que abra 

sus sesiones el Congreso; 7° De un Doctor de cada Universidad nombrado por su 

claustro; 8° De dos comerciantes y dos hacendados, cuyo capital no baje de treinta 

mil pesos, nombrados por la Cámara de Diputados. 

La existencia de una Cámara Alta de generación ajena a las veleidades 

electoralistas, obedecía al deseo de procurar una mayor estabilidad institucional, 

asimismo, aprovechar la versación y experiencia de sus componentes en el 

proceso legislativo. Surge instantáneamente la comparación con la Cámara de los 

Lores -británica, compuesta de nobles hereditarios, jerarquías eclesiásticas, altos 

dignatarios y destacados especialistas, corporación que ha prestado importantes 

servicios a Gran Bretaña en el pasado y que aún en nuestros días continúa 

colaborando a la evolución legislativa del Reino Unido a través de doctas opiniones 

y versados estudios. Es altamente probable que el recuerdo de su residencia en 

dichas islas haya influido en el Libertador para postular esta modalidad. Es dable 

destacar que algo de esto subsiste en la generación del Senado establecida por 

la Constitución de 1980, actualmente vigente 51 . 

La Cámara de Diputados estaría compuesta de miembros electos por 

Departamentos a razón de uno por cada 15.000 habitantes o fracción que no 

bajase de 7.000. Si un Departamento no reunía esta población, se uniría al 

más inmediato. Los diputados serían elegidos en forma indirecta. Los Cabildos 

harían un sorteo entre los ciudadanos para escoger uno por cada mil habitantes, 

correspondería a estos electores especiales elegir a los diputados de los 

departamentos. Se perseguía con este sistema indirecto procurar una mejor 

selección de los futuros legisladores. 

Durante los períodos de receso del Congreso funcionaría una Corte de 

Representantes, compuesta de siete individuos electos por la Cámara de 

Diputados en votación secreta, y de los ex Directores, que serán miembros 

vitalicios, La Corte de Representantes tendrán las siguientes facultades: 1° Cuidar 

del cumplimiento de la Constitución y de las leyes; 2° Convocar al Congreso en 

casos extraordinarios; 3° Recibir las actas y poderes de los diputados, aprobarlos 

o reprobarlos; 4° Ejercer provisoriamente y conforme a la Constitución, todo lo 

que corresponde al Poder Legislativo; pero sin que sus determinaciones tengan 

fuerza de ley permanente, hasta la aprobación (ratificación) del Congreso. Esta 

51 Integran el Senado, además de los senadores elegidos, dos ex Ministros de la Corte Suprema de justicia, 

elegidos en votación sucesiva por ella; un ex Contralor General de la República elegido también por la Corte 

Suprema de justicia; un ex Rector de Universidad designado por el Presidente de la República, un ex Ministro 

de Estado, de un Gobierno anterior al que lo designa, nombrado por el Presidente de la República; cuatro 

ex Comandantes en jefe del Ejército, Marina, Aviación y Carabineros de Chile, elegidos por el Consejo de 

Seguridad Nacional. 

343


institución sería recogida por la Constitución de 1833, bajo la denominación de 

“Comisión Conservadora”. Las Constituciones de 1925 y 1980 dotarían de parte 

de estas facultades al Presidente del Senado en virtud de su calidad de jefe del 

Poder Legislativo. 

El título V, del Poder Ejecutivo, colocaba a la cabeza de éste a un Director Supremo, 

quien debía ser siempre electivo, y jamás hereditario, su período de duración sería de 

seis años y podrá ser reelegido una sola vez por cuatro años más. Correspondería a 

ambas Cámaras reunidas la designación del Director Supremo. Se tendría por primera 

elección la hecha por la Convención del actual Director en la presente legislatura 

de 1822 52 . El Director Supremo gobernaría asistido por tres Ministros Secretarios de 

Estado: Gobierno y Relaciones Exteriores, Hacienda, Guerra y Marina. 

El título VI, del Gobierno interior de los pueblos, suprimía las Provincias (Intendencias) 

reemplazándolas por Departamentos a cargo de un Delegado Directorial designado 

por el titular del Poder Ejecutivo 53 . Establecía la subsistencia de los Cabildos existentes 

hasta que el Congreso determinara su número definitivo y atribuciones. 

El título VII, del Poder Judicial, consagraba la independencia del Poder judicial 

y mantenía básicamente la estructura creada por el Reglamento Constitucional 

de 1818: un Tribunal Supremo, Cámara de Apelaciones, Tribunales y empleados 

de justicia, Organización que, en líneas generales, subsiste hasta nuestros días. 

El título VIII, de la Educación Pública, disponía que la educación pública fuese 

uniforme en todas las escuelas, que se procurase la existencia de escuelas 

públicas de primeras letras en todas las poblaciones, los conventos de religiosos 

estarían obligados a crear escuelas, igual cosa los monasterios de monjas para 

las jóvenes. Señalaba una preocupación preferente por el Instituto Nacional 54 . 

El título IX, de la Fuerza Militar, indicaba que ésta sería controlada por los 

Poderes Ejecutivo y Legislativo, quienes acordarían su contingente, distribución, 

modalidad y duración de sus mandos. Igual cosa en relación a las Milicias, lo que 

debían efectuar “gravando a sus individuos cuanto menos sea posible, a fin de no 

distraerlos de sus atenciones particulares” 55 . 

El juicio unánime de los historiadores es que la Constitución de 1822 era el 

texto mejor elaborado hasta entonces en Chile. Garantizaba eficazmente las 

libertades individuales y permitía el ejercicio de una administración eficaz 56 . 

A través de somero análisis de la obra constitucional del Libertador hemos 

procurado destacar sus logros, en especial lo que aún permanece vigente de 

ella. Nuestra conclusión es que no sólo debemos la independencia de Chile a 

Bernardo O’Higgins, sino también las bases de nuestra organización institucional, 

cuyos principios inspirados están presentes en muchas de nuestras actuales 

instituciones públicas vigentes. 

52 Esto significaba la posibilidad, altamente probable, de prolongar por diez años el gobierno de O’Higgins. Lo 

que era muy resistido por la aristocracia santiaguina. 

53 Esta fue una de las disposiciones constitucionales que despertaron mayor rechazo Concepción y Coquimbo 

se veían disgregadas y se sentían reducidas a la impotencia frente a la Capital. 

54 Establecimiento que era a la vez de enseñanza básica, media y superior. 

55 Título IX, capítulo II, artículo 242. 

56 Especialmente Diego Barros Arana há sido enfático en este punto. 

344


JOSÉ IGNACIO ZENTENO DEL POZO. 

MINISTRO DE GUERRA Y MARINA DE BERNARDO O’HIGGINS 

Hosmán Pérez Sepúlveda 1 

En la Parroquia de Santa Ana, en Santiago, existe el siguiente documento 

firmado por el presbítero Alejandro Echeverría, Cura rector de ese templo: 

“Certifico que en el Libro XII de Nacimientos, que principia en 13 de marzo de 1782 

y que termina en 28 de diciembre de 1792, a fojas 82 vit. Se encuentra una partida 

del tenor siguiente: “En la ciudad de Santiago de Chile, en 29 de julio de 1786, en 

esta iglesia parroquial de S° Ana, el Dor. don José Ramón de Aristegui, con licencia, 

bautizó, puso óleo i crísma a Josef Ignacio, Ramón, Antonio, de un día, hijo legítimo 

de D. Antonio Zenteno i de C° Bíctoria del Pozo, P. P. Dn. Josef Antonio Aristeguí y Da. 

María lgnacia Arostegui, de que doy fe. - Juan de Dios Zerda. (Hay una rúbrica)”. 

“Concuerda con el original citado, i para que conste doy el presente a petición de parte 

y para los fines que le conviniera, en esta Parroquia de Santa Ana de Santiago, a 

veinticuatro días del mes de julio de mil ochocientos ochenta y cinco. (Fdo.) Alejandro 

Echeverría, Cura Rector” 

Como queda establecido documentalmente, este esclarecido patriota nació en 

Santiago, el 28 de julio de 1786, en una solariega casa señalada con el N° 15 de 

la calle San Antonio. Sus progenitores fueron don Antonio Zenteno i Bustamante, 

escribano público de Santiago y la distinguida dama doña Victoria del Pozo i Silva. 

Sus estudios los realizó en el Colegio Carolino, en el cual José Ignacio lució su 

natural inteligencia y su reposado carácter. 

Por línea paterna, sus abuelos se habían establecido en Chile a principios 

del siglo 18 (aproximadamente en 1705), El primer tronco que llegó a la Colonia, 

fue el alférez de caballería don Antonio Zenteno i Azúa, hijo según lo declara en 

su testamento otorgado en Santiago con fecha 29 de febrero de 1740, de don 

Francisco Zenteno y doña Ana de Azúa, ambos naturales de Castilla La Nueva. 

Volviendo a don Antonio Zenteno fundador de esta ilustre familia, en sus 

tiempos mozos hizo la campaña de la frontera y prestó importantes servicios en la 

conquista del reino de Chile, según se desprende del título de capitán firmado con 

fecha 24 de octubre de 1773 por el gobernador español y posteriormente virrey 

del Perú, José Manso de Velasco. 

1 General Inspector de Carabineros, Oficial graduado en la Academia de Ciencias Policiales, Profesor de la 

Escuela de Carabineros de Chile. Consejero Nacional del Instituto O’Higginiano de Chile. 

345


Deseoso de fundar familia y afincarse definitivamente en esta lejana tierra, 

allá por el año 1710, don Antonio compró a un capitán llamado José Lepe, 

probablemente en alguno de sus retornos del sur, un sitio en la parte norte del 

río Mapocho, que ya se conocía con el nombre de “Chimba” 2 , frente a la Recoleta 

Franciscana y que medía: 200 varas de frente 3 por 300 de fondo, por el precio 

de 500 pesos, al rédito del 4%. La tasación de sus bienes que se practicó pocos 

años después de su muerte, ascendía a la suma de cinco mil setecientos noventa 

y dos pesos, incluyendo el valor del terreno y el de cuatro esclavos. 

Antonio Zenteno i Azúa, se casó con doña Catalina Flores i Guzmán. En su 

testamento declara como hijos legítimos a don Andrés Zenteno i Flores, abuelo 

del General don Jose Ignacio Zenteno. 

El referido don Andrés, se dedicó al comercio y hizo buena fortuna para 

aquella época, pues llegó a tener dos naves que hacían la ruta entre Valparaíso 

y las costas del Perú. Contrajo matrimonio con doña Eufemia Bustamante y firmó 

testamento el 1° de septiembre del año 1756. Lamentablemente poco antes de 

esa fecha, había sufrido un descalabro económico que le obligó a hacer cesión 

de sus bienes. Falleció probablemente, poco después de haber testado. 

Su hijo don Antonio Zenteno y Bustamante, entró en conversaciones con los 

acreedores y trató de levantar el negocio y la fortuna de su padre, alcanzando 

a realizar un cargamento de mercaderías al Perú, pero el destino no le sonrió 

más a que su antecesor. Así las cosas, cambiando de giro, compró en 600 pesos 

un puesto de Escribano Público (Notario) recientemente creado y cuyo título lo 

extendió la Real Audiencia de Santiago, con la expresa condición de “presentar 

en el plazo de cuatro años título del rey”. Dicho documento lo obtuvo ya expirado 

el plazo, por conducto de un primo en segundo grado que llegó a Chile promovido 

a Decano de la Real Audiencia, llamado Luis de Santa Cruz i Zenteno, Caballero 

de la Orden de Santiago, el cual fue instalado en el referido Tribunal en noviembre 

de 1778. 

Siguiendo con el estudio genealógico, don Antonio Zenteno i Bustamante, 

casó con doña Victoria del Pozo i Silva, el 1° de septiembre de 1785, de cuyo 

matrimonio, nació en el mes de julio de 1786, don José Ignacio. 

El destino quiso que el padre del futuro adalid de la gesta emancipadora, 

falleciera prematuramente dejando a la familia sin recursos suficientes para la 

educación de sus hijos, Ocurrido este triste acontecimiento, José Ignacio tuvo 

que abandonar sus estudios y deseos de titularse de abogado, debiendo ocupar 

en el año 1806, el puesto de escribano heredado de su padre, modesta función 

en la cual no había posibilidad alguna de gloria ni esplendor. 

El futuro general, desde su modesto escritorio, sigue de cerca el movimiento 

revolucionario iniciado el 18 de septiembre de 1810 y contempla entusiasmado 

el resultado de los acontecimientos. Muy pronto, sintiendo en cuerpo y alma 

el grito de la ansiada libertad, se alista al lado de quienes en un comienzo en 

forma reservada y después a cara descubierta, llevaron a Chile por el sendero 

2 Chilenismo. Barrio menor de un pueblo cortado en dos por un río. 

3 Vara: En Castilla, España, medida de longitud de 0,83.5 mts. 

346


de la plena independencia que habría de culminar en las memorables batallas de 

Chacabuco y Maipú. 

Ahora bien: por parte de su madre doña Victoria del Pozo, la familia del General 

Zenteno, fue una de las más notables del período colonial. Desde comienzos del 

siglo 18, contó entre sus miembros a personas esclarecidas por su ilustración y 

las altas funciones públicas que desempeñaron con singular acierto. 

Doña Victoria hija legítima de don Tomás del Pozo i Silva, era nieta del 

Corregidor General y Canciller de la Real Audiencia don Luis del Pozo i Silva, 

quien a su vez, era hijo del General don Alonso del Pozo i Silva, conquistador y 

fundador de algunos pueblos de la frontera. 

Don Luis testó el 15 de julio de 1771 y de este documento, se han obtenido 

los pormenores de su ilustre familia, como también del que fue extendido por don 

Tomás, padre de doña Victoria. 

A esta familia ya extinguida, perteneció el obispo don Alfonso del Pozo i Silva, 

tío del General del mismo nombre, habiendo sido este sacerdote el primer Chileno 

(era natural de Concepción), que llegó a la dignidad de arzobispo, pues desde la 

silla episcopal 4 de Santiago, fue promovido al arzobispado de Charcas, volviendo 

después a la capital de Chile, donde falleció en 1725. 

Los buenos antecedentes familiares enumerados, de nada sirvieron al ilustre 

y futuro General don José Ignacio Zenteno. Ellos no eran sino simples recuerdos 

que pocos conocían. Nació en un hogar pobre pero honorable y tuvo que luchar 

solo en el rudo combate de la vida, Si sus antecedentes genealógicos de algo le 

sirvieron, fue solamente para conservar la dignidad de su nombre, el respeto por 

si mismo y el de sus contemporáneos 5 . 

Es indudable que el General Zenteno, según lo señalan destacados 

historiadores, tuvo admirables aptitudes de organizador en la conformación del 

Ejército de Los Andes, iguales a las de José de San Martín, aún cuando según 

Francisco Antonio Encina, estimó que carecía de la astucia e Iniciativa que el 

argentino tenía. Sin embargo concluye este connotado historiador, que “inútilmente 

se buscará entre los Chilenos y los argentinos de su época, otro hombre que 

hubiera podido reemplazarlo. Baste recordar que en Chile, sólo fue excedido 

sesenta y tres años más tarde, por el poderoso cerebro organizador de Rafael 

Sotomayor Baeza 6 . 

A Zenteno le correspondió una gloria dificil de igualar, En medio de los avatares 

de la lucha contra el monarca español y el peligro que significaba la segunda 

invasión de Mariano Osorio, el Director Supremo Bernardo O’Higgins, quiso que 

la independencia nacional se proclamase solemnemente y fuera expuesta a la 

faz de las naciones y que los ciudadanos prestasen juramento de sostenerla con 

sacrificios sin medida. El documento en que consta esta proclama y que debería 

ser del conocimiento y veneración de todos nuestros conciudadanos, incluye la 

firma de José Ignacio Zenteno y probablemente más de alguna sugerencia suya 

4 Silla = cátedra. Dignidad pontificio o episcopal. 

5 Apuntes biográficos de José Ignacio Zenteno. Diario “El Ferrocarril”, 1875. 

6 Ministro en campaña durante la Guerra del Pacífico. 

347


debe haberse incluido en su redacción encargada por O’Higgins al Ministro del 

Interior Miguel Zañartu. Además, debe reconocérsela a Zenteno, el mérito de 

haber dado a la República nuestra actual bandera. 

En el curso de nuestra exposición y para una más completa inteligencia del 

importantísimo papel que jugó este esclarecido patriota en la lucha por nuestra 

independencia, debemos dejar establecido, que José Ignacio Zenteno Del Pozo, 

ocho años menor que O’Higgins, fue su Ministro de Guerra y Marina, admirable 

por su generosidad, por sus cualidades humanas y morales ejemplares, de una 

rectitud y honestidad a toda prueba, de una laboriosidad incansable y de una 

habilidad extraordinaria para atender a la minuciosidad y multiplicidad de una 

empresa organizativa. Construyó con tesón e inteligencia, con sus manos y con 

su alma, las dos obras cumbres del gobierno de Bernardo O’Higgins: El Ejército y 

la Escuadra que hicieron posible la libertad del Perú. 

Conocida es la sentencia del Director Supremo del Estado pronunciada 

después de Chacabuco: “Este triunfo y cien más, se harán insuficientes si no 


Tarea de titanes fue formar una Escuadra de la nada, preparar y financiar 

además una Expedición Libertadora estando las arcas fiscales enflaquecidas 

exhaustas. En aquellos azarosos tiempos se pensó, que era una tarea poco 

menos que demencial y de dudosa realización para un país pequeño como Chile. 

Así lo creyó el propio San Martín, que siempre tuvo más confianza a este aspecto 

en el apoyo del gobierno argentino que en el Chileno para acometer y llevar a 

feliz término, estas dos magnas empresas libertarías. 

Es necesario señalar, que estas colosales tareas fueron obra exclusiva de 

O’Higgins como resultado de una voluntad que no titubeó ante las enormes 

dificultades financieras. Sin embargo, es justo reconocer el admirable esfuerzo 

Realizador de José Ignacio Zenteno, que habiendo sido elemento decisivo en la 

Organización del Ejército de Los Andes en Mendoza bajo las órdenes de José 

de San Martín, no sólo desplegó la misma eficiente actividad en tan notable 

empresa, sino que agregó ahora, aquella invalorable experiencia adquirida, haber 

asesorado a O’Higgins inmediatamente después de la victoria de Chacabuco, 

cuya mira obsesiva apuntaba a la conquista del Virreinato del Perú, indispensable 

para conservar y asegurar la emancipación de Chile. 

El periódico “El Duende”, que en la época se publicaba en Santiago, hizo 

el siguiente comentario: “La Escuadra se ha formado sobre un cimiento de 

imposibles, sin marinos, sin oficiales, sin soldados de marina, sin arsenales, sin 

constructores, sin calafates, sin arbitrios, sin auxilio extraño, sin dineros, llenos 

de deudas, luchando con las dificultades y venciendo contradicciones de todo el 

mundo,... los buques respetables de la nación, se hallan hoy en el mar, pagados 

sus antiguos dueños, tripulados, astillados, bien provistos y socorridos por dos 

meses” 7 . 

Se insiste, que fueron admirables los esfuerzos que hicieron O’Higgins y 

Zenteno para crear la primera Escuadra Nacional, sin más auxilio argentino que 

7 “O’Higgins El Libertador”. Jorge lbáñez Vergara- Gráfica San Esteban”. Pag. 154. 

348


el bergantín “intrépido”. No sólo organizaron y sostuvieron el Ejército de tierra 

llenando sus bajas y mejorando su armamento sino que lo elevaron de 6.707 

hombres con que contaba al 30 de mayo, a 7.447 al 22 de octubre de 1818. 

La gran cabeza organizadora de Zenteno que tanto contrasta con la ineptitud de 

algunos próceres de la Patria Vieja, había operado el milagro. 

La febril actividad del Ministro, asombró a los hombres de su época. San Martín 

a mediados de 1817, le escribe a O’Higgins reclamando el retorno de Zenteno, a 

Santiago, el que eventualmente se encontraba sirviendo de secretario al Padre 

de la Patria en el asedio a Talcahuano: “No puede usted figurarse la falta que 

hace Zenteno en ésta. Usted haría un bien si lo enviase i tomando a Arcos por su 

secretario. Crea usted mi amigo que el ramo de la guerra necesita un hombre de 

la actividad i traba de nuestro amigo”. Pocas semanas después le insiste en los 

siguientes términos: “Sin Zenteno no serán muy rápidos los progresos del ejército. 

Ya tengo dicho a usted en el correo anterior mi opinión sobre su venida”. Vuelve 

San Martín a insistir poco después: “Años se me hace la tardanza de Zenteno. Tal 

es la falta que me hace”. 

O’Higgins elude enviarlo y le contesta: “Zenteno marcharía ahora mismo, 

pero estando ya en vísperas de atacar Talcahuano i teniendo todos los negocios 

enteramente entregados a él, me tomaría mucho tiempo el entrar de nuevo a 

instruir un nuevo secretario en medio de atenciones tan vastas. Concluido el 

enemigo, que espero será muy en breve (Zenteno), volará para ésa. 

Y O’Higgins escribía a San Martín en 1818: “Zenteno está gravemente enfermo. 

Los trabajos de la Escuadra están por consiguiente paralizados, porque sólo él 

tiene los resortes de este arduo negocio” 

Confirma la formidable capacidad del Ministro de la Guerra y Marina, el siguiente 

recuerdo hecho por O’Higgins en el año 1841. Estando en el puerto de El Callao 

la fragata “Chile”, el virtuoso O’Higgins, acrisolado por el destierro y la proximidad 

de la muerte debido a su grave enfermedad, se paseaba trémulo y emocionado 

sostenido en pie por dos oficiales del buque. Recordaba con entusiasma y ternura 

a Chile y sobre todo a los hombres de la independencia y dirigiéndose a los que 

le rodeaban les dijo: “recuerden bien las palabras que ahora me oyen: sin don 

José Ignacio Zenteno i don Miguel Zañartu, la independencia de Chile, habría 

sido imposible en esa época”. 

En la interesante obra titulada “El General Zenteno. Apuntes biográficos”, 

publicada por el diario “El Ferrocarril” el año 1875, en el número correspondiente 

al 31 de agosto, se puede leer lo que sigue, que dará una idea de la actividad 

de Zenteno y de su constancia y devoción por servir a la independencia de su 

querido Chile: “No es posible, sin fatigar la atención del lector, dar una idea ni 

aproximada del movimiento administrativo habido en la Secretaría entregada del 

todo a la dirección de Zenteno: baste decir que no hay ninguna exageración al 

afirmar que en los archivos que aún se conservan, existen por lo menos, diez mil 

firmas que dice: “José Ignacio Zenteno” al pie de los decretos, notas, circulares, 

instrucciones y demás piezas oficiales desde el año 1817 hasta fines del año 21. 

Sería tarea ingrata y abrumadora, hacer desfilar con orden y método, esa serie 

inmensa de grandes medidas y de pequeños detalles”. 

349


El templado valor, la honestidad y probidad del Ministro Zenteno, quedan 

reflejados en las siguientes instrucciones de carácter reservado que impartió al 

capitán de la Fragata “Lautaro”: 

“Por punto general, no vacilará en atacar toda fuerza enemiga a menos que no 

sea superior a la suya y que no haya probabilidad de triunfo pero, empeñado el 

combate, clavará de firme él mismo su bandera. No hay medio, entre una muerte 

gloriosa y la ignominiosa que espera a nuestra oficialidad y tropa si son rendidos. 

Hacer volar el buque, es el único que le prescribe el honor nacional y les impone 

el Gobierno”. 

A continuación se lee: “El Gobierno está íntimamente persuadido del honor y 

delicadeza que caracterizan al Jefe y Oficialidad de la Escuadra pero, en obsequio 

de ese honor mismo, quiere dictarles una regla fija sobre la conducta que deben 

observar con las presas que hicieren, en los términos siguientes: Inmediatamente 

después de rendido el buque apresado, se procederá al examen y reconocimiento 

de todos los papeles, efectos, cargamento, armamento y municiones y se formará 

el inventario de todos ellos por el contador del buque apresador, a presencia del 

capitán apresado y del oficial que se designare por cabo de presa, firmando los 

tres. Esta operación practicada, se pondrán en seguida los sellos en las arcas, 

baúles, escotillas, camarotes y demás parajes del buque donde se encierren 

efectos, dejando una copia legalizada del inventario en poder del Comandante 

en Jefe y el original, igualmente que los papeles de a bordo, sellados en la forma 

indicada y rotulados a mi Secretario del Ministerio de Marina, serán entregados al 

oficial encargado de la presa, bajo la más grave responsabilidad si se observara 

la menor fractura y se dirigirán a dicho Ministerio”. 

“Precaución reservadas si por algún evento hiciese algún buque señal de motín, 

inmediatamente se pondrán los demás al alcance de sus fuegos y mandarán sus 

esquifes 8 prevenidos de gente armada y de ningún modo se retirarán a sus bordos 

hasta que queden bien satisfechos de la pacificación los Oficiales que vayan a 

esta diligencia”. 

Uno de los sacrificios personales que Zenteno hizo durante su lucha por la 

independencia, se encuentra en el relato que por boca de sus hijos se conoce. 

Según ellos, una tarde del verano de 1814, se paseaba San Martín pensativo y 

preocupado por las afueras de la ciudad de Mendoza de la cual era Gobernador y 

notando que un hombre seco de carnes, pálido pero decentemente vestido, estaba 

techando un humilde rancho a la orilla del camino, preguntó por su nombre. Le 

contestaron ser el Chileno José Ignacio Zenteno, que se construía por sus propias 

manos, un techo para vivir. San Martín, que tenía mirada de águila para calar a 

los hombres, comprendió de inmediato la calidad moral de aquel emigrado, que 

nada tenía y nada pedía. Conversó brevemente con él y desde aquella tarde, 

el “filósofo”, nombre familiar y cariñoso con el cual San Martín llamó después a 

Zenteno, lo incorporó prontamente al Ejército de Los Andes como su secretario 

particular. 

Otro episodio en la sacrificada vida de tan preclaro patriota, organizador 

magnífico del Ejército y de la Escuadra Libertadora, se desarrolla en Lima el año 

8 Esquife: bote pequeño. 

350


1827. Ha caído en desgracia ante las autoridades de la época por su amistad 

con O’Higgins y “Chile le ha dado su pago”. En su destierro, no tiene un pan que 

comer y “su amado jefe” (este es el título con que nombra al Padre de la Patria 

en todas sus cartas), se encuentra en su hacienda de Montalbán, en el valle de 

Cañete, cuarenta leguas al sur de Lima, cultivando unas cuantas fanegadas de 

caña de azúcar para pagar a sus acreedores y compartir un escaso pan con su 

madre, su hermana Rosita y su hijo Demetrio. Zenteno le escribe y le pide a su ex 

Jefe un poco de ese pan. En realidad lo único que le pide es un puesto de trabajo 

para labrar la tierra. Una carta revela la monstruosa verdad de su abandono: 

“Lima, febrero 22 de 1827. Mucho menos creo abatir con esto, la clase de rango 

a que antes he pertenecido: al contrario, anhelo el trabajo por no prostituirme y 

porque no prostituiré mis destinos públicos, necesito hoy de trabajar para vivir 

con honra. Yo apelo a la noble filosofía con que usted desde la silla suprema 

de una República que usted sólo había hecho célebre y poderosa, vino a servir 

a las órdenes de un jefe que en celebridad y méritos no podía entonces igualar 

a usted. Es cierto que usted servía a la Patria, pues yo pretendo servirme a 

mi mismo con la circunstancia de que trato de hacerlo a la sombra y bajo los 

auspicios de mi antiguo general. Debo confesar a usted, que mi amor propio se 

resiente con la idea de que agotados mis pocos recursos, me voy a ver un día en 

la necesidad de servir bajo la dependencia de un comerciante o de cualquier otro 

extraño. Tampoco quiero sueldo, sino aquellas ventajas o facilidades que fuera de 

él, prestan las haciendas a los administradores. 

Una palabrita más, con la franqueza de amigo. Me figuro a usted al leer ésta, 

revistiéndose de su innata bondad e indescible delicadeza y tomar la pluma 

para contestarme ofreciéndome su mesa, hacienda, etc. etc. pero no en clase 

de administrador. Pues bien, mi General: hablaremos a lo soldado. Yo admiro 

la magnitud de la generosidad de usted. Infinitos otros con menos títulos a su 

amistad que yo, publican sus muchas liberalidades, pero yo no soy calculador 

para vivir a costa ajena. Libre por carácter y principios, sólo quiero depender de 

mi trabajo y porque creo que aplicándolo a su hacienda, puede ser útil a usted y a 

mí, es que me tomo la confianza de ofrecérselo; en otro sentido me abstendría de 

abusar de su amistad. José Ignacio Zenteno”. 

La petición de trabajo y amparo que formula Zenteno es mano devuelta, pues 

cuando O’Higgins después de abdicar en el año 1823 se traslada a Valparaíso 

para viajar al ostracismo, le pide albergue a su ex secretario, entrañable amigo 

y gobernador en esa ciudad, con la siguiente y explícita nota: “Señor don J.I. 

Zenteno: Mi amigo amado: sin clase ninguna de cumplimiento, pienso entrar 

temprano hoy por la mañana, a cualquier rincón que usted me señale; se que no 

hay casa y puede servir algún rancho, arsenal o barraca de vela. Es un soldado 

a quien usted recibe, con cinco oficiales y 40 guías 9 que quedan. Su siempre y 

siempre amigo. S. S. Bernardo O’Higgins. Febrero 6, cuatro de la mañana en Las 

Peñuelas”. 

Zenteno lo hospedó en su casa y compartió con él su techo, pan y fortuna, 

al igual como lo hemos relatado, lo hizo el Padre de la Patria en Lima cuatro 

años más tarde. Las amarguras de la proscripción y la recompensa a sus fatigas, 

9 Escolta que acompañó a Bernardo O’Higgins a Valparaíso una vez que abdicó. 

351


estrecharon en el infortunio, los lazos de sincera amistad que siempre unieron a 

Bernardo O’Higgins y a José Ignacio Zenteno. 

Otro episodio ingrato que tuvo que soportar Zenteno estando exiliado en Lima, 

fue la falsa noticia de su muerte, que la familia de este prócer recibió en Santiago, 

Presurosamente para desvirtuar esa infamia, O’Higgins le escribe a su esposa, la 

cariñosa carta que transcribimos: 

“Sra. D°. Pepita Gana de Zenteno. Mí amada comadrita y respetable señorita: 

Rumores indiscretas que me produjeron días de amargura i de enfermedad, veo 

por su apreciable de 1° de esta fecha, que atravesaron el Pacífico con la velocidad 

suficiente para herir el alma de una esposa sensible. ¡Ojalá hubiera podido ser 

el primero en restituirle el consuelo i el reposo que merece, comunicándole el 

suceso funesto que dio margen al falso rumor!, pero hasta el regreso de mi amigo 

el General Zenteno a Lima, no se pudo esclarecer la verdad. Gracias a Dios, 

él vive y trabaja con la honradez que le es característica para el sostén de sus 

obligaciones i recupera el tiempo perdido en servir a una afrentosa ingratitud, 

que le ha robado de su espada, del sudor de su frente en diez y seis años de 

sacrificios i aún del suelo mismo que te dio naturaleza. Sí, apreciable señorita. 

El vive como un verdadero amigo mío, para su Patria, para la dicha de usted y 

consuelo de quien con las más respetuosas consideraciones de aprecio y afecto, 

es siempre su más obediente servidor. (fdo) Bernardo O’Higgins. P.D. Mi señora 

madre i hermana ansiaban saber de usted. Mas recibirán un grande placer ahora 

que les comunico las expresiones que usted me encarga, como yo igualmente 

suplico a usted las de a mi ahijadita que ya estará grande”. 

Refrendando los términos de esta carta, O’Higgins, le escribe a un amigo 

residente en Santiago: “Zenteno vive para consuelo de sus hijos i de su patria i 

para eterno baldón y verguenza de las más oprobiosa ingratitud”. 

De regreso a Chile después de tres años de ausencia, la primera diligencia 

de Zenteno, fue exigir que se juzgara su conducta por un Consejo de Guerra 

y el esclarecido general fue absuelto de todo cargo obteniendo un voto de 

indemnidad. Revindicado, en abril de 1831, desempeñó el puesto de Comandante 

General de Armas e Inspector General del Ejército. Más tarde, fue miembro de 

la comisión nombrada para organizar la Guardia Nacional siendo a la vez, uno 

de los fundadores de la Sociedad Nacional de Agricultura. Además, durante su 

fructífera vida al servicio de la nación, desempeñó los cargos de Ministro de la 

Corte de Apelaciones en la Sala Marcial, diputado por Santiago y vicepresidente 

de la Cámara. 

El 16 de julio de 1847, después de haber servido a su Patria con sublime 

abnegación, con honradez sin tacha, con probidad y con rara elevación de 

espíritu, entregó su alma a Dios y sus actos, al severo juicio de la historia. 

Con motivo de su muerte, el Presidente de la República, con Manuel Bulnes, 

por intermedio de su Secretario, le escribe a la viuda de este gran patriota: 

Santiago, julio 29 de 1847. 

Señora Josefa Gana de Zenteno: 

352


El fallecimiento del General don José Ignacio Zenteno, ha causado en el 

ánimo de S.E. el Presidente un profundo dolor, y respetando el de usted por 

tan irreparable pérdida, ha postergado hasta ahora la manifestación que me ha 

ordenado le haga en nombre del vivo interés que le inspira la situación a que la 

reduce este triste acontecimiento, 

El General Zenteno, como esposo i como padre, ha dejado una familia 

respetable entregada a la desolación, pero también a la Patria. La Patria a quien 

por tan largo tiempo i tan eficazmente sirvió, lamenta la pérdida de un hijo que 

fue el alma de gloriosas empresas. El ejemplo que ha legado a sus compatriotas 

de las virtudes cívicas que lo distinguieron, continuará produciendo el bien que 

con tanta constancia y desprendimiento procuró i en él vivirá perpetuamente su 

memoria. Esta consideración sirve de lenitivo al pesar de S. E. i confía que servirá 

también al que usted experimenta. (fdo) Manuel Camilo Vial. 

P. D. Al expresar los sentimientos de S. E., el Presidente, me es mui honroso i 

lisonjero unir los que me inspira particularmente el propio motivo. 

(Fdo)Manuel Camilo Vial. 

A Zenteno se le califica como una de las más notables e ilustres personalidades 

de la lucha por nuestra independencia. Serio por naturaleza y filósofo en la 

alta significación de esta palabra. Tranquilo, reservado, prudente, abnegado y 

modesto, tenía el severo y austero patriotismo de los antiguos patricios romanos. 

Hombre de orden y de ley, puso al servicio de su país y de las nacientes 

instituciones, todo el genio del estadista y todo el ardor del soldado. Administrador 

inteligente, tuvo todas las dotes y la capacidad necesaria para no dejar obras sin 

concluir. Valor, honradez y patriotismo, es el mejor epitafio que debería inscribirse 

en la lápida de su sepulcro. 

Secretario del General San Martín, cuando éste organizaba en Mendoza 

el ejército que dio la libertad a Chile, Ministro de Guerra y Marina del Director 

Supremo O’Higgins cuando éste creaba el Ejército y la Escuadra para afianzar 

nuestra independencia, para dominar el océano Pacífico y liberar al Perú del 

yugo español, fue este ilustre Chileno desde 1816 hasta 1821, el más leal, el 

más inteligente y el más laborioso cooperador en estos trabajos que dieron por 

resultado las victorias más sorprendentes y trascendentales de la emancipación 

hispano-americana. 

El ilustre ministro, cuya actividad prodigiosa no conoció obstáculos ni 

dificultades, ni decayó un solo día, no dejó el gobierno sino cuando la bandera 

tricolor que él mismo había dado a la Patria, dejó libre de enemigos extranjeros el 

suelo de Chile y flameaba victoriosa en el Palacio Pizarro de Lima. 

Al lado de los nombres de O’Higgins y San Martín, que aparecen como líderes 

de aquellas heroicas empresas, la historia coloca con razón el de José Ignacio 

Zenteno, que compartió con ellos todos los desvelos y fatigas de la lucha por la 

libertad de Chile y América y con ellos también merece compartir la veneración de 

su memoria y el pedestal de la gloria. 

353


BIBLIOGRAFÍA: 

Recopilación de documentos históricos y artículos de prensa publicados 

con ocasión del centenario del nacimiento de José Ignacio Zenteno. “La 

Época”.1886 

“Historia de Chile”. Francisco Antonio Encina: 

“O’Higgins el Libertador”. Jorge lbáñez Vergara. 

“Vida del capítán General don Bernardo O’Higgins”. Benjamín Vicuña 

Mackenna. 

Editorial del Pacífico 1976. 

“Bernardo O’Higgins. El buen genio de América”. Luís Valencia Avaria. Editorial 

Universitaria. 1980. 

354


BERNARDO O’HIGGINS, LORD COCHRANE 

Y “EL MAR DE CHILE” 

Jorge Iturriaga Moreira 1 

Al conmemorar el natalicio de Bernardo O’Higgins Riquelme, el 20 de agosto de 

cada año, a lo largo de todo el país se efectúan ceremonias y homenajes en que 

se resaltan la personalidad y las variadas actividades que distinguieron la brillante 

vida del Libertador. Su destacada vida y la época que le correspondió vivir, nos 

lleva a recordar aquellos pasajes que forjaron el carácter de aquel hombre notable, 

a quien Chile le debe su libertad y la creación de la mayoría de las instituciones 

republicanas que nos rigen hasta el día de hoy. La educación lejos de sus padres, 

sus viajes y la afición por las artes, le dieron una rica experiencia y una captación 

cabal del mundo. Posteriormente, su nutrida vida cívica como alcalde de Chillán, 

delegado de la Laja, agricultor, diputado del primer Congreso Nacional y militar, le 

prepararon para asumir la gran responsabilidad de ser el primer gobernante de la 

República independiente. 

Sin embargo, un capítulo aparte merece destacar su visión geopolítica sobre 

el océano que baña nuestro país de norte a sur y que es vía de comunicaciones y 

fuente de valiosos e inagotables recursos renovables para el país. 

El nacimiento de nuestro poder naval fue producto de esa clara visión geopolítica 

y de la imaginación de estadista del Libertador O’Higgins. Inmediatamente después 

de fundar la República, creó la Escuela Naval y la Primera Escuadra nacional. 

Este concepto naval fue germinando en él desde su niñez, con la experiencia 

de una vida de estudiante dentro y fuera del país. De acuerdo a lo dispuesto por 

su padre, Ambrosio O’Higgins, su objetivo primordial respecto del niño Bernardo, 

fue darle una buena educación, primero en Chile, continuándola luego en Perú y, 

posteriormente, en España e Inglaterra. 

La vida cotidiana y costumbres inglesas de tiempos del Almirante Nelson y 

del Duque de Wellington, le correspondió en suerte vivirlas a Bernardo O’Higgins 

durante su estadía en Inglaterra. Fue, sin dudas, una valiosa constante en su 

formación intelectual y personal que lo distinguiría posteriormente, entre sus 

compatriotas americanos. Su herencia genética de irlandés encontró allí una 

sociedad europea y un poder económico en pleno auge, que vivía los influjos de 

tener una capital marítima proyectada como la metrópoli de un imperio extendido 

por los océanos y, a través de éstos, por todos los continentes de la Tierra. 

1 General de Aviación y Vicepresidente del Instituto O’Higginiano de Chile. 

355


Junto con lo ya expresado, para materializar esta educación excepcional en el 

viejo continente sobre un joven de su época, Bernardo debió efectuar largos viajes 

marítimos. Lo que le obligó a vivir extensas jornadas de navegación en los océanos 

Pacífico y Atlántico e incluso viajar por el difícil cabo de Hornos. Recordemos, 

además, que en su primer regreso frustrado desde España, fue afectado por el 

asalto del convoy en que viajaba, el cual estaba bajo la protección de naves de 

guerra españolas. En este asalto en alta mar, por parte de la escuadra inglesa, 

fue despojado de todas sus pertenencias, pero su dominio del idioma inglés le 

ayudó a sobrevivir y ser desembarcado en Gibraltar. En esta singular experiencia 

de combate, conoció personalmente lo que significa poseer buques de calidad 

superior, comandados por capitanes con conocimiento profesional. Toda esta rica 

experiencia marítima vivida por O’Higgins, le llevó a comprender y a tener una 

clara conciencia de la importancia del dominio del mar para obtener y mantener la 

independencia de América. 

Todo su conocimiento oceánico anterior, fue reforzado en aprecio tras el 

desastre de la batalla de Rancagua, provocado por fuerzas españolas comandadas 

por el general Osorio, las que habían llegado por mar para aniquilar a las fuerzas 

criollas, desastre que dio como resultado el término del período que se conoce 

como “La Patria vieja”. Este fue, sin lugar a dudas, un contratiempo muy grave 

y amargo en su vida; su retirada a Santiago y su posterior cruce de la cordillera 

hacia Mendoza, sirvió para salvar sus pocas tropas. Pero al mismo tiempo, le 

dio más de dos años para meditar las causas de esa derrota y madurar su visión 

estratégica, fortaleciendo su carácter de conductor militar. Fue esta derrota la que 

le convenció aún más de la importancia de ganar no sólo la guerra terrestre, sino 

también que era indispensable disputarle el dominio del mar a España. 

Para Chile, el concepto anterior quedó tempranamente definido en los albores 

de la república, en las palabras del propio O’Higgins, quien luego de la batalla 

triunfal de Chacabuco, confirmó su convicción de la naturaleza marítima de 

nuestro país, al expresar: “Este triunfo y cien más se harán insignificantes si no 


Esta visión geopolítica de O’Higgins y el arduo trabajo encomendado a su 

Secretario de Guerra, Ignacio Zenteno, dieron como resultado que el 9 de octubre 

de 1818, zarpara del puerto de Valparaíso, al mando de Manuel Blanco Encalada, 

la flamante primera Escuadra nacional, conformada por los buques San Martín, 

Lautaro, Chacabuco y Araucano, actividad que fue observada por O’Higgins 

desde lo alto de Valparaíso, lo que lo hizo exclamar: “Tres barquichuelos dieron 

a los Reyes de España la posesión del Nuevo Mundo, estas cuatro tablas van 

a quitárselo” A partir de ese trascendental evento, empezó la titánica tarea de 

disputarle el dominio del mar al reino de España. Tarea que Blanco Encalada 

empezó a cumplir en forma brillante, recién iniciado su mando con la captura de 

la fragata Reina María Isabel y varios navíos realistas. 

Entre tanto, en Londres, el representante del gobierno de Chile, José Antonio 

Álvarez de Condarco, siguiendo las instrucciones de O’Higgins, consiguió que 

un famoso marino, miembro del Parlamento inglés y con una gran reputación en 

la guerra contra Francia, Lord Thomas Alexander Cochrane, aceptara mandar 

la naciente Escuadra Nacional. Él arribó a nuestro país con su esposa, el 28 

356


de noviembre de 1818, fijando su residencia en Chile. Es así como, el 9 de 

diciembre, recibe su carta de ciudadanía y el 23 del mismo mes, es investido con 

el grado de Vicealmirante de la República de Chile, asumiendo el mando de la 

Escuadra Nacional, quedando Blanco Encalada como su segundo, con el grado 

de Contralmirante. 

A pocas semanas de asumir el mando de la Escuadra, Cochrane tomó la 

iniciativa estratégica de zarpar con destino al Perú. El solo prestigio del Almirante 

hizo que los buques españoles se refugiaran bajo las fortalezas del Callao, con lo 

cual perdieron el control del mar. Sin embargo, su próxima acción notable sería 

una estocada al corazón del poder naval español. Hasta comienzos de 1820, la 

segunda fortaleza española en importancia del Pacífico, seguía siendo Valdivia. 

Por su difícil acceso, se consideraba inexpugnable; en efecto, el paso de Corral a 

Valdivia debía hacerse remontando el río bajo los fuegos cruzados de 15 fuertes 

repletos de artillería. 

Lord Cochrane, con la misma audacia que ya lo había hecho famoso en 

Europa, usó diversas estratagemas para engañar a los españoles. Finalmente, el 

3 de febrero de 1820, arribó a Corral en la goleta Moctezuma y de un ataque que 

inició con sólo 300 soldados y marinos, en la noche del mismo día, logró tomarse 

uno a uno los fuertes enemigos, que tenían una dotación de 1.800 defensores. 

Antes que despuntara el sol del día siguiente, Cochrane había logrado el control 

de toda la zona occidental del río, habiendo perdido sólo 7 hombres y causando 

la baja de 100 soldados españoles. 

La conquista de la fortaleza de Valdivia le permitió, además, capturar 1.000 

quintales de pólvora, 10.000 balas de cañón, 170.000 cartuchos de fusil, 

numerosas armas livianas, 128 cañones y otros apoyos logísticos para fuerzas 

terrestres y navales. Valioso botín que se incorporó al inventario patriota. 

La historia naval de Chile nos muestra muchas otras notables acciones 

guerreras posteriores emblemáticas como la Expedición Libertadora del Perú, la 

guerra contra la Confederación Perú-Boliviana y la guerra del Pacífico. Asimismo, 

también los hechos de consolidación geográfica, como la anexión de Punta Arenas 

y el Estrecho de Magallanes hasta el cabo de Hornos, la toma de posesión de la 

lejana Isla de Pascua y toda la importante labor en el Territorio Antártico. Todo 

esto, no habría sido posible si nuestra Armada nacional no hubiera ejercido el 

dominio del mar. 

El legado naval anteriormente descrito en forma muy breve, desde que nació 

nuestra república, demostró que ese dominio fue vital para cortar los refuerzos 

marítimos de la Corona y, posteriormente, para mantener la independencia 

de la república de Chile. Este concepto se enraizó en nuestro país y es fuente 

permanente de vocación para numerosos chilenos, hombres que no temen perder 

de vista la costa propia para conquistar nuevos y lejanos horizontes, si son de 

interés nacional. 

Lo anterior, si me permiten una reflexión, contrasta con la actitud de una gran 

mayoría de chilenos, que al estudiar de pequeños la historia de Chile, aprendieron 

que el descubrimiento de nuestro país fue hecho por tierra, por Diego de Almagro. 

En circunstancias que el primer europeo en llegar a nuestro territorio fue el 

357


portugués Hernando de Magallanes quien llegó por mar y cruzó el Estrecho que 

lleva su nombre, en 1520. A esto se suma, una gran mayoría de compatriotas 

que viven diariamente contemplando la cordillera de Los Andes y desarrollan 

una actitud de mentalidad mediterránea y andina, con muy poco o nulo contacto 

con el inmenso océano, al que sólo mencionan al entonar el himno patrio. Si se 

les preguntara a los habitantes de Santiago, ¿qué significa el mar para ellos? 

Posiblemente, una gran mayoría de los más acomodados, piensen en vacaciones 

en la playa y otros mencionen los excelentes mariscos y pescados. 

Esto me lleva a concluir: Que tal vez el mayor error geopolítico es tener una 

capital mediterránea, en un país que se baña de norte a sur en el océano más 

grande del globo terrestre. Lo cual nos hace desarrollar una mentalidad que no 

se condice con nuestra realidad geográfica. Como muestra un botón: ¿Cómo 

explicar que una larga fila de camiones viaje diariamente 1.000 Kilómetros para 

embarcarse en Puerto Montt, con destino a Punta Arenas? ¿Teniendo San Antonio 

y Valparaíso al lado? Los que nos conectan con una vía marítima que no requiere 

de costosas obras técnicas para vencer los obstáculos geográficos, ni es de altos 

costos y difícil mantenimiento. 

La eficiencia del transporte por mar, comparado con el terrestre, se demuestra 

en el siguiente ejemplo: Para transportar un contenedor de 40 pies, un camión 

requiere un motor de 380 HP; en cambio, una nave porta-contenedores con 

capacidad de trasladar 4.000 contenedores de 40 pies, necesita una planta 

propulsora de 76 mil HP, es decir sólo 19 HP por cada uno, ahorrando 361 HP por 

cada contenedor. En este ejemplo, se produce con cada buque de contenedores, 

un ahorro de petróleo necesario para producir 1.444.000 HP, con lo que baja 

ostensiblemente el costo final de los productos al consumidor. 

Hace algunos años, se instaló el Congreso Nacional en Valparaíso, obra 

geopolíticamente correcta. Sin embargo, al día siguiente empezó la campaña para 

regresarlo a Santiago. Una sencilla observación de un mapa de nuestro territorio, 

obtenido por satélite, nos debiera llevar a la conclusión de que lo que hay que 

traer a la costa es la capital de Chile, no al revés. 

Volvamos al tema central de nuestro homenaje a O’Higgins, creador del poder 

naval de Chile, que dio inicio a la senda de las glorias navales nacionales que nos 

enorgullecen. Quiero recordar que el cadete Arturo Prat Chacón, escuchó y siguió 

el llamado del océano cuando era muy niño, siendo, educado en el plantel naval 

que, ya en esa época, honraba a su fundador, el Libertador Bernardo O’Higgins. 

Allí, se inspiró en ese Padre de la patria como un señero ejemplo de vida y virtudes 

cívicas y militares. Estoy seguro de que en sus aulas le transmitieron y le hicieron 

asimilar como suyo aquel grito de la batalla del Roble: “Vivir con honor o morir 

con gloria, el que sea valiente sígame”. Este profundo concepto ético que revela 

los valores patrios y de conducta con que son educados los hombres de armas, 

fue dando forma a la personalidad de héroe, quedando grabado en el granítico 

carácter que se estaba forjando en aquel joven marino, el cual, años más tarde, 

en Iquique, con su inmortal epopeya, no sólo exaltó los ánimos patriotas para 

apoyar los objetivos de la guerra del Pacífico, sino que, además, mostró al mundo 

el valor y decisión en el combate del pueblo chileno. Por esta misma razón, para 

Chile y los chilenos bien nacidos, es un deber recordarlo como uno de sus héroes 

358


más queridos y para nuestra Armada fijar el 21 de Mayo, como una fecha dedicada 

a celebrar todos los compatriotas unidos en Las Glorias Navales de Chile. 

Sólo 11 años antes de la guerra del Pacífico, el 30 de diciembre de 1868, zarpó 

del Callao, al mando del Almirante Manuel Blanco Encalada, la flotilla chilena que 

trajo de regreso al país los despojos mortales del Libertador de Chile y Perú, 

Bernardo O’Higgins Riquelme. Esta flotilla estaba integrada por tres corbetas, la 

O’Higgins llamada, así en honor al Padre de la Patria; la Chacabuco, en memoria 

de esta gran gesta libertadora y la Esmeralda. Entre los jóvenes oficiales que 

engrosaban las filas de los tripulantes, se encontraban aquellos que habían 

egresado de las aulas de la Escuela Naval que él había fundado, y entre ellos, el 

joven oficial Arturo Prat Chacón. 

Lo anteriormente expresado, me permite afirmar que el acto heroico e inmortal 

de Arturo Prat Chacón y sus bravos marinos, no fue un hecho circunstancial 

improvisado, sino una respuesta madura de profesionales educados con una 

sólida formación de valores, conscientes de su honor, infinito amor a su patria y 

una valentía propia de gladiadores inmortales del mar. 

Ese espacio geográfico que nos legó Bernardo O’Higgins, “El mar de Chile”, 

es el que nos permite actualmente a los chilenos, decir que tenemos intereses 

y territorios en tres continentes. Este océano es el que nos da acceso a ser 

miembros del importante mercado de la APEC, que integra a las 21 economías 

más populosas y florecientes de Asia y del Pacífico, que representa el 57 % del 

PIB mundial. 

La tarea que señaló el Libertador y fundador de la República a los ciudadanos 

de este país, respecto del “Mar de Chile”, es un desafío gigante, empieza por 

educar a nuestros compatriotas para que comprendan que Dios nos ubicó frente al 

océano más grande de la Tierra, con una vía marítima que recorre el país de norte 

a sur y además nos conecta con todo el Mundo. Por añadidura, nos proporciona 

todos sus valiosos e inagotables recursos económicos que debemos conservar. 

Pero, tal vez lo más importante, es que nos señala que el mar es parte integrante 

de nuestra geografía, ampliando nuestro territorio continental, que con esto está 

lejos de ser una angosta faja. Refuerza este concepto el hecho de que el espacio 

aéreo asignado por la OACI, organismo de la ONU, para ser controlado por Chile, 

limita al Oeste con el espacio aéreo controlado por Nueva Zelanda y Australia. 

359


360


O’HIGGINS Y LA EXPEDICIÓN LIBERTADORA DEL PERÚ 

Washington Carrasco Fernández 1 

Bartolomé Mitre, al referirse a la Expedición Libertadora del Perú en su Historia 

de San Martín, reconoce que “Es gloria de Chile y del Director O’Higgins, quien en 

1819 había pactado con el gobierno argentino llevar en común la libertad al Perú, 

costeando ambos Estados los gastos; a costa de grandes sacrificios, hizo honor 

al tomar la ardua empresa a su cargo e impulsarla vigorosamente y con fe”. 

Reproduce también la siguiente confesión de O’Higgins relativa a los 

quebrantos que ella le significó: “Yo debí encanecer a cada instante. Sólo la futura 

suerte de Chile y de la América podía sostener mi corazón y mi espíritu. El que 

no se ha visto en estas circunstancias no sabe lo que es mandar. Es el mayor y el 

más digno sacrificio que podía ofrecer a mi patria”. 

Los historiadores de la emancipación americana destacan en detalle y con 

justicia, la organización del Ejército de los Andes, bajo la previsora y decidida 

conducción del general José de San Martín, quien contó con el valioso e invalorable 

concurso de la rica y tranquila provincia de Cuyo y el decidido respaldo del 

director Pueyrredón. Importantísima fue también la entusiasta colaboración de los 

emigrados chilenos y especialmente la eficaz y leal cooperación de su reciente y 

definitivo amigo, el brigadier Bernardo O’Higgins, incorporado con el mismo grado 

jerárquico chileno al Ejército de las Provincias Unidas del Río de la Plata, por su 

reconocido valor y experiencia de guerra, al igual que su acabado conocimiento 

de Chile, futuro Teatro de Operaciones para el Ejército en gestación. 

Esta fecunda labor previa posibilitó la exitosa realización de la primera fase 

del plan estratégico sanmartiniano, materializada por el extraordinario paso 

de los Andes y las decisivas victorias de Chacabuco y Maipú, resultados que 

corresponden al genio militar del General argentino. 

Sin embargo faltaba la segunda fase indispensable que permitiera poner en 

pie de guerra una Escuadra y un Ejército destinados, primero a dominar el mar 

y, después, a vencer en su propio territorio el principal baluarte español, que 

constituía en el Perú una seria y permanente amenaza a la libertad de las nuevas 

naciones que surgían en América. 

Son ampliamente conocidas las lamentables disensiones internas y 

contingencias políticas que convulsionaron a las Provincias Unidas del Río de la 

Plata y que, especialmente entre los años 1819 y 1820, en los que se organizó 

1 Teniente General. Presidente Nacional. Instituto O’Higginiano de Chile. 

361


y zarpó la Expedición Libertadora, las sumieron en prolongadas y profundas 

divisiones y enfrentamientos fratricidas, al extremo de que algunas provincias 

llegaron a declararse independientes y cuando Pueyrredón fue reemplazado por 

el general Rondeau, en Buenos Aires se sucedieron diversos gobiernos en breve 

plazo. 

Bajo tales circunstancias, el proyecto se habría tomado absolutamente 

irrealizable, a no mediar el inquebrantable convencimiento del general O’Higgins 

acerca de la imperiosa necesidad de llevarlo a cabo. 

Consecuente con las visionarias palabras que él pronunciara en el mismo 

campo de batalla de Chacabuco “Este triunfo y cien más serán insignificantes 

si no dominamos el mar”, se abocó a crear nuestra Escuadra Nacional, obra 

magna que logró con el valioso concurso de los Agentes que, en nombre del 

gobierno de Chile, contrataron e interesaron a armadores y marinos ingleses y 

norteamericanos para vender buques y enrolarse en la naciente Marina de Guerra 

Chilena. Ella, en su primera confrontación bélica, a fines de octubre de 1819, 

se cubrió de gloria al desbaratar un importante convoy español que navegaba 

a reforzar al Virreinato del Perú, capturando en Talcahuano la poderosa fragata 

“M. Isabel” y a la mayoría de los transportes con sus valiosos pertrechos. Ésa 

fue la Marina que encontró el almirante Lord Thomas Alejandro Cochrane a su 

llegada, al asumir su mando en Jefe y a la que disciplinó e impregnó del espíritu 

y mística indispensables para cohesionar a las novatas tripulaciones chilenas y al 

heterogéneo personal extranjero de los nueve buques de guerra, que, en tan poco 

tiempo, fueron dotados de todos los medios necesarios, gracias a la inclaudicable 

voluntad de O’Higgins y a la colaboración inteligente y abnegada del Ministro de 

Guerra y Marina, José Ignacio Zenteno, quienes, recurriendo a toda clase de 

arbitrios lograron el milagro de crear esta formidable Escuadra. 

Para apreciar objetivamente esta situación es necesario recordar que el 

Chile independiente, con apenas tres años de vida republicana, aún sostenía 

una encarnizada guerra con las fuerzas realistas que resistían tenazmente en 

Talcahuano, circunstancia que impedía controlar el territorio al sur del Biobío. 

El país, asolado por diez años de guerra emancipadora, vivía en permanentes 

dificultades para financiar sueldos públicos y compromisos fiscales, a consecuencia 

de las condiciones descritas agravadas por la necesidad de sostener y equipar a 

la Escuadra, Ejército de Chile y las unidades del primitivo Ejército de los Andes, 

que no repasaron la cordillera al llamado de Argentina para participar en sus 

lamentables problemas internos. 

Lo anterior no permitía, siquiera, concebir que Chile, con una situación 

económica tan aflictiva y tan contrastante con la que tuvo Cuyo, pudiese llevar a 

cabo, además de la creación de su Escuadra Nacional, la extraordinaria empresa 

de organizar un Ejército capaz de enfrentar y derrotar en su propio territorio al 

poderoso Virreinato del Perú. 

O’Higgins no podía aceptar que se produjera una quinta invasión marítima 

desde el Perú, como habían sido las de Pareja, Gaínza y las dos de Osorio. 

A fines de 1819 las condiciones internas de Argentina se agravaban día a día. 

San Martín permanecía en Mendoza con las unidades que habían regresado 

362


de Chile, algunas de las cuales se involucraron en los problemas internos al ser 

destinadas al Ejército de Belorano, el que también desapareció en la vorágine 

revolucionaria. 

Ante esta situación, San Martín empezó a dilatar las órdenes de su gobierno 

para concurrir con sus fuerzas a Buenos Aires, terminando por desobedecer la 

perentoria orden de Rondeau y acceder, a principios de 1820, a las repetidas 

instancias de su leal amigo el Director Supremo O’Higgins, para que regresara 

a Chile y tomara el mando de la Expedición Libertadora del Perú. Honor, que 

había sido rechazado por O’Higgins al no aceptar las proposiciones y Acuerdo 

del Senado chileno, para asumir el mando, debido a la ausencia y enfermedad de 

San Martín y los problemas trasandinos (Acuerdo del Senado, 22 de diciembre de 

1819, Historia de la Expedición Libertadora del Perú. Tomo Primero, pág. 184, de 

Gonzalo Bulnes). 

Posteriormente en la denominada Acta de Rancagua del 2 de abril de 1820, sus 

oficiales ratificaron a San Martín como su Comandante en Jefe. Mitre justifica esta 

desobediencia del Libertador San Martín al expresar: “El General se encontraba 

sin Patria en cuyo nombre obrar y sin gobierno ante quien justificarse o que diera 

sanción a sus actos”. 

El Gobierno de Chile realizó esta situación integrando las unidades del glorioso 

Ejército de los Andes, que aún permanecían en el país, al Ejército chileno a 

cuya bandera quedaron acogidos e incorporados en sus Listas de Revistas de 

Comisario para los efectos de reconocerles a oficiales y soldados sus grados y 

sueldos, iguales a los del Ejército chileno. 

El General argentino, Gerónimo Espejo expresa lo siguiente en su obra El 

Paso de Los Andes, refiriéndose al Acta de Rancagua. 

“En estas circunstancias se organizaba la Expedición Libertadora al Perú, cuya 

principal fuerza la componían las tropas de los Andes pero su bandera, esa sagrada 

insignia laureada por las victorias de Chacabuco y Maipú, era necesario eliminarla por 

cuanto simbolizaba un cuerpo destrozado y sin cabeza”. Hablando de la retirada de 

San Martín del Perú, agrega: “se dirigió a Chile donde sufrió una grave enfermedad 

y en enero de 1823 pasó a Mendoza a convalecer, informó al Gobernador de la 

provincia que la bandera del Ejército de los Andes estaba en poder del gobierno de 

Chile, aconsejándole que la reclamara por cuanto ninguna otra provincia argentina 

consideraba con mejor derecho para poseer esa reliquia. El gobernador entabló la 

reclamación por medio de un comisionado “Ad hoc” y el presidente de Chile convencido 

del derecho y la justicia entregó la bandera, la misma que desde entonces (1823) y 

hasta lo presente se conserva en Mendoza”. 

O’Higgins nombró a San Martín Comandante en Jefe del nuevo Ejército, llamado 

ahora oficialmente Ejército Libertador del Perú (Decreto Supremo de O’Higgins 

11 de mayo de 1820) y redobló sus esfuerzos para dejarlo en condiciones de 

emprender su gloriosa misión. 

Felizmente O’Higgins contó con el patriótico concurso de los Cabildos del país, 

particularmente con el de Santiago, y con las autoridades nacionales que lograron 

inicialmente la cooperación entusiasta y voluntaria de la ciudadanía y luego 

la comprensión de ella cuando tuvo que recurrirse a requisiciones de dineros, 

363


ganado, víveres y de todo tipo de bastimentos, los que el Estado avalaba para ser 

solventadas cuando la situación futura lo permitiera. Rebaja, asimismo de los no 

elevados sueldos civiles y militares; retraso del pago de los compromisos fiscales, 

aumento de las rentas de aduanas y obtención de un empréstito internacional, 

etc. 

Los últimos recursos se obtuvieron en un tiempo sorprendentemente rápido 

por la energía del gobierno y la comprensión de la ciudadanía, deseosa de iniciar 

cuanto antes esta empresa. 

Las Actas del Senado de Chile y de los Cabildos así lo reflejan. 

Decidido O’Higgins a financiar con los recursos de Chile la Expedición al 

Perú, al conocer que las Provincias Unidas no podrían aportar los 500.000 pesos 

comprometidos, había solicitado propuestas para vestir y conducir el Ejército al 

Callao “y de las dos presentadas, eligió la Sociedad Solar, Peña, Sarratea y Cía.” 

la que fue aprobada por el Senado, cuyo contrato se firmó el 2 de septiembre de 

1819. 

La Cía. se comprometía a transportar por su cuenta al Ejército de 4 mil 

hombres; a vestirlos con un traje nuevo y completo desde el zapato hasta el 

capote, incluyendo ropa interior y alimentarlos durante cinco meses. 

El gobierno de Chile, por su parte pagaría sesenta pesos por el transporte de 

todo individuo, y setenta por la de cada caballar. El equipaje y parque del Ejército 

pagarían su transporte por separado, siendo sin cargo sólo el fusil y la mochila. 

El contrato consideraba los plazos y las cuotas de pago y otras cláusulas, que 

eran las normales en esos sistemas a contrata de uso en esa época. 

Existen pequeñas diferencias en los datos relativos al número del Ejército 

Expedicionario, que no coinciden con la de embarque en Valparaíso y que se 

encuentran en el Archivo Nacional de Chile. 

ESTADO DE FUERZA DE LA EXPEDICIÓN LIBERTADORA 

a) Ejército Libertador 

- Unidades chilenas 1.981 hombres Nota: El Ejército de Chile mantuvo 2.000 

hombres para las operaciones en el sur. 

- Unidades argentinas 2.818 hombres Nota: Sólo 642 eran argentinos. Los otros 

2.176 hombres eran reemplazos chilenos 

encuadrados en las unidades argentinas. 

Total 4.799 hombres 

- Detalle: Oficiales 305 

Capellanes 5 

Tropa 4.486 

Total 4.799 

b) Escuadra Nacional 

Escuadra Nacional 1.600 hombres 

Total general 6.399 hombres 

364


Francisco Encina, Premio Nacional de Historia, establece que la tropa estaba 

constituida por 4.000 chilenos y 642 argentinos. 

Más de la mitad de las dotaciones de las unidades provenientes del Ejército 

de los Andes eran de origen chileno debido a que todas sus numerosas bajas 

originadas por diferentes motivos habían sido llenadas con chilenos. Por ello es 

comprensible la natural aprensión, de la que dejaron constancia las cartas de 

Balcarce y Guido a San Martín, de San Martín a Rondeau, etc., respecto a la 

gran deserción que se produciría con el repaso a Mendoza del total del Ejército, 

“porque más de dos tercios de la tropa era natural de Chile”, según expresa Guido 

textualmente en su carta del 18 de marzo de 1819 a San Martín. 

Lo mismo asevera Mitre en su Historia de San Martín, al referirse a su no 

participación de éste en la contienda civil: 

“Sería empero muy pobre criterio histórico el que atribuyera el resultado 

definitivo de la guerra social en que las Provincias argentinas estaban entonces 

empeñadas, a la ausencia de dos mil soldados argentinos, gran parte de ellos 

chilenos con su uniforme, que con San Martín a su cabeza y en unión de otros 

dos mil chilenos iban a combatir”. 

La instrucción se efectuaba en Coquimbo a un Batallón de Infantería y a todas 

las otras unidades en Quillota, denominada Cantón de Embarque, cerca de 

Valparaíso. 

Los coroneles Joaquín Prieto, a cargo de la Maestranza de Santiago, y 

José Manuel Borgoño en Valparaíso, dirigían la fabricación de los pertrechos y 

municiones para la artillería y fusiles del Ejército y de la Escuadra. 

El Director Supremo O’Higgins en persona se trasladó y permaneció en 

Valparaíso los dos últimos meses y cinco días antes del embarque, para impulsar 

y solucionar todos los problemas derivados de la difícil situación económica y falta 

de recursos, propios de un país en formación y que sólo tres años antes hubo de 

ser libertado por el esfuerzo trasandino y que ahora, con el esfuerzo propio, iba a 

hacer lo mismo en el vasto Virreinato, del cual siempre había dependido. 

Casi cinco mil hombres, aproximadamente ochocientos caballares, 35 cañones 

y artillería, 15 mil fusiles y 2 mil sables para repuestos y para armar a las futuras 

fuerzas peruanas, víveres y forraje para cinco meses, y toda clase de pertrechos, 

iniciaron su embarque el 18 de agosto, en 16 transportes que protegían 9 buques 

de guerra y 11 lanchas cañoneras. 

Parecía un sueño y todo era obra de Chile, así como el Paso de los Andes fue 

una obra argentina, aun cuando en ella participaron oficiales y soldados chilenos. 

En la Expedición al Perú ninguna participación oficial pudieron tener por las 

razones ya vistas, las Provincias Unidas. 

Si bien San Martín mandaba la fuerza expedicionaria, tan sólo de Chile 

emanaba su investidura de Jefe y de este gobierno los poderes que le conferían 

autoridad y le asignaban atribuciones de que disponer en el ejercicio de ella. 

Tanto San Martín como los Jefes y Oficiales del que había sido Ejército de los 

Andes, como se ha consignado anteriormente, tenían nombramiento en el Ejército 

365


de Chile, al igual que Cochrane y oficiales extranjeros lo tenían en la Escuadra 

Nacional. De este modo la Expedición en todos sus aspectos era chilena, aunque 

su conducción le fue delegada a San Martín. 

Esto es en lo relativo al aspecto legal o jurídico. En cuanto a su financiamiento 

lo fue también en su integridad con dinero chileno. Los 150 mil pesos argentinos 

que San Martín recibió, los consumió en el año 1819 durante su permanencia en 

Cuyo. 

Con los fondos reunidos en Chile para la Caja Militar se le proveyó de 180.392 

pesos en dinero efectivo y documentos de crédito, para sueldos y otros gastos. 

Zarpa, al fin, la expedición el memorable 20 de agosto de 1820, natalicio del 

Director Supremo Bernardo O’Higgins. 

La población de Valparaíso y alrededores la despedía con orgullosos 

gritos patrióticos, contestados con vivas entusiastas y emocionados de los 

expedicionarios. El General en Jefe se embarcó el 20, acompañado del Director 

O’Higgins y Ministro Zenteno y cuando los protagonistas se despedían en el 

puente del navío “San Martín”, O’Higgins le entregó un pliego que le nombraba 

Capitán General del Ejército de Chile, como expresión de gratitud por sus 

eminentes servicios al país, junto con una proclama de despedida. San Martín la 

transmitió para que se diera cumplimiento esa tarde a las cinco, con tres vivas de 

cada buque, a la prosperidad del Director Supremo de Chile. 

Lord Cochrane, maravillado, le expresaba a O’Higgins “La Europa contemplará 

atónita, los esfuerzos de Chile y las presentes y futuras generaciones harán 

justicia al nombre y a la memoria de su Excelencia”. 

Esta increíble empresa tuvo un costo político enorme que contribuyó 

paulatinamente a erosionar el apoyo al progresista Gobierno de O’Higgins. 

La necesidad de dar prioridad a la Expedición al Perú debilitó a las fuerzas 

patriotas del sur, las que justo un mes después, el 20 de septiembre de 1820, 

sufrieron una sangrienta derrota en Yumbel, seguidas por otras que culminaron 

con la pérdida de Concepción. Esta difícil situación obligó a redoblar esfuerzos, 

que se creía ya habían terminado. 

Por otra parte, la lentitud de las operaciones en el Perú contribuía a aumentar 

el descontento y las críticas contra O’Higgins por no haber cumplido con entregar 

a su entrañable amigo San Martín el acuerdo del Senado del 23 de junio de 

1820, que regulaba la conducta a seguir por el Comandante de la Expedición, en 

especial en lo referido al aspecto político. 

En resumen, es verdad irredargüible que ambos próceres, San Martín y 

O’Higgins, se complementaron en forma perfecta. Sin San Martín, la libertad de 

Chile pudo demorar años. Sin O’Higgins, jamás San Martín hubiese logrado su 

sueño de llevar la libertad al Perú, que lo insertó en la Historia Universal como 

uno de los grandes Libertadores. 

Chile fue el primer país que reconoció sus méritos a San Martín. El Instituto 

O’Higginano de Chile los reconoce totalmente y al profundizar nuestra historia 

común sólo pretende destacar el decisivo y trascendental rol americanista que 

366


O’Higgins desempeñó en la emancipación, al hacer realidad el milagro de crear y 

enviar la expedición que llevó la guerra al corazón del poderoso bastión virreinal, 

debilitándolo, inicialmente, al permitir la independencia del Perú y así facilitar 

su definitivo colapso, el que aseguró la independencia de las nuevas naciones 

americanas. 

Posteriormente el Perú, agradecido, le dio asilo por 19 años, hasta su muerte, 

y lo colmó de honores al otorgarle el rango máximo de Gran Mariscal del Perú, 

conferirle la Orden del Sol, antes que a ningún otro y donarle las valiosas 

haciendas de Montalván y Cuiba, en las cuales mitigó el dolor de la ausencia de 

la tierra que lo vio nacer y a la que dio su libertad. 

BIBLIOGRAFÍA 

- Amesti de, Luis: Documentos sobre la Expedición Libertadora del Perú. 

- Barros Arana, Diego: Historia General de Chile. 

- Bulnes, Gonzalo: Historia de la Expedición Libertadora del Perú. 

- De la Cruz, Ernesto: Epistolario de don Bernardo O’Higgins. 

- Encina, Francisco: Historia de Chile. 

- Fuenzalida B., Rodrigo: La Armada de Chile. 

- Yrarrázaval, José Miguel: San Martín y sus Enigmas. 

- Langlois, Luis: Influencia del Poder Naval. 

- Mitre, Bartolomé: Historia de San Martín. 

- Téllez, Indalecio: Historia Militar de Chile. 

367


368


O’HIGGINS Y EL PODER NAVAL 

Francisco Le Dantec Gallardo 1 

El 18 de septiembre de 1848, como un homenaje al zarpe de la Primera 

Escuadra Nacional, y, en especial, a su primer Comandante en Jefe, el entonces 

Capitán de Navío Manuel Blanco Encalada, Benjamín Vicuña Mackenna publicaba 

en el diario “El Mercurio”, de Valparaíso, un artículo que iniciaba de esta manera: 

“Naves alzad las flámulas hermosas 

envueltas en las nubes majestuosas 

del humo del cañón 

Conmemorando los gloriosos días 

en que Chile lanzó a las hondas frías 

en leño audaz su invicto pabellón”. 

Lo que expresa el insigne escritor y hombre público en este escrito, adquiere 

gran relevancia por el hecho de haber sido redactado tan sólo treinta años después 

del acontecimiento que se conmemoraba. En circunstancias de que muchos de 

los actores de ese periodo de nuestra vida nacional estaban vivos, como es el 

del Almirante Blanco Encalada. Por esta razón, es de justicia dejar que el mismo 

autor indique el sentimiento que existía en esos días: “No en vano la Providencia 

dio a Chile el mar por cintura, puso ante los ojos de sus hijos el espectáculo de 

las sublimes tempestades del océano, trazó con su dedo omnipotente sus anchas 

ensenadas y dijo al pino que levantase al cielo sus ramas orgullosas en las fértiles 

comarcas de la Araucanía; la voz gigante de la naturaleza le está diciendo a cada 

instante que será una gran nación marítima”. 

Continua Vicuña Mackenna diciendo: “Día llegará en que las naves chilenas 

recorran todos los mares, conduzcan a todo el mundo sus ricas producciones y 

hagan tremolar su bandera en todos los hemisferios”, y completa su pensamiento 

con: “Todos estos beneficios serán la obra de la paz y del comercio, pero ellos 

serán exclusivamente debidos a los esfuerzos de Cochrane y de Blanco, en 

Valdivia y el Callao. Sin ellos, no hubiese habido patria, y, por consecuencia, no 

hubiera habido marina nacional. Por esto, queremos traer a la memoria todos los 

hechos gloriosos que sirvieron de ensayo a las primeras naves nacionales que 

Chile botó al mar adornadas con su pabellón”. 

1 Capitán de Navío ®, M. A. Ciencias Navales y Marítimas; Miembro de Número de Instituto O’Higginiano de 

Chile. 

369


Don Benjamín cuenta que, en una hermosa mañana del 10 de octubre de 1818, 

el Director Supremo General Bernardo O’Higgins, que dirigía a Santiago desde lo 

que hoy se conoce como el Alto del Puerto, “echó la mirada hacia el fondo de 

la bahía y vio cuatro buques con la bandera chilena, que daban vela en aquel 

momento”. Lo que le motivó a decir a sus acompañantes: “Tres barquichuelos 

despachados por la Reina Isabel dieron a la España el continente americano, 

y esos cuatro buques que acabamos de preparar nosotros, le arrancaran su 

importante presa”. 

Aquellos cuatro buques eran la Primera Escuadra Nacional, que se componía 

del San Martín, la Lautaro, la Chacabuco y el Araucano, tripulados por 1.100 

hombres, llevando un total de 120 cañones. Su primera misión era batir las fuerzas 

españolas que se suponía habían doblado ya el Cabo de Hornos, compuestas 

por la María Isabel, de 44 cañones; la Atocha, de 20; y el San Fernando, de otros 

tantos; además de cinco transportes con tropas y pertrechos. 

Este acontecimiento, nos recuerda Vicuña Mackenna, no sucedió por 

casualidad, sino como producto de la indiscutible condición de estadista del 

Capitán General Bernardo O’Higgins, poseedor de claros conceptos de estrategia 

marítima. En efecto, al ser designado Director Supremo, después de la victoria 

de Chacabuco, se inicia para él su etapa de hombre de Estado, terminando la 

del guerrero, que tanta significación tuvo para la lucha por la libertad de nuestro 

país. En esta nueva faceta de su quehacer ciudadano, O’Higgins se esforzó por 

asegurar el porvenir de Chile, íntimamente ligado al de América. 

Al cooperar generosamente a la causa de la libertad de todo el continente, 

el prócer no hizo otra cosa que cumplir con el juramento que, antes de partir de 

Londres, hiciera a Miranda. Al mismo tiempo demostraba que en el corazón de 

los chilenos anida la gratitud, pues iba a devolver con creces la ayuda para la 

liberación nacional, trabajando por la libertad de otros pueblos americanos. 

La más valiosa lección que había recibido O’Higgins durante su estadía en 

Europa, especialmente en Inglaterra, es la de que un pueblo de costas dilatadas 

no es dueño de su propio destino, mientras no domine las rutas marítimas. Esto 

nunca lo olvidó y, tan pronto como se hizo cargo del Gobierno, multiplicó los 

esfuerzos para la creación de una Fuerza Naval, de la que esperaba, no sólo el 

dominio de las vías de comunicaciones marítimas, sino la protección necesaria 

para transportar un ejército que al dar la libertad al Perú, pusiera definitivamente 

término a la denominación española en el continente. 

Los desvelos y sacrificios que esa Fuerza Naval costó a Chile, están señalados 

en las páginas de la historia. 

Los desvelos de O’Higgins, secundado por su ministro Zenteno, son conocidos, 

pero es conveniente recordar el pensamiento marítimo del Padre de la Patria, y 

alguno de los hechos que son precursores de nuestra Armada Nacional, uno de 

los pilares en que descansa la soberanía y seguridad del Estado y de la nación 

chilena. 

La idea de formar un Poder Naval siempre estuvo presente en O’Higgins. 

Estando en Mendoza, en 1816, escribió a su amigo Hipólito Villegas, quien 

fuera, posteriormente, su ministro de Hacienda, lo siguiente: “La expedición a 

370


Chile no admite dudas; sólo conviene mover todos los resortes para asegurar 

el éxito. Cuatro buques bien armados son de primera necesidad y responderán 

seguramente a los gastos que se emprenderán en ellos”. Sí a esto se agrega 

lo que dijo después de la Batalla de Chacabuco, “Este triunfo y cien más serán 

insuficientes si no dominamos el mar”, se comprende la solidez del pensamiento 

que tenía el prócer. 

Después de Chacabuco, O’Higgins, apreciando nuestra debilidad en el mar, 

demostrada por los desembarcos impunes de los generales Pareja, Gaínza y 

Osorio en las costas chilenas, gracias al dominio del Pacífico que mantenían 

los buques realistas, inicia la creación del Poder Naval nacional. Durante el 

sitio de Talcahuano, mientras O’Higgins observaba la llegada de refuerzos a los 

españoles en la fragata mercante “Candelaria”, escribió el 30 de julio de 1817 al 

general San Martín: “No cabe duda que Pezuela quiere seguir la guerra por este 

punto y empeña todo lo que tiene. También es necesario que nosotros trabajemos 

con empeño. Es de primera necesidad una marina, aunque cueste armarla en 

Valparaíso”. 

Dentro de las múltiples acciones que se llevaron a cargo para materializar sus 

desvelos marítimos, quizás la más trascendente es la dictación del “Reglamento 

Provisorio de Marina”, con fecha 3 de diciembre de 1817. En el cual se establecían 

los grados, su equivalencia con los del Ejército, las escalas de sueldo, entre otros 

aspectos, quedando de esta manera reglamentados los servicios navales, que 

se necesitaron con la llegada de nuevos buques, entre los que estaban los que 

conformaron la Primera Escuadra Nacional. 

La primera acción que se materializó, fue la de armar el bergantín “Aguila”, 

buque de la naciente Armada que, junto con otros menores, tuvieron como 

principal misión atacar a los navíos realistas que bloqueaban Valparaíso, lo que 

se cumplió, con los buenos resultados conocidos. 

También merece ser recordada la disposición que se dictó para autorizar la 

guerra de corso, con el fin de obstaculizar el comercio marítimo español, que 

necesariamente debía navegar frente a nuestras costas. Los corsarios tuvieron 

varios éxitos en su empeño de atacar el tráfico comercial hispano, destacándose 

la acción del “Furioso”, que apresó una fragata realista frente al Callao; el 

“Fortuna”, que capturó varios mercantes, y otros buques como el “Bueras”, el 

“Maipú”, el “Lanzafuego” y el “Congreso”, que desarrollaban sus correrías por 

todo el Pacífico. 

Para vencer los obstáculos y darle mayor impulso a la empresa que se 

preparaba, el Director Supremo se trasladó a Valparaíso. Esta es la razón que 

observara el zarpe de la Primera Escuadra Nacional, esa mañana del 10 de 

octubre de 1818, desde los cerros del primer puerto de la República. Previo a 

esto, había dictado las instrucciones al Comandante en Jefe, ordenando, en el 

artículo sexto de ese documento, lo siguiente: “El comandante no vacilará en 

atacar las fuerzas enemigas, a menos que fuesen muy superiores a las suyas y 

en cuyo caso no haya probabilidad de triunfo; pero empeñado el combate, clavará 

él mismo de firme su bandera, y lo verificarán igualmente los demás comandantes 

de buques. No hay medio entre una muerte gloriosa y la ignominia que esperan 

a nuestra oficialidad y nuestra tropa si son rendidas. Hacer volar los buques en 

371


último caso es el único deber que les prescribe el honor y que les impone el 

Gobierno”. 

Esta disposición ha sido invariablemente cumplida por las posteriores 

generaciones de marinos que han tripulado los buques de nuestra Armada. 

Constituye una filosofía permanente grabada en el alma de los miembros de esa 

institución, como ha quedado en el curso de la historia patria. 

No es necesario relatar lo que sucedió posteriormente, pero sí podemos afirmar 

que los sacrificios del país y los afanes de O’Higgins, quedaban compensados con 

un triunfo magnífico y trascendental. De ahí el honor que se concedió a los marinos 

que participaron en esta campaña, al usar en su uniforme un pequeño escudo de 

paño que decía: “Su primer ensayo dio a Chile el dominio del Pacífico”. 

El destino oceánico es un hecho indiscutido para un país como Chile, que 

tiene tan marcadas características marítimas. Si bien la influencia de la geografía 

no constituye necesariamente un determinismo geográfico, la presencia del 

mar entre nosotros es masiva y permanente. Lo que no se puede menos que 

reconocer en nuestro destino esencialmente marítimo. Los océanos tienen gran 

importancia como elemento fundamental para el intercambio comercial y han sido 

decisivos en la historia de los pueblos. En nuestro caso, el océano Pacífico es de 

vital trascendencia para la subsistencia de la comunidad nacional. De ahí nace 

la importancia de los intereses marítimos para el normal desenvolvimiento del 

país y el logro del bienestar de todos los ciudadanos. Así lo entendió el Libertador 


372


EMPRESAS DE CORSO EN EL GOBIERNO DE O’HIGGINS 

Mario Cárdenas Gueudinot 

Después de la batalla de Chacabuco y con el propósito de entorpecer el bloqueo 

marítimo español, O’Higgins autorizó algunas empresas de corso 1 . En los dos 

primeros años de su gobierno concedió patentes 2 a particulares que deseaban 

hacer ganancias y auxiliar al Estado en la realización de la guerra marítima. En 

1819, cuando ya estaba en funciones la marina militar, sólo permitió una empresa 

de este tipo y de carácter casi oficial, como fue el corsario “Los Andes”. 

El corso era una actividad muy lucrativa, ya que el total de la presa hecha 

por un corsario quedaba a beneficio de éste y su reparto se hacía de acuerdo 

a un contrato notarial firmado entre el armador y los oficiales y tripulación. El 

interesado en emprender esta arriesgada actividad debía pagar una fianza 3 como 

garantía por los perjuicios que con sus actos pudiera causar al comercio nacional 

y de neutrales. Además, como cualquier barco mercante, cancelaba los derechos 

de almirantazgo y todos los que gravaban la internación de mercaderías. De lo 

anterior se desprende que el corsario no era un asalariado del Estado, porque 

emprendía la campaña por su cuenta y riesgo. Aun más, capturada la presa y 

antes de proceder al reparto, debía someterla a su legitimación, realizada por un 

tribunal de presas en la capital, que consideraba el caso de acuerdo al reglamento 

provisional de corso de 1817 y sus modificaciones posteriores. 

En noviembre de 1817, Guillermo Mackay, marinero escocés, junto a otros 

dos ingleses obtuvieron patente de corso para un lanchón de su propiedad. Su 

proyecto era capturar la fragata Minerva, uno de los transportes del convoy de 

la Esmeralda, que se hallaba en Arica. La Muerte o la Gloria, como se le conoció 

entonces, partió desde Valparaíso en la que sería la primera expedición corsaria 4 . 

1 El corso chileno fue estudiado en sus aspectos legales por Luis Uribe: Los orígenes de nuestra Marina Militar 

1817-1819. Santiago, 1892, parte I, pp. 73 a 102; Diego Barros Arana: Historia General de Chile. Santiago, 

1892, tomo XII, pp. 310 a 318; Oscar Viel: La guerra marítima ante el derecho internacional Santiago, 1899, 

pp. 35 a 58, y Manuel Salas Lavaqui: Estudio sobre presas marítimas hechas por la República de Chile. 

Santiago, 1880. En forma de artículos también se preocuparon de esta actividad Benjamín Vicuña Mackenna 

y hasta hace pocos años Alamiro de Ávila Martel y Rodrigo Fuenzalida Bade. 

2 Para trazar el modelo de patente de corso o “letras de marca” se tuvo presente la fórmula usada por Inglaterra, 

Estados Unidos de Norteamérica, Portugal y España. El documento servía al corsario para garantizar su 

inmunidad y salvoconducto, respecto de los demás pabellones. 

3 Este derecho alcanzaba al 3% sobre el valor del buque, aunque O’Higgins lo rebajó al 2%. Peritos del gobierno, 

junto al dueño, hacían la tasación. Valentín Letelier: Sesiones de los Cuerpos Legislativos de la República de 

Chile 1811 a 1845, tomo III, p. 68. 

4 El gobierno de O’Higgins extendió patentes de corso a nombre de Carlos Wooster y Estanislao Lynch, y otras 

para ser distribuidas a interesados en Buenos Aires, pero no llegaron a materializarse. Vicuña Mackenna a. 

373


En el puerto nortino abordó la Minerva, muriendo seis hombres en el combate. En 

el viaje de regreso el corsario capturó el bergantín español Santa María de Jesús. 

Samuel Haigh, comerciante inglés, presenció con admiración la entrada en la 

bahía de Valparaíso de la Minerva, fragata de 400 toneladas, con un cargamento 

avaluado en 300 mil pesos 5 . Mackay, Hurrel y seis, marineros apresadores de 

la Minerva, nombraron a Carlos Higginson como su apoderado, para que los 

representara en el juicio de presas. Meses después, el pleito aún proseguía: 

dos marineros reclamaban su parte 6 . La presa Santa María de Jesús quedó 

en Coquimbo y los accionistas que no podían hacerse presentes, nombraron a 

Gregorio Reyes para que tornara posesión del cargamento. 

Los tripulantes recibieron grandes sumas de dinero. Haigh vio cómo aquellos 

héroes en una noche disiparon el fruto entero de su fortuna. Asegura el viajero 

inglés que las onzas abarataron el precio del peso fuerte en todos los placeres, 

en especial el de la taberna y el caballo, el naipe y la mujer 7 . 

Higginson, a nombre de los apresadores, vendió los derechos sobre la Minerva 

al comerciante Francisco Ramírez 8 . En las empresas de corso que siguieron, los 

marineros ya no esperarían los largos juicios para recibir su parte, prefirieron 

vender Sus derechos anticipadamente a prestamistas de Valparaíso. 

Mackay y Hurrel compraron la barca Catalina a Haigh para armarla en guerra. 

Construida en Baltimore para destinarla al tráfico de esclavos de África, la 

Catalina pasó a propietarios ingleses, quienes encargaron a Haigh se dirigiera a 

Sudamérica para hacer especulación con mercaderías. 

Con el nuevo nombre de Mercedes de la Fortuna, este corsario pasó a 

manos de una sociedad cuyos principales accionistas fueron Hurrel 9 , Callou –un 

comerciante inglés que hizo algún dinero con un almacén de artículos navales y 

comprando derechos de presa–, Boza, Urízar, Mackay y Viscaya. 

Según proclamó Haigh, varios tripulantes de la Catalina pasaron a servir en el 

corsario. Entre ellos su copiloto, Mr. Partridge, y un carpintero de origen escocés. 

Haigh obtuvo para el primero el puesto de teniente y para el otro el de cabo 

de presas. Este cargo estaba destinado a aquel que guiara la presa hasta su 

destino. Describió al carpintero como un hombre muy religioso. Durante el viaje 

de la Catalina desde Europa, había permanecido sentado varias horas en el 

bauprés, leyendo su biblia y aparte del resto. 

En sus correrías, el corsario llegó hasta Panamá. Apresó el bergantín Gran 

Poder, con un cargamento de azúcar y cacao, declarada buena presa en 

su vez describe las andanzas de la goleta corsario Fortunata, de propiedad de Simón Barrios, pero tampoco 

se halló vestigios de esta empresa. 

5 Samuel Haigh: Viaje a Chile durante la época de la independencia. Santiago, 1917, p. 64. 

6 Archivo de Notarios de Valparaíso. Vol. 27, fs. 369-421 y 422. 

7 Noticias de esta empresa en Benjamín Vicuña Mackenna: “El primer corsario chileno. ‘La Muerte o la Gloria’ 

y la ‘Minerva’” (1817), en El Mercurio, de Valparaíso, 19 de diciembre de 1876. 

8 La administración de esta fragata pasó a manos de su esposa Gertrudis Rosales al morir Ramírez en 1821. 

Notarios de Valparaíso, Vol. 27, fs. 359 y 360. 

9 Pronto a salir era corso y previendo los riesgos de una empresa semejante, hizo testamento en favor de su 

esposa. Notarios de Valparaíso, Vol. 27, fs. 420. 

374


agosto de 1818. También se apoderó del paquebote Pensamiento, que remitió a 

Coquimbo. Otro de nombre Rosario y varias embarcaciones menores, que por ser 

pequeñas las quemó o echó a pique 10 . Cuando se procedió al remate de artículos 

de comercio provenientes de los cargamentos apresados, la Aduana exigió a 

Carlos Higginson, agente de presas de los tripulantes del corsario, el pago de 

derechos por los efectos introducidos al país. Así correspondía de acuerdo con el 

artículo 7° del Reglamento de Corso del 20 de noviembre de 1817. 

Mackay, pasada la época de aventuras, se transformó en un pacífico 

comerciante de Valparaíso. Entre sus bienes se contaba un almacén de comercio 

con efectos por algo más de cinco mil pesos, una casa que arrendaba en la 

Quebrada de San Agustín, un sitio contiguo a la recova del puerto, otro en la loma 

de Monte Alegre y algo de dinero prestado a interés 11 . 

El principal armador de la época, Felipe del Solar, interesado en este tipo 

de empresa, propuso al gobierno armar en corso el bergantín Chileno, de su 

propiedad 12 . Ofreció hacer la guerra marítima, siempre que se le auxiliara con 

armamento, pólvora, municiones, tropa y la liberación de derechos. Solar prometía 

devolver los elementos facilitados al concluir el corso y vender a la autoridad en 

un tercio de su valor los útiles de guerra apresados. Agregó que si el corsario 

tenía noticia de una expedición enemiga, se esforzaría en destruir y quemar sus 

transportes, sin gratificación alguna 13 . 

A causa de la apurada situación militar y el bloqueo ejercido por los barcos 

españoles, la patente fue concedida el 20 de noviembre de 1817, una vez 

que Solar rindió fianza y se comprometió a respetar la reglamentación. Con la 

aprobación de Zenteno, Ministro de Guerra, el gobierno aceptó proveer al corsario 

de lo pedido. Solar había pedido 15 pares de pistolas, 20 lanzas, 30 quintales de 

pólvora, 20 soldados artesanos y 12 piezas de artillería. 

Durante meses recorrió las costas del Virreinato peruano al mando del capitán 

Enrique Santiago, haciendo varias presas. En enero de 1818, a 14 leguas de 

la costa y a una latitud de 15° sur, interceptó al bergantín español Saeta. Sus 

despachos de navegación indicaban que había salido de Guayaquil hacia 

puertos intermedios con un cargamento de cacao. Fue declarada buena presa. 

Tiempo después fondeó en Valparaíso la goleta española San Ignacio de Loyola, 

capturada en la boca del río Guayaquil. Por escasez de agua, el corsario y su 

presa se habían dirigido a las Galápagos, donde permanecieron cerca de 

un mes. Por considerar que había sido capturada en alta mar, con pabellón 

español y procedente de puerto enemigo, fue declarada buena presa. El detalle 

del cargamento de mil quintales incluía 500 fanegas de cacao, una barrica de 

cuchillos flamencos, 50 sombreros jipijapa, 4 cajones de vino con 120 botellas y 

240 sombreros pequeños. 

10 Noticias sobre este crucero en Archivo de don Bernardo O’Higgins. Santiago, 1952, tomo XI, p. 108; y Archivo 

del Ministerio de Marina, Vol. 6. 

11 Testamento ante el escribano José Manuel Menares, 12 de diciembre de 1827. Como última voluntad pedía 

ser sepultado en el cementerio de protestantes de la ciudad. Notarios de Valparaíso, Vol. 34, fs. 197 y 198. 

12 Se refiere a este corsario Rodrigo Fuenzalida Bade: “influencia de la Marina Chilena en la emancipación 

americana”, en Boletín de la Academia Chilena de la Historia, Santiago, 1972, N° 86, pp. 133 y 134. 

13 Archivo del Ministerio de Marina, Vol. 6, f. 12. 

375


La siguiente captura casi provocó un incidente diplomático. El corsario tomó 

en alta mar a la fragata ballenera inglesa Inspector, que los españoles apresaron 

fondeada en el río Túmbez. Cuando la presa arribó al puerto de Valparaíso, el 

comandante Shirref, de la Andrómaca, encargado de defender los intereses de sus 

compatriotas en el Pacífico Sur, como neutrales en la guerra hispanoamericana, 

reclamó por los perjuicios causados a comerciantes ingleses. Pidió que el capitán 

del Chileno suministrara una cantidad de provisiones similar a las sustraídas. El 

cargamento quedó en depósito a pesar de las protestas de Solar. En febrero de 

1819, el tribunal respondió hallando justa la posición del armador: los reclamos 

ingleses no procedían, Shirref debía dirigirlos a “los piratas españoles” que la 

capturaron. Fue declarada buena presa y entregada a Solar. 

Otras capturas fueron el bergantín Bolero, tomado frente a Guanchaco, con 

un cargamento de arroz, trigo, cacao y frijoles; y la fragata Cazadora, de bandera 

española, apresada cerca de Acapulco, donde estaba por averías, con sebo, 

maderas y cueros. 

Al ancla en Valparaíso, el corsario Chileno fue echado a la costa y naufragó a 

impulso de un fuerte temporal que afectó al puerto el 4 de julio de 1819 14 . 

En diciembre de 1817, Tomás Rosales, apoderado de Pedro de Aguirre, natural 

de las Provincias Unidas, solicitó patente para armar un corso. Se comprometía 

a entregar al Estado los artículos de guerra capturados por un tercio menos de 

su valor. El gobierno aceptó. Fue el origen de la goleta corsario Congreso, que 

tocó Coquimbo y salió en crucero hacia el norte. En las costas del Perú capturó 

tres buques españoles y entre ellos uno que conducía oficiales y soldados del 

ejército realista. Tiempo después apresó al bergantín Empecinado y a las goletas 

Golondrina y San Pedro Regalado. 

Otro activo comerciante de Valparaíso, Manuel Boza, solicitó autorización 

para armar un pequeño corsario junto a algunos vecinos y hostilizar las costas 

peruanas. Se trataba de una vieja lancha del Estado, que permanecía varada 

frente al Resguardo. Boza ofreció repararla a su costa. En febrero de 1818 el 

gobierno concedió su pedido, entregándole un cañón pertrechado, quince fusiles 

y mil cartuchos. El Furioso se hizo a la vela y en mayo retornó, luego de apresar 

dos naves españolas: la fragata Dolores y el bergantín Machete. Este corsario 

interceptó valiosa información enemiga a bordo de la Dolores. Se trataba de 

reales órdenes dirigidas al Virrey del Perú y fechadas en Madrid el 31 de julio 

de 1817. El gobierno decidió publicarlas y entregó una copia al comisionado J.B. 

Prevost para presentarla al Presidente de los Estados. Unidos de Norteamérica 15 . 

En las instrucciones había algunas medidas que podían afectar los intereses de 

potencias neutrales y el gobierno creyó sería útil divulgarlas para desprestigiar a 

España. 

La actividad corsaria también atrajo la atención de vecinos del puerto de 

Coquimbo, quienes pensaban que al destruir la influencia española en el mar, 

aseguraban una mayor tranquilidad para el comercio de cabotaje. Gregorio 

14 Francisco Vidal Gormaz: Algunos naufragios ocurridos en las costas chilenas desde el descubrimiento hasta 

nuestros días. Santiago, 1901, p. 134. 

15 Gaceta Ministerial Extraordinaria de Chile, 10 de julio, 1818. 

376


Cordovés y sus socios adquirieron un bergantín inglés de 200 toneladas y 

pidieron ayuda al Estado para armarlo en corso. La patente fue concedida en 

mayo de 1818. El Bueras quedó armado con 14 cañones y cien hombres de 

tripulación. El contrato notarial estableció que la mitad del producto de las presas 

sería para los armadores. Tanto oficiales como tripulación quedaban sometidos a 

la autoridad del capitán Diego La Roche y si éste moría al que le sucediera en el 

puesto. Cualquiera que faltara a lo anterior, perdería su parte. El capitán, oficiales 

y tripulación tendrían derecho a la mitad de todas las presas. Se reservaban 

veinte partes para ser distribuidas por el capitán a quienes se distinguieran por su 

valor y buena conducta. En caso de abordaje, el primero que lo verificara tendría 

derecho a tres partes más y los primeros doce que lo siguieran a dos partes 

más. A su vez, a aquel tripulante que descubriera el barco, se le daría una parte 

más. Si alguno era sorprendido hurtando cualquier cosa de la presa, perdería su 

parte, al igual que los que se hallaran ebrios de noche o en combate. El contrato 

contemplaba deducir el 1,5% del líquido de las presas y destinarlo para auxiliar 

a los que resultaran mutilados o imposibilitados, y a las viudas y madres de los 

muertos en acción 16 . 

Antes de iniciar un largo crucero, el Bueras sufrió un inconveniente que 

anunciaba el fin de este lucrativo negocio. Manuel Blanco Encalada, a cargo de 

la marina militar, mandó al corsario a ejecutar un reconocimiento en las afueras 

de la bahía y éste prolongó su viaje hasta Talcahuano. Entonces ordenó abrir 

un sumario a los propietarios. Cuando el buque regresó al apostadero, Blanco 

puso preso a Cordovés y sometió a juicio al capitán. Cordovés protestó ante las 

autoridades del puerto: el corsario llevaba cinco meses fondeado en Valparaíso, 

sin poder salir por la orden de no permitir zarpar a ningún corsario en tanto no 

saliera la Escuadra. Esta medida se adoptó ante la escasez de marineros y 

cuando al fin pudo zarpar sólo se le permitió embarcar doce de ellos 17 . 

El corsario retornó a fines de 1818, después de rendir e incendiar la goleta 

Los Ángeles y apresar al bergantín Resolución. Poco después, ante los perjuicios 

sufridos por la obligada estadía en el puerto, su principal armador solicitó el 

cambio de la patente de corso por una comercial. 

José María Manterola, vecino de Valparaíso y dueño de una goleta llamada 

Maipú Lanzafuego, pidió patente por seis meses para recorrer las costas del 

Pacífico. Su capitán, Juan Lafaya, recibió honores, fueros y privilegios de su clase 

en la Armada Nacional y fue autorizado para que nombrara oficiales en servicio y 

eligiera a quien marinaría las presas. El gobierno entregó 20 quintales de pólvora, 

pero rechazó la petición de municiones, por no haber suficientes para la dotación 

de los buques del Estado. A pesar de todas las franquicias, el corsario no pudo 

eludir la fiscalización de Blanco Encalada, que comunicó al Secretario de Marina 

que el buque había faltado al reglamento cuando se le pasó revista. A bordo había 

doce hombres de más, la mitad eran desertores de la Escuadra. El corsario quedó 

retenido ante la sospecha que recogería marineros en Coquimbo. 

16 Contrato firmado el 11 de octubre de 1818. Notarios de La Serena. Vol. 66, f. 167. 

17 Archivo del Ministerio de Marina. Vol. 6, f. 38. 

377


Salvado el inconveniente, partió en crucero apresando la goleta española San 

Antonio, a la altura del río Guayaquil. Su cargamento: azúcar, cacao, cajas de 

dulces y cigarros 18 . La goleta fue rematada por Andrés Blest y rebautizada como 

La Mosquita. Otra presa, el bergantín español Providencia, fue capturado en el 

puerto de Pacasmayo con un cargamento de aguardientes 19 . 

El Maipú Lanzafuego concluyó sus días al ser capturado por buques del Virrey 

y su tripulación, llevada cautiva a Lima, sufrió un cruel tratamiento. Lord Cochrane 

ofició al Virrey Pezuela notificándole que había recibido informes que los 

prisioneros estaban cargados de cadenas y sometidos a la más dura y miserable 

condición. Proponía un canje de prisioneros. La respuesta del Virrey fue que se 

hallaban detenidos sin presiones en un edificio llamado Casas Matas, “con piezas 

amplias y ventiladas, de donde salían a respirar aire más libre cada ciertas horas 

y para hacer ejercicios” 20 . Para el Virrey se trataba de piratas, por servir bajo una 

bandera no reconocida y porque a excepción de once marineros, el buque era 

mandado y tripulado por extranjeros. El infructuoso intercambio de notas, que 

incluía opiniones divergentes sobre temas de derecho del mar, concluyó cuando 

Cochrane se apoderó de una goleta americana que conducía artículos de guerra 

al enemigo. 

El último corsario que autorizó el gobierno del Libertador fue el de la fragata 

Los Andes. O’Higgins fue el iniciador de la idea: entregar autorización para que 

oficiales del ejército unido de los Andes actuaran como capitalistas de la empresa. 

La fragata, llamada antes Rose, llegó a Chile enviada por Álvarez Condarco 

desde Europa para traer a Lord Cochrane. Los principales accionistas del corsario 

fueron Guillermo Henderson y Antonio Arcos. La fragata tenía un andar de doce 

millas con viento duro, y en su armamento contaba con dos baterías, 22 cañones 

de a 18 y otra de 14 carronadas de a 12. Para completarla pidieron al gobierno 

30 fusiles con sus bayonetas y correajes, 5 mil piedras de chispa, 20 artilleros 

armados y 58 reos rematados, “que no estuvieran condenados por crímenes”. 

La tripulación quedó integrada por 190 marineros y 80 hombres de tropa con sus 

oficiales correspondientes. 

Tenía cuatro embarcaciones menores para abordaje 21 . En mayo de 1819 y a 

la latitud 26° sur capturó la fragata española Los Tres Hermanos. Su cargamento 

incluía fardos de ropa, sedería, lencería, papel, cobre, cestones de loza, vino, 

fierro y piedras de chispa 22 . Fue declarada buena presa. Otras naves capturadas 

fueron los bergantines Resolución, La Piedad y Cantón. El corsario terminó sus 

correrías varando en la boca del río Izcuandé. 

El daño que causaba el corso, en especial a la Escuadra, porque los marineros 

desertaban de los buques de guerra 23 y las quejas de las potencias neutrales 

18 Informe de Juan José Tortel, Capitán del Puerto, 6 de enero de 1819. Archivo de don Bernardo O’Higgins, 

tomo XII, p. 15. 

19 Declaración de un marinero. Archivo del Ministerio de Marina, Vol. 6, sin foliar. 

20 La nutrida correspondencia entre Cochrane y Pezuela fue publicada en la Colección de Historiadores y 

documentos relacionados con la Independencia de Chile. Santiago, 1946, tomo XXXII, pp. 139 a 168 

21 La patente de corso fue concedida el 14 de febrero de 1819. Archivo del Ministerio de Marina, Vol. 6, f. 47. 

22 Parte del 5 de junio, 1819. Archivo de don Bernardo O’Higgins, tomo XII, p. 235. 

23 El Argos de Chile, 6 de agosto, 18 1 8. 

378


por los excesos que se cometían en esta modalidad de guerra marítima, llevaron 

a Blanco Encalada a pedir al gobierno que negara nuevas patentes. O’Higgins 

decretó el embargo de todos los corsarios que se encontraban en Valparaíso, 

sacando sus tripulaciones “que se destinarán a los buques del Estado, no 

dejándoles a bordo más que el corto número de hombres necesario para la 

custodia de las embarcaciones” 24 . Pocos días después emitió un bando que 

castigaba con el destierro perpetuo del territorio y confiscación de bienes, a 

aquellos que inducían o protegían la deserción de la marinería Rápidamente, la 

actividad corsaria empezó a disminuir. 

A) Fuentes manuscritas 

Archivo de: 

Notarios de Valparaíso. 

Notarios de La Serena. 

Ministerio de Marina. 

B) Fuentes impresas 

BIBLIOGRAFÍA 

Archivo de don Bernardo O’Higgins: 

Avila M., Alamiro: “Las presas marítimas en el derecho patrio chileno”, en 

Revista Chilena de Historia del Derecho, 1978, N°7. 

Barros Arana, Diego: Historia General de Chile. Santiago, 1892, tomo XII. 

Colección de Historiadores y documentos relacionados con la Independencia 

de Chile. Santiago, 1946, tomo XXXII. 

El Argos de Chile: 

Fuenzalida B., Rodrigo: “Influencia de la Marina chilena en la emancipación 

americana”, en 

Boletín de la Academia Chilena de la Historia. Santiago, 1972, N°86. 

Gaceta Ministerial de Chile: 

Haigh, Samuel: Viaje a Chile durante la época de la independencia. 

Santiago, 1917. 

Letelier, Valentín: Sesiones de los Cuerpos Legislativos de la República de 

Chile 1811 a 1845. 

Salas L., Manuel Estudio sobre presas marítimas hechas por la República de 

Chile. Santiago, 1880. 

Uribe, Luis: Los orígenes de nuestra Marina Militar 1817-1819. Santiago, 

1892. 

24 Artículo 1° del decreto, 11 de agosto de 1818. Gaceta Ministerial de Chile, 15 de agosto, 1818. 

379


Vicuña Mackenna, Benjamín: “El primer corsario chileno. La Muerte o la Gloria 

y la Minerva (1817)”, en El Mercurio de Valparaíso, 19 de diciembre de 1876. 

Vicuña Mackenna, Benjamín:- “Los pañales de la Marina Nacional”, en Revista 

de Marina. Valparaíso, 887, tomo IV. 

Vidal Gormaz, Francisco: Algunos naufragios ocurridos en las costas chilenas 

desde el descubrimiento hasta nuestros días. Santiago, 1901. 

Viel, Oscar: La guerra marítima ante el derecho internacional. Santiago, 1899. 

380


LA EXPEDICIÓN LIBERTADORA DEL PERÚ 

Andrés Medina Aravena 1 

No siempre el análisis histórico permite observar una correspondencia entre 

ideales y realidades, entre proyectos y logros. 

La experiencia nos muestra cuan difícil resulta obtener o lograr una 

consecuencia entre las inspiraciones iniciales que impulsan un proceso y las 

características que éste asume al momento de alcanzar su mayor expresión 

histórica. 

Por otra parte, y de acuerdo a ciertas interpretaciones históricas que en la 

época contemporánea han tenido una fuerte presencia en la vida intelectual 

de nuestra sociedad, no resultaba científico –en una obra– adjudicarle un rol 

preponderadamente en el devenir político-social a héroes o líderes, los cuales, 

más allá de su contribución individual, no son sino los portavoces o adelantados 

de grupos y clases que en las diversas etapas de la humanidad van estableciendo 

su hegemonía y poder. 

Las dos consideraciones anteriores, que inciden tanto en el hecho histórico, 

como tal, y también en la interpretación que se hace de él, no deben en ningún 

caso hacernos perder de vista al hombre como sujeto y actor protagónico en el 

acontecer de la sociedad, lográndose en circunstancias específicas trascender de 

las condiciones ambientales, a través de una voluntad e idealismo que encarnados 

en determinados personajes modelan un escenario geopolítico impensable de no 

mediar su decisiva intervención. 

Un evento que pensamos refleja con claridad y confirma nuestro planteamiento 

es la llamada Expedición Libertadora del Perú, empresa realizada en 1820 y que 

tuvo una trascendencia vital para el proceso de independencia política americana, 

que en esa época conmovía a la mayor parte de las colonias españolas del 

continente. 

La descripción de la señalada expedición ha sido motivo de diferentes estudios 

que se han preocupado hasta de sus más ínfimos detalles, y la historiografía de la 

independencia le concede gran relevancia, marcando la última etapa de la guerra 

contra España. 

Los análisis efectuados a las diferentes etapas de su materialización destacan 

los roles, desempeñados por O’Higgins, San Martín, Zenteno y Cochrane entre 

los más destacados impulsores y responsables de la empresa. 

1 Doctor en Historia. 

381


Estas páginas buscan ampliar la perspectiva de estudio, tanto en relación 

a la significación del proyecto mismo como, y de manera muy especial, a los 

obstáculos que debieron afrentarse, y al papel jugado por los poderes públicos 

nacionales en su solución. 

La situación político-militar luego de liberada la zona central de Chile tras la 

batalla de Maipo obligaba a San Martín y O’Higgins por razones estratégicas a 

trasladar el conflicto al Virreinato del Perú, en donde se concentraba el poder 

político, militar y económico de las fuerzas españolas, y desde donde se 

amenazaba de manera permanente la soberanía de las nuevas Repúblicas, lo 

cual en el caso chileno se reforzaba por la resistencia que desde Concepción al 

sur mantenían las fuerzas realistas. 

Al peligro mencionado debemos agregar, en los primeros meses de 1818, la 

precaria situación militar que mostraban en el Virreinato de Nueva Granada, las 

fuerzas de Simón Bolívar, detenidas por los contingentes realistas. 

Si a lo indicado, que ya representaba un riesgo potencial para la seguridad de 

Chile y de las Provincias Unidas del Río de la Plata, sumamos que, entre 1818 y 

1819, en España comenzaba a bosquejarse la preparación de una escuadra con 

más de 20 mil efectivos para iniciar la recuperación de los, dominios ultramarinos, 

se podía afirmar que el escenario existente nada bueno presagiaba para las 

noveles naciones americanas. 

Una apreciación global de la situación que considerase inicialmente las variables 

expuestas, resultaba en la coyuntura que se vivía angustiante, y predisponía al 

pesimismo de los líderes militares y políticos en el proceso emancipador. Aun en 

la actualidad, con la perspectiva que otorga el tiempo, la posibilidad de afianzar el 

nuevo status político de la región meridional americana nos aparece como débil y 

vulnerable, ante el cúmulo de fuerzas contrarias que surgen a partir de 1818. 

Sin embargo, merced a la perseverancia mostrada particularmente por 

el Director Supremo de Chile, General Bernardo O’Higgins, y por los cinco 

miembros que componían en la época el Senado de la República, las dificultades 

fueron progresivamente superándose y se logró dotar y organizar a la Expedición 

Libertadora, a fin de asegurar la independencia americana. 

En las siguientes líneas pretendemos entregar una visión de conjunto en 

relación a las dificultades que debieron vencerse para conseguir el objetivo 

buscado, y pensamos que resulta adecuado iniciar estas reflexiones refiriéndonos 

a la percepción que tenía de la situación americana a comienzos de 1818 el Virrey 

del Perú don Joaquín de Pezuela. Ocurrida en abril la batalla de Maipo, el Virrey 

en un discurso dirigido a los miembros de la Junta de Corporaciones de Lima 

señaló entre otras ideas las siguientes: 

“Es sensible que nuestras incertidumbres no las haya disipado la venida de la 

‘Venganza’ que se apartó del bloqueo de Valparaíso... a los quince días de la acción 

del Maipo, ...pero al paso que estas circunstancias nos permiten esperar que no haya 

sido nuestra desgracia tal vez tan absoluta... ello basta para convencernos que ha 

sido tal que la parte de nuestras tropas que se haya salvado no podrá llevar a cabo 

su empresa... De consiguiente, nuestros cálculos ulteriores para las medidas que 

hayan de adoptarse, deben partir del prudente supuesto de no poderse contar con un 

382


solo hombre de aquella benemérita expedición, y del segurísimo concepto de que los 

enemigos, siempre activos, atrevidos y emprendedores, no desperdiciarán momento 

para poner en ejecución cualesquiera planes agresivos a cuyo éxito favorable les 

facilitarán sus recientes ventajas. 

Esos planes no son otros que apresurarse a mandar expediciones a estas dilatadas 

costas, para introducir el desorden y la rebelión en los pueblos débiles y propagarlos 

de unos en otros hasta lograr hacer sucumbir a esta misma capital, objeto de sus 

perpetuas miras... por cuanto de su inagotable seno han salido... las disposiciones 

y medios contra los cuales tantas veces han escollado sus obstinados esfuerzos... 

Se también que para realizar lo proyectado han comprado... dos navíos... que con 

toda aceleración iban aprestando, que su intención era batir (los navíos) de nuestra 

escuadrilla... y en seguida, hechos dueños de la mar, mandar con mayor desahogo sus 

expediciones de desembarco a los puertos de la costa... Las providencias defensivas 

de este gobierno han debido abrazar por tanto, los distintos, puntos o medios 

de resistencia: el primero reforzar la escuadra... y el segundo fortalecer las costas 

con tropas de tierra... Las entradas de Real Hacienda y los productos de arbitrios 

extraordinarios, ni con mucho alcanzaban a cubrir las atenciones precedentes... La 

materia es digno de detenida meditación... confío en los probadísimos sentimientos y 

celo... cual demanda la situación peligrosísima de los negocios” 2 . 

De lo expuesto queda de manifiesto el ánimo pesimista existente en el máximo 

responsable del virreinato luego de conocerse los resultados de la batalla de Maipo 

en abril de 1818. La pérdida de tropas selectas y su aislamiento obligaban a la 

adopción de una táctica defensiva, aprestándose a resistir lo que se consideraba 

inevitable: la invasión del virreinato desde las costas chilenas. No era errada la 

apreciación de Pezuela respecto a la secuencia a seguir por las fuerzas criollas 

previendo que primero se optaría por obtener el dominio marítimo para luego 

iniciar los desembarcos de fuerzas con total impunidad. Donde el análisis adolece 

de un error es en relación a la premura con la cual se supone que los patriotas 

pondrán en marcha la expedición; más de dos años transcurrirán entre la acción 

de Maipo y el zarpe expedicionario debido a que, lo inicialmente planificado por 

Chile y las Provincias Unidas del Río de la Plata para cooperar y desarrollar en 

conjunto el proyecto en cuestión, sufrirá un cambio radical que hará descansar 

exclusivamente en nuestro, país la responsabilidad de materializarlo, dando lugar 

a la paradoja, en que la más pobre de las colonias españolas asumirá el papel 

protagónico para destruir el centro político, social y económico de la metrópoli en 

América del Sur. 

Interesa resaltar el aspecto defensivo adoptado por Pezuela, su inactividad 

para realizar campañas de hostigamiento a Chile, utilizando como cabezas de 

playa las dotaciones realistas en Talcahuano, Valdivia y Chiloé; lo mencionado, 

junto a la incapacidad para unir sus fuerzas con las del Virreinato de Nueva 

Granada que habrían potenciado las armas españolas para aislar los esfuerzos 

de Bolívar en el norte y las de San Martín y O’Higgins en el sur, le permitieron 

a este último, especialmente, hacer acopio de toda la potencialidad posible en 

Chile y hacer realidad la amenaza que el Virrey preveía en 1818. Su equivocada 

2 José Rodríguez B.: Colección de Historiadores y de documentos relativos a la Independencia de Chile. 

T. XXXII. Historia de la Revolución y Guerra de la Independencia del Perú 1818 hasta 1826. T. I. Imprenta 

Cultura. Santiago 1946, pp. 49-55. 

383


apreciación respecto a la real capacidad de acción criolla juega a nuestro juicio un 

papel determinante en la evolución que va sufriendo el proceso independentista 

hasta culminar con la derrota española. 

Habida consideración de la forma en que se autolimita uno de los contendores 

en el conflicto bélico, debemos profundizar en los objetivos que persiguen San 

Martín y O’Higgins, luego de obtener en 1818 la liberación de Chile. 

Ya en 1814, San Martín había bosquejado con meridiana claridad, en una 

carta, su pensamiento en torno a la forma que debía asumir la guerra en América: 

“Ya le he dicho a Ud. mi secreto. Un ejército pequeño y bien disciplinado en 

Mendoza para pasar a Chile y acabar allí con los godos, apoyando un gobierno 

de amigos sólidos para concluir también con la anarquía que reina; aliando las 

fuerzas pasaremos por el mar a tomar Lima. Ese es el camino y no éste” 3 . 

En abril de 1818, recuperado Chile Central, parecía llegado el momento de 

iniciar los preparativos que, por medio de una alianza, dieran inicio a la fase 

definitiva en la liberación continental. 

O’Higgins, solucionada la prioridad que significaba reconquistar el suelo patrio 

y declararlo una nación independiente, comprendió la necesidad ineludible de 

terminar con la amenaza que representaba Lima y para ello comenzaba, por la 

vía de adquisiciones y por las presas de guerra a conformar una escuadra que le 

diera el dominio marítimo, una primera etapa indispensable dentro de la estrategia 

acordada. En el mismo sentido, cabe señalar la contratación de Lord Cochrane, 

prestigioso marino inglés para que se trasladara al país a fin de organizar y 

dirigir la fuerza naval, todo lo cual representaba un costo desmesurado para las 

escuálidas arcas de la naciente República. 

A los desembolsos mencionados, debe agregarse el costo representado 

por la mantención del Ejército de los Andes en suelo chileno, lo que implicaba 

un esfuerzo cada vez más difícil de realizar por el gobierno, el cual verá en la 

concreción de la expedición no sólo la desaparición de la amenaza española, 

sino también un alivio económico ante los gravámenes extraordinarios que se 

exigían a sus habitantes. 

El año 1818 se consumió en la preparación de la escuadra chilena, mientras 

San Martín se trasladaba a Buenos Aires para obtener allí el compromiso del 

gobierno de las Provincias Unidas de respaldar la expedición al Perú. De vuelta 

a Chile, se reúne con los vecinos de Santiago, ocasión en la que expondrá en 

detalle los requerimientos del proyecto: “El ejército se compondría de 5.400 

infantes, 400 artilleros, 200 jinetes y 100 zapadores, un total de 6.100 hombres. 

El tren de artillería debía constar de 24 piezas de campaña con 500 tiros cada 

una. Además del armamento correspondiente a y cada soldado se llevarían diez 

cañones de repuesto, 3 mil fusiles y mil carabinas para armar nuevas tropas en 

territorio peruano, a cuyo objeto se organizaría también un cuerpo de oficiales, 

sargentos y cabos. El proyecto detallaba las municiones, las fornituras, los 

artículos de maestranza y del hospital militar; se pedía tres meses de víveres 

para el ejército y para la tripulación de los buques”. 

3 Ricardo Levene (Recopilador): Historia de la Nación Argentina. Vol. VI, Leonardo Ornetein. Cap. IX. Imprenta 

de la Universidad. Buenos Aires 1947, p. 617. 

384


Lo enumerado significaba un considerable desembolso, y San Martín no se 

quedaba en ello, agregando el flete de los buques mercantes para trasladar 

el ejército desde Chile al Perú, y la entrega de una caja de 200 mil pesos en 

efectivo 4 . 

Terminada la relación de las necesidades, San Martín manifestó que el 

financiamiento total de la empresa ascendía a 1 millón de pesos, de los cuales 61 

había logrado con el gobierno de Buenos Aires la mitad, debiendo esperarse que 

el gobierno de Chile concurriese con los 500 mil pesos restantes. 

Los asistentes a la reunión expresaron que Chile no se restaría al esfuerzo 

libertador, aportando con 200 mil pesos en efectivo, 300 mil pesos en especies y 

además contribuiría con su escuadra (que representaba una inversión cercana al 

millón de pesos). 

Para oficializar esta determinación, el 25 de noviembre de 1818 el Senado 

sancionó lo resuelto y nombró una comisión de cinco personas que estaría 

encargada de hacer el reparto del nuevo impuesto, en proporción de la fortuna de 

los contribuyentes, y que castigaba de manera especial a quienes se consideraba 

hostiles a la causa patriota o que habrían mostrado indiferencia en las campañas 

de la independencia.. 

Ya en el plano de materializar la expedición de manera oficial, el gobierno 

chileno, haciendo fe en el planteamiento solidario de las Provincias Unidas que 

había expresado San Martín, envía, a fines de año, a Buenos Aires a un emisario 

especial, Antonio José de Irisarri, a fin de celebrar un tratado oficial entre ambos 

estados con relación a la liberación del Perú. 

Si bien es cierto las conversaciones presentaron ciertas dificultades –en ese 

momento fuerzas portuguesas ocupaban Montevideo y cooperaban con revueltas 

internas argentinas, y por otro lado se demandaba establecer en el tratado 

explícitamente las cantidades en dinero que debía aportar cada parte, lo que 

estaba fuera de las instrucciones que llevaba Irisarri–, lograron concretarse en un 

tratado firmado en Buenos Aires el 5 de febrero de 1819, el cual en su enunciado 

da a conocer la comunidad de propósitos de los Directores Supremos de ambas 

naciones en orden a terminar con la dominación española de Perú a través de 

una expedición. 

En los contenidos de dicho tratado se plantea la necesidad de prestar auxilio a 

las demandas provenientes de los habitantes de Lima, que desean constituir un 

gobierno de acuerdo a sus aspiraciones. Para tal efecto los países contratantes 

se obligan a costear la expedición. 

En otro de sus puntos se indica que las fuerzas combinadas dejarán de actuar 

en Perú una vez se haya establecido un gobierno libre, o hasta que el nuevo 

Estado lo demande. 

Se señala que el costo de la expedición será motivo de futuros arreglos con el 

gobierno peruano, al cual deberá presentarse las cuentas. 

4 Diego Barros Arana: Historia General de Chile. Rafael Jover Editor. Santiago 1892. T. XII. p. 55. 

385


Se indica que las dos partes contratantes garantizan mutuamente la 

independencia del nuevo Estado y se señala finalmente que en un plazo de 60 

días el tratado debe ser ratificado por ambos Directores Supremos 5 . 

El tratado concretaba las aspiraciones políticas de ambos gobiernos y colocaba 

en un plano de responsabilidad compartida la organización y desarrollo de la 

expedición libertadora; sin embargo, los sucesos que se desencadenan a partir 

de esta fecha van a modificar radicalmente la naturaleza de esta empresa. 

En el mes de marzo, O’Higgins, luego de haber recibido el texto del tratado, 

procede a enviarlo al Senado, indicando la trascendencia de concretar el proyecto; 

el Senado chileno, identificado con los altos ideales e intereses comprometidos, lo 

aprobó el mismo día de su recepción, comprometiendo de esta forma la palabra 

del gobierno para llevar a su conclusión la expedición. 

No ocurre lo mismo al otro lado de la cordillera y es así como entre los meses 

de mayo y octubre de 1819 el gobierno chileno insiste ante su similar trasandino 

para que ratifique el tratado expedicionario, a través de una serie de documentos, 

en los cuales se trasluce su enojo ante la falta de un pronunciamiento oficial. 

El 10 de mayo el Ministro del Interior chileno, Joaquín de Echeverría, pasa 

una nota al enviado especial en Buenos Aires para que exprese la extrañeza por 

la demora y realice el reclamo pertinente. El 12 de agosto se insiste en obtener 

una respuesta, haciendo presente que la expedición sólo está suspendida hasta 

que la circunstancias permitan realizarla. Por último, el 20 de octubre de 1819 el 

ministro Echeverría solicita al enviado en Buenos Aires que reclame la aprobación 

del tratado y en última instancia: “si no quieren ratificarlo es preciso que lo digan 

claro y lo devuelvan... me irrita ver el descuido con que se ha mirado un asunto 

tan importante, y el desprecio con que se ha tratado a nuestro gobierno” 6 . 

En definitiva, Chile jamás recibirá una respuesta oficial a sus reiteradas 

demandas, y ello se debe Fundamentalmente a dos razones, en primer lugar a las 

noticias que a partir de febrero de 1819 se reciben en Buenos Aires desde Europa, 

según las cuales, el monarca español estaba preparando una gran expedición de 

reconquista dirigida al Río de la Plata, ante lo cual, el gobierno del Río de la Plata, 

junto con comunicar a San Martín que repase la Cordillera con las fuerzas del 

Ejército de los Andes, para reforzar las defensas militares, declara suspendidos 

los preparativos de la expedición al Perú; por lo cual era inútil, desapareciendo su 

fundamento, aprobar el tratado. 

El segundo factor que imposibilitó su puesta en práctica se relaciona con 

las luchas internas que sacuden a las Provincias Unidas. Luego de descartar 

la posibilidad de invasión española, se suceden conmociones internas que 

generan un conflicto entre las distintas provincias argentinas y Buenos Aires, lo 

cual imposibilita que el proyecto expedicionario ocupe un sitial protagónico en el 

interés de los gobernantes trasandinos, los cuales abandonarán definitivamente 

cualquier iniciativa respecto al Perú, cuando el 1º de febrero de 1820 el Director 

Supremo de las Provincias Unidas, general Rondeau, es vencido en la batalla 

5 Comisión Nacional del Centenario de la Independencia Argentina. Documentos del Archivo de San Martín. 

Imprenta de Coni Hermanos. Buenos Aires. 1910. T. VII, p. 203. 

6 Diego Barros Arana: Ob. cit. T. XII, p. 85. 

386


de Cepeda por los caudillos provincianos; con lo cual Buenos Aires pierde toda 

jurisdicción de carácter nacional, el Congreso se disolvía el orden nacional se 

derrumbaba; como lo indica Bartolomé Mitre: “Cada provincia era una republiqueta 

o un cacicazgo independiente; la nación no tenía gobierno, y la nacionalidad era 

una abstracción... el Ejército de los Andes quedaba huérfano de toda autoridad, 

sin más punto de apoyo que el territorio de Chile” 7 . 

Se puede apreciar como en 1819 se había deteriorado sustancialmente 

la base de apoyo a la expedición, la cual a partir de ese momento dependerá, 

exclusivamente, de la voluntad de O’Higgins, del Senado chileno y de la 

percepción que nuestra sociedad tenga respecto del potencial de amenaza que 

representa la continuidad de un gobierno español en Lima. 

Al referirnos a la desvinculación argentina del proyecto, mencionamos, al 

pasar, las órdenes del gobierno de Buenos Aires dirigidas a San Martín para que 

retornase con sus fuerzas desde Chile. Al respecto quisiéramos hacer algunas 

acotaciones para clarificar la naturaleza de dichas fuerzas y su aporte objetivo a 

la concreción del proyecto expedicionario, por cuanto algunas versiones históricas 

indican que dicho ejército sería el concurso argentino a la empresa. 

El contingente que conforma el Ejército de los Andes en 1818 es de 

aproximadamente 3.400 hombres. Respecto de esta fuerza, creemos oportuno 

citar la opinión del representante diplomático de Buenos Aires en Santiago, Tomás 

Guido, quien en carta dirigida a San Martín, y en relación a la orden recibida 

de retornar con el ejército a Mendoza, señala: “esta resolución prepara, en mi 

opinión la ruina de la América... Yo quiero suponer contra toda probabilidad que 

no deserte un hombre solo... Ud. sabrá calcular si esta suposición es arbitraria 

cuando recuerde que más de dos tercios de nuestro ejército se compone de hijos 

de Chile” 8 . 

En definitiva, San Martín regresó a Mendoza con algo más de 1.200 hombres, 

y cuando finalmente la expedición al Perú se hallaba en sus afrontes decisivos y 

retornó a Chile, fue seguido sólo por una fuerza aproximada de 500 hombres, ya 

que el resto se habría contagiado con el ambiente de caos y disolución existentes 

en Cuyo. 

Si concluimos que hacia 1820 la fuerza del Ejército de los Andes es de 

aproximadamente 2.600 efectivos, de los cuales alrededor de 600 son argentinos, 

y que las fuerzas de ejército que se embarcan finalmente hacia el Perú son 

aproximadamente 4.300 soldados, se puede apreciar en su justa proporción el 

aporte rioplatense a la expedición en su aspecto cuantitativo. 

No es lo anterior la única dificultad que proviene del otro lado de los Andes. El 

autor de la idea, general San Martín, se ha quedado en la exposición del proyecto 

y en el ofrecimiento de una ayuda económica que nunca se recibirá, provocando, 

además, con su repaso a Mendoza una alta deserción de los efectivos. Pero a 

lo anterior debemos agregar una persistente presión al gobierno chileno, para 

obtener los medios que permitan la expedición, sin reparar en los esfuerzos 

7 Bartolomé Mitre: Obras completas. Edición Honorable Congreso de la Nación Argentina. Buenos Aires, 1939, 

Vol. VI, p. 177. 

8 Bartolomé Mitre. Ob. Cit. Vol. p. 541. 

387


realizados, como tampoco en la pobreza del país, golpeado duramente por las 

campañas de la independencia. 

Esta presión va acompañada por alusiones directas en relación a su abandono 

del proyecto, llegando en 1820 a plantear, en carta a O’Higgins del 13 de abril, lo 

siguiente: 

“me puse en marcha desde Mendoza en el estado de salud que a V.E. le consta... A mi 

arribo quede con V.E, que... a más tardar en mayo podría realizarse (la expedición)... 

los aprestos... muy poco han adelantado... si el numerario para los gastos... no se 

halla reunido para el término de 15 días... se servirá V.E. nombrar otro general que se 

encargue de ella” 9 . 

No debió de resultar grato a los sentimientos de O’Higgins sentirse apremiado 

por su camarada y amigo, luego de las peripecias a las que se habría obligado 

desde 1819 para impulsar el proyecto. Más aún, las enfermedades de San 

Martín ese año habrían obligado al Director Supremo de Chile a retardar los 

preparativos que una empresa privada realizaba para trasladar la expedición 

al Perú, provocando las quejas de los empresarios al Senado, el cual habría 

oficiado a O’Higgins el 22 de diciembre de 1819 indicándole que: “se active 

cuanta diligencia hay pendiente, i se acopie lo necesario, a fin de que, llegada la 

escuadra i facilitada o no la venida del general San Martín, se ejecute sin perdida 

de momentos la expedición acordada con V.E... los recursos se agotan... no por 

que el general y sus tropas ultramontanas se hallen impedidos, debemos ceder 

en la empresa” 10 . 

En los días siguientes, se le insistirá a O’Higgins para que se ponga 

personalmente a la cabeza del ejército y que emprendiera la campaña con los 

recursos humanos que sólo Chile pudiera suministrar, lo que fue desestimado por 

el héroe, que continuó esperando el retorno de San Martín. 

No terminaban con estas dificultades las angustias del prócer, en 1820, y 

cuando la expedición tomaba consistencia, nuevos problemas aparecían en el 

horizonte. 

La llegada de Cochrane, si bien significó un comando extraordinario para 

nuestra escuadra, generó, por la indómita personalidad del Almirante, problemas 

con oficiales de la propia escuadra y con el propio gobierno al plantear un plan 

alternativo al que preparaban O’Higgins y San Martín, logrando el respaldo del 

general Freire que se encontraba al mando de la guarnición de Concepción. 

Las dificultades internas en la escuadra, falta de pago, culminaron con una 

insubordinación parcial, y por otro lado, en razón de considerarse desautorizado 

por el gobierno, con la renuncia de Cochrane el 12 de julio de 1820, lo que motivó la 

intervención directa del Director Supremo, que haciendo acopio de una paciencia 

y perseverancia a toda prueba, lograron eliminar estos focos de perturbación. 

De no menos entidad son las dificultades financieras que el gobierno debe 

enfrentar en 1820; de la primera colaboración de 200 mil pesos aprobada en 1818 

por el Senado, sólo habrían logrado reunirse 160 mil, por lo que se debió efectuar 

9 Diego Barros Arana. Ob. cit. T. XII, p. 587. 

10 Diego Barros Arana. Ob. cit. T. XII, p. 574. 

388


una nueva campaña tendiente a recaudar la suma de 300 mil pesos extras debido 

a que el peso del financiamiento recaía exclusivamente en Chile. 

El acuerdo de cobrar un impuesto extra fue adoptado en sesión del Senado 

del 29 de febrero de 1820, expresándose que: “no pudiéndose practicar (14 

expedición)... con 6 mil hombres, debe verificarse con los que se pueda... y si es 

impracticable con todo el equipo... (debe) efectuarse con los medios y arbitrios 

posibles de que pueda valerse el Estado... en la inteligencia de ser indispensable 

la suma de trescientos mil pesos para la expedición, conviene el Senado en que 

se solicite por empréstito forzoso... V.E. puede distribuir aquella cantidad entre los 

sujetos pudientes del Estado, ubicados en la capital, ciudades y villas... V.E. es 

árbitro para elegir los medios” 11 . 

De lo anterior se desprende un respaldo decidido del Poder Legislativo, 

dejando en las manos exclusivas de O’Higgins la forma de recaudar este nuevo 

gravamen. No está de más indicar que esta continua sangría de los sectores de 

mayores recursos fueron paulatinamente minando su confianza en el gobernante, 

generando un clima de resistencia que aflorará posteriormente, representando un 

factor que explica el alejamiento del héroe del Poder Ejecutivo. 

Si lo anterior en su conjunto representa un cúmulo de elementos negativos 

difíciles de vencer, en 1820 se agregan otros hechos de la misma naturaleza. Se 

sabe de la organización, en abril de ese año, de una conspiración para derribar 

al gobierno, intento que fue abortado al momento de ponerse en marcha y que 

se ocultó a la opinión pública, por el negativo efecto que podía ejercer, tanto 

en la sociedad como en las fuerzas que se preparaban para participar en la 

expedición. 

Por otra parte, las gestiones del gobierno serán motivo de censura periodística 

en el mismo mes de abril de 1820, cuando desde las páginas del periódico Censor 

de la Revolución, dirigido por Bernardo Monteagudo, se exige mayor rapidez en 

los preparativos, criticando el accionar gubernamental en este aspecto, lo que 

desconocía la magnitud del esfuerzo desplegado para llevar a feliz término la 

empresa libertadora. 

Finalmente, también existe al culminar los preparativos, una discrepancia 

entre el Senado y el Director Supremo, si bien ambos poderes coinciden en 

el Nombramiento de San Martín como el mando superior de la expedición, el 

Senado redacta un pliego de instrucciones al cual debería atenerse el mando 

militar y además solicita que se embarque en la expedición uno de sus miembros 

como delegado gubernamental, a lo cual O’Higgins no accede, considerando que 

el general San Martín, patriota y experimentado, puede manejar el desarrollo 

global de la expedición asegurando el éxito militar como también en los contactos 

políticos garantizar la independencia de Chile y de las Provincias Unidas: la 

presencia de instrucciones y delegado aparecían como un rasgo de desconfianza 

y en el terreno práctico tendría escasa relevancia, ya que cotidianamente debería 

lucharse contra imprevistos. 

11 Diego Barros Arana. Ob cit. T. XII, p. 586. 

389


El 10 de agosto la escuadra termina su alistamiento y el día 18 se inicia el 

embarque de la expedición, que está dotada de la siguiente forma: 4.414 efectivos 

de ejército, armamento para cada soldado, 35 piezas de artillería, 15 mil fusiles 

y 2 mil sables para armar nuevos cuerpos de ejército, 3 mil cajones de cartuchos 

de fusil, 960 cajones de armamentos, 200 fardos de vestuario, 300 de metralla y 

balas de cañón, 400 de monturas, tiros y correajes, 180 quintales de fierro; 1.500 

cajas de herramientas y clavos; 2.000 líos de charqui, 1.500 sacos de galleta y 

cantidad de harina, frejoles, maíz y otros víveres, paja y cebada para animales, 

aguardiente, café, yerba mate, azúcar, arroz y papas. Voladores de luces en cada 

buque y faroles. Suficiente alimento el embarcado para cinco meses de campaña, 

y además 800 caballos. La caja militar estaba dotada de 180 mil pesos 12 . 

El convoy de transporte estaba formado por 16 naves y su alistamiento había 

estado a cargo de empresarios que habían firmado el 2 de septiembre de 1819 

un contrato de traslado de la fuerza expedicionaria y de su apertrechamiento 

y mantención por un período de cinco meses, lo que representaba un costo 

aproximado a los 240 mil pesos. Además de esto, el gobierno se comprometía a 

interceder ante el gobierno que se estableciera en Perú a fin de que se permitiera 

a la compañía ingresar sin necesidad de derechos aduanero; la cantidad de 

quinientas toneladas 13 . 

El esfuerzo desplegado por Chile y su gobierno había materializado casi 

en su totalidad lo pedido en 1818 por San Martín, con la única excepción de 

la disminución del ejército en 1.900 plazas, lo que, como hemos visto, no era 

achacable al país, habida cuenta de que afrontó solo una empresa que era 

inicialmente compartida. 

El Director Supremo, ejerciendo su poder soberano, refundió las fuerzas en 

el llamado Ejército libertador del Perú, confiando el mando, de acuerdo con el 

Senado, en el general José de San Martín, a quien el 20 de agosto de 1820, día 

del zarpe, le ha enviado el despacho de Capitán General del Ejército de Chile, al 

mando de una expedición en donde ondea el tricolor que simboliza el esfuerzo 

de una sociedad por liberarse de una amenaza y por lograr entregar a un pueblo 

hermano los atributos de independencia y soberanía. 

Las reflexiones apuntadas reflejan de qué manera el accionar del Director 

Supremo, respaldado por el Senado, ha canalizado el esfuerzo de la 

sociedad chilena, pasando por sobre dificultades que en su conjunto parecían 

insuperables. 

Tras ello se esconde un ideal que persigue objetivos claramente definidos 

y en aras de lo cual se sacrifican intereses personales, poniendo a prueba un 

espíritu de sacrifico, que en el caso de los dirigentes chilenos y especialmente en 

O’Higgins muestra una dimensión infinita que el paso del tiempo le concede su 

justo mérito. 

12 Diego Barros Arana. Ob cit. T. XII, pp. 646-647. 

13 Gustavo Pons (recopilador). Colección documental de la Independencia del Perú. Comisión Nacional del 

Sesquicentenar o de la Independencia del Perú. Lima 1971. T. VIII, Vol. 3, pp. 343-346. 

390


LA VIDA MILITAR DE BERNARDO 

O’HIGGINS RIQUELME 

Juan Carlos Escala Castro 1 

Inglaterra, entre los años 1795 y 1799, ejerce una notable influencia en el joven 

Bernardo, quien con disciplina, madurez y tradición, logra el equilibrio vital entre 

las manifestaciones de su espíritu y el porvenir. El movimiento independentista 

americano tiene, como uno de los grandes iniciadores, al general venezolano 

Sebastián Francisco de Miranda Rodríguez. Quien, en Londres, fue un maestro 

cautivador de discípulos, proyectándose como un hombre culto y con claras ideas 

para la emancipación del dominio español. Uno de sus importantes discípulos, 

fue el joven Bernardo Riquelme. 

En el mes de diciembre de 1797, Francisco de Miranda había firmado, en 

Londres, un pacto con otros precursores de la libertad americana, como Caro, 

Nariño, Bejarano, Iznardi y otros. Los que habían solicitado auxilio de las Cortes 

Europeas, con el objetivo de que Miranda, que era el Director-Coordinador 

de aquellas peticiones, las presentara al ministro Inglés como un testimonio 

fehaciente de los votos de los americanos para alcanzar su independencia. Este 

pacto fue la célula madre de las sociedades secretas que, trasladadas a Cádiz y 

otras ciudades españolas, formarían sociedades similares a las de América como 

la “Logia Lautarina”. La creación de estas organizaciones, se debió a la necesidad 

de extender una red en el compromiso de la liberación. Decidiendo Miranda crear, 

esta estructura en forma secreta, adopta el mismo sistema operacional de las 

logias masónicas. Su trabajo y sus objetivos eran la independencia de América, 

sus gobiernos elegidos por la libre y espontánea voluntad de los pueblos, y fundar 

un sistema republicano. Al respecto, Vicuña Mackenna al leer el reglamento de 

esta sociedad, perteneciente a O’Higgins, dice: 

“No hay en sus páginas el más leve indicio o preocupación de tipo filosófico o 

religioso, como tampoco la menor alusión a contactos con la masonería”. 

Como podemos ver, O’Higgins ha recibido una formación adecuada y valiosa, 

lo que le permitirá participar con mucho dinamismo, acierto y valor, en el desarrollo 

político y militar de la futura república. Pero tiene la intención y el interés de ingresar 

a una academia militar de navegación en Cádiz. Lo que plantea mediante una 

carta a su padre, parte de ella es la siguiente: “Considerando las ventajas honor 

que al presente resultaría de la carrera militar, la cual ciertamente congenia con 

mis inclinaciones y me muestra señales de suceso”. Ambrosio O’Higgins analiza 

1 General de Brigada y Consejero, Secretario General del Instituto O’Higginiano de Chile. 

391


la petición de su hijo; la implicancia política que tiene su formación intelectual en 

Inglaterra y una probable incorporación a la marina de guerra de España, cree que 

es un riesgo el aprobar tales requerimientos. Resuelve Don Ambrosio escribir a 

su amigo de la Cruz, ordenándole que comprara a Bernardo una “tenencia”, para 

incorporarlo al ejército español. La copia del acta bautismal señalaba Bernardo 

O’Higgins; pero el nombre y apellido, usado de manera oficial, en los colegios de 

Chillán, de Perú, de su ingreso a España e Inglaterra es el de Bernardo Riquelme; 

situación que impidió el cumplimiento del deseo paterno. 

O’Higgins regresa a Chile, el 6 de septiembre de 1802. Con la tristeza, por el 

fallecimiento de su padre en Lima, el 18 de marzo de 1801, quien le deja como 

legado la rica hacienda de “Las Canteras”. En 1802, O’Higgins tiene veinticuatro 

años. La mitad de su existencia ha transcurrido en el extranjero. 

En 1804, toma la posesión efectiva de sus 16.689 cuadras de tierra, con un 

inventario de 540 caballares, 4.266 cabezas de ganado vacuno. Tras de tanto 

peregrinar, por fin, se aquieta el espíritu de O’Higgins, en la hacienda de San José 

de las Canteras, junto a su madre y a su hermana, “Para lo que me consideraría 

más apto, sería para cultivar el suelo; y ésta es la carrera que yo preferiría”, ha 

escrito y reiterado en muchas ocasiones. 

En dos años completó una plantación con 85.000 viñas y frutales. Construyó 

bodegas, molino, casas y cercó potreros. Producía papas, trigo y pasto. De 

manera tal, que Bernardo, el estudiante de Lima, el pupilo de Richmond y el 

especial dependiente a mérito de Nicolás Cruz, había comenzado de nuevo a ser 

chileno, hacendado, huaso, en fin, todo lo necesario para una vida muy cómoda, 

como todo un señor terrateniente y hombre de influyente situación. 

Es elegido alcalde y corregidor de Chillán, en 1806; miembro de su Cabildo; 

Subdelegado de Laja; inicia una relación frecuente y estrecha con las autoridades 

de Concepción, especialmente con Juan Martínez de Rozas. Mantiene una 

correspondencia secreta, pero activa con Buenos Aires y Santiago; se prepara 

para intervenir en el momento oportuno, para acometer la empresa revolucionaria 

sin riesgo de fracaso, por intempestiva o aislada. 

En su análisis para determinar las características de los actores y las 

situaciones regionales y vecinales, que estaban en desarrollo, pudo concluir que 

su situación política y personal era de selección y excepcional, no sólo en Chile. 

También percibía una solidaridad revolucionaria americana y que era necesaria 

una conspiración militar para combatir las fuerzas que España mantenía en las 

fronteras del Biobío, con ello se podría ejecutar de un solo golpe la revolución de 

Chile. 

Las insurrecciones de mayo y julio de 1810, producen la caída del Gobernador, 

Brigadier Francisco Antonio García Carrasco. Se nombra en su reemplazo al 

Brigadier, Mateo de Toro y Zambrano, Conde de la Conquista, quien autorizó la 

celebración de un Cabildo Abierto el 18 de septiembre. Se conformó la Primera 

Junta de Gobierno Nacional. El 2 de diciembre la Junta, por medio de un decreto, 

da al ejército una nueva organización, dando origen al primer Ejército Nacional, y 

se toman las medidas necesarias para la obtención de armas. La adquisición de 

armamento y el plan de defensa del reino, no estaban dirigidos contra España, ni 

392


contra el Virrey del Perú. Tanto la Junta como el Cabildo defendían la soberanía 

de Fernando VII frente a una eventual invasión de Napoleón y de los permanentes 

corsarios. Pero muy pronto se definió el claro deseo de los criollos de su autonomía 

definitiva, destacándose José Antonio Rojas en Santiago y Bernardo O’Higgins 

en Concepción, como partidarios resueltos de la Independencia absoluta de su 

patria. 

Bernardo O’Higgins toma la iniciativa de reclutar, organizar y armar milicianos 

de Caballería en la zona de La Laja, con la intención de proteger la naciente 

revolución; la Junta de Gobierno le confiere el grado de Teniente Coronel de 

Milicias. Este hecho, al parecer, tiene especial relación con los “Consejos de un 

viejo sudamericano, un joven compatriota al regresar de Inglaterra a su país”. 

Son una serie de indicaciones reservadas, que hizo Miranda a O’Higgins, de los 

párrafos pertinentes, recordemos lo siguiente: “No teniendo sino muy imperfectas 

ideas del país que habitáis, no puedo daros mi opinión sobre la educación, 

conocimientos y carácter de vuestros compatriotas, pero a juzgar por su mayor 

distancia del viejo mundo, los creería los más ignorantes y los más preocupados. 

En mi larga conexión con Sudamérica, sois el único chileno que he tratado, y 

por consiguiente no conozco más de aquel país que lo que dice su historia poco 

publicada, y que lo presenta bajo luces tan favorables. Por los hechos referidos 

en esa historia esperaría mucho de vuestros campesinos, particularmente del sur, 

donde, si no me engaño, intentáis establecer vuestra residencia. Sus guerras con 

sus vecinos (mapuches), deben hacerlos aptos para las armas, mientras que la 

carencia de un pueblo libre debe traer a sus espíritus la idea de la libertad y de la 

independencia”. 

Nuestro prócer no tenía los conocimientos adecuados que le permitieran el 

mando y la instrucción de Unidades Militares. Por ello, escribe al coronel Juan 

Mackenna, irlandés, partidario de los patriotas y subordinado de Don Ambrosio 

O’Higgins, solicitándole su cooperación y consejos en el arte de la conducción 

militar, convirtiéndose en aprendiz de aquel soldado. Leamos un párrafo de esta 

carta: 

Mi ambición al solicitar vuestro auxilio está basada en la escasez de mis 

disposiciones y luces en el arte de la guerra, y en la necesidad que tengo de los 

consejos y experiencias de un oficial de vuestra reputación y de vuestros talentos. 

Y me anima en la esperanza de conseguir vuestra cooperación el recuerdo de 

la ardiente amistad que profesasteis a mi padre, y estáis dispuesto sin duda a 

continuar en su hijo”. 

El coronel Juan Mackenna da respuesta a su carta, donde le asegura que, si 

había de caberle la honra de ser su maestro en el arte de la guerra, no le faltaría 

ocasión en los venideros tiempos de la lucha para ofrecerle lecciones prácticas, 

aprovechando a la vez su fruto y su gloria, si habían de ser afortunados. Y por 

último, concluía haciéndole varias indicaciones de mínimos detalles sobre la 

manera cómo debía ejercitarse en la táctica. Siendo, en su concepto, el mejor 

medio el de comenzar por el manejo manual de las armas, ejercitándose 

diariamente con un sargento instructor. Hasta ser capaz de mandar una pequeña 

unidad, luego una compañía, un escuadrón, un regimiento, divisiones y por fin el 

393


ejército; según las diferentes escalas de la estrategia moderna, completamente 

variada, en su concepto, por Pichegrú y Bonaparte. 

Este importante trabajo coloca a Mackenna, a los ojos de su inteligente amigo, 

a la altura misma de aquel genio que le había dictado los primeros pensamientos 

de la revolución. “A Miranda, dirá O’Higgins, debo la primera inspiración que me 

lanzó en la carrera de la revolución para salvar a mi patria; pero a Mackenna 

soy deudor de aquellos conocimientos sin los que esa inspiración habría sido un 

vano deseo. A los consejos que él me diera, no sólo en el campo, sino en el 

gabinete, debo mucho de lo que he hecho”. Recordemos que O’Higgins, expresó 

en muchas oportunidades: “Antes de vencer a mis enemigos, aprendí a vencerme 

a mí mismo”. 

El parlamentarismo británico sedujo a nuestro joven patriota, llevándolo a 

convencer a Martínez de Rozas para que la Junta, convocara a la elección de un 

“Congreso Nacional”, y propusiera la “libertad de comercio”. Lamentablemente, los 

chilenos no contaban, en esa época, con la capacidad y discernimiento legislativo 

necesario, para entender la dinámica de un Congreso. Se enfrentan los partidos 

políticos; hay tensión en el ambiente; se produce la conspiración realista del 1º de 

abril de 1811, donde el coronel español Tomás de Figueroa salió a la plaza con 

tropas; la defensa patriota la organizó el coronel Juan de Dios Vial, sofocando el 

motín; el oficial realista es juzgado y fusilado. 

El 29 julio arriba a Valparaíso José Miguel Carrera, llega a la capital en 

momentos de mayor consternación política; pero, su ojo rápido le reveló la 

inminencia del peligro y su ambición le descubrió los anchos horizontes de gloria 

y de poder ofrecidos a la audacia. 

El 4 de septiembre, apoyado por sus hermanos, que tenían mando en la tropa 

acantonada en Santiago, Carrera interviene por las armas y nombra una nueva 

Junta de Gobierno, integrada entre otros por Rozas y Mackenna. O’Higgins 

continuó en el Congreso, y junto a Rozas ejercen una autoridad fuerte en 

Concepción. Carrera, ya con el grado de coronel y en nombre de la guarnición 

de Santiago, disuelve por segunda vez la Junta de Gobierno, forma una nueva, 

con representantes de las principales provincias: Por Santiago José Miguel 

Carrera, por Concepción Juan Martínez de Rozas, por Coquimbo Gaspar Marín. 

El 2 de diciembre Carrera disuelve el Congreso, le pide ayuda a O’Higgins para 

un pacífico entendimiento con la Junta de Concepción. Se elabora un tratado 

de 24 artículos, donde se establecen normas políticas para gobernar al país, en 

espera de la aprobación de una Constitución. O’Higgins mantuvo siempre un 

especial ascendiente en las instituciones de Concepción, gracias a ello todas 

las controversias entre Carrera y Rozas se resuelven pacíficamente, evitando un 

quiebre político mayor. 

El coronel Pedro Benavente disuelve la Junta de Concepción, y asume como 

gobernador-intendente dependiendo del gobierno central de Santiago, al mando 

de Carrera. Martínez de Rozas es desterrado a Mendoza, donde fallece. O’Higgins 

decepcionado se retira a su hacienda Las Canteras. Enferma y se recupera; siente 

deseos de abandonar la patria y dirigirse a orillas del Plata; pero, se escuchó el 

tronar del cañón, el 26 de marzo de 1813, ¡Pareja desembarcaba en San Vicente 

con una expedición realista! 

394


José Antonio Pareja desembarca en Chiloé con un cuadro de oficiales, 

sargentos y cabos, para reclutar, instruir y organizar tropas, con las que 

enfrentaría a los patriotas. Recluta soldados en Ancud y Valdivia; el 28 de marzo 

toma las ciudades de Talcahuano y Concepción; el 15 de abril entró en Chillán, 

logra reunir una fuerza de 6.000 hombres. Carrera, con la aprobación del Senado, 

se constituyó en Comandante en Jefe, con amplios poderes para movilizar un 

ejército; reúne alrededor de 4.000 hombres, deficientemente armados, equipados 

e instruidos, al no contar con oficiales idóneos y con experiencia. Concentra su 

ejército en Cancha Rayada, lugar cercano a Talca. O’Higgins se traslada desde 

su hacienda a Talca, reuniéndose con Carrera y aceptando su mando. 

El brigadier Pareja había adelantado milicias en dirección al Maule; Carrera 

se desprende de su escolta y se la entrega a O’Higgins quien se ofrece para ir 

a batir una de esas fracciones adelantadas, la columna de caballería realista en 

Linares. 

En la mañana del 7 de abril cayó por sorpresa sobre ella, tomando prisionero 

a su comandante y soldados. En Linares, O’Higgins había obtenido la primera 

victoria contra las armas españolas. Esta acción se debió a su coraje y correcta 

disposición de sus medios. Por el éxito fue ascendido a coronel de Ejército. 

O’Higgins se conquistó la reputación de “intrépido oficial”. Destaca después en 

Yerbas Buenas, al mantener un hostigamiento permanente a las tropas realistas; 

en San Carlos por su decidido avance; en Los Ángeles, sable en mano, el 27 de 

mayo, reduce a sus defensores. Participa con las fuerzas patriotas en el asedio 

a Juan Francisco Sánchez, en Chillán, situación que pudo haber sido exitosa, 

pero por la impericia del joven general Carrera, desbarató todas las ventajas 

conseguidas. O’Higgins, ejemplo de arrojo en los combates de Tejar, Lajuelas, 

y el Maipón. Enfrentará a las fuerzas de Elorreaga en Huilquelemo, Quilacoya y 

Gomero. Recupera Yumbel y Rere. 

El fracaso del sitio de Chillán, trae el descrédito de Carrera. O’Higgins ya es 

recordado por su bravura, digna de renombre por sus hazañas en Linares y Los 

Ángeles. 

El 17 de octubre de 1813, O’Higgins y Carrera concentran sus fuerzas en la 

ribera sur del Itata. El vado “El Roble” lo protege O’Higgins; a tres kilómetros, 

se encuentra José Miguel Carrera. La sagacidad y la audacia del comandante 

español Elorreaga, son sus cartas maestras. Al amanecer ataca el campamento 

de Carrera, quien es herido a lanza en un costado y debió lanzarse al río a fin 

de salvar su vida, luego se dirige al campamento de su hermano Juan José. 

Simultáneamente es atacado O’Higgins, pero su espíritu se agiganta. Toma el fusil 

de un soldado que cae junto a él, y arenga a sus huestes: ¡VIVIR CON HONOR 

O MORIR CON GLORIA, EL QUE SEA VALIENTE, SÍGAME! La tropa enardecida 

cala bayoneta y le sigue para enfrentar al enemigo. Su caballo es derribado. 

O’Higgins, de pie y herido en un muslo, continúa dirigiendo a sus soldados, pese 

al fragor del combate. La sorpresa y la derrota se convierten en victoria. Carrera 

se presenta a salvo y herido, al igual que O’Higgins; existe alegría por el triunfo. 

Carrera, con nobleza que le honra, informa a la Junta de Gobierno: 

395


“No puedo dejar en silencio el justo elogio que tan dignamente se merece el 

citado O’Higgins, a quien debe contar Vuestra Excelencia por el primer soldado 

capaz en sí solo de reconcentrar y unir heroicamente el mérito de glorias y triunfos 

del Estado Chileno.” 

La junta de Gobierno, que se había trasladado a Talca, para estar cerca de 

las operaciones, resuelve pedir a Carrera la renuncia al mando del Ejército; 

proponiendo en su reemplazo a O’Higgins. Inicialmente éste no acepta, pero una 

carta de su amigo Mackenna lo convence. El 9 de diciembre de 1813 el nuevo 

general en jefe del Ejército, jura ante la Junta de Gobierno. 

El 31 de enero de 1814, desembarca una nueva fuerza realista en la bahía 

de Arauco, al mando del brigadier Gabino Gaínza; quien enfrentará a O’Higgins 

y a Mackenna en Quilo y Membrillar; ambos son triunfos patriotas. Se concentra 

y reorganiza el ejército patriota, al mando de O’Higgins. El 3 de mayo se firma 

el histórico Tratado de Lircay, tratado que produce especial agitación política en 

Santiago y en Lima. 

José Miguel Carrera y su hermano Luis, prisioneros de los realistas en Chillán, 

logran evadirse; se trasladan a la capital y aprovechando el descontento por el 

tratado de Lircay, organizan un golpe revolucionario, que tuvo como consecuencia 

la caída del gobierno; llaman a un cabildo abierto y nombran una nueva Junta, la 

que será presidida por Carrera. 

Toman prisionero al Director Supremo de La Lastra, y al brigadier Mackenna. 

Este hecho enfrentará a O’Higgins y los Carrera, el 26 de agosto en “Tres 

Acequias”. 

Se había consumado el mayor desatino que tuvo la Patria Vieja: O’Higgins y 

Carrera enfrentados en los campos de batalla al sur de Santiago. Lo que facilitaría 

el triunfo del nuevo general que el virrey enviaba para pacificar a Chiloé y volverlo 

a la obediencia del rey de España. 

El virrey Abascal en el Perú no aceptó el Tratado de Lircay firmado por Gaínza. 

En julio de 1814 le ordena, al mejor oficial que por entonces tenía el Virrey del 

Perú, coronel Mariano Osorio que, con un refuerzo considerable y un nuevo 

cuadro de oficiales, se traslade a Chile para asumir el mando del ejército realista 

y continuar la guerra, hasta la total sumisión de la Colonia. 

En agosto Osorio llega a Chillán, después de desembarcar en Talcahuano, 

donde somete a proceso a Gaínza. Reorganiza el ejército y marcha hacia el norte, 

en procura de la capital. 

Ante este ejército bien organizado, con buen armamento, disciplina y mando, 

se presentaba el ejército patriota falto de esos mismos atributos, con su oficialidad 

recelosa y sus generales aparentemente en armonía, pero en el fondo separados 

por un abismo de suspicacias y desconfianzas. 

Osorio no dejó alternativas: someterse voluntariamente deponiendo las armas, 

o ser reducidos a viva fuerza. En esta situación, la voluntad de los jefes patriotas 

se sobrepuso a las dificultades para organizar las tropas que debían, en un 

supremo esfuerzo, salvar a Chile de la furia realista. 

396


Había que ganar tiempo para preparar e instruir el ejército que defenderá la 

Patria. Había que mantener alejado al enemigo de la línea del Cachapoal y, si no 

era posible, detenerlo en la Angostura de Paine, principal accidente del terreno 

que se presentaba para una defensa que podía equilibrar la diferencia de ambos 

ejércitos, en medios e instrucción. Después, ya no quedaría más obstáculo que el 

río Maipo. Se formaron tres divisiones y se designó Comandante en Jefe a José 

Miguel Carrera. 

Carrera mantenía su opinión de hacerse fuerte en la Angostura de Paine; en 

cambio, O’Higgins estimaba más apropiado contener a Osorio, en el Cachapoal. 

Carrera no resuelve el tema en su condición de Comandante en Jefe y deja que el 

ejército marche hacia la zona de Rancagua. No resolvió establecer en Angostura 

una línea defensiva, donde el ejército se hiciera fuerte en caso de perderse el 

dispositivo del Cachapoal y Rancagua. 

Osorio, mediante el engaño, logra que la tercera división patriota no concurra 

al vado de Cortés, permaneciendo en Mostazal. Al amanecer del 1º de octubre, el 

ejército realista había logrado cruzar el río Cachapoal sin ser molestado. 

La penetración de la caballería realista, que sostuvo un encuentro con fuerzas 

del capitán Freire rechazándolo hacia Rancagua y la presencia de la infantería 

con su flanco apoyado en el río y marchando hacia la cuidad, amagaba por el 

oeste a los patriotas y cortaba su retirada al norte. Obligadas a encerrarse en 

Rancagua, las divisiones de Juan José Carrera y O’Higgins se hicieron fuertes en 

la plaza de la ciudad. 

Así, Osorio, obligó a los patriotas a aceptar la batalla en las peores condiciones, 

encerrándose en Rancagua, divididos y no haciéndose fuertes en la Angostura 

de Paine, donde el terreno le era favorable y podía presentar una adecuada 

resistencia. 

El 2 de octubre, O’Higgins solicita a Carrera la cooperación de la tercera 

división, quienes al ser rechazados por los realistas, se retiran hacia el norte. 

Al ver todo perdido y después de rechazar un sexto asalto de las tropas de 

Osorio, O’Higgins ordenó montar a los soldados que pudieran hacerlo. Con 

ellos formó una columna de poco más de 500 hombres, los que combatiendo 

atravesaron una de las trincheras, rechazando a las fuerzas realistas que 

pretendían cerrarles el paso. 

El ejército patriota dejaba de existir y sus restos cruzaron la cordillera de los 

Andes, en busca de refugio en la provincia trasandina de Mendoza. Junto a ese 

grupo, emigraron los Carrera, O’Higgins y más de tres mil personas que huían de 

la tiranía que significaba el regreso al poder del vencedor. 

San Martín, desde el día en que asumiera el comando del ejército argentino 

de Salta, comprendió que con los escasos recursos que podía disponer, era 

ilusorio pretender la conquista inmediata del Alto Perú. Se dedicó a planificar la 

organización de un ejército que, luego de liberar a Chile con la ayuda de sus 

nacionales, emprendiera la ofensiva contra la capital del virreinato a través 

del mar. Cuando llegó a Mendoza en septiembre de 1814, en su calidad de 

397


gobernador-intendente de Cuyo, tenía ya esbozado este plan en sus líneas 

fundamentales. 

Interesante es recordar que, en nota de 1º de abril de 1813 que comunicaba al 

Gobierno de Buenos Aires la invasión de Talcahuano por las fuerzas del brigadier 

Pareja, la junta chilena, propuso un proyecto de ataque contra el virreinato 

del Perú desde el Pacífico, por parte de tropas chilenas y argentinas, a fin de 

concluir con el dominio español. Los gobernantes de Buenos Aires lo acogieron 

con beneplácito. Pero, el hecho de estar combatiendo a los realistas en el norte, 

el gobierno argentino no estaba en condiciones de distraer elementos en el 

Pacífico. 

El manual de Historia Militar editado por la Escuela Superior de Guerra de 

Buenos Aires, expresa en su segunda parte, pág. 107, que el historiador Vicente 

Sierra, autor de la Historia de la Argentina, indica: “que la idea de atacar al Perú 

por Chile no sería exclusiva de San Martín, pues, existen antecedentes que 

indican que en 1812 el gobierno patriota de Chile lo había propuesto al primer 

Triunvirato”. 

O’Higgins es designado para formar parte del ejército que se formaba en 

Mendoza, con el grado de brigadier. Actuó preferentemente en la organización y 

entrenamiento de las tropas. 

Con sus conocimientos del territorio chileno, prestó a San Martín su 

colaboración estratégica para concebir el plan de liberación de Chile. La fuerza 

que se organiza en Mendoza y posteriormente en Plumerillo, recibió el nombre de 

“Ejército de los Andes”. 

Durante el desarrollo y entrenamiento en Plumerillo, O’Higgins estudia las obras 

que Hipólito Villegas le ha enviado desde Buenos Aires, permitiéndole repasar las 

maniobras de caballería, de infantería, el adecuado empleo de la artillería y el 

arte general de la guerra. 

O’Higgins concuerda con el plan de San Martín y propone una fuerza naval por 

el Pacífico para evitar una temprana retirada realista; la falta de fondos impide su 

materialización. 

El plan fue bien concebido, las divisiones cruzarían la cordillera por dos lugares 

diferentes; además de una agrupación por el paso El Planchón, para impedir 

el retiro de las fuerzas realistas entre Curicó y San Fernando y tres columnas 

menores por los pasos el Portillo, Coquimbo y Copiapó; con ello se buscaba 

rechazar a las fuerzas realistas que pudieran oponerse a las tropas del Ejército 

de los Andes. 

El imponente macizo andino era en esa época, como aún, hoy lo es, un 

formidable obstáculo tras el cual el gobierno de Marcó del Pont se sentía 

suficientemente seguro. Para cruzarlo se requería de la consideración de 

innumerables detalles de preparación, que iban desde las modalidades del 

entrenamiento y la aclimatación de los hombres, hasta la forma de transportar los 

armamentos pesados y los abastecimientos. 

La travesía de los Andes, se efectuaría conforme a lo planificado: 

398


El grueso, divisiones O’Higgins y Soler, más la retaguardia al mando de San 

Martín, cruzarían el macizo andino por el paso “Los Patos”, para caer sobre 

Putaendo; la división Las Heras lo haría por el paso de “Uspallata”, para llegar 

a Santa Rosa de los Andes. Ambas agrupaciones debían contar con la fuerza 

suficiente para rechazar a las fracciones que resguardaban los pasos o que 

pudiera Marcó del Pont enviar contra alguna de ellas, y sincronizar su avance 

de tal manera de alcanzar, al mismo tiempo, el valle del Aconcagua y ocupar 

simultáneamente San Felipe y Los Andes. 

El ejército, después del cruce de la cordillera, se reorganiza en Curimón. Las 

fuerzas realistas de San Felipe y Los Andes, son rechazadas y se retiran hacia 

Colina. 

San Martín dispone el avance del ejército, durante la noche del 11 de febrero, 

para alcanzar la cumbre de la Cuesta de Chacabuco y atacar a las fuerzas 

realistas al amanecer del día 12. Soler tomó el camino más largo, O’Higgins el 

más corto pero más accidentado. O’Higgins, llega primero a la cima, se enfrenta a 

300 soldados realistas; quienes ante la decidida acción patriota se retiran cuesta 

abajo. 

O’Higgins organiza su división, y en un segundo ataque, en una acción 

coordinada de su infantería y su caballería, logran romper el dispositivo adversario, 

iniciando éstos la retirada. 

Llegan las tropas de Soler y cooperan en la destrucción y desorganización del 

adversario. San Martín dispuso la persecución, pero esta fue “limitada”, y obtuvo 

escasos resultados. 

O’Higgins solicitó 1.000 hombres de la división Soler, para impedir que las 

derrotadas tropas, se trasladaran a Valparaíso. Su apreciación militar fue acertada, 

pero San Martín no autorizó esta acción. El no concretar esta persecución permitió, 

sin desearlo, que estas fuerzas se embarcaran y posteriormente volvieran a 

enfrentar a los patriotas; además, hizo posible la “guerra a muerte” apoyada por 

el alzamiento permanente de las tribus más belicosas de la Araucanía. 

Chacabuco debió ser la última batalla para liberar a Chile, por ser el hecho de 

armas más trascendental de América Latina, ya que gracias a ella pudo formarse 

la Escuadra Nacional, que conquistó las costas del Pacífico, y dejó aislado al 

virrey Pezuela en Lima; sin poder enviar refuerzos a Nueva Granada y Venezuela, 

permitiendo que Simón Bolívar pudiese realizar sus exitosas campañas. 

Recordemos aquellas palabras del prócer, en Chacabuco: 

“Este triunfo y cien más se harán insignificantes si no dominamos el mar”. 

Después de Chacabuco, O’Higgins fue designado Director Supremo por el 

Cabildo constituido para tal efecto, el 16 de febrero. 

Freire, que había cruzado la cordillera por el paso del Planchón, se encontraba 

desplegado en la línea del Maule, para impedir el paso de los realistas dispersos. Al 

tener conocimiento de la organización española en Talcahuano, solicitó refuerzos 

para impedir su fortificación. San Martín envía al coronel Juan Gregorio de las 

Heras con un grupo de refuerzo. En su avance hacia Concepción, Freire y Las 

399


Heras, enfrentan exitosamente en Curapaligue, a cinco kilómetros de Concepción 

el día 5 de abril, a las fuerzas realistas de Ordóñez. 

El 1º de mayo fueron avistados cuatro buques que se acercaban a Talcahuano; 

eran los transportes que, desde el Callao, conducían a los hombres escapados del 

campo de batalla de Chacabuco y venían en refuerzo de las tropas de Ordóñez 

en Talcahuano. Las tropas patriotas, al mando de Las Heras, resisten y rechazan 

un ataque realista en Cerro Gavilán, el 5 de mayo, con importantes pérdidas 

humanas y cuantioso material de guerra realista. 

Ante la imposibilidad de conquistar Talcahuano, O’Higgins, ordena ocupar 

el territorio al sur del Biobío, corrigiendo tardíamente el error de la campaña de 

1813. Freire invade la Araucanía, 27 de mayo (Arauco, Nacimiento y San Pedro). 

Vale la pena observar cómo, desde los tiempos de Valdivia, Arauco fue siempre 

una zona geográfica de importancia, desde el punto de vista militar; con puertos 

adecuados para el desembarco de tropas, refuerzos y apoyo logística; para el 

embarque de tropas y equipos en apoyo a la capital, vía Valparaíso. 

La zona de Cauquenes al Biobío se convirtió en territorio frecuentado por 

guerrilleros realistas apoyados por mapuches y salteadores, como la temible 

banda de José María Zapata y de José Antonio Pincheira, todos operaban en la 

retaguardia de las tropas patriotas. 

San Martín envía a O’Higgins al ingeniero militar Bacier D’Albe y al general 

Miguel Brayer, antiguos oficiales de los ejércitos imperiales de Napoleón. D’Albe, 

recibió la misión de levantar un plano de la zona Talcahuano-Concepción; Brayer 

fue nombrado Jefe del Estado Mayor. 

O’Higgins conforme al plan de Brayer, ejecuta el ataque a la fortificación realista 

de Talcahuano el día 5 de diciembre, a la una de la madrugada, acción patriota, 

que no tuvo éxito. Su fracaso, se debe al atraso con que se realizó; y la elección 

de un plan de ataque poco realizable. O’Higgins era de la idea de romper el frente 

por la zona más débil, pero se supeditó a la idea del general francés Brayer. 

San Martín, al tener noticias del traslado de Osorio con una nueva fuerza 

expedicionaria, desde Lima a Chile, resuelve colocar el ejército de Los Andes en 

las cercanías de Valparaíso, en Las Tablas; para impedir un desembarco; y que 

O’Higgins con el ejército patriota marche desde Concepción al norte y establezca 

una defensa en las cercanías de San Fernando. Así ambas divisiones, estaban 

en condiciones de reunirse en cuatro jornadas de marcha; por un desembarco en 

Valparaíso o un avance terrestre de Osorio desde el sur. 

La posibilidad que el éxito de la ofensiva española, pudiese motivar otro éxodo 

a Mendoza, y con el objeto de afianzar definitivamente la soberanía nacional, 

el 12 de febrero de 1818, se juró oficialmente la Independencia; ceremonia que 

debía haberse hecho antes y que los ajetreos de la guerra habían postergado. 

Nacía así, Chile al concierto de las naciones. El juramento se hizo en Talca y con 

la actual bandera. 

Osorio, sale de Concepción el 10 febrero, en dirección al norte. San Martín 

estaba empeñado en atraerlo al norte del Maule, a fin de aniquilarlo en las 

condiciones más ventajosas. 

400


El día 26 de febrero San Martín dispone el traslado de la división en Las Tablas 

hacia Rancagua. El 8 de marzo las dos divisiones están reunidas y en condiciones 

de batir a Osorio. Las tropas realistas, después de algunas acciones frente a los 

patriotas, ingresan a Talca. 

San Martín, O’Higgins y sus tropas, en la noche del 19 al 20 de marzo, se 

encuentran acampadas en Cancha Rayada. San Martín ha tomado una actitud 

característica, de esperar hasta que el enemigo hubiera decidido, para adoptar 

una solución definitiva, postergando la batalla final. 

Osorio ataca sorpresivamente el campamento patriota, se produce una 

desordenada retirada. O’Higgins es herido gravemente en un brazo. El ejército se 

reorganiza en la zona de Quechereguas, O’Higgins es atendido por un médico. 

Ya en San Fernando, San Martín informa al Gobierno del desastre de Cancha 

Rayada. 

Después de la derrota de Cancha Rayada, San Martín y O’Higgins empeñaron 

todos sus esfuerzos en reorganizar el ejército. En muy poco tiempo, sólo días, lo 

consiguieron, y así las fuerzas patriotas estaban ya concentradas y realizando 

instrucciones el 1º de abril, en la chacra de Ochagavía. 

Osorio advierte que su tropa en general estaba desmoralizada. Pese a ello 

continúa su marcha al norte, tras las divisiones patriotas. El día 4 de abril llegó a 

la hacienda Lo Espejo. 

Durante la noche del 4 al 5 los ejércitos se encontraban a una distancia de 

7 kilómetros. A las 11.30 de la mañana, en el lugar llamado Maipú, San Martín 

ordena a la artillería iniciar los fuegos de preparación; y que las divisiones den 

inicio al ataque sobre las fuerzas realistas. 

La situación fue absolutamente adversa a las tropas de Osorio, quien, dándose 

cuenta del desastre, emprendió la fuga en dirección a la costa. En los momentos 

que las últimas tropas realistas alcanzaban las casas de Lo Espejo, llegaba al 

campo de batalla Bernardo O’Higgins, Director Supremo, herido, no quiso dejar de 

participar en la acción, y reunió en Santiago las escasas fuerzas disponibles, más 

dos compañías de cadetes de la Escuela Militar; parte de sus tropas montadas 

pudieron participar en la última fase de la batalla. 

La victoria de Maipú afianzó los notables resultados de la batalla de Chacabuco. 

Llevó al convencimiento de los mandatarios y jefes realistas del Perú, Alto Perú 

y Nueva Granada que la emancipación era un hecho indiscutible. En cuanto a 

Chile, su independencia quedó afianzada para siempre. 

La falta de persecución tuvo sí, graves consecuencias. San Martín reincidió, 

como después de Chacabuco, en el error de no activar la persecución sacando 

de su victoria todos los resultados inmediatos. 

El 26 de mayo es asesinado Manuel Rodríguez. Un mes antes son fusilados 

en Mendoza los hermanos Juan José y Luis Carrera. José Miguel, será fusilado el 

4 de septiembre de 1821. 

O’Higgins, como gobernante manifestó su gran sentido de estadista y 

su ilustrado criterio. Su proyecto para Chile era de acuerdo con la doctrina 

401


republicana, alejando ideologías monárquicas que querían establecer en América 

otros próceres. Consideraba fundamental una ley constitucional, y dispuso su 

redacción, “La Constitución de Chile fue promulgada el 23 de octubre de 1818”; 

reemplazando al reglamento constitucional de 1812. 

Osorio, regresa a Lima, embarcándose junto a 689 soldados. Se concentran en 

el Perú las fuerzas españolas del Pacífico. Quedan en Chile, el coronel Montoya, 

Gobernador de Valdivia, y el coronel Quintanilla, gobernador de Chiloé. 

Inmediatamente después de la victoria de Maipú, el Director Supremo, 

O’Higgins, y el general San Martín, dedicaron sus esfuerzos para lograr la 

expedición que independizaría al Perú. 

El gobierno de Buenos Aires había prometido su aporte para la empresa, pero 

debido a la sublevación de los cuerpos que guarnecían San Juan y Arequito, no 

sólo no pudo cumplir con su aporte en dinero, sino que tuvo que hacer regresar a 

Mendoza a 1.253 hombres del Ejército de los Andes. 

Así, la expedición fue financiada enteramente por Chile. Las dotaciones fueron 

mayoritariamente chilenas; de los 4.642 soldados del Ejército Libertador del Perú, 

sólo 642 eran argentinos. 

El esfuerzo será de gran sacrificio, ya que había que afrontar simultáneamente 

una guerra en Arauco. El gobierno de O’Higgins, de común acuerdo con el 

Congreso dispone que San Martín y sus oficiales sean encolados en el ejército 

chileno y San Martín designado Comandante en Jefe de la Expedición. El 

Almirante Cochrane fue nombrado comandante de la Flota. 

La Expedición Libertadora marchó al Perú bajo bandera chilena y, no olvidemos, 

a bordo de la Escuadra Chilena. 

Desgraciadamente, la campaña libertadora del Perú, que tantos esfuerzos 

y sacrificios costara a Chile, no rindió los frutos esperados debido al deficiente 

ejercicio de “mando superior”. Tal es así, que la independencia del Perú quedó 

sellada por las fuerzas victoriosas del Libertador Simón Bolívar y del Mariscal 

Antonio José de Sucre, en las batallas de Junín (06 de agosto de 1824) y de 

Ayacucho (9 de diciembre de 1824). Los restos del Ejército Libertador, que 

regresaron a Chile después de 1822, eran sólo una séptima parte de los soldados 

que habían zarpado en 1820. 

El general San Martín sólo había logrado una libertad ficticia del Perú, ya que 

las fuerzas españolas se mantenían poderosas y amenazantes en la sierra y en 

la región sur. 

No obstante lo anterior, la contribución de Chile a la independencia del Perú, 

fue decisiva, al iniciarla en 1820 con el envío de la Expedición Libertadora. La 

escuadra que dominaba el mar, al terminar con la resistencia española en el 

océano; debilitó a los ejércitos realistas, quienes quedaron sin comunicaciones y 

sin la posibilidad de refuerzo. 

El Director Supremo, General Bernardo O’Higgins, que en su gobierno había 

efectuado grandes realizaciones militares que permitieron la independencia del 

país, que había organizado la república, promulgando la ley constitucional de 

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1818; que había formado las fuerzas armadas; que había dirigido con prudencia 

el poder político; que había trabajado por el bienestar ciudadano; que había 

prestigiado la nación en el exterior, se encontró sin embargo, combatiendo con 

una oposición a su gobierno desde mediados de 1821. 

Situación política que lo lleva a escuchar a una asamblea popular donde le 

solicitan su renuncia, para evitar una guerra civil. O’Higgins, en un gesto de 

patriotismo y prudencia, renuncia a su cargo político; su abdicación es un hecho 

que enaltece gloriosamente su memoria, siendo un testimonio de reciedumbre 

moral inigualable. 

El Director Supremo general Freire, con fecha 2 de julio entrega la autorización 

solicitada por O’Higgins, para trasladarse a Irlanda. El prócer cambia de parecer 

y decide residir en Perú. Se embarca en la corbeta de guerra inglesa Fly, en 

compañía de su madre, hermana e hijo. Zarpa de Valparaíso el día 17 de julio de 

1823. 

En febrero de 1824, O’Higgins hizo gestiones para ingresar al ejército de 

Bolívar, esta petición no llegó a materializarse. En enero de 1825 ocupa la 

hacienda de Montalván. 

Freire, al tener conocimiento de opiniones para nombrar a O’Higgins 

comandante de la futura expedición sobre Chiloé, dicta un decreto dándolo de 

baja del escalafón del ejército. 

En 1836 Chile declaró la guerra a la confederación Perú-Boliviana. El general 

Bulnes venció al jefe de la confederación, general boliviano Andrés de Santa Cruz, 

en la batalla de Yungay, el 20 de enero de 1839. El Presidente de Chile, Joaquín 

Prieto, el 25 de junio de 1839, resuelve lo siguiente: “El antiguo Capitán General 

del Ejército de Chile don Bernardo O’Higgins queda restituido a esta graduación 

con la antigüedad correspondiente a su primitivo nombramiento”. 

En su permanente preocupación por su patria escribe al Ministro Relaciones 

Exteriores de Chile, insinuando la colonización del estrecho de Magallanes, el 

establecimiento de un servicio de vapores y la trascendental idea de defender 

aquel territorio de hostilidades extranjeras. 

El presidente Manuel Bulnes, consciente de las advertencias de O’Higgins, envió 

al estrecho de Magallanes, en 1843, la goleta Ancud, con la misión de reafirmar 

los derechos de Chile en el apartado territorio. El comandante de la Ancud con 

sus hombres construyó un fuerte en tierra que denominó “Bulnes”. Se cumplía una 

misión emanada de esa permanente “visión Geopolítica” de O’Higgins, apenas 

dos meses y días después de su petición. Recordemos a sus descubridores y 

exploradores, quienes con sus experiencias e informes, despertaron en el Prócer 

el gran interés por la zona austral: Hernando de Magallanes en 1520; Francisco 

de Ullóa en 1553; Juan Ladrillero en 1558 y Francis Drake en 1578. 

Bernardo O’Higgins falleció en Lima, el 24 de octubre de 1842, en los días que 

preparaba su regreso a Chile. 

En 1868, el gobierno de Chile decretó la repatriación de sus restos. Zarpa desde 

Valparaíso una escuadrilla al mando del almirante Blanco Encalada, compuesta 

403


por las corbetas O’Higgins, Chacabuco y Esmeralda; con la misión de trasladar 

los restos mortales del prócer a su tierra natal. 

Se produce un extraño y singular hecho, El Huáscar despide a la Esmeralda 

en el Callao. Y la Independencia la escolta hasta Valparaíso. En nuestras naves, 

junto al creador de nuestra Armada, están: Prat, Mutilla y Manterola, quienes, 

diez años más tarde, caerán inmolados sobre el Huáscar y la Esmeralda. Están 

también: Condell y Orella, que decidirán en Punta Gruesa, con su arrojo y su 

audacia, la contienda del Pacífico, al hundir con sus cañones y su ingenio, a la 

Independencia, la más poderosa de las naves del Perú. O’Higgins, el ciudadano 

de América, los une a su memoria su paso por Iquique, el prodigioso escenario de 

la más grande epopeya naval. 

El día 13 de enero de 1869, los restos son colocados en el mausoleo del 

Cementerio General de Santiago. Es oportuno recordar las palabras del legendario 

almirante Blanco Encalada, pronunciadas en recuerdo y agradecimiento al 

Prócer: 

¡Y yo! Qué os diré, sagradas reliquias del jefe, del compañero, del amigo! Si 

desde la alta mansión te es dado ver mi corazón, encontrarás en él grabadas las 

más profundas impresiones de gratitud a ti, que pusiste en mis jóvenes manos la 

primera escuadra y me colocasteis en el glorioso camino de servir a mi Patria... 

“Faltaba por término de mi larga carrera, traer tus preciosos restos al seno del 

magnánimo pueblo que, entusiasta, te proclama su primer ciudadano...” 

Finalmente, podemos concluir de la vida militar de nuestro prócer, lo siguiente: 

- Con profunda honestidad reconoce su falta de formación militar. Siente el 

valor que tiene la Ciencia Militar para la consecución de los fines en que 

está empeñado. 

- A los primeros clamores de libertad e independencia, se alista bajo las 

banderas de su Patria, reemplazando el arado por la espada, y organiza a 

los inquilinos de su hacienda para el combate. 

- De Mackenna aprende el valor de la ofensiva aplicada en el momento 

oportuno, para el logro de la decisión. 

- La estrategia militar del Ejército Libertador, atribuida a San Martín, tiene 

una clara filiación con los planes militares de Miranda en su época de 

Londres: necesidad de pasar Los Andes y de asegurar un gobierno estable 

en Chile, que sirviera luego como cabeza de puente para liberar al Perú, 

controlando previamente la costa del Pacífico mediante una armada. Nos 

queda claro que O’Higgins, el más estrecho colaborador militar de San 

Martín, tuvo una influencia importante sobre la planificación estratégica, 

para la independencia de Chile y de América, producto del adoctrinamiento 

de Miranda. 

- La batalla de Chacabuco, demostró el temple de O’Higgins al proceder bajo 

su responsabilidad. El triunfo fue el resultado de la acción de las fuerzas 

de nuestro prócer, sin dejar de reconocer la concepción estratégica de San 

Martín, al, idear la operación. 

404


- En su análisis militar, en Chacabuco, concluyó que se debía ejecutar una 

persecución, hasta el logro de la desintegración total del ejército realista. 

A fin de impedir que las fuerzas españolas se reorganizaran en el sur y 

se hiciesen fuertes en Talcahuano. Su proposición fue desestimada y los 

hechos le dieron la razón. La desestimación de la acertada proposición del 

Libertador, hizo necesarias la batalla de Maipú y la ocupación de Valdivia, 

con un elevado costo, agravado por la mala situación económica del país. 

- Desde que fue designado Director Supremo de la Nación, sus esfuerzos 

se dirigieron a organizar la Primera Escuadra Nacional. “Este triunfo y cien 

más se harán insignificantes si no dominamos el mar”; expresó, después de 

la victoria de Chacabuco. 

- Nadie podrá quitar a O’Higgins el mérito de haber sido, entre los próceres de 

América, uno de los pocos cuyas ideas republicanas fueron inquebrantables. 

Oponiéndose tenazmente a cualquier sistema monárquico de gobierno, tan 

en boga entre los líderes americanos de ese momento. 

- Consciente de que nada servía la Independencia de su Patria, si las fuerzas 

chileno-argentinas no terminaban con el poder realista en el virreinato, 

organizó la Expedición Libertadora del Perú. O’Higgins y el Senado Consulto 

asumieron que ésta fuese organizada y financiada exclusivamente por 

Chile. 

- Reiteradamente el Libertador escribió a Prieto y Bulnes recomendándoles 

ocupar el estrecho de Magallanes, para afianzar el dominio de Chile sobre 

la zona austral y que lo hiciera con chicotes, que eran los más adecuados 

para resistir la dureza del clima patagónico. 

- Hizo de Chile un Estado libre, independiente y soberano; con plena aptitud 

para adoptar la forma de gobierno que más convenga a sus intereses. 

- En él, se debe admirar y presentar como un ejemplo heroico y glorioso, 

su invencible fuerza de voluntad y de carácter en todos los contrastes de 

su vida. Más que todo, ese afán modesto, pero insuperable, para formarse 

como militar por amor exclusivo a su Patria; llegando a ser un general 

glorioso e ilustre. 

Su visión geopolítica fue equilibrada y si alguna vez cometió errores en 

la conducción política o militar, citemos los casos de Napoleón y otros que 

los cometieron en grande. Mas él, siempre fue un soldado, que luchó por la 

independencia absoluta de su patria. No olvidemos su heroica exclamación, en 

medio del fragor de la contienda: “A mí, soldados. Vivir con honor o morir con 

gloria”. Así, se refleja su existencia y su paso a la eternidad. 

405


406


LORD COCHRANE Y LA ARMADA DE CHILE 

Cdte. Gustavo Jordán A. 1 

En el año 1795, cuando Bernardo O’Higgins pisó por primera vez suelo inglés, 

Lord Cochrane tenía 20 años de edad y ostentaba el grado de Guardiamarina. 

O’Higgins se radicó en Richmond, un pueblo ubicado aproximadamente 

a 10 millas del centro de Londres, en la ribera norte del río Támesis. El joven 

chileno tuvo la oportunidad de estudiar por más de cuatro años en Inglaterra. En 

este tiempo conoció los grandes avances científicos y técnicos que se estaban 

produciendo en este país, a causa de la revolución industrial, la importancia de 

Gran Bretaña en el concierto mundial y también la relevancia del poder naval en 

la guerra que estaba desarrollando en contra de Francia y España. 

En el año 1799 O’Higgins resuelve abandonar Inglaterra, regresa a la península 

y se embarca para Chile a principios del año 1800, en un buque mercante español, 

el que fue capturado a los pocos días por un buque de guerra británico. O’Higgins, 

con sus conocimientos del idioma inglés, se desempeñó como traductor durante la 

navegación de regreso a Gilbraltar. Ese mismo año, Lord Cochrane fue ascendido 

por méritos y se le asignó el mando de un pequeño bergantín, llamado “Speedy” 

que operaría en el Mediterráneo. 

En los casi 14 meses que duró el mando de Cochrane en el “Speedy”, capturó 

más de 33 buques enemigos y 533 prisioneros, cifra que era casi diez veces su 

dotación. La acción más importante de esta campaña fue la captura de la fragata 

española “Gamo” de casi cuatro veces su desplazamiento y de una potencia 

artillera sustancialmente superior a la del “Speedy”. Esta sola acción, la cual aún 

causa el asombro de los historiadores, podría haber hecho pasar a Cochrane 

a los anales de la historia naval a nivel mundial. Contaba el joven Comandante 

Cochrane con sólo 25 años de edad cuando ya era famoso dentro de la Armada 

Británica 2 . En 1801 el “Speedy” fue capturado en un combate contra 3 buques 

de guerra franceses. Cochrane fue apresado y luego fue canjeado por otros 

prisioneros, quedando en libertad. 

En el año 1804, recibe el mando de la fragata “Pallas”, de 32 cañones, 

destinada a operar en el área de las islas Azores. Durante el ejercicio del mando 

de esta unidad, atacó y destruyó a la fragata “Minerva”, de 44 cañones, capturó 

una corbeta de 16 cañones y destruyó otras tres unidades de combate que 

contaban en total con 72 cañones, junto con capturar una cantidad impresionante 

1 Jefe de la Misión Naval de Chile ante el Reino Unido de Gran Bretaña. 

2 “Lord Thomas Alexander Cochrane”, Francisco Le Dantec, Revista de Marina, mayo-junio, 1968, p. 288. 

407


de buques mercantes enemigos 3 . Fue tan grande su éxito capturando buques 

enemigos que su buque empezó a ser llamado el “Golden Pallas”, debido a la 

cantidad de dinero que su dotación recibió por concepto de pago de presas. 

Un marinero de la fragata “Pallas” ganaba más dinero que cualquier otro Oficial 

subalterno de la Armada Británica 4 . 

Al año siguiente se produce la batalla de Trafalgar, donde el Almirante británico 

Nelson logra una victoria de grandes implicancias política y estratégicas, al 

derrotar a la Escuadra combinada franco-española. Este hecho también surte 

efectos en Sudamérica, debido a que los españoles perdieron en esta batalla 

lo mejor de su flota oceánica de superficie y no se recuperarían más de este 

desastre naval. 

Este mismo año 1805 Cochrane se presentó como candidato al Parlamento 

por el distrito de Honiton, siendo derrotado en la elección. En 1806 postula 

nuevamente y es elegido como miembro del Parlamento por ese distrito. Al año 

siguiente, en 1807, es elegido por el centro de Londres. En el ejercicio de sus 

funciones en la Cámara de los Comunes fue un infatigable crítico de los abusos e 

irregularidades en el orden naval, por lo que, en varias oportunidades, causó más 

de un sobresalto al Almirantazgo británico. 

Estando el mando del navío “Imperiouse”, operando en el Mediterráneo, fue 

llamado por el Fisrt Sea Lord de la época con el objeto analizar la posibilidad de 

efectuar un ataque de un alto riesgo contra la Escuadra francesa del Atlántico, la 

que se encontraba fondeada en el puerto de Aix. Cochrane aceptó de inmediato la 

propuesta, pero hizo presente que su jefe en la escena de la acción, el almirante 

Gambier, no estaría de acuerdo con la tarea encomendada y esto le originaría 

problemas en el futuro, como efectivamente ocurrió más tarde. 

Entre el 11 al 13 de abril de 1809, efectuó Lord Cochrane un ataque nocturno 

liderado personalmente por él, con varios brulotes cargados de explosivos sobre 

los 11 navíos y 4 fragatas francesas fondeadas en la bahía de Aix. El caos, el 

estupor, el pánico de los franceses fue indescriptible, logrando destruir la mitad 

de la flota enemiga, sin haber perdido un solo hombre en la acción 5 . El almirante 

Gambier no concurrió a apoyar a Cochrane, razón por la cual éste se opuso en el 

Parlamento a que se le otorgara un condecoración por esta acción. 

Por la increíble muestra de heroísmo en la batalla de Aix, Cochrane fue 

condecorado con la “orden del baño”, la condecoración británica más importante 

existente por actos de valor. Comentando lo ocurrido en la batalla de Aix, Napoleón 

expresó. “Cochrane habría podido capturar todos los buques franceses en Aix si, 

como era debido, hubiera sido ayudado por el Almirante Inglés” 6 . 

El año 1812 se casó con Catherine Cobbett, quien le daría dos hijos y lo 

acompañaría a Chile posteriormente. 

3 “Lord Cochrane, su personalidad y algunos rasgos de su gesta”, Juan Luis Stegmar, Revista de Marina, 

enero-febrero, 1973, p. 39 

4 “A 200 años del nacimiento de Cochrane”, Revista Marina, noviembre-diciembre, 1975, p. 655. 

5 Ibídem, p. 657. 

6 Lord Cochrane, su personalidad, ob. cit., p. 657. 

408


Al año siguiente recibe el mando del navío inglés “Tonant”, pero antes de 

hacerse a la mar en esta unidad, se desencadenó un escándalo financiero en la 

bolsa de valores de Londres. En él fue injustamente involucrado, motivo por el 

cual fue condenado a un año de prisión, siendo expulsado de la Cámara de los 

Comunes y de la Armada británica. El Rey de Inglaterra le retiró la condecoración 

otorgada por la batalla de Aix y su escudo de Lord fue retirado de Westminster. El 

pueblo estimó que era inocente de los cargos que se le achacaban y fue reelecto 

como miembro del Parlamento, representando a Westminster, estando aún en la 

cárcel 7 . 

En 1817, Lord Cochrane publicó un aviso en uno de los principales periódicos de 

Londres, informando que estaba disponible para ir a servir a las nuevas naciones 

que se estaban independizando en Sudamérica. España le ofreció el mando de 

una escuadra, precisamente para ir a combatir a los rebeldes latinoamericanos. 

Venezuela le ofreció que se hiciera cargo de su naciente Armada. Chile, a través 

de su representante en Londres, le ofreció hacerse cargo de la naciente Escuadra 

Nacional. Cochrane, finalmente, resolvió aceptar la proposición chilena. 

Así comunicó este hecho Álvarez de Condarco, el representante del Gobierno 

de Chile en Londres, a O’Higgins: “tengo la alta satisfacción de informar a vuestra 

señoría, que Lord Cochrane, uno de los más acreditados y quizás el más valiente 

de los marinos de Gran Bretaña, está enteramente resuelto pasar a Chile, para 

dirigir nuestra marina y cooperar decididamente con la independencia de esta 

parte de América. Este personaje es altamente recomendable, no sólo por los 

principios liberales que ha sostenido siempre la causa del pueblo inglés en el 

Parlamento, sino porque posee un carácter superior a toda pretensión ambiciosa. 

La sola reputación de Cochrane será el terror de España y la columna vertebral 

de la libertad de América” 8 . 

Cochrane vendió su casa en Londres y se embarcó destino a Chile, arribando 

a nuestro país el 28 de noviembre de 1818. Contaba a la sazón con 42 años de 

edad, había sido expulsado de la Armada británica, era miembro del Parlamento 

en representación del distrito de Westminster y ejercía desde esta función una 

violenta oposición al gobierno del momento. Su abuelo materno había sido una 

marino distinguido, su tío, Alexander Cochrane, lo era en su tiempo, y su padre 

había llegado hasta el grado de Teniente de la Armada británica, retirándose para 

dedicarse a sus investigaciones científicas 9 . 

Casi nueve meses antes, el Ejército realista había sido finalmente derrotado 

por el Ejército combinado argentino-chileno en la batalla de Maipú, el 5 de abril de 

1818. 

El 12 de febrero de 1817, después del éxito de la batalla de Chacabuco 

O’Higgins había pronunciado su célebre frase “este triunfo y 100 más serán 

inútiles si no dominamos el mar” 10 . 

7 Enrique Bunster “Lord Cochrane”, Editorial Zig-Zag, Chile 1942, p. 24. 

8 Lord Cochrane, su personalidad, ob. cit., p. 39. 

9 “A 200 años”, ob. cit., p. 654. 

10 Ibídem, p. 653. 

409


Cochrane tenía el firme propósito de fijar su residencia en Chile, es así como 

el 9 de diciembre recibe su carta de ciudadanía chilena firmada personalmente 

por Bernardo O’Higgins 11 . 

Su arribo a Valparaíso causó gran alborozo en la, sociedad chilena, concurrió 

a recibirlo al puerto Bernardo O’Higgins en persona. Lord Cochrane, en compañía 

de su esposa recibieron numerosos homenajes, cenas, etc., hasta un punto tal que 

tuvo que pedir que lo excusaran de continuar participando en estas actividades, 

manifestando a las autoridades chilenas que tenía una tarea ardua que cumplir 

con la Escuadra. 

El 23 de diciembre, habiendo sido previamente investido con el grado de 

Vicealmirante de la República de Chile, motivo por el cual se convirtió en el primer 

Almirante nacionalizado chileno. Lord Thomas Alexander Cochrane asumió 

el mando de la Escuadra nacional, compuesta por un navío, dos fragatas, una 

corbeta y tres bergantines, portando 234 cañones, tripulada por un total de 1.227 

hombres, de los cuales 147 eran extranjeros y 1.080 chilenos 12 .Como subjefe de 

la Escuadra e investido con grado de Contraalmirante asumió Blanco Encalada. 

Interpretando el sentir de los chilenos, Juan Egaña escribió “Lord Cochrane en 

nuestro suelo era el presagio de la victoria y el sello de nuestra independencia” 13 . 

A las pocas semanas de asumir el mando de la Escuadra, Cochrane tomó 

una iniciativa estratégica y zarpó destino al Perú con el objeto de establecer un 

bloqueo al puerto de Callao, evaluar el grado de sus defensas y obtener de primera 

fuente el grado de desafección de los peruanos respecto de los españoles. Como 

resultado de esta primera campaña marítima en el Perú, los buques españoles se 

refugiaron bajo las fortalezas del Callao, perdiendo el control del mar. 

Regresó a Valparaíso e inició los preparativos de una segunda operación 

hacía las costas del Perú. En esta oportunidad se intentaría atacar a los buques 

españoles con cohetes “congrave”, los que fueron fabricados especialmente con 

este propósito. El ataque planificado falló por la mala calidad de los cohetes. 

Consciente de que no había tenido ningún éxito durante el año 1819, de regreso 

de su segunda expedición al Perú, a bordo de la fragata “O’Higgins”, resolvió 

dirigirse directamente a Valdivia, donde, utilizando todo tipo de estratagemas, 

logró engañar temporalmente a los españoles a cargo de las fortalezas de ese 

lugar, capturar un pequeño buque español y lograr obtener las cartas náuticas 

que le permitirían navegar por aquellas aguas bastantes peligrosas. 

Valdivia era la base logística española más importante existente en Sudamérica 

al sur de Callao, era el punto más fortificado y de más difícil acceso del territorio 

chileno y el más inexpugnable en la costa sur del océano Pacífico. El paso de 

Corral a Valdivia debía hacerse remontando el río bajo los fuegos cruzados de 

15 fuertes repletos de artillería. Estas imponentes fortalezas defensivas habían 

costado a la Corona española más de un millón de pesos de la época. Valdivia era 

11 Ibídem, p. 658. 

12 “Lord Cochrane”, Bunster, ob. cit., pp. 51-52. 

13 “A 200 años” ob. cit., p. 660. 

410


considerada, en síntesis, como el “Gilbraltar” de Sudamérica por lo inexpugnable 

de sus defensas 14 . 

Terminados los reconocimientos operativos de las fortalezas de Valdivia, 

Cochrane regresó a Talcahuano y le solicitó al General Ramón Freire el apoyo 

de 250 soldados con el objeto de asaltar y capturar las fortalezas de Valdivia. Se 

le concedieron los soldados requeridos a cargo del mayor Beaucheff y zarpó con 

la fragata “O’Higgins” y la goleta “Moctezuma”, que se le unió en Talcahuano, 

destino a Valdivia. En el tránsito hacia el sur se quedó dormido el Oficial de 

Guardia durante la noche y se varó la fragata, a la altura de la isla Santa María, 

empezando a hacer agua en forma tal que al poco rato estuvo en peligro de 

hundirse. Cochrane personalmente logró reparar las bombas de achique y con 

la participación de toda la dotación y los soldados embarcados se mantuvieron 

achicando la fragata mientras continuaba su travesía hacia el sur. 

Antes de arribar a Valdivia, debido a la imposibilidad de continuar navegando en 

la fragata “O’Higgins” por sus averías, Cochrane resolvió trasladar su insignia y las 

tropas de asalto a la goleta “Moctezuma”, disponiendo que la fragata “O’Higgins” 

se dirigiera a un fondeadero seguro para intentar su reparación posteriormente. 

En la tarde del 3 de febrero, arribó finalmente Cochrane a Corral, desembarcó 

y lideró personalmente el ataque, que se inició esa noche con 300 soldados y 

marinos chilenos contra aproximadamente 1.800 tropas enemigas. La mayor 

parte del ataque fue nocturno, teniendo una destacada actuación los Mayores 

Miller y Beaucheff. Fueron cayendo uno tras otro los fuertes españoles, con gran 

desconcierto y pánico de los defensores. Antes del orto del sol del día siguiente, 

Cochrane había logrado el control de toda la zona occidental del río, habiendo 

perdido 7 hombres y teniendo sólo 19 heridos, el enemigo había perdido 100 

hombres, la victoria fue total. La caída de Valdivia permitió capturar 1.000 quintales 

de pólvora, 10.000 balas de cañón, 170.000 cartuchos de fusil, numerosas armas 

portátiles, 128 cañones y una infinidad de otros apoyos logísticos para fuerzas 

terrestres y navales 15 . 

Comentando el ataque a Valdivia, Lord Cochrane escribió en sus memorias 

“los españoles, sin duda alguna, habían considerado inatacable su posición, 

lo que, considerado lo dificultoso de su acceso y casi natural impenetrabilidad, 

debiera haberlo sido si se hubiese defendido como era debido. Conocieron su 

error cuando era ya demasiado tarde, verificándose así mi presente afirmación 

que un ataque sobre el punto que menos se espera es casi siempre coronado 

por el éxito. Mucho menos esperaban los españoles un ataque de noche, el más 

favoble para el atacante, por requerir unidad de acción y es menos ventajosa para 

el que se defiende, porque infunde dudas y pánico que casi siempre concluyen 

en irresolución y derrota. La guarnición española de Valdivia se componía 

de un batallón de línea con 800 plazas, al que se le habían agregado 1.000 

milicianos 16 . 

14 “A 200 años”, ob. cit., p. 660. 

15 “Lord Cochrane”, Bunster, ob. cit., p. 89 

16 “Memorias”, Lord Thomas Cochrane, Editorial Pacífico, Santiago, Chile, 1954, p. 42. 

411


La incursión anfibia de Lord Cochrane que concluyó con la captura de 

las fortalezas de Valdivia, tuvo implicancias estratégicas en el sentido que 

desapareció la amenaza de futuras invasiones apoyadas por esta base logística 

principal española; se logró neutralizar a las guerrillas lideradas por el sanguinario 

Benavides y apoyadas por los españoles desde Valdivia, evitándose tener que 

desplegar un segundo Ejército para operar en el sur de Chile. El último reducto 

español relevante que quedaría en Chile se concentraría en la isla Chiloé, que 

también Cochrane trató infructuosamente de neutralizar, terminadas las acciones 

en Valdivia. 

La noticia de la caída de Valdivia corrió como reguero de pólvora por todo 

el mundo, se le comentó como un éxito que lindaba en lo fabuloso y llevó 

al convencimiento a los europeos de que España tenía contados sus días en 

Sudamérica. Tan importante fueron las implicancias políticas de esta victoria de 

Cochrane, que sólo después de este hecho algunos bancos ingleses accedieron 

a prestarle al Gobierno un millón de libras esterlinas, que se habían solicitado con 

bastante anterioridad, a objeto de poder financiar el esfuerzo de la guerra contra 

los españoles 17 . 

A su regreso a Valparaíso Cochrane tuvo una recepción popular de 

héroe. Sin embargo, fue seriamente reprendido por el Ministro de Marina Ignacio 

Zenteno, quien, según escribe en sus memorias Cochrane, le manifestó que “la 

conquista de Valdivia había sido el acto de un loco, que había faltado a las órdenes 

que se le habían impartido, y que podría haber perdido la vida en el intento y 

que ahora debía perder mi cabeza por atreverme a cometer semejante plaza sin 

instrucciones y haber expuesto a las tropas patriotas a semejante riesgo” 18 . 

Comentando Cochrane la importancia de la captura de Valdivia, escribió “la 

anexión de esta provincia granjeó de un golpe a Chile completa independencia, 

alejando la presumida necesidad que habría que preparar una fuerte expedición 

militar para el logro de tal objeto, esencialmente vital a su propia existencia como 

estado independiente, porque mientras permaneciese Valdivia en poder de los 

españoles, estaba Chile, en sus momentos de poca cautela o desunión, en 

continuo peligro de perder las libertades, que hasta entonces sólo había adquirido 

parcialmente 19 . 

Durante la primera parte de 1820, Cochrane sé concentró en los preparativos 

de la Escuadra para transportar al Ejército Libertador a Perú. La Escuadra estuvo 

lista a mediados de julio y se resolvió efectuar su zarpe el 20 de agosto de 1820, 

el mismo día que O’Higgins cumplía 42 años de edad. El Ejército Libertador tardó 

3 días en embarcarse, lo formaban 1.981 chilenos y 2.818 argentinos, al mando 

del General San Martín, por disposición del Gobierno chileno. La Escuadra 

nacional estaba compuesta, en esta oportunidad, por los siguientes buques: 

navío “San Martín”, navío “Lautaro”, fragata “independencia”, fragata “O’Higgins”, 

17 Ibídem, p. 50. 

18 Ibídem, p. 49. 

19 Ibídem, p. 51. 

412


goleta “Moctezuma”, bergantín “Galvarino”, bergantín “Araucano” y 11 lanchas 

cañoneras que escoltaban a 18 buques transportes 20 . 

Entre el 7 y 8 de septiembre, con la oposición de Cochrane, quien sugirió 

una acción directa contra Callao, se desembarcó el Ejército Libertador en Pisco. 

Después de un mes y medio de inactividad en ese puerto, se reembarcó el Ejército 

Libertador y fue transportado a Ancón. 

Habiendo sido imposible convencer a San Martín de intentar acciones más 

audaces para acortar los tiempos y capturar Callao, Cochrane quedó en libertad 

de acción para planificar otras acciones navales. Se encontraba en Callao la 

fragata española “Esmeralda” de 900 toneladas de desplazamiento, dotada de 

330 hombres y 44 cañones, buque que se estaba alistando para efectuar una 

larga comisión a las Filipinas. Esta fragata estaba protegida por un total de 600 

cañones ubicados en las fortalezas y en otros buques en la bahía, una barrera 

de cadenas y calabrotes sostenidos por pontones rodeaban a este buque, existía 

una guardia especial de soldados que vigilaban su perímetro día y noche 21 . 

El 5 de noviembre de 1820, Cochrane emitió la siguiente proclama a bordo de 

los buques de la Escuadra “soldados de marina y marineros: esta noche vamos a 

dar un golpe mortal al enemigo y mañana os presentareis con orgullo delante del 

Callao, todos vuestros camaradas envidiarán vuestra suerte. Una hora de coraje 

y de resolución es todo cuanto se requiere de vosotros para triunfar. Recordad 

que habéis vencido en Valdivia y no os atemoricéis ante aquellos que un día 

huyeron de vosotros. El valor de todos los bajeles que se capturen en Callao os 

pertenecerá, se os dará la misma recompensa que los españoles ofrecieron en 

Lima a aquellos que capturasen cualquiera de los buques de la Escuadra chilena. 

El momento de la gloria se acerca y espero que los chilenos se batirán como 

tienen costumbre y que los ingleses obrarán como siempre lo han hecho en su 

país y fuera de él 22 . 

Después de esta proclama Cochrane pidió voluntarios para participar en esta 

acción, “ante lo cual todos los marineros y soldados de los tres buques de la 

Escuadra se presentaron gustosos a acompañarme”, comenta Cochrane en sus 

memorias 23 . 

El ataque fue nocturno, de almirante a marinero iban vestidos de blanco con 

una cinta azul en el brazo izquierdo, todos iban armados con un machete y 

una pistola o fusil. Los 240 soldados se embarcaron en dos agrupaciones de 7 

botes a remo cada una. La consigna era “Gloria” y “Victoria”. Ante una señal de 

Cochrane, se separaron las agrupaciones y la fragata “Esmeralda” fue abordada 

simultáneamente por los dos costados. Según Cochrane “los españoles fueron 

cogidos completamente por sorpresa, estando todos, salvo los centinelas, 

durmiendo en sus entrepuentes 24 . El ataque no duró más de 15 minutos, quedando 

20 “Lord Cochrane”, Bunster, ob. cit., pp. 98 y 99. 

21 Ibídem, p. 103. 

22 “Memorias”, Lord, ob. cit., p. 74 

23 Ibídem, p. 75. 

24 Ibídem, p. 76. 

413


11 muertos y 30 heridos chilenos, perdiendo los españoles 160 hombres en la 

acción. 

Comentando el valor demostrado por los chilenos en la captura de la 

“Esmeralda”, Cochrane, escribió “no habrá tripulación de buque de guerra inglés 

que pueda cumplir órdenes con mayor exactitud” 25 . 

La captura de la “Esmeralda” fue un golpe mortal para las fuerzas navales 

españolas apostadas en aquella parte del mundo. Pues, aunque había otras 

fragatas españolas y algunos buques menores en el Pacífico, nunca más se 

atrevieron a mostrarse, dejando así a la Escuadra chilena con el dominio total del 

mar en todo el Pacífico suroriental. En síntesis, la captura de la “Esmeralda” tuvo 

el efecto estratégico equivalente al de una batalla naval decisiva. 

En su intervención en Westminster, el miembro del Parlamento británico, James 

Mackintosh, dijo las siguientes palabras comentando la hazaña de Cochrane 

“¡Puede alguien imaginar una acción más valiente que la captura de la “Esmeralda” 

en Callao. Nunca hubo una mayor demostración de juicio, serenidad y capacidad 

para actuar que la demostrada por Lord Cochrane en esta oportunidad” 26 . 

Nueve meses más tarde y sin combatir, el Ejército Libertador hizo entrada en 

Lima, lográndose la libertad del Perú. 

En el año 1823, el 10 de enero, habiendo cumplido con creces la tarea que se 

le había encomendado, Cochrane arrió su insignia de mando de la Escuadra, se 

dirigió a Brasil y posteriormente a Grecia, sirviendo al mando de sus respectivas 

Armadas en sus guerras de independencia. 

La insignia de mando del Almirante Cochrane fue enviada con una carta 

dirigida al Ministro de Marina que dice así: “Tengo el honor de remitir a Ud. la 

insignia de mi mando y le suplico que cuando la presente a su Excelencia el 

Director Supremo le asegure, como yo lo hago a Usted, que mis sentimientos en 

el momento de arriarla quedan para que la penetración de S.E. los contemple, 

pues mi pluma carece de palabras para expresarles... Esa es la insignia que ha 

vencido y desterrado a todos los enemigos del Pacífico... 

Ruego a Dios que pase esa insignia de las victorias chilenas... a manos de su 

digno Jefe Supremo como emblema de seguridad que ha dado a Sudamérica... 

Asegure usted también a su Excelencia que si en algún tiempo las vicisitudes 

que visitan las naciones se acercasen a mi país adoptado, yo estaré tan pronto 

a ofrecerme a la lid en su defensa como cuando tuve el honor de recibir sus 

primeras órdenes y que nunca esquivaré mi brazo en la justa defensa de Chile y 

sus sagrados derechos” 27 . 

“Cochrane recordó a Chile, por el resto de su vida, 20 y 30 años después 

de dejarlo escribía a sus amigos preguntándoles por la suerte y progresos de la 

nación y confesando una vez (carta a Blanco Encalada) que aquí había vivido 

sus días más gratos de evocar. Esa misiva data del año 1842 y fue traída por 

su propio hijo Thomas. Otro Cochrane, el tercero, vino en 1910. Era su bisnieto, 

25 Ibídem, p. 76. 

26 “A 200 años”, ob. cit., p. 661. 

27 “La gesta de Cochrane”, Ricardo Cox Balmaceda, Editorial Francisco de Aguirre, Chile, 1969, p.303. 

414


tenía sus mismos nombres e integraba la delegación británica a las fiestas del 

Primer Centenario de la Independencia” 28 . 

De regreso a Gran Bretaña, en el año 1830, es reincorporado a la Armada 

británica, en 1847 se les restituyó la “orden del baño”, en 1851 es ascendido 

al rango de Almirante de la Armada británica, en 1857 es reincorporado con el 

grado de Almirante al escalafón de la Armada de Chile y, finalmente, murió en 

Londres en 1860, siendo enterrado en la abadía de Westminster, donde en la 

lápida de su tumba se lee “Thomas Cochrane”, Conde de Dundonald, luchó por la 

Independencia de 4 naciones” 29 , teniendo en las cuatro esquinas los escudos de 

Chile, Perú, Brasil y Grecia. 

En el año 1873 se inauguró la primera estatua de bronce erigida en su memoria 

en Valparaíso, asignándosele el nombre de “Cochrane” a uno de los blindados 

que se había encargado construir para la Armada de Chile en Inglaterra. Hoy 

el buque insignia de la Escuadra nacional tiene el nombre de DLH “Almirante 

Cochrane” en recuerdo de Lord Thomas Alexander Cochrane, el primer Almirante 

de la Armada de Chile. 

Poco conocidas son las afecciones de Lord Cochrane por los inventos y la 

tecnología. Cochrane fue un arduo defensor de utilizar el vapor en los buques 

de guerra y dotarlos de hélices como en la actualidad. De hecho, él financió lo 

que costó construir el “Rising Star”, primer buque de guerra a vapor que cruzó el 

Atlántico y que operó en el Pacífico, siendo probado en Valparaíso en el año 1822. 

También fue el inventor de una lámpara especial que permitió que los buques no 

se dispersaran respecto al buque guía en la noche. Cochrane patentó el empleo 

del aire comprimido para utilizarlo en máquinas taladradoras 30 . “Cochrane debería 

ser considerado entre los precursores de los buques a vapor al mismo nivel que 

Fulton, Ericson y Symington 31 . 

En el ámbito geopolítico, Cochrane sugirió al Gobierno de Chile conquistar 

las islas de la Polinesia e Isla de Pascua. Al Gobierno británico le insistió, en 

numerosas oportunidades, la necesidad de capturar a las islas Falklands, tarea 

que fue finalmente cumplida en 1833. 

Cochrane puede ser considerado de alguna forma como el padre de la 

guerra química moderna, ya en el año 1812 le escribió al Príncipe de Inglaterra, 

proponiéndole la idea de atacar a los buques franceses fondeados con buques 

cargados con azufre ardiendo, lo que hoy sería considerado como un ataque 

químico. En la Guerra de Crimea volvió a proponer lo mismo al Almirantazgo como 

una forma de lograr la rendición de Sebastopol. Los documentos originales con 

estas y otras propuestas del mismo tenor fueron mostrados por descendientes 

directos de Cochrane a Winston Churchill, First Sea Lord de la época, al inicio de 

la Primera Guerra Mundial. Como una muestra de la calidad de las investigaciones 

efectuadas por Cochrane, se puede mencionar que las máscaras antigases que 

28 “Lord Cochrane”, Bunster, ob. cit., p. 201 

29 “Lord Cochrane, su personalidad”, ob. cit., p. 46. 

30 “Almirante, Cochrane, un héroe para los profesionales de hoy”, Capitán de Navío USNFC Lynch, Revista de 

Marina, mayo-junio, 1975, p. 329. 

31 “Lord Cochrane, Inventor y Visionario”, Revista de Marina, Chile, enero-febrero 1959, p. 20. 

415


se fabricaron en Gran Bretaña al iniciarse esa guerra se derivaban directamente 

de los dibujos que había efectuado Lord Cochrane casi 70 años antes 32 . 

A continuación se citarán algunas opiniones de importantes personalidades 

respecto de Cochrane. 

“Lord Cochrane es milagro de tal habilidad náutica y valor, sus aventuras han 

sido tan románticas y sus hazañas tan espléndidas, que ningún inglés puede leer 

sin orgullo el que tales cosas hayan sido hechas por un compatriota”. (citando al 

miembro del Parlamento inglés Sir Thomas Mackintosh 33 . 

“El verdadero puesto de Cochrane fue en el alcázar de un buque. Su oportunidad 

aparecía en el momento extremo del peligro. Entonces su espíritu se afianzaba. 

Su poder consistía en arrancar un triunfo en las puertas del desastre. El hallaba 

ese camino mucho más claro cuando otros se empezaban a desesperar. Puede 

ser considerado como el último de los viejos reyes del mar”. (Justin Mac Carthy, 

experto británico en biografía navales) 34 . 

“Igual a su gran predecesor (Nelson) en el coraje personal, en el ardor 

entusiasta y en su adhesión a la patria, Cochrane era, sin embargo superior en su 

genio original, en su poder inventivo y en sus inagotables recursos. La destreza 

e infatigable perseverancia con que, durante la guerra contra España, cuando no 

mandaba más que una fragata, alarmó toda la costa entre Toulon y Barcelona, no 

ha sido jamás sobrepasada. Con su viva tripulación, la cual no excedía de los 350 

hombres, él mantuvo constantemente ocupados a no menos de 10.000 soldados. 

“(Archibald Alison, de nacionalidad británica biógrafo de Cochrane) 35 . 

“Tenía todos los rasgos fundamentales de los antiguos piratas, añadidos a un 

genio naval no superado en el mundo”. (Carlos Silva Vildosola) 36 . 

“Hijo mimado de la fortuna, Cochrane ha sido uno de esos invencibles 

combatientes de la antigua mitología, uno de esos temerarios paladines de los 

siglos caballerescos, de infatigable actividad, de ardiente y nunca desmentido 

arrojo. Soldado de la libertad, ha combatido dondequiera que haya habido un 

pueblo esclavo, alzándose contra el yugo del opresor” (Alberto Blest Gana) 37 . 

Cochrane fue, sin lugar a dudas, un extraordinario marino que trascendió a su 

época mucho más allá de lo que se piensa normalmente. El hecho que se hayan 

publicado de él más de 24 diferentes biografías a la fecha en diferentes idiomas, 

y que haya sido recientemente seleccionado por la BBC como uno de los tres 

personajes más importantes de Escocia y sobre el cual se efectuará una nueva 

serie de programas de esta importante cadena televisiva británica, nos da una 

idea de la gran relevancia y trascendencia que tuvo este Almirante, no tan sólo en 

Inglaterra, sino que en Europa y en América Latina. 

32 “Almirante Cochrane, un héroe, ob. cit., p. 329. 

33 “Lord Cochrane”, Bunster, ob. cit., p. 160. 

34 Ibídem. 

35 Ibídem, p. 161. 

36 Ibídem. 

37 Ibídem. 

416


Cochrane fue un estratega brillante. Sus acciones revelan que era un táctico 

consumado, sus cualidades operativas como marino y comandante de buque y 

de fuerzas navales de mayor envergadura, pueden asociarse directamente con 

las teorías de la guerra de maniobras que se han hecho famosas recientemente. 

Cochrane asumió siempre la iniciativa estratégica y táctica, adoptando la 

ofensiva, engañando al enemigo por todos los medios posibles, obteniendo todas 

las ventajas tácticas que es posible imaginar y logrando siempre la sorpresa en 

su actuar. Su objetivo, al igual que lo que establecen las teorías de la guerra de 

maniobra, era dislocar al enemigo sicológicamente, afectando a sus centros de 

gravedad vitales, y luego destruirlo con el mínimo esfuerzo, lo que se traducía 

en el mínimo de pérdidas. En este sentido el lograr la sorpresa sobre el enemigo 

fue un objetivo fundamental en todos los planes de Cochrane, de ahí su enorme 

afición a la ficción, el engaño, por los ataques nocturnos, con armas y medios 

inesperados, en el lugar y momento menos pensados. 

Cochrane casi siempre atacó teniendo inferioridad de fuerzas, utilizando la 

sorpresa como un principal multiplicador de fuerzas, logrando finalmente hitos 

que aún hoy día nos parecen increíbles. Otro de sus factores de fuerza más 

notables eran el alto grado de entrenamiento de sus dotaciones y la lealtad 

que despertaba en su actuar: sus subordinados creían ciegamente en él y no 

dudaban en acompañarlo hasta en las acciones que podrían aparecer como más 

temerarias. 

Los que quieran estudiar en el futuro la teoría de la guerra de maniobras 

aplicadas a la guerra anfibia en particular, y a la guerra naval, en general, deberían 

estudiar todas las acciones navales y anfibias de Cochrane. 

Él se adelantó a su época en lo que se refiere al desarrollo de aplicaciones 

científicas en la guerra naval. El empleo de brulotes y cohetes incendiarios, el 

financiamiento de la construcción del primer buque de guerra a vapor que navegó 

el océano Pacífico, la serie de inventos científicos de aplicación naval que 

propuso y sus ideas acerca de la guerra química, son más que suficiente para 

que permanezca en la galería de los científicos más relevantes del siglo XVIII. 

Cochrane también fue un ejemplo de liderazgo y de mando. El haber logrado 

transformar a la naciente Escuadra nacional en una fuerza organizada que logró, 

en poco tiempo, el dominio del mar ante una de las potencias marítimas de la 

época como lo era España, es un mérito de incalculable valor. El que todos 

los marinos chilenos se hayan presentado voluntarios para atacar a la fragata 

“Esmeralda” en Callao, empresa de un alto riesgo, demuestra el alto grado de 

adhesión y de lealtad que logró con su ejemplo entre sus subordinados. Con 

Cochrane al mando de la Escuadra los marinos chilenos entraban gustosos en 

acción, sabían que su Almirante siempre adoptaba todas las medidas que fuera 

posible para lograr la sorpresa y disminuir al máximo la posibilidad de las pérdidas 

propias. 

La Armada de Chile siempre se ha sentido muy orgullosa y honrada de haber 

contando con Cochrane como su primer Almirante. Las hazañas navales y 

los hechos heroicos legados a la institución mientras él estuvo al mando de la 

Escuadra nacional son inconmensurables, su trascendencia se mantiene intacta 

hasta el día de hoy. 

417


En su contribución a consolidar la independencia nacional y la del Perú, 

Cochrane debería tener una importancia equivalente a la que se le asigna hoy en 

día al General San Martín. 

No cabe duda que Cochrane seguirá intrigando a los historiadores y se 

continuarán publicando biografías y artículos acerca de sus acciones navales 

y sus múltiples facetas como persona. Cochrane también seguirá siendo un 

personaje muy controvertido, su vida lo fue desde el primer momento que entró al 

servicio de la Armada británica hasta su muerte. 

418


BERNARDO O’HIGGINS 

FORJADOR DEL PODERÍO MARÍTIMO DE CHILE 

Enrique Larrañaga Martín 1 

INTRODUCCIÓN 

La obra de Alfred Mahan, “Influencia del Poder Naval en la Historia”, publicada 

en 1890, ejerció un impacto directo y profundo sobre la teoría del poder naval y 

estableció, entre otros conceptos, el de poderío marítimo. Dicho concepto es para 

Mahan y otros autores “la capacidad de crear, desarrollar y proteger los intereses 

marítimos de un Estado, tanto en la paz como en la guerra”. El poderío marítimo, 

así entendido, se compone de los intereses marítimos, que lo materializan y del 

poder naval, que los defiende. 

Tres cuartos de siglo antes de que vieran la luz pública los antecedentes 

aportados, en el extremo más lejano de América, un joven país intentaba dar los 

primeros pasos como nación independiente. Su Director Supremo, el Capitán 

General Don Bernardo O’Higgins Riquelme, para la consecución de este objetivo, 

ya había identificado la necesidad de llevar a la práctica los conceptos estratégicos 

que fueran posteriormente difundidos por Mahan, particularmente en lo que se 

refiere a, la estimulación de los intereses marítimos como motor de crecimiento del 

poderío de Chile y a la necesidad de contar con un poder naval que conquistara 

el control del mar, para proteger el litoral de las invasiones provenientes de Lima 

y al mismo tiempo proyectar el poder militar de la nación, como forma de asegurar 

la independencia de los países del sur de América. 

Cabe entonces preguntarse ¿cómo pudo O’Higgins comprender la necesidad 

de utilizar el mar, si prácticamente no existían teorías estratégicas en esa fecha? 

La repuesta puede hallarse, en parte, en su formación, en su inteligencia, en su 

espíritu de observación, en su hábito por la lectura y en la educación recibida en 

Inglaterra. 

Es allí, que en febrero de 1799, a los 21 años de edad, escribiría a su padre, 

“me voy a incorporar a una Academia Militar de Navegación, por ser la carrera a 

la que más me inclino, por lo cual, y mediante lo que he comunicado a vuestra 

excelencia, espero que decidirá lo que encuentre más propicio y conveniente, en 

la inteligencia que me hallo apto para ello”. 

1 Capitán de Navío, Director de la Academia de Guerra Naval. 

419


Sin embargo, por diversos motivos, el joven no llega a concretar su ingreso 

a la Academia y en abril de 1799 se traslada a Cádiz, de donde regresa a la 

patria el año 1802, a laborar el campo de su hacienda Las Canteras, cerca de 

Los Ángeles. Así, el destino no le depararía una brillante carrera naval, pero sí 

un solio en que pudo revelar sus brillantes condiciones de estratega y estadista, 

como pocas veces en la historia se han conjugado en un hombre, y donde el mar 

siempre sería el pilar de la política exterior de su gobierno. 

En efecto, desde que el Libertador General don Bernardo O’Higgins integró el 

gobierno, como Director Supremo, comprendió con mediana claridad el inmenso 

valor que poseía el mar para el destino de Chile. El Padre de la Patria intuyó las 

enormes potencialidades que encerraba el mar para el país, y la posibilidad cierta 

de ocupar un lugar de privilegio como potencia marítima en el Pacífico Sur. 

Vislumbró que debíamos emplear el mar y disponer libremente de él, porque al 

mantenerlo bajo nuestro dominio, se lo negaríamos a las fuerzas navales realistas. 

Comprendió a la vez que, un país como Chile, era altamente dependiente desde 

la paz de las comunicaciones marítimas, y que el mar asumiría en la guerra un 

carácter vital, en lo político, estratégico, económico y moral. 

En esta intervención me referiré a lo que el prócer don BERNARDO O’HIGGINS 

concibió en los aspectos de los intereses marítimos nacionales y las acciones 

que emprendió en relación a la Marina Mercante, el comercio exterior y a la 

concepción océano política que guió su pensamiento a lo largo de sus 64 años 

de vida. También me referiré a la acción señera de este hombre, que mediante su 

accionar lleno de acierto, inspirado en una visión esencialmente marítima, creó la 

fuerza naval de nuestro país pensando en el océano como destino del país que 

amaba y que en gran parte era obra suya. 

INTERESES MARÍTIMOS 

Veamos pues, cual fue la contribución del Padre de la Patria en el ámbito de 

los intereses marítimos. 

La vocación marítima del Libertador O’HIGGINS ha sido muchas veces 

enfatizada por los historiadores, tal como lo hiciera don Eugenio ORREGO 

Vicuña en su libro “O’Higgins, vida y tiempo”, al expresar: “O’HIGGINS tuvo 

el propósito de orientar en sentido marítimo el desenvolvimiento de Chile. 

Comprendía su naturaleza y configuración. El espíritu mismo de los Chilenos 

lo determinaba así. El sentido de la Patria estaba en el mar y el prócer lo vio 

entonces, con intuición hondísima que lo llevaría en los años de destierro a 

pensar en Magallanes y en la colonización del sur. El mar estuvo siempre en su 

pensamiento, como una síntesis de las posibilidades profundas del país”. 

Esta especial sensibilidad en relación a los temas marítimos quedó en 

evidencia desde los débiles inicios de la Patria Vieja, cuando el Libertador don 

BERNARDO O’HIGGINS con 32 años de edad y un creciente prestigio político 

impulsó a don Juan MARTÍNEZ de Rozas, para que adoptase dos medidas que 

él estimaba esenciales para que el pueblo sintiera la independencia en su alma. 

La primera se refería a la convocatoria de un Congreso Nacional y la segunda al 

420


establecimiento de la libertad de comercio. En efecto, el 21 de febrero de 1811, 

la Junta decretó la libertad de comercio exterior: a todas las banderas amigas 

a través de los puertos mayores del país como lo eran Valdivia, Talcahuano, 

Valparaíso y Coquimbo, abriéndolos al comercio mundial y dejando sin efecto la 

prohibición de la corona española en tal sentido. 

Posterior al colapso de la Patria Vieja y superado el oscuro período de 

la Reconquista, el Padre de la Patria don BERNARDO O’HIGGINS asume 

después de Chacabuco como Director Supremo, siendo una de, sus primeras 

y más importantes resoluciones la reapertura de los puertos de la República al 

comercio internacional. Además, envía notas oficiales a los gobiernos extranjeros 

informándoles el nacimiento de un Chile soberano e indicándoles los propósitos 

del nuevo Estado para incentivar las relaciones comerciales. 

La feliz iniciativa de reactivar el comercio internacional y su permanente afán 

para promover las intenciones del gobierno en forma franca y clara fue un acierto 

político del Director Supremo. Con ello, posibilitó la inserción de la República al 

mundo y fue sin ninguna duda un paso trascendente para el exitoso desarrollo 

comercial y marítimo de Chile en el siglo XIX. En este entorno quisiera mencionar 

en forma especial la fecha del 26 de junio de 1818 por cuanto en esa oportunidad 

el gran prócer Padre de la Patria otorga la primera patente de navegación a 

la fragata “Gertrudis de la Fortuna” perteneciente al Armador don Francisco 

RAMÍREZ. Por la relevancia de ese histórico hecho, posteriormente en el año 

1991, se instauró en esa misma fecha el día de la Marina Mercante Nacional, 

acontecimiento marítimo de importancia que se celebra anualmente con gran 

difusión. 

El nacimiento, de una Marina Mercante Nacional que iniciaba su vínculo con 

los grandes centros productores y consumidores del mundo, respaldado por la 

protección que otorgaba el recientemente creado Poder Naval, se tradujo en un 

efectivo y vigoroso crecimiento del comercio internacional de manera que ya a 

mediados de 1819, en Valparaíso era fácil encontrar un gran número de grandes 

navíos dedicados a faenas de carga y descarga en los muelles del puerto. 

El desarrollo comercial de Valparaíso fue una consecuencia obvia de la 

reapertura al comercio internacional pero también fue producto de una clara 

medida de descentralización administrativa y de regionalización que concibió en 

ese entonces el Director Supremo, transformándose Valparaíso en muy corto 

plazo en un dinámico y bullente primer puerto comercial del Pacífico Suroriental. 

Adicionalmente, el Gobierno obligó al traslado de la Aduana de Santiago a 

Valparaíso para así evitar que en la capital se siguiera haciendo todos los trámites 

relativos a la carga de importación, y exportación con sus correspondientes aforos. 

De esta forma se resolvió una situación irregular que fomentaba el contrabando, el 

robo, y la suplantación de mercaderías, afectando seriamente el erario nacional. 

Después de tantas medidas favorables no quedaba ninguna duda que 

Valparaíso fue testigo de un vigoroso movimiento naviero y del establecimiento 

de centros de mano de obra calificada en reparaciones y abastecimiento, todo 

lo cual generaba una actividad económica realmente interesante lo que quedó 

reflejado en el notable incremento de su población que entre 1810 y 1822 creció 

de 5.500 habitantes a 16.000 habitantes. 

421


Otro ámbito de los intereses marítimos que le correspondió al gobierno del 

Director Supremo don BERNARDO O’HIGGINS fue el dar los primeros pasos en 

el desarrollo de la construcción naval nacional. En efecto, en el actual puerto de 

Constitución se contrató en el año 1817 la construcción de 6 lanchas cañoneras, 

lamentablemente los realistas, en esos vaivenes de la guerra, destruyeron las 

embarcaciones de las cuales sólo se pudo recuperar dos que fueron incorporadas 

posteriormente a la Armada. 

A través de sus numerosas manifestaciones el General don BERNARDO 

O’HIGGINS dejó nítidamente reflejado su pensamiento sobre lo que debía ser 

Chile como nación. Innumerables son los pensamientos y escritos sobre la 

colonización del Sur y la necesidad de explorar y facilitar la navegación por sus 

aguas con la idea de materializar un servicio de vapores en él y los beneficios de 

la inmigración de los irlandeses para desarrollar la pesca, especialmente en el 

área de Chiloé. 

En ese ámbito, una de sus constantes preocupaciones fue tomar posesión 

del Estrecho de Magallanes, colonizando esa lejana región, que en esos días 

sólo podía ser abordada por vía marítima. Sin embargo, los problemas políticos 

internos se agudizaron, las presiones y ansias de poder de otros caudillos 

desestabilizaron su gobierno, y este gran estadista y Padre de la Patria, después 

de seis años de fructífera labor como Director Supremo de Chile, abdica el mando 

el 28 de enero de 1823 para evitar una lucha fratricida entre los Chilenos y marcha 

al Perú, donde pasará muchos años hasta su muerte. 

El 24 de octubre de 1842 el prócer deja nuestro mundo terrenal en su Hacienda 

de Montalbán, cerca de Lima. Antes de expirar, ese día, alrededor de las once 

de la mañana, musitó claramente una palabra que todos los allí presentes 

oyeron: “Magallanes” demostrándose así la constante preocupación y acertada 

concepción geopolítica que siempre le inquietó, el significado que tenía para Chile 

la posesión del Estrecho y el valor que tenía la posición de Magallanes para el 

poderío marítimo de la nación. 

Su preocupación de toda una vida felizmente se concretó prácticamente un 

año después de su muerte, pues el 21 de septiembre de 1843 la goleta “Ancud”, 

de la Armada de Chile, toma posesión de Magallanes y funda el “Fuerte Bulnes”, 

en honor al Presidente de la República en ejercicio..., quizás con justicia ese 

fuerte debió llamarse O’Higgins. 

PODER NAVAL 

Pero la genialidad del Padre de la Patria no se circunscribía únicamente al 

ámbito de los intereses marítimos, sino que su visión le permitió comprender que 

la supremacía marítima que buscaba, necesitaba de un instrumento de acción 

militar que la materializara. 

Tras derrotar a los españoles en Chacabuco, el Libertador comprendió que 

la lucha no tenía sentido si España continuaba disfrutando de una libertad de 

acción estratégica tal, que podía mover sus fuerzas a voluntad a lo largo de las 

422


costas sudamericanas. De allí que sostuviera que: “este triunfo y cien más, serán 

insignificantes si no dominamos el mar”. 

Es por ello que O’Higgins desplegó gran actividad para crear una Marina de 

Guerra que diera la seguridad a la naciente República y permitiera cumplir con el 

propósito ulterior de enviar una expedición al Perú que afianzara para siempre la 

Libertad de América. Ello requería de una fuerza naval, compuesta por buques de 

combate y la correspondiente infraestructura de apoyo en tierra. 

Esta tarea tuvo su inicio el 26 de febrero de 1817 con la captura del bergantín 

de cabotaje español Águila, apresado por las autoridades nacionales en 

Valparaíso, el cual pasó a constituirse en el primer buque de nuestra Armada. 

Así, paso a paso, se fue creando una pequeña fuerza naval que contribuía a 

cimentar la formación y estabilidad de la Patria Nueva. Tras su captura, en mayo 

de 1817, O’Higgins envía a Inglaterra en representación del gobierno de Chile a 

don José Antonio Álvarez Condarco, con la misión de adquirir buques armados 

en guerra. Su primer éxito fue conseguir interesar a la firma “Ellice, lnglis y Cía.” 

para que enviasen a Chile dos buques de guerra que habían pertenecido a la 

Compañía de las Indias Orientales, la fragata “Windham” de 46 cañones y el 

navío “Cumberland” de 64 cañones, los que recibieron los nombres de “Lautaro” y 

“San Martín”, respectivamente. 

El origen de los buques que integraron la Escuadra Nacional fue diverso, ya que 

eran compras de oportunidad; algunos fueron capturados, otros fueron adquiridos 

en Londres y los restantes se adquirieron una vez que descargaban sus bodegas 

en Valparaíso. El financiamiento de estas adquisiciones fue extremadamente 

dificultoso; el país estaba prácticamente arruinado, pero O’Higgins reunió los 

fondos necesarios mediante suscripciones, impuestos, donativos, créditos y 

requisiciones forzosas. 

Si la obtención de las unidades navales fue ardua y engorrosa, más 

problemática fue aún la formación de las tripulaciones. Los dos tercios de los 

oficiales fueron marinos extranjeros de origen inglés, norteamericano y francés, 

y el tercio restante, oficiales criollos de reciente formación, que ocuparon en su 

mayoría los puestos subalternos. Los únicos marineros con experiencia eran 

extranjeros, los que –sabiendo su valor y la necesidad de su asistencia– supieron 

sacar ingentes ventajas de ello; además eran renuentes a embarcarse en los 

buques de la Escuadra, pues era mucho más rentable hacerlo en los buques 

corsarios que proliferaron a costa del tráfico español. O’Higgins tuvo que adoptar 

rigurosas y enérgicas medidas para dotar a los buques de la Escuadra, tales 

como el embargo de todas las embarcaciones corsarias que se encontraban 

en Valparaíso, debiendo sus tripulaciones ser destinadas a los buques del 

Estado. Además, O’Higgins ordenó hacer una leva de unos dos mil “vagos y mal 

entretenidos” de Santiago, de los que seleccionó unos quinientos de edades 

que fluctuaban entre los quince y veinticinco años de edad, a los que condujo 

custodiados a Valparaíso, para el servicio en los buques de la marina de guerra 

Chilena. 

Sin embargo, pese a todas estas complicaciones, con la incansable colaboración 

del Ministro Don José Ignacio Zenteno y la diligencia de Don Manuel Blanco 

Encalada, se logra formar una fuerza naval compuesta de cinco buques, aunque 

423


de diferentes características, pero que daría a Chile la inmensa satisfacción 

de que en su primer zarpe obtendría una de las victorias más resonantes de la 

Historia Naval de Chile. 

El 17 de septiembre de 1818, Blanco Encalada, con su nuevo grado de Capitán 

de Navío, asume el mando de la Primera Escuadra Nacional, embarcándose en el 

buque insignia: un navío, el “San Martín”; una fragata, la “Lautaro”; una corbeta, 

la “Chacabuco”, y dos bergantines, el “Araucano” y el “Pueyrredón”, componen la 

incipiente flota que porta en total 158 cañones y una tripulación de 1.249 hombres. 

Blanco Encalada oficia a O’Higgins: “La Escuadra está lista. Socorrida de todo, 

aparejada, envergada, con agua para 6 meses... Su fuerza es tal que puede 

hacerse dueña del Pacífico y frustrar toda expedición ulterior de España. Puede 

tomarse Talcahuano, destruir el Callao y dar golpes tan importantes que admiren 

a Europa y aseguren la libertad de la América”. La creación de esta Escuadra, 

la primera que Chile lanzara al mar en defensa de sus más caros y sagrados 

derechos, es, sin duda, uno de los episodios más culminantes y de mayor brillo 

en la historia de nuestra independencia patria. 

Sin embargo, nuestro padre de la Patria, con su profundo sentido de 

organización, no se limitaría a crear sólo una Escuadra, sino que también previo 

establecer una adecuada infraestructura de mando y de apoyo a la flota a fin de 

darle capacidad de dirección y persistencia estratégica a sus operaciones. 

En julio de 1817 crea la Contaduría de Marina, la que posteriormente adoptó 

el nombre de Comisaría de Guerra y Marina, antecesora de la actual especialidad 

de abastecimientos de la Armada. 

Más tarde, en octubre de 1817 dispuso la creación de la Comandancia de 

Marina, antecesora de la actual Comandancia en Jefe de la Armada, a la que se 

le confirieron las atribuciones necesarias para cumplir con su cometido y en el 

cual se establecía que dicho cargo sería independiente del Capitán de Puerto, el 

cual a la sazón estaba subordinado al Gobernador de Valparaíso. Posteriormente, 

el 26 de junio de 1818, dicho mando fue transformado en Comandancia General 

de Marina. 

En noviembre crea por Decreto Supremo el Reglamento Provisional Orgánico 

de la Marina, que regula dotaciones; grados, sueldos y otros beneficios, amén de 

regular las equivalencias de grados militares entre Armada y Ejército. En la misma 

fecha, el propio Libertador reglamenta los uniformes de la Marina y crea el sistema 

de alimentación a bordo de los buques de guerra, el cual sigue prácticamente 

idéntico hasta nuestros días con el mismo nombre de “ración Armada”. 

Percatándose de la necesidad de contar con los apoyos logísticos orgánicos 

indispensables y no depender sólo de la buena voluntad del comercio local, crea 

en diciembre el “Arsenal de Marina”, para atender el armamento y elementos de 

maniobras para los buques de la Escuadra. Estos arsenales fueron el origen de 

los actuales Astilleros y Maestranzas de la Armada, ASMAR. 

Sin embargo, los esfuerzos para crear una Marina de Guerra no finalizaban, 

el año siguiente fue aún de mucho más actividad y de crecientes esfuerzos para 

materializar principalmente la fuerza naval. De esta manera, apenas seis meses 

después, el 16 de junio de 1818, firma el decreto supremo que establece el 

424


primer mando en jefe a flote, con el título de “Mando en Jefe de Flotilla”, al que 

se subordinan buques y dotaciones, se fijan atribuciones y responsabilidades de 

mando, constituyendo el origen de la Comandancia en Jefe de la Escuadra. 

Por el mismo decreto supremo, determina dotar las nuevas unidades de la 

Marina con una guarnición de abordaje, quienes, con la denominación de 

“Soldados de Marina”, constituyeron lo que hoy es nuestro Cuerpo de Infantería 

de Marina. 

Pero aún restaban cosas por hacer. Se requería planificar la formación de 

futuros oficiales para la Institución. Es así como se concibió, con escasos recursos, 

pero con una infinita voluntad, por decreto supremo del 4 de agosto de 1818, la 

creación de la Academia de Jóvenes Guardiamarinas, predecesora de la actual 

Escuela Naval “Arturo Prat”. 

Todo este arduo e intenso trabajo, se vio coronado finalmente con el zarpe de 

la Primera Escuadra Nacional. El 10 de octubre de 1818, Valparaíso despierta 

agitado con una inusual noticia. La incipiente Escuadra se haría a la mar. Hay 

curiosidad. Unos temen por el éxito, otros presagian sublevación, algunos 

profetizan un descalabro al primer temporal, otros, por último, la consideran una 

descabellada aventura. Pocos abrigan esperanza y sólo algunos confían en un 

triunfo. O’Higgins, con su visión marítima, está entre estos últimos. A bordo del 

navío insignia dirige a las tripulaciones esta proclama, antes del zarpe en busca 

del enemigo que se concentra en Talcahuano: “Al dirigirme a los jefes, oficiales y 

tropa a cuyo valor y patriotismo confía el Estado de Chile la primera Escuadra de 

hombres libres, percibe mi corazón las más felices emociones en el presentimiento 

del magnífico cuadro que vais a presentar al mundo. Vuestro amor a la gloria no 

necesita ser estimulado con los recuerdos de los triunfos adquiridos tantas veces 

en tierra por vuestros ejércitos. Preparaos, pues, a afianzar, el imperio del Pacífico 

al que es llamado Chile por su situación geográfica y por el valor y heroísmo 

patriótico de sus hijos: ellos os colmarán de bendiciones a vuestro regreso, y 

el tributo que recibiréis de la gratitud nacional, igualará al que de antemano os 

ofrece vuestro compatriota Bernardo O’Higgins”. Cercano al mediodía, cuatro de 

los cinco buques se hacen a la mar. El “Pueyrredón” se queda en el puerto. 

El Padre de la Patria acompañado de su Ministro Zenteno vio zarpar la flota 

desde el alto del puerto y señalándolos en lontananza expresó a la comitiva: “Tres 

barquichuelos dieron a los reyes de España la posesión del nuevo mundo; estas 

cuatro tablas van a quitárselo”. 

Días más tarde, el 28 de octubre de 1818 en el puerto de Talcahuano, Blanco 

Encalada, con el San Martín y la Lautaro, captura la fragata Reina María Isabel, 

obteniendo un resonante triunfo, al que se sumó posteriormente la captura de 

cinco transportes. Esta victoria, en la primera acción que cumplía la novel 

Escuadra Chilena, se sumó a la gloria de Maipú, y llenó de justo orgullo a la 

Nación toda. Se había dado un golpe trascendente al poderío español en este 

apartado rincón del mundo. 

El Director Supremo, con acuerdo del Senado, dispuso que la tripulación de los 

cuatro buques llevasen en su brazo izquierdo un escudo de paño verde mar con 

un tridente orlado de laureles en su centro, y en su contorno el lema: “Su primer 

425


ensayo dio a Chile el dominio del Pacífico”. Asimismo, el Senado acordó que se 

le diese a la fragata “María Isabel” el nombre de “O’Higgins” y le confirió el grado 

de Contralmirante a Don Manuel Blanco Encalada, primer Oficial de la Armada en 

ostentar dicha jerarquía. 

La vigorosa actividad que imprime a la Escuadra desde los primeros días de 

su creación, le va entregando a Chile un creciente grado de control del mar. Los 

Objetivos van siendo secuencialmente alcanzados, conforme a la línea política 

y estratégica trazada por el Libertador. Esta actividad se incrementó a partir de 

fines de noviembre de 1818 fecha en la que arriba a Chile, el ya famoso almirante 

inglés Tomás Alejandro Cochrane. El victorioso Blanco Encalada le cede el 

mando y acepta servir como su segundo. Cochrane, en brillantes correrías hasta 

México, obliga a la armada del Virrey a permanecer en sus refugios del Callao y 

de Guayaquil. 

Más tarde, concibió el ataque a las plazas fuertes de Corral y Valdivia, aún 

firmes reductos realistas. En audaz, sorpresivo y decidido ataque, las fuerzas 

Chilenas tomaron dichos fuertes, incorporando esa parte del territorio bajo la 

autoridad Chilena, y relegando las fuerzas realistas a Chiloé. De esta forma, el 

camino hacia el Perú por mar quedó a merced de Chile y su Ejército quedó en 

condiciones de llevar la guerra al corazón de la resistencia española en la América 

del Sur. 

Así, el 20 de agosto de 1820, fecha en que el Director Supremo cumplía 42 

años de vida, se hacía a la mar la Expedición Libertadora del Perú. Esta enorme 

expedición, la más grande que se había organizado en América, al mando del 

General José de San Martín, se componía de 6.842 hombres, desde general 

a soldado, embarcada en 16 transportes, escoltados por 7 buques de guerra. 

Era una empresa nacional realizada por el Director Supremo de Chile, General 

Don Bernardo O’Higgins, quien la llevó adelante con extraordinaria tenacidad, 

venciendo innumerables obstáculos. 

El Director Supremo, con fecha 21, envió una Proclama al país y a los 

habitantes de las provincias del Plata, que en parte decía: 

“Compatriotas: Ayer ha zarpado de este Puerto, la Expedición Libertadora 

del Perú. Yo he tenido la satisfacción de llenar por mi parte las esperanzas de 

América, porque los resultados de esta empresa serán trascendentales a todos 

los hombres. Ya he cumplido los grandes deberes que me imponía la Suprema 

Magistratura de la República”. 

Conocido es de todos el resultado de tan importante y magna empresa. El 

empuje y la visión marítima del Libertador, habían logrado lo que pocos años 

antes, parecía imposible. Chile había arrebatado a España el dominio del Pacífico 

y había logrado el objetivo de su proyecto político: la independencia de Chile y de 

los países del sur de América. 

426


EL PENSAMIENTO POLÍTICO DEL LIBERTADOR: 

PERSPECTIVA Y VIGENCIA 

Jaime Antonio Etchepare Jensen 

INTRODUCCIÓN 

Nadie podría discutir la decisiva influencia del Libertador, Capitán General 

Don Bernardo O’Higgins Riquelme, en el proceso de Independencia y posterior 

institucionalización del Estado de Chile. Le correspondió afrontar el desafío de 

echar las bases del naciente país, dotarlo del ordenamiento jurídico necesario 

para su subsistencia en paz y orden, consolidar y garantizar la independencia 

nacional frente a la avidez de las grandes potencias imperialistas, de la época. 

Por ello, hemos estimado conveniente abocarnos al estudio del pensamiento 

político del Libertador y forjador del Estado chileno. 

Pensamiento pragmático, ajeno al apego a doctrinarismos dogmatistas, 

abandona el culto por el régimen democrático representativo ante el fracaso de 

la Patria Vieja y la observación fría de la realidad por la que atraviesa Chile. La 

consolidación del Estado exigía una mano firme, una voluntad imperativamente 

creadora, capaz de conducir la novel República a puerto seguro. 

Destaca en el Libertador su preocupación constante por integrar a la soberanía 

nacional la totalidad de los habitantes que poblaban el territorio jurídico del Reino 

de Chile. Fundir a criollos, mestizos, araucanos, huilliches, puelches, patagones 

y tehuelches en una gran nación, imbuida de afán de progreso y proyección en 

la Comunidad Internacional, La preservación de nuestras fronteras históricas y 

la expansión chilena transoceánica fueron también importantes inquietudes del 

Prócer. 

Para la elaboración de nuestro trabajo hemos procurado utilizar preferentemente 

los escritos, documentos, leyes y decretos procedentes directamente del Capitán 

General. Las obras de los destacados historiadores Guillermo Feliú Cruz, Jaime 

Eyzaguirre Gutiérrez, Julio Heise González, Eugenio Orrego Vicuña, Simón Collier 

y Francisco Antonio Encina Armanet nos han sido de especial utilidad. 

Tras realizar el presente estudio, estimamos que el pensamiento político del 

Libertador y su visión acerca del futuro de Chile tienen hoy plena validez frente a 

los problemas que afectan nuestra vida cívica. 

427


ANTECEDENTES 

Don Bernardo O’Higgins nace el 20 de agosto de 1778, hijo natural del Maestro 

de Campo General del Reino y Coronel de los Reales Ejércitos, don Ambrosio 

O’Higgins, y de doña Isabel Riquelme y Mesa. 

Desde los cuatro a los diez años viviría en Talca en el hogar de la familia 

Albano Cruz, con cuyos miembros contraerla vínculos de afecto que perdurarían 

lo que su vida. 

En 1788 sería enviado a Chillán a estudiar en el Colegio de Naturales, adscrito 

a la sección para españoles nobles, que regentaban los franciscanos. Durante 

su permanencia en este establecimiento estrechó relaciones con el Rector, Fray 

Francisco Javier Ramírez, y uno de sus profesores. Asimismo, se integró en 

el seno de la familia Riquelme, cuyos miembros le manifestaron su cariño. Su 

madre, casada con Félix Rodríguez, le reconoció valerosamente. Aquí se produjo 

la estrecha unión afectiva con su madre y con su hermanastra, doña Rosa 

Rodríguez. 

A los doce años su padre dispuso fuese a estudiar al Colegio de San Carlos en 

Lima, donde se educaban los jóvenes de la nobleza peruana. 

En 1794, cuando casi tenía dieciséis años, don Ambrosio decidió que marchara 

a Cádiz recomendado a Nicolás de la Cruz y Bahamonde, más tarde Conde del 

Maule, cuñado de Albano. De la Cruz le remitió a Gran Bretaña, bajo la tutela de 

los relojeros judíos Spencer y Perkins, quienes le colocaron en una pensión del 

pueblo de Richmond, a tres horas de Londres. 

O’Higgins recibió en Richmond la educación propia de un gentleman inglés: 

humanidades, matemáticas, dibujo, francés, inglés, geografía, historia antigua y 

moderna, música y el manejo de las armas. 

INFLUENCIAS 

Más que la formación intelectual recibida, incidirían dos circunstancias con 

mayor gravitación en las convicciones ideológicas futuras de O’Higgins: 

1º La permanencia en Gran Bretaña, que influyó notablemente en el desarrollo 

del pensamiento político del futuro Libertador. Inglaterra vivía en guerra casi 

ininterrumpidamente con la Península, desde los tiempos de Felipe II, y su 

pueblo rebosaba animosidad contra la potencia campeona de la Iglesia Católica 

y el Papado en su lucha contra las disidencias en el seno del Cristianismo, Su 

régimen político, donde el absolutismo real había sido desplazado por un sistema 

aristocrático; donde el Gabinete ejercía vastos poderes, no obstante su accionar 

era controlado por un Parlamento Bicameral, expresión de las clases dirigentes de 

las Islas Británicas, que influiría en su accionar, político futuro, como analizaremos 

más adelante. 

2º En Gran Bretaña se relacionó con el venezolano Francisco de Miranda, 

personaje de agitada vida y profundas convicciones emancipacionistas. Hijo 

de padre canario y madre criolla, nació en Caracas el 28 de marzo de 1750. 

Estudió en su ciudad natal y posteriormente ingresó al Ejército como Capitán de 

428


Infantería. Hizo dos campañas en África, asistió a la Guerra de Independencia 

de los Estados Unidos como ayudante del General Gagigal, Comandante de las 

fuerzas que España envió en auxilio de sus aliados americanos. Cultivó relaciones 

en las diversas cortes europeas, participó en la Revolución Francesa, obteniendo 

el grado de General de los Ejércitos de la República. (Girondino, se exilió en Gran 

Bretaña, asqueado de los excesos jacobinos). 

Según Vicuña Mackenna, el Libertador habría tomado a Francisco de Miranda 

como profesor de Matemáticas. Sea lo que fuere, es indudable la fuerte influencia 

que éste ejercía sobre el joven chileno. El mismo O’Higgins se encargó de referirnos 

sus impresiones: “Cuando yo oí aquellas revelaciones y me posesioné del cuadro 

de aquellas operaciones –dice–, me arrojé a los brazos de Miranda, bañado de 

lágrimas y besé sus manos”. El precursor, estrechándolo en sus brazos, le dijo: 

“Sí, hijo mío, la providencia divina querrá que se cumplan nuestros votos por la 

libertad de nuestra patria común. Así está decretado en el libro de los destinos. 

Mucho secreto, valor y constancia son las égidas que os escudarán de los lazos 

de los tiranos” 1 . Jaime Eyzaguirre nos reafirma la tesis de la influencia de Miranda 

sobre O’Higgins: “Un pliego que guarda con religiosa veneración y que a solas 

lee y relee, le trae siempre fresca la palabra del apóstol de la libertad, su consejo 

prudente, su voz de estímulo. Desconfiad –le dice el vigoroso caudillo– de todo 

hombre que haya pasado de la edad de cuarenta años, a menos que os conste el 

que sea amigo de la lectura y particularmente de aquellos libros que hayan sido 

prohibidos por la Inquisición... la juventud es la edad de los ardientes y generosos 

sentimientos, Entre los jóvenes de vuestra edad encontraréis fácilmente muchos 

prontos a escuchar y fáciles de convencerse. Pero, por otra parte, la juventud 

también es la época de la indiscreción y de los actos temerarios; así es que 

debéis temer estos defectos de los jóvenes tanto como la timidez de los viejos. Es 

también un error el creer que todo hombre, porque tiene una corona en la cabeza, 

o se sienta en la poltrona de un Canónigo, es un fanático intolerante y un enemigo 

decidido de los derechos de los hombres. Conozco por experiencia, que en esta 

clase existen los hombres más liberales e ilustrados de Sudamérica” 2 . 

De ambas fuentes, surge en O’Higgins una concepción americanista y 

antimonárquica muy fuerte. A la idea tradicional de una Asociación de Reinos 

vinculadora de los territorios indianos a la Metrópoli a través de la persona del 

Monarca opone la tesis de una gran patria americana impregnada del pensamiento 

de la Ilustración, especialmente del Despotismo Ilustrado 3 . 

CHILENISMO LOCALISTA DE O’HIGGINS 

Al regresar a Chile (1801), la influencia de la familia Riquelme, muy 

especialmente la de su madre, doña Isabel, y su hermana Rosa, en conjunto con 

1 Encina Armanet, Francisco Antonio: Historia de Chile. Editorial Ercilla, Santiago 1984. Tomo 12, pág. 48. 

2 Gutiérrez Eyzaguirre, Jaime: O’Higgins. Editorial Zig-Zag” Santiago 1946, págs. 26-27. 

3 Encina Armanet, ob. cit., Tomo 13, pág. 174. 

“La combinación de su intenso deseo de progreso, de su convencimiento de, que los pueblos sólo podían ser 

felices obligándolos a serlo y de su concepto de que el orden es la base ineludible no sólo de todo progreso, 

sino también de la civilización, bastaba para echarle en brazos del despotismo ilustrado, sin necesidad del 

ejemplo de su padre”. 

429


la natural atracción de su suelo natal, desarrollaron en él un fuerte sentimiento 

localista de amor a la tierra e sus mayores. 

“Quiso la suerte que debiera a Chile mi primer aliento y, por tanto, débole como 

a mi patria, reparar en cuanto de mi dependa, su degradación, porque mirar su 

suerte con vergonzosa apatía, sería violar uno de los principios morales que más 

constantemente se me ha enseñado a respetar desde que debe ser más grato 

a nuestro corazón, después del amor que debemos al Creador, es el amor de la 

Patria”. (Carta a Juan Mackenna, 5 de enero de 1811). 

“Mis intereses personales son los que menos he cuidado en toda mi vida, 

particularmente cuando los de mi patria están por medio. Si; de esta patria que 

desde los 15 años de mi primera edad fue el ídolo de mi corazón en la tierra, y 

lo será hasta rendirle el último aliento”. (Carta a Agustín López, 24 de agosto de 

1842). 

El testamento de su padre le otorgó la propiedad de la hacienda “Las 

Canteras” 4 . Lo que lo convirtió en un rico e influyente hacendado, vigorizando su 

enraizamiento a la Intendencia de Concepción 5 . Luego fue designado Gobernador 

Civil (Subdelegado) del Distrito de Isla de Laja. En 1806, el pueblo de Chillán pone 

en sus manos la vara de Alcalde. Función en la cual O’Higgins tuvo ocasión de 

dar testimonio de su adhesión a la causa de los derechos ciudadanos oponiendo 

una valiente y decidida repulsa a los atropellos inferidos por el Intendente de 

Concepción, don Luis de Alava, a las facultades comunales. 

Iniciado el proceso emancipador el 18 de septiembre de 1810, Don Bernardo 

O’Higgins abraza con entusiasmo las ideas autonomistas; apoya decididamente 

la creación de un Regimiento de milicianos en Laja, integrado principalmente 

por los campesinos de su hacienda 6 . Manifiesta desde los inicios de la lucha 

por la independencia su voluntad favorable a la convocatoria a una Asamblea 

Representativa, donde tuviera expresión la voluntad de los chilenos. 

O’HIGGINS, PARTIDARIO DEL RÉGIMEN REPRESENTATIVO 

No obstante su adhesión al régimen representativo, la observación realista de 

la situación nacional le hace escéptico ante los primeros pasos de un Congreso 

Nacional. Expresa sus convicciones y temores a su coterráneo penquista don 

Juan Martínez de Rozas: “Según mi propia convicción, me pareció indudable que 

el Primer Congreso de Chile va a dar muestras de la más pueril ignorancia y a 

hacerse reo de toda clase de insensateces. Tales consecuencias son inevitables. 

En nuestra actual situación, careciendo, como carecemos, de toda clase de 

4 Esta hacienda contaba con una dotación de 10.200 vacunos, 2.000 caballos, 5.000 caprinos y ovejunos. Sus 

plantaciones eran 85.000 plantas de viñas y frutales. Más de cuatrocientos inquilinos prestaban sus servicios 

en dicho predio. 

Valencia Avaria, Luis: El pensamiento de O’Higgins. Editorial del Pacífico, Santiago 1974, pág. 33. 

5 Esta extendía su esfera jurisdiccional desde el río Maule al río Diamante, separada del Virreinato del Río de la 

Plata por la cordillera de los Andes. Al sur del río Diamante, el territorio penquista finalizaba en el Polo Sur. 

6 El Regimiento N° 2 de La Laja era compuesto por los inquilinos y vecinos inmediatos del Prócer. Martínez de 

Rozas designó a O’Higgins segundo Comandante de esta unidad con rango de Teniente Coronel de Milicias. 

Carta a Juan Mackenna, de fecha 5 de enero de 1811, De la Cruz, Epistolario de O’Higgins, Tomo I, págs. 31. 

y 32. 

430


conocimientos y de toda experiencia. Pero es preciso comenzar alguna vez, y 

mientras más pronto sea, mayores ventajas obtendremos” 7 . 

Convocadas las elecciones para el Congreso Nacional, el Partido de Los 

Ángeles otorga su representación a don Bernardo. En el ejercicio de la función 

parlamentaria se esforzará por lograr la aprobación de un proyecto de ley que 

prohíba el entierro de cadáveres en los templos y que cree para este objeto 

cementerios en las afueras de las ciudades. Aquí se advierte nítida la marcada 

influencia que el pensamiento ilustrado ejerció en el accionar del Prócer. Su padre, 

don Ambrosio, había luchado vanamente para implementar tal medida durante su 

creativo Gobierno. 

Ante el requerimiento de la Metrópoli Castellana de remitir Diputados chilenos 

a las Cortes Generales de la Monarquía y, asimismo, los caudales públicos para 

el sostenimiento de la guerra contra Napoleón, el Diputado O’Higgins hará saber 

su más enérgica disconformidad con dicha proposición: 

“Aunque estamos en minoría –dijo– sabemos suplir nuestra inferioridad 

numérica con nuestra energía y arrojo y no dejaremos de tener bastantes brazos 

para oponernos eficazmente a la salida de este dinero, tan necesario para nuestro 

país de invasión” 8 . O’Higgins postulaba claramente el rol de Chile como algo 

distinto de los demás integrantes de la Monarquía Hispana, cuyo interés debía 

primar sobre las preocupaciones por la suerte de los restantes componentes. 

Movido por su verbo encendido, el Congreso acuerda rehusar el pedido del 

Gobierno de la Metrópoli. 

Asimismo, rechaza enfáticamente las pretensiones del Cabildo de Santiago de 

aumentar de seis a doce la representación de la capital en el Congreso: “Frente 

a este atropello inferido a las demás localidades del reino y que no se habría 

atrevido a perpetrar” ni aún el mismo Londres, corte de más de un millón de 

habitantes, que sólo tiene dos Diputados, ha luchado infructuosamente sin lograr 

una satisfactoria reparación. Y a esto tiene que agregar el tenaz desempeño 

gastado para obtener que se contemple la división territorial en el nombramiento 

de los vocales de la junta. Tampoco ha logrado nada y no le queda así más 

remedio que retirarse del Congreso con sus demás colegas de Provincia, hasta 

conocer la decisión de los respectivos mandantes 9 . Aquí observamos el concepto 

que el Prócer tiene de la función parlamentaria: Un mandato, en cuyo desempeño 

el mandatario debe rendir cuentas de su accionar a sus mandantes y solicitarles 

sus instrucciones. Insiste reiteradamente en tal postura, como lo expresa en 

carta a sus representados: “Desde mi ingreso al Congreso he movido y sostenido 

incesantemente una decisión por el sistema representativo, conforme a la voluntad 

de mi provincia, y no pudiendo el pueblo de Santiago tener derecho para: elegir 

representantes al Gobierno General, por otras provincias, no me conformo con 

esta convención ilegal y suplico se me exima de tal representación” 10 . 

7 Encina Armanet, ob. cit., Tomo II págs. 39-40 (entrevista con Juan Martínez de Rozas). 

8 Eyzaguirre Gutiérrez, ob. cit., pág. 69. 


10 Eyzagtúrre Gutiérrez, ob. cit., pág. 76. 

431


Sin embargo, la inoperancia del Congreso, la poca versación demostrada 

por la inmensa mayoría de sus integrantes en el manejo de la cosa pública, 

iban desilusionando al parlamentario sureño de la factibilidad de que el régimen 

representativo pudiese consolidar la independencia de Chile. No obstante lo 

cual, rechazó la posibilidad de establecer regímenes de fuerza y repudió las 

pretensiones cesaristas de Carrera. O’Higgins, pese a sus distanciamientos y 

discrepancias ideológicas con ambos caudillos, se esforzó por conseguir un 

acuerdo entre Carrera y el jefe penquista Martínez de Rozas 11 . Comprendía el 

futuro Libertador que un enfrentamiento entre sectores autonomistas antagónicos 

incrementaría las posibilidades de una invasión realista desde el Virreinato del 

Perú. 

O’Higgins mantendría su adhesión al sistema representativo durante todo el 

período de la Patria Vieja. Así representaría a la Junta de Gobierno compuesta 

por José Miguel Infante, Agustín de Eyzaguirre y José Ignacio Cienfuegos 

la necesidad de que una vez que sea vencido el enemigo, se convoque a un 

Congreso Nacional, dejando a los pueblos en libertad de designar autoridades 

de su confianza, e instaurar una Constitución conforme a los deseos de la Nación 

chilena 12 . 

En carta a su amigo el Coronel don Juan Mackenna O’Rilley, insiste en estas 

convicciones: Me dice usted, que ha acordado la Junta de Corporaciones que se 

trabaje en un reglamento acerca de la convocatoria de Diputados al Congreso, 

y que se concluirá luego; está muy en el orden, y es necesario se haga, a mi 

me parece que el Congreso que revolucionariamente, le quitaron por la fuerza 

los Carreras es el que debe ahora regir, o, a lo menos, los congresales de las 

provincias ocupadas por los enemigos, que son los que únicamente por legitimidad 

puedan llenar semejante lugar; particularmente existiendo éstos, en la mayor 

parte, en la capital, y teniendo noticias que sus poderes aún no han sido retirados 

por los constituyentes, y aunque entre ellos hay pocos carrerinos revolucionarios, 

pueden ser excluidos por sus costumbres díscolas 13 . Es interesante aquí el 

planteamiento del Brigadier O’Higgins, en el sentido que “las costumbres díscolas” 

de los representantes carrerinos justificarían su exclusión del Congreso. Postula 

aquí la necesidad de evitar que éstos obstaculicen el funcionamiento eficaz de la 

futura Asamblea. La libertad de disentir debe sacrificarse en aras de los intereses 

superiores del Estado. 

EVOLUCIÓN DE O’HIGGINS HACIA EL AUTORITARISMO 

El colapso de la Patria Vieja ante la invasión realista comandada por el Coronel 

Mariano Ossorio, no obstante los esfuerzos heroicos, del Prócer, le obliga a partir 

al exilio a la Provincia argentina de Cuyo. Durante su permanencia en el Río de la 

Plata, su pensamiento político experimentó profundas modificaciones: la evolución 

de la ruina de la causa emancipadora en Chile se le representa como resultante 

11 O’Higgins, sincero creyente en el sistema representativo, pese a sus decepciones, no conciliaba con el 

autoritarismo de Rozas y el cesarismo militar de Carrera. 

12 Comunicación del 29 de noviembre de 1813, citada por Feliú Cruz, Guillermo., El pensamiento político de 

O’Higgins, Imprenta Universitaria, Santiago, 1954, p. 22. 

13 Carta del 20 de junio de 1814, Feliú Cruz, ob. cit., p. 22. 

432


de la inoperancia del Primer Congreso y la acción negativa del caudillismo de 

Carrera. La observación de la anarquía que azotaba a las provincias argentinas, 

casi desde la instalación de la Junta de Mayo hasta la instalación del triunvirato, lo 

desengaña acerca de las bondades del ejercicio popular de la soberanía. Ante el 

desorden que afligía a la vecina República, muchos de los jefes argentinos afectos 

a O’Higgins se inclinan por soluciones autoritarias. San Martín, Pueyrredón, 

Quintana, Soler, entre otros; muy probablemente sus opiniones influyeron en el 

chillido. De aquí su adhesión a un Gobierno fuerte y su repudio del federalismo: 

“¿Es posible que se hayan vuelto locos esos hombres?, tengan cuidado que si 

ese fantasma federal (impracticable en todos tiempos y mucho más en el estado 

presente) no desaparece luego, restableciendo inmediatamente la unidad del 

Gobierno. Fijará el tirano español su cetro en esas provincias (del Río de la Plata) 

(dislocadas, e inundadas por la barbarie más desenfrenada. Tal vez cuando 

lleguen a conocer esta verdad ya no encuentran remedio los miserables” 14 . La 

anarquía como el mayor de los males, fuente de divisionismo y pérdida de la 

libertad, está siempre presente en el pensamiento del Libertador. 

La batalla de Chacabuco, victoria del Ejército de los Andes, lograda gracias 

al arrojo y la decisión de O’Higgins, abre a los patriotas las puertas de Santiago. 

Surge ahora el problema de dar Gobierno a las regiones de Chile recién liberado 

y consolidar la estructura del naciente Estado. Una reunión de notables ofrece 

la Jefatura del país al General José de San Martín, argentino, absolutamente 

ajeno a Chile y su realidad; sin duda esto se debió al rechazo de la aristocracia 

santiaguina, tradicionalista y ligada por vínculos de parentesco a la familia 

Carrera, al progresista y modernizador hombre público que actuará en la Patria 

Vieja, al provinciano fronterizo ajeno a los círculos y salones de la capital 15 . San 

Martín rechaza el Mando Supremo, a su instancia, pero sin mayor entusiasmo, la 

Asamblea ofrece a O’Higgins la Dirección Suprema del país. 

LEGALISMO DE O’HIGGINS 

Al asumir el mando, don Bernardo O’Higgins tenía sólo 39 años. El carácter 

legaslista del Prócer se manifiesta en la limitación voluntaria que hace de los 

poderes absolutos con que se lo invistiera para proseguir la guerra contra los 

realistas: “El mismo año en que el patriciado le entregó el Mando Supremo sin 

limitaciones de plazo ni poderes, el propio Director Supremo hace elaborar el Plan 

de Hacienda y Administración Pública, especie de código de régimen interior en 

el cual se autolimita el poder discrecional que había sido investido” 16 . 

Francisco Ruiz Tagle, el Marqués de Larraín, José Ignacio Eyzaguirre y José 

María. Guzmán, entre otros. 

14 Carta a Miguel Zañartu, 9 de marzo de 1820. Valencia Avaria, ob. cit., p. 127. 

15 En dicha reunión estaban presentes el Conde de Quinta Alegre, el Mayorazgo 

16 Heise González, Julio: “150 años de evolución constitucional”. Editorial Andrés Bello, Santiago, 1979. 

433


LA AUTORIDAD CIVIL VINCULADA A LO CASTRENSE 

En O’Higgins existe una marcada influencia de lo castrense: concibe el 

desempeño de la autoridad política como estrechamente ligado al mando militar: 

“El ejercicio del mando fue creándole el hábito de las condiciones que exige posea 

el gobernante. La voluntad, la disciplina en una energía incontrastable. 

“La que habíasele formado en el Comando Militar fue traspasada a la 

función civil del Mandatario. Llegó hasta el autoritarismo, sin que el espíritu del 

militar hiciera imposible la existencia de la ley que supo respetar” 17 . No puede 

sorprendernos esta mentalidad, dado que en el caso chileno fue previa la creación 

del Ejército a la estructuración del Estado 18 , y que la identificación de la autoridad 

política con la jefatura militar entroncaba con la arraigada tradición del Reino de 

Chile 19 . Asimismo, existía la necesidad de consolidar la independencia, ya que los 

realistas controlaban el territorio nacional desde el Bio-Bío al sur. 

Bernardo O’Higgins siempre se consideró, ante todo, un militar: “Agradecida la 

capital, por un voto espontáneo, designa la primera silla del Estado al meritísimo 

General San Martín, y la generosa renuncia de este jefe convierte la admiración 

hacia Mi. Ni entonces ni después me dominó la ambición de mandar. Soy un 

soldado ingenuo, acostumbrado a mostrar el pecho a los enemigos de mi Patria y 

no puedo ocultar su interior a mis conciudadanos” 20 . 

“Bernardo O’Higgins fue ante todo un soldado, y soldado excelente; más a 

diferencia de otros grandes jefes de la revolución hispanoamericana, raras veces 

le tentó consignar en el papel sus móviles e ideas políticas. Nunca estuvo ni cerca 

de emplear esas tiradas de elegante retórica con que Simón Bolívar, por ejemplo, 

justificó cada uno de sus actos” 21 . 

Ello y las circunstancias por las que atravesaba el país; necesidad de llevar a 

término la gesta emancipadora y preservar la Soberanía Nacional de la amenaza 

extranjera, le dio la convicción que el Ejército era la columna vertebral de la Patria: 

“Conociendo que sin Fuerza Armada el Estado quedaba expuesto al encono de 

España o a las aspiraciones de un aventurero, fue mi primera atención establecer 

una Academia Militar, donde por primera vez recibió la juventud de Chile esta 

clase de educación; y aunque la guerra y la escasez de recursos no dejaron 

perfeccionarla, contamos por ello con un Ejército respetable de cinco batallones 

de línea, uno de granaderos de la Guardia de Honor, otro de cazadores, dos 

17 Feliú Cruz, ob. cit., pág. 208. 

18 O’Higgins y los emigrados chilenos adheridos a él constituyeron en Mendoza lo que sería el núcleo del futuro 

Ejército Nacional. 

19 Chile, “Tierra de Guerra” por la presencia de los mapuches y las incursiones de corsarios y piratas, como muy 

bien lo expresara el historiador Mario Góngora, debía ser gobernado por militares profesionales. Aquí se creó 

el primer Ejército permanente de Hispanoamérica. La pacificación del territorio chileno costó a España más 

sangre que la de todo el resto de las Indias Occidentales. Las ordenanzas reales establecían que si fallecía 

el Gobernador debía ejercer el interinato el Jefe Militar de más alta graduación, mientras el Rey designaba el 

Mandatario definitivo. 

20 Manifiesto del 31 de agosto de 1820. El subrayado es nuestro. 

21 Collier, Simón: Ideas y política de la independencia chilena 1808-1833, Editorial Andrés Bello, 1977, pág 214. 

434


de artillería, un regimiento de caballería de la escolta, otro de dragones y una 

Maestranza sin igual en América” 22 . 

O’HIGGINS Y EL GOBIERNO FUERTE 

O’Higgins estaba convencido de que sólo un Gobierno fuerte podría consolidar 

la independencia de Chile: “Allá por 1817, cuando llegó a asumir el poder 

supremo para conducir el país a través de condiciones peligrosas e implantar un 

programa de reformas radicales. La agitación pública no se podía tolerar” 23 . Este 

fue un punto en el cual insistió desde el momento en que el Ejército de los Andes 

entró en Chile, en febrero de 1817: “El orden va a restablecerse con la libertad”, 

rezan las palabras tomadas de su primera proclama (El General de la vanguardia 

del Ejército de los Andes a los naturales de Chile). Postula aquí que el orden es 

requisito indispensable de la libertad, esta no puede florecer en la licencia y la 

anarquía. 

“Sólo un Gobierno vigoroso y enérgico podría mantener la tranquilidad y 

el orden, y preparar el espíritu público a recibir en tiempo las instituciones 

convenientes” 24 . 

El temor a la anarquía, explicablemente fuerte en quien ha visto de cerca sus 

nefastas consecuencias, fundamenta su convicción proclive al Gobierno fuerte: 

“Para O’Higgins –escribe Amunátegui Reyes– el enemigo más terrible fue siempre 

la anarquía; y si puede culpársele alguna vez de un acto despótico, seguramente 

lo cometió obligado por la necesidad de combatirla” 25 . 

“Admití la Dirección Suprema sin consideración a mi individuo, sino al bien 

público: hubo ruegos e instancias privadas para que no renunciase; recelé 

la anarquía por la divergencia de opiniones en otros, y todo venció mi genial 

moderación” 26 . El héroe no trepida en sacrificar su tranquilidad y natural modestia, 

afrontando una tarea gigantesca con tal de evitar al país los riesgos de caer en 

una situación de caos y desgobierno. 

O’HIGGINS Y LA IGLESIA CATÓLICA 

El accionar gubernamental del Prócer le ocasionará conflictos con la Iglesia 

Católica, importante fuerza espiritual en aquellos días. En el origen de estos 

problemas no existieron discrepancias dogmáticas o doctrinarias, El Libertador, 

fuertemente influenciado por su madre doña Isabel, fue toda su vida hombre de 

acentuada religiosidad y convicciones católicas. Bástenos recordar la promesa 

de construir un templo conmemorativo a la victoria de Maipú y su voluntad de ser 

amortajado con el sayal franciscano. Sin embargo, la actitud antiemancipadora de 

la jerarquía Eclesiástica y la militante actuación prorrealista de muchos clérigos 

22 Manifiesto del 31 de agosto de 1820. 

23 Collier, Simón, ob. cit., p. 221. 

24 Collier, Simón, ob. cit., p. 229. O’Higgins e Irrisarri. 

25 Orrego Vicuña, Eugenio: El espíritu constitucional de la administración O’Higgins. Imprenta Cervantes, 


26 Feliú Cruz, Guillermo, ob. cit., p. 45. El subrayado es nuestro. 

435


le obligaron a tomar medidas represivas contra Prelados, Curas y Frailes 27 . El 

destierro del Obispo de Santiago, José Antonio Rodríguez Zorrilla, la confinación 

de numerosos religiosos y el exilio de varios curas realistas no contribuyeron, 

ciertamente, a atraerle la adhesión de las gentes de Iglesia. 

El espíritu tolerante y progresista del Director Supremo, que le movió a 

autorizar la fundación de un cementerio para disidentes en Valparaíso y permitir 

la instalación de elementos no católicos en el país, chocó a los sectores más 

acusadamente católicos de la Sociedad. Las prohibiciones de enterrar a los 

muertos en las iglesias, la de fijar la lista de los impenitentes en la puerta de 

los templos, las reglas dictadas para que en las procesiones no se admitieran 

ni disciplinantes ni negros vestidos con trajes ridículos fueron consideradas un 

atentado contra las tradiciones religiosas. 

Por otra parte, O’Higgins consideraba el Patronato como un derecho inherente 

a su condición de Jefe de Estado 28 , y los ejercía sin vacilaciones. Esto merecía 

serios reparos de parte de los elementos eclesiásticos y la aristocracia. 

Así, grandes protestas provocó también la disposición del Senado del 19 de 

diciembre de 1818, según la cual los beneficios eclesiásticos (rentas que percibía 

quien desempeñaba un cargo o dignidad clerical) que vacaran por muerte de 

los que los disfrutasen no serian proveídos sino después de un año, tiempo 

durante el cual la renta que produjesen sería aplicada a la reunión de fondos 

para el sostenimiento del Instituto Nacional, obra en la que estaba interesado 

el Gobierno. La decisión regalista del Director Supremo le enajenó la buena 

voluntad de numerosos jerarcas de la Iglesia, tales como el Presbítero José Alejo 

Eyzaguirre. 

Las pretensiones de reformar la confesión auricular y abolir el celibato 

eclesiástico que abrigare el Libertador y de las que le disuadió su íntimo amigo el 

Presbítero Casimiro Albano, se representaron a la opinión católica como intentos 

de protestantizar la religión tradicional. La posición del Director Supremo frente, 

a la Iglesia se parecía a la de los grandes mandatarios ilustrados del siglo XVIII: 

compartía los dogmas y la fe, pero propiciaba la existencia de un clero serpiente y 

digno, capaz de ser un valioso auxiliar del Estado en su rol educador, respetuoso 

y observante de las leyes del país. De allí su constante preocupación por los 

asuntos eclesiásticos y su afán por traspasar los derechos que al Patronato 

concedía a los monarcas españoles al Jefe del Estado de Chile. Por ello, sus 

detractores, tonsurados y laicos, le acusaban de galicanismo 29 . 

27 El Papa León XII en encíclica del 24 de septiembre de 1824, condenó la independencia y llamó a los 

americanos a observar fidelidad a “nuestro muy amado hijo Fernando VII”. El Obispo de Santiago, don José 

Antonio Rodríguez Zorrilla se caracterizó por su adhesión a la cansa realista. Numerosos curas actuaron 

encabezando partidas de guerrilleros realistas: Juan Antonio Ferrebú, Rere; Angel Gatica, Chillan; Juan de 

Dios Bulnes, Arauco; Pedro Curries, Cauquenes; José Luis Brañas, Yumbel; Gregorio Valle, Hualqui. 

28 En virtud del Patronato. El monarca proponía al Sumo Pontífice los nombres de las personas que consideraba 

idónea para los cargos y dignidades eclesiásticas (derecho de presentación); percibía directamente el diezmo. 

los afectados por el fallo de un Tribunal Ecleslástico podían apelar ante un Tribunal Civil de mayor jerarquía 

(Recurso de Fuerza); en virtud del “Pase regio” o “Exequatur”, la difusión de un documento emanado de Roma 

sólo podía ser hecha previa autorización del Estado. 

29 Se entiende por galicanismo la tendencia a separar administrativamente y en materia de disciplina la Iglesia 

Católica de un Estado de Roma, pero sin innovar en sus aspectos dogmáticos y tradicionales. Asumiendo las 

potestades pontificales en materia de designaciones de cargos y otorgamiento de dignidades el soberano, 

436


PROGRESISMO DE O’HIGGINS 

“Como gobernante, O’Higgins fue extremadamente progresista. Siempre 

consideró a su padre un modelo de gobernante digno de ser imitado por las 

generaciones posteriores. Le consideraba el hombre más útil que Chile poseyera 

jamás” 30 . El progreso debía ser impuesto por el Jefe del Estado a la ciudadanía, en 

beneficio de ésta, hasta transformar totalmente el país. De allí el rol trascendental 

que atribuye a la educación. Absolutamente antiespañol, aspiraba a erradicar 

hasta el último resabio del régimen y la mentalidad colonial por medio del accionar 

del Gobierno, unido al desarrollo cultural y educacional. 

“Los triunfos militares no habían sido capaces de abolir el espíritu colonial en las 

costumbres, y O’Higgins, adversario absoluto de lo español, quería desarraigarlo 

por entero. Sentía una inmensa confianza en el poder de la educación, y en medio 

de las abrumadoras preocupaciones de la guerra del sur y de los aprestos de la 

expedición al Perú, tuvo aún tiempo para atraer con empeño el interés del Senado 

hacia aquel asunto; fue así como brotó el acuerdo de reiniciar las funciones del 

Instituto Nacional, abierto en 1813, y que el Gobierno español de la Reconquista 

había clausurado... una fe inmensa asistía al Director Supremo en la eficacia de 

la enseñanza que, concorde con las luces del siglo, comenzaría a derramarse 

desde las aulas del establecimiento restaurado 31 . 

“El actual estado de la civilización y de las luces nos descubre bien la necesidad 

de adelantar, o, por mejor decir, plantear de un modo efectivo y suficiente la 

educación e ilustración”. 

“Necesitamos formar hombres de Estado, legisladores, economistas, jueces, 

negociadores, ingenieros, arquitectos, marinos, constructores hidráulicos, 

maquinistas, químicos, mineros, artistas, agricultores, comerciantes” (discurso de 

apertura de la Convención, 23 de julio de 1822). 

En el mensaje del Prócer a la Convención de 1822 aparecen nítidas sus ideas 

al respecto., “Las luces, las riquezas y el poder anduvieron siempre reunidos en 

las naciones; sin estos, elementos, que los unos nacen de los otros, Chile no será 

nación ni logrará el fruto de sus sacrificios’. 

“Sabéis cuán necesaria es la reformación de las leyes. ¡Ojalá se adoptaron los 

cinco códigos célebres tan dignos de sabiduría de estos últimos tiempos, y que 

ponen en claro la barbarie de los anteriores! Bórrense para siempre instituciones 

montada bajo un plan colonial; destiérrese la ignorancia, procesase con actividad, 

y se allanarán todos los obstáculos”. 

A través de estos párrafos el Libertador proclama su fe en el accionar del 

Estado y rol formativo del proceso educacional, los que unidos habrían de lograr 

alcanzar la meta ansiada: convertir a Chile en una nación fuerte, libre y respetada 

en el concierto internacional. 

Los reyes franceses arrancarían numerosos privilegios en tal sentido a los Papas; la Revolución Francesa 

extremaría esta tendencia hasta el enfrentamiento con la Santa Sede. 

30 Collier, ob. cit., pág. 215. 


437


REPUBLICANISMO DE O’HIGGINS 

Don Bernardo O’Higgins profesó siempre un absoluto repudio a las 

instituciones monárquicas; así, en 1813 expresaba en carta a un amigo residente 

en Buenos Aires: “Acérquese usted a esa capital, emporio de las virtudes, baluarte 

inexpugnable del republicanismo, a ese templo majestuoso de la libertad del Sur, 

donde es distinguido el modesto mérito y carácter verdadero, del fraudulento y 

de la intrépida imprudencia” 32 . Para él, Buenos Aires tenía el mérito de haber 

rechazado enfáticamente las concepciones monárquicas que profesaban algunos 

de los más destacados lideres de la Independencia. La capital del Río de la Plata 

se le representa como un baluarte del republicanismo progresista, en oposición 

al tradicionalismo monarquista en boga en vastos sectores de otras latitudes 

americanas. 

La monarquía, aún la de carácter nacional, se le representaba como “un 

símbolo de la tiranía, una reminiscencia del oscurantismo pasado colonial, causal 

de la degradación de su pueblo, la ignorancia, la estulticia moral, la ruina del 

comercio y la industria”, en fin, todos los males que “cargaban a ese régimen por 

el liberalismo que había proclamado la Revolución de los Estados Unidos y la de 

Francia. En estas materias pensaba como un jacobino de su tiempo” 33 . 

“El espíritu republicano se fortaleció en su mente como una contrapartida 

de los males que creyó ver en la monarquía española, y, probablemente, en la 

inglesa” 34 . Pese a las exhortaciones de San Martín, Irisarri, García del Río y otros 

de sus amigos o adheridos en favor de propiciar el establecimiento de dinastías 

europeas en tronos americanos 35 . Así, se opuso a las gestiones que se pretendía 

realizara Irisarri en Europa con esa finalidad. No vaciló en exteriorizar su repudio a 

la fórmula monárquica en el brindis pronunciado en el homenaje al representante 

de Bolívar, General Mosquera: “Brindemos, pues, porque si antes o después de 

haber afianzado nuestra Independencia, se apareciera algún insensato con la 

pretensión de introducir en América el sistema carcomido de testas coronadas, su 

sangre lave tal oprobio, o que la nuestra se derrame por los campos, como el vino 

de esta copa por el suelo (la tiró y llenó otra) antes que los que hemos peleado 

por la libertad, nuestros hijos y nietos, consientan en ello” 36 . 

Reafirma su republicanismo en carta a su amigo José Gaspar Marin: “Vamos a 

entrar –le decía– en un nuevo periodo, consagrado a la estabilidad y a la política. 

Si Chile ha de ser República, como lo exigen nuestros juramentos y el voto de la 

naturaleza, indicado en la configuración y riqueza que le distingue; si nuestros 

sacrificios no han tenido un objeto insignificante; si los creadores de la revolución 

se propusieron hacer libre y feliz a su suelo, y esto sólo se logra bajo un Gobierno 

republicano y no por la variación de las dinastías reinantes, preciso es que 

huyamos de aquellos fríos calculadores que apetecen de monarquismo. ¡Cuán 

32 Carta de fecha 1° de enero de 1813, epistolario recopilado por Ernesto de la Cruz, carta N°8, p. 40. 

33 Feliú Cruz, ob. cit., p. 13. 


35 Ellos estimaban que de ese modo las grandes potencias reconocerían más fácilmente la Independencia 

de América. Por otra parte, el Régimen Monárquico sería un dique contra la anarquía, que ya se había 

enseñoreado en varios países americanos. 


438


difícil es, mi amigo, desarraigar hábitos envejecidos! Los hombres ilustrados como 

usted, de razón y juicio privilegiados, son los únicos que pueden convencer y 

persuadir. Ojalá se dedicara algunos ratos a este importante objeto, sobre la forma 

de Gobierno más conveniente a Chile, para que así se precava del monarquismo 

europeo, con que se ha dividir a América” 37 . 

O’HIGGINS, DEMÓCRATA SOCIAL, ARISTÓCRATA POLÍTICO 

Este republicanismo le condujo a abolir los títulos de nobleza el 15 de 

septiembre de 1817. “Queriendo desterrar para siempre la miserable reliquia del 

sistema feudal que ha regido en Chile, y que, por efecto de una rutina ciega se 

conserva aún en parte contra los principios de este Gobierno, todo título, dignidad 

o nobleza, hereditaria queda enteramente abolido. A los antes llamados Condes, 

Marqueses, nobles o Caballeros de tal o cual orden, se prohíbe darles títulos ni 

ellos podrán admitirlos. Quitarán todo escudo de armas u otro distintivo cualquiera, 

y se considerarán como simples ciudadanos. El Estado no reconoce más dignidad 

ni da más honores que los concedidos por los Gobiernos de América” 38 . 

El 22 de marzo de 1817 dictaba un decreto por el cual prohibía el uso de los 

escudos de armas: “Si en toda sociedad debe el individuo distinguirse solamente 

por su virtud y su mérito, en una república es intolerable el uso de aquellos 

jeroglíficos que anuncian la nobleza de los antepasados, nobleza conferida en 

retribución de servicios que abaten la especie humana... Por tanto, ordeno y 

mando que en el término de ocho días se quiten de todas las puertas de calle los 

escudos de armas e insignias de nobleza con que los tiranos compensaban las 

injurias reales que inferían a sus vasallos” 39 . 

O’Higgins postulaba que sólo el cumplimiento de los deberes y el servicio 

público merecían trascender y ser recompensados. Por ello crea la Legión 

del Mérito, inspirada en la Legión de Honor napoleónica, para premiar a los 

destacados servidores públicos. Rechazaba enfáticamente el privilegio hereditario 

y sólo reconocía valor a los logros, fruto del esfuerzo y servicios prestados al 

Estado. Esta orden tenía por objeto enaltecer las realizaciones de los ciudadanos 

al servicio de la, República e incentivarlos a continuar por el camino del mérito 

cívico. 

“Su sentido democrático social le movió a intentar suprimir los mayorazgos; 

perseguía de esta manera acabar con los privilegios de que disfrutaban los hijos 

primogénitos que recibían el conjunto de los bienes inmuebles que constituían la 

institución” 40 . La virulenta oposición de los afectados y las familias tradicionales 

impidió se concretase la iniciativa del Director Supremo. 

Sin embargo, estos conceptos democráticos e igualitarios en lo social no 

iban aparejados de similar mentalidad en lo político: “Sus principios políticos 

37 Carta a don José Caspar Marín, 18 de octubre de 1821. 

38 Decreto del 15 de septiembre de 1817. 

39 Decreto del 22 de marzo de 1817. 

40 El Mayorazgo consistía en un conjunto de bienes inmuebles que no podían gravarse ni enajenarse, debiendo 

ser transferidos a un heredero en las mismas condiciones que habían sido recibidos. 

439


eran republicanos y democráticos; pero no de aquella democracia que pretende 

someter al común del pueblo el ejercicio de la Administración Pública. En medio 

de esos principios democráticos, creía que ese ejercicio era sólo inherente del 

pueblo sensato e independiente” 41 . 

El Prócer postulaba una República aristocrática, donde los elementos selectos, 

los más educados, aquellos que observaron una mayor devoción cívica, tuviesen 

una mayor participación en la cosa pública y, consecuencialmente, ejercieron una 

mayor influencia en el desarrollo de los asuntos del Estado. El avance del proceso 

educacional iría ampliando el porcentaje de ciudadanos participativos y haciendo 

de la práctica de las virtudes cívicas algo general 42 . 

O’HIGGINS Y LAS FRONTERAS DEL ESTADO CHILENO 

Fue preocupación preponderante del Director Supremo el preservar las 

fronteras que al Reino de Chile legara la monarquía hispana 43 ; por ello, fue notorio 

su interés en el Chile trasandino; mucho después de abandonar el Gobierno 

escribiría al Presidente, General José Joaquín Prieto Vial: “Yo considero a los 

pehuenches, puelches y, patagones por tan paisanos como los nacidos al norte del 

Bío-Bío; y, después de la independencia de nuestra Patria, ningún acontecimiento 

podría darme mayor satisfacción que presenciar la civilización de todos los hijos 

de Chile en ambas bandas de la gran cordillera y su unión en una gran familia” 44 . 

Así, podemos sostener que fue el único hombre de Estado chileno que exteriorizó 

su inquietud por la suerte, del Chile transandino, y cabe suponer que, de no 

mediar su prematura abdicación, habría tomado medidas encaminadas a procurar 

la integración de estos territorios a la jurisdicción de la República de Chile. 

En el mismo documento reafirmaba: “Conviniendo como yo convengo con 

Molina, que todos los habitantes de los valles del Este, así como del Oeste de los 

Andes son chilenos” 45 . 

O’HIGGINS Y LA EXPANSIÓN CHILENA ULTRAOCEÁNICA 

Asimismo, la condición del Estrecho como vía importante de comunicación 

entre los dos océanos, América y el Viejo Continente, motivaron su atención: “La 

colonización de las tierras magallánicas y la navegación a vapor en el Estrecho. 

Las últimas exploraciones realizadas en esa región por el Capitán Robert 

Fitz-Roy, que comenzaban a abrir el apetito de las potencias europeas hacia la 

tierra austral de Chile, le llevaron a la persuasión de que el Gobierno de su Patria 

no debía demorar más el hacer allí ostensible su soberanía y expedito el paso de 

Magallanes. Sus proyectos eran alentados por el experto Capitán John H. Smith, 

41 Feliú, Cruz, Guillermo, ob. cit., pág. 27. Expresiones del General José María, de la Cruz Prieto acerca del 

Libertador. 

42 Encina Armanet, ob. cit., Tomo 13, pág. 174. 

43 Estas eran: al Norte el río Loa que lo separaba del Virreinato del Perú; al Sur el Polo Sur; al Oeste el océano 

Pacífico; al Este la cordillera de los Andes hasta el río Diamante, al sur del cual todo el territorio austral 

pertenecía a la Capitanía General de Chile. 

44 Carta al General José Joaquín Prieto Vial, Lima 24 de octubre de 1830. El subrayado es nuestro. 

45 Idem anterior. 

440


que en su barco “Cigar” atravesaba periódicamente aquellas lejanías al practicar 

la carrera de Inglaterra al Perú” 46 . 

El Prócer tenía conciencia de que el destino de Chile estaba estrechamente 

ligado al océano; por ello, estimaba imprescindible que el nuevo Estado contase 

con una Escuadra Nacional capaz de garantizar la seguridad de nuestras costas 

y expandir la soberanía chilena allende los mares, el ejemplo de “La inmortal 

Cundinamarca” 47 . Estaba fijo en su mente: “A costa de sacrificios contamos 

hoy con una escuadra, que se enseñorea en el Pacífico, y seremos dueños de 

las costas que baña; siempre el dominio de los mares llevó en pos de sí los 

continentes, La presa de la fragata “Isabel”, de cinco transportes con tropas y 

de tantos buques mercantes, el armamento de corsarios; la consecución de las 

fuerzas navales del Callao; el terror y escarmiento de las de Cádiz; el fuego de la 

libertad encendido en las costas del Perú, centelleando en Lima y electrizando la 

sierra; la obediencia a esta República jurándose en las costas de Panamá” 48 . 

La visión de O’Higgins era una República fuerte y progresista, cuyo poder 

se basaría en una escuadra que le asegurase la hegemonía en el Pacífico y le 

posibilitara la expansión ultramarina. En carta al Almirante Cochrane expresa 

con precisión sus ideas: “Será muy terrible para mí la pérdida de Guayaquil, pero 

tal accidente podía proporcionar a usted y a Chile mayores glorias y ventajas. 

Si la pérdida es efectiva y si usted considerase que podría ser capturada, sería 

conveniente apoderarse de la puna o algún punto equivalente donde izar el 

pabellón chileno, y a su aviso yo podría enviarle 500 hombres y aún más, si 

hubieran algunas personas de fortuna que pudieran adelantarnos 60.000 pesos 

o ayudarnos con productos del país para los gastos de la expedición. Estando 

Guayaquil en nuestro poder, las Islas Galápagos (que ahora pertenecen a la 

primera nación sudamericana que tome posesión de ellas) serán nuestras y 

agregando la “Prueba” y la “Venganza”, daremos leyes y las impondremos” 49 . 

La expansión territorial y transoceánica debía llevar consigo una importante 

inmigración extranjera; el Libertador piensa en los irlandeses, coterráneos de 

sus antepasados, agobiados por la pobreza de la tierra y el yugo inglés: “Atraer 

extranjeros agricultores, industriales y capitalistas, no es posible sin ofrecerles 

una gran garantía y toda la libertad de que gozan en otras naciones; ésta es la 

adquisición más importante. Virgen todavía la feraz superficie de nuestro suelo 

e intactas sus entrañas, sólo ellas nos procurarán en breve nuevos frutos y 

tesoros” 50 . 

A través de nuestro estudio podemos resumir los principales aspectos del 

pensamiento e inquietudes políticas del Libertador: 

1. Una república autoritaria, dotada de un poder ejecutivo fuerte, de carácter 

castrense que gobierne con un sentido educador y teniendo como meta el 

desarrollo en constante progreso; 

46 Eyzaguirre, ob. cit., pág. 460. 

47 Inglaterra. 

48 Manifiesto del 31 de agosto de 1820. 

49 Valencia. Avaria, ob. cit., pág. 88. 

50 Discurso de apertura de la Convención, 23 de julio de 1822. 

441


2. La existencia de un ejército y marina eficaces, capaces de garantizar la 

soberanía nacional y la libertad; 

3. La preservación de las fronteras fijadas al antiguo Reino de Chile, procurando 

la integración de sus habitantes y su sometimiento a la ley nacional; 

4. Promover una expansión ultramarina a través del Pacífico, adquiriendo 

nuevos territorios y mercados para Vuestros productos; 

5. Una democracia social, donde no existieron clases ni grupos privilegiados, 

pero reduciendo la participación política a la parte más ilustrada de la 

población; 

6. Traer a nuestras costas una importante inmigración extranjera que contribuya 

a promover el desarrollo económico explotando las riquezas intactas; 

7. La Iglesia debe cumplir un importante rol social, pero está conminada a 

respetar los derechos concedidos al Estado en el Patronato y adherir a la 

organización política vigente en Chile; 

8. Progresismo, labor educadora del Estado, la que tendría por misión cambiar 

favorablemente los hábitos y mentalidad del pueblo. 

De lo expuesto podemos afirmar que la mayor parte de las ideas e inquietudes 

del Libertador en el plano político conservan su vigencia en la época presente. 

442


EL PENSAMIENTO GEOPOLÍTICO 


Agustín Toro Dávila 

INTRODUCCIÓN 

El desarrollo del enunciado del tema exige previamente establecer las 

premisas básicas que dicen relación con la connotación histórica del Libertador 

Bernardo O’Higgins, con los elementos propios del pensamiento geopolítico, 

con el panorama geopolítico que presentaba nuestro mundo, en el tiempo de 

la emancipación y con la forma cómo O’Higgins enfrentó el presente de ese 

entonces, y cómo lo proyectó hacia el futuro. 

El escritor A. Demangeon expresó en su obra “Geografía Política” que la 

“verdad cambia según las patrias”, significando con ello el que muchos hechos, 

que son válidos para una nación, no lo son para otras o, al menos, que no tengan 

una similar aceptación y esto sucede muy a menudo, cuando se investiga la 

historia de personajes y de hechos. Para muchos historiadores no chilenos, la 

figura de Bernardo O’Higgins aparece enmarcada exclusivamente en la lucha 

de emancipación de su patria, cosa que también sucede con Artigas y se 

le ubica, como un personaje secundario, frente a Bolívar y a San Martín en la 

gesta emancipadora iberoamericana. La justicia histórica debe –a mi juicio– sin 

menoscabar a esas dos otras grandes figuras de la independencia, colocar a 

Bernardo O’Higgins no solamente como el padre de la patria chilena, sino que 

también como prócer americanista. 

Para Hillaire Belloc la verdad histórica no siempre es absolutamente 

concordante con la verdad pura; esta última puede aceptarse sin otra 

consideración que la existencia comprobada de un hecho, de un hombre o de 

un fenómeno; simplemente, es verdad o no lo es. Para la historia, la verdad tiene 

otras características según el profesor alemán F. Sowicki, el “hombre es el sujeto 

y objeto único y verdadero de todo hecho histórico, individualmente y agrupado 

en un pueblo o en una nación”; por otra parte, según Belloc, para alcanzar la 

verdad histórica no basta con la definición –aunque sea exacta– de un hecho o de 

un personaje, ella requiere establecer el porqué uno u otro llegan a ser historia. 

Muchas verdades pueden expresarse sobre Bernardo O’Higgins acerca de su 

condición de hombre, de soldado, de patriota y de gobernante, pero creo que 

cualquiera de ellas, aisladamente, resultaría incompleta, no sería una verdad 

histórica, ¿cuál es ésta?: Fue el forjador de la República de Chile, por cuanto 

443


no solamente luchó por su independencia, sino que estructuró su vida Política, 

creando un fuerte sentido de nacionalidad en su población, estableció una definida 

concepción sobre la integridad de su territorio y de su patrimonio marítimo y 

asentó, firmemente, el sentido de la soberanía chilena. Pero aún hay más; tuvo 

la visión de proyectar la lucha de la emancipación más allá del continente, hacia 

el océano, que era el medio por el cual España podía apoyar sus esfuerzos en 

nuestra América. 

Y es, en este Centro, en el cual se produce el encuentro entre la acción política 

de O’Higgins y la concepción moderna de la Geopolítica, Territorio, pueblo y 

soberanía son los elementos constitutivos de un estado y también los elementos 

básicos del estudio Geopolítico. Hoy el territorio no es sólo la porción de tierra 

enmarcada en límites jurisdiccionales, sino también comprende el espacio 

marítimo que enfrenta sus costas. El valor de una nacionalidad constituye 

el elemento vital del Estado y está en relación directa con la fortaleza moral, 

intelectual y física de su pueblo, con su tradición histórica. y con la solidez de la 

sociedad que ella misma se haya forjado. Los recursos territoriales y marítimos 

y su eficiente aprovechamiento, unidos a la pujanza y al espíritu de un pueblo, 

permiten que su soberanía sea una realidad. Así resulta que la geografía política 

de hoy puede ser la geografía histórica del mañana. 

EL PANORAMA GEOPOLÍTICO 

El panorama internacional, que se vivía a comienzos del siglo XIX, cuando 

los países iberoamericanos comenzaron a luchar por sus independencias, 

presentaba un nuevo equilibrio potencial, en el cual Gran Bretaña y Francia eran 

los actores principales; la primera, buscaba el dominio de los mares de todo el 

mundo y la segunda, la conquista de Europa. Los antiguos imperios de Rusia 

y Austria-Hungría se mantenían bajo la amenaza continua del expansionismo 

francés, y España y Portugal, que habían sido los dueños de los mares, veían 

vulneradas sus líneas de comunicaciones marítimas por las flotas regulares e 

irregulares británicas. 

Con esto, el imperio de Carlos V, en el cual “jamás se ponía el sol”, había 

perdido su condición de potencia mundial y le resultaba difícil mantener un control 

adecuado de su imperio colonial. Gran Bretaña era el más pertinaz y también el 

más peligroso enemigo de la Corona española y llevaba su lucha no solamente 

al campo militar marítimo, sino que también hacia el político y el psicológico. En 

Londres encontraban refugio y consejos los principales líderes iberoamericanos y 

ya se había propagado en el mundo la “leyenda negra” del colonialismo español. 

En el cuadro regional americano aparecían cuatro potencias, dos europeas, 

Gran Bretaña y España, y dos americanas, Estados Unidos y Brasil, como 

representante de Portugal. En este plano, la rivalidad hispano-británica se 

mantenía al mismo nivel que se presentaba en el internacional; tenían intereses 

totalmente opuestos de tal manera, que lo que era conveniente para una, resultaba 

inconveniente para otra, y viceversa; Londres buscaba debilitar al imperio español 

y fue esa una de las razones que llevó a su gobierno a aceptar y aun propiciar las 

actividades independentistas cae muchos pro hombres iberoamericanos, como 

444


ya se expresó anteriormente; fue allí, a orillas del Támesis, donde Francisco de 

Miranda, el gran ideólogo de la causa americana, transmitió sus pensamientos 

libertarios y sus inquietudes a Simón Bolívar, a José de San Martín y a Bernardo 

O’Higgins. 

Sobre este particular no podemos dejarnos llevar por la idea de que Gran 

Bretaña actuaba así por amor a la libertad; lo que la impulsaba a seguir ese 

camino era realmente el logro de un imperio sin rivales que pudieran amenazarla. 

Tucídides dijo que así como la identidad de intereses es el más sólido lazo que 

une a los estados, la oposición de ellos es la causa principal de sus luchas y 

desuniones. Y el sociólogo y escritor Max Weber reafirmó ese pensamiento cuando 

precisó que los intereses materiales e ideales son quienes dominan directamente 

las acciones de los hombres y de los Estados. Cada acción internacional que 

sirviera para socavar el poderío hispano era apoyada insistentemente por Gran 

Bretaña. 

Ya en la primera parte del siglo XIX se formaron dos potencias americanas 

regionales, Estados Unidos en Norteamérica y Brasil en América del Sur. Para los 

intereses geopolíticos de ambos, una fuerte presencia española en el continente 

representaba un peligro, así como también lo era el surgimiento de otras grandes 

potencias regionales. En 1823 el Presidente norteamericano James Monroe dio a 

conocer su famosa doctrina que proclamaba al mundo el que “América era de los 

americanos”, como una forma de impedir las interferencias de algunas potencias 

europeas. La verdad es que esa doctrina ha sido muchas veces vulnerada y lo 

que es más importante se ha prestado a diferentes apreciaciones conceptuales. 

Genéricamente, el hombre de Estados Unidos se une con el de América y por 

declinación a sus habitantes se los denomina como “americanos”, incluso en 

nuestros mismos países sudamericanos. Cabe preguntarse, entonces, ¿qué 

somos los habitantes de esta otra parte de América? ¿Nos incluyó el Presidente 

Monroe en su doctrina? Muchas conjeturas pueden establecerse sobre el 

particular y todas ellas tienden a determinar cierto grado de diferenciación aun 

cuando sólo sea en lo aparente. La verdad es que para el mundo nosotros somos 

aceptados como americanos, pero, adjetivados; somos latinoamericanos –que es 

a mi juicio lo más común y lo menos exacto– o somos iberoamericanos, que es 

una realidad étnica, cultural e histórica. 

Aun cuando el imperio de Brasil sólo proclamó su independencia en 1821, sus 

intereses geopolíticos reales tomaron cuerpo cuando la Casa de Braganza debió 

abandonar Lisboa para establecerse en su gran Colonia Brasilera. La presencia 

geopolítica de esta nación, que tenía fronteras comunes y muchas veces 

conflictivas con todos los Virreinatos hispanos, tuvo una especial relevancia en 

todo el período de la independencia y las nacientes repúblicas sudamericanas del 

Atlántico sufrieron su influencia en muchos aspectos. 

Dentro de estos marcos se desarrolló la emancipación de las patrias 

hispanoamericanas, durante cuyo proceso cada una siguió los caminos que sus 

intereses aconsejaban y que sus posibilidades les permitían. Muchos historiadores 

americanos y también europeos, todos ellos de gran prestigio, reconocen 

solamente la existencia de dos capitanes, como lo señalé en el inicio de este 

445


ensayo, Simón Bolívar en el norte y San Martín en el sur; el rol americanista de 

O’Higgins es desconocido como también lo es su visión geopolítica. 

Si consideramos el hecho de que el estudio de las ciencias geopolíticas 

reconoce los tres elementos del Estado que cité anteriormente, territorio, 

población y soberanía, el Libertador O’Higgins tiene derecho a ocupar un sitial 

no solamente como gobernante chileno, sino como un geopolítico visionario. 

Cierto es que San Martín participó en el proceso de independencia de Argentina 

y apoyó decididamente el de Chile, sin embargo, poca o ninguna injerencia tuvo 

en la formación de la nación Argentina, su patria; como General al servicio del 

Gobierno de Chile proclamó la libertad del Perú, pero tampoco forjó la nación 

peruana. Simón Bolívar dio libertad a su patria, Venezuela, a Colombia, a Ecuador 

y finalizó la del Perú y la del Alto Perú, sin embargo, no logró para ellos un destino 

geopolítico y sus sueños de unión se desvanecieron en pocos años, no por 

voluntad, sino por una realidad, que iba mucho más allá que las bellas ilusiones. 

O’HIGGINS Y EL CONCEPTO DE SOBERANÍA 

Se entiende por soberanía la facultad de independencia que tiene un Estado 

para regirse a sí mismo sin subordinarse ni aceptar ninguna injerencia o influencia 

procedente del exterior. 

O’Higgins hizo realidad lo que muchos años antes había expresado el poeta 

Alonso de Ercilla y Zúñiga en su “Araucana” sobre la estirpe chilena cuando 

cantó “no ha sido por rey jamás regida ni a extranjero dominio sometida”. Creó un 

gobierno organizando la nueva República soberana, dueña de su propio destino, 

y si bien es cierto, cuando voluntariamente dejó el poder para evitar una lucha 

fratricida, ella vivió un período de anarquía, luego se sobrepuso precisamente por 

la solidez estructural que le había dado el Director Supremo. 

Así se puede afirmar que O’Higgins gestó y proyectó la soberanía chilena 

cuando todavía muchas naciones iberoamericanas se debatían en luchas internas 

y en otras primaban fuertes intereses foráneos; ello nos permitió a los chilenos el 

vivir dueños absolutos de ese presente y capaces de mirar con seguridad hacia 

el futuro. 

En esa época de la historia, de nuestra historia, resultaba común el pensar, 

que las nuevas patrias no tendrían las capacidades suficientes como para 

autogobernarse y por ello parecía indispensable pensar cobijarse bajo el poder 

de una Casa Monárquica europea, inglesa, francesa o española. Esta situación 

se refleja muy claramente en la explicación que el historiador argentino J.B. 

Alberdi dio sobre el pensamiento monárquico de San Martín y que también 

compartía Pueyrredón: “Su deseo no era entregar la América a Europa, sino que 

colocar en los brazos protectores de la Europa liberal la existencia de los nuevos 

gobiernos que se mostraban incapaces de gobernarse a sí mismos y de darles 

la paz y el orden que convenía a sus programas”. Hoy puede parecernos que 

ese pensamiento en sí significaba un retroceso del ideal libertario puesto que 

la Europa de 1820 distaba mucho de ser tan liberal, ya que en ella imperaba la 

Santa Alianza para la cual el absolutismo era la única alternativa de los pueblos; 

446


sin embargo, curiosamente fue un concepto generalizado, no exclusivo de San 

Martín y que, sin embargo, no compartieron ni O’Higgins ni Artigas. 

El insigne historiador chileno don Luis Valencia Avaria, en su artículo “La política 

internacional de Chile y su posición ante el Perú”, escribió sobre este particular: 

“La entronización de reyes en los países emancipados fue tenida por hombres 

muy esclarecidos en la época como una solución justa y útil, porque no veían 

otra forma de ganarse la confianza europea y obtener, el reconocimiento de la 

independencia”. Las monarquías del Viejo Mundo no aceptaban a las repúblicas 

y las miraban como amenazas a su propia estabilidad. Con este convencimiento, 

cuando San Martín, en junio de 1821, abrió conversaciones en Punchauca con el 

Virrey de Lima para acordar un armisticio, le propuso formalmente la entronización 

de un Príncipe español, como Rey del Perú y del Alto Perú, con la posibilidad de 

unir a su Corona tanto a Chile como a Argentina. El Virrey La Serna sorprendido 

de la proposición, postergó su respuesta hasta consultar a su corte, lo que 

significaba retrasarla en principio por más de un año. 

San Martín dio cuenta a O’Higgins de su proposición, aunque en términos 

muy generales. El mandatario chileno no dio respuesta oficial alguna, pero 

indirectamente la rechazó en carta que escribió al general José Ribadeneyra, 

prócer peruano muy inmediato al general argentino. “Yo no sé, le dijo, que a 

pueblos entusiasmados por la libertad acomodase un gobierno que la contraría”. 

Y pidió también a José Gaspar Marín que le apoyara para contrarrestar a quienes 

en Chile pudieran servir las miras del Protector del Perú: “Si Chile, ha de ser 

República, como lo exigen nuestros juramentos y el voto de la naturaleza..., si 

nuestros sacrificios no han tenido un objeto insignificante; si los creadores de la 

revolución se propusieron hacer libre y feliz a su suelo y esto sólo se logra bajo un 

gobierno republicano y no por la variación de dinastías distantes, preciso es que, 

huyamos de aquellos fríos calculadores que apetecen el monarquismo. ¡Cuán 

difícil es, mi amigo, desarraigar hábitos envejecidos...! Ojalá dedicara algunos 

ratos a este importante objeto. ¡Qué de bellezas y reflexiones no ocurrirían a usted 

sobre la forma de gobierno más conveniente a Chile, para que así se precava el 

monarquismo europeo, como ha pensado, de dividir la América!”. 

Analizando esta situación, me he preguntado muchas veces si el destino de 

Iberoamérica hubiera sido mejor si se hubiera concretado la proposición que el 

Ministro Conde de Aranda hizo al Rey Carlos III en el sentido de agrupar todas 

las colonias americanas en tres reinos independientes, pero federados en un 

gran imperio español. Los reinos de México con todo Centroamérica y el Caribe, 

de tierra adentro (con el Virreinato de Nueva Granada) y del Perú (incluyendo al 

Virreinato del Río de la Plata), regidos por un príncipe de la Casa Real Borbónica 

pudieron existir a fines del siglo XVIII, pero, ¿habría variado esa realidad que 

se vivía en cada una de las colonias? Pienso que no, y que esa proposición no 

habría podido concretarse puesto que ya estaban formadas las nacionalidades y 

cada una de ellas tenía el deseo de buscar sus propios caminos para el futuro. 

¿Habrían podido subsistir en Iberoamérica las monarquías europeas que se 

pensaba podrían ser la solución para los procesos de independencia? A mi modo 

de ver, ellas habrían sido muy transitorias y hubieran creado mayores problemas 

que los que se produjeron con los caudillismos regionales y aún más, el destino 

447


del continente habría continuado ligado al de Europa con todas sus variadas 

alternativas histórico-políticas. 

Seguramente, en esa época, las incertidumbres de los libertadores eran muchas, 

las alternativas escasas y las posibilidades poquísimas. Y es precisamente esto 

lo que me lleva a valorar exactamente la visión o’higginiana de una soberanía 

total para su patria, gobernada por sus propios hijos y sin aceptar presiones que 

significaran la subordinación a otras potencias. Hoy esto nos parece sencillo y muy 

claro, ayer, y en ese ayer tan especial, pareciera no haberlo sido; era necesario 

tener una visión muy clara de futuro y coraje para enfrentar la problemática de la 

desorientación político-social que se vivía. 

Por otra parte, también comprendió Bernardo O’Higgins que la soberanía de 

un Estado no sólo puede verse amenazada por presiones o injerencias exteriores, 

sino que también por un cuadro interno y fue por ello que, dentro de los preceptos 

políticos que regían la política de entonces, estableció un gobierno dentro del 

cual su pueblo tenía conciencia de sus derechos de igualdad y de libertad, y eso 

fue evidente cuando, aún teniendo la fuerza, abdicó para abrir paso a nuevas 

inquietudes ciudadanas y se fue al destierro, añorando su Chile, pero sin 

inmiscuirse en sus acontecimientos políticos posteriores. 

O’HIGGINS, TERRITORIO Y MAR 

Territorio y mar constituyen el patrimonio de los Estados y sobre ellos se ejerce 

la soberanía. El aprovechamiento de sus condiciones naturales y su desarrollo, 

así como el asegurar su integridad, constituyen obligaciones de los gobiernos. 

En la época de la independencia las colonias que luchaban por sus causas de 

emancipación sólo podían ser amenazadas por el mar, ya que éste era la única 

línea de abastecimiento para las tropas hispánicas que aseguraban el dominio de 

los territorios continentales e insulares. 

España mantenía una poderosa flota naval y sus galeones cruzaban los mares 

Pacífico y Atlántico en tareas de transporte; la potencia de sus ejércitos en América 

era dependiente de la expedita condición de esas líneas. La estrategia naval 

juega con tres elementos fundamentales que son la fuerza naval, como el factor 

de acción, la posición naval, que es la base desde la cual opera la fuerza, y el 

objetivo tanto de la una como de la otra, que es el control de las comunicaciones, 

tanto para asegurar sus propias rutas como para interferir las del adversario. 

La Corona tenía la fuerza que dominaba los mares y posiciones estratégicas 

en el Caribe, en el Atlántico y en el Pacífico; en este último, sus plazas principales 

eran la isla de Chiloé, Valdivia, Valparaíso, el Callao, Guayaquil y Panamá. La de 

mayor capacidad y potencialidad era el Callao. Es lógico suponer que todos los 

libertadores comprendieron esta necesidad que afectaba también a las costas 

atlánticas y caribeñas, pero fue O’Higgins el que, además de comprenderla, la 

hizo realidad. 

La materialización de la necesidad de quitar a España el dominio del mar, en 

el Pacífico, fue la creación de la Escuadra Nacional con la cual pudo conquistar 

para Chile la plaza fuerte de Valdivia. Con esa Escuadra, que inicialmente 

448


comandó Blanco Encalada y luego Lord Cochrane, se inició la presencia chilena 

en el Pacífico Sur. Las palabras del Libertador cuando zarpó la Escuadra con las 

tropas que componían el Ejército chileno reforzado por contingentes argentinos 

hacia el Perú, fueron proféticas: “De estas cuatro tablas depende la salvación de 

América”. 

La Escuadra al mando de Lord Cochrane atacó y bloqueó el Callao y Guayaquil 

e incursionó hacia el norte interfiriendo seriamente las comunicaciones marítimas 

españolas; en una carta escrita al Almirante, O’Higgins le expresa: “Mientras la 

Escuadra bajo nuestras órdenes domine el Pacífico, esta República está bien 

resguardada y está en nuestras manos ser amos de la fuerza moral, política, 

comercial y aún física de América” (21 de noviembre de 1821). 

Comprendió O’Higgins, asimismo, que mientras España mantuviera posiciones 

navales estratégicas estaría en condiciones de enfrentar los movimientos 

nacionalistas y por ello es que dispuso el ataque o el bloqueo de sus principales 

puertos; su última palabra “Magallanes” fue una demostración de su interés por 

dominar este Estrecho que unía a los grandes océanos y que era un paso obligado 

o por lo menos el más conveniente de las comunicaciones marítimas entre Europa 

y América. Desde el otro lado del Pacífico, España sólo podía actuar desde las 

Filipinas y desde las Marianas y las Carolinas, sin embargo, ello le significaba una 

navegación de circunvalación del Continente Africano para el movimiento naval 

desde la península hacia las islas antes mencionadas. 

En la misma carta a Lord Cochrane, que anteriormente mencioné, nuestro 

Libertador destaca otros aspectos interesantes sobre esta materia: “Si Guayaquil 

estrecha sus relaciones con Chile de modo que ningún gobierno pueda disolverlas, 

entonces esta República puede dominar y marchar con rapidez a su grandeza”. 

“Estando Guayaquil en nuestro poder, las islas Galápagos, que ahora pertenecen 

a la primera nación que tome posesión de ellas, serán nuestras”. “Luego podremos 

emprenderlas con las Filipinas de cuyo provecho deseo hablarle (cabe pensar 

que deseaba hacerlo personalmente)”. 

Estos pensamientos representan su sentir sobre la imperiosa necesidad 

de dominar el Océano Pacífico y de ejercer ese dominio en toda su plenitud. 

Mientras Guayaquil se constituía en un punto de desentendimiento entre Bolívar, 

que deseaba el puerto para Colombia, y San Martín que lo quería para el Perú, 

O’Higgins reconocía las ventajas que él podría representar en el futuro, como 

también las Islas Galápagos. Su ubicación central en relación con la extensión total 

de las costas hispanoamericanas del Pacífico significaban un punto de irradiación 

del poderío marítimo hacia todas las latitudes. Filipinas logró su separación de 

España a comienzos de este siglo XX para caer bajo el dominio de los Estados 

Unidos que las conquistaron para aumentar su poder en el Lejano Oriente. ¿Cuál 

habría sido el destino de ese lejano país si nuestro Capitán General hubiera 

podido llevar adelante su interés geopolítico? Si las circunstancias se hubieran 

presentado en forma diferente, Chile pudo ser la primera potencia del Pacífico. 

Aún queda bastante por decir sobre este aspecto. Lo que O’Higgins logró con 

su poder naval y con su acción geoestratégica fue comprendido por los nacientes 

Estados latinoamericanos que solicitaron su concurso. 

449


CARTA DE O’HIGGINS A DON MANUEL ZAÑARTU 

“Septiembre de 1820, acaba de llegar un Brigadier enviado por el gobierno 

patrio de México, solicitando auxilio de armas y tropas. Después que hayamos 

solucionado ciertos problemas (se refería a Chiloé) pienso auxiliar a la costa de 

México con armas, oficiales y un par de buques de guerra”. 

Lo anterior significa que otros capitanes de la libertad reconocían la 

potencialidad que ya había alcanzado Chile con la organización de su República. 

y con la solidez de sus fuerzas militares de tierra y mar. 

CARTA DE SIMÓN BOLÍVAR A SAN MARTÍN 

(Maracaibo, 7 septiembre 1821). 

“Tengo la satisfacción de anunciar a vuestra Excelencia que me preparo a 

cumplir la agradable oferta que hice desde Pamplona, en 1819, de ir a abrazar a 

los hijos del sol. Con este objetivo y el de solicitar a vuestra Excelencia los medios 

que creo indispensables para verificar el transporte del ejército de Colombia y su 

reunión con el de Chile, que vuestra Excelencia tan dignamente dirije...”. 

Continúa la carta diciendo lo que envía a su Edecán, Coronel Ibarra, para que 

le dé a conocer detalles de su plan, el que en síntesis consideraba: 

- La principal división venezolana operaría hacia Panamá para ganar un 

puerto en el Pacífico y desde allí ser trasladado por mar hacia el Perú. 

- Lo que solicitaba de San Martín era que esa división pudiera “ser recibida 

abordo de la Escuadra de Chile con que vuestra Excelencia bloquea las 

costas enemigas del Perú”. 

Es interesante destacar que en esta carta se reafirma el hecho de que San 

Martín comandaba al Ejército chileno y que la Escuadra era también chilena. 

El Virreinato del Perú constituía una amenaza tanto para la integridad regional 

de Chile como para la de otras repúblicas. Es cierto que el General José de San 

Martín comprendió esa realidad y que su gran objetivo era el de destruir el poderío 

español en ese mismo centro; sin embargo, es justo también considerar la forma 

como se desarrollaban los acontecimientos. San Martín no recibió apoyo para 

su proyecto del Gobierno de Buenos Aires, por lo que desilusionado abandonó 

Chile y regresó a Mendoza. El Gobierno de Chile reunió una caja de guerra con 

aportes particulares e incluso del mismo O’Higgins; en principio, el Congreso 

chileno dispuso que el mismo Director Supremo comandara la expedición, pero 

éste rechazó la designación en consideración a que, el inspirador de ella era San 

Martín. Por esto, el Congreso nombró a San Martín como General del Ejército de 

Chile y Comandante en Jefe de la Expedición al Perú. Y en esa condición se inició 

la empresa con un Ejército Chileno-Argentino (50.9, cada uno aproximadamente), 

transportado en la Escuadra Chilena. Cuando se le preguntó al Comandante en 

Jefe bajo cuál bandera actuaría la fuerza expedicionaria, éste, con gran hidalguía, 

respondió: “Con la chilena, por supuesto”. Gran parte de la fortuna personal de 

O’Higgins ingresó a la Caja de Guerra; el Gobierno de Pueyrredón no aportó 

apoyo monetario ni material, pero sí envió instrucciones a San Martín en relación 

450


con sus futuras actuaciones; instrucciones que en realidad no tenían validez, pues 

éste actuaba en representación del Gobierno de Chile. 

O’HIGGINS Y LA POBLACIÓN 

La población es el tercer elemento constitutivo del Estado y para algunos 

geopolíticos el más importante. Se dice que nación es el pueblo que habita y 

domina en una determinada región geográfica o en un país. Muchas veces se 

hace del término nación sinónimo del de Estado. Geopolíticamente es un grupo 

étnico con características comunes y cohesionado espiritualmente por razones 

históricas, lengua, religión y tradiciones compartidas. Cuando una nación ocupa 

en su totalidad el territorio de su Estado, éste logra un concepto muy firme de 

integridad y unidad. Pero sucede, muchas veces, que en un mismo Estado conviven 

diferentes nacionalidades muy distintas unas de las otras, constituyéndose las 

llamadas minorías; si ellas no son integradas al amplio concepto de patria, pasan 

a constituirse en focos de posibles separatismos o en grupos que se sienten 

discriminados. 

La conquista española de América tuvo características diferentes según fueron 

los imperios o los territorios que fueron dominando, El mayor o el menor grado de 

resistencia que se les opuso no solamente tuvo trascendencia en la necesidad de 

dar especiales o limitados impulsos a las acciones bélicas mismas, sino también 

tuvo influencia en la formación de las sociedades. 

A diferencia de otros países latinoamericanos, en Chile resulta difícil hacer una 

separación exacta entre los períodos de conquista y de colonia, pues, si bien 

es cierto en el centro de nuestro territorio se inicia una situación de normalidad 

en los siglos XVII o XVIII, en el sur, en Arauco, la guerra continuaba. Fuertes 

contingentes de tropas llegaron desde la península para sofocar los continuos 

alzamientos indígenas; llegaban soldados sin sus familias por lo que la sociedad 

exclusivamente española no fue tan numerosa ni poderosa como en otras colonias; 

sintiéndose cada vez mucho más nativos, se fue encarnando un sentimiento 

patrio. No hubo esclavos de color y si algunos llegaron, sufrieron las condiciones 

climáticas y no se multiplicaron. La sociedad chilena era, dentro del continente, 

una de las que había alcanzado, a comienzos del siglo de la independencia, mayor 

homogeneidad; peninsulares, mestizos y nativos; no hubo habitantes de color ni 

zambos que dominaban demográficamente otras sociedades. Así lo reconoció 

Simón Bolívar cuando escribió: “El Reino de Chile está llamado por la naturaleza 

de su situación, por las costumbres inocentes y virtuosas de sus moradores, por 

el ejemplo de sus vecinos, y los fieros republicanos de Arauco, a gozar de las 

bendiciones que derraman las justas y dulces leyes de una República. Si alguna 

permanece largo tiempo en América, me inclino a creer que será la chilena, jamás 

se ha extinguido allí el espíritu de libertad: Los vicios de Europa y del Asia llegarán 

tarde o nunca a corromper las costumbres de aquel extremo del universo. Su 

territorio es limitado: estará siempre fuera del contacto infectado del resto de los 

hombres; no alternará sus leyes, usos y prácticas; preservará su uniformidad en 

opiniones políticas y religiosas, en una palabra, Chile puede ser libre”. 

451


Sin embargo, así como el Libertador Bolívar se refiere tan generosa y 

justicieramente a Chile, no reconoce validez a la calidad de las poblaciones de 

los países que libertó. El capitán inglés de Fragata Thomas Malling escribió a su 

Ministro de Marina, Lord Melville, sobre una conversación sostenida con Simón 

Bolívar en Chorrillos (Perú): “entre todos los países, Sudamérica es tal vez el 

menos apropiado para los gobiernos republicanos; su población no se compone 

sino de indios y negros, más ignorantes que la raza española de que acabamos 

de independizarnos.. 

El Libertador O’Higgins tuvo una cabal comprensión de la calidad y de las 

características de la población chilena y es por ello que le dio la organización 

política y social que más se identificaba con la idiosincrasia nacional y republicana. 

En el mes de noviembre de 1817 (Roberto Hernández Ponce), “se declaran 

abolidos los títulos de nobleza, creando en su reemplazo la Legión de Méríto. En 

marzo se ha ordenado quitar de todas las puertas de calle los escudos de armas 

o insignias de la nobleza. Por decreto del 3 de junio se cambia la denominación 

español (que aún subsistía) por la de chileno”: 

Decreto: “Supuesto que ya no dependemos de España, no debemos llamarnos 

españoles, sino chilenos. En consecuencia, mando que en todas las clases de 

informaciones judiciales, sean por vías de pruebas en causas criminales, de 

limpieza de sangre, en proclamas cae casamientos, en las partidas de bautismo, 

confirmaciones, matrimonio y entierro, en lugar de la cláusula: Español natural de 

tal parte, que hasta hoy se ha usado, sustituya la de Chileno natural de tal parte: 

observándose en lo demás la fórmula que distingue las clases, entendiéndose 

que respecto de los indios no debe hacerse diferencia alguna, sino denominarlos 

chilenos...”, y en muchos aspectos más se deja notar la preocupación que tuvo 

Bernardo O’Higgins por forjar la nacionalidad chilena bajo sus propias condiciones 

y sin influencias de otras tendencias imperantes ni aceptar discriminaciones 

de minorías étnicas. Tuvo fe en la chilenidad y en ello está implícito un ideal 

geopolítico el que fue reconocido por Simón Bolívar cuando en la carta que 

anteriormente mencioné, finalizó su pensamiento, “Chile puede ser libre”. 

O’HIGGINS Y EL AMERICANISMO 

Se reconoce como el ideal bolivariano, la unidad hegemónico de la América 

hispana, una especie de “nación de repúblicas de América” sumisa a la ley, lo 

que sólo puede interpretarse como que aspiraba a proponer una confederación 

al estilo de la norteamericana (Luis Valencia Avaria). Don Joaquín Mosquera, 

enviado diplomático de Bolívar para concertar tratados de Alianza en Perú, 

conoció el pensamiento de O’Higgins en el sentido de que: “el Director Supremo 

de Chile nada desea tanto como un congreso general de los Estados de América 

y habla con entusiasmo de esta medida”. 

Sobre este particular considero de especial relevancia transcribir el siguiente 

pensamiento de don Luis Valencia Avaria: “Aunque el párrafo es breve y 

naturalmente permite sólo entrever con imprecisión el contenido de la información 

entregada por Lamar, es posible deducir del texto algunas conclusiones de 

interés. En primer lugar, O’Higgins no reclama anticipadamente una “asociación” 

452


de las naciones americanas, como lo hace Bolívar en la carta credencial de 

Mosquera, sino que, con ese respeto de que hablábamos y que le merecen los 

países hermanos, aspira sólo a invitarlos a un congreso, a una asamblea a la 

que concurrirán en igualdad de condiciones. El párrafo, todavía, abre un resquicio 

de luz acerca de la posición de la cancillería grancolombiana, porque Mosquera 

reconoce que la idea no se ha dado en Bogotá cuando juzga que sería “aceptable” 

a su país. 

Algunos años después, en 1833, en un informe que le solicitara el Presidente 

Gamarra, del Perú, O’Higgins le afirmó: “Si yo hubiera continuado en el gobierno 

por un poco de más tiempo, el congreso de plenipotenciarios americanos se 

hubiera reunido en 1823 o a más tardar en 1824”. 

Este propósito de O’Higgins que, a juzgar por la información de Lamar, era 

sostenido y entusiasta, tuvo una manifestación más concluyente que condujo 

efectivamente a una asamblea americana, el Congreso Anfictiónico de Panamá. 

El Prócer chileno mereció muy altas consideraciones de Bolívar. Un hermano de 

Mosquera, don Tomás Cipriano, confidente del Libertador y su admirador devoto, 

asegura que le distinguía “sobre manera” y “oía con gusto sus indicaciones”, y 

hasta relata varios casos en que las llevó a la práctica. Así cuando, ciñéndose a 

propósitos de estrategia que le planteara el general chileno, se hallaba en la sierra 

peruana, Bolívar decidió confiar el Ejército de Operaciones a Sucre y retirarse a la 

costa con una reducida comitiva de oficiales, entre quienes señaló a O’Higgins. El 

viaje, desde Andahuaylas a Chancay, un puerto poco al norte de Lima, les demoró 

casi un mes. En el ambiente cordial y pleno de esos días, O’Higgins tuvo ocasiones 

sobradas para explayarse con el prócer venezolano y así nació la convocatoria a 

Panamá. “El General Bolívar y yo, dice Don Bernardo, después de muy detenida 

meditación, convinimos... (en) reunir un congreso general de plenipotenciarios, 

aprobados por todas las nuevas repúblicas, con el fin de establecer una unión 

general y un sistema de mutua cooperación, y que al mismo tiempo discutiese y 

resolviese acerca de las medidas que pareciesen más eficaces para defender y 

conservar la libertad e independencia de la América del Sur”. 

Su pensamiento en relación a las nuevas patrias americanas fue renovador 

manteniendo en cualquier caso las características soberanas de las Repúblicas; 

creyó en que ellas eran capaces de responder a este desafío histórico aun 

cuando el mismo Bolívar se mostraba escéptico ya que expresó: “Las provincias 

americanas se hayan lidiando por emanciparse, al fin obtendrán un suceso; 

algunas se constituirán de un modo regular en Repúblicas federales y centrales; 

se fundarán monarquías casi inevitablemente en las grandes naciones y algunas 

serán tan infelices que devorarán sus elementos, ya en la actual, ya en las futuras 

revoluciones; una gran monarquía no será fácil de consolidar; una gran República, 

imposible”. 

Resulta poco justo desconocer el americanismo de O’Higgins por cuanto 

sus pensamientos y sus acciones se apuntaron siempre al de una unidad 

iberoamericana, más propiamente a una hispanoamericana, pero de una unidad 

entre naciones coordinadas y no subordinados entre sí. No aceptó jamás la 

entronización de monarquías en una América a la cual él consideraba como un 

453


ideario republicano. Deseó y se esforzó por la unidad hispanoamericana, pero 

dentro del concepto de la soberanía de cada Estado. 

COMENTARIO FINAL 

El historiador chileno Diego Barros Arana dijo una vez que “sin Carrera no 

habría habido independencia y que sin O’Higgins no habría habido una República 

organizada” y ésta es una gran verdad, puesto que este último organizó la fuerza 

humana como un conjunto dinámico amante de la libertad y orgulloso de su 

nacionalidad, consolidó su territorio y aseguró su patrimonio en la tierra y en el 

mar, fomentando un concepto muy firme de lo que hacia el futuro significaría la 

mantención de su soberanía. 

La grandeza del Libertador se refleja nítidamente en las siguientes frases 

de su renuncia: “Creyendo que en las circunstancias actuales puede contribuir 

a que la Patria adquiera su tranquilidad el que yo deje el mando supremo del 

Estado, y habiendo acordado sobre este punto lo conveniente con el pueblo 

de Santiago, único con quien podía hacerlo en la crisis presente, he venido en 

abdicar la Dirección Suprema de Chile y consignar su ejercicio provisorio a una 

junta Gubernativa compuesta de los ciudadanos don Agustín Eyzaguirre, don 

José Miguel Infante y don Fernando Errázuriz...”. 

O’Higgins, el más olvidado de los Capitanes de América y al cual no se le 

reconocen méritos más allá de las propias fronteras chilenas, fue un geopolítico 

con una gran visión del futuro; forjó la Patria Chilena, la que fue de nuestros 

abuelos y la que será de nuestros nietos, y la proyectó hacia el destino. Esta es la 

gran verdad histórica del Libertador Bernardo O’Higgins. 

454


PROYECCIÓN GEOPOLÍTICA Y ESTRATÉGICA 

DE BERNARDO O’HIGGINS 

Juan Carlos Vega Manríquez 1 

1. DURANTE EL PERÍODO DE LA PATRIA VIEJA 

En América durante el período de la colonia española, el comercio exterior era 

monopolio exclusivo de la Corona de España. El intercambio comercial externo 

era realizado a través de la complicada y demorosa vía que unía el Mar Caribe, 

Panamá y el puerto de El Callao, donde la actividad naviera estaba reservada 

sólo para satisfacer los intereses del Virreinato del Perú, cuyo centro de poder se 

radicaba en Lima. 

Lo anterior dejaba a la Capitanía General de Chile, limitada a un simple porteo 

marítimo de cargas dentro de los incipientes puertos, a la pesca artesanal y a las 

actividades ilícitas de contrabando, todo lo cual estaba enmarcado en una casi 

inexistente conciencia nacional sobre los intereses marítimos. 

Por esta razón, en los débiles inicios de la Patria Vieja, don Bernardo O’Higgins 

al opinar sobre funciones de gobierno con apenas 32 años de edad, pero apoyado 

con una educación excepcional ya consolidada, tenía una clara visión del principal 

problema que impedía el despegue del país, el cual radicaba básicamente en su 

aislamiento comercial del resto del mundo. En consecuencia, impulsó a Don Juan 

Martínez de Rozas, miembro de la Junta de Gobierno, para adoptar dos medidas 

esenciales para revertir esta situación y desarrollar el comercio exterior de Chile. 

Estas eran las de crear un Congreso Nacional y decretar la libertad de comercio. 

Así, el 21 de Febrero de 1811 una de las primeras medidas de la Junta de 

Gobierno, fue decretar la libertad de comercio exterior a todas las banderas 

amigas a través de los mayores puertos del país, como lo eran los puertos de 

Coquimbo, Valparaíso, Talcahuano y Valdivia, abriéndolos al comercio mundial y 

dejando en tal sentido, sin efecto la prohibición de la Corona Española. 

En el transcurso de este proceso y ante el inesperado éxito dio la apertura 

comercial de Chile, el Virrey del Perú don Fernando de Abascal (1811-1812) quiso 

evitar esta amenaza para los privilegios comerciales del virreinato y contrató 

buques corsarios para bloquear los puertos Chilenos e impedir el libre comercio 

a través de las rutas marítimas. Además, el temor del Virrey iba más allá de lo 

1 Coronel del Ejército de Chile. Jefatura del Estado Mayor General del Ejército. 

455


comercial, pues quería impedir la llegada a América de ideas libertarías difundidas 

por la Revolución Francesa en Europa, así como el contrabando de armamento 

para armar Ejércitos patriotas en las colonias. 

En 1813, ante la actitud del Virrey, la Primera Junta de Gobierno decidió 

organizar una defensa naval, para lo cual encomendó al Gobernador de Valparaíso 

don Francisco de la Lastra, realizar algunas adquisiciones apuntadas a este 

objetivo, pues no se contaba con ningún elemento adecuado a estos fines. 

De la Lastra, educado en la Marina Española, comenzó esta tarea arrendando 

la fragata norteamericana “Perla” y compró el bergantín “Potrillo”, armando ambos 

buques de forma improvisada con cañones y rifles para la tripulación. Con ambos 

navíos se planificó la captura de la fragata norteamericana “Warren”, contratada 

por el Virrey del Perú, que mantenía el bloqueo de Valparaíso. 

El plan Chileno fracasó, pues la tripulación extranjera de la “Perla” fue 

sobornada por los españoles residentes, cayendo el navío en manos de los 

realistas. Asimismo, el día 2 de Mayo de 1813 fue capturado el bergantín “Potrillo”, 

frustrándose de esta forma el primer intento de obtener un poder naval, algo 

trascendental para concretar el deseo de Chile, de dominar el mar de sus costas 

e impedir el arribo de más buques españoles. 

2. DURANTE EL PERÍODO DE LA RECONQUISTA ESPAÑOLA 

Y EL COMIENZO DE LA PATRIA NUEVA 

En 1814 cuando O’Higgins huyó a Mendoza, lo hizo convencido que la derrota 

patriota se debía, a la falta de un poder naval propio, que impidiera la continua 

llegada de tropas españolas. 

Esta visión global del problema que afectaba la independencia de Chile, la 

adquirió O’Higgins durante su permanencia en Europa, donde constató la realidad 

que proyectaba en aquella época una potencia marítima como el Reino Unido. 

Todo esto, inserto en un ambiente convulsionado por las guerras napoleónicas, 

que motivó la invasión de España y posibilitó el proceso de emancipación en 

América. 

Por esta razón, los españoles como dueños absolutos de las rutas del Océano 

Pacífico, recuperaron sin inconveniente durante este período, el régimen colonial 

en Chile. Esto, al poder desembarcar tropas de refuerzo en los puertos en su 

poder, así como hacer simulacros en otros lugares del litoral y, transportar sus 

abastecimientos a donde quisieran. 

O’Higgins tenía muy clara la desventaja estratégica que significaba no dominar 

el mar y luchar contra un enemigo con recursos inagotables, no pudiendo 

aprovechar a su favor, la óptima situación geográfica de Chile en el Pacífico. 

Ratifica lo anterior, la reacción de O’Higgins después de la Batalla de Chacabuco, 

grabada en la célebre frase que visualizaba su pensamiento geoestratégico 

y sentenciaba su descontento, a pesar de la gran victoria obtenida contra su 

456


adversario: “Este triunfo y cien más serán insignificantes, si no dominamos el 

mar” 2 . 

Al respecto, se estima que en su inspiración geoestratégica O’Higgins tenía 

razón, por cuanto al no destruir el Ejército de Osorio y permitir el repliegue de sus 

restos a Valparaíso y hacia el sur, pronto los realistas enviarían nuevos refuerzos 

desde Perú, que casi harían fracasar los planes patriotas. Asimismo, haciendo 

referencia a la investigación materializada por el autor Jorge lbáñez Vergara 

en su libro “O’Higgins El Libertador”, se hace factible establecer que el inicio 

del pensamiento geoestratégico de O’Higgins se desarrolló en 1815, durante 

su estadía en Argentina, el cual consolidó en un documento denominado “Plan 

para la Reconquista de Chile”, destinado a competir con las proposiciones que al 

mismo tiempo hacia en Buenos Aires, el General José Miguel Carrera. 

El plan de O’Higgins contó con la aprobación del general San Martín y en 

consecuencia fue presentado al gobierno trasandino para lograr su apoyo. 

En resumen, éste consistía en una campaña militar para atacar a las fuerzas 

españolas desplegadas en todo el territorio Chileno, con el propósito de lograr su 

completa destrucción. Para lograr este objetivo estratégico, su plan contemplaba, 

además del cruce de la cordillera de Los Andes con un Ejército bien equipado, 

incluir una expedición marítima que transportaría fuerzas terrestres para cortar 

la vía de retirada de los realistas hacia Lima. Para esto, dicha expedición debía 

cruzar desde el Océano Atlántico al Pacífico por el Cabo de Hornos, procediendo 

luego al bloqueo de los puertos de Talcahuano, Valparaíso y Coquimbo, buscando 

asegurar la destrucción del poder militar colonial en Chile 3 . 

Por otra parte, en su concepción teórica el proyecto también contemplaba 

proclamar la independencia de Chile, como paso indispensable para lograr a 

continuación, la destrucción del principal centro del poder colonial español en 

América, radicado en el Virreinato del Perú 4 . 

En términos generales, la visión geopolítica y geoestratégica de O’Higgins era 

compartida por San Martín. Sin embargo, el gran mérito de crear una fuerza naval 

poderosa que logró en breve tiempo el dominio total del Pacífico, fue sólo de 

O’Higgins. Se fundamenta lo anterior, en el hecho que en las fases del nuevo plan 

ideado en Chile, se consideró la situación del mar como una condición estratégica 

previa, esencial a alcanzar, para posibilitar el transporte seguro de una gran fuerza 

expedicionaria hasta el Perú, incluyendo los refuerzos y los abastecimientos 

necesarios. Todo esto, con el propósito de asestar un golpe definitivo a los 

españoles del virreinato de Lima, donde residía su fortaleza y, además, del cual 

irradiaba su poder e influencia al resto de las colonias en América. 

2 Pierre Celerier en su libro “Geopolítica y Geoestrategia” define el término “geoestrategia” como el estudio de 

los factores geográficos que influyen en la conducción estratégica de una empresa bélica. En este sentido, 

se debe aclarar que la geoestrategia se entiende tan sólo como una herramienta, que contribuye a la toma 

de decisiones de quién aplica la estrategia en dicha empresa. Es decir, la recopilación, estudio y análisis de 

los factores geográficos de un área determinada por el estratega, le permite finalmente extraer conclusiones 

útiles a su propósito, sean estas ventajosas o limitantes, para resolver en mejor forma el problema estratégico 

que ofrece el escenario en el cual debe desenvolverse. 

3 IBAÑEZ, Jorge. Ob. cit., p. 106. 

4 lbíd. 

457


En el mismo contexto, Argentina también supo visualizar con anticipación que 

si quería asegurar su independencia, debía en primer término ayudar a Chile a 

liberarse del dominio colonial, para posteriormente y una vez logrado este objetivo, 

unir nuevamente esfuerzos para liberar al Perú. Sin embargo, en la realidad la 

unión de esfuerzos con Chile sólo llegó hasta la Batalla de Maipú, puesto que 

Argentina después de consolidada esta primera fase, optó por cortar el apoyo 

económico al Ejército de Los Andes, debiendo la mayor parte de estas tropas 

regresar a Mendoza, donde se concretó su disolución final. 

3. LA VISIÓN GEOPOLÍTICA GLOBAL DE O’HIGGINS 

EN SU PROYECCIÓN CONTINENTAL 

Como ya se explicó anteriormente, el proyecto libertador del Perú constituyó 

la idea matriz de O’Higgins en sus preocupaciones americanas, pero ningún 

otro prócer que luchó por la independencia de América, apreció la importancia 

de adquirir un poder naval capaz de asegurar el completo dominio del Océano 

Pacífico, como requisito esencial para iniciar la destrucción del poder español 

establecido en Lima, aislándolo así de toda posibilidad de recibir ayuda desde 

España. Por lo tanto, la creación, consolidación y aprovechamiento de la primera 

Escuadra Nacional, en los plazos y la forma en que se realizó, constituye la obra 

de un genio con una clara visión geopolítica y geoestratégica, cuya concepción 

se extendió al ámbito continental 5 . 

De esta forma, la nueva escuadra Chilena, creada esencialmente con un sentido 

hispanoamericanista, fue cumpliendo paulatinamente una acción libertadora 

desde las costas de Chile hasta las de México, y a su vez, produjo paulatinamente 

un efecto de equilibrio del poder nacional versus el poder colonial que procedía 

del virreinato vecino. Sin embargo, O’Higgins abrigaba otra esperanza como un 

sueño aún mayor. Esta era la de crear una confederación andina conformada 

por Perú, Argentina y Chile, semejante a los Estados Unidos de Norteamérica. 

Esto se comprende, porque para O’Higgins el territorio americano fue siempre la 

“patria común”, de todos aquellos revolucionarios que lucharon por librarse para 

siempre de la dependencia de España 6 . 

En el mismo sentido, la intuición geopolítica de O’Higgins para la materialización 

de la expedición libertadora del Perú, que incluía la Escuadra y el Ejército libertador, 

fue exhibir al mundo una clara demostración del poder nacional desarrollado por 

Chile, a los pocos años de alcanzada su independencia. Esto, logrando en breve 

tiempo el dominio absoluto de las aguas ribereñas del Océano Pacífico entre el 

Cabo de Hornos y México, así como un control importante de los mayores puertos 

ubicados en este litoral marítimo, además de la capacidad de proyectar por esta 

vía un poder militar con la potencia necesaria, para liberar los territorios vecinos y 

de esta forma asegurar la independencia del país. 

5 lbíd., p. 266. 

6 lbíd. 

458


Es decir, la visión geopolítica permanente del prócer de la independencia de 

Chile durante sus seis años de gobierno, fue la de proyectar al país como una 

potencia naval y militar en el Océano Pacífico 7 . 

Más tarde, la conciencia geopolítica y geoestratégica del pueblo Chileno 

heredada de O’Higgins, mantuvo inalterable la voluntad del nuevo gobierno de 

expulsar a los españoles del sur, debido al peligro que esto representaba para 

el comercio marítimo y la independencia de América. Así, el nuevo Director 

Supremo don Ramón Freire enfrentó resueltamente la conquista de Chiloé, lo 

cual logró mediante dos expediciones sucesivas a la isla (1824 y 1826), anexando 

finalmente a Chile este territorio que era considerado el último bastión de España 

en América 8 . 

Finalmente y a pesar de ver consolidados estos logros y estando en el exilio, 

el prócer hasta su muerte siguió pensando y proponiendo a los gobiernos de 

Chile mediante cartas, diversos aspectos geopolíticos destinados a engrandecer 

aún más a su patria. Así, destacó siempre la importancia de la Patagonia y de 

las regiones australes, impulsando la colonización del sur a ambos lados de 

la cordillera. También, aconsejó la pronta toma de posesión del Estrecho de 

Magallanes y del Cabo de Hornos, de la Antártica y del Océano Pacífico en toda 

su extensión. Además, propuso el aprovechamiento de la nueva tecnología de 

navíos a vapor para explotar las agrias interiores nacionales al sur de Chiloé y 

recalcó la integración de los pueblos indígenas a la nacionalidad Chilena 9 .De esta 

forma, durante la vida de O’Higgins su pensamiento geopolítico quedó reflejado 

en numerosas acciones y escritos, destacando una permanente preocupación por 

la zona austral y su incorporación al desarrollo nacional. 

4. LA ORGANIZACIÓN Y CONSOLIDACIÓN 

DE LOS ELEMENTOS CONSTITUTIVOS DEL ESTADO 

En febrero de 1817 asume el General Bernardo O’Higgins como Director 

Supremo de Chile, otorgándosela facultades omnímodas 10 , debido al estado 

de guerra que vivía el país. Aquí, se hace necesario recordar, que Bernardo 

O’Higgins en el momento de su vida en que asume con amplios poderes la 

primera magistratura del país, éste además del inmenso prestigio que ya gozaba 

entre sus compatriotas, poseía también una acabada preparación académica e 

intelectual, producto de sus estudios en Perú e Inglaterra y posterior permanencia 

en Europa. Asimismo, poseía una acabada concepción geopolítica sobre el 

continente Americano, con la influencia de nuevas ideas que allí recibió. 

De esta forma, la capacidad adquirida durante su estadía en Europa, lo llevó 

a visualizar todas las áreas de interés en las cuales la naciente república debía 

consolidarse, para transformarse en el mediano plazo en una nación próspera, 

7 lbíd. 

8 Estado Mayor General del Ejército, Historia del Ejército de Chile, Tomo III, pp. 110-122. 

9 lbáñez, Ob. Cit., 270; p. 301. 

10 Facultades para tomar decisiones sin restricciones de ningún tipo de parte de los otros poderes del Estado, 

que habilitaban su calidad de Director Supremo de la nación. 

459


inserta en la comunidad internacional, con una población cohesionada e instruida, 

con un territorio consolidado y basado en fronteras seguras. 

Por otra parte, la intuición geopolítica de O’Higgins durante su gobierno, fue 

siempre orientada a consolidar los elementos constitutivos que debían conformar 

un Estado soberano. Esto se ratifica en las diversas acciones impulsadas por su 

gobierno, por cuanto primero proclamó la independencia que dio nacimiento oficial 

al nuevo Estado, luego dictó la primera Constitución que organizó el Estado de un 

modo apropiado, después desarrolló un poder nacional que consolidó y defendió 

la soberanía nacional en el mar y tierra, que a su vez le dio estabilidad a la nación; 

paralelamente, delimitó el territorio nacional sobre el cual ejerció la soberanía 

y desarrolló el Estado. Finalmente, impulsó las bases legales pertinentes, que 

facilitó la conformación de una población homogénea, instruida e identificada con 

una nacionalidad e identidad común, lo cual hizo posible consolidar una sociedad 

igualitaria, totalmente diferente a la colonial 11 . 

En cuanto a la población de Chile, fue una preocupación constante de O’Higgins 

solucionar uno de los problemas básicos heredados de la colonia, en relación 

a que los criollos seguían teniendo la nacionalidad “española”, agregándole 

normalmente la expresión “natural de Chile”, mientras que otras partidas de 

bautismo se registraban simplemente como “español”, sin más aditivos 12 . 

Por esta razón, un decreto firmado por O’Higgins el 3 de Junio de 1818, 

disponía que a partir de esa fecha en toda acta de nacimiento, matrimonio, 

fallecimiento y otros actos administrativos de carácter público y privado, debía 

sustituirse la cláusula de “Español natural de tal parte”, por la de “Chileno natural 

de tal parte”. Asimismo, disponía respecto a la población indígena del país, que no 

debía hacerse ninguna diferencia con respecto al resto de los criollos, debiendo 

denominarlos “Chilenos” a todos por igual 13 . 

5. EL DESARROLLO DEL PODER NACIONAL 14 

O’Higgins dentro de sus primeras gestiones dispuso las medidas para crear 

las bases para el desarrollo del poder nacional, que facilitara y proporcionara 

las herramientas adecuadas para alcanzar las metas estratégicas fijadas por el 

país. Con este, propósito, sus primeros esfuerzos se apuntaron a los siguientes 

aspectos: 

A. EL DESARROLLO DE LA ECONOMÍA NACIONAL 

Como este proceso necesitaba un financiamiento, O’Higgins comienza 

esta tarea con la reapertura inmediata de los puertos Chilenos al comercio 

11 lbíd., p. 269. 

12 lbíd., p. 259. 

13 lbíd., p. 260. 

14 El poder nacional es la capacidad que posee un Estado, cuando todos sus recursos y fuerzas están reunidos, 

para imponer su voluntad e influir en el comportamiento de otros o evitar aquello que se considera objetable o 

lesivo, para los intereses y/o objetivos nacionales de ese Estado. Dentro de este contexto, las características 

geográficas, la población, el nivel de desarrollo, el poder militar y el poder económico, son algunos de los 

elementos que conforman el poder nacional. 

460


internacional, logrando con ello la inserción del nuevo Estado en el resto del 

mundo, transformándose con el tiempo en un paso trascendente que contribuyó 

al exitoso desarrollo comercial y marítimo de Chile en el siglo XIX. 

Dentro de este contexto, es pertinente recordar que la primera patente 

de navegación se otorgó el 26 de Junio de 1818 a la fragata “Gertrudis de la 

Fortuna”, razón por la cual se celebra en dicha fecha el día de la Marina Mercante 

Nacional. En la misma época se fundó la Compañía Naviera de Calcuta, cuyas 

naves unieron las costas de India y China a las nuestras en el Océano Pacífico, 

abriendo el comercio Chileno a la región asiática. 

También, en esta época se declara a Valparaíso como la antepuerta general 

del Pacífico, autorizando el fondeo de todos los navíos mercantes cualquiera fuera 

su bandera, otorgando la protección del gobierno tanto a las tripulaciones de los 

buques como a su carga, permitiendo además su reparación y reabastecimiento, 

además de una zona franca para cargas en tránsito, con tarifas de custodia y 

almacenaje. 

La trascendencia del apoyo gubernamental de O’Higgins a la actividad 

comercial marítima, se vio acrecentada si se considera que para el comercio 

mundial de la época, Chile tenía una posición geográfica de privilegio en América, 

cuyo territorio se extendía desde el límite con Perú hasta el Cabo de Hornos, 

único paso interoceánico del continente. Estas acertadas políticas de manejo 

económico aprovechando la situación geográfica esencial del país, produjeron que 

a mediados de 1819, en los muelles de Valparaíso se encontrara un alto número 

de navíos mercantes de todas las nacionalidades, dedicados exclusivamente a 

las faenas de carga y descarga de mercaderías. 

Lo anterior, produjo con el correr el tiempo que el principal puerto de Chile 

se constituyera en el puerto más importante del Pacífico sur oriental, con un 

importante movimiento naviero, además de actividades de apoyo y de servicios 

complementarios asociados a la actividad marítima y comercial, generando así 

una incesante actividad económica la cual se reflejó en el aumento de la población 

de Valparaíso, que entre 1810 y 1822 creció de 5.500 a 16.000 habitantes 15 . 

B. LA ORGANIZACIÓN DE LA ESCUADRA NACIONAL 

Debido a la formidable amenaza que representaba el Virreinato del Perú para 

la independencia y desarrollo de Chile, así como para el resto de los países de 

América, O’Higgins mantuvo su empeño en lo previsto en 1815 en Argentina, 

donde una vez que fuera liberado Chile, la idea era continuar con las fases 

siguientes de su plan, el cual es factible describir como sigue: 16 

- Inicialmente proclamar la independencia de país. 

- Posteriormente, crear una escuadra poderosa capaz de limpiar el mar de 

buques españoles y ejercer el dominio absoluto del Pacífico. 

15 El desarrollo de los almacenes libres para el depósito de las mercaderías en tránsito, creados por Rengifo en 

el Gobierno de Prieto y que transformaron a Valparaíso en el primer puerto del Pacífico, fue una idea cuyo 

gestor y propulsor fue O’Higgins. Fuente: Ob. Cit., EMGE., p. 21. 

16 lbíd., p. 151. 

461


- A continuación, crear un nuevo Ejército para materializar una expedición a 

Lima, conquistar el virreinato y obtener la independencia de este país. 

- En forma paralela y ya dominando el mar, aumentar el poder de la Escuadra, 

para enfrentar la flota que con seguridad se organizaría en España, para 

socorrer las colonias comprometidas en esta guerra. 

- Todo esto., para erradicar definitivamente a los españoles de América., 

De esta forma, el desarrollo del poder naval Chileno se inició el 26 de febrero 

de 1817, cuando los patriotas apresaron en Valparaíso al bergantín “Águila” de 

220 toneladas, dedicado al comercio español. Este navío fue armado con 16 

cañones y dotado de una tripulación de noventa hombres, cuyo mando asumió 

don Raimundo Morris. Por esta razón, hoy se reconoce a este Oficial de origen 

irlandés como el primer Oficial de la Marina de Guerra y al bergantín “Águila” 

como el primer buque de la Escuadra Nacional 17 . 

Más tarde, la Escuadra Nacional ya conformada por cuatro buques, zarpó 

de Valparaíso el 10 de Octubre de 1818 al mando de Manuel Blanco Encalada, 

con la misión de dirigirse a Talcahuano e interceptar a la altura de la Isla Mocha, 

a una expedición española encabezada por la fragata “Reina Isabel”, la cual 

escoltaba a otros once buques que habían salido de Cádiz en Agosto de 1818 y, 

que transportaban un contingente de 2.000 soldados destinados a fortalecer las 

fuerzas realistas en Chile. O’Higgins, ante estas alarmantes noticias y al observar 

el zarpe de esta primera fuerza naval organizada, exclamó: “De estas cuatro 

tablas depende la suerte de América” 18 . 

Esta expedición al sur tuvo un gran éxito y luego de cinco semanas de 

navegación, la Escuadra Chilena regresó triunfante a Valparaíso, trayendo consigo 

a la magnífica fragata “Reina Isabel” rebautizada como “O’Higgins”, además de 

otros cuatro transportes apresados a los españoles 19 . 

A continuación, para impulsar y asegurar la rápida consolidación de la segunda 

fase del nuevo plan, el gobierno de Chile contrató en Londres los servicios de Lord 

Thomas Cochrane, uno de los Oficiales de la Armada Real de mayor prestigio en 

Inglaterra, quién se interesó en la causa de la independencia americana 20 . 

C. EL DOMINIO DEL MAR Y LA PROYECCIÓN DEL PODER NACIONAL HACIA EL 

NORTE Y EL SUR 

El 23 de Diciembre de 1818, Lord, Cochrane con el grado de Vicealmirante 

asumió el mando de la Escuadra Nacional, la cual ya contaba con siete buques con 

una dotación de 31 Oficiales, de los cuales 24 eran extranjeros, y una tripulación 

conformada por 1.105 marineros de distintas clases, de los cuales 254 eran 

17 La primera comisión de este buque, ordenada por O’Higgins, consistió en rescatar desde la Isla de Juan 

Fernández a 78 prisioneros patriotas. Ahí se encontraba el joven don Manuel Blanco Encalada, quién estaba 

lejos de sospechar que al pisar el “Águila”, pisaba ya un buque de la futura Escuadra, y que más adelante 

comandaría como su primer Comandante en Jefe. 

18 lbíd., p. 154. 

19 lbíd., p. 155. 

20 Ibíd., pp. 167-168. 

462


extranjeros, en su mayoría ingleses y norteamericanos. Blanco Encalada con el 

grado de Contralmirante quedó como el segundo en el mando de la Escuadra 21 . 

La primera incursión de la Escuadra hacia el norte a las costas peruanas, 

tuvo un fallido ataque por sorpresa al puerto fortificado de El Callao, quedando 

entonces Blanco Encalada con cuatro buques a cargo de su bloqueo. Luego, Lord 

Cochrane incursionó aún más al norte hasta Guayaquil, mientras Blanco Encalada 

por problemas de suministros de víveres regresó a Valparaíso, levantando el 

bloqueo a El Callao 22 . 

Al regreso de Lord Cochrane a Valparaíso, la Escuadra se reabasteció para otra 

campaña marítima al litoral peruano y se reforzó con la corbeta “independencia”, 

recién adquirida a Estados Unidos. Sin embargo, la alarmante noticia de la 

próxima salida desde Cádiz de una expedición armada con tres buques de guerra 

y una fuerza de 20.000 hombres con destino a América, postergó el zarpe de la 

fuerza naval 23 . 

A raíz de lo mismo, el General San Martín que se encontraba en Mendoza, fue 

llamado a Buenos Aires para asumir el mando de las fuerzas armadas argentinas, 

proponiendo a su vez a O’Higgins la idea que la Escuadra Chilena se trasladara 

al Atlántico, para destruir esta nueva amenaza mientras se encontraba en viaje 

a América, considerando la facilidad que presentaba esta empresa en alta mar, 

contando con la seguridad que esta expedición se compondría de muchos 

transportes de tropas y de pocos navíos de guerra 24 . 

Lord Cochrane de inmediato se opuso al plan de San Martín, argumentando 

que al trasladarse la Escuadra Chilena al Atlántico, dejaría el dominio del Pacífico 

al Virreinato del Perú, lo cual posibilitaría una nueva tentativa de reconquista de 

Chile, considerando que España aún mantenía importantes fuerzas coloniales 

desplegadas en las costas del Pacífico, tanto en Lima como en el sur del territorio 

Chileno. O’Higgins estuvo de acuerdo y la respuesta a San Martín fue negativa 25 . 

Afortunadamente, la nueva expedición española terminó en un completo fracaso 

y la Escuadra Chilena bien abastecida pudo materializar una segunda incursión 

armada a El Callao, esta vez con siete navíos de guerra y dos mercantes. Sin 

embargo, los realistas habían reforzado las defensas, transformando al puerto en 

inexpugnable ante un ataque por mar 26 . 

Debido a lo anterior, Cochrane cambió de estrategia para debilitar a los 

españoles en el Pacífico y aprovechó esta incursión al litoral peruano, para 

capturar el puerto de Pisco y capturar en el Río Guayaquil dos fragatas mercantes 

armadas en guerra. A continuación, regresó a Chile y mandó a Valparaíso a parte 

de sus buques con los navíos apresados, mientras él siguió navegando hacia 

el sur en un reconocimiento hasta Valdivia. Después, coordinó con el General 

Freire, quién estaba a cargo de la campaña terrestre contra los realistas en el sur, 

21 lbíd., p. 169. 

22 Ibíd. 

23 Ibíd., p. 170. 

24 Ibíd. 

25 Ibíd. 

26 lbíd., p. 171. 

463


el embarque en Talcahuano de un contingente de 310 soldados. Seguidamente, 

volvió al sur y concretó un audaz golpe de mano contra los realistas en Valdivia, 

donde capturó esta inexpugnable plaza fuerte española, protegida por una 

guarnición de 1.500 soldados 27 . 

En dicha acción, Lord Cochrane se apoderó de un cuantioso botín de guerra, 

consistente en el bergantín “Potrillo”, 110 piezas de artillería, grandes depósitos 

de municiones y 20 cajones de plata labrada 28 . 

Este éxito de las armas patriotas fue un golpe demoledor para España, debido 

a la captura de un lugar emblemático de su poder en la región sur de América, 

afianzando de esta forma el dominio del Pacífico para Chile 29 . 

D. LA EXPEDICIÓN LIBERTADORA DEL PERú 

O’Higgins tenía, una firme convicción republicana en sus planes para Chile, 

a diferencia del gobierno argentino de Pueyrredón y del propio San Martín, 

quienes en principio se inclinaban por instaurar en los países, independizados 

de América, un sistema monárquico, bajo la regencia de un miembro de la familia 

real de España. Luego, a juicio de estos, de fructíferas dicho proyecto, era factible 

el proclamar la independencia del Perú, sin necesidad de enviar una expedición 

armada 30 . 

Por su parte, O’Higgins nunca concordó con la proposición de San Martín, 

manteniendo su convicción geoestratégica de expulsar a los españoles de 

América. Por esta razón, tampoco obtuvo la ayuda real de Argentina para unir 

esfuerzos y crear un nuevo Ejército expedicionario, para liberar al Perú. 

Aún más, la falta de apoyo Argentino se agravó después del triunfo de Maipú en 

1818, por cuanto el gobierno trasandino canceló el envío de recursos económicos 

para el Ejército de Los Andes, aún bajo el mando de San Martín, ordenando 

finalmente que el grueso de las tropas argentinas regresaran a Mendoza, dejando 

en Chile una División de 2.000 hombres al mando del Coronel Las Heras 31 . 

Como Argentina se marginó definitivamente del nuevo plan, O’Higgins se 

empeñó en organizar con sus medios la fuerza expedicionaria que liberaría al 

Perú, convenciendo al Senado Chileno sobre la urgente necesidad de concretar 

esta empresa, para asegurar la independencia que tantos sacrificios había costado 

al país. Esto, considerando la facilidad de haber ya logrado con la Escuadra, el 

dominio absoluto del mar. 

Sin embargo, para la agobiada economía nacional, el costo de este nuevo 

proyecto fue altísimo, considerando que había que mantener aprovisionada la 

Escuadra, crear nuevas unidades militares para la seguridad del territorio entre 

27 Ibíd., pp. 171-172. 

28 Ibíd. 

29 Ibíd. 

30 lbíd., p. 174. 

31 lbíd., pp. 175-180. 

464


Copiapó y Concepción, además de movilizar tropas para enviar refuerzos al 

General Freire, que se enfrentaba en el sur a la denominada “Guerra a Muerte” 32 . 

Por su parte, San Martín advirtió rápidamente que Chile se había consolidado 

como una potencia marítima en el Pacífico, lo cual unido a la voluntad 

inquebrantable de, O’Higgins, prometía un éxito en la expedición libertadora 

del Perú. Por esta razón, comprometió su ayuda personal a O’Higgins en esta 

empresa, así como de las tropas argentinas que habían quedado en Chile, puesto 

que estas fuerzas, al quedar sin dependencia de las autoridades argentinas y en 

un hecho inédito, habían jurado lealtad al General San Martín. 

Así, con el financiamiento aprobado, el nuevo Ejército expedicionario se 

concentró primero en Rancagua sobre la base de las tropas del coronel Las 

Heras y luego se trasladó a Quillota, pasando a denominarse “Ejército Libertador 

del Perú”. En lo administrativo, todos los oficiales y soldados de tropa argentinos, 

incluido el general San Martín y otros oficiales de alta graduación que se unieron 

después, que en total sumaban 642 hombres, fueron recontratados oficialmente 

por el Estado Chileno con sus mismos nombramientos y pagados por el 

presupuesto nacional, asimilando sus respectivas jerarquías a los escalafones 

del Ejército Chileno. 

Por esta misma razón, todas las unidades de este Ejército Libertador 

enarbolaron la bandera Chilena, como único emblema patrio bajo el cual se 

organizaron, adiestraron, embarcaron y actuaron el primer tiempo en el Perú, no 

quedando ninguna duda que esta expedición fue exclusivamente Chilena desde 

su origen, con una masa de compatriotas que la componían. Sin embargo, en 

su ejecución fue comandada mayoritariamente por Oficiales argentinos que 

provenían del disuelto Ejército de Los Andes, los cuales una vez arribados al 

Perú impusieron su propio criterio en las altas decisiones, incluidas las decisiones 

políticas que unilateralmente tomó San Martín sin consultar la opinión de Chile, en 

concordancia con su grupo asesor- político, también compuesto mayoritariamente 

por argentinos. 

Esta situación que hoy se aprecia como imposible de comprender, se justificó 

en aquel tiempo debido a que inicialmente la principal preocupación del gobierno 

Chileno, se centró por una parte en crear un nuevo Ejército que asegurara el 

territorio nacional, y seguidamente, en organizar y levantar el Estado recién 

creado, donde se hacía necesario cambiar, toda la estructura colonial que había 

imperado por tres siglos en Chile. 

Estos requisitos de seguridad nacional, junto con el dominio del mar, eran 

considerados por O’Higgins como prioritarios para consolidar los elementos 

constitutivos del Estado Chileno y formar así una base inicial que asegurara su 

soberanía, población y territorio, como una tarea interna, que primaba por sobre 

la participación de altos Oficiales Chilenos en la expedición al Perú. 

No obstante lo anterior, esta situación no justifica el gravísimo error político 

cometido por O’Higgins, que en su afán de no ofender la confianza depositada en 

San Martín y, desoyendo al Senado, no le entregó a éste instrucciones escritas 

32 Ibíd., p. 176. 

465


con los términos para concretar esta expedición, así como tampoco incluyó una 

comisión política del gobierno Chileno, que sin entrometerse en los asuntos 

netamente militares, velara por los intereses nacionales en la ejecución de dicha 

empresa. Esto, tomando en cuenta que ésta se financió a un altísimo costo, con 

cargo al erario nacional 33 . 

La expedición libertadora del Perú, enarbolando la bandera Chilena, zarpó de 

Valparaíso a bordo de la Escuadra Nacional, el día 20 de Agosto de 1820. La 

flota expedicionaria al mando de Lord Cochrane, se componía de un convoy de 

16 transportes, escoltados por nueve navíos de guerra y 11 lanchas cañoneras, 

transportando un Ejército de 5.000 hombres completamente equipados. Este 

equipamiento incluía tres vestuarios para cada soldado, 800 caballos, 35 cañones, 

15.000 fusiles y 2.000 sables para repuesto, víveres y forraje para seis meses, 

más toda clase de pertrechos para cinco años y, una caja militar con la suma 

considerable de $ 180.000 pesos 34 . 

Debido a este esfuerzo de Chile, la gratitud del Perú así como del libertador 

general Simón Bolívar, fue inmensa, reconociendo a O’Higgins el enorme sacrificio 

para lograr este propósito. Asimismo, en Europa el prestigio y el respeto hacia 

Chile había aumentado en forma enorme, más que a ningún otro de los nuevos 

Estados, ya que habiendo sido catalogado como la más pobre de las colonias 

españolas, había logrado increíblemente crear la Escuadra naval y el Ejército 

más poderosos de la América hispana 35 . 

Más tarde, el 5 de Noviembre de 1820, mientras San Martín y sus tropas 

permanecían inactivos, Lord Cochrane, en otra acción audaz, se apoderó esta 

vez de la magnífica fragata “Esmeralda”, la mejor de las tres naves españolas que 

se encontraban fondeadas al abrigo del puerto de “El Callao”. Con esta victoria la 

Escuadra Chilena aumentó su poderío, ejerciendo sin contrapeso el dominio del 

Océano Pacífico 36 . 

33 Esta mala decisión política, que extendió la guerra en Perú más allá de lo previsto, daría origen a varios hechos 

que posteriormente reaccionaron en cadena, contribuyendo al desprestigio de O’Higgins y culminando con 

su abdicación ante el Cabildo de Santiago. Esto, debido a que el endeudamiento contraído para materializar 

esta expedición agotó las capacidades económicas del país, lo cual supuestamente en el corto plazo se 

vería controlado por el gobierno, al recompensar las autoridades peruanas el costo total de la expedición, 

una vez que Perú fuera independizado. Este supuesto básico nunca sucedió, por cuanto San Martín una vez 

que desembarcó en Perú, se desconectó de los planes de Chile. Así, se mantuvo un largo tiempo inactivo 

con sus tropas, empeñado en negociaciones estériles y sin buscar destruir el poder militar español como se 

esperaba, posibilitando que el Virrey y su Ejército abandonaran Lima y se fortalecieran en la región alta de 

la sierra. Después, San Martín ocupó Lima sin combatir y proclamó la independencia del Perú, asumiendo 

por decisión propia la cabeza de dicho gobierno en calidad de Protector. Asimismo, desconoció la deuda con 

Chile, además de no asumir los costos del mantenimiento de la Escuadra, comandada por Lord Cochrane. 

Esta situación inesperada en Perú, que agravó el problema económico, repercutió directamente en la 

imposibilidad de apoyar efectivamente al Ejército que combatía a los españoles en el sur, además de la 

imposibilidad de mitigar la extrema pobreza de los habitantes afectados por la depredación ocasionada por la 

“Guerra a Muerte”, realidad que derivó en breve tiempo al levantamiento civil de las ciudades de Concepción 

y Copiapó, apoyadas por la insubordinación del Ejército de Freire. En este escenario, el país llegó al borde de 

la guerra civil, provocando luego la convocatoria del Cabildo de Santiago, que llamaría a O’Higgins a dejar su 

cargo con el propósito de evitar males mayores. 

34 Ibíd., p. 189; p. 19.1. 

35 Ibíd., p. 192. 

36 lbíd., p. 202. 

466


Asimismo, la captura de la “Esmeralda” trajo efectos negativos para el 

Virrey Pezuela, quién objetado por los otros jefes españoles, fue destituido y 

reemplazado por la serna. Este nuevo jefe español, pronto reconocería que sin 

recibir socorro y refuerzos considerables desde España, sobre todo en navíos de 

guerra para combatir a la Escuadra Chilena, el gobierno colonial del Perú estaba 

definitivamente perdido 37 . 

Más tarde, los españoles abandonaron Lima y San Martín, después de ocupar 

la ciudad sin resistencia, proclamó la independencia del Perú el 28 de Julio de 

1821, lo cual sólo fue aplicable a los territorios liberados. 

Posteriormente, mientras el grueso del Ejército patriota se encontraba en la 

sierra persiguiendo al Ejército español, Lord Cochrane, junto a Miller y algunas 

tropas, capturó temporal las localidades de Arica, Tacna y otros poblados. 

Después de esta exitosa operación, éste consideró errada la estrategia de San 

Martín, pidiendo a Chile nuevos refuerzos y la autorización para asumir el mando 

completo de la expedición, contemplando iniciar una campaña por tierra desde el 

sur. 

Sin embargo, esta idea no fue aceptada por O’Higgins, debido a que Chile 

ya había agotado hasta sus últimas reservas y recursos disponibles, tanto en la 

organización del Ejército Libertador, como en los auxilios que concretó más tarde 

con tropas, armas y municiones a Nueva Granada y a la provincia de Mendoza 

en Argentina, además de las necesidades del Ejército de Freire, que libraba una 

guerra contra los últimos bastiones realistas en el sur 38 . 

Como ya se explicó precedentemente, la lucha contra los realistas no había 

cesado y se trasladó a la sierra peruana, donde las tropas españolas que ya 

bordeaban los 15.000 hombres, se habían fortalecido con nuevos reclutas. La 

derrota total del Ejército español demoraría tres años más, consolidándose en 

1824 en la Batalla de Ayacucho, con la victoria del General Antonio José de 

Sucre. Para lograr esto, fue necesario unir las fuerzas Chilenas al gran Ejército 

patriota multinacional del Libertador General Simón Bolívar, quién reuniendo bajo 

su mando a tropas venezolanas, colombianas, peruanas, Chilenas y argentinas, 

dio término a la tarea iniciada en 1817 por los generales San Martín y O’Higgins. 

Posteriormente a la derrota del Ejército español en el alto Perú, se creó un 

nuevo país denominado Bolivia, en los territorios que antaño conformaban la 

Audiencia de Charcas, separando de hecho esta región del resto de los territorios 

ya independientes del Perú. Así, la falta de control por parte del Gobierno de 

Chile, de los hechos geopolíticos que sucedían en esta parte del continente, 

provocaría que este nuevo país creciera más allá de lo que le correspondía y se le 

concediera sin consulta a los países vecinos, territorio soberano en una parte del 

litoral del Océano Pacífico, que por derecho histórico siempre le había pertenecido 

a Chile. Este notable descuido de la política exterior del gobierno de Chile, traería 

posteriormente grandes problemas diplomáticos y conflictos internacionales, 

que con el tiempo derivarían a un conflicto armado de proporciones con Perú y 

Bolivia. 

37 lbíd., p. 204. 

38 Ibíd. 

467


E. LA GUERRA CONTRA LA CONFEDERACIÓN PERú-BOLIVIANA 

En 1837 surge otro hecho geopolítico, al crearse una Confederación Perú- 

Boliviana, liderada por el general boliviano Andrés de Santa Cruz. Más tarde, 

Santa Cruz apoyó una expedición armada del general Freire a Chile, para que 

éste recuperara el poder político, lo cual terminó en fracaso. Sobre estos hechos, 

O’Higgins, que todavía residía en Perú, observó con horror la posibilidad de una 

lucha entre ambos pueblos hermanos, a los cuales se encontraba tan ligado 

por nacimiento o por agradecimiento, además de su apego a la hermandad 

americana. 

En el mismo contexto, la buena fe, imparcialidad y amistad que profesaba 

O’Higgins a todos los gobernantes de turno del Perú, que le habían ganado 

su respeto, no le permitieron percibir con claridad las ideas expansionistas 

involucradas en la Confederación que dirigía Santa Cruz. Las que en este caso, 

no sólo miraban hacia Ecuador, sino también a Chile, tratando por todos los 

medios de desestabilizar a este último gobierno. Así, después del asesinato del 

Ministro Portales, en cuyo complot se evidenció la complicidad de Santa Cruz a 

través de sus agentes en Chile, las cartas de mediación de O’Higgins al gobierno 

Chileno, no pudieron evitar la declaración de guerra de este último y el posterior 

envío de tropas al Perú, para lograr la disolución de la Confederación 39 . 

Consecuentemente, en agosto de 1838, después de las victorias Chilenas 

en Portada de Guías y Matucana, el General Bulnes ocupó Lima y encontró el 

apoyo, predisposición y amistad de O’Higgins, para valerse de buenos consejos, 

aprovechando la visión clara que éste tenía del país y de los principales actores. 

También, cuando Bulnes se retiró al norte y Santa Cruz ocupó Lima, éste buscó 

la mediación de O’Higgins para buscar un acuerdo de paz con el Ejército Chileno. 

Bulnes atendió las sugerencias de O’Higgins, pero bajo la condición de un 

requisito inamovible, que era la disolución de la Confederación. Como Santa Cruz 

no aceptó estos términos y se agotaron las negociaciones, el 20 de Enero de 1839 

se produjo la batalla de Yungay, donde chocaron ambos Ejércitos y Bulnes derrotó 

definitivamente a Santa Cruz. Luego, Bulnes comunicó la victoria a O’Higgins, en 

retribución a su espíritu pacificador en el conflicto, donde quedó en evidencia su 

noble propósito, de evitar el derramamiento de sangre entre pueblos hermanos 40 . 

F. TÉRMINO DE CICLO DE LA VISIÓN GEOESTRATÉGICA Y GEOPOLÍTICA 

DE O’HIGGINS 

El 27 de Diciembre de 1841, durante la presidencia de Bulnes. O’Higgins es 

autorizado a regresar a Chile. Entonces trató de regresar en el vapor “Chile”, 

pero una dolencia al corazón se lo impidió, falleciendo en Lima el 24 de Octubre 

de 1842. Sus últimas palabras fueron pensando en la grandeza de su patria, 

exclamando “Magallanes, Magallanes”. 

Se cumplió así, el ciclo de la visión geoestratégica y geopolítica del prócer de 

la independencia de Chile, quién desde muy temprano comprendió la realidad 

39 Ibid., p. 295. 

40 Ibíd., pp. 297-298 

468


geográfica del país donde había nacido y la urgente necesidad para éste de contar 

con un poder naval y una fuerza militar, que garantizara no sólo su independencia 

de España, la cual se resistía a perder sus colonias en América, sino además, 

que constituyera la base de un poder nacional que hiciera posible su desarrollo 

en paz y armonía, para así en el mediano plazo, proyectar a Chile a una posición 

destacada en el concierto sudamericano. 

CONCLUSIONES 

1. De los antecedentes expuestos en los párrafos anteriores, es posible 

establecer, con una buena base argumental, que el prócer de la 

independencia Capitán General Bernardo O’Higgins Riquelme, concretó 

como ningún otro personaje de nuestra historia patria, un significativo 

aporte visionario para consolidar la proyección geopolítica y geoestratégica 

de Chile. 

2. La visión geopolítica y geoestratégica de O’Higgins, se concretó en hechos 

comprobabas y documentados, como, por ejemplo: el dominio del Pacífico 

entre el Cabo de Hornos y las costas de México, que sirvió para la expulsión 

de los españoles de Chile, del Perú y del resto de Sudamérica; asimismo, 

en la proyección del poder militar nacional hasta Lima, para destruir el 

Virreinato y asegurar la independencia del país, además de la ayuda 

ocasional al resto de las colonias americanas que le solicitaron socorro; por 

otra parte, en su preocupación por el ejercicio de la soberanía Chilena en el 

extremo austral del territorio, incluso en la región de la Patagonia, a ambos 

lados de la cordillera de Los Andes. 

3. No obstante los méritos indicados, lo que O’Higgins no previó en su visión 

de estadista como primer gobernante de Chile, así como tampoco el 

General Freire y los gobiernos que lo sucedieron, fue los graves problemas 

que traería a futuro, el hecho geopolítico que ocurrió inesperadamente en la 

frontera norte, con la creación de un nuevo país llamado Bolivia, en lo que 

era la antigua Audiencia de Charcas en el Alto Perú. 

4. Los problemas surgieron al momento de la independencia de Bolivia, 

por cuanto al emanciparse de España y de acuerdo al Tratado del “Uti 

Possidetis” en vigencia, lo hizo abarcando los territorios que pertenecían 

a su antecesora, la Audiencia de Charcas. Pero, la ayuda y gestión del 

libertador Simón Bolívar, provocó que también se le reconociera a este 

nuevo país una salida soberana al Océano Pacífico, asignándole una franja 

de territorio que se extendía desde el Altiplano hasta el puerto de Santa 

María de Cobija en el litoral marítimo, alterando así los límites coloniales 

históricos entre Perú y Chile. Esto, por cuanto en todas las reales cédulas y 

documentos relacionados con títulos de dominio de la Corona de España, 

desde 1578 hasta 1810 en que se inicia el proceso emancipador, consta 

que la Capitanía General de Chile siempre limitó al norte con, el Virreinato 

del Perú, cuyo límite natural se fijaba al norte del despoblado de Atacama a 

469


la altura del paralelo 21° 30’, en el lugar donde el Río Loa desemboca en el 

Océano Pacífico 41 . 

5. Este error en la visión geopolítica de los gobiernos de la época, encuentra 

una explicación en el arraigado sentimiento hispanoamericanista que 

dominaba la sociedad Chilena en los años posteriores a la independencia, 

e incluso del mismo O’Higgins, donde el sueño máximo del prócer, era 

conformar una Confederación de Estados similar a la de Estados Unidos 

de Norteamérica, reuniendo en una sola gran potencia sudamericana a 

Argentina, Bolivia y Chile. 

6. No obstante el problema histórico surgido a partir de este Lamentable error, 

asociado desde entonces a innumerables conflictos con Perú y Bolivia, 

los cuales irremediablemente derivaron en una guerra, es factible concluir 

que gracias a O’Higgins, el país logró constituirse en el segundo Estado 

sudamericano en independizarse definitivamente de España, además de 

ejercer al poco tiempo después, una soberanía absoluta en los territorios 

marítimos que le pertenecían por derecho. 

7. También es posible establecer que para el año 1820, Chile ya era una 

potencia marítima que dominaba las aguas del Pacífico en Sudamérica, 

situación geoestratégica que posibilitó en gran medida el aislamiento 

efectivo del Ejército realista que buscó refugio en el Alto Perú y que 

esperaba el auxilio de España. Cuatro años más tarde y sin haber recibido 

socorro vía marítima desde Europa, gracias al aislamiento geográfico al que 

Chile sometió el teatro de operaciones en esta parte del Pacífico, las tropas 

41 A partir de 1578 el despoblado de Atacama ubicado al sur del Río Loa pasó a ser un territorio marginal con la 

Real Audiencia de Lima, cuando el Virrey del Perú Toledo resolvió ese año fijar en la desembocadura del Río 

Loa el límite sur del Corregimiento de Arica, el territorio más austral del virreinato. Así, la mediterraneidad de 

la Audiencia de Charcas enclaustrado en el alto Perú, quedó establecida para siempre a partir de ese hecho 

histórico. 

En 1583 el Virrey del Perú Martín Enríquez reconoce que su jurisdicción sólo llega hasta el río Loa. 

En 1606 la jurisdicción sur de la Audiencia de Lima es confirmada por la Audiencia de los Reyes. 

En 1609 se ratifica el restablecimiento de la Audiencia de Chile, asignándole como distrito el territorio de la 

Gobernación de Chile, desde el límite sur del Perú hasta el Estrecho de Magallanes. Con esto, también se 

dividió la costa del mar del sur entre las audiencias de Lima y de Santiago, haciéndolas limítrofes. 

En 1654 el Rey de España Felipe IV escribió al Gobernador de Chile dando por entendido que el despoblado 

de Atacama estaba bajo su jurisdicción. 

En 1680 por real cédula del Rey de España Carlos lI, entra en vigor y un año más tarde se imprime un 

documento denominado “Recopilación de las leyes de los Reinos de Las Indias”, donde 30 ejemplares fueron 

enviados al Gobernador y Capitán General de Chile. En este documento, en la Ley 5ta., título 15, libro II, se 

señala la jurisdicción precisa del litoral del Pacífico correspondiente a la Audiencia y Cancillería Real de Lima, 

especificando claramente: “...tenga por Distrito la costa que hay desde dicha ciudad de Lima hasta el Reino 

de Chile exclusive...”. 

En 1775 se publica el mapa oficial de Juan de la Cruz Cano y Olmedilla, donde se fija el río Loa como el límite 

entre la Audiencia de Lima y el Reino de Chile. 

En 1793 el Virrey del Perú don Francisco Gil de Taboada y Lemus ordena confeccionar un plano general y 

una guía política, eclesiástica y militar del virreinato, en la cual se incluye una descripción del Perú con los 

siguientes límites geográficos: “El Perú tiene una extensión de 365 leguas (de norte a sur, desde los 3° 35’ 

hasta los 21° 48’ de latitud meridional..., la ensenada de Tumbes lo separa por el norte del Nuevo Reino de 

Granada y por el sur, el río Loa del desierto de Atacama y el Reino de Chile”. 

En 1805 por real orden dirigida al Virrey del Perú y con copia al Capitán General de Chile, el Rey de España 

encarece la atención que debe prestarse a las dilatadas costas del Perú y Chile, infestadas de corsarios que 

destruyen el comercio nacional y se les informa del envío de navíos de guerra. 

Fuente: Hormazábal Díaz, Fernando. Mediterraneidad connatural de Bolivia y su efecto en las relaciones con 

Chile, p. 19, 24, 26, 27, 29 y 85. 

470


españolas que a esta altura sumaban alrededor de 15.000 hombres, fueron 

definitivamente derrotadas. 

8. Consecuentemente, es factible concluir que dicho triunfo patriota fue 

posible, en gran medida, gracias a Chile, que además de contribuir con gran 

cantidad de tropas al Ejército patriota de Bolívar, puso todo su empeño en 

mantener el dominio del mar, inclinando el otrora adverso factor geográfico, 

a favor de la causa independentista en América. Así, el Ejército español 

por un largo tiempo aislado en las tierras altas de Perú e imposibilitado de 

recibir cualquier ayuda extracontinental, no le quedó otra alternativa que 

rendirse. Por esta razón, la culminación exitosa de esta visión geopolítica 

y geoestratégica de largo aliento, que comenzó en 1814 después de la 

derrota de Rancagua y culminó en 1824 en la sierra peruana, fue obra de la 

tenacidad y capacidad de Bernardo O’Higgins. 

471


472


LAS RELACIONES EXTERIORES DEL GOBIERNO 

DE DON BERNARDO O’HIGGINS 

Mario Barros Van Buren 1 

I 

Situar a Chile entre las naciones libres del mundo fue la primera preocupación 

del general Bernardo O’Higgins, una vez que se le designó Director Supremo. 

Sin embargo, no se le ocultó que la tarea era muy difícil de llevar a cabo, 

pues el país no reunía aún, ni de lejos, los requisitos que el Derecho Internacional 

exige para la constitución de un Estado. 

En efecto, en febrero de 1817, cuando el general O’Higgins asumió el mando 

en Santiago, más de la mitad del territorio se encontraba en poder de las armas 

realistas. Estas ocupaban el estratégico puerto de Talcahuano y, con él, el 

acceso a Concepción. El territorio mapuche, entre los ríos Biobío y Toltén, se 

había pronunciado en masa por la causa del rey y más al sur, Valdivia y Chiloé 

constituían la gran reserva del poder español, organizado y aprovisionado por el 

Virrey del Perú. 

Pretender, en estas condiciones, realizar una política internacional de cierta 

consistencia, era una empresa casi quimérica y secciones importantes de América 

–como las Juntas de Caracas, México y Buenos Aires– no la habían iniciado, sino 

en temas muy puntuales, siempre relacionados con el apoyo militar. 

Pero O’Higgins no se amilanó. Tenía 39 años de edad y estaba en la plenitud de 

su energía intelectual y física. El triunfo de Chacabuco y la fuga de las autoridades 

españolas de Santiago, le tenían entusiasmado. 

El hecho que el general Freire se mantuviera inmovilizado en Talcahuano y 

que en el sur del país se estuviese formando un poderoso ejército realista, no 

eran para él obstáculos insalvables. La libertad de Chile estaba decidida. La 

recuperación del territorio era cuestión de tiempo y el Ejército de Los Andes se 

encargaría de ello. 

Es así como el 12 de febrero de 1818 O’Higgins firmó en la ciudad de Talca, 

la proclamación de la independencia, redactada en Concepción –según dice el 

1 Abogado y Postgrado en Relaciones Internacionales. Diplomático de Carrera, Embajador. Miembro de Número 

de la Academia de la Historia y correspondiente de la Academia de la Historia de España. Autor de numerosos 

textos de su especialidad. 

473


texto– el 1º de enero de ese año. Simultáneamente, reorganizó la administración 

del Estado, creando una dependencia del Ministerio del Interior, dedicada 

exclusivamente a las relaciones exteriores. El primer canciller de O’Higgins fue 

don Miguel Zañartu, reemplazado, más tarde, por don Antonio José de Irisarri. 

La proclamación de la independencia decía en parte pertinente: 

“Hago saber a la gran confederación del genero humano que el territorio continental 

de Chile, y sus islas adyacentes, forman de hecho y de derecho un Estado libre, 

independiente y soberano; y queda para siempre separado de la Monarquía de 

España, con plena aptitud de adoptar la forma de gobierno que más convenga a sus 

intereses”. 

Se trataba, según la frase de Montaner Bello, de la partida de bautismo de la 

República, al suprimir en Chile el régimen monárquico –viejo ya en trescientos 

años– y proclamarse independiente de España. 

Es verdad que faltaba aún mucho camino que recorrer para que este sueño se 

convirtiera en realidad. Cancha Rayada, Maipú y la “Guerra a Muerte” no habían 

dicho aún su última palabra. No obstante lo anterior, el Director Supremo no 

tardaría en redactar sendas Cartas Autógrafas dirigidas a los Jefes de Estado de 

Inglaterra, Prusia, Cerdeña, Francia, Rusia y los Estados Unidos, a fin de darles 

cuenta de la nueva condición internacional de Chile y del anhelo del país de 

estrechar los lazos con las grandes potencias de la época. Si bien estas Cartas 

no tuvieron un eco inmediato, revelan la primera prioridad que O’Higgins dio a la 

independencia de Chile y a su reconocimiento exterior. 

Pero no se contentó con esto. Su equipo humano –Zañartu, Irisarri, Villegas, 

Zenteno– trazó, a grandes rasgos, una especie de programa de política exterior, 

cuyas prioridades fueron determinadas por el propio O’Higgins. Después del 

reconocimiento de la independencia, Chile debía tratar de regular sus relaciones 

con la Santa Sede, de establecer una política comercial amplia, de organizar una 

Cancillería eficaz y de unir los esfuerzos diplomáticos de la Nación con los de 

otras capitales americanas. 

II 

Pero no todos opinaban igual. San Martín consideraba que nada podía 

iniciarse sin abatir antes el poder militar y político del Virrey del Perú. Como lo 

dice en su correspondencia “mientras el Virreynato subsista, la libertad de Chile 

y de Argentina, es apenas un primer esfuerzo”. En efecto, el Virrey proveía 

incansablemente, a los realistas de ambas naciones de armas, dinero, barcos 

y toda clase de elementos necesarios para realizar la reconquista de esas 

provincias sublevadas. 

O’Higgins compartía plenamente esta idea. Pero el ángulo de percepción de 

ambos próceres era distinto. El Director Supremo veía a Chile como una entidad 

soberana. San Martín, como la primera etapa de un proceso que habría de 

conducir, finalmente, a la libertad de América. 

474


La Expedición Libertadora del Perú pasó a ser, pues, la primera prioridad 

del gobierno y tanto San Martín como O’Higgins concentraron en ella todos sus 

esfuerzos. 

El primer problema de la Expedición –y lo sería por largo tiempo– era su 

financiamiento. Este se estimaba en Linos $ 300.000 pesos oro de la época. 

El ideal de San Martín era que la mitad de esta suma la aportara el Gobierno 

argentino –tan beneficiado por la Expedición como el chileno– y la otra mitad el 

fisco de Santiago. Sin embargo, Argentina no pudo aportar nada y O’Higgins creyó 

que la cuota chilena, dada la angustiada situación del erario nacional, podría salir 

de un empréstito inglés. 

Se nombró, entonces, a don Antonio José de Irisarri, como ministro 

plenipotenciario en Europa, con instrucción de obtener el empréstito y de atender 

a las otras prioridades que no interfirieran con los preparativos de la Expedición 

Libertadora del Perú. 

III 

La misión de Irisarri fue accidentada pero, en una medida razonable, podemos 

considerarla como exitosa. Los objetivos que le trazó el gobierno fueron: 1) lograr 

el reconocimiento de la independencia de Chile; 2) obtener un empréstito de dos 

millones de pesos; 3) informar de las actividades de España con respecto a su 

política americana; 4) asistir en representación de Chile al Congreso que las 

naciones europeas estaban celebrando en Aix-en-Chapelle, y 5,) firmar un tratado 

secreto con Inglaterra, llamado “de alianza, protección y comercio”. 

El enviado, culto y con buen dominio del idioma francés, se desenvolvió con 

soltura. Un simple vistazo a la situación europea le hizo comprender que el 

reconocimiento de la independencia no tenía destino mientras el gobierno chileno 

no controlara por entero su propio territorio. Cuando Irisarri llegó a Europa, el 

Congreso de Aix-en-Chapelle ya había concluido. En cuanto al tratado de alianza 

“y protección”, Irisarri lo consideró prematuro y hasta cierto punto, humillante. Así 

es que se concentró por entero en la obtención del préstamo. 

El diplomático logró interesar a la Casa Hullet y Cía. El empréstito se contrató 

por la suma de un millón de libras esterlinas, o sea, unos 4.000.000 de pesos 

chilenos nominales. El doble de lo que se le había pedido obtener. Hullet emitió 

100.000 bonos de 100 libras cada uno, los que se vendieron a 77,50 libras. Esto 

arrojó una utilidad de 3.273.265 pesos chilenos, a 5 pesos por libra, con un 6% de 

interés a 30 años de plazo. 

Estos fondos llegaron a Chile después de la abdicación de O’Higgins y 

el gobierno nacional no supo qué hacer con ellos, puesto que la Expedición 

Libertadora ya había partido. Más tarde, se prestaron al gobierno peruano, 

porque la Casa Hullet se negó a anular la operación. Chile los recuperó en 1839, 

después de la guerra contra la Confederación Perú-Boliviana, y se les destinó a la 

construcción del ferrocarril de Santiago a Valparaíso. 

475


IV 

La Expedición Libertadora, causa de todos los desvelos de O’Higgins y San 

Martín, había marchado con muchas dificultades. Desde el momento que el 

gobierno argentino se había declarado incapaz de cooperar a su financiamiento, 

Chile debía asumir esta tarea por sí solo. 

El gobierno de Buenos Aires había explicado a San Martín que el verdadero 

peligro para la libertad de América no estaba en el Virreinato del Perú sino en la 

formidable fuerza expedicionaria que el rey de España preparaba en Cádiz. Esta 

fuerza consistía en 23.000 hombres, apoyados por numerosos barcos de guerra. 

Su destino era Buenos Aires y, una vez controlada la situación argentina, pasar a 

Chile y apoyar al Virrey en Lima en sus esfuerzos para derrotar a Bolívar. 

Ante esta emergencia, el gobierno argentino creía indispensable concentrar 

todas las fuerzas patriotas en Buenos Aires. La Expedición Libertadora podía 

esperar. En cuanto a la flota que O’Higgins organizaba con tanto esfuerzo, 

debía pasar al Atlántico y atacar a la flota española antes que arribara a tierra 

americana. 

O’Higgins y Lord Cochrane rechazaron este plan. San Martín, sintiéndose 

abandonado por su gobierno, viajó dos veces a Buenos Aires sin lograr convencer 

al Director José Rondeau. Entonces, en un gesto de gran audacia, se fingió 

enfermo y se vino a Chile, resuelto a emprender la gran aventura libertadora con 

el solo auxilio de O’Higgins. La gran mayoría de su oficiales le secundaron. 

Los temores de Rondeau no se realizaron. El 1º de enero de 1820, el coronel 

José de Riego sublevó a la expedición que se formaba en Cádiz y prefirió 

concentrar sus esfuerzos en restablecer la Constitución española de 1812. A 

Riego lo ahorcaron en Madrid y España perdió a América, pues los virreyes ya no 

contaron sino con sus propias fuerzas para sostener hasta el fin la causa del rey. 

V 

Otra preocupación importante del gobierno de O’Higgins fue restablecer las 

relaciones con la Santa Sede. La visión de las autoridades chilenas apuntaba 

al restablecimiento del orden eclesiástico antes que a problemas de fe, por 

cuanto el pueblo no había tenido quiebres doctrinarios. Pero la Iglesia nacional 

se encontraba totalmente desquiciada. La gran mayoría del clero había sido 

partidaria del rey, los curas patriotas eran una minoría, generalmente exaltada y 

agresiva. No había unión espiritual entre los obispos y sus sacerdotes. 

Sin embargo, el problema era más internacional que nacional. En efecto, 

la Santa Sede no se atrevía a regularizar la situación interna de las Iglesias 

iberoamericanas, porque esto significaba reconocer de hecho la independencia 

de las nacientes repúblicas y con ello se infringía una grave ofensa a España, 

país importante dentro del cuadro diplomático europeo. 

Pese a los abrumadores problemas que enfrentaba el país, O’Higgins pensó 

en encarar, también, esta situación. Del puñado de sacerdotes que habían 

mantenido lealtad a la causa de la independencia, escogió a don José Ignacio 

476


Cienfuegos, un hombre culto y moderado, capaz de presentar una buena imagen 

de Chile ante el Papa. 

Cienfuegos partió a Roma en enero de 1822 y llegó a la Ciudad Eterna en junio 

de ese año. Su Santidad Pío VII le recibió casi en el acto, bajo la categoría de 

“viajero bien informado”. El sacerdote chileno le entregó un informe completo de 

nuestro país, escrito en latín, que impresionó profundamente al Sumo Pontífice. 

La Misión Cienfuegos pudo considerarse como exitosa. El Papa accedió a 

enviar una misión especial –la llamada Misión Musi– para arreglar la situación 

de la Iglesia chilena, pero advirtió que no reconocería al gobierno de Santiago 

–independiente o no– el derecho al patronato, es decir, a proponer los cargos 

episcopales. 

Durante su estancia en Roma, Cienfuegos tomó contacto con numerosos 

liberales españoles y es casi seguro que abrió mucho camino entre ellos para un 

futuro reconocimiento de la independencia de Chile por parte de España. 

VI 

Durante el gobierno de O’Higgins, Portugal reconoció nuestra independencia. 

Fue el 1º de agosto de 1821. Le siguió el gobierno de los Estados Unidos, en 1822. 

Los demás países lo hicieron con posterioridad a la abdicación del Libertador. 

La actividad internacional fuertemente concentrada en la Expedición 

Libertadora, no descuidó, sin embargo, el aspecto comercial. El 21 de octubre 

de 1822 se firmó un tratado de Liga, Amistad y Comercio con Colombia; y en 

diciembre de ese año, uno similar con el Perú. Al producirse la abdicación de 

O’Higgins se habían iniciado las negociaciones para tratados comerciales con 

México y Estados Unidos. Chile se abría, pues, al mundo, tal como lo soñara la 

mente visionaria del Director Supremo que, cuatro años antes, había proclamado 

la independencia del país. 

477


478


O’HIGGINS Y EL CAMBIO DE ESTRUCTURA 

SOCIAL Y POLÍTICA DE CHILE 

Fernando Figueroa Villán 

PRESENTACIÓN 

En 1810, y luego en 1818, con la derrota definitiva de los ejércitos realistas 

que ocupaban la región central de Chile, no se producen cambios radicales en la 

estructura social del país. Ésta sigue siendo colonia, formando una pirámide; en su 

cúspide se encuentra una aristocracia terrateniente y comercial, seguida por una 

masa campesina uniforme, sin mayores expectativas de progreso e instrucción. 

En este contexto general se inicia el gobierno de O’Higgins, el cual parte de 

premisas autoritario-liberales, en el sentido de procurar el quiebre de las antiguas 

estructuras mediante la acción directiva del Estado, no mediando un análisis de 

las fuerzas sociales en pugna pero procurando el bien común. 

Esta acción reestructuradora fue continuada después de la caída de O’Higgins 

por las juntas y los congresos de los años 20 y no por la magistratura presidencial. 

Con la jornada de Lircay el Estado entró en un nuevo período de consolidación 

de las antiguas estructuras, para poder construir un país desarrollado junto a la 

acción de un ejecutivo fuerte y sin perjudicar las fuerzas sociales útiles para tal 

objetivo. 

El presente ensayo tiene por objeto dar a conocer cómo el Libertador es una 

figura que desequilibra la sociedad chilena. Imbuido de las concepciones del 

Despotismo Ilustrado, pretendió romper con las cadenas que unían la mentalidad 

de los chilenos a la colonia y crear un nuevo país, aunque fuese obligadamente, 

como decía refiriéndose a sus compatriotas: “...serán felices a la fuerza.” 

ESTRUCTURA SOCIAL DE CHILE HACIA 1810 

A comienzos del siglo XIX la estructura social no ha cambiado radicalmente; 

la sociedad era racialmente homogénea, destacándose un sector blanco, otro 

mestizo (mayoritario) y, por último, una masa indígena ubicada fundamentalmente 

al sur del Biobío. Se calcula que la población de Chile oscilaba entre 800.000 y 

1.000.000 de habitantes, en la cual más de la mitad era mestiza, encabezada por 

una poderosa Aristocracia Criolla terrateniente-comerciante y un pequeño sector 

de peninsulares. Los indígenas estaban casi completamente segregados. Según 

Encina: “Las capas sociales eran... arriba, la Aristocracia Castellano-Vasca; 

479


enseguida el elemento meridional cargado de sangre andaluza... y enseguida el 

pueblo, en su mayoría mestizo de aborigen.” 

Los acontecimientos posteriores no sacudieron esta estructura piramidal. Al 

momento de las guerras de independencia un crecido número de comerciantes 

hispanos abandonó el país, con lo cual éste comenzó a ser ejercido, en buena 

medida, por comerciantes extranjeros, fundamentalmente ingleses. De esta 

manera el control de la sociedad comenzó también a ser manejado por manos 

criollas. Pero esta Aristocracia Criolla siguió ocupando un papel directivo en toda 

esta estructura, “se necesitan muchos cambios para que todo siga igual”. 

Teniendo en cuenta que una de las principales actividades económicas era 

la explotación y comercio de productos agrícola-ganaderos en el valle central 

(cereales, frutas secas, cordobanes, sebo), la posesión era el elemento que 

situaba al hombre en la sociedad. La hacienda era la unidad económica que 

producía para vender al principal mercado: Perú. Los propietarios rurales del valle 

central pasaron a ser un grupo dominante encabezado por 200 familias criollas. 

Sobre esta estructura social rígida encargada de dirigir el proceso de 

independencia según los intereses y acontecimientos del momento, no mediando 

una actitud decisiva y con proyecciones futuras por parte de todo este sector en 

conjunto. A medida que se conocen los acontecimientos de España, las posturas 

van cambiando, surgiendo un pequeño elemento de ideas más radicales que habla 

de “Gobierno Propio”. Después de creada la junta de 1810 y convocado el primer 

Congreso Nacional, los estudiosos asignan el protagonismo político a “rupturistas 

o separatistas” movimiento ambiguo en el sentido de que nadie vislumbra con 

certeza qué ocurrirá en el futuro. El movimiento se define completamente una 

vez que son enviadas las primeras expediciones por el virrey del Perú, ya que 

el proceso no puede revertirse, y son los mismos hechos, los que impulsan a 

la clase dirigente criolla hacia la independencia, consolidada por San Martín y 

O’Higgins en Chacabuco, y Maipú. 

EL PENSAMIENTO POLÍTICO DEL LIBERTADOR 

Bernardo O’Higgins Riquelme –hijo de Ambrosio O’Higgins, Virrey del Perú– al 

igual que él, encarnó el pensamiento del Despotismo Ilustrado del siglo XVIII. 

“Todo por el pueblo pero sin el pueblo”. 

O’Higgins llega a la primera magistratura del país después de la Batalla de 

Chacabuco. El 15 de febrero de 1817 se reúne un Cabildo Abierto en Santiago, el 

cual elige al general José de San Martín como gobernador, poniendo en su mano 

la elección del sistema de gobierno más apropiado: la dictadura o la república 

absoluta. San Martín, en virtud de la futura campaña al Perú y las instrucciones de 

Puyrredón (estipulaban la entrega del mando a O’Higgins), declina el ofrecimiento 

en tres oportunidades. Al día siguiente, la elección recae necesariamente en 

O’Higgins. El 17 de febrero de 1817 el nuevo Director Supremo de Chile, en 

un bando, afirmó: “El pueblo de esta capital, en uso libre de sus inalienables 

derechos, para darse la forma de gobierno que le sea más análoga, y por la 

voluntad interpretativa de las demás provincias, que... no ha podido suplirse de 

480


un modo más solemne, acordé en Cabildo Abierto, por voto unánime, conferirme 

el honroso y delicado cargo de Director Supremo. 1 ” 

O’Higgins asume el poder partiendo del supuesto de ser reconocido 

ampliamente tanto en Santiago como en el resto del país (aunque todavía existan 

realistas en gran parte de él). Este hecho le dio la base legal necesaria para poder 

gobernar. El reconocimiento hacia O’Higgins fue bastante cuestionable porque la 

aristocracia santiaguina entregó, el poder a San Martín y luego a O’Higgins. El 

Director Supremo no cuenta con sus simpatías, es considerado como el “Huacho 

Provinciano”, el “Campesino Arribista”; aunque era la única figura que existía en 

ese momento. Otra alternativa, como José Miguel Carrera, era rechazada por su 

autoritarismo y mala conducción en el gobierno durante la llamada Patria Vieja. 

El gobierno de O’Higgins parte con una mala base al no tener la acogida de 

la aristocracia santiaguina. Su labor administrativa, fuertemente influida por los 

ideales igualitarios, no hizo otra cosa que acrecentar ese desprecio. De esta forma 

el Libertador estuvo solo frente al país, dotado de buenas ideas que significaban 

el progreso de la población, pero sin una base de poder concreta. “O’Higgins 

representó ideas, no intereses”. 

A continuación analizamos cuáles son las ideas políticas y sociales de 

O’Higgins, de acuerdo al contexto de 1810. Para llevar a cabo esta tarea es 

conveniente destacar que en la primera mitad del siglo XIX se pueden visualizar 

dos conceptos políticos: en primer lugar, aquel que pretende encauzar la sociedad 

de acuerdo a determinadas ideas que están reñidas con la tradición, y en segundo 

lugar, aquella que extrae las ideas de la realidad, las elabora en un cuerpo de 

conceptos, para luego actuar sobre ella. Al Libertador se le puede situar en una 

fase intermedia porque sus ideas se pueden conceptualizar como reformistas y 

progresistas en lo social, pero muy realistas y autoritarias en lo político. 

Según Francisco Antonio Encina, “O’Higgins está desterrado de Chile mucho 

antes de 1823, es decir, su pensamiento se queda en Europa, en Inglaterra, donde 

fue educado en la estructura del pensamiento europeo. Toda su obra posterior y 

rectificaciones a la realidad nacional las hizo teniendo en cuenta sus antiguas 

ideas 2 ”. De acuerdo a esto, O’Higgins trató a Chile con categorías europeas. 

Las ideas de O’Higgins sufren una evolución lenta hacia posturas autoritarias. 

Cuando es elegido diputado por Los Ángeles al Congreso de 1811, es partidario de 

un gobierno representativo pero con ciertas reservas; pensamiento expresado en 

su famosa carta a Juan Martínez de Rozas, donde plantea que en las condiciones 

actuales no es muy apropiado un gobierno de ese tipo, pero mientras antes se 

comience mejor. Una forma sutil de decir que los chilenos serán conducidos 

al gobierno sabio después de muchos traspiés. Esta actitud escéptica de un 

principio se transforma en el curso de los países de América y las Condiciones de 

guerra que vive Chile. Se siente apoyado por San Martín, cuyos ejércitos todavía 

permanecen en el país. 

1 Inserto en Simón Collier: ldeas y política de la Independencia de Chile 1808-1833. Andrés Bello, 1977, p. 228. 

2 Inserto en Francisco Antonio Encina A.: Historia de Chile. Ercilla. 1984. Tomo 14, p. 126. 

481


El razonamiento que utiliza para llegar a ejercer un gobierno directivo es que 

el Autoritarismo, o la Dictadura que ejerce, es “un paso previo al goce total de la 

libertad”. Cuando entra a Chile O’Higgins dice: “El orden va a establecerse con 

la libertad”, es decir, sólo un gobierno enérgico podría mantener la tranquilidad y 

el orden para acostumbrar a las personas a recibir las instituciones adecuadas. 

Un proceso de aprendizaje político, la verdadera democracia representativa se 

gozará después, una vez que se hayan superado los vicios. En la misma idea 

de Democracia que tiene O’Higgins se ve reflejado este razonamiento. José 

María de la Cruz en sus “recuerdos de O’Higgins” dice: “Sus principios políticos 

eran republicanos y democráticos, pero no de aquella democracia que pretende 

someter al común del pueblo el ejercicio de la administración pública... creía que 

ese ejercicio sólo era inherente a la parte del pueblo sensata e independiente 

para juzgar 3 ”. Lo que aquí se grafica es la idea de una Democracia Restringida, 

planteamiento adecuado a las condiciones reales de la época y que será usada 

gustosamente por sus contemporáneos para justificar el ejercicio fuerte del poder. 

En otras palabras, es la ideología de la época y que se ajusta perfectamente a 

la fisionomía del pueblo chileno que había sido sometido desde sus inicios a la 

verticalidad del mando. Se trata de gobernar sobre una sociedad estructurada 

jerárquicamente y con fuertes relaciones personales. 

Tal como dice Encina, O’Higgins fue dictador no por sed de mando, sino por 

necesidad impuesta por la ineptitud política de un pueblo y de esta forma su 

actitud está de acuerdo con el Despotismo Ilustrado, ya que sus gobernados no 

son capaces de darse cuenta dónde se encuentra el progreso y la felicidad. Por 

lo tanto, es necesario indicárselos, conducirlos a ella, aunque sea a la fuerza. 

Cerrando el credo, para que todo lo anterior resulte se necesita orden, el cual 

genera las normas de comportamiento adecuadas. Esto lleva a la frase: “Todo por 

el pueblo, pero sin el pueblo”. 

En el Orden Social, los planteamientos de O’Higgins apuntan a dos ideas: la 

igualdad entre las personas y la tolerancia religiosa. En este sentido profesaba un 

odio a la aristocracia. Así, en carta a Juan Florencio Terrada, dice: “Detesto por 

naturaleza a la Aristocracia, y la adorada Igualdad es mi ídolo” 4 .En este sentido 

apuntan sus primeros actos de gobierno, al abolir los títulos de nobleza, crear la 

Legión del Mérito e intentar abolir los Mayorazgos, reformas hechas entre 1817- 

1818. En esta concepción de la igualdad social es fundamental la importancia 

que el Libertador otorga al rápido desarrollo de la educación, mediante la 

implementación del sistema Lancasteriano de Enseñanza 5 , el cual reunía los 

requisitos para instruir a una gran masa de personas y en forma relativamente 

rápida. 

La educación es importante para O’Higgins, ya que por ella lograría hacer 

ilustrada a la gran masa del pueblo y así eliminar uno de los principales elementos 

que diferenciaban a las clases sociales de la época. Se puede decir que era el 

3 Simón Collier: Ob. cit., p. 229. 

4 F. A. Encina A.: Ob. cit., p. 175. 

5 El sistema Lancasteriano tendía a la formación de monitores dentro de los mismos alumnos, para que 

instruyeran a sus pares. Este sistema se implantó y permitía que un solo maestro atendiera gran cantidad de 

alumnos. 

482


deseo más ferviente del Libertador homogenizar el nivel de instrucción de las 

clases bajas con el de la clase alta. El progreso material fue una consecuencia de 

lo anterior. Para graficar mejor la importancia de la educación, en la Constitución 

de 1822 plantea que “la educación pública fuese uniforme en todas las escuelas, 

que se procurase la existencia de escuelas públicas de primeras letras en todas 

las poblaciones, los conventos religiosos estarían obligados a crear escuelas, 

igual cosa los monasterios de monjas para las jóvenes 6 ”. 

En relación a la Iglesia, no era ateo ni anticlerical, pero era partidario de la 

Tolerancia Religiosa, y concluir con prácticas y supersticiones de carácter 

popular que consideraba fuente de vicios. Lo mismo puede decirse de una serie 

de medidas encaminadas a reformar los hábitos de la gente para moralizaría 

(terminar con los juegos de envite, cerrar tabernas, etc.). 

Efectuando un balance de las ideas del Libertador, podemos decir que parte 

del convencimiento de que el pueblo no está apto para autogobernarse y que el 

poder debe ser ejercido por la clase más ilustrada, y a modo de mantener una 

apariencia legal y de legitimación popular, hace que la gente se suscriba en un 

libro determinado si es que apoya o rechaza una consulta (método bastante suigeneris 

para garantizarse el apoyo popular a los actos de gobierno). 

Como ejemplo de lo anterior se puede señalar la Constitución, de 1818, que 

fue llamada provisional, la cual crea un Senado consultivo que “no es elegido”: el 

Director Supremo es encargado de nombrar a sus integrantes y sus suplentes, 

no se les fija plazo en sus funciones, y sus decisiones podían prevalecer frente 

a las del mandatario después de dos insistencias. Aquí se refleja la tendencia 

clara hacia el gobierno fuerte y que las decisiones recaigan en el menor número 

posible de personas 7 . 

Lo anterior cambia en la Carta de 1822, cuando se crea un Congreso bicameral 

compuesto por una Cámara de Senadores y una de Diputados; la Cámara de 

Senadores sigue latente, cuando se perdió tiempo precioso en largas discusiones 

en el Congreso, en lugar de prepararse para la guerra. 

Estará formada por: Individuos de la Corte de Representantes 8 elegidos por 

la Cámara de Diputados, los Ministros de Estado, Obispos con jurisdicción en 

el territorio o de la dignidad que preside el Cabildo Eclesiástico, un Ministro del 

Supremo Tribunal de Justicia nombrado por el mismo Tribunal, tres jefes del Ejército 

(de la clase de Brigadier, Inclusivo arriba) nombrados por el Poder Ejecutivo, el 

Delegado Directorial del departamento en que abra sesiones el Congreso, un 

Doctor de cada Universidad nombrado por su claustro, dos comerciantes y dos 

hacendados, cuyo capital no baje de treinta mil pesos, nombrados por la Cámara 

de Diputados. La Cámara de Diputados estaría compuesta por personas elegidas 

por departamento uno por cada quince mil habitantes o fracción que no baje de 

6 Jaime A. Etchepare Jensen: O’Higgins y el Ordenamiento Constitucional. Revista del Libertador, número 6, p.32 

7 También se debe a las condiciones bélicas aún existentes en el país, el recuerdo de la Patria Vieja 

8 La Corte de Representantes estaba compuesta de siete personas electas por la Cámara de Diputados en 

votación secreta y de los ex directores que serían miembros vitalicios, y que entraría en funciones mientras el 

Congreso se encontrara en receso. 

483


siete mil 9 . Además, según la Constitución, son ciudadanos con derecho a sufragio 

los chilenos mayores de veinticinco años que sepan leer y escribir. Con el 

ordenamiento legal anteriormente expuesto se consolida una forma de gobierno 

y una situación en la cual la dirección del Estado se encuentra restringida a un 

círculo escogido de personas y funcionarios del Estado, esto se ve en el Senado 

de 1818, que es elegido por el director y que, más tarde, en la Carta de 1822, 

nuevamente no sea de generación popular. Al contrario, la Cámara de Diputados 

que es creada en 1822 será elegida popularmente, pero por aquellos que sean 

mayores de veinticinco años que sepan leer y escribir (sufragio restringido) 10 . 

Se destaca el hecho que para ser ciudadano con derecho a sufragio no se pida 

renta, esto indica que está presente la idea de que el primer paso para alcanzar 

la igualdad social consistía en el fomento de la educación, la que a su vez daría 

a la persona derecho a participar en las decisiones de interés general, además 

no requerir una renta indica no privilegiar a una determinada clase social que 

tuviera el dinero y la educación. Este último análisis es una idea de lo que se 

esperaba para Chile en el mañana, a través de un lento proceso, porque en la 

realidad prevaleció la acción dirigida por la voluntad del Ejecutivo, a raíz que las 

condiciones culturales del grueso de la población no permitían un ejercicio más 

expedito de la soberanía popular. 

O’HIGGINS, REFORMADOR 

A continuación analizamos algunas de las obras más importantes de O’Higgins 

dentro del marco de ideas, dado anteriormente, en los ámbitos de lo social, 

religioso y educacional, para de esta manera ir precisando más, los planteamientos 

que han sido expuestos anteriormente. 

O’Higgins es considerado como el Libertador de Chile, pero además se le debe 

considerar como la persona que trata de romper las estructuras tradicionales de 

Chile, encaminando el país hacia el progreso, mediante medidas en el orden 

económico, social y educacional. El Libertador desea conducir el país de acuerdo 

a sus parámetros y lo que él considera mejor para el progreso de Chile; y muchas 

de sus obras van encaminadas al mejoramiento del pueblo, buscando la manera 

de ilustrarlo y cambiar costumbres perniciosas, para construirse una sociedad 

libre, ordenada e igualitaria 11 . 

Dentro del conjunto de reformas realizadas por O’Higgins se destacan dos 

tipos. 

En primer término, las que apuntan a romper la tradición colonial: O’Higgins 

desea transformar a Chile en un país moderno, y para ello comienza dirigiéndose 

contra la aristocracia y luego hacer que el pueblo abandone un conjunto de usos 

y costumbres que más que ayudar serían un lastre difícil de sacudir, impidiendo 

9 Jaime A. Etchepare Jensen: O’Higgins y el Ordenamiento Constitucional Chileno. Revista del Libertador 

O’Higgins, número 6, pp. 30, 31. 

10 Restringido si se toma en cuenta que más de la mitad de la población de Chile era analfabeta. 

11 La idea de igualdad está entendida en el sentido que ninguna persona debe sentirse superior a otra por el 

solo hecho de haber nacido de una familia con determinado abolengo, sino que cada persona debe destacarte 

por sus méritos. Además, igualdad significa otorgar a cada persona las mismas oportunidades, iguales 

herramientas para progresar, y para ello se les daría una adecuada educación. 

484


el progreso. El problema es que las buenas intenciones de O’Higgins se estrellan 

contra unas estructuras muy rígidas formadas de siglos y que serán difíciles de 

eliminar en seis años. A pesar de ello, O’Higgins, mediante decretos, pretende 

alcanzar sus objetivos. 

MEDIDAS CONTRA LA ARISTOCRACIA: 

ABOLICIÓN DE LOS TÍTULOS DE NOBLEZA 

El 22 de marzo de 1817 se promulga el siguiente decreto. “Si en toda sociedad 

debe el individuo distinguirse solamente por su virtud y su mérito; en una 

República es intolerable el uso de aquellos jeroglíficos que anuncian la nobleza de 

los antepasados: nobleza muchas veces conferida en retribución de servicios que 

abaten la especie humana. El verdadero ciudadano, el patriota que se distinga 

en el cumplimiento de sus deberes, es el único que merece perpetuarse en la 

memoria de los hombres libres. Por tanto, ordeno y mando, que en el término de 

ocho días se quiten de todas las puertas de calle los escudos, armas es insignias 

de nobleza con que los tiranos compensaban las injurias reales que inferían a 

sus vasallos”. Más adelante, en el mismo bando se señalan algunas razones de 

la medida: “Yo creo que nadie negará que las almas se han creado iguales: ni 

habrá quien afirme que un cuerpo recibe cierto privilegio esencial, sobre todo en 

su formación, sus partes son iguales. Carne, huesos, arterias, venas, sangre, 

humores... ¿Con qué diversidad preferente se presenta en el noble, y no en el 

plebeyo?... Si los Leones y las Zorras significan alguna buena acción de mis 

padres, mientras yo no la haga, ¿de qué me sirven esas pantomimas?... ¿Qué 

responderán nuestros nobles si les preguntamos qué cosa fue el padre del primer 

noble de su familia? Aquél no debió ser noble, supuesto que el hijo fije el primero 

de su linaje.” En seguida, citando las palabras del Cónsul Mario, expone, deja ver 

algunas razones de este desprecio por la nobleza: “Desprecian en mí la falta de 

nobleza, yo en ellos la sobra de flojedad. A mí se me echa en cara mi nacimiento, 

a ellos sus maldades; bien que según entiendo la calidad es una y general en 

todos, y el que tiene más valor ese es el más noble...” 12 . Posteriormente, en un 

decreto del 15 de septiembre de 1817, se declaran abolidos definitivamente los 

títulos de nobleza a los cuales califica de “miserables reliquias del sistema feudal”. 

Tres días antes se había creado la Legión del Mérito de Chile, destinada a premiar 

los servicios militares y civiles sin consideración a la familia ni a los antecedentes 

de la persona. 

Esta medida fue un duro golpe a la Aristocracia Criolla, pero más que un 

valor práctico fue una medida simbólica porque a la época había doce títulos de 

nobleza, y la consecuencia de ello fue profundizar las diferencias que ya existían 

entre O’Higgins y la aristocracia, eliminando un sólido pilar para sostenerse en el 

poder. Los detractores de la medida plantean la existencia natural de jerarquías 

y que las costumbres no se cambian de un día a otro. Al respecto, se cita un 

artículo enviado al editor de la Gazeta Ministerial: “En vano se publican Bandos 

12 Bando del Director Supremo de Chile, 22 marzo 1817. Gazeta del Supremo Gobierno de Chile, en Archivo de 

O’Higgins, Tomo IX, Biblioteca Nacional, p. 221. 

485


contra los escudos de armas y se predicará contra la nobleza de sangre. No hay 

fuerza contra las leyes de la opinión, ni se destruyen de un golpe los hábitos 

inveterados..., hasta en el cielo hay jerarquías, que las hay en la tierra en los 

destinos y graduaciones eclesiásticas, civiles y militares, y que es preciso que las 

haya para equilibrar el poder de la licencia de los magnates, en la conservación 

del orden. Los pelucones dicen: ¿Quién será capaz de contener la plebe si se 

extingue el respeto de los nobles?” 13 . Algunos asesores de O’Higgins le escriben 

para decirle lo desacertado de la medida. Es así como José Ignacio Zenteno, en 

carta del 1 de octubre de 1817: “El es en efecto un paso arrogante hacia la libertad, 

al mismo tiempo que una herida profunda al simulacro de la aristocracia; pero 

parece que el tiempo no es muy oportuno todavía para hacer esta declaración; 

aún se sostiene Lima a cuya nobleza aunque sin fibra debemos no disgustar y 

parece que no hay una urgencia de hacerlo con la nuestra en tanto que su mayor 

parte se ha decidido por el sistema Liberal, aunque sea a medias entre pujidos 

y dos aguas...”, 14 las palabras de Zenteno representan una actitud pragmática 

si se considera que O’Higgins se encuentra gobernando solo, sin una base de 

poder estable y segura. Esto se puede afirmar si se toma en cuenta la forma 

cómo O’Higgins llegó al poder, y se puede pensar que la aristocracia brindará 

su “apoyo” al Director mientras todavía se esté luchando contra los realistas en 

el sur, se encuentre el Ejército de los Andes en Chile esperando ser embarcado 

al Perú y mientras no se lesionen directamente sus intereses y su orgullo. La 

medida de O’Higgins le significó ganar enemigos en un momento muy delicado 

para el proceso de emancipación. 

A la anterior medida se añade la abolición de los Mayorazgos, mediante un 

decreto del 5 de junio de 1818, y suspendida por el Senado en diciembre de 

1819. Esta institución era considerada como una manera de conservar dentro de 

una familia un bien -raíz y así preservar su poder económico y social 15 . Eliminar 

los Mayorazgos implicaba lesionar los intereses económicos de la aristocracia 

y permitir el movimiento de las tierras, es decir, que pasaran a personas que 

las hicieran producir y progresar. Como ejemplo a lo anterior se puede citar una 

condición expuesta en un decreto sobre venta de bienes secuestrados “que 

las fincas no podrán jamás vincularse ni pasarse en ningún tiempo ni por título 

alguno a manos muertas... 16 ” El problema radica que al igual que los títulos de 

nobleza, existían en Chile diecisiete Mayorazgos 17 . Esta medida, al igual que la 

anterior, lejos de tener un efecto práctico, tuvo un efecto simbólico y consiguió la 

desconfianza de la aristocracia y herirla en su amor propio. 

13 Ibíd., p. 223. 

14 Carta de José Ignacio Zenteno. Octubre 1 de 1817. Archivo de O’Higgins, Ob. cit. Tomo VIII, p. 355. 

15 Mediante el Mayorazgo, un conjunto de bienes pasaba al hijo mayor de la familia, con la prohibición de 

enajenarlos. 

16 Decreto Santiago 27 de octubre de 1820. Archivo O’Higgins. Tomo XIV, p. 128. 

17 Borde y Góngora: Evolución de la propiedad rural en el Valle del Puangue, pp. 55 y 115, en John Lynch: 

Revoluciones hispanoamericanas, p. 163. 

486


MEDIDAS CONTRA EL ESPÍRITU RELIGIOSO TRADICIONAL 

En el proceso de eliminar ataduras con el pasado colonial se encuentran medidas 

que atacan la Iglesia en, forma indirecta y así introducir lentamente la tolerancia 

religiosa, a pesar que las leyes de la época establecían la religión católica como 

oficial del Estado de Chile. Algunas de las medidas más importantes son: 

a) Autoriza en forma privada el ejercicio de otras religiones. 

b) Crea el Cementerio General de Santiago y el Cementerio para disidentes en 

Valparaíso. El 26 de agosto de 1819, el Senado acordó que se procediera 

a la ejecución del cementerio de Santiago. Para esto obtuvo de los padres 

de Santo Domingo que concedieran una chacra de tres cuadras y 12.500 

varas al norte de la ciudad, y el 10 de septiembre de 1819 el Senado dicta 

el reglamento sobre sepultación de cadáveres. La bendición fue el 25 de 

noviembre. Ante los alegatos de la aristocracia se permitió que las órdenes 

religiosas mantuvieran sus cementerios. 

El 14 de diciembre de 1819 se autoriza a los protestantes para adquirir en 

Santiago y Valparaíso tierras para sepultar sus muertos. Ante los reclamos 

del clero sólo se construyó el de Valparaíso. 

c) Prohíbe fijar en las puertas de las iglesias parroquiales las listas de los 

infractores del mandato que imponía a todo individuo la obligación de 

cumplir con la Iglesia para Pascua de Resurrección. 

d) Prohibición de exhibir imágenes antiartísticas o ridículas en los templos y 

pedir limosnas con santos portátiles y procesiones nocturnas. 

e) Reglamentación de las procesiones diurnas. 

f) Procede a desterrar el clero considerado como realista, el destierro a 

Mendoza de José Alejandro Eyzaguirre, futuro Arzobispo de Santiago y 

entonces ostiario de la catedral, debido a que no permitió el ingreso a la 

catedral de una señora con un traje demasiado “provocativo”. 

g) Se destierra al Obispo de Chile, Rodríguez Zorrilla, obligándolo a nombrar 

en su reemplazo a Pedro de Vivar, el que, ante la imposibilidad de asumir, 

se designó a José Ignacio Cienfuegos, el cual ordenó a los párrocos y 

eclesiásticos lo siguiente con fecha 13 de agosto de 1817: “...La libertad 

que proclaman el sistema de América, es una libertad racional y saludable 

que detesta el libertinaje, la arbitrariedad, la pasión y la violencia; libertad 

fundada en la igualdad, justicia y en el santo evangelio que sólo distingue 

al que por sus obras virtuosas se eleva sobre los demás... Predicad, pues, 

y enseñad incesantemente en todos los días festivos estas doctrinas tan 

conformes al Santo Evangelio que debéis en esos días explicar a vuestros 

parroquianos y cuidad con mucho escrúpulo de consolidarlos en estos 

saludables principios” 18 . Como se puede apreciar mediante esta orden se 

trata de transformar a los eclesiásticos y párrocos en general en agentes 

reformadores de la sociedad, encargados de predicar las doctrinas que 

sustenta el Libertador. 

18 Francisco A. Encina A.: Historia de Chile. Ercilla. Tomo 13, p. 186. 

487


Estas medidas se las puede considerar como un intento por introducir 

lentamente la tolerancia religiosa, pero por una razón más pragmática, que sería 

el estar de acuerdo con una realidad inexorable, la apertura de Chile al comercio 

internacional, especialmente hacia los países protestantes, Inglaterra, los cuales 

establecen sus primeras casas comerciales en Valparaíso. Además, estaría de 

acuerdo con los planes que tiene O’Higgins de traer inmigrantes irlandeses y 

europeos en general, para colonizar el país y aumentar su población. 

Existen en este gobierno otras medidas que tuvieron por objeto mejorar las 

virtudes y costumbres de la población, lo que hará impopular a O’Higgins; así, por 

ejemplo: 

a) El 12 de diciembre de 1818 prohíbe las ramadas y venta de licores. 

b) El 3 de febrero de 1821 prohíbe los juegos de carnaval. 

c) El 7 de mayo de 1819 un Bando supremo prohíbe los juegos de envite. Las 

razones que se exponen son las siguientes:”Son ya repetidas las quejas que 

me han dado sobre el desorden con que se permiten los juegos de envite en 

varias casas particulares y FALTA TEXTO BORROSO también cantidades 

desproporcionadas a las facultades de los concurrentes. No debo permitir 

una transgresión tan escandalosa de las leyes que prohíben tales juegos y 

mucho menos cuando en el día conviene propender al adelantamiento de 

las facultades de los vecinos del Estado, removiendo todas, las causas que 

pueden influir en su atraso... Por tanto, declaro prohibidos absolutamente 

toda clase de juegos de envite... teniendo entendido que no hay fuero alguno, 

por privilegiado que sea... y que si al pretexto de fuero se experimentase 

alguna repulsa, será castigado, será castigado su autor...” 19 . Aquí se grafica 

claramente el afán moralizador de las costumbres que tenía el Libertador, 

dando por principal justificación que todas estas prácticas llevan sólo al 

atraso de los pueblos. 

Una medida de corte administrativa y según los fundamentos que se dan, 

estaría cambiando usos coloniales, es la prohibición de la venta y remate de 

cargos públicos, es así que en un acuerdo con el Senado del 7 de agosto de 1821, 

se declara lo siguiente: “Habiendo variado totalmente nuestro sistema político con 

la independencia que hemos proclamado; ha sido consiguiente mudar algunos 

establecimientos del antiguo gobierno español, que pugnan con la razón y los 

principios de nuestra regeneración. Siendo uno de ellos el de la venta por remate 

de los oficios públicos, y el derecho que tenían los poseedores de venderlos o 

renunciarlos a favor de personas determinadas; declaro que para lo sucesivo se 

deben dar y darán efectivamente de gracia dichos oficios a personas en quienes 

concurran las cualidades necesarias para servirlas a satisfacción del público, 

sin que los agraciados puedan renunciarlos en ningún caso a favor de persona 

alguna, pues, por su muerte o separación, es privativa de la suprema autoridad 

ejecutiva la facultad de elegir sucesor, sin opción en el anterior poseedor ni sus 

herederos por el valor ni por los emolumentos del oficio” 20 . 

19 Bando 7 mayo 1819. Archivo O’Higgins. Tomo XII, pp. 197-198. 

20 Director Supremo con acuerdo del Senado, 7 agosto 1821, Archivo O’Higgins. Tomo XV, pp. 242-243. 

488


LA FORMACIÓN DE UN NUEVO PUEBLO 

En el logro de este objetivo adquiere importancia la ilustración de la población 

mediante un proceso educativo masificado, que pueda sacar a la población del 

analfabetismo en la forma más rápida posible. Para ello, y dadas las condiciones 

económicas del país y el grado de alfabetización (prácticamente nulo), se 

hace necesario un sistema educativo ramificado y que se fomente la actividad 

intelectiva. Este desarrollo también se puede asociar al concepto de “democracia 

restringida”, debido a que con la instrucción de la población, se podría crear un 

cuerpo de personas altamente capacitadas para gobernar y de cualquier clase 

social, puesto que esta instrucción estaría dirigida especialmente al pueblo, 

dándoles con esto igualdad de oportunidades. 

La premisa fundamental para el desarrollo educativo consiste en la idea de 

que un pueblo culto podía mantenerse en libertad, “...El triunfo de las armas 

precede siempre al de la libertad, la victoria de Chacabuco y el feliz terror que 

infundió en los tiranos han despejado a Chile, con más prontitud que la que se 

esperaba, de la barbarie de esos monstruos empeñados en volver al país aquel 

plan de ignorancia y oscuridad que era la única esperanza de la España para la 

conservación de las colonias... Un año de luz fue bastante a desarraigar profundos 

errores....No hay libertad sin luces... 21 ” De esta forma se manifiesta la idea de 

relacionar la Colonia con el “oscurantismo” y la independencia con un período de 

“luces” donde se difunden nuevas ideas que harán la felicidad de los chilenos. 

O’Higgins dice ante la Convención de 1822: “El actual estado de la civilización 

y de las luces nos descubre bien la necesidad de adelantar, o por mejor decir, 

plantear de un modo efectivo y suficiente la educación e ilustración. Necesitamos 

formar hombres de Estado, legisladores, economistas, jueces, negociadores, 

ingenieros, arquitectos, marinos, constructores hidráulicos, químicos, mineros, 

artistas, agricultores, comerciantes… 22 ” Tal fue el sentido visionario que se le dio 

a la educación, como medio para romper las estructuras pasadas y favorecer a 

todas las clases, especialmente los pobres. 

Los anteriores argumentos se ven sintetizados en el acta de fundación de la 

Sociedad de Amigos del País el 1º de abril de 1821, y se reúne a instancia de 

Manuel Blanco Encalada y está compuesta por Manuel de Salas, J. Miguel León de 

la Barra, Manuel Blanco Encalada, Bernardo de Vera, José Ignacio Zenteno, José 

Gregorio Argomedo, Juan Egaña, Francisco García Huidobro, Francisco Lastra, 

A. J. Wavell, el acta dice lo siguiente: Estado de Chile situado bajo la influencia de 

un clima dichoso, siendo fértil, abundante, rico, y en muchos respectos colmado 

de bienes naturales con que la providencia la bendijo... Que al contrario se están 

viendo con dolor los campos incultos, las minas abandonadas, los hombres 

ociosos y consiguientemente ellos y sus familias aburridos por la inacción y 

abrumados por la miseria; de cuyos principios se siguen casi de necesidad la 

relajación de las costumbres, el olvido de toda moral, y el rompimiento de todos 

los lazos que constituyen a los hombres en sociedades felices y contentos. Que la 

causa general de este desorden político proviene en gran parte de la ignorancia y 

de la falta de estímulo que los ciudadanos de todas clases y condiciones necesitan 

21 Editorial. Archivo O’Higgins. Tomo IX, p. 224. 

22 Eugenio Orrego Vicuña. O’Higgins. Losada, 1946, p. 117. 

489


para esforzar el ingenio... los naturales del Estado sólo necesitan de buenos 

guías, que les señalen el camino de la felicidad, y aparten de él los obstáculos 

que puedan entorpecer su marcha... Que para mejorar el país (ahora que está 

en su infancia) es de necesidad empezar por inspirar gradualmente el amor a las 

ciencias, proteger las artes, velar sobre la educación de los jóvenes...Y que siendo 

estos objetos tan dignos de los sentimientos filantrópicos de los concurrentes, 

proponía se formase de ellos una sociedad, en que cada uno de los miembros, 

por sus luces, poder, o influencia, contribuyese al noble fin de beneficiar el país, y 

mejorar la suerte de los hombres que lo habitan..., la institución de las sociedades 

es uno de los árbitros más eficaces para promover la prosperidad, la ilustración y 

aún las virtudes de los pueblos” 23 . 

En este sentido O’Higgins implementó el sistema Lancasteriano de enseñanza, 

en virtud de la cual un profesor podía atender una gran cantidad de alumnos 

mediante monitores extraídos de esos mismos alumnos. Las ventajas de este 

sistema están contenidas en una carta de Antonio José de Irisarri al Director 

Supremo de Chile “para dar a V.S. una idea de las ventajas que deben resultar 

de este establecimiento, baste decir que en seis meses puede aprender un niño 

a leer, escribir y contar; siendo el costo a razón de ocho reales al año; que en 

cada escuela puede haber cuantos discípulos se quiera, bajo la dirección de un 

solo maestro; porque el sistema de enseñanza está formado de tal modo que 

los discípulos mismos sirven de maestros unos a otros. El gasto de seis a diez 

francos al año por cada niño es el que se hace en Francia, y seguramente en 

Chile no podrá ser más, cuando las casas y otros medios de subsistencia son más 

baratos” 24 . El sistema fue implantado en Chile por James Thomson, agente de 

una sociedad bíblica de Londres, que firmó contrato con el gobierno. La primera 

escuela Lancasteriana se inauguró en la sala de la Universidad de San Felipe 

el 18 de septiembre de 1821, y el 22 de noviembre se declaró Escuela Normal, 

para formar maestros, también hubo otra en Valparaíso creada por José Ignacio 

Zenteno. 

Otras medidas culturales fueron la reapertura del Instituto Nacional el 20 de 

julio de 1819, donde funcionaron dos clases de Latín y de Castellano, una de 

Elocuencia, Francés, Inglés y de Dibujo. Además, para fomentar la cultura, se 

liberó de impuestos de aduana de internación a libros y periódicos extranjeros. 

Donde más se manifiesta el espíritu reformista en la construcción de una nueva 

sociedad, es en el reglamento para las escuelas públicas de todo el Estado para 

promover la educación de los jóvenes, aquí se mencionan todos lo aspectos en 

que se debe poner más énfasis: 

“En estas escuelas se enseñará a leer, escribir y contar, teniendo los 

maestros especial cuidado en que aprendan los jóvenes la gramática castellana, 

instruyéndoles en los fundamentos de nuestra sagrada religión..., procurando 

ilustrarles en los primeros rudimentos, sobre el origen y objeto de la sociedad, 

derechos del hombre y sus obligaciones hacia ella y al gobierno que las rige.”... 

“Procurarán los maestros con su conducta y expresiones juiciosas inspirar a los 

23 Acta de Formación de la Sociedad de Amigos del País. Archivo O’Higgins. Tomo XV. pp. 71-72. 

24 Carta a O’Higgins, de Irisarri. Londres 13 de septiembre 1820. Archivo O’Higgins. Tomo III. pp. 189-190. 

490


alumnos amor al orden, respeto hacia la religión, moderación y dulzura en el trato, 

sentimientos de honor, apego a la virtud y la ciencia, horror al vicio, inclinación 

al trabajo.... desprecio de todo lo que diga a profusión y lujo del comer, vestir y 

demás necesidades de la vida, infundiéndoles un espíritu nacional que les haga 

preferir el bien público al privado; estimando en más la calidad de americano que 

el de extranjero.”...“Habrá gran cuidado en que, todos los jóvenes se presenten 

con aseo de su persona y vestido, sin permitirse que alguno use lujo, aunque 

sus padres puedan y quieran costearlo” 25 . En este trozo del reglamento se puede 

apreciar el rol fundamental que cumple la educación en la formación de este “nuevo 

pueblo”, la cual hará deshacer el antiguo arquetipo del chileno y reemplazarlo por 

un modelo ideal. En general, todo movimiento nuevo trata de crear una imagen 

de hombre, a la cual todos deben llegar, y para ello se deben poner en marcha 

todas las instituciones de una sociedad, al igual que crear nuevas que ayuden a 

consolidar las estructuras que se quieren implantar. 

CONSIDERACIONES FINALES 

Al término de este ensayo se puede decir que la obra de O’Higgins y el mismo 

Libertador son elementos que sintetizan un adelanto para esa época y muestra 

la aceleración del paso de Chile desde una nación de condición colonial a otra 

moderna e incorporada a los grandes mercados internacionales. Para ello es 

necesario romper las estructuras sociales que han permanecido vigentes por casi 

cuatro siglos y en esta labor se encuentran una serie de medidas que dañan los 

sentimientos aristocratizantes de la clase alta chilena y a su vez esboza otras 

que desean reformar los hábitos del pueblo. Por último, para dar continuidad a 

todo esto, se implementa un sistema educativo, cuyos objetivos son ayudar a 

la creación de un nuevo tipo de hombre que esté de acuerdo a las ideas que se 

fueron generando durante la emancipación y, por supuesto, estén de acuerdo a 

los planteamientos de O’Higgins. 

25 Reglamento para las escuelas públicas. Gazeta Ministerial de Chile, 6 de marzo 1819. Archivo O’Higgins. 

Tomo XII, p. 103. 

491


492


EL SENTIDO CONTINENTAL 

DE LA ACCIÓN LIBERTADORA DE BERNARDO O’HIGGINS 

Germán Sepúlveda Durán 

1.- APOYO EN UN BIÓGRAFO INGLÉS 

El eminente novelista español Pío Baroja, en el prólogo a su narración 

denominada “La Nave de los Locos”, dice que sólo hay tres maneras de comenzar 

un relato: por el principio, por el medio y por el final. De estas tres posibilidades, 

elegimos la última y nos decidimos a empezar por una biografía sobre nuestro 

personaje, escrita en inglés y publicada en Londres el año 1968. Pertenece al 

historiador británico Stephen Clissold, quien ya en 1952 había impreso, también 

en la capital de Gran Bretaña, su “Chilean Scrap-Book”. Título que trasvasado 

literalmente a nuestro idioma, da por resultado “Álbum de Recortes Chilenos”; 

pero transcrito con mayor depuración estilística, nos queda “Álbum de Chile”. 

Para el caso presente, el libro de Clissold que nos importa más, sin desmedro 

de la valiosa amenidad del anterior, es el titulado “Bernardo O’Higgins and the 

independence of Chile”, dado a la luz el año 1968 por el editor londinense Rupert 

Hart-Davis. Tiene la inteligente particularidad de empezar por una semblanza del 

padre de nuestro héroe, asentada en sus actividades militares y civiles en tierras 

de Arauco. Es decir, nos ofrece primero una biografía breve de Don Ambrosio 

O’Higgins, para continuar luego con la biografía extensa de Don Bernardo 

O’Higgins, su único hijo. 

Las diez líneas iniciales del texto inglés de Stephen Clissold, trasegada a 

lengua castellana casi calcada, nos ofrecen lo siguiente: 

“Bernardo O’Higgins pertenece a la pequeña cuadrilla de hombres que han 

ganado un lugar en la historia como forjadores de la independencia de América 

Latina. Eclipsado por el genio del gran libertador Simón Bolívar y superado en 

brillo estratégico por su amigo San Martín, O’Higgins es, sin embargo, de su 

gremio. A él, más que a ningún otro, debe Chile su independencia. Ni la deuda 

es sólo de Chile. O’Higgins representó su papel en el escenario americano más 

amplio, pues también tuvo rango superior en las filas del ejército en Argentina y 

se dedicó al mismo y a los recursos de su país, a la emancipación del Perú”. 

Esta cita tiene el mérito de situar a O’Higgins junto a sus pares, por la vía 

de la participación alícuota en el aporte de esfuerzos personales y de recursos 

nacionales a la libertad continental de América Hispana. Lo cual se entiende 

493


vinculado a los trabajos que O’Higgins, San Martín y Bolívar se dieron, una vez 

varones adultos, para el cumplimiento de la magna empresa que los aproximó 

entre sí. Sin embargo, no estará mal, particularmente en el caso de Bernardo 

O’Higgins, un vistazo retrospectivo a sus años infantiles y a rasgos de formación 

juvenil que, no por sabida, ahora se ha de callar. Al revés, ahora es cuando 

conviene referirse de manera compendiada a tales años, y a dicha formación. 

2.- PRECISIONES DE UNA PARTIDA DE BAUTISMO 

Su partida de bautismo, protocolizada el 23 de enero de 1783, empieza 

diciendo: “Don Pedro Pablo de la Carrera, cura y vicario de la villa y doctrina de 

San Agustín de Talca, certifico y doy fe la necesaria en derecho, que el día veinte 

del mes de enero de mil setecientos ochenta y tres años, en la iglesia parroquias 

de la villa de Talca, puse óleo y crisma, y bauticé –sub condicione–, a un niño 

llamado Bernardo Higgins, que nació en el obispado de Concepción, el día veinte 

del mes de agosto de mil setecientos setenta y ocho años, hijo del maestre de 

campo general de este reino de Chile, y coronel de los reales, ejércitos de su 

majestad, don Ambrosio Higgins, soltero, y de una señora principal de igual 

obispado, también soltera, que por su crédito no ha expresado aquel su nombre. 

El cual niño Bernardo Higgins está a cargo de don Juan Albano Pereira, vecino 

de esta villa de Talca, quien me expresa habérselo remitido su padre, el referido 

Don Ambrosio Higgins, para que cuide de su crianza y doctrina correspondiente, 

como consta de su carta, que para este fin la tiene escrita, y existe en su poder, 

bajo su firma, encargándole así mismo que ordene estos asuntos de modo que 

en cualquier tiempo pueda constar ser su hijo”. 

El maestre de campo general, cuidadoso de testificar su paternidad, en 1786 

pasa a regir la intendencia de Concepción y al año siguiente es de manera 

simultánea, Gobernador y Capitán: General del Reino de Chile, Presidente de la 

Real Audiencia de Santiago y Superintendente de la Real Hacienda, en cuanto 

Ambrosio Higgins; pero al discernírsele por real cédula en 1795 el título de Barón 

de Ballenary, empieza a firmar con una “O” antepuesta a su apellido, lo que en 

irlandés significa “hijo de”, quedando el Higgins en O’Higgins. A fines del año 

precitado, un barco español que recala en Valdivia trae al flamante don Ambrosio 

O’Higgins la designación de Virrey del Perú y Teniente General de los Ejércitos de 

Su Majestad. Por añadidura, en reconocimiento a sus excepcionales servicios de 

funcionario de la Corona española, recibe también el título de Marqués de Osorno 

en el mes de enero de 1796. El venidero 26 de julio hace su entrada triunfal 

de Virrey del Perú en Lima, tras haberse embarcado de Valparaíso al Callao a 

mediados de mayo anterior. 

Pero he aquí un hecho notable en cuanto a la paternidad de un soltero de 

tantas campanillas. Por mandato expreso de Don Ambrosio Higgins, irlandés 

que por católico y por distinguidos servicios a la corona real de España ascendió 

a los máximos escalones de la jerarquía funcionaria colonial, el bautizado 

recientemente en la villa de Talca lleva su apelativo, “de modo que en cualquier 

tiempo pueda constar ser su hijo”, según refrenda el cura vicario de la Carrera. 

Ahora bien, conviene decirlo, el que don Ambrosio no, se casara con “una señora 

principal de aquel obispado, también soltera, que por su crédito no ha expresado 

494


aquel su nombre”, siendo la madre del sacramentado sub conditione, se debe a 

que la legislación hispana prohibía el matrimonio de los funcionarios importantes 

con los súbditos bajo su jurisdicción. Los castigos del caso, bastante severos, 

aún se aplicaban a quienes reconociesen hijos en los lugares de ejercicio de su 

autoridad. 

Al disponer por carta a su amigo Juan Albano Pereira que el niño Bernardo 

llevara el apellido Higgins, don Ambrosio incurría en un peligroso testimonio de 

transgresión jurídica. Sin embargo de lo cual, la postura de óleo y crisma al fruto 

de sus amores es razón suficiente para que las lenguas aristocráticas y poco 

caritativas de quienes se complacían en hablar de “el huacho O’Higgins”, se 

equivocaran del todo en su intención maledicente. Porque es “huacho” o “guacho” 

en jerga plebeya, aquel de quien la paternidad es incierta, pero no podía ser más 

cierta tratándose del futuro Libertador, Padre de la Patria y Director Supremo don 

Bernardo O’Higgins Riquelme. Ya hecho éste un joven revolucionario respecto 

del dominio español en América, dadas sus vinculaciones humanas de Londres 

y Cádiz, pudo su padre desheredarlo en un rapto de fidelidad a la Corona y por, 

la pérdida de su cargo de Virrey en junio de 1800, mas no pasó por su mente 

privarlo del apellido bautismal. La prueba es que vuelto don Ambrosio O’Higgins 

a la tranquila lucidez de sus horas postreras, por disposición testamentaria de 

1801, dejó al haber de Bernardo las 16.500 cuadras de terreno de la hacienda 

de San José de las Canteras, bullente de ganado vacuno, caballar y lanar en Los 

Ángeles. 

3.- PRODUCTO DE BUENA EDUCACIÓN EUROPEA 

Andaba el párvulo por los cuatro años de edad, cuando en noviembre de 1782 

el señor Higgins dispuso que de casa de los modestos campesinos que lo criaban 

cerca de Chillán, se le trasladara al hogar acomodado de su amigo Juan Albano 

Pereira en Talca. Un día de mayo de 1788, recientemente nombrado Gobernador 

del Reino de Chile, yendo camino de Concepción a Santiago, el conspicuo 

Don Ambrosio hace un premeditado alto en aquel hogar para ver al pequeño “y 

cerciorarse de lo que podía prometer”. Lo cual no era demasiado, pues el niño 

Bernardo a los diez años lee a duras penas y recita sin gallardía sus oraciones. 

El visitante se ocupa entonces de disponer que su vástago sea enviado a la villa 

de Chillán, donde había nacido en 1778, y de que se le colocara a estudiar en el 

“colegio de naturales”, donde los frailes franciscanos alfabetizaban y adoctrinaban 

a los retoños de caciques pacificados. Al cabo de unos meses de escolaridad en 

ese establecimiento, por mandato de su padre entregan el chico a un hombre de 

confianza cuya misión es embarcarlo de Talcahuano al Callao. Una vez en Lima 

el año 1790, es confiado a la discreta amistad y al cómodo domicilio del irlandés 

Ignacio Blaque, a instancias del distante Gobernador de Chile. Transcurrido un 

plazo preparatorio, a la edad de doce años es inscrito en el colegio de San Carlos 

el sureño Bernardo Higgins. A mediados de 1794, su padre ordena embarcarlo 

del Callao a; Cádiz, siguiendo la ruta del Cabo de Hornos. Aquí permaneció 

el muchacho de dieciséis años cumplidos un par de meses en el hogar del 

comerciante Don Nicolás de la Cruz, Marqués del Maule a efectos de sus repletas 

talegas. Respaldado por una asignación anual de mil quinientos pesos provistos 

495


por el Gobernador de Chile, Bernardo Higgins, cuyo pasaporte estaba a nombre 

de Bernardo Riquelme, llegó a Londres por octubre de 1795. A insinuación de 

un mercader español amigo suyo, el Marqués del Maule encargó el pupilo a un 

par de relojeros ingleses que giraban con la firma Spencer y Perkins. Los cuales 

resultaron rapaces administradores de los dineros consignados por intermedio de 

Don Nicolás de la Cruz al estudiante chileno. Quien, no pocas veces, careció 

junto al Támesis de recursos para su mantención y para el pago de sus lecciones. 

A comienzos de 1799 tomó un barco para Cádiz, con un recalada de veinte días 

en Lisboa. En España, sirviendo por el alojamiento y la comida en el almacén del 

señor de la Cruz, Bernardo no fue más dichoso que en Inglaterra. Por fin el 14 de 

abril de 1802 figuraba de pasajero en la fragata “Aurora” y un 6 de septiembre de 

igual año desembarcaba en Valparaíso. 

Los hitos de permanencias en Chillán, Talca, Lima, Cádiz y Londres, bien 

visualizados al hilo de los propósitos de buena crianza y superior educación del 

Gobernador de Chile para su hijo, corresponden a centros urbanos de ambiente 

social y cultural cada vez más denso. En particular, a título de capital del Virreinato 

del Perú, la ciudad de Lima era la más opulenta, más cortesana y más instruida de 

América Hispana. Cádiz, a causa de ser la entidad portería peninsular de mayor 

ida y venida de barcos a Indias o a Iberia, constituía un receptáculo propicio al 

arribo de levantiscos indianos y criollos de ambos océanos; Londres, por artes 

de su navegación, su comercio y su industria de gran estilo, hacía de cabeza 

filosófica, estética y política de una Europa en expansión. 

Necesariamente, entonces, años en el regazo colonial limeño; tres años en 

el almácigo gaditano de hispanos y americanos independentistas, y cuatro años 

en el crisol londinense de ideas liberales y libertarías, debían, sin la menor duda, 

imprimir su sello distintivo en la mentalidad y en la sensibilidad juveniles de 

Bernardo Higgins adolescente. Cualesquiera que fuesen los resultados de sus 

estudios formales, él se nutrió con aprovechamiento perdurable del influjo reflejo 

de la convivencia británica, de las lecturas en lengua inglesa y de la conversación 

porvenirista de patricios o de soñadores hispanos y americanos residentes o 

paseantes de Cádiz a Londres o viceversa. Tales experiencias intelectuales o 

emocionales de largo plazo, configuraron los rasgos capitales de la inteligencia 

clara, la voluntad disciplinada y la constancia tenaz del carácter tempranamente 

adulto de quien diera sus primeros pasos entre Chillán y Talca. 

Esa serie de largos años de educación europea bajo una atmósfera de 

incitaciones intelectuales, morales y sociales de nuevo cuño, aunque exenta de 

genialidades reales o presuntas y sí cuidadosa de talentos bien encaminados a 

la creación de obras duraderas, hace la diferencia específica en el temple de la 

idiosincrasia personal de Bernardo O’Higgins respecto de sus contemporáneos 

José de San Martín y Simón Bolívar u otros de radio de acción menos sonada en 

lo militar, lo gubernativo y lo político. No decimos que éstos no hayan estudiado 

en Europa ni negamos que hayan tomado parte en actuaciones bélicas de 

aquellos días. Lo que decimos es que lo estuvieron de distinta manera y sin la 

lenta y prolongada impregnación formativa de un impacto ambiental y cultural 

muy diversificado como el que recibiera Bernardo O’Higgins. 

496


4.- DIÁLOGO LIBERTARIO DE UN MAESTRO Y UN DISCÍPULO 

El eminente precursor principal de la independencia de las colonias de América 

Hispana, el venezolano Francisco de Miranda (1750-1816), establecido en Londres 

el año 1798, solía contar sus actuaciones militares y políticas en la independencia 

de los Estados Unidos y en las peripecias de la Revolución Francesa, sin excluir 

sus éxitos cortesanos en Rusia, a su auditorio escogido de adultos y jóvenes de 

alma curiosa. En una ocasión en que lo hiciera a su alumno de matemática, el 

chileno Bernardo O’Higgins (1778-1842), con los ojos húmedos de lágrimas éste 

se le echó a los brazos exclamando: 

“¡Padre de los oprimidos! Si roto el primer eslabón de la cadena que en el 

Norte ha hecho aparecer una nueva nación, ¡con cuántos mayores motivos debe 

despedazarse la restante que ata a las demás regiones del Nuevo Mundo a 

los cetros del continente europeo! Permitid, señor, que yo bese las manos del 

destinado por la Providencia bienhechora para romper esos fierros que nuestros 

compatriotas y hermanos cargan tan ominosamente, y de sus escombros nazcan 

pueblos y repúblicas que algún día sean el modelo de muchos otros del antiguo 

mundo. Mirad en mí, señor, tristes restos de mi compaisano Lautaro; arde en 

mi pecho ese mismo espíritu que libertó entonces a Arauco, mi patria, de sus 

opresores.” 

Miranda me estrechó con ternura diciendo: 

“Sí, hijo mío, la Providencia divina querrá se cumplan vuestros votos por la 

libertad de nuestra patria común. Así está decretado en el libro de los destinos. 

Mucho secreto, valor y constancia son la égida que os escudará de los tiros de 

los tiranos.” 

Amén de su estatura prócer y esbelta, Francisco de Miranda era de palabra 

elocuente, de pupila magnética y de gestos rotundos. Así particularmente 

hablando de la emancipación respecto de España, captaba con facilidad la 

atención y suscitaba la emoción en sus oyentes. No otra cosa indica la frase 

exclamativa: “¡Padre de los oprimidos!”, con la cual elogia y califica el discípulo 

de veinte años de edad, Bernardo O’Higgins, de Chile, a su maestro de cuarenta 

y ocho, Francisco de Miranda, de Venezuela. Sus personas son disparejas en la 

duración cronológica y sus países están alejados en el Espacio, pero una profunda 

comunidad de sentir interior borra las diferencias de tiempo y espacio. Lo que se 

prueba con lo que opera, en la representación intelectual de carácter histórico en 

la mente de O’Higgins: el nacimiento de los Estados Unidos del Norte por obra de 

la ruptura del régimen colonial anglosajón. Hecho histórico cuyo impacto anímico 

en Bernardo consiste en encenderle el deseo de que el despedazamiento del 

régimen español libere a “las demás regiones del Nuevo Mundo”. Ahora bien, 

tales regiones no sólo concernían a los dominios de España, sino también “a 

los cetros del continente europeo” cuyas cadenas o formas de sujeción colonial 

alcanzaba a éstas y a enclaves de tierra firme donde se hablara inglés, francés 

u holandés, hayan practicado o no sus habitantes el uso de la lengua castellana 

con anterioridad. Y no se crea que es ilusorio este deseo de llevar a todas partes 

“el dulce fruto del árbol de la libertad” en palabras de O’Higgins mismo. El ejemplo 

adaptable y adaptable está bastante a la mano. Por esos años, la Revolución 

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Francesa hacía temblar los tronos de la cuna de la civilización occidental y el corso 

Napoleón Bonaparte se inclinaba al áspero menester de quitar y poner reyes en 

ellos. Por extensión analógica de aquellas circunstancias, bien se podrían quitar 

de los territorios americanos a los virreyes, los gobernadores y los encomenderos 

de diferente catadura. 

En la frase siguiente del párrafo que glosamos, el discípulo O’Higgins solicita 

a su maestro Miranda permiso para besarle las manos, pues ve en él la figura 

“del destinado por la Providencia bienhechora para romper esos fierros”, o 

sea, las condiciones restrictivas de la vida material e intelectual al cabo de tres 

siglos de coloniaje. Las que pesan como cargas ominosas o indeseables sobre 

“nuestros compatriotas y hermanos”. La expresión “nuestros compatriotas” 

vale por la condición afín y solidaria con cualesquiera de los pobladores de 

ascendencia española o mestiza de la extensa geografía continental o insular 

hispanoamericana. A la vez, “nuestros hermanos”, junto a Ia matriz histórica de 

que todos provienen conlleva la idea de sufrimiento y humillación causadas por 

las discriminaciones adversas experimentadas por los criollos ante los privilegios 

de los peninsulares en América. El término gramatical “nuestros compatriotas y 

hermanos” pone en evidencia el pensamiento amplio de que la acción libertadora 

inminente de Francisco de Miranda así como la ulterior del propio Bernardo 

O’Higgins, corresponde a un auténtico nacionalismo continental. 

En efecto, dando por supuesta la derrota del sistema español, el juvenil 

interlocutor chileno del venezolano adulto, espera que “de sus escombros nazcan 

pueblos y repúblicas”, es decir, comunidades humanas y formas de organización 

política distintas a las sociedades donde los hombres de cetros y de coronas 

imponen su voluntad sobre sus súbditos, sin dejar lugar para que los ciudadanos 

participen en la “res pública”, es decir, en la “cosa pública” al tenor del vocablo 

latino y conforme al estilo del gobierno representativo. Pero Bernardo O’Higgins 

va más lejos en su anticipación optimista. Aspira a que esos pueblos y repúblicas 

“algún día sean el modelo y el ejemplo de muchos otros del antiguo mundo”. 

La calidad de “modelo” supone colectividades ricas en virtudes y virtualidades 

morales cuya valía intrínseca las hace aptas para tomarlas como ejemplos dignos 

de imitar. Esta aspiración O’higginiana representa un criterio de estadista notable 

en un mozo de veinte años. Inclusive el giro sustantivado “el ejemplo de muchos 

otros”, aunque alude a gran número de pueblos, no incurre en el dislate de afirmar 

“todos, los pueblos” de los que llama “del antiguo mundo”, por oposición tal “nuevo 

mundo” que a él le preocupa como un universo de naciones rumbo a su libertad. 

Desde luego el antiguo mundo es una calificación bastante más comedida que “la 

vieja Europa” en boca de los semicultos impertinentes. 

Después de haber aplicado a Francisco de Miranda los epítetos laudatorios de 

“Padre de los oprimidos” y “destinado por la Providencia bienhechora”, Bernardo 

O’Higgins le pide echar un vistazo sobre él, diciendo: “Mirad en mí, señor, tristes 

restos de mi compaisano Lautaro”, en que, a pesar de ser un muchacho rubio, de 

pelo ondulado y ojos azules, se equipara al héroe literario de Alonso de Ercilla. 

No en función de semejanzas raciales, sino por la comunidad de ideal se equipara 

Bernardo, mestizo de sangre irlandesa y española, con el indígena puro en la 

suya. Pues a continuación agrega: “arde en mi pecho ese mismo espíritu que 

libertó entonces a Arauco, mi patria, de sus opresores”. A la vez que las frases “mi 

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compaisano Lautaro”, “ese mismo espíritu”, libertó de sus opresores”, “a Arauco, 

mi patria”, indican una lectura bien asimilada del alma de un pasaje culminante 

de “La Araucana”. Ahí tenemos la clave del nombre de la Logia Lautaro, cuyo 

significado es promotor de libertades, y de su lugar de origen, el puerto español 

de Cádiz. Bien sabemos que, de camino a Londres, el hijo del Gobernador de 

Chile se detuvo allá unos meses en casa de Don Nicolás de la Cruz; pero de 

regreso a su país se embarcó en Falmouth en el mes de abril de 1794 y, tras una 

estadía de tres semanas en Lisboa, llegó a Cádiz en junio de dicho año. Mal que 

la pesara al novel viajero, únicamente navegó rumbo a su continente y a su patria 

en abril de 1802, recalando en Valparaíso la fragata “Aurora”, que lo traía, el 6 de 

septiembre. Sin necesidad de rigidez en las fechas, Bernardo O’Higgins estuvo 

en Cádiz dos años y ocho meses largos, sirviendo de escribiente gratuito al señor 

de la Cruz, por sólo el alojamiento y la comida. 

El detalle importante es que sin casa de Don Nicolás había tertulias de 

indianos y de americanos. A hurtadillas del amo, todo un marqués del Maule, en 

especial los últimos, derivaban las conversaciones hacia noticias y comentarios 

vinculados a ideas de emancipación más pronta o más tardía del trono peninsular. 

Entre, los contertulios, figuraban el canónigo chileno José Cortés y Madariaga y 

el canónigo uruguayo Juan Pablo Fretes, amigo de Francisco de Miranda y en 

buenas migas con el escribiente Bernardo O’Higgins, cuyo padre ejercía desde 

1796 el cargo de Virrey del Perú. Por sus propósitos revolucionarios, todos 

cuatro, Miranda a la cabeza, eran precursores de la independencia ulterior de 

América Hispana, unidos a muchos otros que hacían de las calles gaditanas un 

hervidero de corazones embriagados de ensueños emancipadores. Al término del 

texto que comentábamos a su discípulo, le había augurado el cumplimiento de 

“vuestros votos por la libertad de nuestra patria común”, que no era venezolana 

ni chilena, sino americana en toda la extensión y comprensión de la palabra. El 

propio Miranda bosqueja a O’Higgins el modo de su resguardo en la empresa 

libertaria, al decirle: “Mucho secreto, valor y constancia, son la égida que os 

escudará de los tiros de los tiranos”, frase en la cual los tres sustantivos iniciales 

son del más puro linaje masónico. A instancias de ellos y por el recuerdo en 

Londres de “mi compaisano Lautaro” hecho por Bernardo, se constituyó en Cádiz 

la logia con apelativo de un libertador araucano. Los cuatro precursores, de la 

independencia ya nombrados: Miranda, Cortés, Fretes y O’Higgins, por medios 

directos o indirectos, instalaron en América distintas ramificaciones de la Logia 

Lautaro, inclusive llegando a llamarla Logia Lautarina. El papel de precursor 

que atribuimos a Bernardo O’Higgins por los años de 1800, corresponde a los 

preparativos anticipatorios de la acción independentista americana, y chilena en 

la cual posteriormente figurará como libertador efectivo junto a San Martín y a 

Bolívar. El primero de éstos, después de haber servido en las huestes españolas 

contra la invasión napoleónica, volvió a Argentina en 1812 y obtuvo victorias 

militares en San Lorenzo de Paraná y en Ayuhuma, respectivamente en 1813 y 

1814, donde sus decenas de granaderos a caballo se enfrentaron a unas cuantas 

decenas de realistas bisoños. El segundo de ellos., Bolívar, fue a España en 

1799, año en que O’Higgins cumplía un cuadrienio de estudios y experiencias en 

Inglaterra, contrajo matrimonio con una madrileña en 1802, año del regreso de 

O’Higgins a Chile, presenció la coronación de Napoleón en 1804 y en 1805 juró 

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en el Monte Sacro de Roma su promesa de libertar a su patria de la dominación 

española. Retornó Bolívar en 1807 a Venezuela y se dedicó a la explotación de 

sus haciendas., estuvo ausente del estallido revolucionario caraqueño de abril de 

1810, en que el canónigo chileno Cortés de Madariaga secundó con eficacia a 

los conspiradores, y en igual año, al lado de Andrés. Bello y Luis López Méndez, 

partió en gestiones diplomáticas a Londres. 

5.- BERNARDO O’HIGGINS Y SU PARTICIPACIÓN ORGANIZADORA 

EN EL EJÉRCITO DE LOS ANDES 

El nacionalismo continental de que hemos hablado con relación al maestro 

Francisco de Miranda y al discípulo Bernardo O,’Higgins –discípulo que procede 

mucho más por asimilación que por imitación– pasa a tomar forma práctica en 

tierra americana o hispanoamericana. A este mismo nacionalismo continental, 

que predomina en los precursores y libertadores respecto del conjunto territorial 

y poblacional de los dominios españoles, el historiador Julio Heise, autor de 

una biografía intitulada “O’Higgins forjador de una tradición democrática”, 

lo llama patriotismo americano respecto de la primera mitad del siglo XIX, 

cuando predomina, para ser sustituido durante la segunda mitad de igual siglo 

por el patriotismo nacional. Sea continental, sea americano, el nombre de este 

patriotismo, corresponde a una visión y a una valoración integradora del proceso 

histórico y cultural de que surgían los jefes de la gesta emancipadora. 

En efecto, en los días de la Patria Vieja, el brigadier español Francisco Javier 

de Elfo, establecido en Montevideo, amenazó con invadir a las Provincias Unidas 

del Río de la Plata, atacando a su capital. El 2 de marzo de 1811, Juan Martínez 

de Rozas, que presidía la Junta de Gobierno en calidad interina, por fallecimiento 

de Toro, y Zambrano, despachó desde Santiago a Buenos Aires 345 soldados 

voluntarios, a petición de Álvarez Fonte, representante en Chile de aquellas 

Provincias. Entre quienes apoyaron en su decisión a Martínez de Rozas, figuraba 

la amistad y la influencia del teniente coronel de milicias Bernardo O’Higgins. 

Razón por la que el historiador argentino Bartolomé Mitre dice: “De la división 

prometida (500 soldados) llegaron a Buenos Aires 100 dragones y 200 infantes el 

14 de junio de 1811, y fueron objeto de una recepción entusiasta”. 

Atento a la seguridad de su propio país, a poco de inaugurarse el 4 de julio del 

año antedicho el Primer Congreso Nacional, el diputado O’Higgins, destacado por 

su cultura, su talento y su elocuencia, propuso acordar la concesión de recursos 

para reponer junto al Bío-Bío los dragones que en marzo comandaba a las riberas 

del Plata el teniente coronel chileno Andrés Alcázar. 

A causa del tercer golpe de Estado del coronel José Miguel Carrera, ocurrido el 

2 de diciembre de 1811, con disolución del Congreso, la situación se puso a punto 

de guerra civil entró la Junta Provincial de Concepción, presidida por Martínez 

de Rozas, y la Junta del Reino, presidida por Carrera y Verdugo. Sabedor éste 

de la gran amistad de su contendor con O’Higgins, lo visitó en compañía de 

Manuel Rodríguez y logró persuadirlo de que fuera su delegado en una gestión 

pacificadora de los sureños. A pesar de su desacuerdo con el golpe de Carrera, 

el diputado y terrateniente propietario de San José de las Canteras, por sólo 

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rehuir males inminentes al país, aceptó la delegación que se le encarecía asumir. 

Llegó a Concepción con sus credenciales el 27 de diciembre. La Junta Provincia 

decidió nombrar a su vocal Fernando Vásquez de Novoa para que entrara en 

conversaciones de entendimiento con Bernardo O’Higgins. El 12 de enero de 1812 

tenían elaborado un Convenio de 24 artículos de normas políticas, a la espera de 

que se redactase una Constitución. Precisamente, uno de esos artículos disponía 

que se estableciera una alianza de apoyo recíproco entre el Reino de Chile y las 

Provincias Unidas del Río de la Plata, mientras durase la lucha armada por la 

emancipación. 

Así resulta que el apoyo de O’Higgins al envío de tropas patriotas a Buenos Aires 

en 1811 y la precitada disposición del Convenio pactado con Vásquez de Novoa, 

son pruebas concretas del nacionalismo continental o patriotismo americano de 

Bernardo O’Higgins. A estos anticipos de precursor de la independencia americana, 

se agregarán con posterioridad su participación organizadora y combatiente en el 

Ejército de los Andes, y más tarde su organización, financiamiento y envío a costa 

de Chile de la Expedición Libertadora del Perú, incluidas las contrataciones del 

general San Martín y del almirante Cochrane, para los fines pertinentes. 

El 1° y 2 de octubre de 1814, por falta de apoyo de las tropas del general 

José Miguel Carrera, las fuerzas del brigadier Bernardo O’Higgins, sitiadas en 

Rancagua, no cosecharon el triunfo debido a sus heroicos sacrificios, O’Higgins 

y el resto de unos 200 soldados, llegaron a Santiago por la noche del 3, el día 4 

salieron hacia la cuesta Chacabuco y estuvieron en el pueblo de Los Andes el 5. 

Después de preparar la travesía del macizo cordillerano por hombres, mujeres y 

niños, emprendieron la ascensión el día 8 y el 14 se encontraron en Uspallata. 

San Martín, con aprobación de su Gobierno, nombró al coronel Juan Mackenna 

y a Antonio José de Irisarri para que, como delegados de O’Higgins, dieran a 

conocer en Buenos Aires los sucesos de Chile al Director Supremo Don Gervasio 

Antonio Posadas. Para lo mismo, había mandado Carrera a su hermano Luis y al 

coronel José María Benavente. 

La situación de sus hermanos, retenidos por San Martín en San Luis, y una 

antigua controversia con el brigadier Mackenna en Chile, desató el desafío a 

duelo de Luis Carrera y Juan Mackenna en Argentina. Ambos se batieron en las 

afueras de Buenos Aires el 14 de noviembre de 1814, pereciendo Mackenna. 

En conocimiento de la muerte de su gran amigo y consejero militar, Bernardo 

O’Higgins, acompañado de su madre y de su hermana, a principios de diciembre 

tomó el camino de la pampa para aclarar ante la justicia la situación de Luis 

Carrera. 

Las calidades humanas de O’Higgins y las gestiones de sus buenos amigos 

bonaerenses, le tornaron favorable la opinión de las autoridades gubernativas. 

En vez de regresar de inmediato a Mendoza, Bernardo O’Higgins permaneció 

en Buenos Aires a fin de propagar y defender su causa de patriota chileno. Para 

suerte suya, el 15 de abril asumió la Dirección Suprema de las Provincias Unidas 

del Plata el coronel Ignacio Álvarez Thomas, quien ordenó a José de San Martín 

resolver sobre un proyecto de O’Higgins, que era un “plan de campaña para 

atacar, destruir y exterminar las fuerzas realistas en Chile”, invadiendo el territorio 

en primavera por Antuco, por Río Claro y por Coquimbo, con el desembarco de 

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una división en la zona de Arauco. La idea básica de entrar al territorio chileno, 

por distintos y distantes puntos cordilleranos, se encuentra aprovechada por- 

San Martín en la estrategia distractiva y dispersiva que en 1817 aplicó el Ejército 

de los Andes. A su vez, la idea de una invasión naval por Arauco, teniendo 

presente el señorío marítimo del Virreinato del Perú en el Pacífico, nada tenía de 

descabellada, como algunos han creído. Recuérdese que la navegación de este 

océano la conocía desde Talcahuano al Callao, del Callao a Londres, con vuelta 

a Valparaíso, y de Valparaíso al Callao con ida y vuelta, Bernardo O’Higgins en 

períodos de niñez, de adolescencia y juventud anteriores a sus vínculos con 

José de San Martín. Por lo demás, durante su período de batallas en el curso 

de la Patria Vieja conoció O’Higgins el efecto de los sucesivos desembarcas, 

viniendo del puerto peruano del Callao, del brigadier de marina español Antonio 

Pareja en Ancud, Corral y San Vicente, de enero a marzo de 1813, hasta ocupar 

Talcahuano y Concepción el 28 de este mes, con un ejército de 2.000 hombres. 

Así como supo también del alcance del desembarco, el 31 de enero de 1814, en 

la bahía de Arauco, del brigadier Gabino Gaínza, quien, con su ejército en parte 

acrecentado con soldados provenientes de Chiloé, marchó a Chillán como base 

de operaciones, al término de su navegación desde el Callao, riñón marino de 

Lima, capital del Virreinato del Perú. 

En resumen, a Bernardo O’Higgins le constaba por experiencia de sus 

campañas militares, la importancia de las expediciones navales durante la Patria 

Vieja, amén de los azares difíciles de ascender y descender las cumbres de la 

cordillera andina, protegiendo a miles de fugitivos de la derrota de Rancagua. En 

cambio, antes de estas experiencias suyas, José de San Martín sabía sólo de 

oídos de la existencia del océano Pacífico y se hallaba en estado virginal en lo 

concerniente a la travesía de los Andes. 

Por bando expedido en Mendoza el 5 de junio de 1815, el coronel José de 

San Martín aseguraba: “Se acerca al Río de la Plata una expedición de diez mil 

españoles, de otras tantas fieras para devorarnos”. A lo cual se agregó que el 

general realista. Joaquín Pezuela había batido a los ejércitos nortinos del Plata, 

el 2 de septiembre en Sipe-Sipe y en noviembre de igual año en Viluma. Ante 

tales emergencias, O’Higgins ofreció sus servicios de voluntario en las filas del 

ejército argentino. El 20 de enero de 1816, el Director Supremo Álvarez Thomas 

comunica su incorporación al ejército argentino a Bernardo O’Higgins, en oficio 

cuyo encabezamiento decía: “En consideración al mérito de V.S. y utilidad de sus 

servicios a la causa común, he resuelto que a la mayor brevedad pase V.S. a la 

ciudad de Mendoza a las órdenes de aquel gobernador intendente, a quien con 

esta fecha prevengo le destine conforme a su carácter y como halle conveniente 

al interés del Estado...”. El 1° de febrero, en compañía de su madre y de su 

hermana, el militar chileno salió de Buenos Aires y arribó a su destino el 21, y el 

26 de febrero de 1816 San Martín le hace reconocer en su grado de brigadier, 

ganado por O’Higgins en Chile, pero con el sueldo de coronel de infantería. 

“Seis granaderos y un cabo harán la guardia de dicho señor brigadier”, rezaba la 

pertinente orden del día. 

La existencia de oficiales chilenos afectos a Carrera en el Ejército de Mendoza 

suscitaba resistencias ante el brigadier recién llegado de Buenos Aires. Pero 

la contracción a las labores encomendadas, el entusiasmo de su espíritu de 

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colaboración y la discreta reserva de sus opiniones, le conquistaron al brigadier 

O’Higgins la confianza plena del general San Martín. El que le encomendó la 

seria tarea de instalar un campamento en el Plumerillo, localidad a unos 4 Kms, 

al norte de Mendoza, con edificación de galpones, cuadras y cuantos elementos 

supone un cuartel militar. Dada su experiencia de hacendado de Los Ángeles, el 

levantamiento de barracas de madera y barro no tuvo tropiezos para O’Higgins y 

el campamento fue ocupado por el Ejército mendocino el 8 de septiembre de 1816. 

A esto se sumó el encargo de proceder a la formación de los soldados chilenos 

que ahí debían ejercitarse y disciplinarse por el propio, brigadier, su compatriota. 

La habilidad organizadora adquirida en las campañas de la Patria Vieja de Chile, 

le sirvieron de maravillas a O’Higgins en El Plumerillo. Por último, en momentos 

de cierta anarquía de la oficialidad aumentada con chilenos, San Martín, que 

debió ausentarse de Mendoza a Córdoba, sacó de manos del coronel Las Heras, 

algo inclinado a los revoltosos, la Comisión Militar permanente de su Ejército y el 

17 de junio la confió al brigadier O’Higgins. Tranquilo, atinado y perspicaz en su 

proceder, éste evitó estallidos de sus compañeros de armas levantiscos. 

Reunido en Tucumán el Congreso de las Provincias Unidas del Río de la Plata, 

eligió Director Supremo del Estado al general Juan Martín de Pueyrredón el 3 de 

mayo de 1816. A San Martín le fue indispensable ir a Córdoba a entrevistarse con 

él, debiendo delegar el mando en O’Higgins durante los lapsos de su ausencia. 

Primero, a contar del 20 de junio, mientras inspeccionaba pasos de la Cordillera, 

y segundo, a partir del 23 de igual mes, al marchar hacia Córdoba. Asimismo, 

cuando el 18 de diciembre San Martín se dirigió a un parlamento con los indios 

pehuenches de San Carlos volvió a delegar su autoridad en O’Higgins, incluyendo 

siempre la facultad de contestar hasta la correspondencia privada. 

Las diferentes clases de trabajos y las diversas muestras de confianza de San 

Martín a O’Higgins, que acabamos de indicar, son pruebas fehacientes de que la 

organización de la campaña y el adiestramiento del Ejército de los Andes corrieron 

a cuenta de ambos jefes militares en las Instancias superiores. Por lo demás, 

para el general San Martín no era cosa de echar en saco roto los antecedentes 

del hacendado que, como Teniente Coronel de milicias en Los Ángeles, armaba 

batallones y suplía sus necesidades con los recursos de su opulenta fortuna 

ni del Brigadier. del Ejército chileno que, por decisión de la Junta de Gobierno 

trasladada a Talca el año 1813, fue elevado al rango de General en Jefe de las 

tropas patriotas opuestas a las fuerzas realistas del General Gaínza. 

Mientras estaba ausente San Martín en Córdoba, el Congreso reunido en 

Tucumán proclamó el 9 de julio de 1816 la independencia nacional. La noticia 

llegó a Mendoza por la noche del 19 del mismo mes. Bernardo O’Higgins, como 

jefe militar de la plaza, la mandó anunciar por la mañana del 19, solemnizándola 

con tres salvas de artillería, y el 20 de julio distribuyó entre oficiales y conscriptos 

formados para la misa, una elocuente proclama de su puño y letra sobre el feliz 

significado del histórico acontecimiento. 

Por cierto que los preparativos del Ejército de los Andes, no obstante su amplitud 

y complejidad de estructura, avanzaban progresivamente hacia las vísperas de 

su travesía cordillerana. Pero las autoridades centrales de Buenos Aires y los 

jefes militares mendocinos, el segundo de los cuales era el brigadier Bernardo 

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O’Higgins, tenían serias preocupaciones de cómo obrar en Chile. En instrucciones 

dadas a San Martín el 21 de diciembre de 1815 se le hacía presente que el país 

se dividía en dos partidos poderosos, constituidos “el uno por la familia de los 

Carrera y el otro por la casa de los Larraínes”. En consecuencia, debía procurar 

“extinguir la semilla del desorden sin justificar a ninguno de ambos, ni permitir se 

renueven las causas de aquel choque fatal”. El 30 de octubre de 1816, el Gobierno 

bonaerense decía a San Martín “ya que es preciso que domine uno de los partidos 

en que están divididos los chilenos, me decido por el de los Larraínes”. José de 

San Martín difería de este juicio y pensaba que la implantación de un “Gobierno 

sólido y serio en Chile” debía tener al frente a Bernardo O’Higgins. El Director 

Pueyrredón, en carta privada a San Martín, expresaba: “SI usted considera 

conveniente poner en aquel gobierno a O’Higgins, hágalo con entera seguridad 

de mi aprobación”. A pesar de esto, José de San Martín pidió una declaración 

oficial explícita sobre el asunto. Terrada, Ministro de Guerra porteño, en nota 

reservadísima del 17 de enero de 1817, dejaba sin efecto instrucciones anteriores 

y lo facultaba para decidirse en favor del brigadier O’Higgins “una, persona de 

méritos distinguidos, como para remover con su elección toda sospecha de 

opresión por parte de las armas de estas provincias”. Terrada mismo era gran 

amigo de O’Higgins y también el 17 de enero de 1817 le escribe que ha firmado la 

orden para que “luego que pise el territorio de Chile, sea nombrado Presidente de 

él con entera y absoluta independencia de este Gobierno”. 

Todo esto se relaciona con el hecho de que el segundo jefe del Ejército 

mendocino fuera el brigadier chileno Bernardo O’Higgins y de que el 14 de 

febrero de 1817 los vecinos notables de Santiago proclamaran por unanimidad 

a José de San Martín, general en jefe, del ejército triunfante en Chacabuco el 

día 12, y no a su valiente compatriota O’Higgins. Aquí andaba, en los ánimos 

de los argentinos del Plata como de los chilenos del Mapocho, el nacionalismo 

continental o patriotismo americano del cual ya hemos hecho mención, procedente 

del sentimiento de patria grande que engendraba en los hombres más talentosos 

y cultos la pertenencia a un amplio universo imperial de sólidos rasgos comunes. 

Por ello, aún los nacidos en lugares remotos en el espacio, al entrar en convivir 

bajo circunstancias privadas o públicas similares se vinculaban por raíces anímicas 

de semejante familiaridad de conceptos o parecida hermandad de afectos. 

Juan Martín de Pueyrredón, desde Buenos Aires, el 6 de marzo de 1817, 

escribía a Bernardo O’Higgins: 

“Muy apreciado amigo mío: 

Usted debe graduar mi satisfacción por la importancia de los sucesos felices 

de ese país; pero puedo asegurar a usted que el que ha completado mi regocijo 

es la colocación de su persona en la dirección de ese Estado. Hubo un tiempo 

en que por identidad de principios fui apasionado de usted; hoy es un deber 

mío ser su íntimo amigo... Cuídeme usted mucho a nuestro San martín, para 

que restablecido cuanto antes, nos ayude a completar la obra. Vamos a echar 

al resto para salvar todo el país, y aprovechemos los momentos de una fortuna 

que hoy se presta favorable. “Me ha gustado mucho la proclama de usted por los 

sentimientos que inspira; haya para siempre una amistad alta estrecha entre ése 

y este Estado, como es íntima la amistad de los jefes que los dirigen”. 

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6.- LA BATALLA DE CHACABUCO Y SUS RESULTADOS 

Procedamos a una breve evocación retrospectiva de los componentes humanos 

del Ejército de los Andes, dejándonos guiar por la información del historiador Julio 

Heise y el biógrafo almirante Don Juan Agustín Rodríguez. Los generales San 

Martín y O’Higgins constituyeron esa poderosa fuerza armada sobre la base de 

unos novecientos soldados y milicianos de la provincia, de Cuyo. Territorio que, 

juntamente con San Luis y San Juan, perteneció a la Capitanía General de Chile 

hasta 1776, año de la fundación del Virreinato del Plata. En consecuencia, los 

hombres de tropa de origen cuyano que en 1816 andaban por los cuarenta de edad, 

eran coterráneos nuestros. Al momento de terminar la preparación del Ejército de 

los Andes, su contingente se remontaba a unos tres mil quinientos hombres, de 

los que alrededor de un tercio pertenecían a Chile, incluida la, incorporación de 

oficiales y tropa de Carrera y de O’Higgins, emigradas a Mendoza después de la 

derrota de octubre de 1814 en Rancagua. A título de ejemplo en pequeña escala, 

el coronel Juan Manuel Cabot y el comandante Patricio Zeballos dirigieron sendas 

columnas de ciento ochenta argentinos y de doscientos chilenos para ocupar la 

región de Coquimbo. La columna del coronel Ramón Freire, iniciada con cien 

cuyanos y cien emigrados de Chile, salió el 14 de enero de 1817 desde Mendoza, 

al paso del Planchón. Al llegar a la cumbre de éste, se le sumaron dos centenares 

de chilenos a las órdenes del comandante de caballería Pedro Barnechea. Días 

después, frente a Curicó y a Talca, se agregaron núcleos de guerrilleros. Así, 

antes de que Freire estuviera en Concepción, disponía de más de quinientos 

nuevos chilenos. De esta misma nacionalidad eran quienes reemplazaban a los 

desertores del Ejército de los Andes que volvían a sus hogares de Cuyo. Estos 

datos sólo rectifican la creencia histórica errada de que el Ejército de los Andes 

estaba formado únicamente por soldados y oficiales argentinos. 

En el caso de Argentina y de Chile de aquella época convergían hacia un 

mismo propósito el peligro de que el Virreinato de Lima invadiera al Virreinato 

del Plata por la zona accidentada del Alto Perú y la necesidad de rescatar a Chile 

del puño duro de los amos de la Reconquista. Para el nacionalismo continental o 

patriotismo americano de la gente del lado de allá o del lado de acá del macizo 

cordillerano, el esfuerzo colectivo material y moral mayor de los argentinos apenas 

se cuantificaba ante la finalidad cualitativa superior de libertar a los chilenos 

primero, para luego abatir al poder realista de tierra y de mar que de la isla Chiloé 

al puerto del Callao señoreaba, el océano Pacífico, amenazando de verdad con 

el traspaso de tropas contra las Provincias Unidas del Río de la Plata desde el 

Alto Perú. El hecho culminante de la batalla de Chacabuco lo condensa de esta, 

manera Bartolomé Mitre, en su “Historia de San Martín”: 

“A las 11 de la mañana (del 12 de febrero de 1817), O’Higgins salió de 

la quebrada y formó a su infantería en línea, en campo abierto, bajo el fuego 

del enemigo. Durante una hora se limitó a contestar el fuego y rechazar a las 

guerrillas, hasta que, como lo confesó después, le hirvió la sangre del deseo de 

lanzarse al ataque. En su ofuscación, olvidó la orden de San Martín de aguardar a 

Soler antes de lanzarse al ataque contra el enemigo y ordenó la carga. Avanzaron 

valerosamente sus hombres, pero se encontraron con el obstáculo del arroyo, que 

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en vano intentaron cruzar bajo el fuego de los realistas y finalmente retrocedieron 

en desorden hasta la boca de la quebrada. 

Lanzadas de nuevo al ataque las columnas de O’Higgins, mientras los 

granaderos de Zapiola cargaban y acuchillaban a los artilleros realistas, la posición 

enemiga fue tomada a la bayoneta y la infantería de Maroto formó cuadro en el 

centro de su campo. El coronel Alvarado, con la vanguardia del ala derecha, al 

mismo tiempo capturó el cerro situado a la izquierda de los realistas, mientras 

Necochea y Escalada cargaban contra la caballería en la retaguardia. Luego, 

los vencedores se lanzaron simultáneamente contra el cuadro, que muy pronto 

fue quebrado. Algunos de los fugitivos corrieron en dirección de las casas de la 

hacienda, pero encontraron su retirada cortada por Soler y tuvieron que rendirse 

a discreción. Otros intentaron huir por el valle y allí fueron exterminados por los 

granaderos”. 

La confesión de O’Higgins a la que alude Mitre es una carta de 1830, escrita a 

Don Juan Egaña desde el Perú. En ella, respondiendo a la acusación de temeridad 

en la batalla de Chacabuco, el principal héroe de esta jornada bélica evoca las 

motivaciones y emociones que, en las horas amargas del sitio de Rancagua lo 

hicieron jurarse la consecución de una futura derrota de las huestes realistas. 

Encontró la ocasión ese 12 de febrero de 1817 ante las tropas de Maroto, lanzando 

en su contra a las suyas, tres veces menos numerosas y apenas apoyadas 

por trescientos jinetes. Para galvanizar el ímpetu de las setecientas bayonetas 

caladas de su infantería acudió a la repetición de sus épicas palabras de un 17 de 

octubre de 1813 en la sorpresa de El Roble: “¡Soldados, vivir con honor o morir 

con gloria, el valiente sígame; columnas, a la carga!”. 

Desde el punto de vista de la elocuencia militar, estas expresiones cumplen a 

cabalidad el requisito de ser breves, afirmativas y eficaces, es decir, perfectamente 

adecuadas para estimular la inmediata entrada en combate. La disyuntiva 

fundamental de esas palabras de O’Higgins: “Vivir con honor o morir con gloria” no 

sólo constituye una noble consigna de soldados o de marinos en trance inminente 

de actuación guerrera, sino que bosqueja un sistema de normas vigente para el 

transcurso entero del oficio marcial. Pero hay más aún en la disyuntiva ya célebre 

de “Vivir con honor o morir con gloria”: hay un imperativo de existencia colectiva 

referido al modo de conducirse cada uno de los individuos pertenecientes a la 

nación que el prócer Bernardo O’Higgins libertó, gobernó y organizó, con miras a 

superiores destinos. Dicho imperativo de existencia colectiva se nos da regulado 

por dos líneas paralelas de carácter moral o ético: el honor en cuanto es un 

repertorio de severo cumplimiento de todos nuestros deberes y la gloria en cuanto 

es la estela de buena reputación inherente al desempeño satisfactorio de todas 

nuestras obligaciones. 

Tras un frustrado intento de que San Martín le proporcionara mil soldados 

para invadir el valle de Rancagua y luego apoderarse de Valparaíso e impedir a 

los españoles escapar por vía marítima, O’Higgins, dejó caer una frase de gran 

resonancia histórica: “Este triunfo y cien más será insuficiente si no dominamos el 

mar”. A poco de correr el tiempo, él mismo fue reuniendo los recursos financieros 

nada fáciles que llegaron a configurar la presencia naval de Chile en el Pacífico. 

506


La que tendrá su máxima expresión en la empresa netamente chilena del envío 

de la Expedición Libertadora del Perú. 

Resulta de lo antedicho que la batalla de Chacabuco fue el fruto feliz de la 

creación del Ejército de los Andes en Mendoza, con dos tercios de soldados 

argentinos de la provincia de Cuyo y un tercio de soldados chilenos, no pocos 

emigrados a ella en 1814. Ejército cuya organización, disciplina y estrategia 

de travesía de la cordillera andina, si hemos de nombrar algunas cabezas 

sobresalientes de su oficialidad superior, contó con un José de San Martín y un 

Estanislao Soler, argentinos, y un Bernardo O’Higgins, un José Ignacio Zenteno 

y un Ramón Prieto, chilenos. Resulta, asimismo, que la batalla de Chacabuco, 

amén de promover la elección del General O’Higgins como Director Supremo 

del Estado y su campaña militar del Sur, lo indujo a proclamar la independencia 

de Chile simultáneamente en Concepción, Talca, Santiago y Coquimbo, el 12 de 

febrero de 1818, fecha del primer aniversario de la batalla precitada, como un acto 

político de fortalecimiento de la conciencia de la unidad nacional que implicaba la 

existencia de la Patria Nueva a contar del mes de febrero de 1817. 

7.- BATALLA DE MAIPÚ, EJERCITOS UNIDOS 

Y EXPEDICIÓN CHILENA LIBERTADORA DEL PERÚ 

Según es bien sabido, la batalla del 5 de abril en Maipú, el año 1818, afianzó 

la emancipación definitiva de Chile respecto de las fuerzas virreinales que, el 5 de 

enero de ese año, desembarcaban en Talcahuano al mando del general Mariano 

Osorio. Las tropas del Ejército de los Andes y las tropas del Ejército de Chile 

concurrieron unidas a combatir en el Llano de Maipo. 

Las autoridades bonaerenses habían facultado a San Martín para formar 

fuerzas armadas chilenas bajo su mando y que le fueran obedientes. Sin embargo, 

el Director Supremo Bernardo O’Higgins, venciendo la oposición de San Martín y 

de la oficialidad argentina y pensando que su país no debía ser “una lengua sin 

manos”, como se dice de un personaje en el Poema de Mío Cid, a fines de febrero 

de 1817 había organizado un cuerpo de infantería, un regimiento de artillería y uno 

de caballería, comandados, respectivamente, por los coroneles Juan de Dios Vial, 

Joaquín Prieto y Santiago Bueras, tan chilenos como cada uno de los soldados 

de sus tropas. Por añadidura, el Libertador O’Higgins procedió a crear un Instituto 

Militar que diera formación profesional a los oficiales de las fuerzas armadas 

nacionales. A su vez, el Ministro de Guerra José Ignacio Zenteno preparó milicias 

auxiliares del Ejército, a mediados de 1818 y a cargo de un oficial instructor, en 

las ciudades principales. También dictó un decreto supremo de servicio militar 

obligatorio. 

A principios del año 1818 las plazas de nuestras fuerzas armadas eran cuatro 

mil setecientas sesenta y cinco, entre hombres de infantería, caballería, artillería 

y otras denominaciones. De esta manera, en Maipú se enfrentaron al contingente 

de Mariano Osorio cuatro mil quinientos Integrantes del Ejército de Chile y tres 

mil del Ejército de los Andes, portando sus batallones las banderas de Chile y 

de las Provincias Unidas del Plata, bajo el nombre común de Ejército Unido de 

los Andes y de Chile. En suma, a la victoria de Maipú sobre los realistas el 5 de 

507


abril de 1818, el Ejército de Chile contribuyó con un cincuenta por ciento más de 

combatientes que el Ejército de los Andes, mientras el Gobierno chileno afrontaba 

todos los gustos del sostenimiento de ambos ejércitos. 

A la altura del mes de marzo de 1819, las arcas fiscales estaban literalmente 

vacías, los sueldos de militares y navales no habría modo de pagarlos. Para 

remate de la situación financiera angustiosa, desde Buenos Aires comunicaba 

Pueyrredón a O’Higgins en Santiago, el 5 de enero último, que “al Gobierno 

argentino le era imposible reunir los quinientos mil pesos con que se había 

comprometido a colaborar en la organización y financiamiento de la Expedición 

Libertadora del Perú. (Heise). 

En carta del ministro de Relaciones Exteriores al representante chileno en 

Buenos Aires, a propósito de una petición de soldados, se le decía: 

“Pero, al mismo tiempo no puede ocultarse a la penetración de esas autoridades 

y de V.S., que es punto poco menos que imposible destinar en las actuales 

circunstancias dos o tres mil chilenos aguerridos a combatir en las riberas del Río 

de la Plata, El Gobierno de Chile está solemnemente comprometido a verificar 

la expedición del Perú en todo el mes de diciembre, o a principios de enero; 

y como para ello contábamos con la división del Ejército de los Andes que se 

halla repartida en Mendoza, San Juan y San Luis, y ésta ha recibido ya orden 

de marchar a Buenos Aires, es evidente que en este caso tiene Chile que poner 

en pie, por sí solo, una fuerza de 6 mil u 8 mil hombres para hacer por el Perú 

una diversión poderosa en favor de Buenos Aires”: “Archivo O’Higgins “, tomo VI, 

págs. 101 y 102. 

Las causas de esto residen en la anarquía política de las provincias de 

Buenos Aires, Corrientes, Entre Ríos, Santa Fe, San Juan, Mendoza y San Luis. 

Por ejemplo, en julio de 1819 Rondeaux derrocó a Pueyrredón y en el primer 

semestre de 1820 Buenos Aires contó trece gobiernos distintos; el pueblo depuso 

al gobernador de Mendoza y una revuelta popular convulsionó a San Luis. El l° 

de marzo de 1819, el Director Supremo Pueyrredón escribía al Director Supremo 

O’Higgins: “A consecuencia de estos principios he determinado, después del 

más serio examen y detenido acuerdo, que el Ejército de los Andes se ponga 

inmediatamente en marcha a estas provincias, librando las órdenes convenientes 

al General para que aproveche a toda costa el corto tiempo que concede la 

estación para el tránsito de la Cordillera”. 

Sigue a lo anterior que, al ser derrocado el Director Supremo y disuelto el 

Congreso, las nuevas autoridades argentinas se oponían a Impulsar la marcha 

de la Expedición Libertadora del Perú, lo cual suscitó la desobediencia de San 

Martín a ellas y el ponerse decididamente al servicio de Chile, acompañado de 

casi todos sus oficiales, al tenor del Acta de Rancagua, documento firmado el 

2 de abril de 1819 por el General de los Andes. 

Dicho documento empezaba así: 

“El Congreso y el Director Supremo de las Provincias Unidas no existen. De 

estas autoridades emanaba la mía de General en Jefe del Ejército de los Andes, 

y de consiguiente creo de mi deber y obligación el manifestarlo al cuerpo de 

oficiales, para que ellos por si y bajo su espontánea voluntad nombren un General 

508


en Jefe que debe mandarlos y dirigirlos, y salvar por este medio los riesgos que 

amenazan a la libertad de América”. 

Los oficiales rechazaron por unanimidad la renuncia que se ha citado al 

comienzo y en un Acta firmada sin vacilación declararon que seguirían teniendo 

por su jefe al general José de San Martín. Nadie podría extrañarse de que éste 

pasara como pasó a la calidad de General de Ejército en rebeldía y en subversión 

ante el Gobierno de Buenos Aires. 

En conocimiento de la singular Acta de Rancagua, el Libertador Bernardo 

O’Higgins procedió a contratar a los oficiales y clases argentinos del Ejército de 

los Andes, incorporándolos al Ejército de Chile con el rango y grado que poseían 

en las filas de las provincias Unidas del Plata. De hecho y de derecho, entonces, 

ha desaparecido el Ejército Andino y únicamente ha quedado en pie el Ejército 

chileno. El primero entre los contratados por O’Higgins, ni siquiera hace falta 

escribirlo, fue José de San Martín, a quien el Director Supremo encomendó la 

dirección superior de la Expedición Chilena Libertadora del Perú, cuyo ejército 

tiene la denominación oficial de Ejército Libertador del Perú, como en oficio del 11 

de mayo de 1820, lo confirma San Martín, al acusar recibo del decreto supremo 

del día 9 que instituye ese nombre. Por último, mediante el oficio del 20 de agosto 

de 1820, recibe sus despachos de Capitán General del Ejército de Chile y él 

mismo se adelantó a proponer que la única bandera del Ejército Libertador del 

Perú sea la chilena. 

8. EL ESFUERZO DEL PUEBLO CHILENO PARA LA FORMACIÓN 

Y PERTRECHO DE LA EXPEDICIÓN LIBERTADORA DEL PERÚ 

Visto que el Director Supremo de Chile y su pueblo debían asumir la 

responsabilidad de la formidable Expedición tantas veces nombrada, O’Higgins 

se dirige al Senado Conservador en un texto, del cual destacamos unos párrafos 

breves, pero sustanciales: 

“La guerra que ha sostenido con tanta gloria el Estado ha dejado exhaustas 

las arcas nacionales, el crédito público no está bien cimentado y si no hacemos 

un esfuerzo extraordinario, debo confesar a S.E. que desconfío de la salvación 

del país... V.E. no debe ocuparse en otra cosa que de proporcionar recursos para 

sostener la nueva actitud que vamos a tomar para efectuar esa expedición al 

Perú, que yo miro como el eje sobre que rueda la libertad de América y la felicidad 

de las generaciones presentes y futuras. Las enormes desgracias que agobiarían 

a nuestro país y posteridad... me arranca lágrimas de sangre y me estimula a 

poner en conocimiento de V.E. los males que nos amenazan para que, uniendo 

sus tareas a las mías, cumplamos con nuestro primer deber que es la salvación 

del pueblo que ha puesto su confianza, en nosotros”. 

Estas patéticas expresiones de nacionalismo continental o patriotismo 

americano de gran estilo fueron comprendidas por el Senado, que aprobó diversas 

medidas gracias a las cuales el gobierno del Libertador O’Higgins organizó 

los siete buques de guerra y los dieciséis transportes de la Primera Escuadra 

Nacional y equipó con cuatro mil seiscientos hombres al Ejército, Libertador del 

Perú que, bien disciplinado, llevaba pertrechos para cinco aires y víveres para 

509


seis meses, como nunca los tuviera cuerpo revolucionario salido en defensa de 

la libertad hispanoamericana. Pues entre las medidas adoptadas por el Senado 

Conservador de Chile cabe mencionar, reforma de las tarifas de avalúo, activación 

del cobre de las contribuciones, Imposición de fuertes requisiciones para el ejército 

y vigilancia estrecha en las aduanas a fin de impedir el contrabando. La conducta 

de los poderes del Estado influyó a los miembros de la clase dirigente chilena. 

En cabildo abierto hicieron converger a la Expedición Libertadora del Perú los 

recursos siguientes: 

Los empleados públicos, civiles y militares, entregaron un tercio de sus sueldos; 

el resto de las personas reunieron trescientos mil pesos en cuotas mensuales; se 

recolectaron doscientos mil pesos de una sola vez y los víveres necesarios para 

el ejército de liberación peruana se entregaron de manera gratuita. 

Hay algo más, casi al momento de zarpar la Expedición, salieron de los puertos 

chilenos cuatro fragatas provistas de armamentos, víveres y útiles para socorro 

de Nueva Granada y de Venezuela. En carta del 23 de marzo de 1821, O’Higgins 

informa a San Martín haber ayudado a las autoridades cuyanas con fusiles, 

carabinas y una división de doscientos granaderos a caballo, treinta artilleros y 

setenta soldados de la guardia directorial, al mando del teniente coronel Astorga, 

sin olvidar que tras ser despachada la Expedición Chileno Libertadora del Perú se 

continuó proveyéndola de armas y de víveres desde nuestro país. Lo que abona 

nuevamente el sentido continental de la acción libertadora de Bernardo O’Higgins 

hasta límites de tenacidad y solidaridad internacional admirables. 

Respecto de todo ello, el historiador Julio Heise escribe: 

“Apenas proclamada la independencia del Perú observamos en San Martín y 

en sus más próximos colaboradores un claro propósito de silenciar el nombre de 

Chile y el de O’Higgins como únicos organizadores de la Expedición Libertadora 

del Perú. Igual postura adoptó el gobierno argentino, como lo atestigua la 

correspondencia de Miguel Zañartu –representante de Chile en Buenos Aires– 

dirigida al Director Supremo y al Ministro de Estado en el Departamento de 

Gobierno y de Relaciones Exteriores”. 

Y como testimonio de época irrecusable, en contestación a una orden del 

ministro argentino Bernardo Monteagudo, el almirante Lord Cochrane dice: 

“Desde el día en que S.E. el general San Martín se declaró Protector del Perú 

y me informó, en presencia de Ud., cuando le hablaba acerca de los pagos de la 

Escuadra, que nunca reembolsaría a Chile un real, ni pagaría la Marina, a no ser 

que fuera vendida por Chile 211 Perú, digo que desde ese fatal día he considerado 

a S.E. como jefe, de un gobierno distinto, cuyo interés él reputa reparado y cuyas 

miras son incompatibles con las de Chile y con el juramento que me liga :en mi 

situación oficial”; “Archivo de O’Higgins”, tomo VI, páginas 17 y 18. 

Simplemente para redondear el tema del silencio extraño que nos ha venido 

a las puntas de la pluma, este fragmento de carta del Libertador O’Higgins al 

almirante Cochrane: 

“He sentido en mi pecho una oculta indignación contra la ingratitud para 

Chile, la cual sólo puede temperarse con el placer que siento al darme cuenta 

510


de la habilidad, buen juicio Y conocimiento con que Ud. ha sabido sostener sus 

derechos y los de esta República; así es que yo quisiera que esta respuesta no 

fuera por escrito sino en presencia de Ud. para abrazarlo y darle mi aprobación por 

todo lo que Ud. ha, hecho y Practicado”; Irarrázaval: “San Martín y sus enigmas”, 

págs. 209 y 211. 

Este tema de las relaciones de San Martín y Cochrane, derivadas de su 

actuación en el Perú al servicio de la Expedición Libertadora de Chile, por iniciativa 

del Gobierno de O’Higgins, así como la participación de éste junto a Bolívar en 

las campanas de la emancipación peruana, estando aquél ya desterrado, merece 

una explícita y resumida consideración ulterior. El asunto mismo, el escenario y 

los personajes justifican un estudio próximo que los encuadre a la medida de 

esos grandes hombres. Sí, pero desarrollando en todos sus puntos y sentidos 

la proyección hispanoamericana del pensamiento y la tarea emancipadora que 

el Libertador Bernardo O’Higgins compartió y propuso a los quehaceres de sus 

contemporáneos desde el punto de vista continental, sin excluir su preocupación 

por el destino de Chile mientras corrían los años de su destierro en el Perú. 

BIBLIOGRAFÍA 

1. CLISSOLD, STEPHEN: “Bernardo O’Higgins and the Independence of 

Chile”. Hart - Davis, London, 1968. 

2. HEISE, JULIO: “O’Higgins, forjador de, una tradición democrática”. Neupert, 


3. GALVAN MORENO, CELESTINO: “El Libertador de Chile: O’Higgins”. 

Claridad, Buenos Aires, 1942. 

4. MITRE, BARTOLOME: “Historia de San Martín”. Compendio escrito en 

inglés en 1892 por William Pilling. Traducción de Julio Payró. Espasa-Calpe- 

Argentina, Buenos Aires, 1943. 

5. RODRIGUEZ SEPULVEDA, JUAN AGUSTIN: “La Vida Militar de O’Higgins. 

Editora Nacional Gabriela Mistral, Santiago, 1945. 

6. VALENCIA AVARIA, LUIS: “Bernardo O’Higgins. El “Buen Genio” de 

América”. Editorial Universitaria, Santiago, 1980. 

511


512


PROYECCIÓN HISTÓRICA DE BERNARDO O’HIGGINS 

EN CHILE Y EL PERÚ 

Percy Cayo Córdova 1 

Acudo, señores, con viva complacencia a la convocatoria que me han hecho el 

Instituto Riva Agüero y la Academia Nacional de la Historia, en la fecha en que, en 

el sesquicentenario de su fallecimiento, rendimos homenaje al Padre de la Patria 

Chilena, don Bernardo O’Higgins Riquelme. 

Permítaseme recordar en este momento a un excepcional amigo chileno, a 

quien conocí en casa de don Félix Denegri Luna, como creo lo llegaron a conocer 

muchos de los aquí presentes. Me refiero a don Luis Valencia Abaria. Tuve la 

suerte de compartir con él, no sólo en Lima o Santiago, donde fue el cicerone 

insuperable del Museo del Campo de Maipú; en Buenos Aires, en 1976, y en 

Cartagena, en 1983, pude gozar de su bonhomía y dotes de erudito conocedor de 

don Bernardo O’Higgins; fue a través suyo que empezamos a estudiar a nuestro 

homenajeado de esta noche. No he querido dejar de hacer este recuerdo, pues 

para muchos, aquí en el Perú, la figura de don Lucho era siempre motivo de 

evocación al prócer chileno. 

“Debo al Perú una deuda de gratitud que la vida más larga no bastaría a 

recompensarla”. 

Estas palabras figuran en un adiós al pueblo peruano, escritas en borrador; 

fueron halladas entre los últimos escritos que tuvo oportunidad de redactar don 

Bernardo O’Higgins. Los peruanos rescatamos también de nuestros recuerdos lo 

que él hizo, con tenacidad ejemplar, por alentar los cruceros de 1819, al mando de 

Cochrane, y la Expedición definitiva de 1820, que, desembarcando en Paracas, 

iniciaría el tramo final del largo empeño peruano por la Independencia, enhiesto 

desde los días de la rebeldía de Túpac Amaru, en el escenario superperuano. 

La aparición política de Bernardo O’Higgins podríamos ubicarla en las vísperas 

de la instauración de la Junta de Santiago de Chile del 18 de septiembre de 

1810, como todas las juntas del ciclo liberal americano, consecuencia de los 

acontecimientos peninsulares en torno al motín de Aranjuez y las intrigas de 

Bayona. 

Complejos problemas internos y las noticias de los sucesos bonaerenses del 

25 de mayo de 1810 –la célebre Junta de mayo– repercutieron sonoramente en el 

1 Instituto Riva Agüero Lima. 

513


clima de descontento existente en Santiago y Concepción, principalmente. Para 

unos, la coyuntura que se vivía pondría fin al régimen monárquico metropolitano 

y entonces se debía instaurar un gobierno plenamente separatista; para otros, 

monarquistas intransigentes, pasara lo que pasara, se debería mantener la 

sumisión al régimen monárquico. 

Tal vez de haber estado la Capitanía General en manos más hábiles que las de 

Francisco Antonio García Carrasco, otro hubiera sido el desarrollo de los sucesos; 

tuvo el ineficaz Presidente como asesor a Juan Martínez de Rozas, mendocino 

nacido en 1759, cuando la provincia de Cuyo, de la que Mendoza era cabeza, aún 

pertenecía a la Capitanía chilena. Hombre culto, con estudios en la Universidad 

Pontifica de Córdoba, llegó a ser asesor letrado de don Ambrosio O’Higgins, 

cuando éste era Intendente de Concepción. Al ocupar Ambrosio O’Higgins el 

gobierno de la colonia, Martínez de Rozas quedó al frente de la Intendencia de 

Concepción. 

Es conocida –la historiografía chilena coincide en ello– la incapacidad que 

lució en el desempeño de sus funciones, precisamente cuando la llegada de las 

noticias de lo sucedido en Chuquisaca, La Paz, Quito, Caracas, Buenos Aires 

y Santiago de Bogotá. El virrey de Buenos Aires, Hidalgo y Cisneros, informó 

a García Carrasco que grupos completaban contra el orden establecido; presa 

de la inseguridad producida por los rumores y las noticias contradictorias desde 

la metrópoli, el Gobernador ordenó la prisión del procurador del Cabildo Juan 

Antonio Ovalle, el abogado argentino Bernardo Vera y Pintado y José Antonio 

Rojas: era el 25 de mayo de 1810; al día siguiente los reos eran trasladados a 

Valparaíso para ser embarcados con destino al Perú. 

Estos hechos produjeron enorme conmoción en el medio santiaguino, lo que se 

vio acrecentado cuando llegaron nuevas noticias confirmando los acontecimientos 

bonaerenses de la Junta del 25 de mayo, que encabezaba Cornelio Saavedra. 

Ante la excitación popular, procedió García Carrasco a revocar la orden contra 

Rojas, Ovalle y Vera, pero ya éstos navegaban al norte. El grado de exaltación 

llegó a tal punto, que la audiencia consideró atinado solicitar la renuncia de García 

Carrasco; de tal modo –se juzgaba– se aplacarían las iras populares; García 

Carrasco aceptó tal temperamento, procediendo a dimitir; se había erigido como 

autoridad a Mateo de Toro y Zambrano, Conde de la Conquista. Era evidente que 

el anciano funcionario, en sus 83 años, débil de carácter y desprovisto de dotes 

para el cargo recibido, podía sufrir las influencias de los distintos partidos en 

pugna; la agitación era general, y en Concepción ella tenía en el joven hacendado 

Bernardo O’Higgins su principal cabecilla. 

Mientras por un lado los realistas más intransigentes abogaban por mantener 

la mayor fidelidad a Fernardo VII, otros grupos se demostraban permeables a las 

convocatorias que llegaban desde Cádiz, en las que se incluían la designación 

de diputados a las Cortes que debían reunirse en la Península. Quienes estaban 

por el reformismo político, se vieron estimulados ante tales demandas, y 

encontraron en el Catecismo Político cristiano, el escrito que recogía muchas de 

sus expectativas. De autor anónimo –figuraba como tal José Amor de la Patria–, 

aunque sepamos se mantiene la incógnita histórica, de quién sería su autor. 

514


Todo este clima desembocaría en la convocatoria a un Cabildo Abierto a 

realizarse el 18 de septiembre de 1810, ante el cual el Conde de la Conquista 

procedió a renunciar, eligiéndose de inmediato una Junta Gubernativa que estuvo 

presidida por el propio Conde de la Conquista. La Junta, entre otras de sus 

obras de Gobierno, convocó a elecciones de un Congreso Nacional, que llegó 

a instalarse el 4 de julio de 1811; aún este cuerpo se mostraba partidario del 

fidelísimo, por cuanto juró obediencia a Fernando VII. Fue en medio de estos y 

otros acontecimientos cuando José Miguel Carrera logró adueñarse del poder, 

haciendo participar en este hecho a don Bernardo O’Higgins, por la jurisdicción 

de Concepción, quien no tardó en abandonar tal postura, cuando se dio cuenta 

que Carrera iba camino del mayor autoritarismo, de lo que era prueba la propia 

disolución del Congreso. 

Creemos que es en estos momentos cuando O’Higgins empieza a emerger 

como figura destacada del proceso político chileno de aquellos días; la Patria 

Vieja, la han llamado, y cubre el lapso entre 1810 y 1814. 

Sustentaba ya Bernardo O’Higgins el ideal de una franca ruptura con la 

Metrópoli. En sus 33 años empezaba a descollar y los siguientes 12 –hasta sus 

45– lo encontraríamos en el centro de la encrucijada política chilena. 

Nacido el 20 de agosto de 1778, era hijo fruto de la unión de Ambrosio 

O’Higgins, que había sido gobernador de Chile, y de Isabel Riquelme, una niña 

de la localidad de Chillán, donde nació. 

Su educación primera la recibió en un colegio de los franciscanos de Chillán, 

y más adelante en Lima, donde frecuentó el Convictorio Carolino en días del 

notable rectorado de don Toribio Rodríguez de Mendoza. Acatando la voluntad 

paterna viajó a Inglaterra para seguir estudios; dejado a su albedrío, y en carencia 

de recursos, poco es lo que pudo aprender formalmente; sí sabemos que fue 

allí cuando tomó contacto con numerosos americanos, algunos de los cuales ya 

alentaban planes separatistas para sus respectivas patrias. Cabe mencionar entre 

ellos a Francisco de Miranda, con quien a los 20 años (1798), el mismo año de la 

muerte de nuestro Viscardo y Guzmán, entró en contacto alcanzando un estrecho 

lazo amical con el ilustre caraqueño. 

Su dominio del francés y del inglés le dieron oportunidad de alcanzar la 

lectura de las obras revolucionarias que constituían el acervo intelectual de 

quienes aspiraban a ver sus patrias libres de la tutela española. Para alcanzar la 

realización de tales planes, inducido por Miranda, formó parte de las logias que 

entonces actuaron en Inglaterra. 

Con este bagaje volvió Bernardo O’Higgins a su patria cuando supo, en 1801, la 

muerte de su padre, que ya había pasado por el virreinato peruano como máxima 

autoridad; debía entonces asumir la administración del importante patrimonio que 

le legara. 

Al correr de los años y de los sucesos relatados con anterioridad, Bernardo 

O’Higgins se convertiría en hombre de armas; ello ocurrió cuando el virrey Abascal, 

que entendía que la acción de Carrera al frente de la Junta chilena tenía todas 

las características de desconocer la autoridad para 61 indiscutido de Fernando 

VII, envió al sur una expedición que puso al mando del brigadier Antonio Pareja, 

515


quien luego de ocupar Chiloé y Valdivia, se desplazó al norte, acrecentando sus 

fuerzas luego de desembarcar en Talcahuano. El descontento que había vivido 

la región, por el enfrentamiento entre Carrera y Rozas (1812), hizo que muchos 

vieran con simpatía la expedición realista. 

Frente al avance enemigo, Carrera concentró sus fuerzas en Talcahuano, 

contando con el decidido apoyo de Juan Mackenna, jefe irlandés de gran 

capacidad militar, y de Bernardo O’Higgins, investido como coronel de milicias 

por su inquebrantable determinación de enfrentar la reacción absolutista que 

representaba Pareja. 

Extraña campaña aquella de 1813; en ella moriría Pareja, en Chillán, cuando 

se había hecho fuerte en los confines de la ciudad. Reemplazado por Juan 

Francisco Sánchez, los enfrentamientos con los patriotas no mostraron definición 

favorable, ni a unos ni a otros, mas en medio de las acciones se alcanzó la 

convicción de los errores cometidos desde el mando por Carrera, mientras 

O’Higgins era reconocido como el hombre de los aciertos, sobre todo cuando en 

la acción conocida como El Roble, los realistas supieron sorprender a los bisoños 

reclutas patriotas; la confusión subsecuente presagiaba la absoluta derrota, pero 

la notable resistencia de Bernardo O’Higgins hizo reaccionar a quienes ya se 

dispersaban, superando la sorpresa luego de reorganizar las tropas. “Gracias al 

valor y decisión de O’Higgins, las fuerzas realistas fueron rechazadas y se salvó 

la situación”, nos dice Sergio Villalobos. 

Infortunada fue la conducción militar de Carrera; graves críticas recayeron 

sobre la dirección que le daba a la guerra; así era lógico que se operara un cambio 

en la Junta de Gobierno: los Carrera fueron separados de todo mando de tropas 

y de la misma Junta. Don Bernardo O’Higgins fue nombrado entonces General en 

Jefe del Ejército. 

Desde su flamante posición, O’Higgins debió hacer frente a la noticia de la 

llegada de refuerzos desde el Perú, esta vez al mando del brigadier Gabino 

Gaínza, así como la de la caída de Talca en poder de los realistas. Estas noticias 

produjeron una nueva recomposición en la Junta Gubernativa, que entregó la 

suma del poder –a semejanza de la vieja Roma republicana en los casos de grave 

peligro– al coronel Francisco de la Lastra. 

Las acciones militares en El Quilo y El Membrillar y luego en Quechereguas, 

ahora dirigidas por Bernardo O’Higgins, hicieron sentir que el acierto les 

acompañaba; en Quechereguas, Gaínza había sido rechazado. 

Mas las noticias que periódicamente llegaban a Santiago, por la vía marítima 

valparisiense, eran cada vez menos alentadoras. Los realistas se habían rehecho 

en muchos lugares y entonces, desde el Perú, Abascal podría disponer nuevos 

contingentes que reforzaran a las melladas tropas asentadas en Chile. 

El arribo a Valparaíso del comodoro inglés James Hillyar, trayendo una 

propuesta de negociación de parte del virrey Abascal, el que incluso lo autorizaba 

a actuar como mediador, dio nuevo giro a los acontecimientos. Para ambas partes 

tal situación resultaba aparentemente ventajosa y fueron a negociar, aunque cada 

bando también lo hacía con evidente insinceridad de propósitos. Lastra estaba 

convencido de que el espíritu independiente de los patriotas no permitiría el 

516


retorno al pasado. El jefe realista también compartía tal opinión, mas cada quien 

cumplió con el rol que le tocaba desempeñar. 

El acuerdo político llevó a la firma, el 3 de mayo de 1814, del Tratado de 

Lircay. Francisco Frías Valenzuela ha resumido su contenido en estas frases: 

“Los patriotas reconocían por él su dependencia de España, pero conservarían 

el derecho de gobernarse por sí mismos; los realistas consentían en dejar 

subsistente el gobierno establecido en Chile, y en evacuar el territorio en el 

término de treinta días”. 

Bajo la fácil grita contra el Tratado, acusándolo de ser una grave afrenta contra 

Chile, resurgirían los Carrera. En Santiago, movilizando a amigos, partidarios, 

parientes y descontentos, alzaron los cuarteles, reunieron un Cabildo Abierto, 

y establecieron una nueva Junta en la que figuraban José Miguel Carrera, 

presidiéndola, y su hermano Luis. Numerosos destierros a Mendoza completaron 

el empeño de establecer un gobierno autoritario, que además creaba una rivalidad 

entre los patriotas, cuando más urgente era la unión. 

Bernardo O’Higgins censuró, como muchos más, el golpe, y al frente de las 

tropas que comandaba y que se hallaban acantonadas en Talca, se dirigió a 

Santiago dispuesto a someter a los Carrera. En marcha al norte, O’Higgins supo 

de la desaprobación por parte de Abascal del Tratado de Lircay y de la llegada 

a Talcahuano de un fuerte contingente realista, que desde Lima y al mando del 

brigadier Mariano Osorio, se aprestaba a reimponer el orden colonial. 

Ante el peligro que ello significaba, O’Higgins, en palabras del notable 

memorialista Guillermo Miller, que bien lo conoció, “sacrificó magnánimamente 

sus justos resentimientos para salvar su patria; accedió a las presiones de su rival 

y volvió noblemente sus armas contra el enemigo común”. 

O’Higgins buscó entonces el acuerdo con Carrera, logrando que ambas fuerzas 

se reunieran para rechazar al adversario. 

Osorio y sus tropas avanzaron hasta el río Cachapoal; O’Higgins se hizo fuerte 

en Talcahuano, plaza que fue atacada el 1º de octubre de 1814. Talcahuano es 

gloria militar de O’Higgins, más allá de la derrota sufrida; mientras la resistencia 

que pusieron Juan José, Luis y José Miguel Carrera, fue de escasa efectividad, 

O’Higgins hizo pensar a los realistas en varios momentos, que el fracaso los 

acompañaba y que tendrían que retirarse; pero la mayor experiencia de las tropas 

llegadas desde Lima, y la fuga en que fueron puestas las tropas de Carrera, hicieron 

que todo el peso de la defensa recayera sobre los hombres que comandaba 

O’Higgins; pero aún así la lucha se prolongó, hasta hacerse insostenible para los 

patriotas; casi diezmados, los hombres al mando de O’Higgins forzaron el sitio y 

lograron abandonar la ciudad, retirándose a Santiago. 

El propio Frías Valenzuela sintetiza el clima que siguió a la derrota de Rancagua, 

diciéndonos que ella “dio por resultado la ruina completa de los patriotas. La 

capital era el teatro de una espantosa confusión. Las gentes pensaban sólo en 

abandonar el país para sustraerse a las venganzas de los vencedores. No había 

más camino que tomar, que el de la cordillera, que conduce a Mendoza; pero la 

cordillera estaba en esa estación cubierta de nieve. Sin embargo, los patriotas 

no pensaron en los peligros con que los amenazaba la naturaleza. Los últimos 

517


restos del ejército marcharon a su retaguardia para favorecer la retirada”. Sergio 

Villalobos dice: “Desde ese momento los jefes militares y los personajes más 

comprometidos en la revolución no pensaron más que en salvar la cordillera y 

procurar reorganizarse en el territorio libre de las provincias del Río de la Plata”. 

Hasta aquí la cita. 

Por el paso de Uspallata, triste caravana avanza. Serán unos tres mil los 

emigrantes. Entre ellos don Bernardo O’Higgins, que sería recibido cordialmente 

por el gobernador de la provincia de Cuyo: don José de San Martín. 

Hasta este punto nos hemos detenido en estos episodios de la historia chilena, 

que acaban con lo que se ha dado en llamar la Patria Vieja, que concluye con el 

sitio y toma de Rancagua. 

Desde aquí en adelante los episodios de la historia en que está entretejida la 

figura egregia de don Bernardo O’Higgins empiezan a ser de un conocimiento más 

amplio para el común de los peruanos. Desde nuestra perspectiva, lo que un joven 

peruano incorpora a sus conocimientos históricos es la Junta Santiaguina del 18 

de septiembre; ella es estudiada dentro del complejo fenómeno del movimiento 

juntista que tendría expresiones en las diversas capitales audienciales del imperio 

español a partir de 1809. 

Tal vez podríamos decir que recién en el tema de Chacabuco la personalidad 

de don Bernardo se incorpora a la historia común de nuestras independencias. 

Ello nos permitirá aventurarnos en una semblanza de ese rico temperamento, 

símbolo máximo, creemos, de las vinculaciones chileno-peruanas, y aún más allá 

que fue don Bernardo O’Higgins Riquelme. 

Como bien sabemos, el contraste de Rancagua se repitió en otros paisajes 

de la geografía hispanoamericana, y el movimiento reaccionario realista pareció 

cimentarse en largo plazo. No sería así; si bien sólo en el caso bonaerense, la 

reconquista española no se produjo, en todas las demás jurisdicciones coloniales 

las ideas que se habían sembrado quedaban allí, a la espera de mejor ocasión 

que ofreciera ventajas. Cambios en los órdenes económico, social, cultural, 

religioso, político se habían producido. No volvería ser la de antes, ni la colonia 

chilena, ni otra alguna del vasto imperio colonial español. 

De todo ello hacía parte los planes que don José de San Martín llevaba a cabo 

desde Mendoza, donde se le incorporaron los emigrantes chilenos encabezados 

por O’Higgins, y también aquellos que, seguidores de Carrera, se pusieron bajo 

las órdenes de sus banderas. 

Era claro el proyecto sanmartiniano. No creía que operando por el Alto Perú 

(el noreste del virreinato bonaerense) se podría poner fin a la guerra de la 

Independencia que, a su entender, no acabaría hasta ocupar Lima; allí está la 

carta a Nicolás Rodríguez Peña –de cuya autenticidad tiene algunas dudas don 

José Agustín de la Puente–; en todo caso, el plan descrito en ella lo llevaría a 

cabo San Martín, el gran capitán de los Andes. 

La presencia de San Martín en Cuyo no antecedía a la llegada de los 

emigrados chilenos en más de un mes. Si bien pronto pudo y supo entenderse 

con O’Higgins, no pudo ni supo hacerlo con Carrera. Recordar que éste seguía 

518


llamándose “Supremo Gobierno del Reino de Chile”, bastaría para entender su 

desacuerdo con San Martín; esa pretensión de desconocer su autoridad llevó al 

Gobernador a remitirlo, junto con sus parciales, a Buenos Aires. 

Estratego excepcional –más allá de que somos conscientes son muchos 

quienes piensan en sus escasas cualidades militares–, San Martín envió pasar 

la cordillera a gentes de diversa condición, que aparentando arrepentimiento de 

haber seguido a los patriotas, cumplieron un doble papel: por un lado difundir 

diversas noticias sobre la situación en Mendoza, y por otro recoger información 

que remitían a San Martín; éste sería el antecedente de una acción similar que 

llevaron a cabo en el Perú –por cierto antes de la llegada del Ejército Libertador– 

José García y José Fernández Paredes, y que dio a conocer en la Revista Mar 

del Sur, Nº 12, José Agustín de la Puente. 

Bernardo O’Higgins fue tenaz, leal y eficiente colaborador de San Martín, quien 

supo apreciar y reconocer sus notables dotes de organizador y caudillo. 

Prevista la expedición que debía llevar la libertad a su patria, el 21 de enero de 

1817 salía O’Higgins; Eugenio Orrego Vicuña describe la marcha: “por desfiladeros 

cubiertos de nieves eternas, bajo el soplo de los vientos, junto al peligro de 

los ventisqueros y la amenaza oscura de los abismos, fue extendiéndose el 

Ejército Libertador como una procesión de gloria hecha carne, de fe trasuntada 

en espíritu. Los vieron pasar las moles graníticas, los vieron los cóndores que 

pueblan las alturas, el vértigo los saludó, las estrellas iluminaron sus breves 

jornadas de sueño. Con ellos iba la esperanza y en sus banderas ondeaba la 

libertad. Centauros parecían y no hombres, porque nuestra grandeza humana 

sólo se mide en la magnitud del esfuerzo y en la hondura del ideal”. 

El 4 de febrero la división de O’Higgins alcanzó las cumbres, llegando al valle 

de Putaendo el 7 de febrero. 

Permítaseme repetir ahora la proclama que diera a sus compatriotas Bernardo 

O’Higgins, entonces carente de título alguno de autoridad, pero que desde muy 

pronto lo tendría, porque más allá de nombramiento alguno, ya se le reconocía 

–autoridad moral le llaman algunos– una jefatura que los hechos y la historia, 

simplemente, tendrían que acatar. Ella decía: 

“Compatriotas y amigos: el numen de la libertad me restituye por fin al suelo patrio. Un 

poderoso ejército, cuya sección primera tengo el honor de presidir, donde brilla el orden, 

la disciplina y el denuedo, viene a sacaros de la esclavitud. Renazca entre vosotros el 

sagrado fuego de la libertad. Venguemos unidos nuestros ultrajes y padecimientos. La 

dulce patria, el hermoso Chile vuelva a ocupar el rango de nación. Basta de abatimiento 

vergonzoso. El orden va a restablecerse con la libertad. Terminó el espíritu de vértigo. 

Nuestros mismos trabajos nos han enseñado a ser libres y sostener este precioso 

don... Chilenos: yo os juro morir o libertaros”. 

La precisión y el orden con que se realizó la travesía trasandina permitió la 

convergencia perfecta de las distintas columnas; así se dio el 12 de febrero la 

batalla de Chacabuco. Fue tanta la audacia y entusiasmo puestos en la acción 

por O’Higgins, que aún años más tarde –y desde el día mismo de la batalla– 

hubo quienes lo acusaron de temerario y de haber comprometido el éxito de la 

acción. Desde Lima, en carta de 1830 a Juan Egaña, se defendió, recordando 

519


que exclamó entonces, usando las mismas palabras que en El Roble y Rancagua: 

“¡Soldados! ¡Vivir con honor o morir con gloria! ¡El valiente siga! ¡Columnas a la 

carga”. 

Dos días después el ejército patriota hacía su entrada a Santiago; frente a la 

urgencia de organizar un gobierno, el Cabildo lo designó Director Supremo. Hoy 

sabemos que, aun antes de la batalla de Chacabuco, O’Higgins estaba enterado 

que el gobierno argentino había ordenado al Capitán General don José de San 

Martín, que, pisando territorio trasandino, lo nombrara Presidente de Chile. La 

comunicación firmada por el ministro de Guerra de las Provincias Unidas, José 

Florencio Terrada, se lo hizo saber. 

Así, al jurar, el 16 de febrero de 1817, la Jefatura Suprema de Chile, en sus 

39 años, Bernardo O’Higgins se convertía no sólo en hombre de armas, sino en 

gobernante; mas las circunstancias le imponían un ejercicio autoritario del poder, 

fruto de los propios acontecimientos que le rodeaban. De hecho, y sin mella de 

sus siempre reconocidas virtudes republicanas, el gobierno que debió instaurar 

fue una dictadura. 

Pero aunque Chacabuco era hito importante, todavía era sólo una batalla 

victoriosa; la guerra no se había definido y a ella se abocó, como preocupación 

dominante, el gobierno de Chile ahora en manos del hijo del antiguo Capitán 

General Ambrosio O’Higgins y posteriormente virrey del Perú. El 20 de marzo 

de 1818, Cancharrayada fue un revés para la patria, mas nada podía opocar el 

ánimo patriota, que, rehaciéndose de la derrota y el temor subsecuente, dio dos 

semanas más tarde la acción decisiva de Maipú, que selló la independencia de 

Chile el 5 de abril de 1818. 

Dos vertientes tuvo desde entonces la acción o’higginista: llevar adelante la 

campaña contra el virreinato peruano en apoyo a los patriotas que allí sufrían la 

opresión del régimen virreinal, esto para más allá de las fronteras de Chile, y una 

labor de gobierno en diversas direcciones, esto dentro de la acción interna del 

naciente Estado. 

Ya más allá de estas palabras recordatorias del sesquicentenario de la muerte 

de Bernardo O’Higgins, rememorar la enorme tarea que realizó para sentar las 

bases del nuevo Estado; todavía tuvo que luchar contra grupos pequeños pero 

recalcitrantes, partidarios del antiguo régimen. La organización de la escuadra 

nacional chilena, las reformas sociales –abolición de los títulos nobiliarios, de 

los mayorazgos– lo que le llevó a enfrentarse con la vieja aristocracia; la obra 

material y la dirigida al progreso intelectual, la política constitucional, todo ello 

llevado adelante en medio de las insalvables precariedades del tesoro público, 

agitaron los días del gobernante. La organización del Estado, desde sus cimientos, 

produjo descontento y desdén por parte de quienes, herederos del antiguo orden 

colonial, veían limitadas sus antiguas prerrogativas y menospreciaban el régimen 

que recortaba sus privilegios. 

La tradición cuenta que luego de Chacabuco, y en el mismo campo de batalla, 

O’Higgins habría exclamado: “Este triunfo y cien más se harán insignificantes si 

no dominamos el mar”. Esa era comprensión que también habían alcanzado los 

patriotas argentinos desde épocas anteriores; el crucero del comodoro Guillermo 

520


Brown, llevado a cabo en 1816, bien lo atestigua. Ahora se trató de llevar a cabo el 

enorme esfuerzo de constituir una Escuadra, que a la vez que le diera seguridad 

al naciente Estado, le permitiera llevar adelante la Campaña al Perú. Para ello 

se juzgó indispensable contar con un Jefe naval de indiscutible prestigio. Alamiro 

de Ávila Martel, en su clásico libro Cochrane y la Independencia del Pacífico ha 

reseñado las tratativas para llevar a cabo el contrato que traería al gran marino 

a Chile y ha estudiado con atención cómo el jefe británico se incorporó a la 

empresa desde el primer momento; para ello resalta cómo obtuvo de inmediato la 

carta de ciudadanía chilena y cómo se le designó vicealmirante. Que San Martín 

y O’Higgins le colmaron de atenciones queda muy claro; nada haría presagiar los 

desencuentros con San Martín dos años más tarde. 

La expedición libertadora a nuestras costas fue empeño mayor del gobierno 

presidido por O’Higgins; tuvo el tino indispensable para procurar la declinación 

del mando de ella, por parte de Manuel Blanco Encalada, para que fuese Lord 

Cochrane quien la comandara; dos cruceros realizó el marino inglés durante 1819, 

emprendiendo el definitivo el 20 de agosto de 1820. No debió ser casualidad que 

escogiera el cumpleaños y santo de Bernardo O’Higgins como fecha de zarpe de 

la Escuadra. 

Es oportuno recordar que el antecedente chileno-argentino formal de la 

expedición es el Tratado firmado entre las Provincias Unidas del Río de la Plata, 

representadas por Gregorio Tagle, y el gobierno chileno representado por el 

guatemalteco Antonio José de Irisarri, el 5 de febrero de 1819, que Argentina no 

ratificó y Chile sí; más aún habría que recordar que ante la crisis que vivía Buenos 

Aires, San Martín consideró que su jefatura no existía en tanto el gobierno que lo 

había nombrado ya tampoco existía. 

Los acontecimientos llevados a cabo en Rancagua han dado tal apellido al 

acta que se suscribió ese día –2 de abril de 1820– por la que San Martín, por 

mandato de sus subordinados, retenía el mando del Ejército Unido Libertador. 

Cuatro mil ciento dieciocho hombres en 23 transportes emprendieron la 

travesía del Pacífico, el viejo Mar del Sur, rumbo al norte, para lograr la soñada 

por tantos e indispensable liberación del Perú que asegurara la Independencia 

del subcontinente sudamericano. 

El 7 de septiembre, en Paracas, empezaría la empresa definitiva de la libertad 

del Perú. La larga noche de la opresión colonial terminaba, y el amanecer era 

prometedor de mejores días. 

Mientras se desenvolvía la acción fecunda de la Escuadra Auxiliar Libertadora, 

en Santiago Bernardo O’Higgins ponía de manifiesto sus dotes de organizador y 

creador, desgraciadamente todo ello dentro de una grave postración económica; 

el comercio paralizado, la agricultura trastornada, el contrabando alentado por 

intereses innobles entrampados en sus afanes; la enorme oferta de productos 

extranjeros, produciendo la pobreza del trabajador y el artesano. Evidentemente, 

el gasto bélico fue detonante de la crisis económica; con razón Villalobos calcula 

que mientras el ejército colonial tuvo dotación de 1.500 hombres, el patriota llegó 

a fluctuar entre 3 y 8 mil; todo aquello tuvo que producir los “apuros financieros 

del Estado”. En medio de tantas exigencias, O’Higgins creyó poder detener 

521


el descontento, promulgando una nueva carta constitucional (la de 1822); 

desgraciadamente, tampoco el nuevo texto aplacó la impopularidad del régimen. 

Muchas son las causas que se han mencionado para explicar la falta de base 

de sustentación del régimen o’higginiano. Tema vinculado a la causalidad histórica, 

desde siempre tan difícil de determinar; bastaría volcar la mirada al capítulo IV de 

Edward H. Carr, en su clásico libro ¿Qué es Historia? 

Entre muchas causas se cita –no pretenderemos ocuparnos de todas– su afán 

patriótico, más americano que chileno. En la brevedad de unas palabras en una 

noche de recuerdo reconocido a un gran patriota americano, se pueden omitir 

otros temas, no el referido. Que tal resultó cierto, no lo podemos negar, pero más 

allá de las incomprensiones de todos los tiempos –obviamente sin prescindir 

de los actuales–, quienes soñaron o actuaron a favor de tal ideal merecen todo 

nuestro respeto y enaltecimiento; de no ser así, ustedes no me acompañarían esta 

noche, ni yo hubiese aceptado decir palabras que resultarían intrascendentes; 

cierto es que no se puede negar que la incomprensión a esos ideales pudo ser 

causal de la caída de O’Higgins, pero también lo fueron parecidas razones para la 

caída de Bolívar, Sucre, Santa Cruz, San Martín y Francisco Morazán, que desde 

Centroamérica tuvo semejante ilusión. 

Así las incomprensiones, que siempre han acompañado a los grandes 

hombres, llevaron al alzamiento que desde Concepción encabezó el general 

Ramón Freire. Coquimbo siguió en tal empeño; ante el contagio en Santiago, 

Bernardo O’Higgins, incapaz de dar aliento a la anarquía, que sólo podía liberar 

las fuerzas que carcomerían al nuevo Estado, renunció al poder: era el 28 de 

enero de 1823. Era también el fin de lo que en la Historia de Chile se conoce 

como la Patria Nueva. 

Comprendió que habría quienes sin entender su desprendimiento, querrían 

mellar el prestigio que ninguno de sus compatriotas había alcanzado con mayor 

derecho que él. El 5 de febrero se dirigió a Valparaíso, haciéndose pronto evidente 

que su destino sería el Perú, cuyo gobierno el 30 de marzo del año anterior le 

había asignado como compensación a sus eminentes servicios, dos haciendas 

en el valle de Cañete: Montalván y Cuiva. Pospuso su viaje a la espera que la 

propuesta de residenciarlo que llevaba adelante Freire –que en realidad más que 

propuesta era una exigencia– se resolviera, mientras una campaña desatada en 

la prensa pretendía zaherirle... Quienes quisieron dañarlo sólo lograron como 

reacción estimular numerosas muestras de adhesión que le fueron expresadas 

aún desde más allá de los confines de Chile. Al fin el Senado le confirió licencia 

–en los términos más amplios– para dejar el país, lo que haría el 17 de julio de 

ese mismo año 23, a bordo de la corbeta británica Fly; lo acompañaban su madre 

y su hermana. 

Nadie podría saber si pensó que esa separación era definitiva. Por la carta a 

San Martín del 10 de abril de ese mismo año 23, se comprende que pensó ir a 

México, como escala para pasar más adelante a Inglaterra. Pero bien sabemos 

que su destino, único y definitivo, sería el Perú; más de una vez, en su epistolario, 

encontramos insinuaciones esperanzadas –no me refiero a las más inmediatas 

a sus días finales que mencionaré más adelante– de volver a su Chile querido. 

Nunca lo haría. 

522


El 28 de julio –aún no fiesta patria peruana– la nave que conducía a don 

Bernardo O’Higgins y sus más cercanos parientes, hacía puerto en el Callao. 

Llegaba O’Higgins al Perú en momentos indescriptiblemente lamentables; la 

desunión de los partidos tenía a la patria en momento crucial, debatiéndose en esa 

anarquía que alarmaba a San Martín cuando se retiró; la misma que O’Higgins, 

en el mensaje de despedida a sus compatriotas, temía: “¡Quiera el cielo haceros 

felices, amantes del orden y obsecuentes al que los dirige...!”; la misma que se 

prolongaría entre nosotros mucho más de lo esperado y que haría exclamar a 

José Faustino Sánchez Carrión, en carta al Libertador del 1º de febrero de 1824: 

“Que cierto es mi ilustre general, que de todos los americanos somos los más 

desunidos los peruanos”. 

Llegaba a un Perú maltratado por las rivalidades y emulaciones, pero en 

el que se podía reencontrar con sus condiscípulos del Convictorio Carolino; 

el mencionado Sánchez Carrión lo había, sido, y también Bernardo de Torre 

Tagle, el Marqués de Torre Tagle, entonces uno de los dos presidentes con que 

contaba el Perú. Torre Tagle actuaba en Lima bastante a la sombra de las tropas 

grancolombinas que, adelantándose a la venida de Bolívar –que recién llegaría el 

1º de septiembre próximo–, eran buena parte de su sostén militar en la lucha con 

el otro presidente, Riva-Agüero, residente con un improvisado Congreso –que 

nunca funcionó– en Trujillo. 

Sería O’Higgins dolido testigo de las cuitas del pueblo peruano, desconcertado 

ante las ambiciones y luchas intestinas, cuando el enemigo común aún 

enseñoreaba en buena parte de la sierra peruana. No encontramos en su 

correspondencia menciones al tema que nos ocupa, y habría que resaltar la 

extraordinaria prescindencia que mantuvo Bernardo O’Higgins en todas las 

luchas que infelizmente enlodaron nuestra primera república; no vería el Perú 

en otra época que aquella que Basadre ha llamado de la Determinación de la 

Nacionalidad, la más convulsa e inestable de nuestra inestable y convulsa historia 

republicana. 

La primera casa que habitó en Lima estuvo ubicada en la calle Jesús María, 

hoy la primera cuadra del Jirón Moquegua; más adelante –septiembre de 1826– 

ocuparía la casa de Osambela –verdadero palacio–, llamada también ahora de 

Oquendo, lo que dice bien que felizmente no padecía de estrechez económica 

alguna; antes bien podría decirse –desmintiendo a algunos de sus biógrafos que 

afirman pasó penurias– que las rentas de las haciendas –Montalván, explotada 

por él mismo, y Cuiva, arrendada– le permitieron toda seguridad económica; 

cuatro años más tarde alquilaría la Casa y Almacén de Espaderos, donde pasaría 

desde entonces los doce últimos años de su vida; debió conocer esa Casa en su 

juventud limeña, pues puso especial empeño en ocuparla. 

Si tuvo cuitas, no fueron las que el Perú le deparó, sino las que sus propios 

connacionales le produjeron, historia común, en nuestra común historia 

latinoamericana. Si bien todo hace pensar que muchos chilenos le rendían 

el homenaje del recuerdo ferviente a quien había dado tantas pruebas de 

desprendimiento y cariño por su Patria, desde el poder, muchas veces y por 

mucho tiempo, se le mezquindaron reconocimientos y derechos. Cuando alguna 

vez se quiso aquí poner en litigio la legitimidad de la propiedad de Montalván, 

523


el gobierno y el poder judicial ratificaron que era propiedad de don Bernardo 

O’Higgins; allí, en esa hacienda, en la que aún se conservan tantos recuerdos del 

prócer chileno, recibirá muchas veces a nuestro ilustre Hipólito Unanue, su vecino 

por su residencia en la Hacienda Arona del mismo valle. 

Varias veces soñó con volver a Chile, y diversas circunstancias postergaron 

su deseo nunca realizado; creemos que era sincero cuando repetía que no tenía 

memoria para los agravios que había recibido; no tuvo memoria, sí, pero no 

dejarían de dolerle las diversas maniobras que, repetidas veces, se intentaron 

para zaherirle. Cuando se debate la Constitución de 1823 –la longeva Constitución 

chilena–, se incluirá como propuesta –recogida luego en el artículo 11– que se 

perdía la ciudadanía por residir en país extranjero más de diez años. “Si han 

pensado hacerme un agravio, se equivocan... Mi ambición se satisface con ser 

chileno de nacimiento y ser el primero en la Gran Carta de su Independencia”, 

escribió a su amigo Mariano Ramón de Arís el 27 de marzo de 1823. 

Vivió entre nosotros rodeado siempre de las mayores expresiones de respeto 

de propios y extraños; Bolívar le dio la más alta condecoración y O’Higgins fue 

incorporado a su lado, en los días previos a la Campaña Final que coronaría la 

Independencia Americana en Ayacucho. 

En este año en que se recuerda a otro grande de las nacionalidades 

hispanoamericanas, Santa Cruz, en el segundo centenario de su nacimiento, vale 

mencionar su relación con don Bernardo O’Higgins y la posición de éste frente al 

proyecto confederal. Se conocieron en el Consejo de Generales, en los días de 

la Campaña de Ayacucho. Según Valencia Abaria, cuando Santa Cruz pasa en 

misión diplomática a Chile en julio de 1827, habría debido a O’Higgins “algunos 

contactos personales”, que éste le habría facilitado. 

Si bien debemos resaltar y proclamar que don Bernardo O’Higgins puede ser 

el mejor símbolo de la amistad peruano-chilena, es también evidente que tuvo 

posición muy especial frente a Bolivia y el proyecto confederal. Su correspondencia 

es transparente en tanto no compartió la política belicista de Portales; su postura, 

sin embargo, no fue de seguimiento de las acciones santacrucistas, y evitó 

aceptar distinciones que Santa Cruz quiso hacerle, no exhibiendo así ninguna 

posición pública en el conflicto confederal. No entendió el conflicto como muchos 

lo entendieron, y lo acongojaba que en él estuvieran frente a frente Perú y Chile. 

Un párrafo de la carta al Presidente Joaquín Prieto, el 4 de julio de 1836, nos 

revela con precisión meridiana su pensamiento: 

“es indudable que lo más próspero que sea el Perú tanto más lo será Chile, y viceversa. 

En los siglos pasados –continúa– las naciones del antiguo mundo sufrían un grande 

error a este respecto, figurándose que cuanto más pobres fueran sus circunvecinos, 

tanto más ricas serían ellas mismas. Este pernicioso error, que por tanto tiempo operó 

contra la prosperidad general del género humano, se encuentra al presente, en grande, 

grado, aunque no del todo menospreciado”. 

Hermosa lección que es indispensable rescatar y reforzar, y que 

lamentablemente no ha guiado siempre las relaciones de nuestros pueblos, 

como hubiese querido don Bernardo. Su entusiasmo fue grande cuando supo 

524


de la Paz de Paucarpata, como grande fue su contrariedad cuando conoció la 

desautorización que había sufrido Blanco Encalada por suscribirla. 

Tal vez esa fue una de las últimas penas mayores que acongojaron sus 

postreros días, en tanto que ofendía su ideal americanista. Cartas a Bulnes, 

Prieto y Santa Cruz dan testimonio de la honda preocupación que le produjo 

el conflicto; cierto que otra inquietud, ella familiar, lo tuvo entonces sumido en 

profunda desazón: la enfermedad de su madre, doña Isabel, que murió el 21 de 

abril de 1839, en los mismos días que Lima recibía a los vencedores de Yungay. 

De todos modos, Bulnes lo atrajo a su lado para hacerlo partícipe de aquellas 

glorias. La prolongada presencia chilena en Lima permitió que en la víspera del 

18 de septiembre, el ejército restaurador chileno, conmemorando el aniversario 

patrio, se presentase ante su casa, en Espaderos, entonando el himno chileno. 

Las menciones en la canción patria de entonces, compuesta por Bernardo Vera, 

en las que Chacabuco y Maipú estaban presentes, debieron serle especialmente 

gratas. 

Luego se vieron acelerados los estragos que en su organismo el tiempo, 

esfuerzos y males fueron acrecentando. También lo acompañaban las tristezas 

de sus amigos y la desaparición de otros; tal la de Manuel Lorenzo de Vidaurre, 

su contertulio muchas veces en el valle de Cañete, que murió el 9 de marzo de 

1841. Las mortificaciones al pecho y el reumatismo fueron minando su organismo, 

justamente cuando al saber la existencia de naves a vapor que unían las costas 

chilenas y peruanas, le hacían presagiar un viaje a su patria con mayores 

comodidades y en menor tiempo. 

No era un hombre anciano, aunque así lo describe alguna publicación de 

aquellos días. Sabemos que morirá a los 64 años, pero al releer las biografías 

que se le han dedicado, y las cartas últimas que escribió, conmueve y duele las 

penas que lo acompañaron. 

Le dolería en los últimos tramos de su vida ver confirmada la burla que se 

hacía de sus sueldos, que nunca le fueron honrados; como toda su ilusión era 

volver a su patria, no hizo caso de aquello y se dispuso al retorno; estuvo a punto 

de reservar varias veces espacio para el ansiado viaje; la agudización de sus 

males postergó tal deseo, aunque también es cierto que recibió buenas noticias 

de Chile. El 3 de enero de 1840 escribía a Juan José Urivi: “Me da V. espléndidas 

enhorabuenas por el acto de justicia de la unánime sanción del Senado y el 

Supremo Gobierno, en la restitución de mi empleo de Capitán General. Aseguro 

a V., mi amado compatriota, que esta medida altamente satisfactoria a mis 

conciudadanos, a los hombres honrados, al filósofo y al patriota, llena más mi 

complacencia por el decoro de Chile que lava a proporción una mancha que las 

edades no olvidan de la ingrata tierra de Scipión. Jamás me deslumbraron los 

brillos de los oropeles ni la odiosa silla suprema sedujo mi corazón. Mi Patria, el 

grato nombre de mi querido Chile, es el fuego inextinguible que vivifica mi corazón 

y que arderá siempre en mi pecho”. 

Para cuidar su salud y siguiendo las consignas de su médico, alquiló casa frente 

al Real Felipe, en el Callao, lo que le produjo evidente alivio, más de carácter 

pasajero, al agudizarse cada vez sus males. Por lo mismo, el 8 de octubre otorgó 

poder para testar. Todo ello hizo conocido su malestar y es significativa del clima 

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que Lima empezó a vivir en torno de la situación del ilustre vecino de la calle 

Espaderos, la nota que apareció en El Comercio el 12 de octubre de ese año 

1842: “No es una desgracia que afecte solamente a su familia, a sus allegados y 

amigos, sino al Perú y a Chile, su Patria, y a la América entera como personaje 

de toda ella por la naturaleza y consecuencia de sus heroicos esfuerzos por 

la independencia y libertad de que gozamos”. Y ello era incuestionable, quien 

acababa sus días era quien había dicho (diciendo verdad): 

“Por la independencia de América sacrifiqué en Chile mi Patria, mis mejores 

años, mi salud y mis bienes. No tengo otra ambición”. Sí, por la Independencia 

de América, por eso fue Capitán General en el ejército chileno, Brigadier en el 

de las Provincias Unidas del Río de la Plata, Gran Mariscal en el del Perú; fue 

reconocido como General y con tratamiento de Excelencia en el Ejército Unido 

Libertador Perú-colombiano, en la campaña de Ayacucho. 

Era cierto: lo que ocurría en esos días de octubre de 1842, hace 150 años, 

era no sólo una pérdida para Chile, sino para quienes creían –quienes creemos– 

en el valor de los hombres que miramos más allá de sus propias fronteras con 

sentido fraternal americanista. 

Sus últimos días fueron testimonio de una enorme capacidad de sufrimiento, 

pues los que lo acompañaron entonces coinciden en reconocer que no se le 

oyó nunca la menor queja, a pesar de que debió padecer muy grandes dolores; 

como fueron grandes las esperanzas que tuvo en volver a su Chile querido. 

En la convicción de que haría el viaje llegó a preparar el discurso que debería 

pronunciar al pisar suelo chileno ante el pueblo y Cabildo de Valparaíso; en su 

Archivo de Montalván lo encontraría Benjamín Vicuña Mackenna; que llegó a 

preparar el uniforme azul que luciría en aquella oportunidad, es también prueba 

de la certeza que tuvo en regresar, tal vez para morir allí. 

No sería así; sus convicciones religiosas, que lo llevaban a frecuentar las 

iglesias de La Merced y San Agustín, en esos momentos finales lo hicieron 

solicitar se colocara ante su lecho un pequeño altar, donde el Padre Juan de Dios 

Urías –que ha pasado a la Historia más por su historia que hizo famosa Ricardo 

Palma– le oficiaba la misa diaria. 

Su postrera alegría sería aquella que llegó a conocer en sus últimos momentos 

de lucidez, ese final 24 de octubre: el texto de la ley que ya había promulgado 

el Presidente Bulnes, que ordenaba el pago de todos los sueldos que se le 

adeudaban “aún cuando residiera fuera del territorio de la república”. 

Al medio día solicitó el hábito franciscano que había reclamado sea su sudario. 

Cuenta Orrego Vicuña –ya citado esta noche– que cuando se lo alcanzó la 

indiecita Patricia, indiecita araucana que lo servía con fidelidad largos años, le 

dijo: “Este es el hábito que me envía mi Dios”. 

Había así entregado su alma al Todopoderoso el ilustre Bernardo O’Higgins 

Riquelme, en cuyo homenaje han querido unirse, por mi intermedio, esta noche 

de recuerdo, la Academia Nacional de la Historia y el Instituto Riva-Agüero. 

526


LA MUJER EN LA VIDA DEL LIBERTADOR 

DON BERNARDO O’HIGGINS RIQUELME 

Graciela Toro de Zañartu 1 

De todas las voces que en América se han elevado para honrar la memoria 

del prócer máximo de nuestra independencia, es interesante señalar la del 

escritor brasileño Osvaldo Orico, quien dice que don Bernardo O’Higgins parece 

arrancado de la “Canción de Rolando” para las páginas de la historia. Y hay una 

razón. De todas las canciones de gesta, es la que mejor evoca el heroísmo, los 

sentimientos patrióticos, la nobleza, religiosidad y abnegación en el cumplimiento 

del deber moral. 

El resplandor que ilumina la vida militar y política del héroe le ha creado una 

imagen grandiosa; de ella surge bizarro, dramático o genial, pero esos momentos 

de cumbre, nobilísimos todos, no tienen por qué encubrir su condición humana, 

capaz de expresar emoción y pasiones como cualquier hombre. 

Los distintos hechos heroicos que han estremecido su tiempo apenas nos 

permiten vislumbrar la soledad de su vida íntima, para auscultar, en el sosiego del 

soldado, las fibras más ocultas de su dimensión de varón sobrio, austero, sereno. 

Reverentes nos acercamos al héroe y descubrimos la claridad de sus días, 

cuando, junto a él, vemos surgir la mujer con una misión sublime y un destino alto 

para la patria. 

Doña María Isabel Riquelme de la Barrera y Meza, su madre, es el símbolo 

más puro de bondad, fortaleza y ternura. Rosa Rodríguez y Riquelme, su 

hermana, supo entregarle como nadie una devoción fraterna, fidelísima. Carlota 

Eels, un nombre que se desvanece en los amaneceres brumosos de Londres, 

llegó a comunicarle el dulce temblor del primer amor de su juventud. María del 

Rosario Melchora Puga y Vidaurre, fuerte pasión en la vida del prócer; de esta 

unión nacerá su hijo Demetrio. Nieves Puga y Riquelme, su otra media hermana. 

Un hijo de ella vivirá después en Cañete, Perú “al amparo de su tío”. Son cinco 

mujeres en la vida de O’Higgins. Conociéndolas, se aprende a entender mejor al 

hombre. Junto a ellas, él soñará con todo el ardor de su pensamiento y la energía 

de su espíritu. 

Para encontrarlas, para vivificar imágenes a través de la historia, es necesario 

volver la mirada a un pretérito distante. 

1 Presidenta Mujeres O’Higginianas. 

527


Primavera de 1777. Don Ambrosio O’Higgins, coronel de caballería y quien 

se encontraba recorriendo el país en el desempeño de sus altas funciones, se 

detiene en Chillán; allí se hospeda en casa de don Simón Riquelme y Goicochea, 

regidor de su cabildo. La hospitalidad de la familia Riquelme es legendaria. El 

hogar esta situado de la plaza de lo que hoy es Chillán Viejo. 

La ciudad de Chillán –nos dice Orrego Vicuña–, “sumida más que otra en 

el sopor patriarcal de los siglos de la dominación española, villa de hidalgos, 

provincianos y de campesinos acomodados”, tierra de don Francisco Núñez de 

Pineda y Bascuñan, uno de los escritores más preclaros de la época colonial, 

“Dio a luz al hombre que había de establecer los fundamentos de una de las 

nacionalidades más fuertes y de mayor contenido en el conglomerado latino de 

América”. 

¿Cómo desentrañar en el tiempo la vieja casona de estilo pueblerino, de altos 

muros, inmersa en la atmosfera, húmeda de eucaliptus y nogales? 

¿Cómo no detenernos –entre asombrados y cautelosos– ante el maravilloso 

deslumbramiento de una vida? 

Don Simón Riquelme era viudo, casado en segundas nupcias, y su primera 

mujer habíale dejado dos hijas, Lucía y María Isabel. 

El huésped es recibido con amabilidad. En estas circunstancias, el austero 

militar se siente atraído por la lozana juventud de María Isabel. Ella tiene 

veinte años, es suave, dulce, afable. Más aún, es hermosa y responde a los 

requerimientos del coronel que le ofrece matrimonio. 

¿Hubo debilidad en ella? Es probable que no. Respondiendo, uniéndose a él, 

la joven cumplía su destino y sabido es que después del amor, todos los seres de 

la naturaleza son inocentes. 

Isabel surge así como la mujer fuerte del evangelio. 

¿Cuánto dura este romance entre el adusto militar de 57 años y la niña de 

mirar de cielo? Nadie lo sabe, pero en el candor de ella, la promesa de matrimonio 

termina gestándose palpitante en su entraña. En la brevedad de unos encuentros, 

María Isabel ha quedado encinta. Lejos de este acontecimiento, todo sigue 

igual; las tropas de dragones continuarán junto a su jefe, sorteando caminos y 

dificultades hacia los pueblos del sur. 

Cuando la joven no puede seguir ocultando su preñez, se aísla en el fundo “El 

Palpal”, en una propiedad de 400 cuadras a seis leguas de distancia que poseía 

la familia. Imaginamos verla temerosa, sintiéndose acorralada por la curiosidad 

maledicencia; después de todo, ella es Riquelme, un apellido de origen noble. 

Doña María Isabel, nacida en Chillan el 6 de marzo de 1758, a través de su 

padre don Simón, se entronca con el primer Riquelme conocido en la historia de 

Chile. Distintas fuentes históricas coinciden en señalar que el padre de Isabel, don 

Simón Riquelme y Goicochea, es el cuarto nieto del conquistador Riquelme de la 

Barrera. Había nacido en Chillán el 7 de noviembre de 1729. Del patrimonio de sus 

padres, dividido entre sus diez hermanos, le tocó recibir solamente cuatrocientas 

528


cuadras de tierra en Palpal, predio agrícola que deslindaba al sur con el de don 

Ignacio Puga y Córdova Figueroa, y al norte, con el de su hermano Apolinario. 

El 15 de junio de 1811, don Manuel y don Estanislao Riquelme, hijos de don 

Simón, vendieron las cuatrocientas cuadras de Palpal a don Manuel Puga, quien 

poseía mil cuadras colindantes. Los Riquelme de la Barrera tuvieron también una 

destacada actuación en la defensa de Chillán, hecho que se conoce a través de 

la epopeya del “Purén Indómito”. 

“Del enlace del capitán de caballería don Simón Riquelme y Goicochea y de 

la hija de don Fermín de Meza, alcalde de la ciudad, habían nacido –como se ha 

señalado– dos hijas, Lucía y María Isabel. La madre murió al nacer la segunda. El 

padre casó por segunda vez después de doce años de viudez”. 

Y es esta Riquelme quien ahora mancha un apellido ilustre. La sociedad es 

severa, acusa, no comprende. Un día, el niño nace. Es el 20 de agosto de 1778. 

Un niño tal vez no deseado y al que llaman Bernardo por ser el nombre del día. 

... Es de noche. Por los portalones de las viejas casonas, la servidumbre aviva 

el fuego de los braseros. En los claustros, el leve susurro de los rezos -acentúa 

la alta serenidad monacal imperante. Por los vastos corredores de los conventos, 

los jazmines comunican su blancura a los muros de ladrillos. El frío arrecia sobre 

las estancias desoladas. Lejos, rompe la noche el galopar de los dragones de la 

Frontera. 

En el interior del fundo “El Palpal”, Isabel ha dejado de ser la niña temerosa 

para transformarse en la joven madre que ensaya las primeras ternuras para el 

hijo, las primeras canciones de cuna. Más, ¿cómo fortalecerá su espíritu cuando 

la criatura le sea arrebatada de manera inminente y dolorosa? ¿Esperaba Isabel 

que aquella promesa de matrimonio llegaría a cumplirse? No, el austero militar 

no podía cumplir su compromiso sin torcer su futuro. “Las leyes de la corona no 

sólo prohibían, sino castigaban a los empleados que se casasen o reconociesen 

hijos en los lugares donde ejercían alguna autoridad”. “Más tarde –nos señala el 

historiador don Luis Valencia Avaria– confesó don Ambrosio a un amigo íntimo 

que “nunca hubo hijo natural en mejor término, dándole a entender que había 

dado a la madre palabra de casamiento y que sentía el agravio hecho a una 

señorita de tanto mérito”. Igual afirmación hizo el hijo después: “La estimaba 

con tan honesta afición que la solicitó para su esposa, pidiéndola a sus padres 

y prometiéndola bajo su palabra de honor que sin pérdida de tiempo imploraría 

del rey nuestro señor la debida licencia para casarse, con respecto a ser ambos 

iguales y sin impedimento alguno para realizarlo; pero seducida de la indeficiencia 

que conceptuó de la energía de tan repetidas promesas, aceptó el contrato 

esponsalicio a buena fe y fui yo el efecto de su imaginado matrimonio”. 

El año 1778 es un año importante en la conciencia no sólo chilena, sino también 

americana. Valencia Avaria nos señala que este mismo año vio nacer también a 

Juan José Carrera, Juan Martín de Pueyrredón y José de San Martín; menos que 

ellos fueron, José Miguel Carrera, Manuel Rodríguez, Cochrane, Bolívar. “Todos 

estos hombres –nos dice el historiador– amaron la libertad y lucharon y sufrieron 

por ella. Encadenado al dolor de su cuna, Bernardo O’Higgins la amó con otro 

529


ritmo y sufrió más. No conoció a su padre y por muchos años vivió lejos de su 

madre”. 

Enterado don Ambrosio del nacimiento de su hijo, encomendó a Domingo 

Tirapegui –hombre de su confianza– que ubicara al niño en Chillán y “con mucho 

sigilo” lo llevase a Talca. Tirapegui, acompañado del sargento Francisco Salazar 

y del cabo Quintero, cumplió en tres días su cometido. “Recién nacido, Bernardo 

llegó a casa de mis padres”, afirma Casimiro Albano. Allí será tratado con afecto, 

“con cierta ceremonia, pero siempre en el secreto de un afán de silencios y 

sigilos”. 

Un nuevo alcance del historiador nos permite aseverar que fue preocupación 

de don Ambrosio determinar de tal manera los hechos, “de modo que en cualquier 

tiempo pueda constar ser su hijo”, sin que se olvide uno solo de sus títulos, y se 

cubre con profundo respeto la honra de la madre. 

Los diferentes estudios que los especialistas realizan en nuestra historia 

incorporan nuevas claridades, despejan dudas, precisan juicios que son 

importantes considerar. A través de la amplia bibliografía existente, se aseguraba 

que “el niño Bernardo había sido retirado del lado de su madre a los cuatro años 

de edad para ser llevado, por orden de don Ambrosio, desde Chillán a Talca, a 

casa del comerciante portugués don Juan Albano Pereira, amigo del entonces 

Gobernador O’Higgins.” Pero es el historiador Valencia Avaria quien nos aclara que 

el recién nacido fue separado de su madre a los pocos días de su nacimiento. 

“Al cabo de más de cuatro años, el 23 de enero de 1783, don Pedro Pablo de la 

Carrera, cura vicario, puso óleo y crisma al infante, bajo de condición, e inscribió 

la partida a fojas 24 del libro V de bautismos de la parroquia de San Agustín de 

Talca. El acta tiene por sumario estas palabras: Bernardo O’Higgins, español”. 

Mientras el niño crece en el hogar de Albano, es necesario detenerse en doña 

Isabel, la joven madre a quien se le negó la posibilidad del esposo y la tierna 

presencia del hijo. 

En soledad el niño, ella vivió también su propio dolor en un mundo soterrado, 

acumulado noblemente en el subconsciente, un mundo de caricias ocultas que de 

alguna manera fue anidándose en su corazón. 

La historia vacila cuando pretendemos encontrar la niñez del prócer, ese 

caleidoscopio de luz e inocencia tan determinante en todo ser humano. 

Surgen dudas y nos abruman las interrogantes. 

¿Fue niño Bernardo? ¿Dónde quedaron sus primeras y menudas alegrías? 

¿Corrió tras las mariposas azules? ¿Se produjo en algún momento –estando 

separados– una comunicación espiritual entre la madre y el hijo? 

Para encontrar una respuesta quizás sea válido acercarnos a la gran poesía 

mistraliana. En su obra póstuma, “Poema de Chile”, hay un, texto, Chillán; en él, 

Gabriela nos habla de Bernardo y de su madre. 

Ella lo ve muchacho jugando por los campos. La madre lo mira, lo llama 

mientras el niño encumbra volantines. Sus versos dicen: 

530

“Encumbraría el Bernardo 

cometas pintarrajeados 

mestizo de ojos de lino, 

hombros altos, cejas bravas”. 


En un interesante artículo, “O’Higgins en las Letras Nacionales”, escrito por el 

profesor don Hugo Montes, al analizar este poema expresa: “La madre lo observa 

a la distancia y lo vocea con voces que lleva el viento. Para ella el respeto –es 

doña– que se regateó al joven. Este no escucha, porque con la oreja en la 

tierra presta oído a otras palabras y porque mira, como desvariado, hacia otros 

horizontes. Nada dice el poema de estas palabras ni de estos horizontes, pero 

nosotros que estamos en el secreto –nos dice el profesor Montes– no requerimos 

de explicaciones. En poquísimos versos, la sabiduría mistraliana supo contrastar 

la advertencia maternal –sincera, afectuoso, pero limitada– con la decisión del 

futuro héroe de ocuparse en lo que el destino le deparaba”. El notable comentario 

termina diciéndonos: “Es un eco nacional del relato bíblico del Niño perdido y 

hallado en el templo. Resuena en los siguientes versos de Gabriela la respuesta 

de Jesús a su madre: ¿Por qué me buscabais? ¿No sabíais que debo ocuparme 

en las cosas de mi Padre?: 

“Voces de doña Isabel 

venían en la venteada. 

Pero tirado en maíces 

el mozo oía otras hablas 

la oreja puesta en la tierra 

y la vista desvariada”. 

Mientras don Ambrosio O’Higgins vigila –desde lejos y siempre en secreto– 

el futuro de su hijo, doña Isabel contrae matrimonio en 1780 con el agrimensor 

general don Félix Rodríguez y Rojas, hombre mayor, viudo y de quien tuvo una 

hija, Rosa, quien, “por amor o por orgullo”, adoptó el apellido de su hermano. 

Poco habría de durar este matrimonio: don Félix Rodríguez falleció en noviembre 

de 1782. Tiempo después, en el año 1790, doña Isabel tuvo otra hija, Nieves Puga 

y Riquelme, de un vecino suyo en Palpal, don Manuel Puga y Figueroa. Doña 

Nieves contrajo matrimonio en 1808 con un irlandés, don Juan Agustín Borne y 

Anderson. Mayores antecedentes nos proporciona don Luis Valencia Avaria en 

su libro “Bernardo O’Higgins, el Buen Genio de América”; él expresa: “La huella 

de doña Nieves es muy pequeña. Murió Borne en un asalto a Talcahuano por 

las hordas de Benavides y la viuda obtuvo se le concediera parte en las presas 

de corsarios por el solo mérito de haber actuado su marido en la captura de la 

fragata Reina María Isabel, en 1818”. “Fue también una de las damas –nos dice el 

historiador– que cosió camisas para el ejército en los días nerviosos entre Cancha 

Rayada y Maipú. Más tarde, en la época de Montalván, volverá otra vez la vista 

a su hermano pidiéndole ayuda para su hijo, José Borne y Puga, quien vivió en 

Cañete, Perú, al amparo de su tío”. 

Nadie ignora que el nacimiento del prócer, “pese a la limpia sangre de sus 

progenitores”, fue seguido de una infancia triste, incierta, sin parientes. 

531


En casa de Albano Pereira, el niño Bernardo encontró un hogar, atenciones 

y afectos fraternos. En su cargo de brigadier y gobernador intendente de la 

provincia, don Ambrosio protege, cuida y educa a su hijo, todo, desde su 

personalísima y austera manera de ser, sin aspaviento, cauteloso, discreto, casi a 

hurtadillas. Algunos historiadores han señalado que en cierta oportunidad visitó al 

niño en Talca, sin embargo, posteriores estudios que se han realizado al respecto 

permiten “asegurar que tal entrevista no se cumplió”. 

Decidido a darle una esmerada educación, pero atento de cuidar el secreto 

que rodea a su hijo, resuelve enviarlo a Chillán. Allí vivía su madre, ahora viuda. 

Lo internan en un colegio franciscano; dirige su educación el padre fray Francisco 

Javier Ramírez, junto a los maestros fray Blas Alonso y fray Gil Calvo. 

Taciturno, reservado, sensitivo, el niño no permanece mucho tiempo en Chillán. 

Antes de dos años debe dejar la ciudad. Es ya un adolescente. Nuevamente, y 

por orden de su padre, abandona afectos y estudios. Se lo llevan de nuevo. Esta 

vez a Concepción. Un buque zarpará más tarde rumbo a Lima. Es necesario ir 

aprendiendo esa extraña manera de vivir en soledad. Cumplía entonces trece 

años. Poco comprende lo que sucede, pero debe obedecer. 

Su padre, instalado en Santiago en el palacio de Gobierno, va logrando nuevos 

y meritorios ascensos. Ha confiado a Tomás Delphin el cargo de apoderado de su 

hijo. Para todos los efectos debe llamarse Bernardo Riquelme. De su verdadero 

apellido quedaba seguro testimonio en la partida de bautismo. 

En aquella época para lograr una buena educación había un solo camino, 

Lima, y hacia Lima se orientaron las nuevas instrucciones de don Ambrosio. Allí, 

junto a Juan Ignacio Blaque, hijo de padres irlandeses y poderoso comerciante 

del Virreynato y a quien don Ambrosio encargó la atención y el cuidado de su 

hijo. 

Los estudios primarios los cursará en el colegio del Príncipe. Finalizados 

éstos, ingresa al Convictorio Carolino, de no fácil acceso. Los estudiantes debían 

acreditar “la limpieza de sangre, buena crianza y costumbres y legitimidad de 

nacimiento”. Su ingreso es evidente y así lo certifican dos de los ex alumnos del 

colegio, don José María Tellería y el cuarto marqués de Torre Tagle, don José 

Bernardo de Tagle. El joven permaneció no más de tres o cuatro años de los 11 

que exigían los estudios. Bernardo tenía entonces 17 años. 

Pronto su padre decide enviarlo a Europa por el Cabo de Hornos, en un navío 

que hacía la ruta de Callao a Cádiz, confiado esta vez a don Nicolás de la Cruz. 

Estamos en 1795. Un año después don Ambrosio O’Higgins sería elevado a 

Virrey del Perú, el puesto más alto de la monarquía española en “las Indias”. 

INGLATERRA, UN ROMANCE 

Y SU ENCUENTRO CON FRANCISCO DE MIRANDA 

Cádiz ha sido llamada la ciudad de nácar, diáfana, donde “despuntan sus 

balcones con cristales y claras muselinas”. Cádiz, la que fuera atacada por árabes 

y normandos antes de elevarse hacia la costa cantábrica, va a recibir al joven 

Bernardo, que llega con las pupilas llenas de asombro y su espíritu inflamado 

532


de ilusiones. Pero su estancia en Cádiz es breve. Fiel a las indicaciones de 

don Ambrosio, don Nicolás de la Cruz debe procurarle los medios para seguir a 

Londres. Se establece en Richmond, hermoso pueblecito de plazas y arboledas 

a tres horas de Londres. Allí vive en casa de Mr. Eels junto a otros estudiantes, 

franceses, alemanes y americanos. 

Se ha dicho que la vida del joven en Londres fue una permanente aventura. 

Su inexperiencia y más de alguna arbitrariedad de don Nicolás le hicieron caer en 

manos de dos comerciantes relojeros, Spencer y Perkins, quienes, privándose de 

toda atención, terminaron robándole. Fueron éstos los individuos que lo instalaron 

en Richmond. 

El joven Bernardo demuestra un creciente interés por leer todo cuanto le hable 

de su lejana tierra. Le acompañan, para sosiego de su espíritu, “La Araucana” de 

Ercilla y la “Historia Civil de Chile” del Abate Molina. 

Si nos detenemos a valorar estas obras, especialmente la del Abate Molina, 

no es de extrañar lo mucho que el prócer llegó a saber de su tierra y de sus 

gentes. En el libro del ex jesuita vemos que la pasión de la libertad es un motivo 

constante. Admira en los indios de Chile su valor que nace de la libertad. Si al 

padre Molina, “con perfecta ponderación y justicia se le han dado los méritos 

de precursor del constitucionalismo y de la independencia de Chile”, ¿cómo no 

pensar que esta lectura dejara en el alma del joven los primeros gozos hacia una 

patria venidera? 2 

En una Academia de Richmond realizó estudios de francés, geografía, historia 

y música. Aprendió también pintura y esgrima. Una buena educación que no 

olvidó. El dirá más tarde: “Debo a la liberalidad del mejor de los padres una buena 

educación, principios morales sólidos y la convicción de la importancia primordial 

que tienen el trabajo y la honradez en el mérito del hombre”. 

En medio de una juventud alegre, despreocupada que lo rodea, Bernardo no 

oculta su orgullo melancólico. Es entonces cuando nace la primera ilusión. Ella se 

llama Carlota Eels, es casi como un sueño, frágil, hermosa. Es la hija del dueño de 

casa. ¿Existió un romance? Es posible. La historia nos dice que el joven escribió 

a la niña y que esto produjo inquietud y sorpresa en el padre. ¿Qué más? No lo 

sabemos. Acaso el roce de unas manos o la levedad de un beso, pero este primer 

ensueño dejará en su espíritu hondas e imperecederas nostalgias. El no la olvidó 

y muchos años después, el general O’Brien, su compañero y amigo le escribe 

desde Bristol: 

“Os envío, le decía el general O’Brien en carta de marzo 26 de 1823, el retrato 

de Miss Carlota Eels, vuestra antigua bienamada. 

“Mr. Eels, le escribe a O’Higgins, hace tiempo que murió en la isla de Madera. 

Su esposa vive ahora en Londres. Está Muy anciana, pero lo recuerda a Ud. muy 

bien. Miss Carlota murió también, muy luego después que Ud. dejó este país. No 

se casó nunca y su madre dice que su último deseo fue que la recordaran a Ud. 

La sepultaron en Richmond Hill”. Es probable que esta correspondencia obedecía 

a una misión encargada por O’Higgins al general O’Brien y que era la de visitar a 

2 Walter Hanisch - “Juan Ignacio Molina”, sabio de su tiempo. 

533


la familia Eels. Junto a la carta mencionada, O’Higgins recibió una de la madre. 

“El general O’Brien ha estado a visitarme y aquí he recordado el tiempo que 

estuvo Ud. bajo mi techo. Mi muy respetado esposo falleció en 1810. Su muerte 

afectó profundamente a Carlota y le causó una fiebre que a los pocos meses, en 

octubre, la llevó también al sepulcro. Siempre rechazó todos los ofrecimientos de 

matrimonio, murió soltera en esta ciudad de Londres y hasta el último momento 

conservó gran afecto por Ud”. 

Sutil, breve e imperecedero fue este primer amor del prócer; la imagen de la 

adolescente de ojos celestes quedará en el recuerdo y “ni el tiempo ni la gloria 

pudieron olvidar. Se sabe que O’Higgins, durante los años de su destierro en 

Montalván, guardaba el retrato de la niña. El tiempo implacable lo perdió o 

destruyó años después”. 

Inglaterra dejará profundas repercusiones en el espíritu del joven, Londres le 

entrega también una presencia que lo deslumbra. Es un personaje mítico, casi 

de leyenda. Grande y nobilísimo señor, él le enseñará, a golpes de relámpagos, 

una sola palabra: Libertad. Es venezolano. Sus ojos han mirado y auscultado la 

vieja Europa y sus conflictos. Se llama Francisco de Miranda. El joven Bernardo 

se siente atraído por esta personalidad fuerte y vigorosa. Al oírle, piensa en su 

tierra distante, la que a través de la lectura del Abate Molina le ha entregado el 

conocimiento de su gente y de sus paisajes más puros. 

La palabra encendida de Francisco de Miranda transfigura su juventud. Tal 

vez, él puede ser un camino; un camino para esa patria venidera. Ahora el joven 

empieza a comprender que “la libertad en el amor y la unidad enriquece a los 

pueblos más que el trigo, la carne y el metal”. “Que la libertad, primeramente, 

no está hecha de privilegios, sino de deberes y que ese deber hay que crearlo 

con una fuerza nueva que sea útil al hombre y a la justicia”. Las enseñanzas, 

los consejos de Miranda dejan en su espíritu una viva esperanza y una ardiente 

visión de patria. 

Pero Londres quiere también aniquilar sus fuerzas. Sus tutores le reprochan 

injustamente injuriándole. Le niegan el dinero. Sufre humillaciones. Las cartas 

que le ha enviado a su padre no tienen respuesta. Como carece de medios 

económicos, se ve obligado a dejar sus estudios y la pensión donde habita. Entre 

agravios, renuncias y sin dinero para proseguir sus estudios, le informan que su 

padre tiene ahora el título de marqués de Osorno y que lo han designado Virrey 

del Perú. Su espíritu es noble y generoso. A través de una nutrida correspondencia 

le manifiesta su profundo amor y respeto. Su padre es un gran señor, pero él está 

solo, desesperado e inexplicablemente solo. 

Los desaciertos de sus tutores lo ponen al límite de la angustia y del quebranto. 

Vuelve a Cádiz. Don Nicolás de la Cruz se muestra indiferente, frío. Mientras en 

su espíritu alumbra la palabra libertad, la pobreza amenaza destruirlo. Vuelve 

a escribir, también a su madre. La adversidad parece disminuir sus fuerzas. 

Humildemente, y por primera vez, al escribirle a su progenitor, le dice: “Amantísimo 

padre de mi alma y mi mayor favorecedor, espero que vuestra excelencia excuse 

este término de que me sirvo en forma tan libre, que me es dudoso si debo o 

no hacer uso de el... Aunque he escrito a v. e. en diferentes ocasiones, jamás la 

fortuna me ha favorecido con una respuesta. No piense que me quejo, porque 

534


en primer lugar sería en mí tomarme demasiada libertad sin derecho alguno, 

y, en segundo, sé que v. e. ha dado hasta aquí todos los requisitos para mi 

educación”. 

“A los veintiún años y a semejanza de su padre, Bernardo O’Higgins no era de 

figura esbelta, pero sí de formas proporcionadas. Cubría su cabeza una espesa 

cabellera castaña, un tanto rizada y peinada en desorden, a la moda. Los ojos no 

eran pequeños ni grandes pero de hermoso color azul.” Se dice que el conjunto 

de su rostro era simpático, retratado en él su ancestro irlandés. 

Por órdenes de don Nicolás, regresa a Cádiz, pero su situación sigue inestable, 

apremiante. Allí logra algunas amistades recomendadas por Miranda. La idea de 

libertad se agiganta en su pecho; es ya una fuerza, una estrella, un camino. Un 

día don Nicolás le avisa que puede viajar a Chile. O’Higgins se embarca en el 

buque “Confianza”. Junto a su magro equipaje, lleva dos pinturas que él ha hecho 

para su madre. “Dejó en Cádiz, para que más tarde le fuera embarcado por la 

ruta del Cabo de Hornos, un piano fuerte inglés que quería traer a su madre”. A 

ella le escribe: “Le pido me encomiende a Dios, como yo la encomiendo a Ud. en 

todas mis oraciones. Pues ahora le pido, señora mía, por aquel amor de madre 

debido a su hijo, por mis trabajos, por mi amor y, en fin, por el padre que me 

dio vida, que no me deje de escribir Ud. a Buenos Aires”. El infortunio le sigue 

acompañando. Al cuarto día de navegación, son atacados por enemigos. Vuelve 

a Cádiz a casa de don Nicolás sin antes haber sufrido hambre, calor y cansancio. 

Una oscura congoja le obliga a escribir nuevamente a su padre; en sus palabras 

hay amargura, dolor. “Me he privado últimamente de salir de mi cuarto, por falta 

de recursos para la decencia de un hombre de vergüenza. No he molestado a 

nadie”. En otra carta su desazón es manifiesta: “Envidia me da ver a todos mis 

paisanos recibir cartas de sus padres. Mas yo, ¡pobre infeliz!... de nadie”. 

A sus quebrantos, miseria y privaciones, se suma la peste. La fiebre amarilla 

estremece Andalucía, ensombrece Cádiz; el joven no escapa a ella y si ha luchado 

contra el abandono y la pobreza, lucha ahora contra la muerte. Su cuerpo se 

deteriora, el fin parece inminente. Pero es tal vez la luz de su espíritu la que 

logra finalmente vencer después de una larga postración. En Cádiz encontró 

correspondencia de su madre, quien le anunciaba la muerte de su abuelo, don 

Simón Riquelme y que ella y sus hijas se hallaban en precaria situación”. Sin 

embargo, le enviaba algún dinero, el que no llegó a su poder. El joven decidió 

entonces vender el piano fuerte que, había pensado llevar a Chile. 

Sus últimas cartas escritas a su progenitor, “en las que vació tanto dolor y 

amargura, no llegaron a su destino”. Don Ambrosio O’Higgins, barón de Vallenar, 

marqués de Osorno y Virrey del Perú, fallecía en Lima antes de recibirlas, el 18 de 

marzo de 1801. Su padre le ha dejado la gran hacienda Las Canteras existente 

en la provincia de la Concepción de Chile, “con tres mil cabezas de ganado de 

todas edades, para que la haya y tenga, en virtud de esta disposición, como suya 

propia, encargándole procure conservarla y perpetuarla en su familia”. 

535


EL RETORNO, REENCUENTRO CON SU MADRE Y HERMANA 

Volver a América, volver a su tierra, significó para el joven Bernardo un nuevo 

horizonte de realidades insospechadas. Tiene 24 años; es heredero de una 

gran fortuna, trae consigo todo aquello que le otorga dignidad y valía: cultura, 

conocimientos, experiencias. Y un deseo ardiente, ver y abrazar a su madre y 

hermana. 

“Debió la madre no hartarse de contemplarlo y él de sentirse hijo después 

de orfandad tan prolongada y de creerse niño junto al seno materno”, nos dice 

Eugenio Orrego Vicuña en su libro “O’Higgins”. 

La figura de doña Isabel se alza magnífica junto a la vida de su hijo. 

Su amor, hasta entonces callado, hurtado por las circunstancias de la época, 

se agiganta ante la presencia del hijo tantas veces soñada. Su cariño se torna 

avasallador, admirable. Su grandeza será el reflejo de la grandeza de su hijo. El 

tiene para ofrecerle su fidelísima ternura, su protección y amparo. Esta devoción 

y respeto por su madre lo hizo decir con limpia entereza: “Yo puedo asegurar que 

desde que tuve uso de razón mi alma reconoció una filosofía más alta, que me hizo 

mirar mi nacimiento no como un acto relativo a mi propio ser, sino perteneciente a 

mi soberano Creador, a la gran familia del género humano y a la libertad de Chile, 

mi tierra natal”. 

En Chillán encontró a su madre, viuda de don Félix Rodríguez y a su hermana 

Rosa. Con ellas va a recuperar lo que siempre se le había negado: un hogar, una 

familia. En la calidez de estos afectos y con una seguridad y bienestar, dedica su 

tiempo a las labores de la hacienda. Tiempo de bonanza para el joven taciturno 

y sereno. Se convierte en un avezado y entusiasta agricultor. “Me considero 

más apto para cultivar el suelo y ésta es la tierra que yo preferiría”, había dicho. 

Empleó en su hacienda a algunos ingleses e introdujo en las faenas herramientas 

extranjeras. “Una fue el arado de hierro”. 

Atrás quedaban la soledad y el infortunio, Cádiz, Londres. También Richmond 

con la frescura de sus arboledas. Sólo guardaba en su corazón la palabra hecha 

fuego de don Francisco de Miranda, el gran visionario. En la evocación surge 

un rostro que ni la bruma de Londres ni los años lograrán borrar. Es el rostro 

de Carlota Eels, la niña que después muere recordándolo. Ambos afectos le 

son queridos e imperecederos. El primero le servirá para iniciar la gigantesca 

empresa que el destino le tiene reservada, el segundo para dulcificar su obstinada 

soledad. 

Pronto su nombre irá ascendiendo. Su fervor patriótico no se detiene. La patria 

empieza a gestarse. Alcalde en Chillán, en 1805; Miembro de su Cabildo, 1806. 

Subdelegado de Laja, 1810. El camino se ensancha… Es el comienzo. Nace el 

soldado, vendrá luego el estadista, el visionario y profeta, “que divisó certeramente 

objetivos dignos de preocupación nacional”. 

Hechos cumbres estremecen la Patria Vieja que ve germinar el nacimiento de 

la Patria Nueva. 

Junto a sucesos trascendentales que van señalándonos la figura y el genio de 

don Bernardo O’Higgins Riquelme, dos mujeres valerosas vivirán a su lado años 

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de gloria, de incertidumbres y de miserias. En las horas amargas nada importa, ni 

las privaciones, ni las duras pruebas a que son sometidos. El guerrero necesita 

ser amado y bendecido. Anhela el agua fresca para sus labios. Y ahí están ellas, 

altivas como dos matronas romanas en la justa medida del valor para la dimensión 

del héroe: María Isabel Riquelme y Rosa O’Higgins Riquelme. Su madre y su 

hermana. 

Doña María Isabel Riquelme puso al servicio de su hijo y de la patria, su orgullo, 

dignidad y entereza. Por amor al prócer superó con abnegación y sacrificio toda 

clase de adversidades. En su juventud, cuando fue injustamente humillada; más 

tarde, cuando junto a su hija fue llevada prisionera por los realistas. 

Despertó y nutrió en el alma de su hijo las primeras centellas del genio y las 

semillas de virtud, nobilísimas cualidades para soñar una patria grande y libre. 

Hombre ya, ella fue su mejor confidente; aliento y bálsamo cuando, a través de 

las grandes batallas, se avizoraban las cumbres más puras del heroísmo. 

El comportamiento de doña Isabel fue el de una mujer espartana. Se ha escrito 

que las madres de Esparta no preguntaban por la vida de sus hijos, sino por la 

victoria de su patria, y doña Isabel no sólo amaba a su hijo, amaba también a su 

patria. Es posible que don Bernardo tuviera conciencia del valor de su madre. A 

ella podía hablarle sin temor, ni debilidades. 

El distinguido historiador, don Luis Valencia Avaria, nos cuenta en uno de los 

episodios conocidos como “camino del Tejar”, que el mismo día, entre los asaltos, 

O’Higgins tomó pluma y papel y puso unas letras a su madre. Sabía que no era 

mujer de quebrantos. La carta del prócer a su madre dice: “Me hallo con el mando 

de las fuerzas unidas en la batería del restaurador, donde nos ha atacado el 

enemigo... El ataque de ayer fue furioso: duró por dos horas. Le matamos más 

de ochenta hombres, entre ellos sus mejores oficiales. También hemos perdido 

oficiales valentísimos y los seguimos hasta la misma plaza de Chillán”. Y agrega 

el historiador, “nunca dejó de escribirle entre combates. Pasados los años, cuando 

su entusiasmo y su fe le llevaron a la última campaña de la independencia de 

América, no fue entonces tan rudo: su madre estaba casi ciega”. 

Doña Isabel Riquelme fue en su juventud una mujer de belleza delicada, de 

gran señorío y distinción, cualidades que conservó hasta la vejez. Cuando su hijo 

fue Director Supremo, supo hacer gala de este señorío en las celebradas tertulias 

de la época. En su diario “Residencia en Chile”, la escritora inglesa María Graham 

escribía: “Entramos al palacio con menos alboroto y ceremonias que en cualquier 

casa particular. La madre del Director, doña Isabel, y su hermana doña Rosa nos 

recibieron, no sólo cortésmente, sino con exquisita amabilidad”. Al referirse a 

doña Rosa y a las indiecitas que ella cuidaba, señala: “He quedado encantada del 

modo tan noble y humano con que les hablaba. En cuanto a doña Isabel, parece 

vivir de la fama y grandeza de su hijo, lo contempla con miradas que revelan el 

más tierno amor maternal y escucha con singular satisfacción los cumplidos que 

le dirigen. Doña Isabel –expresa María Graham– representa mucho menos edad 

de la que tiene, y, aunque baja de estatura, es muy hermosa. En doña Rosa se 

reproducen en mayor escala los caracteres físicos del Director”. 

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“Después del desastre de Rancagua, el mismo día tres de octubre –nos 

cuenta un historiador– O’Higgins llegó a Santiago desde Rancagua y envió 

apresuradamente a su madre y hermana a la villa de Los Andes, haciéndolas 

acompañar por su ayudante Venancio Escanilla y la esposa y los niños de éste”. 

Acongojada por la derrota, doña Isabel supo demostrar en todo momento una 

gran entereza. “Ocupado en los preparativos de una marcha que hacía muy 

penosa la obstrucción de la nieve –nos cuenta don Benjamín Vicuña Mackenna– 

se detuvo don Bernardo en Santa Rosa. El 12 de octubre de 1813 llegaron a la 

cumbre, ocupando al anochecer la casucha de “Las Cuevas”, la primera que se 

encuentra en la falda opuesta (le los Andes y que había construido don Ambrosio 

O’Higgins”. 

En Buenos Aires, don Bernardo se procuró “una casita en los suburbios para 

él, su madre y hermana”. La falta de recursos los obligó a llevar una vida más 

restringida. Don Benjamín Vicuña Mackenna y otros historiadores han señalado 

que doña Isabel y su hija Rosa se dedicaron en ese tiempo a la “industria de 

cigarreras” y con algún éxito, mientras el gran patriota se dedicaba a organizar el 

ejército de los Andes. Es el año 1814 y la batalla de Chacabuco tendrá lugar en 

1817. 

Un nuevo cruce de los Andes esperaba a doña Isabel y su hija, sólo que esta 

vez sería el regreso triunfal a su patria. Desde 1817, victoria de la batalla de 

Chacabuco, pasa a ocupar junto a su hijo el antiguo palacio de los Gobernadores 

Presidentes del Reino de Chile, hoy edificio del Correo Central, frente a la plaza 

de armas de Santiago. 

No se puede hablar de doña Rosa O’Higgins o Rodríguez sin unirla 

estrechamente a su madre y a su excelso hermano. La historia los ha unido en la 

más alta fidelidad de amor familiar. 

Hija de doña Isabel Riquelme y de don Félix Rodríguez, Rosa nació en Chillán 

el 30 de agosto de 1781. Ella fue para el prócer “el fiel testimonio de protección”, 

a la vez que un afecto profundo, cálido y tierno. 

Doña Rosa fue una mujer de extraordinario temple que amó a su hermano 

con una gran devoción. Más de algún historiador ha llegado a compararla con 

doña Javiera Carrera, “por la similitud del amor que una y otra sintieron por quien 

el destino señalara con rango y obra elevada”. Se dice que en lo físico era una 

mujer no muy agraciada, pero había en ella una cuidadosa elegancia y distinción 

que hacía muy agradable su trato. Don Eugenio Orrego Vicuña, al referirse a ella 

en su libro “O’Higgins”, nos cuenta: “católica severísima, poseía una inteligencia 

despejada muy superior a la común de su sexo; tenía el don hermoso de la 

caridad”. Doña Rosa no se casó, acompañó cuarenta años a su madre y sobrevivió 

a su hermano demostrándole siempre, valor, constancia y ternura. 

A través de la bibliografía existente en torno al prócer, llama la atención la 

presencia de unos niños que a menudo estaban cerca de don Bernardo en su 

residencia. Al respecto y, refiriéndose a doña Isabel, Valencia Avaria expresa: 

“Por esta época fallecieron un pariente suyo, Nicolás Riquelme, y su mujer, 

Juana Letelier, que vivían en Santiago y dejaron huérfana a una niña de siete 

años llamada Petronila, que equivocadamente se ha supuesto habría sido hija 

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de O’Higgins, acaso por el afecto que le demostró. Petronila Riquelme y, más 

adelante Demetrio y una indiecita pehuenche también huérfana, de nombre 

Patricia, fueron los niños que corretearon en las dependencias de la residencia 

directorial al amparo de doña Isabel y su hija”. 

Casi todos los historiadores coinciden en señalar que la “intimidad afectiva 

del prócer radica principalmente en el cariño hacia su madre y hermana y a la 

devoción con que ellas le respondieron”. 

O’Higgins vivió en el palacio con el rango que se establecía a su alto puesto. 

En el ambiente familiar la vida transcurría apacible. Se dice que “la solicitud de 

O’Higgins por su madre y hermana se manifestó en 1818 por una comodidad y 

un lujo que les brindó, comprándole un coche para el uso personal de ambas”. 

En esa época, la llegada de un piano que don Bernardo había encargado “de su 

peculio a Europa”, fue el mayor atractivo para las gratas veladas musicales que 

reunía lo más selecto de la alta sociedad santiaguina. 

La vida social de la Patria Nueva tuvo en Rosa O’Higgins una cultora entusiasta 

e inteligente. Le atraían por igual la música y el teatro. En momentos de solaz 

intimidad, “gustaba también del bordado y confeccionaba prendas finísimas”. Don 

Bernardo, aunque tranquilo y austero, “no rehuía la compañía de las damas, sobre 

todo si eran bonitas, pero fue caballero y moral”. Manifestó grandes simpatías 

y un fino interés por doña Manuelita Warnes, la esposa de Joaquín Prieto; “la 

distinguía siempre y fue padrino de su hija”. 

Fugazmente se menciona también a Merceditas, hija de Tirapegui, agente 

comercial de don Bernardo. En su libro, don Luis Valencia Avaria nos cuenta: 

“convertido en un hacendado de situación expectable encontró en el hogar de 

Tirapegui, la solicitud de Merceditas “quien desea ver a Ud.”, según le insinuaba 

el padre casamentero. Al año siguiente todavía le insistía recordándosela con 

delicadeza”. Hay otra dama mencionada por Zañartu, a quien el prócer debió 

alguna distinción”, pero no existen mayores antecedentes. 

Junto a estos nombres que de manera fugaz tocan la vida íntima del Libertador, 

surge el de doña Rosario Puga y Vidaurre, quien presumiblemente nació el 6 de 

enero de 1796 en Concepción, ya que fue bautizada el día 12 de ese mes y año, 

con los nombres de María del Rosario Melchora, nombre este último que lleva 

tino de los reyes magos. “En mayo de 1817 llegó O’Higgins a Concepción. Al 

dirigirse a Talcahuano conoce a esta hermosa mujer. Hija de un viejo amigo de los 

Riquelme y su vecino en Palpal, el coronel Juan de Dios Puga, habíase casado 

muy joven con un acaudalado agricultor de Cauquenes, José María Soto Aguilar, 

y vivía en Concepción separada de su marido desde hacía tres años. 

Doña Rosario Puga y Vidaurre, de quien se dice tenía 21 años y una singular 

belleza, “acompañó a O’Higgins a Santiago, donde quedó instalada con su madre 

y hermanos en la casa secuestrada a José Santiago Irarrázaval, marqués de Pica”. 

Más adelante se trasladó a la propiedad del comerciante español José Nicolás 

de Chopitea. Es en esta casa donde doña Rosario dio a luz un niño, el que fue 

bautizado en la parroquia de San Isidro como hijo de padres desconocidos, hecho 

frecuente en la época y que recibió el nombre de Pedro Demetrio o Demetrio. 

“Doña Isabel –expresa don Jaime Eyzaguirre– no perdió de vista al inocente niño, 

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venido al mundo en circunstancias tan anormales como el suyo propio y pasó a 

ocupar un sitio en su corazón que sabía de debilidades humanas”. Se presume 

que a la edad de tres años, O’Higgins retiró al niño del hogar de su madre. Muy 

pequeño emprendió el viaje del destierro. Don Bernardo lo llevó consigo y desde 

entonces vivió habitualmente con él en su casa de Lima. Recibió una esmerada 

educación. “Pero tampoco fue ajeno a los convencionalismos de la época”. 

O’Higgins no lo sentaba a su mesa delante de extraños, contaba el general José 

María de la Cruz que lo visitó en Lima. 

De la pasión surgida entre doña Rosario Puga y don Bernardo O’Higgins es 

difícil precisar un conocimiento más profundo. Tiempo después fue revelada 

la correspondencia entre doña Rosario y su hijo Demetrio. “Son diez cartas de 

doña Rosario las que se conservan, desde 1847 a 1852. De don Pedro Demetrio 

O’Higgins y Puga a su madre se conservan sólo cinco, de entre los años 1847 a 

1850. Todas ellas de una gran atención y cariño para su madre”. 

El 3 de enero de 1858 falleció doña Rosario Melchora Puga y Vidaurre, en su 

casa de la calle Santo Domingo en Santiago de Chile. 

Luego de los dramáticos acontecimientos que llevaron a don Bernardo 

O’Higgins a la abdicación, tuvo un repentino propósito, viajar él solo a Europa; 

manifestó entonces a su madre que la dejaría para no someterla a privaciones. 

Pero su hermana le respondió dolida: “No, mi amado hermano. Nunca creeré 

que te separes abandonándonos en este país. Sábete que sería lo mismo 

que conducirnos al sepulcro. Nuestra madre, como yo, estamos resueltas a 

acompañarte en las adversidades y trabajos, y, si fuese posible, la vida misma 

sería sacrificada por tu existencia. Más careciendo de tí, también perecemos con 

el desconsuelo de tu vista”. 

En los aciagos días, nuevamente su hermana fortalecerá su espíritu: “Pero 

¡ah! mi amado hermano, decía doña Rosa en una de sus cartas, no será la Patria 

la ingrata. Ella compensará siempre tus sacrificios, y aquel Dios que desde su 

firmamento está mirando el corazón de los hombres, recompensará al que lleno 

de honor y de virtudes supo desempeñar el cargo que se le confió”. (Carta fechada 

el 2 de marzo de 1823). 

EL OSTRACISMO 

El 17 de julio de 1823 zarpó de Valparaíso la corbeta “Fly”, rumbo al Callao. 

Con don Bernardo O’Higgins Riquelme embarcaron su madre, su hermana, su hijo 

Demetrio, su sobrina Petronila Riquelme, la indiecita pehuenche Patricia y Juan 

José Soto, “el hijo de Victoriano con quien saliera de Los Ángeles para unirse a 

Carrera cuando llegaran Pareja y la primera invasión realista”. 

El albergue y refugio que el pueblo peruano otorgó al ilustre capitán general de 

los chilenos, le fue brindado con afecto, respeto y honor. Don Bernardo, su madre, 

hermana y demás familiares se instalaron en la hacienda de Montalván. Largo, 

sombrío y muchas veces nostálgico, fue el ostracismo del Libertador O’Higgins, 

pero en su soledad más íntima la presencia cálida y tierna de su madre y hermana, 

“animaron y hasta embellecieron los tiempos del destierro.” 

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El encuentro de don Bernardo con Bolívar y su deseo de seguir luchando por 

la causa de la libertad; su esforzada dedicación al trabajo de su hacienda de 

Montalván “que había recibido sin aperos y sin maquinarias, en circunstancias 

que no tenía capitales para su explotación”, son capítulos por demás conocidos. 

Deteniéndonos –como es nuestro propósito– en la parte afectiva y familiar de don 

Bernardo O’Higgins, el historiador Valencia Avaria nos entrega antecedentes de 

vivo interés: “En febrero de 1829 se presentó en la hacienda un joven sobrino 

suyo, José Borne y Puga con cartas que remecieron sus recuerdo. Una de Nieves 

Puga, su media hermana viuda y en difícil situación, le enviaba al joven, el mayor 

de sus tres hijos, para que le colocara en algún empleo. O’Higgins lo dejó en la 

hacienda como ayudante suyo”. 

Demetrio, el hijo de los amores del ex Director Supremo con Rosario Puga, 

terminó entonces sus estudios de gramática latina y retórica en el colegio del 

preceptor Antonio Pacheco, siendo presentado luego a la Universidad de San 

Marcos. Se dice que fue un alumno de condiciones superiores. A los 19 años 

había completado sus estudios; posteriormente don Bernardo lo llevó a Montalván, 

“para adiestrarle en las tareas de la hacienda”. En Lima se realiza el matrimonio 

(le Petronila Riquelme, la pariente de doña Isabel, con José Toribio Pequeño). 

El amor y la devoción de su madre y hermana parecen acrecentarse lejos de la 

patria. Doña Rosa, su hermana, se hace cargo de la administración de la hacienda 

cuando las circunstancias así lo requerían. 

Los últimos días de 1838 habían sido ingratos para el prócer. La situación 

económica era conflictiva y su madre estaba postrada seriamente enferma. 

“Fueron días de honda congoja para sus hijos”. 

Doña Isabel, la muy amada madre, fallecía en Lima el 21 de abril de 1839. 

“Soldados chilenos –nos dice don Benjamín Vicuña Mackenna– cargaron el féretro 

de la que había llevado en su seno al primer soldado chileno que recordaran las 

edades. El general Bulnes y su brillante estado mayor presidieron las exequias 

de la madre del ilustre proscrito, cuya pompa hizo recordar las que en pasados 

años se habían celebrado en aquella corte a la muerte de las altivas virreinas 

españolas”. 

“He tenido la cabeza distraída y hasta perdida la memoria con lo que ha 

pasado”, confesaba don Bernardo pasados diez días. 

La soledad del ilustre patriota sólo encontró alivio en la ternura, fidelidad y 

devoción de su hermana. Ante tanto dolor, nuevamente volvió los ojos hacia 

su patria. Ya no tenía más que un solo anhelo, un profundo y doloroso anhelo: 

regresar a su tierra. 

A fines de 1839 se dirigió a Montalván, permaneciendo allí todo el año 1840. 

En enero de 1841 y sintiéndose bruscamente mal mientras cabalgaba, decide 

viajar a Lima, quedando su hermana Rosa en la hacienda. 

Una gran angustia se apoderó de doña Rosa al conocer el diagnóstico médico: 

“el corazón me lo avisaba –le escribía el 6 de febrero de 1841 desde Cerro 

Azul– desde que estoy aquí no se me ha apartado un punto el pensamiento de 

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tu enfermedad. Noches enteras he pasado sin dormir pensando en ella. Hoy he 

estado sobresaltada”. 

El 7 de marzo, don Bernardo le comunicaba que estaba mejor. Y ella respondía: 

“El gozo no me da lugar sino para dar gracias a Dios por la mejoría de tu salud. 

Se acerca el día de mi señor San José y si Dios me concede salud, ese día le 

ofreceré la comunión para que me conceda la gloria de verte bueno”. 

En el pensamiento del ilustre enfermo sigue alumbrando como una lámpara el 

ardiente deseo de volver a su patria. Pero estaba predestinado que el más puro 

de los sueños del Libertador no se cumpliría. 

El primer soldado de Chile, el patricio de la libertad muere en Lima el 24 de 

octubre de 1842. “Así falleció –decía doña Rosa en carta al general Prieto, el 14 

de noviembre de 1842– el hombre cuya memoria no sólo vivirá en Chile sino en 

toda América, sin poderse decir si era mejor su espíritu que su corazón, porque 

su espíritu y su corazón sólo vivían en el bien para el bien. Murió santamente, 

resignado a sufrir los males de su penosa enfermedad y espero que ya reposa en 

el seno paternal de Nuestro Señor Jesucristo, única verdad y vida eterna”. 

Doña Rosa, “junto con recibir la herencia de su querido hermano, recibió 

instrucciones secretas y reservadas para designar a su vez heredero”. 

Los últimos años de doña Rosa O’Higgins fueron de gran serenidad. Se 

dice que en aquella época, empezaron a circular las primeras cartas entre don 

Demetrio y su madre doña Rosario Puga”. 

El 17 de diciembre de 1850 muere en Lima doña Rosa, siendo enterrada 

cerca de su madre. Tiempo después y, por decreto cursado por el Ministerio de 

Relaciones Exteriores se repatriaron sus restos, los que llegaron a Chile el 18 

de agosto de 1947. Con grandes honores fueron sepultados en la Catedral de 

Santiago el 20 de agosto, aniversario del natalicio de don Bernardo O’Higgins, 

luego de permanecer casi un siglo lejos de la patria que tanto amaron. 

Hoy, cuando queremos evocar al héroe, es como si el pueblo mismo se 

empinara sobre la cordillera de los Andes para hacernos oír su voz, su voz de 

Libertad que se derramó por los caminos de Chile y América como un Caro de 

óleo. 

Don Bernardo O’Higgins Riquelme no sólo fue grande como Alejandro; no sólo 

fue Libertador como Washington y Bolívar en América. 

Tras su dimensión de soldado, de estadista, de visionario y profeta, hay algo 

más grande, más profundo, está el hombre; el hombre que heredó de su madre 

los más altos valores de amor, generosidad y perdón. Ella supo transmitir a su 

hijo toda esa bondad, esa actitud de paz, de concordia que él quiso proyectar en 

su país y que aún no hemos aprendido del todo. 

María Isabel Riquelme, Rosa Rodríguez u O’Higgins, Carlota Eels, Nieves 

Puga Riquelme, Rosario Puga Vidaurre... todas estas nobilísimas mujeres son 

históricas porque amaron al héroe. Ellas no hicieron más que engrandecer el 

maravilloso e irrepetible corazón del hombre. 

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BIBILIOGRAFÍA 

BENJAMIN VICUÑA MACKENNA.- “Vida de O’Higgins”. 

JAIME EYZAGUIRRE.- “O’Higgins”. 

LUIS VALENCIA AVARIA.- “Bernardo O’Higgins, el Buen Genio de América”. 

FERNANDO CAMPOS HARRIET.- “La Vida Heroica de O’Higgins”. 

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EL LIBERTADOR GENERAL BERNARDO O’HIGGINS 

A TRAVÉS DE LA HISTORIA 1 

Humberto Aguirre Doolan 

No puedo disimular mi inquietud al haber sido designado para cerrar el ciclo 

de conferencias que, con el auspicio de la Biblioteca del Congreso Nacional, se 

ha venido desarrollando en homenaje al Bicentenario del Natalicio del Libertador 

General Bernardo O’Higgins Riquelme. 

No puede negarse que esta tribuna, en el curso del presente mes, ha sido 

honrada con brillantes intervenciones de distinguidos y cultos historiadores, que 

fue acertada la solicitud encomendada por los acuciosos organizadores de estas 

veladas cívico-patrióticas. 

Sólo el afán de sumarme siempre a exaltar la memoria del Libertador O’Higgins 

ha hecho vencer mi preocupación para aceptar la grata misión de desarrollar 

el tema de “El Libertador Don Bernardo O’Higgins a través de la historia”. Esta 

historia, que es juez insobornable de los hombres públicos, y que, a través de 200 

años, ha elevado al Libertador O’Higgins al sitial que le corresponde en el ámbito 

nacional. 

Encontremos al Padre de la Patria un 12 de febrero de 1817, como triunfador 

de la Batalla de Chacabuco. 

Esta acción de armas fue comentada por él: “Este triunfo y cien más serán 

insuficientes si no dominamos el mar”. 

Pensamiento de estratega y de visionario geopolítico; en carta dirigida a D. 

Juan Egaña, dice: “Yo he sido acusado de temerario por haberme arrojado a atacar 

con 700 bayonetas más de tres tantos este número en los Altos de Chacabuco; 

pero los que hacen esa acusación son incapaces de juzgar el juramento que hice 

durante las 36 horas de combate en Rancagua; ellos no sabían los clamores y 

ruegos que diariamente ofrecía a los cielos desde aquel día aciago hasta el 12 de 

febrero de 1817; y ellos no eran sensibles de los abrasadores sentimientos en que 

me consumía, al oír los innumerables actos de injusticia y de crueldad perpetrados 

por mis oponentes contra mis más caros amigos y los más queridos de mi Patria. 

Si mis acusadores hubieran conocido estas cosas y experimentado mis tormentos, 

entonces, y no de otro modo, habrían comprendido mis sentimientos al ponerme 

a la cabeza de mi brava infantería. Usando las voces de los días del Roble y 

1 Esta colaboración del ex Senador Aguirre Doolan y la del ex Senador Izquierdo Araya se reproducen, con la 

autorización de la Biblioteca del Congreso Nacional de Chile. 

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de Rancagua, exclamé: Soldados, vivir con honor o morir con gloria El valiente 

siga mi marcha. Columnas a la carga. Entonces, y no de otro modo, podrían mis 

acusadores entender la causa porqué 700 infantes sostenidos por 300 caballos, 

vencieron, destruyeron y aprisionaron triple su número en menos de una hora...”. 

Dos días después de la memorable Batalla de Chacabuco los Generales San 

Martín y O’Higgins recibieron en la capital de Chile el homenaje de un pueblo 

que se congregó con grandes demostraciones de júbilo. Un espectador imparcial 

declaraba que estas manifestaciones no eran superiores a las que recibió el 

General español Osorio, después del término de la Patria Vieja. Son las veleidades 

de los pueblos. Más de dos siglos y medio de dominación española no podían ser 

borrados con sólo 4 años de “Chile independiente”. 

El 15 de febrero de 1817, un Bando hizo citar a los más caracterizados 

vecinos a un Cabildo Abierto para que nombrasen a las personas que debían 

representar a las provincias de Santiago, Concepción y Coquimbo. La reunión, 

presidida por don Francisco Ruiz Tagle, fue de opinión de nombrar al General en 

Jefe del Ejército Libertador de los Andes, don José de San Martín, para el cargo 

de Gobernador de Chile, no necesitándose nombrar electores de las provincias 

citadas. El acuerdo quedó escrito en el acta de aquella asamblea. 

En esta nueva reunión, en primer término, se dio para el cargo el nombre del 

General Bernardo O’Higgins, por sus relevantes servicios prestados a la Patria 

y su distinguida actuación en la reciente Batalla de Chacabuco. La Asamblea lo 

eligió por aclamación, quedando en el Acta lo siguiente: “Puesto en noticia del 

Sr. General en Jefe del Ejército de los Andes y del Sr. Brigadier don Bernardo 

O’Higgins la elección que antecede fue mucha partes del pueblo a traerle a la 

casa de su morada, quedándose otra multitud de los congregados en la casa 

particular. Habiendo entrado con el mayor aplauso, pidió al pueblo que se le 

recibiese el juramento de fidelidad acostumbrado, y en efecto S.E. lo prestó 

ante mi, el presente secretario y escribano del Pueblo Libre por Dios nuestro 

señor, sus santos evangelios y su palabra de honor bajo del cual prometió que 

usará bien y fielmente el cargo de Director Supremo interino del Pueblo Libre 

chileno, defendiéndolo y amparándolo en su libertad, y a la conclusión dijo: Así 

lo juro. Firman, José de San Martín –Bernardo O’Higgins Agustín Díaz, escribano 

secretario del Pueblo Libre”– Posesionado de su alto cargo, el Director Supremo 

de Chile propuso organizar el Ejército de Chile. 

Ya se sabe que la Reconquista española había terminado con todas las 

fuerzas militares del país; en consecuencia, O’Higgins procedía con gran sentido 

estratégico y nacionalista. 

O’Higgins, al organizar el Ejército nacional, evidenciaba un gran patriotismo, 

pues el Director Supremo de las Provincias Unidas del Plata había dispuesto que 

en Chile no se organizasen fuerzas superiores al Ejército de los Andes. 

El Prócer chileno no entendía de rivalidades, miraba su país y su libertad, 

deseaba por sobre todo un Ejército nacional que se uniera al de los Andes para 

juntos llevar adelante la libertad de América. 

Para realizar su acción, nombró Ministro de Guerra, con el grado de Teniente 

Coronel, al distinguido patriota don José Ignacio Zenteno, que había tenido 

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notable desempeño en el cargo de Secretario del General en Jefe del Ejército de 

los Andes. 

A un mes de su mandato, el 16 de marzo, firma el decreto que funda la 

Academia Militar, con secciones para Oficiales, Sargentos y Cabos. 

En el acto de fundación de la Academia Militar, O’Higgins escribió: “En esta 

Academia Militar está basado el porvenir del Ejército y sobre éste Ejército la 

grandeza de Chile”. “Para ser Oficial no se exigen más pruebas de nobleza que 

las verdaderas que forman la virtud, el mérito y el patriotismo”. 

La Academia Militar, con los años, cambió su nombre por Escuela Militar, 

agregando, desde 1947, en el gobierno del Presidente González Videla, el 

nombre de Bernardo O’Higgins, en homenaje justiciero a su creador. Además, en 

su recuerdo, los Generales de la república llevan en su uniforme de parada una 

réplica de la espada de O’Higgins. 

El Ejército de Chile tuvo una rápida evolución reincorporándose en él los 

antiguos Oficiales, Clases y soldados que vinieron en el Ejército de los Andes y los 

que no pudieron emigrar a Mendoza. El 11 de abril contaba con 1.700 soldados. A 

la cabeza de esta fuerza, O’Higgins marchó al sur en apoyo de la columna de Las 

Heras, iniciando las campañas de 1817. 

INICIACIÓN DEL PODER NAVAL 

La idea de formar un poder naval en Chile siempre la tuvo presente. Estando 

en Mendoza, en agosto de 1816, escribió a su amigo don Hipólito de Villegas, que 

fue después su Ministro de Hacienda, lo siguiente: 

“La expedición a Chile no admite ya duda, sólo conviene mover todos los 

resortes para asegurar su buen éxito. Cuatro buques bien armados son de primera 

necesidad, y que responderán seguramente a los gastos que se emprendan en 

ellos. Luego que el enemigo vea en movimiento el Ejército de los Andes ha de 

pensar poner en salvo los intereses, alhajas de Iglesias, los patriotas conocidos, 

todo, todo ha de marchar para Lima y, cuando estén desahuciados de toda clase 

de defensa, ellos mismos han de practicar su retirada. Por tanto, no pierda la 

ocasión de contribuir al armamento de los expresados buques”. 

Si a esta opinión agregamos sus palabras pronunciadas después de 

Chacabuco: “Este triunfo y cien más serán insuficientes si no dominamos el mar”, 

se comprenderá el firme concepto de estrategia marítima que tenía el Prócer. 

La captura del bergantín de comercio español “Águila” sirvió de base para 

construir el poderío marítimo de Chile. Ese mismo bergantín lo destinó, en 

su primera operación, para repatriar a los chilenos confinados en la Isla de 

Juan Fernández y que se encontraban prisioneros desde el comienzo de la 

Reconquista. Todos ellos eran esclarecidos patriotas que soportaron grandes 

padecimientos al vivir en la apartada Isla Más a Tierra, durante más de dos 

años. Entre aquéllos nombraremos a los Srs. Juan Antonio Ovalle, Ignacio de 

la Carrera, José Antonio Rojas, Manuel de Salas, Juan Egaña, Manuel Blanco 

Encalada, Agustín Eyzaguirre, Francisco de la Lastra, Martín Calvo Encalada. En 

total eran 78. El Águila zarpó el 17 de marzo de 1817. O’Higgins llevaba sólo 

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un mes ejerciendo sus altas funciones. Como anécdota amarga deseo recordar 

que estos ilustres patricios, seis años después, propiciaron entusiastamente la 

abdicación del Director Supremo de la nación. 

El triunfo de Maipú, 5 de abril de 1818, permitió a O’Higgins acelerar la 

formación del poder naval del país, comenzando a organizarlo después de la 

Batalla de Chacabuco. 

El “Águila”, que efectuó sin dificultad la comisión a Juan Fernández, fue el 

primer buque de guerra de Chile. 

Por coincidencia, en febrero de 1817, llegaba a Buenos Aires el primer buque 

armado que consiguió en los Estados Unidos el Brigadier José Miguel Carrera. 

Era la corbeta Cliffton. Después arribó a ese puerto la goleta Doris y en marzo el 

bergantín Savage. 

El Director Supremo Pueyrredón impuesto de la llegada de dichos barcos, 

ofreció al General Carrera los cediese a las Provincias Unidas del Plata. Carrera 

no aceptó la sugerencia e insistió que los buques debían venir a Chile. O’Higgins 

no aprobó las condiciones propuestas para que esas naves vinieran al país. Por 

otra parte tenía otros planes marítimos, en los cuales lo secundaba San Martín. 

Es así como, en el mes de marzo de 1817, en un viaje que éste efectuara a 

Buenos Aires, firmó en representación del gobierno de Chile un contrato con el 

Sr. Hermenegildo Aguirre, para que se construyeran en los Estados Unidos de 

Norteamérica dos fragatas de 34 cañones, las que llegaron a Sudamérica en 

junio de 1819. Otra disposición de O’Higgins fue la de enviar en 1817 a Inglaterra 

al mayor de Ingenieros, José Antonio Álvarez Condarco, con la misión de adquirir 

buques armados de guerra. También mandó construir lanchas cañoneras, en lo 

que es hoy el puerto de Constitución. 

O’Higgins aceptó además, la guerra de corso contra el comercio marítimo 

español, que se empezaba a organizar en Valparaíso. En el invierno de 1817 se 

pudo formar en el puerto una pequeña fuerza marítima para atacar los buques 

que lo bloqueaban. 

En su afán organizador el Ministro Zenteno dictó el Decreto de Reglamento 

provisorio de Marina, en el cual se establecían los grados, su equivalencia con 

los del Ejército, tanto para Oficiales como parte del personal de los buques. Por 

consiguiente, desde esa fecha quedaron reglamentados los servicios navales que 

fueron necesarios con la llegada de los nuevos buques en 1818. 

El 17 de septiembre de 1818 el Comandante General del Departamento de 

Marina, Manuel Blanco Encalada, con su nuevo título de Capitán de Navío, tomó 

en Valparaíso, el mando de la Escuadra embarcándose en el navío San Martín 

designado Buque Insignia. 

La Escuadra de Chile contaba con cinco buques, a saber: navío San Martín, 

Fragata Lautaro, Corbeta Chacabuco, Bergantín Araucano y Bergantín Pueyrredón 

(ex Águila). 

O’Higgins y Zenteno estaban profundamente satisfechos de la gran obra 

realizada al comprobar que la Escuadra de la nación era una realidad y que podía 

zarpar en demanda de la expedición realista. Por fin, del 9 al 10 de octubre de 

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1818, cuatro naves salían del interior del Puerto de Valparaíso, y el Prócer, al 

despedirlas, exclamó: “Tres carabelas dieron a España el dominio de América, 

esos 4 barquichuelos se lo quitarán”. 

La primera acción de guerra en la bahía de Talcahuano fue apresar la fragata 

española María Isabel, que entró a formar parte de la Escuadra chilena. 

O’Higgins no se envaneció con el triunfo de Talcahuano, pues consideró que 

era sólo una iniciación, para destruir el poderío del Virreinato del Perú. 

El 9 de diciembre, por acuerdo del Senado, se dio el nombre de O’Higgins a la 

fragata María Isabel. También el Senado ascendió a Contraalmirante al Capitán 

de Navío don Manuel Blanco Encalada, y desde entonces, los Almirantes de 

nuestra Armada llevan, en su uniforme de parada, una réplica de la espada de 

Blanco Encalada. 

El 28 de noviembre llegó a Valparaíso el prestigioso marino inglés Lord 

Thomas Alejandro Cochrane, quien venía a solicitud de nuestro enviado especial 

en Londres, Álvarez Condarco, para hacerse cargo de la Escuadra chilena. 

O’Higgins vino a Valparaíso para recibirlo y comunicarle. que se le había otorgado 

el rango de Vicealmirante. 

Blanco Encalada entregó el mando de la Escuadra al nuevo Jefe, manifestando 

patrióticamente que le secundaría, dando un ejemplo de disciplina y modestia. 

A comienzos de 1819, el nuevo Jefe organizó la Escuadra conforme a 

normas de la Armada británica. Efectuó cambios en los Comandantes, Oficiales 

y tripulaciones. Formó la Primera División con el navío San Martín, las fragatas 

O’Higgins y Lautaro, y la corbeta Chacabuco. 

El 7 de enero de 1819 el Almirante Cochrane recibe instrucciones reservadas 

para bloquear el Puerto de Callao y poner en jaque las fuerzas navales del Virrey 

del Perú. 

El Virrey tenía superioridad naval sobre la Escuadra chilena, ya que en sus 

dos Divisiones tenía 7 buques con 220 cañones. 

El Callao era en ese tiempo una plaza fortificada inexpugnable por mar. El 

Almirante intentó, sin éxito, sorprender los buques realistas y dejó en el bloqueo a 

su segundo, el Almirante Blanco Encalada, con la 21 División, pero éste optó por 

regresar a Valparaíso. 

Cochrane, al regresar a Chile, concibió el proyecto de tomarse la plaza de 

Valdivia y Corral, que se sabía eran firmes reductos realistas, lo que fue un éxito 

pleno con la concurrencia de Beauchef, quien, en arriesgada acción militar, 

tomaba la plaza de Valdivia, restableciendo el orden y nombrando autoridades 

patriotas. Cochrane, halagado por el triunfo obtenido, pretendió tomarse Chiloé 

donde encontró una fuerte resistencia que rechazó la invasión patriota. 

A su regreso a Valparaíso fue recibido por O’Higgins, quien lo felicitó 

calurosamente por el triunfo magnífico de Corral y Valdivia. Demás está decir que 

O’Higgins, en 1818, había creado la Infantería de Marina y la Academia Naval, 

llamada primitivamente, Escuela Naval, y que hoy día lleva el nombre del Héroe 

de la Rada de Iquique Arturo Prat. 

549


EXPEDICIÓN LIBERTADORA DEL PERÚ 

Después de Maipú, O’Higgins consideró más que nunca la urgencia de enviar 

al Perú una expedición, a fin de destruir el poder militar que España había 

concentrado en el Virreinato y que, lógicamente, gravitaría en la independencia 

de Chile. 

Esta razón principal, de alta estrategia que sostenía el prócer, influyó en los 

miembros del Senado, para aprobar el proyecto de O’Higgins, en noviembre de 

1818. 

O’Higgins fue, pues, el más activo impulsador de su plan militar. Al respecto, 

Barros Arana dice: “Lleno de decisión y entusiasmo, escribió a San Martín con 

fecha 15 de mayo de 1819: Todo se nos procura para disponer una expedición a 

las costas del Perú. El dinero, el alma de todas las cosas nos vendrá de suficiente 

cantidad. Véngase Ud., pues aquí lo dispondremos todo y llevaremos la guerra al 

Perú”. 

Según el Director, y destacados colaboradores, San Martín debía mandar la 

expedición. A su vez, el General argentino estimaba que O’Higgins era el indicado 

para ponerse al frente del Ejército Expedicionario, sirviendo él como Jefe del 

Estado mayor. Este rasgo fue apreciado por O’Higgins, que insistió que San Martín 

viniese al país. O’Higgins escribe también a San Martín reclamando el regreso de 

tropas, porque en ellas había chilenos incorporados en los batallones del Ejército 

de los Andes. Por otra parte, deseaba la ayuda pecuniaria del gobierno de Buenos 

Aires, que había ofrecido, por intermedio del Coronel Tomás Guido, una suma 

de $120.000, para los primeros gastos que originaría el desembarco de Buenos 

Aires, debiendo, por consiguiente, afrontar Chile el peso de la expedición. 

En esos días, el Almirante Cochrane empezó a intervenir en la organización 

de la Expedición Líbertadora, y solicitó que el General Freire tomara el mando 

del Ejército. Esta insistencia le trajo a O’Higgins el problema con Freire, a quien 

le explicó con firmeza y bondad que no estando aún dominado el territorio, desde 

Bío-Bío al Sur, sus servicios eran muy útiles en esa región. Desde ese momento, 

el General Freire, quien tenía legítimas ambiciones, estableció con el Director 

Supremo una lucha enconada, que culminó en 1823. 

El General San Martín fue designado por el gobierno Jefe de la Expedición, el 

Coronel Las Heras, ascendido a General de Brigada, Jefe del Estado Mayor. 

El gobierno, por su parte, reunía los fondos para financiar la expedición 

conforme la autorización del Senado. Prestigiosos chilenos contribuyeron con su 

aporte e igualmente los comerciantes ingleses de Valparaíso. 

El gobierno requería el máximo de aportes para hacer frente a los gastos 

de la empresa. Las exigencias eran muchas, especialmente de Cochrane que 

requería un buen apertrechamiento para los buques y sueldos satisfactorios para 

los Oficiales y tripulaciones. Además, hubo desavenencias entre los Jefes de la 

Escuadra, y de los Comandantes que discrepaban con Cochrane. 

O’Higgins, mirando el fin superior del alistamiento de las naves, y teniendo aprecio 

y deferencia hacia el Almirante, diplomáticamente arreglaba los inconvenientes. 

Le cooperaba en éste aspecto el General San Martín que estimulaba al igual que 

550


O’Higgins, que los servicios de Cochrane eran indispensables, pues, además de 

ser un gran jefe naval, sabía mandar tripulaciones heterogéneas. Por este motivo, 

ambos próceres se opusieron a las reiteradas renuncias del Almirante. 

El 15 de junio, O’Higgins y San Martín se vienen a Valparaíso para dirigir 

personalmente los aprestos de la expedición. Los acompaña el Ministro de 

Guerra, Zenteno. Al partir, el Director Supremo establece una delegación Suprema 

formada por: 

Director supremo delegado en el Ministerio de Gobierno y Relaciones 

Exteriores, el Ministro Joaquín Echeverría Larraín, director supremo delegado en 

el Ministerio de Hacienda don José Antonio Rodríguez Aldea. 

Tanto O’Higgins como San Martín se despiden del Senado y del Cabildo de 

Santiago. El Senado expuso en su acuerdo: “Que la empresa colmará las glorias 

del Estado de Chile, será asombroso para la posterioridad y el fundamento que 

cimiente nuestra emancipación y la independencia de la América del Sur”. 

Los Generales pasaron a Quillota, y enseguida a Valparaíso, instalándose en 

el castillo colonial de San José. Las fuerzas expedicionarias tomaron el nombre 

de “Ejército Libertador”. 

La enorme expedición, la más grande que se había organizado en América, 

se componía de 6.842 hombres, desde General a soldado, embarcada en 16 

transportes, escoltada por 7 buques de guerra; era una empresa realizada por el 

Director Supremo de Chile, quien la llevó adelante con extraordinaria actividad, 

venciendo innumerables obstáculos. 

El 19 de agosto estuvo todo el Ejército embarcado, dándose a conocer el 

General San Martín como Jefe de la Expedición. Al mismo tiempo se izó en todas 

las naves la bandera de Chile. 

Era lógico que el pabellón debiera ser el estandarte de la expedición. Así lo 

había hecho presente el General San Martín al contestar una pregunta que le 

formuló don Gaspar Marín al respecto. Respondió: “Con la chilena, Sr. Marín”. 

El zarpe de la expedición se fijó para el 20 de agosto, en homenaje al natalicio 

de O’Higgins, quien ese día cumplía 42 años. 

O’Higgins, San Martín, el Ministro Zenteno y ayudantes se embarcaron en una 

falúa de gala, y se dirigieron al navío insignia, la fragata O’Higgins, donde fueron 

saludados por el Almirante Cochrane, quien recibió las últimas instrucciones. 

A continuación la comitiva se dirigió al navío San Martín, designado para llevar 

al General en Jefe y su Estado mayor. En ese barco, el Director Supremo hizo 

entrega al General San Martín de los despachos de Capitán General del Ejército 

de Chile. 

O’Higgins en aquella oportunidad entregó la patriótica proclama que a 

continuación se reproduce: 

“Al Ejército Libertador: 

Soldados, he sido muchas veces testigo de vuestro coraje, sé lo que debo 

esperar de vosotros en la campaña más importante de la revolución. El General 

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que os manda es el mismo que os llevó al campo de batalla de Chacabuco y 

Maipú; acordaos de lo que hicisteis entonces y pensad en el glorioso destino que 

os aguarda. 

Soldados de los Andes. Vosotros disteis libertad a Chile, id al Perú y dejad 

escrito vuestro nombre con la sangre que os oprimen. 

Chilenos: Vuestra intrepidez y de las tropas auxiliares salvaron la república por 

segunda vez amenazada el 5 de abril. Seguid la carrera gloriosa y mereceréis 

la gratitud de los habitantes del Perú, así como habéis merecido la de la propia 

Patria. 

Ejército Expedicionario: Marchad a la victoria, id a poner término a las 

calamidades de la guerra y a fijar la suerte de todas las generaciones venideras. 

Estos son los deseos de vuestro amigo y compañero O’Higgins”. 

El pueblo de Valparaíso era testigo del zarpe del Ejército Libertador, observando 

un espectáculo grandioso jamás visto antes. O’Higgins, por su parte, tenía la 

satisfacción de ver consumada la difícil empresa acometida por su gobierno. 

Al día siguiente el Director Supremo envió una proclama al país y a los 

habitantes de las Provincias del Plata, que en parte decía: 

“Compatriotas: Ayer ha zarpado de este puerto la Expedición Libertadora del Perú. Yo 

he tenido la satisfacción de llenar por mí parte las esperanzas de América y quizás los 

deseos del mundo, porque los resultados de esta empresa serán trascendentales en 

todos los hombres. Ya he cumplido los grandes deberes que me imponía la suprema 

magistratura de la República”. 

Días después, O’Higgins regresaba a la capital, siendo recibido con honores 

militares, salvas de artillería y aplausos de los habitantes. 

El Cabildo demostró su agradecimiento por la obra realizada con pleno 

reconocimiento al autor y ejecutor de esa gran hazaña de América. 

Por su parte, el Senado daba a la publicidad el acuerdo de crear el grado de 

Capitán General para otorgarlo al General O’Higgins. 

Por este acuerdo, el Senado oficialmente, autorizaba también el grado de 

Capitán General, entregado por el Director Supremo al General San Martín; 

considerando que debía tener una más alta jerarquía que el Jefe de la Escuadra, 

Vicealmirante Cochrane, por cuanto San Martín era el Jefe de la Expedición. 

El alto grado de Capitán General, que existía en el Ejército durante la época de 

la Independencia, fue suprimido después. Aunque el decreto citado concretó que 

el grado podían obtenerlo en la república “dos individuos”, refiriéndosela O’Higgins 

y San Martín, se entregó más adelante este grado al Brigadier Ramón Freire. 

En aquel tiempo, el Director Supremo, que no era militar de academia, sino 

autodidacta y con un solo profesor de Estrategia, el General Juan Mackenna, y 

que desarrollaba un plan de hacer del Ejército un organismo de gran eficiencia, 

ordenó con fecha 15 de septiembre de 1820, crear el Estado mayor del Ejército. 

Comprobamos que el prócer tenía una visión superior sobre la organización militar 

del país. 

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Me he detenido, quizás más de lo necesario, sobre el desarrollo, organización 

y zarpe de la Escuadra Libertadora al Perú, pues muchos concuerdan en que fue 

la obra máxima del Gobierno de O’Higgins. 

Llevaba 3 y 1/2 años en el gobierno, y a partir de esa fecha, la estrella que 

iluminaba al Padre de la Patria inició un leve descenso, producido por la oposición, 

de la que no se libra ningún régimen de gobierno. 

Cierro este capítulo dando lectura a una carta que el 9 de septiembre 1820 

envía al ilustre patriota D. Miguel Zañartu y Santa María, que fue su primer 

Ministro de Gobierno y que lo acompañó por más de un año en esas funciones y 

posteriormente fue el representante de Chile ante el gobierno de Buenos Aires. 

“Estoy cierto que en parte alguna tendrá nuestro Ejército que tirar un solo tiro; 

todo va combinado de modo que la libertad del Perú se haga sin sangre; pero no 

será sin la substancia de Chile que ha apurado sus recursos hasta lo increíble. 

Ni en dos años más podrá el gobierno recibir ni la tercera parte de sus entradas 

anuales, pues están vendidas con pérdidas inauditas. No sólo el crédito del Estado 

queda empeñado, sino es el mío, último recurso que pude hacer valer con los 

extranjeros en dos meses cinco días que me ocupé en Valparaíso hasta tener la 

satisfacción de ver salir, el día de mi santo, la Escuadra surtida como la mejor de 

su número, y un Ejército que en su alegría y algazara lleva demostrada la victoria. 

Va equipada con tres vestuarios, cien mil pesos de cada militar, pertrechos y 

demás útiles para cinco años, víveres para seis meses. En fin, Chile ha hecho lo 

que pueblo alguno de los revolucionados; ha alcanzado su gloria, y la gratitud de 

la América será eterna”. 

SU ACCIÓN DE GOBERNANTE 

Su designación por aclamación, y sin plazo de duración de mandato, con sólo 

la limitación que la prudencia y el patriotismo le aconsejaran fue, indudablemente, 

una delegación soberana, para que ejerciera un gobierno autoritario y organizara 

la república, de acuerdo con sus superiores condiciones de gobernante. Todo 

ello, sin descuidar que debía proseguirse la guerra contra España, expulsando 

del territorio nacional, a los Ejércitos realistas. 

Sería responsabilidad, la del Director Supremo, en su misión de preservar el 

organismo social, contra la anarquía que amenazaba surgir de la desorientación y 

de las pasiones que produjo la súbita ruptura de la tradición monárquica-colonial, y 

de hacer frente con entereza a la tarea de consolidar la independencia nacional. 

Justo es reconocer que O’Higgins tenía un innato talento político, lo que le 

permitió imponer una muy saludable disciplina social, sin lesionar la juridicidad. 

En ese ambiente desenvolvió su grandiosa obra material y cultural, creando al 

mismo tiempo una tradición democrática y republicana. No en vano, Francisco de 

Miranda, en Londres, había depositado en él su fe y confianza y sabía que sus 

sabias enseñanzas serían aprovechadas con talento. 

Una de las primeras medidas tomadas por el Director Supremo fue la de 

suprimir los escudos nobiliarios de los frontis de las casas-habitación en la capital, 

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medida que produjo en los afectados molestias que con el tiempo se fueron 

acrecentando. 

Posteriormente, el 12 de noviembre de 1817 declara abolidos los títulos 

de nobleza hereditaria, y sólo el 20 se da a luz su texto, que en su parte final 

expresaba: “El Estado no reconoce más dignidad ni da más honores que los 

concedidos por los Gobiernos de América”. La abolición de los títulos de nobleza 

hereditaria en el hecho afectó a muy pocos, no eran más de 11. Pero el grueso de 

la alta burguesía chilena anhelaba adquirir un estatus nobiliario, y con la abolición 

se frustraban expectativas, se sintieron agraviados, muchos más, que las 8 

familias directamente dañadas con la medida del Director Supremo. 

Sin una protesta, afirma Feliú Cruz, para no contrariar lo que parecía 

sustantivo en aquel momento, la independencia nacional, el patriciado toleró las 

disposiciones de O’Higgins contra sus privilegios nobiliarios. 

Claro está que se vivía el año 1818, pero estos agravios para los afectados 

fueron contabilizados al “Debe” en la cuenta del Director Supremo, pero cobrados 

con creces un 28 de enero de 1823, día de la abdicación de O’Higgins. 

Sin desentender sus preocupaciones de soldado y la lucha por la plena 

independencia en el campo militar, el héroe-estadista persevera en la organización 

formal de los basamentos de la república. 

En forma apretada deseo dar a conocer algunos de los decretos promulgados 

en los primeros meses de su gobierno; medidas de seguridad contra los españoles 

dispersos del Ejército realista; ordena a los realistas que hayan tenido colocación, 

o destino alguno en él, presentarse al Palacio ante el Secretario de Guerra, 

José Ignacio Zenteno, bajo apercibimiento de aprehensión y fusilamiento; otorga 

pensiones de gracia a las madres viudas de los vencedores de Chacabuco. 

También crea la Academia Militar, de quien fue su primer Director, Antonio Arcos. 

No obstante ser un fervoroso católico tuvo la entereza de ordenar la separación 

y destierro del Obispo de la Diócesis de Santiago, don José Rodríguez Zorrilla, 

y nombra Gobernador del Obispado con todas las atribuciones y facultades al 

Canónigo de la Santa Iglesia, don Pedro Vivar. Continúan las medidas de gobierno 

y encarga al Cabildo la recaudación y distribución de la contribución mensual que 

impone a los vecinos pudientes; crea Alcaldes de barrios, para que velaran en 

sus respectivos departamentos por la tranquilidad y el orden público; organiza 

un hospicio de mujeres, que sirviera de corrección y ocupación a dicho sexo, 

encargándose de la organización a D. Martín Calvo Encalada; señala normas 

sobre el pago de pensiones a inválidos y retirados del Ejército. 

En su acción de hombre bondadoso y comprensivo aborda el problema de 

los esclavos, y el 8 de julio declara “nulas y de ningún valor y efectos las ventas 

y enajenaciones de individuos esclavos”; dicta normas sobre alumbrados a las 

ciudades; asimismo, un decreto en que se promueve el descubrimiento y libre 

elaboración del salitre para la fabricación de la pólvora, y también sobre policía de 

calles. 

Estos son algunos de los decretos dictados en los primeros meses, en su afán 

de estructurar institucional y administrativamente a la nación. 

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Paralizada en Talcahuano, momentáneamente, la acción militar de O’Higgins, 

dicen los brillantes historiadores Eyzaguirre y Fernández Larraín, se agiganta en 

su ánimo el anhelo libertario como la reserva de una esperanza que no quiere 

morir; declarar la Independencia de Chile. 

En los últimos meses de 1817, una idea estaba trabajando y ahora parecía 

llegado el momento de darle cuerpo, Chile debía manifestar a la faz de las naciones 

su resolución de vivir independiente, y por un documento solemne, afirmar este 

propósito de liberación que ya había calado hondo en las conciencias. Ahora que 

una enorme amenaza oscurecía las conquistas tan trabajosamente alcanzadas, 

esta voluntad de ser la Patria debía mostrarse más firme que nunca y oponer al 

invasor, no sólo el poder de las armas, sino también la fuerza espiritual de un 

pueblo interiormente cohesionado en su propósito de existir. 

Orrego Vicuña nos dice: “Llegadas las fuerzas de O’Higgins (febrero de 1818) 

a Talca después de haber cruzado el Maule, el Director Supremo llevó a cabo 

uno de los actos más solemnes de la historia de Chile. Ante sus soldados, que 

presentaban armas, al pie de un altar de campaña, en que los símbolos cristianos 

se mezclaban con las banderas de Chile que ondeaban al viento, proclamó, juró 

e hizo jurarla a sus hombres, la independencia total y definitiva de su patria. 

Mientras el cañón tronaba en salvas de gloria y las campanas de las iglesias, en 

todo el territorio libre volaban a rebato, la voz del Libertador se hizo oir, solemne, 

augusta, proclamando la Independencia de Chile”. 

El Acta de Independencia había sido firmada en Concepción, el 11 de enero 

de 1818, por O’Higgins y sus Secretarios de Estado, Zañartu, Villegas y Zenteno, 

y había sido jurada simultáneamente en Talca y Santiago, el 12 de febrero, en el 

primer aniversario de la Batalla de Chacabuco. 

POLÍTICA CONSTITUCIONAL 

Justo es reconocer que, después de Maipú, empezó para Chile una 

etapa de engrandecimiento cívico y de progreso institucional y material, que 

alcanzó proporciones insospechadas, Colocándose a la cabeza de los países 

hispanoamericanos. El temor de nuevas invasiones había desaparecido, y había 

llagado la etapa de construir la nueva nacionalidad. 

Sin embargo, pronto empezó la impaciencia ciudadana por frenar el autoritarismo 

y reemplazar la excesiva disciplina o limitación de poderes discrecionales; en 

resumen, el clima reinante era pedir al Jefe del Estado la dictación de una Carta 

Fundamental. Se designó una comisión integrada por Juan Agustín Alcalde, Juan 

José Echeverría y Agustín Eyzaguirre para que cumpliera los anhelos de la clase 

dirigente, solicitándole el nombramiento de una Comisión de 5 individuos que, en 

un plazo de quince días, elaboraría una Constitución que deslindase las facultades 

del gobierno. Con notable espíritu cívico, O’Higgins adhiere a los propósitos de 

la ciudadanía, designando una Comisión Constituyente, destinada a estudiar y 

redactar el proyecto de Constitución. Es la llamada Constitución de 1818, que 

consagró un autoritarismo legal, y ello ha servido de base para tildar el gobierno 

de O’Higgins de dictatorial. 

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Debemos recalcar que O’Higgins tenía plena fe en el futuro republicano del 

nuevo mundo, y ello es tratado con acentuado talento por el brillante historiador 

D. Julio Heise González en su libro “O’Higgins, forjador de una tradición 

democrática”. 

Es así como es digno de mencionar que jamás O’Higgins tuvo una debilidad 

hacia el monarquismo, en contradicción con caudillos de aquella época, que fueron 

vacilantes: Miranda, San Martín, Pueyrredón, Beigrano, el Marqués de Torre 

Tagie, Hipólito Unanue, Rivadavia y aun el propio Bolívar estuvieron dispuestos a 

aceptar el gobierno monárquico para las colonias recién emancipadas. 

La firmeza con la cual O’Higgins defendió la forma republicana de gobierno 

y el éxito con que la impuso a la América Hispana, desmienten la afirmación de 

algunos conocidos historiadores contemporáneos en orden a que nuestro Prócer 

había estado sometido al tutelaje del General argentino José de San Martín. Se 

ha confundido la estrecha y cordial amistad entre ambos Libertadores con una 

pretendida sujeción espiritual. Precisamente, la recíproca lealtad y elevación de 

esas relaciones amistosas excluyeron toda posibilidad de sometimiento de un 

héroe al otro. 

Las rivalidades entre Oficiales chilenos y argentinos, la natural arrogancia 

propia a la profesión militar, en aquella época, terminaban en desagradables y 

embarazosos problemas de relaciones humanas, los que O’Higgins debió superar 

con mucho tacto y suma prudencia. La oposición calificó este tino, esta habilidad 

del gobernante, como sumisión y complacencia. Éste es el origen de la leyenda 

sobre “la sumisión espiritual” a San Martín y a la Logia Lautarina. 

Incontables documentos, nos dice el historiador Heise, prueban la absoluta 

falsedad de “esta sumisión”. Son numerosos los casos en que San Martín aceptó 

el pensamiento o’higiginiano discordante con sus opiniones. En Chacabuco, 

O’Higgins tomó la iniciativa de atacar al enemigo en desacuerdo con el plan 

trazado por San Martín. Como Director Supremo organizó una poderosa fuerza 

armada chilena independiente del Ejército de los Andes, en abierta oposición 

al pensamiento de San Martín y con la protesta de los altos Jefes argentinos. 

La enérgica reacción del Jefe del Estado en presencia de la conducta del 

representante argentino Tomás Guido, y su terminante oposición a los proyectos 

monárquicos, demuestran la independencia del gobernante chileno respecto de 

su amigo el general San Martín. 

También es fácil destruir la leyenda que presenta a la administración O’Higgins 

como el producto de las órdenes de la Logia Lautaro. Basta recordar a los 

integrantes de esta sociedad secreta mientras O’Higgins ejerció el gobierno de 

Chile. Entre 1817 y 1823 fueron miembros de la Logia Lautarina José Ignacio 

Zenteno, Miguel Zañartu, Luis Cruz, Francisco Antonio Pérez, Juan de Dios Rivera, 

y los argentinos: Quintana, Zapiola, Guido, Las Heras y Alvarado. Todos íntimos 

amigos y servidores leales de O’Higgins. Con la sola excepción del argentino 

Guido, los demás fueron subordinados civiles o militares del gobernante chileno. 

La burguesía chilena, que había apoyado entusiastamente a O’Higgins, 

empieza desde 1820 a manifestar claramente sus aspiraciones en orden a que 

representantes del pueblo libremente elegidos dictaran una nueva Constitución 

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que reemplazará a la de 1818. El Director Supremo termina aceptando modificar 

la Constitución vigente y con fecha 7 de mayo de 1822 convoca a elecciones de 

una Convención Preparatoria; firma él, como Director Supremo, y refrendado por 

sus Ministros Joaquín Echeverría y José Antonio Rodríguez Aldea. 

Elegida la Convención Preparatoria fue inaugurada solemnemente el 23 de 

julio de 1822. En esta oportunidad O’Higgins leyó un interesante mensaje, en 

el cual subraya, una vez más, su republicanismo, sus arraigados sentimientos 

democráticos y su respeto por la voluntad popular. 

En la nueva Constitución están perfectamente garantidos y resguardados los 

derechos individuales. Contiene principios verdaderamente avanzados para su 

época; sin embargo, ella fue resistida. En una de sus disposiciones transitorias 

daba por elegido al Director Supremo por un período constitucional. La aristocracia 

había tomado la firme resolución de reemplazar el Jefe del Estado. La crisis política 

quedó planteada. La conspiración para el derrocamiento del Director Supremo 

caminaba aceleradamente, y un hecho social vino a sumarse a las aspiraciones 

conspirativas. Freire pretendió casarse con la hermosa y rica heredera del 

Mayorazgo, de don Mateo de Toro y Zambrano, lncolaza Toro, pero había otros 

pretendientes entre los cuales figuraba el joven Juan de Dios Correa. Oficial de 

la Guardia Dictatorial, y éste contó con el apoyo del Jefe del Estado, llevándose 

a evento el matrimonio el 8 de octubre de 1822, provocando la indignación de 

Freire. Como se recordará, éste mantenía frías relaciones con O’Higgins, desde 

el instante en que no se aceptaron las sugerencias de Cochrane, de que Freire 

fuera el Jefe Militar del Ejército Libertador del Perú. 

O’Higgins, durante su administración, continúa sus realizaciones y así fue como 

fundó el Cementerio General de Santiago; estableció el primer Cementerio de 

Disidentes en Valparaíso; fundó los liceos de La Serena y Concepción; organizó 

la enseñanza primaria; volvió a abrir la Biblioteca Nacional, el Instituto Nacional. 

Estableció la libertad de culto, hasta entonces inexistente; la inmigración europea, 

el enjuiciamiento criminal por jurados para garantizar la libertad de imprenta, 

que dio forma a la expresión del pensamiento humano y el Reglamento de la 

Constitución de 1818 declara que debe adaptarse la libertad de creencia, y no 

proclamar una religión excluyente. Fue, pues, un espíritu emancipador, liberador 

y tolerante. 

Si es cierto que el decreto del 14 de julio de 1817 nos había dado a conocer 

la Bandera Nacional, en septiembre de 1819 ordena la divulgación plena de la 

Canción Nacional de que es autor el Dr. Bernardo Vera y Pintado. La Gazeta 

Ministerial de fecha 24 publica el acuerdo del Senado, relativo a la colocación del 

Escudo de Armas de la Patria, en el Palacio de Gobierno. 

El 7 de mayo de 1818 designa a D. Juan Agustín Alcalde, don Agustín de 

Eyzaguirre y D. Pedro Prado Jaraquemada, Superintendentes del Templo Votivo 

de Maipú. El 18 de noviembre de 1819 abre una suscripción particular con tal fin. 

O’Higgins deseaba dar cumplimiento a su promesa con la Virgen del Carmen. 

Patrona de nuestro Ejército, después de la Batalla de Maipú. 

Sólo 156 años después de nombrada la primera Comisión y con la dinámica 

dirección de la Comisión que preside la Sra. Marta Ossá de Errázurriz, esta 

557


promesa fue llevada a feliz término, y un 24 de octubre de 1974 fue inaugurado el 

Templo Votivo de Maipú, con gran solemnidad, y en presencia del Presidente de 

la República, General de Ejército D. Augusto Pinochet Ugarte, y de la H. Junta de 

Gobierno. 

ABDICACIÓN DE O’HIGGINS 

El término del mandato como gobernante del Héroe-Estadista llega el 28 de 

enero de 1823; con evidente espíritu republicano abdica del Mando Supremo, 

porque prefiere la proscripción y el destierro a la guerra intestina. 

En la abdicación de O’Higgins es donde se solidifica nuestra república, se 

afianzan los principios democráticos, porque es el pueblo, mayoritariamente, el 

que resuelve. 

Si O’Higgins es digno de admiración en los campos de batalla, es mucho 

más grande su gesto democrático de abandonar el poder escuchando la opinión 

pública, y entrando de esta manera al amplio portalón de la Historia como el 

creador indiscutible de nuestras instituciones republicanas. 

DESTIERRO 

La corbeta británica Fly lo lleva al Perú, país elegido por él para su exilio, al 

finalizar el mes de julio. 

A orillas del Rimac se aquieta su ánimo de soldado, no así su encendido ideal 

americanista y por ello solicita de Bolívar participar en la campaña que culminaría 

con Ayacucho el 9 de diciembre de 1824. Deseaba ardientemente presenciar 

el final, en América del Sur, del yugo español. No lo logra, a pesar las largas y 

penosas jornadas en compañía del Dr. irlandés John Thomas, su confidente y fiel 

amigo, más tarde su brillante biógrafo. 

Viene por último el encuentro con Bolívar, pero ello se realiza después de la 

Batalla de Junín, y éste ya no sitúa a nuestro Libertador en el rango que merece. 

Se recoge a Lima y termina concurriendo el 18 de diciembre de 1824, al 

gran banquete de celebración de la victoria de Ayacucho. O’Higgins se presenta 

sobriamente vestido de paisano. Entre los antorchados y galones de los 

comensales resalta por su austeridad la noble y venerable estampa del vencedor 

de Chacabuco y organizador de la Expedición Libertadora al Perú. Ante una 

pregunta del Libertador Bolívar sobre su tenida, responde: “Señor, la América está 

libre. Desde hoy el General O’Higgins ya no existe, soy sólo el ciudadano particular 

Bernardo O’Higgins. Después de Ayacucho, mi misión americana está concluida”. 

Sobria respuesta que refleja su gran espíritu americanista e indiscutible civismo. 

Pocos días después inicia sus actividades agrícolas en Montalván, hacienda 

obsequiada por el gobierno peruano. 

Siempre había dicho O’Higgins que sus pasiones eran la profesión de las armas 

y la agricultura. En ambas había tenido pleno ejercicio alternado con su brillante 

558


jornada de estadista y gobernante. El agricultor de Bío-Bío se transformaba en un 

activo agricultor del valle de Cañete. 

Mientras tanto en Chile la figura del héroe epónimo fulguraba y sus amigos, sin 

reticencias, añoraban su regreso; y fue así como el 30 de junio de 1832 don José 

Gaspar Martín patrocina un proyecto de ley destinado a restituir al ciudadano 

O’Higgins en su empleo de Capitán General, del cual fue ilegalmente despojado. 

El Parlamento encarpetó la Moción Marín. Portales no fue ajeno a esta superior 

resolución. 

El tiempo avanza. Es testigo del deterioro de las relaciones chilenas con la 

Confederación Peruana-Boliviana, que 14 años de ostracismo hacen efecto en su 

alma generosa, que aspira a la paz y a la unión de los rubios americanos. 

No reprueba el Tratado de Paucarpata, firmado el 17 de noviembre de 1837, 

entre el Almirante Blanco Encalada y el General Santa Cruz, el mismo Tratado 

que fue desahuciado por el gobierno de Chile, bajo la dirección directa del Ministro 

Portales. 

El triunfo de Yungay obtenido por el General Bulnes, Jefe del Ejército 

Restaurador y con el aporte valioso del General José María de la Cruz, Jefe del 

Estado Mayor y de los bravos soldados chilenos, conmueve y hace vibrar las 

fibras dormidas del gran soldado. O’Higgins tiene remembranzas de El Roble, 

Rancagua y Chacabuco. 

Ambos Jefes triunfadores fueron sus subalternos, los que después de la 

entrada a Lima cultivaron una muy grata amistad que se prolongó hasta el regreso 

de ambos Jefes a Chile. 

En 1841 el General Bulnes asume la Presidencia de la República, noticia 

gratísima para O’Higgins. 

Sin embargo, el 20 de enero de 1839, encuentra a O’Higgins con la 

preocupación del agravamiento de la salud de su madre, doña Isabel, de quien 

prácticamente no se había separado desde que llegó a Chile en 1802, de regreso 

del Viejo Mundo. Ella pasa a ser, desde ese día, el centro de su vida, su prudente 

consejera, consuelo de sus horas tristes. Juntos disfrutaron los, días de esplendor 

al asumir el cargo de Director Supremo, y juntos, el ostracismo, las injusticias y 

las incomprensiones. Fallece la ilustre dama el 21 de abril, llenándolo de congoja 

y entristeciéndole profundamente. 

El mismo escribía: “creo que hijo alguno haya amado más efusivamente 

a su madre que yo”. Esta herida profunda no cicatrizó y la salud del hijo inició 

franco descenso. Con el dolor viniéronse encima los años, que en su calendario 

pasaban ya sesenta, según nos relata el historiador Orrego Vicuña. Enflaqueció 

extraordinariamente, su cabello ralo blanqueó, las espaldas se encorvaron, las 

mejillas se tornaron flácidas y vacilante el andar. Sólo el pulso permaneció firme 

como reflejo de la entereza del ánimo que no lo abandonó. 

Desde fines de 1839 se refugia en Montalván, obsesionado con aumentar la 

producción de caña de azúcar que le permitiera salir de deudas. Su enfermedad 

lo obligó a regresar, en 1841, a Lima. Allí conoció que la Cámara de Senadores, 

559


a solicitud del Presidente Prieto, le había restituido su grado de Capitán General 

del Ejército de Chile. 

Se le hacía justicia, pero no en lo económico pues hubo de dictarse otra ley, 

la de fecha 6 de octubre de 1842: Art. único: El Capitán General don Bernardo 

O’Higgins gozará del sueldo que por sus servicios le corresponda, aun cuando 

residiere fuera del territorio de la República. Firmada MANUEL BULNES. 

Pocos días después, el 24 de octubre, falleció en su residencia de Espaderos 

Nº9, y musitando una sola palabra, que todos oyeron claramente: “Magallanes”. 

Era el último pensamiento del Libertador. Desaparecía un hombre que sabía 

transformar en triunfo, una derrota, y triunfar en el desastre. Valiente en la batalla 

y firme en el manejo del Estado; grande hasta el silencio en el momento de la 

abdicación, poniendo el noble pecho frente a la humana ingratitud sobrecogida de 

los contemporáneos. Había desaparecido el Primer Soldado del Ejército chileno y 

el Primer Servidor de la República de Chile, que nos dio Patria y Libertad. 

FUNERALES Y ENTIERRO 

El 26 de octubre, dos días después de su muerte, los restos mortales del 

Héroe-Estadista, del Libertador de Chile y el Perú, calladamente, son sepultados 

en uno de los nichos del Cementerio Central de Lima. 

Veinte días más tarde, llega la noticia a Chile. El Padre de la Patria había 

muerto. La emoción ciudadana se manifestaba en diversas formas: lágrimas, 

sollozos, de uno a otro confín de la república. 

El 24 de noviembre, el Presidente Bulnes decreta luto nacional de ocho días. 

La prensa de Chile, Argentina y Perú le tributan los más grandes y merecidos 

elogios. 

Con fecha 13 de julio de 1844, con la firma del Presidente Bulnes y de los 

Ministros Ramón Luis Irarrázabal, Manuel Montt y José Santiago Aldunate se 

dicta una ley, que es del tenor siguiente: 

“Art. 1º. La Nación reconoce como un deber honrar las cenizas y perpetuar la 

memoria del héroe de la Independencia, Capitán General de la República, don 


Art. 2º. Los restos mortales del General O’Higgins serán exhumados y 

trasladados oportunamente de la capital del Perú a la de esta República. 

Art. 3º. Una Comisión compuesta de un miembro de cada una de las Cámaras 

Legislativas, nombrados por ellas mismas, y de un General de Ejército que elegirá 

el Gobierno, se embarcarán en un buque de guerra de la Nación, para conducir al 

seno de la Patria las cenizas del finado General. 

Art. 4º. Al día siguiente de llegar a esta capital dichas cenizas, se celebrarán 

solemnes exequias al Capitán General D. Bernardo O’Higgins, en la Iglesia 

Metropolitana del Estado. 

560


Art. 5º. Las cenizas del Capitán General don Bernardo O’Higgins serán 

depositadas en el Panteón General de esa ciudad, en el lugar destinado para los 

Presidentes de la República. 

Art. 6º. Se erigirá una estatua que represente al Capitán General don Bernardo 

O’Higgins, y será colocada en el paseo público de la cañada de la capital. 

Art. 7º. El retrato del General O’Higgins, costeado por la Nación, será colocado 

con distinción en la Sala de Gobierno, mientras se forme la galería de retratos de 

los hombres eminentes de la República. 

Art. 8º. Se autoriza al Gobierno para que invierta del tesoro nacional las 

cantidades que sean necesarias para dar cumplimiento a las disposiciones de 

esta ley en todas sus partes. 

Art. 9º. El Presidente de la República dictará todas las providencias que 

considere oportunas para dar la mayor pompa y solemnidad a los honores 

fúnebres acordados por la Nación”. 

Esta Ley había sido enviada al Congreso Nacional, en noviembre de 1842. 

Enseguida, 20 años de silencio. 

Tiene que ser el ilustre historiador don Benjamín Vicuña Mackenna quien pone 

de actualidad el guardado proyecto, y obtiene que se dicte la ley de 25 de junio 

de 1864: 

“Art. 1º. Uno, de los buques de mayor porte de la Armada de Guerra de la 

Nación llevará siempre el nombre del Capitán General don Bernardo O’Higgins. 

Art. 2º. Se autoriza al Presidente de la República para invertir hasta la cantidad 

de $25.000 en dar cumplimiento a la ley del 13 de julio de 1844. Esta autorización 

durará por el término de tres años”. 

Esta ley lleva la firma del Presidente José Joaquín Pérez, el último Jefe de 

Estado de los decenios, y de su Ministro de Interior y Relaciones Exteriores D. 

Álvaro Covarrubias. 

La guerra con España de 1865 postergó el acto de justicia del Ejecutivo y del 

Parlamento. Durante el despacho de la ley hubo agrias recriminaciones, para el 

autor del proyecto e historiador Vicuña Mackenna, quien acababa de publicar 

el “Ostracismo de O’Higgins” y, posteriormente, “Vida del Capitán General D. 

Bernardo O’Higgins”, quien dispuso del archivo personal de O’Higgins que 

le obsequió su hijo Demetrio. Este último visitó Chile en 1860 y siguió viaje a 

Europa donde encaró y pagó el Mausoleo del Libertador que primitivamente fue 

destinado a Lima y ha pedido de Vicuña Mackenna, cambió de destino y es el que 

se encuentra en el Cementerio General de Santiago. 

El 3 de agosto de 1868 el Diputado D. Ramón Rozas Mendiburu, hijo del prócer 

D. Juan Martínez de Rozas, miembro de la Primera Junta de Gobierno, logró por 

aclamación el traslado de las cenizas del Padre de la Patria. Ley promulgada con 

la firma del Presidente Pérez y del Ministro Covarrubias. 

El Almirante Blanco Encalada es el Comisionado para repatriar los restos del 

Libertador O’Higgins. La comitiva que le acompaña está formada por brillantes 

561


personalidades del Ejército, Marina, y el Parlamento. El 9 de diciembre parte la 

Escuadra, compuesta de las corbetas Chacabuco, Esmeralda y O’Higgins. La 

Comitiva es recibida en Lima con grandes agasajos. Los peruanos de aquella 

época reconocían no sólo a su Libertador, sino que apreciaron en él al adalid de 

la solidaridad americana. 

Al entregar los restos en nombre del gobierno del Perú, el Ministro Barrenechea 

dijo, con toda justicia: 

“Más feliz que Temístocles, el Gran Mariscal del Perú, don Bernardo O’Higgins, 

ha muerto en el seno de los amigos de su Patria. Vuestro Capitán General nos 

pertenecía, pero era ante todo vuestro. Por eso os lo devolvemos. Sin embargo, 

esas cenizas os dirán que están naturalizadas en el Perú. Ellas son el glorioso 

recuerdo de una gloriosa unión; singular destino el del Capitán General Gran 

Mariscal O’Higgins. En el poder, en la proscripción, y en la muerte sirviendo a la 

misma causa, a la gran causa de la unidad de América”. 

Bellas palabras que realzan el gran ‘Valor americano’ que fuera don Bernardo 

O’Higgins. 

El 30 de diciembre, la corbeta O’Higgins inicia el zarpe de regreso desde 

Callao, escoltada por las naves de Estados Unidos, Gran Bretaña y Francia; y por 

el Huáscar, la Apurimac y La Unión del Perú; la Independencia sigue las aguas de 

nuestros barcos hasta Valparaíso, donde arriban el 8 de enero de 1869. 

Desde el 9 al 13 de enero una sola palpitación estremece el corazón de Chile. 

El Libertador ha sido incorporado al sueldo chileno, y ahí yacerán sus restos 

inmortales, y alcanza su último y definitivo reposo, en la tierra de su nacimiento. 

Numerosos son los discursos pronunciados en Valparaíso y Santiago, 

por las brillantes personalidades de la época, a saber, el Almirante Blanco 

Encalada, el Ministro de Guerra y Marina don Francisco Echaurren, don Álvaro 

Covarrubias, Presidente del Senado; don Francisco Vargas Fontecilla Presidente 

de la Cámara de Diputados; don Diego Barros Arana, el eximido historiador; don 

Mariano Casanova, futuro Arzobispo de Santiago; D. Juan Williams Rebolledo, 

Comandante en Jefe de la Escuadra Nacional y muchos más. 

Fue trasladado de Valparaíso a Santiago, en ferrocarril que recién estaba 

en circulación y arribó a la Estación Central, desde donde partió el funeral al 

Cementerio General, el mismo que 50 años atrás él ordenó construir. 

Quince años de silencio, antes que el Presidente Domingo Santa María 

promulgara la ley del 10 de diciembre de 1883, en que creaba la provincia de 

O’Higgins. 

Continúa esta situación, salvo manifestaciones esporádicas, hasta el 3 de 

agosto de 1910, en que se promulga la ley 2337 que autoriza la erección de 

un monumento en la plaza de Rancagua, en homenaje al General Bernardo 

O’Higgins. 

Esta ley está firmada por el Vicepresidente de la República don Elías Fernández 

Albano, quien firmara una semejante para la erección de un monumento en la 

ciudad de Chillán. 

562


Tanto el Centenario como el Bicentenario del zarpe de la Escuadra Libertadora 

del Perú, no son objeto de manifestaciones de trascendencia. En agosto de 1920 

(Centenario) se dilucidaba el triunfo presidencial entre don Arturo Alessandri y 

don Luis Barros Borgoño; y el Ministro de Guerra y Marina don Ladislao Errázuriz 

Lazcano movilizaba las tropas al norte del país, siendo llamada la juventud chilena 

a los cuarteles para un rápido Servicio Militar. 

El 20 de agosto de 1970, a pesar de las intervenciones del Instituto O’Higginiano 

de Chile, tampoco se pudieron realizar con solemnidad actos recordatorios porque 

la ciudadanía estaba preparándose para la elección del 4 de septiembre y también 

había en esos días cambio en el Comando en Jefe de la Armada. 

El Centenario del Natalicio en 1878, como en el Sesquicentenario en 1928, no 

tuvo mayores resonancias y hubo un discreto recuerdo de la prensa nacional. 

Sin menoscabar el patriotismo de los Jefes de Estado que lo antecedieran, 

justo es reconocer que el Presidente Aguirre Cerda fue el primero de los Jefes de 

Estado que el día del Natalicio de O’Higgins deseó estar presente y presidió con 

solemnidad los festejos del 20 de agosto de 1939, en la ciudad de Chillán, cuna 

del héroe. 

El 6 de agosto, dicta la Ley 6610 que otorga ciudadanía chilena, por el sólo 

hecho de avecindarse en Chile, a los descendientes de don Bernardo O’Higgins. 

En 1940 se aprovecha la celebración del Natalicio de O’Higgins para hacer 

una colecta nacional cuyo objetivo era una obra social. 

Ese año, al conjuro de su nombre, se golpeó la conciencia nacional, para ir en 

ayuda de los desamparados. Nada más justo que invocarlo a él, que fue amigo de 

los pobres y que tuvo en Lima como epitafio en una modesta y pequeña plancha 

ovalada esta inscripción que, entre otras cosas, decía “Aquí yace el Excmo. Señor 

don Bernardo O’Higgins, Director y Capitán General de la República de Chile, 

Brigadier de la de Buenos Aires, y Gran Mariscal del Perú. Murió con la serenidad 

del justo un 24 de octubre de 1842. Llorado por lo pobres y admirado por los que 

en las 3 Repúblicas vieron sus gloriosos esfuerzos”. 

La celebración del Natalicio de O’Higgins el año 1941 sirvió para que la 

ciudadanía hiciera su aporte generoso con el fin de incrementar la aviación civil, 

para dotar de más aviones a nuestros arriesgados pilotos; no para realizar la tarea 

de destruir al hombre, sino para hacer efectiva la unidad del territorio nacional, 

sueño que O’Higgins tuvo hasta sus últimos días, como lo demuestra su carta del 

5 de abril de 1842, “no trepido en asegurar que siempre he considerado, la más 

importante de estas medidas, la unión de todos los chilenos del sur y norte del 

Bío-Bío, como oriente y poniente de la Cordillera, en una gran familia”. 

Por otra parte, el Presidente Aguirre Cerda dicta el Decreto Supremo de fecha 

6 de noviembre de 1940, fijando los límites de la Antártica chilena, justamente 

inspirado en la carta de agosto de 1831, de la que fue portador el Capitán Fitzgerald 

y que era dirigida al Capitán de la Real Armada Británica Coghland, señalando 

con notable claridad los límites que correspondían a Chile, (tomada del Libro “La 

Vida Militar del Capitán General Bernardo O’Higgins”, autor Vicealmirante (R) don 

Juan Agustín Rodríguez): “Chile Viejo y Nuevo se extiende en el Pacífico desde 

563


Mejillones hasta Nueva Shetland, del sur en la latitud 65 Sur y en el Atlántico 

desde la Península San José en latitud 42 hasta Nueva Shetland del Sur, o sea 

23, que añadidos a los 42 en el Pacífico hacen 65 o sea 3900 millas geográficas, 

con una superabundancia de excelentes puertos en ambos océanos y todos ellos 

salubres en todas las estaciones”: 

Una de las últimas leyes promulgadas por el Presidente Aguirre fue la 

Nº7035, de fecha 24 de septiembre de 1941, y en ella “autoriza la construcción 

del Santuario de la Patria, en que se guardarán los restos del General Bernardo 

O’Higgins”. 

En 1941, el Presidente Ríos presidió las festividades del Natalicio del Libertador 

y ello sirvió para estimular la Defensa Civil, creada pocos meses antes. 

La Ley 7367 declara feriado escolar el 24 de octubre de 1942, en conmemoración 

del primer centenario de la muerte de O’Higgins; dispone la publicación del archivo 

de O’Higgins, concurso de bibliografías y emisión de estampillas. 

La ley 8167, del 15 de septiembre de 1945, declara monumento nacional 

la propiedad en que fue aprobado el texto del acta de proclamación de la 

independencia de Chile (12 de febrero de 1818). Autoriza al Presidente de la 

República para expropiar dicha propiedad destinada a establecer en ella el Museo 

O’Higginiano y el Museo de Belins Artes de Talca. El Presidente de la República 

dispondrá la repatriación de los restos de doña María Isabel Riquelme y Meza 

con los honores propios a la madre del fundador de la república. 

En el gobierno del Presidente González Videla se cumple lo establecido en la 

ley 8167, de septiembre de 1945. 

En la víspera del aniversario del Natalicio de O’Higgins, en 1947, arriban a 

Cerrillos, traídas por aviadores peruanos, las cenizas ilustres de las damas chilenas 

doña Isabel Riquelme y la hermana del Libertador, doña Rosa O’Higgins. 

Sus urnas fueron sacadas en cureñas y llevadas al Salón de Honor del 

Congreso Nacional. El recinto del Congreso daba un aspecto de extraordinaria 

solemnidad. La presencia del Primer Mandatario de la nación, los ministros de 

Estado, miembros del Parlamento y de la Judicatura, los componentes del Comité 

Nacional de Repartición de los restos, autoridades civiles y militares y numerosos 

invitados, realzaban la magnitud de la ceremonia. Hubo dos discursos: uno del 

Embajador del Perú, D. Javier Correa Elías, para hacer entrega de los restos, 

y a nombre del gobierno habló el Ministro de Relaciones Exteriores don Alberto 

Baltra, con singular elocuencia. 

Sus restos venerados se guardan desde esa fecha en la cripta de la catedral 

de Santiago, donde año tras año, en las cercanías del natalicio del Libertador, se 

les rinde merecido homenaje. 

También en el gobierno del Presidente González Videla, se autorizan por ley, 

recursos para la publicación del archivo O’Higgins, y para erigir un monumento 

en la ciudad de Valparaíso en memoria del Libertador. Se mandó a construir el 

crucero O’Higgins, monumento permanente de la Armada Nacional a su creador. 

564


El Presidente Ibáñez del Campo, en su segundo período presidencial manifiesta 

permanentemente su gran espíritu o’higginiano y, entre otras, promulga la ley que 

crea la Fundación de Conmemoración Histórica Bernardo O’Higgins, con domicilio 

en Chillán, y acepta la inversión de recursos para la construcción de un grupo 

arquitectónico conmemorativo en la localidad de Chillán Viejo. Da solemnidad con 

su presencia a eventos trascendentales organizados por el Instituto O’Higginiano 

de Chile. 

No menos fecunda fue la administración del Presidente don Jorge Alessandri 

Rodríguez, en su afán de honrar la memoria del Libertador. Autorizó la creación 

del Monumento Ecuestre de Maipú, que fue inaugurado en el sesquicentenario de 

la Batalla de Maipú. Concedió Personalidad Jurídica al Instituto O’Higginiano de 

Chile, y señaló sus objetivos: promulgó leyes autorizando erección de monumentos 

en diversas ciudades del país. Asimismo, dispuso que la Academia de la Historia 

tomara a su cargo la publicación del Archivo O’Higgins. Dispuso de recursos para 

el envío a Quito y Río de Janeiro de bustos que llevaran la presencia de O’Higgins 

a esas repúblicas hermanas. 

Fue preocupación del gobierno del Presidente Frei la terminación de los 

siguientes monumentos: 12 de febrero de 1996, en Valparaíso; 12 de febrero de 

1967, en los Campos de Chacabuco, como recordación del sesquicentenario de 

esa batalla; y el 5 de abril de 1968 el Monumento al Abrazo de Maipú. 

Dispuso que en el presupuesto de la nación, durante su mandato, el Instituto 

O’Higginiano contara con los recursos para un mejor desenvolvimiento de sus 

actividades y así pudimos obsequiar bustos del Libertador a los Regimientos 

Arica Nº2 de La Serena y al Regimiento de Infantería de Guarnición en la ciudad 

de Chillán, como también a las ciudades de Vallenar, Quirihue, Talcahuano, 

Quillón, Coihaique, y en los pueblos fronterizos de San Fabián de Alico y Trupan; 

a las Escuelas: Militar Bernardo O’Higgins, Escuela de Carabineros y Escuela de 

Aviación “Capitán Avalos”. 

El Presidente Allende concurrió a Chillán los 20 de agosto de 1971, 1972 y 

1973, para estar presente en las celebraciones y homenajes al Héroe Estadista. 

Es de advertir que en esta administración el Instituto O’Higginiano de Chile, en 

el cual militan hombres de todas las tendencias amantes de la libertad, y cuyas 

actuaciones miran siempre hacia el plano superior de la Patria, en julio de 1973 

publicó una proclama cívica alentando ante “una negación sacrílega, antichilena, 

a través de libros editados por el Estado, que atentaban contra la historia y 

nuestras glorias militares”. Sostuvo “que las ideologías no pueden imponerse por 

la fuerza en un pueblo ubérrimo, sensato, sin instintos cavernarios, respetuoso de 

la vida ajena”. Terminaba: “Chile aparece enfermo del alma y descendiendo en el 

plano de América. Hacemos un llamado a la conciencia de los chilenos para que 

desarmemos los espíritus y las manos y salvemos de la vergüenza y de la ruina a 

nuestro Chile”. 

Posteriormente, el 22 de agosto de 1973, realizamos una romería de desagravio 

a la tumba del Libertador, organizada por el Círculo de Generales y Almirantes en 

Retiro, donde hicieron uso de la palabra, por ese Círculo, el General René Álvarez 

Marín, y por el Instituto O’Higginiano de Chile, el que habla, que usó términos 

565


y conceptos semejantes a la proclama. Las tropas del Ejército, presentes en la 

tumba del Héroe, eran comandadas por el General don Sergio Arellano S. 

En lo que se refiere al gobierno presidido por el General de Ejército don 

Augusto Pinochet Ugarte, se han acrecentado las manifestaciones de respeto y 

admiración al Libertador O’Higgins. 

Deseo mencionar que proveyó recursos para que el Ministerio de Obras 

Públicas pudiera terminar la monumental obra del Templo Votivo de Maipú, 

inaugurado el 24 de octubre de 1974. 

Dicta el Decreto Ley Nº1146, el 20 de agosto de 1975, y lo firma en la ciudad 

de San Bernardo, que reza así: “CONSIDERANDO: a) La permanente deuda de 

gratitud del pueblo de Chile con la memoria y existencia ejemplar del General 

don Bernardo O’Higgins Riquelme, quien puso su vida, hacienda y honra al 

servicio de la Patria, aportando, además, el esfuerzo nacional a la gran causa 

de la emancipación y unidad americana; b) La solicitud fundada del Instituto 

O’Higginiano de Chile, la Junta de Gobierno acuerda dictar el siguiente DECRETO 

LEY. Art. 1º. Reconócese al General don Bernardo O’Higgins Riquelme, Capitán 

General del Ejército de Chile, la calidad de Libertador”. 

Toda referencia pública a su persona, sea de palabra, por escrito o por cualquier 

medio de comunicación social o en monumentos, placas recordatorias y, en 

general, en cualquier clase de manifestaciones artísticas, castrenses o culturales 

alusivas, que se emitan o efectúen en el territorio de la república o en la sede 

de Representaciones Diplomáticas chilenas en el exterior, deberán anteponer al 

nombre completo o apellido del insigne prócer la palabra “LIBERTADOR”. “Art. 2º. 

Declárase el año 1978, bicentenario de su nacimiento, “AÑO DEL LIBERTADOR 

BERNARDO O’HIGGINS”. Regístrese en la Contraloría General de la República. 

Publíquese en el Diario Oficial e insértese en los Boletines Oficiales del Ejército, 

Armada, Fuerza Aérea y Carabineros de Chile y en la recopilación oficial de la 

Contraloría General de la República. Augusto Pinochet Ugarte, General del 

Ejército- Presidente de la República”. 

Se cumplía una legítima aspiración de los que estamos por muchos años en la 

tarea de exaltar la memoria del Libertador O’Higgins. 

S.E., el Presidente Pinochet, preside los actos solemnes en la ciudad de 

Chillán los días 20 de agosto de 1974-1976-1977 y 1978, dando un brillo evidente 

a todos ellos, que se realizan con la concurrencia entusiasta de la ciudadanía de 

esa viril provincia. 

El 30 de septiembre de 1977, se dicta el Decreto Supremo, que en parte 

dice: “Art. 1º. Designase una Comisión para que estudie y proponga al Supremo 

Gobierno el programa de actos recordatorios y homenajes que se llevarán a 

efecto durante el año 1978, con motivo de celebrarse el Bicentenario del Natalicio 

del Libertador General don Bernardo O’Higgins Riquelme. Art. 2º. Esta Comisión 

estará integrada por representantes de los siguientes Ministerios y entidades 

públicas y privadas: a) Ministerio del Interior, que la presidirá; b) Ministerio de 

Defensa Nacional; c) Ministerio de Educación Pública; d) Instituto O’Higginiano de 

Chile; e) Dirección de Bibliotecas, Archivos y Museos; y Academia Chilena de la 

Historia”. 

566


La Comisión señalada cumple su objetivo y presenta al Sr. Ministro de Defensa, 

General de División Dn. Raúl Benavides, quien nos honra con su presencia en 

este instante, un organigrama, para el desarrollo de las festividades desde los 

primeros meses del presente año, para culminar el 24 de octubre de 1979 en la 

ciudad austral de Punta Arenas. 

El 31 de marzo se dicta el Decreto Supremo Nº269, y con posterioridad, una 

Orden Ministerial que crea el Comité Ejecutivo, con el objeto de activar los actos 

y homenajes recordatorios del Bicentenario del Natalicio del Libertador O’Higgins, 

presidido por el Coronel de Ejército, D. Renato Rosende. 

El dinamismo de la Comisión citada, que ha tenido hasta ahora 17 sesiones 

de trabajo, ha estado y seguirá cumpliendo la misión encomendada, con interés e 

indiscutible afán patriótico. 

Digna de recordar es la celebración del 18 de agosto de este año, en la 

Alameda que lleva el nombre del Libertador, donde el Jefe del Estado, General 

Pinochet, presidió un multitudinario homenaje de la ciudadanía metropolitana, 

la que exteriorizó con entusiasmo su adhesión al Bicentenario del Natalicio del 

Libertador O’Higgins. 

Señoras y Señores: 

Estos son a grandes rasgos, el pasado y el presente del Libertador Bernardo 

O’Higgins, símbolo de la unidad nacional, que sigue sirviendo a Chile como roca 

inamovible de patriotismo, de democracia, de solidaridad americana, de tolerancia 

y libertad, con su vida forjada en el honor, el sacrificio, el valor y la dignidad. 

567


568


EL ESTRECHO DE MAGALLANES, 

CONCEPCIÓN GEOPOLÍTICA 


Juan Guillermo Toro Dávila 

Un domingo 24 de octubre de 1842, hace 150 años, en Montalbán, el General 

Bernardo O’Higgins, que por largo tiempo yacía en su lecho de enfermo, recibió 

una ansiada noticia que le produjo una leve mejoría y que le permitió incluso 

levantarse y ocupar su sillón de descanso. El Gobierno de Chile, por una ley que 

había sido ya promulgada, disponía cancelarle sus sueldos que no recibía desde 

su destierro al Perú en 1825 y ello no lo impactó sólo por su aspecto material, 

sino más bien por el significado sentimental de habérsele reconocido finalmente 

la gran misión que había cumplido con su patria. Por un corto tiempo volvió su 

lucidez y pudo conversar con su hermana y con su hijo; sin embargo, su vida 

ya terminaba y sólo por unos instantes su pensamiento volvió hacia Chile y su 

destino y en su último aliento musitó una palabra que todos los presentes oyeron 

claramente: “Magallanes”. 

He querido iniciar este Ensayo Histórico sobre nuestro Libertador General 

Bernardo O’Higgins con un breve relato de los momentos finales de su vida, 

para destacar su última palabra, “Magallanes”, porque ella será el objetivo 

central de este sencillo pero cariñoso recuerdo de nuestro Libertador. Será como 

responder a la pregunta, ¿qué significaba realmente para O’Higgins ese vocablo 

“Magallanes”? 

Puedo decir que “Magallanes” no fue una palabra dicha al azar, sino que la 

expresión de un sentimiento muy profundo que anidó hondamente en su mente 

y en su corazón, muy temprano en su juventud, cuando al regreso de España 

cruzó el estrecho de Magallanes y empezó a comprender la importancia que 

este paso oceánico tendría para el futuro de Chile; posteriormente, durante la 

lucha por la independencia, pudo constatar el valor del estrecho, en el aspecto de 

seguridad para las cosas del Pacífico sur. Su pensamiento al respecto, de gran 

visión geopolítica, se fue cristalizando durante su gobierno y quedó de manifiesto 

en la fijación de los límites de Chile y en su convicción de que debería afianzarse 

la soberanía de nuestra patria en la zona austral. 

Los grandes y urgentes problemas que debió enfrentar durante sus seis años 

de gobierno le impidieron materializar una acción física de toma de posesión de 

las tierras magallánicas; afianzar la aún precaria independencia; la cruenta lucha a 

muerte en el sur; la formación de una fuerza expedicionaria –de bandera chilena– 

569


que llevó el inicio de la libertad del Perú y especialmente conformar el Estado de 

Chile, como uno moderno, homogéneo y pujante, ocuparon sus esfuerzos; pero 

Magallanes quedó en su mente como un imperativo de futuro. 

¿Qué significaba para Chile en esa época el estrecho de Magallanes? ¿Cómo 

se engarza esa unión de los océanos Atlántico y Pacífico en el curso de nuestra 

historia? 

Para responder a estas interrogantes empiezo por decir que Chile nace 

realmente a la historia cuando las naves de Magallanes surcan las aguas del 

estrecho, a fines de octubre de 1520, descubriendo así el paso que permitía 

navegar al occidente salvando el continente americano. 

Si bien es cierto, el paso de Magallanes, que no dejó más huella que la frágil 

estela de sus naves, puso de relieve desde el comienzo el protagonismo de 

esa área de unión de los dos océanos, en la estructura geográfica de Chile y en 

nuestro destino. 

Después del descubrimiento y entre los años 1534 y 1541 España envió 

varias expediciones para cerciorarse de la real importancia y factibilidad del paso 

oceánico descubierto por Magallanes. Todas fueron tan desventuradas y tales 

fueron los desastres en la Armada española, que la sola divulgación de ellas, en la 

madre patria, hacen que el estrecho pierda totalmente su importancia y sus aguas 

queden a merced de corsarios, piratas y aventureros de todas las razas, que 

periódicamente realizaban acciones depredadoras en el Pacífico sur, sembrando 

el terror y la destrucción en las costas y en los mares. 

Por lo anterior, la Corona española envió el 23 de septiembre de 1581 una 

poderosa escuadra de 23 navíos y tres mil tripulantes, para ocupar y fortificar el 

estrecho de Magallanes. 

Muchas y muy largas de narrar fueron las desventuras que sufrió la flamante 

escuadra, que determinaron finalmente el primero de febrero de 1584 –dos años 

y medio después de su zarpe– arribaran al estrecho solamente 4 naves y 338 

tripulantes. 

Sarmiento de Gamboa, que participó en dicha expedición y que había sido 

nombrado Capitán General del estrecho, toma posesión de esas tierras y mares 

en nombre de España y establece dos poblados con los 293 españoles que 

finalmente quedaron en Magallanes. El intento colonizador duró poco más de un 

año y fue tan desafortunado, que sólo hubo un sobreviviente que fue rescatado 

por el pirata inglés Tomás Cavendish, quien al constatar la magnitud de la 

desgracia ocurrida allí, puso como nombre Puerto del Hambre a ese lugar. La 

divulgación de esta tragedia hizo que por más de dos siglos continuaran reinando 

allí el abandono y la soledad. 

En 1616 el descubrimiento del Cabo de Hornos por marinos holandeses dejó 

en claro que la Tierra del Fuego era una isla dependiente de la Antártica. Así 

aparece una nueva ruta naviera por el Cabo de Hornos, más larga, pero más 

segura para buques a vela y continúa entonces otro largo paréntesis para el 

estrecho de Magallanes. 

570


Dos siglos después, el estrecho vuelve a entrar en la historia. En 1835, siendo 

ya Chile un país independiente y gobernado por don Joaquín Prieto, se constituye 

la Compañía Inglesa de Navegación a Vapor del Pacífico, para establecer una línea 

regular de vapores entre los puertos de Chile y Perú, cuyos primeros buques, El 

Chile y El Perú, navegaron desde Inglaterra en agosto de 1840, constituyéndose 

en los primeros buques a vapor que cruzaron el estrecho y por ello se introdujeron 

en la historia de Chile y de la zona austral. 

La navegación a vapor, mejor armada para lucha contra las inclemencias 

climáticas y de navegación del estrecho, revolucionó el tránsito marítimo, 

renovando después de tres siglos el interés universal por la ruta magallánica. 

Lo anterior tenía un gran significado para Chile, naciente república que había 

heredado de España el estrecho, pero a la vez le creaba un problema latente, 

ante el peligro de la hegemonía política europea, que ya había ejercido su acción 

en el área con la ocupación de las Malvinas por los ingleses en 1833, no obstante 

la soberanía de hecho y de derecho que mantenía sobre ellas la República 

Argentina. 

O’Higgins estaba consciente que Magallanes, dado el abandono en que 

se encontraba por parte de Chile, podía despertar los apetitos de potencias 

extranjeras, para ocupar el estrecho y otros puntos de esa zona definida como 

chilena; por la herencia de España y por su inclusión en la Constitución de 1833, 

que fijaba el Cabo de Hornos como límite sur de la República de Chile. 

A pesar de los argumentos dados por O’Higgins desde el Perú y el pensamiento 

del propio gobierno chileno, toda acción sobre el estrecho se vio postergada 

por la guerra contra la Confederación Perú-Boliviana, del Mariscal Santa Cruz, 

que fue vencido por el General Manuel Bulnes en la batalla de Yungay, el 20 de 

enero de 1839. Cuando el General Bulnes permaneció casi dos años en el Perú, 

con motivo de dicho conflicto bélico, tuvo la oportunidad de conversar muchas 

veces con O’Higgins en Montalbán y éste le habló siempre sobre la necesidad de 

colonizar el estrecho y zonas adyacentes. 

Terminada la guerra y ya elegido Presidente de Chile el vencedor de Yungay, 

General Manuel Bulnes Prieto, O’Higgins sigue insistiendo cada vez con más 

fuerza sobre la urgente necesidad de actuar con la mayor rapidez. 

La respuesta del General Bulnes no se dejó de esperar y dio instrucciones 

al intendente de Chiloé, don Domingo Espiñeira, para preparar en Ancud una 

expedición en la zona austral y dispuso a la vez el envío de ella, para que 

estableciera en el estrecho la posesión efectiva de la República de Chile. 

Los preparativos empiezan en forma acelerada. Se nombra Comandante de 

la goleta Ancud, próxima a construirse, al Capitán Juan Williams Wilson, más 

conocido como Juan Guillermo, quien dirigió su construcción en Ancud. 

Lamentablemente, O’Higgins, que supo de estos preparativos, falleció antes 

que éstos se llevaran a efecto, pero no cabe dudas que su permanente impulso 

fue un factor de real importancia para los acontecimientos posteriores. 

571


El 22 de mayo de 1843, siete meses después de la muerte del Libertador, 

zarpó la goleta de guerra Ancud de la Armada chilena hacia Magallanes con 22 

tripulantes a bordo. 

Después de muchos inconvenientes en la navegación y de largos cuatro 

meses, la goleta Ancud, a las 10 de la mañana del 22 de septiembre de 1843, 

divisó Punta Santa Ana y luego el buque fondeó en Puerto del Hambre. 

A las tres de la tarde del mismo día el pabellón nacional fue izado frente a la 

tripulación formada, como símbolo de soberanía, que fue rubricada con una salva 

de 21 cañonazos, contestados por la artillería de la goleta Ancud. 

Simultáneamente con la solemne ceremonia anterior se procedió a levantar 

el acta de ocupación del estrecho de Magallanes, que se inicia con la frase “Dios 

salve la patria. Viva Chile”, indicando en su texto que, por orden del Supremo 

Gobierno, se toma posesión del estrecho de Magallanes y de sus territorios en 

nombre de la República de Chile, a quien pertenece conforme está declarado en 

el artículo primero de su Constitución. 

Con este último acto que hemos recordado, se cumplió el anhelo de O’Higgins 

y la historia en el tiempo ha reafirmado la profética visión geopolítica que el 

Libertador resumió en su última palabra: “Magallanes”. 

Cuando se tomó posesión oficial del estrecho, ese 22 de septiembre de 1843, 

ya O’Higgins no estaba, pero se cumplía así el destino de los grandes hombres, 

cuyos pensamientos y acciones trascienden el estrecho marco de su paso por el 

mundo y se proyectan más allá de su muerte, dejando un legado de vivencias y 

de valores cuya vigencia los hace objeto del recuerdo y de la admiración de las 

generaciones futuras. 

Magallanes, dijo O’Higgins al morir... Magallanes es hoy un trozo de nuestra 

tierra chilena, que tiene la llave de la conjunción natural de los dos océanos más 

grandes del mundo y que nos ha proyectado a la inmensidad del Continente 

Antártico y hasta el Polo Sur, haciendo que Punta Arenas se ubique prácticamente 

en el centro geográfico de Chile. 

Esa simbiosis de mar y tierra que es actualmente la XII región de Magallanes 

y Antártica Chilena, cuya historia hemos relatado, es realmente el sueño de 

O’Higgins hecho realidad. 

572


LA FIGURA DE O’HIGGINS 

COMO SÍMBOLO DEL BICENTENARIO 

Waldo Zauritz Sepúlveda 1 

La sociedad global que se impone en el mundo del siglo XXI tiene características 

particulares, que la identifican con una modernidad en la que pareciera que los 

ideales políticos, sociales y económicos propios de principios del siglo XIV no 

tuvieran cabida, por lo menos en una mirada simplista y casi al pasar. Esa misma 

visión simplista, es parte de las características del mundo de hoy, donde la vorágine 

del día a día, no nos deja tiempo para pensar, inmersos en un ritmo de vida en que 

somos esclavos del tiempo, alimentados por la información instantánea sobre lo 

que ocurre en cualquier lugar del mundo, información que en pocos días o incluso 

horas, deja de tener vigencia, dando paso a otras noticias que dejan obsoletas a 

las anteriores, incluso antes que podamos asimilarlas o comentarlas en nuestros 

entornos, cualesquiera que ellas sean. No sería prudente calificar nuestro tiempo 

como un mundo peor o mejor que el que vivieron nuestros próceres o nuestros 

padres, pero si podemos afirmar que es diferente, con ritmos exponencialmente 

acelerados, tanto para la vida de las personas como de las naciones. 

La búsqueda del desarrollo económico de los estados, a través de una 

cooperación e integración de sus potencialidades; la internacionalización de los 

mercados de producción y de consumo; la democracia como sistema de gobierno, 

con un fuerte énfasis en sus formas republicanas; el progreso constante en las 

libertades individuales, basado principalmente en el acceso a la educación de las 

personas, son entre otras, algunas de las características de lo que reconocemos 

como elementos deseables que singularizan a las sociedades más avanzadas 

del mundo de hoy, en que estos valores son una realidad o por lo menos un ideal 

por alcanzar. 

Esa homogeneización de objetivos, sumados a una interdependencia cada 

vez más demandante, tanto de los estados, como de las sociedades, la hemos 

calificado como globalización, término que ha pasado a ser descriptivo de un 

mundo moderno, en pleno proceso de cambio. 

Ahora bien, si damos una mirada retrospectiva, analizando las personales 

características de nuestro prócer, es fácil hallar en su pensamiento y en sus 

actuaciones, elementos que contienen equivalencias susceptibles de ser 

proyectadas a nuestro tiempo, los que, con la licencia que nos dan los doscientos 

1 General de División. Miembro de Número del Instituto O’Higginiano de Chile. Presidente de la Academia 

de Historia Militar. 

573


años devenidos, podemos transportar a nuestra época, en un esfuerzo por traer 

su imagen a nuestros días. 

Así por ejemplo, en el terreno de la información, considerándola como 

elemento esencial que caracteriza a la sociedad actual, podríamos afirmar con 

certeza que O’Higgins era un hombre preocupado por estar al día. Sabemos, y 

está demostrado, que permanentemente se entrevistaba con los extranjeros que 

pasaban por el país, como también que mantenía correspondencia con varios de 

ellos, en un afán de mantenerse informado de lo que acontecía en el mundo, más 

allá de nuestras fronteras. 

Hoy día, nos basta con apretar un botón para lograrlo, pero el fin o la intención 

es la misma: ser una persona bien informada, y O’Higgins lo era. 

En cuanto a la función de los medios de comunicación, abogó por una libertad 

de imprenta que asumiera responsablemente sus publicados. Así, le escribió a 

Freire, quien se sentía injustamente maltratado por un artículo del “Cosmopolita”, 

afirmando en setiembre de 1822 que “La libertad de imprenta trae todos estos 

males, permitiendo publicaciones perniciosas sin necesidad de exigir sus nombres 

a los que envían comunicados al periodista, a no ser que truequen el nombre de 

la persona que zahieren” 2 . 

Diez años después, le aseguraba al General Prieto, “si la libertad de imprenta 

contiene en sí misma el veneno, es evidente que también administra el antídoto, 

y estoy cierto, mi querido compadre, que usted convendrá con mi opinión que El 

Araucano de Santiago debía suministrar el verdadero antídoto contra el veneno 

de El Mercurio de Valparaíso...” 3 . 

El propio O’Higgins fue víctima, en innumerables ocasiones, del desenfreno de 

articulistas y editores, y no obstante ello, mantuvo su convicción en la necesidad 

de respetar la libertad de prensa, considerándola como un elemento esencial de 

un sistema republicano. 

Esa visión, con respecto a los medios, es no solamente aplicable en el día de 

hoy, sino también, exigible, y así lo consigna nuestra legislación. 

En el terreno de la educación, es indiscutible que él aventajaba con mucho 

a la gran mayoría de sus contemporáneos, por lo menos en Chile. Habiendo 

recibido una educación preferencial en el país y en Lima, completó su instrucción 

en Inglaterra, en la época que los británicos disfrutaban del apogeo del almirante 

Nelson, lo que sin duda abrió su mente en cuanto a la importancia del comercio 

internacional y de la necesidad de tener algún grado de control sobre los mares 

de interés para Chile. 

O’Higgins era un hombre culto; Roberto Arancibia, que hizo el seguimiento de 

sus pasos en Inglaterra, nos informa que la escuela católica en la cual estudió 

en Richmond “enseñaba latín, griego, francés y también a escribirlos; aritmética, 

2 DE LA CRUZ, Ernesto: “Epistolario de D. Bernardo O’Higgins”, Santiago 1916, Imprenta Universitaria, Tomo II, 

p. 359. 

3 Ibid, Tomo I. 1919. p. 171. 

574


contabilidad, geografía, navegación, el uso de los mapamundi, y cualquier otra 

materia útil de matemáticas” 4 . 

Como gobernante ilustrado impulsó decididamente la educación, 

manifestándose como un ferviente admirador del sistema lancasteriano, que a 

la época, representaba si bien no lo óptimo en técnica educativa, por lo menos 

el método más eficiente y económico para impartir instrucción a una masa 

mayoritariamente analfabeta, en un país que no estaba en condiciones de invertir, 

recursos importantes en ese rubro, al encontrarse empobrecido por los gastos de 

la guerra americana. 

Bajo su mandato, los cabildos debieron abrir escuelas primarias y se fundaron 

los liceos de Concepción y La Serena, además de reabrir el Instituto Nacional. 

Su ideario político, enmarcado en un fuerte republicanismo, se puede estudiar 

a través de la lectura de “La Gazeta Ministerial” que recoge todos los decretos y 

noticias oficiales de su gobierno, como también de su rico epistolario. El ilustre 

historiador don Luis Valencia Avaria, en su obra “El pensamiento de O’Higgins”, 

nos lo sintetiza al señalar que “el Gobierno se establece para garantir al hombre 

en el goce de sus derechos naturales e imprescriptibles: la igualdad, la libertad, la 

seguridad y la propiedad”. 

Más adelante se explicitan cada uno de ellos indicando que: “La igualdad es el 

derecho de Invocar la ley en su favor lo mismo el rico que el pobre... La libertad 

es la facultad de usar como uno quiera de los bienes adquiridos, no vulnerando 

las acciones de los demás hombres ni las leyes directivas de la sociedad... La 

seguridad es el derecho de no ser violentado ni la víctima del capricho del que 

manda... La propiedad es aquella prerrogativa concedida al hombre por el Autor 

de la Naturaleza de ser dueño de su persona, de su industria, de sus talentos y 

de los frutos que logra por su trabajo. Pero la misma naturaleza le impone ciertos 

deberes a que debe ceder el dominio exclusivo, o, más bien, hay casos en que se 

suspende ese dominio, porque un objeto de preferencia llama así cierta porción 

de las propiedades: toda aquella que no es indispensablemente necesaria para la 

vida. Nacido el hombre para la sociedad y constituido en ella, sería un criminal si 

viendo morir de hambre a otro de los asociados le dejase perecer” 5 

Frente a esto, cabe preguntarse ¿Cuál es la diferencia con los postulados de la 

sociedad del siglo XXI? La respuesta salta a la vista. En lo fundamental, ninguna. 

¿Significa lo anterior que no hemos avanzado nada en doscientos años? 

Desde luego que hemos avanzado. Ya lo señalamos al inicio; nuestra sociedad 

es diferente a la de comienzos del siglo XIX. 

Pero siendo ambas muy diferentes, comparten dos elementos estructurales, 

íntimamente ligados entre ellos. 

4 ARANCIBIA CIavel, Roberto:”Tras las huellas de Bernardo Riquelme en Inglaterra”; Santiago 1995, Instituto 

Geográfico Militar, p. 43. 

5 VALENCIA Avaria, Luis; “El pensamiento de O’Higgins”; Santiago 1974, Editorial del Pacífico, P. 99. 

575


El primero, está dado por el ideario que nos legara O’Higgins en su condición 

de fundador de la República, que sigue constituyendo el basamento de nuestra 

democracia. 

El segundo, radica en el hecho que son sociedades que se enfrentan a cambios 

profundos. 

La de los tiempos del prócer, vivió el derrumbe del denominado “antiguo 

régimen”, con la caída de las viejas monarquías, bajo los postulados de la 

revolución francesa, exportados por las fuerzas napoleónicas en el viejo continente, 

y su consiguiente repercusión en América. La entronización de las ideas liberales, 

aún cuando en Europa sufrieran un estancamiento a partir de 1815 y que duraría 

hasta mediados de ese siglo, se derramaron por nuestro continente con fuerza 

incontenible y con un carácter irreversible. 

O’Higgins fue espectador y actor de ese cambio, administrándolo con prudencia 

como gobernante, frente a una sociedad que no estaba culturalmente preparada 

para asumirlo y en la que los “ciudadanos” capaces de ejercer sus derechos eran 

una franca minoría. 

La sociedad actual, por el contrario, está constituida por una masa ciudadana, 

consiente de sus derechos y de sus potencialidades, pero que también se 

enfrenta a un cambio estructural, en el cual la globalización y la tecnología han 

revolucionado todos los ámbitos de acción, a una velocidad tal, que supera con 

creces nuestras capacidades de asimilación. 

El cambio trae aparejado la pérdida de las certezas, en las cuales se han 

desenvuelto las sociedades, y ante ello, éstas recurren a elementos básicos que 

les permitan reafirmar sus creencias y principios, en la necesidad de compartir 

una identidad propia. 

Ante un mundo que se derrumbaba, O’Higgins nos entregó una identidad 

nacional, que estableció por decreto 6 . A partir de ese momento, comenzamos a 

ser Chilenos, dejando de ser españoles americanos. En reemplazo de la imagen 

casi divina de un monarca intangible, nos dio un ordenamiento constitucional, 

separando el ejercicio de los poderes y autolimitando el suyo propio 7 . Nos 

hizo iguales, desechando títulos y castas 8 , igualdad que también la llevó a 

los cuarteles, al consignar en el decreto de fundación de la Academia Militar, 

que para incorporarse a ella “no se exigen más pruebas de nobleza que las 

verdaderas que forman el mérito, la virtud y el patriotismo” 9 . Sentó las bases para 

que cada habitante pudiese experimentar sus propias capacidades de desarrollo 

y progreso. Abrió nuestros puertos al comercio mundial. Propició la educación 

general. Sacrificó su fortuna personal, poniendo todos sus bienes a disposición 

de la causa independentista, demostrando con ello su espíritu cívico, al servicio 

del bien común, por sobre los intereses personales. Reconoció como iguales y 

paisanos, a todos los habitantes del país, incluyendo en esa igualdad a las etnias 

6 Decreto del 3 de junio de 1818; O’Higgins, lrizarri. 

7 Constituciones de 1818 y 1822. 

8 Decreto de 15 de septiembre de 1817; O’Higgins, Fernández 

9 Decreto de 16 de marzo de 1817; O’Higgins, Zenteno. 

576


indígenas 10 , acotando los límites del territorio y demostrando una preocupación 

preferente por la ocupación soberana del mismo. Pero por sobre todo, luchó por la 

unidad nacional, llegando a resignar el mando en beneficio de ese bien superior. 

Ese fue el momento más grande de su actuar público y privado, demostrando 

un coraje moral que lo eleva nítidamente por sobre sus pares Chilenos y 

americanos. 

Ese conjunto de valores fueron los que aportaron las certezas que permitieron 

a la sociedad Chilena decimonónica enfrentar el cambio, no sin problemas 

y diferencias, pero indiscutiblemente en mejor forma que el conjunto de las 

nacientes repúblicas americanas. 

En consecuencia, la figura de O’Higgins, trascendente y transversal, con su 

rico legado de obras y pensamientos, se yergue monumental y vigente de cara 

a las celebraciones del bicentenario, otorgándonos las certezas que requerimos 

para enfrentar a un mundo en cambio. 

Esas certezas están dadas por su subsistente ideario, pero además por la 

propia figura del prócer, que en si misma, constituye un elemento de cohesión 

nacional, alrededor del cual, la sociedad Chilena actual, puede reafirmar mediante 

un elemento concreto e integrador, su sentido de identidad, propio y diferenciador, 

necesario para insertarse con seguridad en un ambiguo mundo globalizado. 

Por sobre obras materiales, que con arrogancia nos señalan un relativo 

desarrollo económico, necesitamos símbolos más profundos, con indiscutido 

contenido valórico y que posean permanencia y trascendencia. O’Higgins, el gran 

americanista que jamás renunció a su acendrada Chilenidad, cumple con creces 

con esos requisitos. 

Las celebraciones de bicentenario, que requieren de un símbolo caracterizador, 

representan una oportunidad de oro para saldar la deuda de gratitud que tenemos 

los Chilenos con el héroe. 

Nos tardamos más de quince años para estudiar la restitución de sus títulos 

y derechos militares, lo que se logró sólo por la intervención del General Bulnes, 

después de su triunfo en Yungay, ocasión en que reclamó como premio, dicha 

reparación. No obstante ello, fue el propio Bulnes, ya Presidente de Chile quien 

debió promulgar en 1842 la ley que ordenaba el pago de los sueldos adeudados. 

Lo mantuvimos desterrado durante 19 años, hasta su muerte, y a pesar de 

ello jamás decayó el amor por su patria. Debieron pasar otros 26 años para que 

el gobierno decidiera repatriar sus restos. Sólo en 1872, treinta años después 

de su muerte, se erigió el primer monumento dedicado a su memoria, cuando ya 

existían los de Freire, San Martín y Carrera 11 . 

El buen genio de América, forjador de la República, autor de nuestra identidad 

e incansable luchador por la causa de la unidad nacional, merece todo nuestro 

reconocimiento y respeto, y que mejor ocasión para testimoniar lo anterior, que las 

celebraciones del bicentenario, oportunidad desafiante para que nuestra sociedad 

en conjunto, enfrente el futuro en paz y unidad, bajo la sombra inmarcesible de la 

monumental figura de don Bernardo O’Higgins Riquelme, el Padre de la Patria. 

10 Decreto de 4 de marzo de 1819; O’Higgins, Echeverría. 

11 WITKER, ALEJANDRO: “O’Higgins: Cultura y Nación”. Chillán 2006, Ediciones Universidad del Bío-Bío, p. 84. 

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INSTITUTO O’HIGGINIANO DE CHILE

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REVISTA LIBERTADOR O'HIGGINS - Instituto Ohigginiano

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